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Academic year: 2020

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V CONGRESO GALEGO-PORTUGUÉS DE PSICOPEDAGOXÍA

ACTAS (COMUNICACIÓNS E POSTERS) 4(Vol. 6)Ano 4°-2000 ISSN: 1138-1663

A TECNOLOGIA EDUCATIVA NA FORMAf;AO DE PROFESSORES

Ana Amélia AMORIM CARVALHO Instituto deEduca~ao e Psicologia Universidade do Minho

aac@iep.uminho.pt

RESUMO

A disciplina de Tecnologia Educativa é obrigatória nos cursos de licenciatura em ensino da Universidade do Minho e tem por objectivo sensibilizar os futuros professores para a importancia da comunica9ao em contexto educativo e para a realiza9ao e explora9ao de documentos audiovi-suais e multimédia em diferentes suportes.

Como o programa é extenso e os recursos educativos digitais tem vindo a impor-se na Sociedade da Informa9ao, necessitando de um espa90 acrescido no programa, apresentamos urna proposta de reestrutura9ao do mesmo para melhor preparar os nossos discentes para o seu desem-penho profissional. Optamos por consultar os alunos sobre a reestrutura9ao do programa, tendo para o efeito desenvolvido um breve questionário, cujo resultado é apresentado.

Palavras chave: Tecnologia Educativa; Imagem, Audiovisuais; Diaporama, Videograma; Multimédia, Hipermédia, World Wide Web, Realidade Virtual.

A disciplina de Tecnologia Educativa, designada também por PP II (Prática Pedagógica 11), é obrigatória em todos os cursos de licenciatura em ensino da Universidade do Minho, inserindo-se na componente de Ciencias da Educa9ao e é leccionada pelo Departamento de Currículo e Tecnologia Educativa. É urna disciplina anual, com urna periodicidade semanal de tres horas.

Esta disciplina foi criada em 1983 e tem vindo a adaptar-se as tecnologias em suporte digital que tem aparecido na nossa sociedade nao só como meio de comunica9ao mas também como faci-litadoras do próprio processo de comunica9ao. Assim, desde 1991, introduziu-se o processador de texto, posteriormente, passou-se a digitaliza9ao e tratamento de imagens, apresenta90es em PowerPoint, análise de documentos multimédia, correio electrónico e mais recentemente a cons-tru9ao de páginas web.

A disciplina de Tecnologia Educativa tem como objectivos gerais: (i) conhecer,.·como futuro professor, elementos para urna visao actual da comunica9ao, tendo em conta, nao apenas o discur-so, mas tirando partido de todas as linguagens, dentro e fora da sala;(ii)optimizar, na sala de aula,

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arela~ao professor/aluno, tomando acomunica~ao como pedra angular do processo educativo e (iii) utilizar, correctamente, sob o ponto de vista pedagógico e didáctico, todos os recursos educa-tivos da sala de aula.

o

programa, como consta em versao oficial até 1999-2000, integra seis módulos. O primeiro módulo, designado por Tecnologia Educativa, centra-se no conceito de Tecnologia Educativa, nas fases da Tecnologia Educativa e na Teoria Geral de Sistemas. O segundo módulo, intitulado Natureza e Formas deComunica~ao, foca acomunica~aocomo processo educativo e o diálogo na sala de aula. O terceiro módulo, A Linguagem Total, abarca quatros sec~6es:fundamentos da lin-guagem total, linlin-guagem materna, linlin-guagem verbal e linlin-guagem nao verbal. O quarto módulo, A linguagem Audiovisual, refere na primeirasec~aoas variantes scripto-visual, visual e audio-scripto-visual, e na segundasec~aointitulada incidencia do audiovisual, divide-se em duas compo-nentes: escolar e extra-escolar. O quinto módulo, Os Meios Audiovisuais, abrange os meios especi-ficamente visuais, meios especiespeci-ficamente auditivos e meios audiovisuais propriamente ditos. O sexto módulo, O Computador como Mediatizador daComunica~aoEducativa, integra urna

intro-du~aoaos sistemas operativos, software emeduca~ao,análise de interfaces "homem-máquina" para

educa~ao,ambientes e aplica~6es interactivas eintrodu~ao aos sistemas informáticos deprodu~ao

de documentos multimédia. Como trabalhos experimentais surgem o cartaz, as transparencias, a fotografia, o diaporama, o videograma, o computador (domínio de diverso software "utilitário" em

educa~ao, aplica~aode software adequado

a

realiza~aode natureza audio-scripto-visual eaplica~6es

multimédia). O diaporama e o videograma sao trabalhos obrigatórios e elaborados em grupo.

