1
Vetores
Referências:
Mecânica Vetorial para Engenheiros – Estática: Capítulo 2. Autores: Ferdinand P. Beer e E. Russel Johnston, Jr.
Também Disponível na Biblioteca Virtual
Estática – Mecânica para Engenharia: Capítulo 2. Autor: R. C. Hibbeler
Grandezas Escalares: Todas as grandezas que ficam completamente definidas quando fornecemos o seu valor numérico são chamadas de grandezas escalares.
Ex: temperatura, comprimento, volume, massa e energia são grandezas escalares.
Vetores:
Grandezas Vetoriais: Grandezas vetoriais são grandezas físicas caracterizadas por possuírem uma intensidade (módulo), direção e sentido no espaço e por se somarem de acordo com a regra do paralelogramo.
Ex: deslocamento, a velocidade, aceleração e força são grandezas vetoriais.
Para distinguir vetores de escalares, usaremos a seguinte convenção:
Os escalares (e os módulos dos vetores) serão representados por letras em itálico:
Exemplos de escalares: m, V, F.
Vetores serão representados por letras em negrito ou por letras com uma fecha sobre elas:
Exemplo de vetores: F, A, V, AB,
,
3
Segmentos orientados:
Dois pontos A e B definem um único segmento de reta. Fixando-se um sentido (orientação) para o segmento, obtém-se um segmento orientado. Há então duas possibilidades: AB e BA
A
B
A
B
(origem)
(extremidade) (origem)
(extremidade)
Dois segmentos orientados AB e CD têm a mesma direção se as retas AB e CD são paralelas ou coincidentes. O sentido do vetor é indicado por uma flecha na sua
extremidade.
4
Um segmento orientado CD é dito equipolente ao segmento AB se ambos tiverem o mesmo comprimento (módulo), direção e sentido.
Segmentos equipolentes:
A
B
C
D
Definição de Vetor:
A
B
Um vetor 𝑉 pode ser definido como o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes ao segmento orientado AB.
O vetor pode ser indicado por:
Um vetor define um comprimento, uma direção e um sentido que são comuns a todos os segmentos orientados equipolentes a AB
Dois vetores são iguais se e somente se tiverem a mesma direção, sentido e comprimento.
O vetor nulo é o vetor de comprimento nulo. O oposto do vetor é o vetor , onde:
AB
BA
AB
BA
𝐴𝐵
ou
𝐵 − 𝐴
ou
𝑉
6
Propriedades da Adição de Vetores e Produto de um Escalar
por um Vetor:
Dados os vetores A, B e C e escalares m e r, as seguintes propriedades se aplicam:
Soma de vetores: Produto por escalares:
Ԧ
𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴 + 𝐵 + Ԧ
𝐶 = Ԧ
𝐴 + 𝐵 + Ԧ
𝐶
Ԧ
𝐴 + 0 = Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴 + − Ԧ
𝐴 = 0
𝐷 = Ԧ
𝐴 − 𝐵 = Ԧ
𝐴 + −𝐵
𝜇 𝜌 Ԧ
𝐴 = 𝜇𝜌 Ԧ
𝐴
𝜇 Ԧ
𝐴 + 𝐵 = 𝜇 Ԧ
𝐴 + 𝜇𝐵
𝜇 + 𝜌 Ԧ
𝐴 = 𝜇 Ԧ
𝐴 + 𝜌 Ԧ
𝐴
7
Soma de Dois Vetores:
Para encontrarmos a resultante C da soma de dois vetores A e B traçamos o vetor B de modo que sua origem coincida com a extremidade do vetor A. Unindo a origem do vetor B com a extremidade do vetor A, obtemos o vetor resultante C.