Como é facilmente perceptível o programa é muito extenso e está um pouco aquém das actuais tecnologias aplicáveis

a

educa~ao.Para estes aspectos estao os alunos sensíveis, referindo que os tra-balhos ainda se centram muito nos audiovisuais em detrimento das tecnologias digitais interactivas.

Consciente do desajuste entre o programa e a realidade, optei por elaborar urna proposta de pro-grama que melhor prepare os alunos para o seu desempenho profissional na Sociedade da

Informa~ao.Coerente com este propósito também é alterado o tipo de trabalhos práticos obrigató-rios a realizar em grupo.

Concebido o programa e a proposta de trabalhos a realizar em grupo, consultei a opiniao dos alunos sobre os mesmos e sobre ela nos vamosdebru~arno ponto seguinte.

SONDAGEM REALIZADA

Os sujeitos alvo do estudo sao alunos dos cursos de Biologia-Geologia e de Matemática. O método usado foi a sondagem e a técnica de recolha de dados utilizada foi o questionário tendo-se usado quest6es de resposta fechada, solicitando-se ajustifica~aoda resposta dada.

O questionário desenvolvido apresenta tres itens perante as quais os alunos assinalavam a sua concordancia ou discordancia, pedindo-se-Ihes que justificassem a opiniao manifestada. O ques-tionário foi passado na última aula e comoidentifica~aosó lhes era pedido para indicarem o curso.

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aten9ao e interesse dos mais novoso Por esse motivo, propos-se que os alunos passassem a realizar um documento audiovisual e um documento interactivo.

o

primeiro item do questionário propoe a realizar;iio de um documento audiovisual, em que o docente explica como se realiza um diaporama e um videograma e cada grupo escolhe o que pre-fere realizar. O segundo item propoe a elaborar;iio de um documento interactivo, depois da análise de vários documentos multimédia, das implica90es deste tipo de documentos na aprendizagem e de considera90es várias sobre a interface e a sua estrutura interna. Por fim, o terceiro item propoe a estrutura do programa e solicita-se aos sujeitos que o comentem. A estrutura do programa propos-ta foi a seguinte:

(1) módulo introdutório sobre Tecnologia Educativa.

(2) A comunicar;iio no processo educativo.Este módulo centra-se na comunica9ao verbal e nao verbal; comunica9ao unidireccional e bidireccional, e em formas de reduzir a ansiedade perante os alunos ou o público. A componente prática inside sobre a elabora9ao de transparencias e apresen-ta90es em PowerPoint; e sobre a utiliza9ao do correio electrónico, chat e forum.

(3) Os audiovisuais.Este módulo aborda a alfabetiza9ao visual; selec9ao e explora9ao de docu-mentos audiovisuais; concep9ao e realiza9ao de docudocu-mentos audiovisuais. A componente prática integra a fotografia e a realiza9ao de um diaporama ou videograma.

(4) Os documentos interactivos.Este módulo abrange as n090es de multimédia e hipermédia (e análise de documentos); a World Wide Web (constru9ao de páginas web); Realidade Virtual; a estrutura interna e a interface dos multimédia. A componente prática inside sobre a análise de documentos multimédia e hipermédia; a constru9ao de páginas web; a concep9ao e implementa9ao de um documento interactivo multimédia.

A reac9ao dos alunos foi bastante favorável ao que foi proposto no inquérito. Passando

aanálise

das suas respostas, verifica-se que 93% dos respondentes concordam com a 0P9ao de dois trabalhos em grupo sendo um deles um documento audiovisual e outro um documento interactivo e de entre os documentos audiovisuais (diaporama e videograma) os alunos escolheriam o que queriam realizar. As justifica90es centram-se na "possibilidade de ter um leque de oP90es e conhecimentos mais alarga-dos", além disso, "a realiza9ao de um videograma e de um diaporama nao sao assim tao diferentes e realizar um documento interactivo é mais interessante do que qualquer um dos documentos audiovi-suais". Por fim, alguns sujeitos ainda referiram que ter a possibilidade de escolher um AV é impor-tante e consideram mais benéfico realizar um documento interactivo. Ainda nesta pergunta houve 7% dos respondentes que consideraram importante realizar os tres tipos de documentos.

Perante o segundo item verificou-se a total concordancia dos respondentes. "É de extrema importancia que os alunos aprendam a realizar este tipo de documentos"(116); "com urna boa base teórica e prática"(109). "É importante ter cada vez mais n090es de informática, saber lidar com documentos, bem como construí-los"(10S). "A informática é o futuro da civiliza9ao, os próximos analfabetas serao os indivíduos que nao possuírem conhecimentos de informática, por isso acho imprescindível termos mais aulas de informática" (105).

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"A estrutura para o novo programa está acessível. Todos os pontos sao importantes para os alunos como futuros professores" (120). "Concordo, desde que nao se perca muito tempo com os audiovisuais" (113). "Maravilha. Seria importante nao reduzir o número de aulas do último módulo." (107)

"Penso que, seguindo um pouco a base do programa que tivemos, acentua mais a explo-ra~aode documentos interactivos, o que na rninha opiniao é positivo! Nao se trata de urna questao de maior número de aulas de informática, mas a necessidade de maior variedade de conteúdos, sendo necessário aprofundar mais uns que outros! Se houver urna maior inciden-cia na última componente do programa, muitos receios serao quebrados e os professores sentir-se-ao mais a vontade em frente ao computador e perante os alunos, que hoje em dia já vivem muito com os computadores e a Internet" (114).

"Penso que é urna estrutura que se adequa a realidade actual e que irá focar as tres fases importantes do ensino, ou seja, acomunica~aoe depois aexplora~aode documentos audio-visuais e de documentos interactivos" (127).

"Creio que para a actualidade, os professores necessitam cada vez mais de se ambientar com as novas tecnologias. Assim poderao sair mais preparados para o futuro que se aproxima" (118).

No ponto seguinte, vamos passar a explicar cada urna das componentes do programa e a suaarticula~ao.

O PROGRAMA

Partindo de urn módulo sobre Tecnologia Educativa, dá-se enfase acomunica~ao pelo papel crucial que desempenha no processo de ensino-aprendizagem, podendo esta ser complementada, enriquecida ou motivada pelos recursos educativos. Posto isto, caracterizam-se os diferentes recur-sos educativos, atendendo as suas particularidades e implica~6es pedagógicas, evidenciando os critérios a ter ematen~aopara os seleccionar e explorar, bem como as técnicas a dominar para con-ceber e realizar documentos audiovisuais e documentos multimédia.

A TECNOLOGIA EDUCATIVA: CONTEXTUALIZA9AO

É importante que os alunos compreendam o conceito de Tecnologia Educativa e as suas fases, que estao relacionadas com a interac~ao das diferentes áreas do saber, como as Teorias da

Comunica~ao,a Psicologia e a Teoria Geral de Sistemas, na Tecnologia Educativa (Blanco e Silva, 1993; Pereira, 1993; Romiszowski, 1991; Silva, 1998).

Passa-se a contextualizar o papel da Tecnologia Educativa em Portugal, referindo-se as origens,

evolu~aoe áreas deinterven~ao (Blanco e Silva, 1993; Abrantes, 1981).

Neste módulo, deve-se ainda atentar em algumasposi~6esfavoráveis aapresenta~aode filmes com fins educativos, na prirneira metade do século, bem como algumasposi~6esreceosas relativa-mente autiliza~aode documentos audiovisuais no ensino (Abrantes, 1981).

A COMUNICA9AO NO PROCESSO EDUCATIVO

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linguagem nao verbal. Particularmente, a informac;ao que é veiculada por cada um de nós pela forma como se apresenta, pela postura e gestos e, ainda, pela expressao dos olhos, levando os alunos a reflectir sobre os juízos de valor que sao emitidos pela nosso presenc;a mesmo antes de se iniciar a comunicar verbalmente (Littlejohn, 1988; Lurie, 1997; Stanton, 1990). Realizam-se exercícios que possam ajudar os alunos a conhecerem-se enquanto pessoa e na forma como os outros o veem.

De seguida, menciona-se a evoluc;ao que tem sido feita ao nível de modelos de comunicac;ao bem como as implicac;6es dos esquemas de comunicac;ao na educac;ao (Cloutier, 1975; Silva, 1998). Passa-se a incidir sobre a comunicac;ao unidireccional e bidireccional, pela relevancia que tem em contexto educativo e no futuro desempenho profissional, provavelmente com apresentac;6es em congressos. Realizam-se exercícios que evidenciam as vantagens e as dificuldades da comunicac;ao unidireccional e bidireccional. Passam-se a salientar as diferentes componentes do discurso verbal para se comunicar com eficiencia e a importancia de saber ouvir os outros. Por fim, abordam-se várias técnicas para ajudar a reduzir a ansiedade.