Ԧ
𝐶 = Ԧ
𝐴 + 𝐵
Ԧ
𝐴
𝐵
Ԧ
𝐶
Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐶
𝐵
𝐵
Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐶
𝐵
Ԧ
𝐶
Ԧ
8
Regra do Paralelogramo:
Outra maneira de encontrar a resultante C da soma ou diferença de dois vetores A e B é traçar os vetores A e B de modo que suas origens coincidam. Traçando-se um
paralelogramo que tenha A e B como lados, o vetor resultante C será dado conforme mostram as figuras abaixo, para os casos da soma e diferença entre A e B:
Soma:
Diferença:
Ԧ
𝐴
𝐵
Ԧ
𝐶
Ԧ
𝐴
𝐵
Ԧ
𝐶 = Ԧ
𝐴
+
𝐵
Ԧ
𝐶 = Ԧ
𝐴
+
𝐵
𝐴
Ԧ
𝐵
Propriedade Associativa: Propriedade Comutativa:
A soma de vetores é comutativa e associativa:
9
Ԧ
𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴 + 𝐵 + Ԧ
𝐶 = Ԧ
𝐴 + 𝐵 + Ԧ
𝐶
Ԧ
𝐴 + 𝐵
Ԧ
𝐴
𝐵
𝐵
𝐴 + 𝐵
Ԧ
Ԧ
𝐴
𝐵
Ԧ
𝐴
𝐶
Ԧ
Ԧ
10
Vetor Nulo: Existe um vetor nulo, que designamos por 0, tal que:
Vetor Oposto:
Diferença de Vetores:
Ԧ
𝐴 + 0 = Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴
− Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴 + − Ԧ
𝐴 = 0
Ԧ
𝐶 = Ԧ
𝐴 − 𝐵 = Ԧ
𝐴 + −𝐵
𝐵
Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴
11 Propriedades do produto de vetores por escalares:
Considere um escalar c e um vetor A:
caso c > 0 caso c < 0
Ԧ
𝐴
𝑐 Ԧ
𝐴
𝑐 Ԧ
𝐴
𝑐 Ԧ
𝐴 + 𝐵 = 𝑐 Ԧ
𝐴 + 𝑐𝐵
𝑐 + 𝑑 Ԧ
𝐴 = 𝑐 Ԧ
𝐴 + 𝑑 Ԧ
𝐴
12
Adição de Duas Forças no Plano Usando a Lei dos Senos e a
Lei dos Cossenos:
A
B
C
c
a
b
Para um triângulo qualquer, sejam A, B e C os comprimentos dos seus lados e a, b e
c, os ângulos opostos a cada um desses lados, respectivamente.
Lei dos cossenos:
Lei dos senos: 𝐴
𝑠𝑒𝑛 𝑎 =
𝐵
𝑠𝑒𝑛 𝑏 =
13
Exemplo 4 – O gancho da figura abaixo está sujeito a duas forças, 𝑭𝟏 e 𝑭𝟐. Determine a intensidade e a direção da força resultante.
14
Exemplo 4 (Continuação):
O paralelogramo é formado por uma linha a partir da extremidade de 𝑭𝟏 que seja paralela a 𝑭𝟐 e por outra linha a partir da extremidade de 𝑭𝟐 que seja paralela a 𝑭𝟏.
A força resultante 𝑭𝑹 estende-se para a interseção dessas linhas, no ponto
A. As duas incógnitas são a intensidade de 𝑭𝑹 e o ângulo q.
Usando a lei dos cossenos:
𝐹𝑅 = 100 𝑁 2 + 150 𝑁 2 − 2 100 𝑁 150 𝑁 𝑐𝑜𝑠 115𝑜 ≈ 212,6 𝑁.
Usando a lei dos senos para determinar q :
212,6 𝑁 𝑠𝑒𝑛 115𝑜 =
150 𝑁
𝑠𝑒𝑛 𝜃 → 𝑠𝑒𝑛 𝜃 =
150
212,6sen 115
𝑜 ≈ 39,8𝑜
15
Vetores Forças no Plano:
Uma força representa a ação de um corpo sobre outro. Ela é caracterizada por seu
ponto de aplicação, intensidade, direção e sentido.
Por enquanto, vamos considerar forças aplicadas sobre pontos materiais, ou seja, objetos cujo tamanho e forma não afetam significantemente a solução do problema. Dessa forma, todas as forças que atuam em um dado corpo serão consideradas como atuando em um único ponto.
A intensidade da força, também chamada de módulo da força, é o valor absoluto da força, acompanhado da unidade correspondente.
16 A direção de uma força é definida pela sua linha de ação. A linha de ação é a reta ao longo da qual a força atua, sendo caracterizada pelo ângulo que forma com algum eixo fixo:
A
linha de ação
eixo fixo (referência) 30º
O sentido da força pode ser indicado por uma seta. Na figura abaixo, a força tem a mesma intensidade e linha de ação que a do exemplo acima, mas o sentido é oposto.
17 Uma força F no plano pode ser definida por suas componentes cartesianas Fx e Fy, e pelo ângulo q que define sua direção em relação ao eixo x positivo:
x y
F
F
tg
q
y
F
q
x
i
F
x
F
xj
F
y
F
yi
j
A intensidade, ou módulo, da força é dada por:
.
F
F
F
x2
y2Dadas as componentes cartesianas
Fx e Fy, o ângulo q pode ser calculado por:
Componentes Cartesianas do Vetor Força no Plano:
θ
,
cos
F
F
x
θ
.
sen
F
F
y
y
q
x
q
sen
F
F
y
q
cos
F
F
x
y
x
y
q
x
q
sen
F
F
y
q
cos
F
F
x
Por convenção assumimos como positivo o ângulo que o vetor forma com o eixo x
positivo, crescendo no sentido anti-horário. O sinal das componentes x e y do vetor é dado pelo valor do sen(q) e cos(q) em cada quadrante.
q
cos
F
F
x
q
q
sen
F
F
y
y
q
x
q
sen
F
F
y
q
cos
F
F
x
19
Exemplo 1: Uma força de 800 N é exercida sobre um parafuso A, como mostra a figura. Determine as componentes vertical e horizontal da força.
y
x
A F = 800 N
35º
a = 35º
q = 145º
θ
,
cos
F
F
x
θ
.
sen
F
F
y
800
N
cos
145
655
N
.