Neste módulo elaboram-se transparencias, referindo como estruturar o conteúdo a ser disponi-bilizado e as técnicas para execuc;ao de transparencias, passando entao a introduzir o PowerPoint e as suas funcionalidades, bem como as vantagens da sua utilizac;ao numa apresentac;ao.

Inserido no ambito da comunicac;ao na Sociedade da Informac;ao, menciona-se a vantagem do correio electrónico e a forma como enviar uma mensagem, responder a uma mensagem e enviar documentos em anexo. Os alunos sao obrigados a enviar pelo menos uma mensagem ao docente. Sao ainda explorados outros meios de comunicac;ao disponíveis na internet como o chat e o forum.

OSA UDIOVIS UAIS

Este módulo integra a linguagem visual (texto e imagens) e a linguagem áudio (Cloutier, 1975), dando-se maior enfase

a

componente visual, particularmente,

a

imagem. Aborda-se a percepc;ao, as leis perceptivas, o alfabeto da linguagem visual (Dondis, 1988), as leis infra-Iógicas da linguagem visual (Moles, 1987) e a func;ao didáctica da imagem (Diéguez, 1978; Calado, 1994).

Na componente prática, trabalha-se a fotografia como forma de melhor compreender o alfabe-to da linguagem visual. Analisam-se quadros para identificar as leis infra-Iógicas da linguagem visual. Por fim, a necessidade da digitalizac;ao e do tratamento de imagens para inserir numa apre-sentac;ao em PowerPoint ou em apontamentos para os alunos.

O termo audiovisual abrange, segundo La Borderie (1979), todos os documentos que sincroni-zam o som e a imagem. Dando, assim, origem a um modo novo de comunicac;ao audiovisual por-que, como refere Cloutier (1975: 135), "o som e a imagem nao sao justapostos, sao fundidos: nao se somam, casam-se". É esta fusao que caracteriza ou deve caracterizar o diaporama e o videogra-ma, que sao classificados como documentos audiovisuais.

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No que refere ao videograma, a abordagem é semelhante

a

do diaporama. Indicam-se os dife-rentes tipos de videogramas (Prats, 1987; Moderno, 1992). Neste contexto, este ano abordamos a Teoria da Instrus;ao Ancorada, concebida por John Bransford e colaboradores, actualmente desig-nados como Cognition and Technology Group at Vanderbilt, que propoe a utilizas;ao de urna histó-ria, a ancora, em vídeo onde se inserem vários problemas e em que é lanc;ada urna questao no final (Carvalho, 2000). Para a resoluc;ao da questao colocada pretende-se que os alunos, colaborativa-mente, proponham soluc;oes para resolver as diferentes etapas que os levarao

a

soluc;ao da questao.

Na sequencia da unidade de vídeo, aprendem-se as técnicas de filmagem e montagem. Os alu-nos realizam alguns exercícios aplicando as técnicas aprendidas e fazem urna montagem. Terminada esta fase terao que optarG pela realizac;ao de um documento audiovisual.

Por fim, aborda-se como seleccionar e explorar documentos audiovisuais em contexto educati-vo (Carvalho, 1993; Casas, 1987; Prats, 1987).

OS DOCUMENTOS INTERACTIVOS

Este módulo integra os multimédia, hipermédia, a world wide web (Carvalho, 2000b) e a reali-dade virtual. Os documentos criados neste ambito exigem a interacc;ao do utilizador combatendo a sua passividade, como pode acontecer quando está perante um vídeo, levando-o, frequentemente, a ter que decidir o que quer ver, caso contrário permanecerá em frente

a

mesma informac;ao.

Um documento multimédia, implica a conjunc;ao de dois ou mais media num documento, em suporte digital, exige a interacc;ao do utilizador e a sua estrutura interna (ou arquitectura) pode ser sequencial ou nao sequencial. Por sua vez, um documento hipermédia implica a utilizac;ao de dois ou maismedia num hiperdocumento, em suporte digital, e a sua estrutura interna é, por definic;ao, nao sequencial (Carvalho, 1999a). O termo hipermédia resulta da evoluc;ao tecnológica, que per-mite combinar váriosmedia num mesmo documento digital. O seu antecessor foi o Hipertexto, tal como Theodore Nelson o baptizou em 1965, definindo-o como um texto nao linear, interactivo, que nao pode ser adequadamente impresso numa página convencional e que tem como suporte o com-putador. Neste contexto, nao poderíamos deixar de referir que os alicerces conceptuais do hiper-texto foram concebidos por Bush (1945), ao idealizar o "memex". Segundo o autor, o "memex" seria um engenho electromecanico que permitiria armazenar livros, artigos, jornais, gravac;oes, comunicac;oes, imagens, facultando a consulta da informac;ao de forma rápida e flexível. Esta ideia nunca foi concretizada, mas, na década de 60, Nelson desenvolveu o hipertextoXanadu, que tinha por objectivo ser o repositório de tudo o que o Homem tinha escrito ao longo da sua existencia.

Preocupado com a partilha da informac;ao, Tim Berners-Lee, na década de 90, concebe a World Wide Web (Bemers-Lee et al., 1994) para que os cientistas da CERN (Centre Européen de Researche Nucléaire) pudessem trabalhar nos mesmos projectos estando em diferentes laborató-nos. A partir de 1994 o crescimento da World Wide Web tem sido exponencial e tem contribuído para a concretizac;ao da aldeia global, proposta por MacLuhan, embora ainda estejamos longe da auto-estrada da informac;ao proposta por Al Gore, no célebre discurso "The Superhighway Summit", em 1994.

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do que se le. Por isso, deve ser dada orientac;ao aos alunos para pesquisarem e analisaremsites.sitesfascinantes e ricos em informac;ao com um grande potencial para serem explorados pelos alu-nos para apoio a sua formac;ao universitária e como suporte as suas aulas quando professores.

Na componente prática, para além da explorac;ao e análise de sites existentes na web, também se exploram e analisam documentos multimédia em CD ou en1 DVD, após se abordar a arquitec-tura ou estruarquitec-tura interna destes documentos e as suas implicac;6es na navegac;ao e na aprendizagem, a interface e as suas componentes, as ajudas disponíveis ao utilizadof, a dimensao dos nós, as ligac;6es existentes como dinamizadoras da interactividade ou como causadoras de desorientac;ao (Carvalho, 1999a).

Neste módulo, convidam-se os alunos a percorrer umsite(figura 1) desenvolvido pela autora "O Primo Basílio:múltiplas travessias temáticas" (disponível em http://www.iep.uminho.pt/primobasi-lio), que foi estruturado segundo os princípios da Teoria da Flexibilidade Cognitiva (Carvalho, 2000d; Carvalho e Dias, 2000). Esta teoria, desenvolvida por Rand Spiro e colaboradores, aplica-se na aquisic;ao de conhecimentos de nível avanc;ado em domínios complexos e pouco-estruturados (Carvalho, 1999a; Carvalho, 1999b; Carvalho, 2000a; Carvalho, 2000c; Carvalho, 2000d).

Figura 1 - Entrada no site "O Primo Basz1io: múltiplas travessias temáticas"

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Após a exploras;ao de diferentes tipos de documentos interactivos e depois de se terem mencio-nado as diferentes componentes teóricas, os alunos escolhem um tema e passam a conceber um docu-mento interactivo para depois o implementarem. Éevidente que subjacente

a

estrutura de qualquer documento está urna teoria de aprendizagem que eles tem que explicitar no relatório que comple-menta o trabalho prático. Os alunos podem conceber um documento segundo urna teoria particular, como a Instrus;ao Ancorada ou a Teoria da Flexibilidade Cognitiva, ou optarem por urna abordagem mais objectivista ou mais construtivista, o importanteé que se consciencializem das implicas;6es que determinada teoria de aprendizagem tem ao nível da estrutura interna do documento e, consequente-mente, na motivas;ao e interacs;ao que vai proporcionar ao utilizador aquando da sua exploras;ao.

CONCLUSAO

A disciplina de Tecnologia Educativa tem urna importancia grande na formas;ao dos futuros professores ao proporcionar-lhes um contacto com os diferentes recursos educativos, ao ajudá-los a compreender as vantagens de cada um e as formas possíveis como podem ser explorados em con-texto educativo.

Pretende-se que ao terminarem a disciplina tenham interiorizado que há documentos que podem ser explorados por um grupo ou a turma enquanto que outros há em que a grande vantagem que os caracteriza resulta sobretudo de urna exploras;ao pessoal.

Por fim, esperamos dar-lhes urna formas;ao que os alerte para a evolus;ao tecnológica de amanha, motivando-os para a aprendizagem na Sociedade da Informas;ao e para um espírito aber-to, mas simultaneamente crítico.

REFERENCIAS

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Figura 1 - Entrada no site "O Primo Basz1io: múltiplas travessias temáticas"

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