F
x
o
800
N
sen
145
459
N
.
F
y
o
Fy
Fx
Resolução: As componentes vetoriais de F são:
655
N
.
x
i
F
459
N
.
y
j
F
Resposta:
655
N
i
459
N
j
.
20
Exemplo 2: Um homem puxa, com uma força de 300 N, uma corda fixada a uma construção, conforme mostra a figura. Quais as componentes horizontal e vertical
da força exercida pela corda no ponto A?
a
A 8 m
6 m Fx Fy x y A
,
4
3
m
8
m
6
a
tan
B . 9 , 36 4 31 o
tan
a
Resolução: Calculando o valor de a:
. 1 , 323 9 , 36
360 o
q
o 1 , 323 q
o 9 , 36 a
300
N
cos
323
,
1
240
N
.
F
x
300
N
sen
323
,
1
180
N
.
F
y
240
N
i
180
N
j
.
F
21
Exemplo 3 – A força F = (3,50 kN) i + (7,50 kN) j é aplicada a um parafuso A. Determine a intensidade da força e o ângulo que ela forma com a horizontal.
2
,
14
kN
3,50
kN
7,50
F
F
tg
x
y
q
q
65
o,
ângulo do vetor força com o eixo horizontal positivo.
Intensidade (módulo) da força F:
F
F
x2
F
y2.
2
2kN
7,50
kN
3,50
F
F
8,28
kN,
intensidade do vetor força.
22
Adição de Forças pela Soma das Componentes Cartesianas:
Se tivermos dois ou mais vetores força cujas componentes cartesianas são conhecidas podemos somar esses vetores somando algebricamente suas componentes.
Sejam P, Q, e S três forças, dadas por:
Q = Qx i + Qy j,
P = Px i + Py j, S = Sx i + Sy j.
A resultante R da soma vetorial dessas três forças é definida como: R = P + Q + S.
R = (Px i + Py j) + (Qx i + Qy j) + (Sx i + Sy j).
Decompondo as forças em suas componentes, temos:
R = (Px + Qx + Sx) i + (Py + Qy + Sy ) j ,
Rx Ry
23
Exemplo 4: Quatro forças atuam no parafuso A mostrado na figura. Determine a resultante das forças que agem no parafuso.
F1 = 150 N
F4 = 100 N
F3 = 110 N F2 = 80 N
A x
y
20º
30º 15º
24
F1 = 150 N
F4 = 100 N
F3 = 110 N F2 = 80 N
x y 20º 30º 15º Força Intensidade (N) Ângulo com o eixo +Ox
Componente
x (N)
Componente
y(N) F1 150 30º 129,9 75,0
F2 80 110º -27,4 75,2
F3 110 270º 0 -110,0
F4 100 345º 96,6 -25,9
R 199,6 Rx = 199,1 Ry = 14,3
R = Rx i + Ry j
R = (199,1 N) i + (14,3 N) j
Intensidade da resultante R:
.
2 y 2 xR
R
R
.
6
,
199
;
3
14
1
199
2 2N
R
,
,
R
Componentes da resultante R:
Ângulo com +Ox: -1
4
,
1
o.
199,1
14,3
tan
Em coordenadas cartesianas, escrevemos um vetor A como:
- vetores unitários nas direções x, y e z, respectivamente.
A
x, A
y, A
z - componentes do vetor 𝐴Ԧ nas direções x, y e z.Representação alternativa:
k
,
j
,
i
ˆ
ˆ
ˆ
Vetores em Coordenadas Cartesianas:
Símbolos usados para vetores unitários (versores):
k
,
j
,
i
ˆ
ˆ
ˆ
z y
x
,
e
,
e
e
ˆ
ˆ
ˆ
3 2
1
,
e
,
e
e
ˆ
ˆ
ˆ
Ԧ
𝐴 = 𝐴
𝑥Ƹ𝒊 + 𝐴
𝑦Ƹ𝒋 + 𝐴
𝑧𝒌
Ԧ
x
z
y
A
xA
yVetor no espaço:
Componentes cartesianas de um vetor:
A
zVetor no plano:
y
A
xA
yx
i
ˆ
j
ˆ
i
ˆ
j
ˆ
k
ˆ
Coordenadas Cartesianas - Representação Gráfica:
Ԧ
𝐴
A
xA
yx
B
yB
xA
y+B
yA
x+B
xSoma de dois vetores no plano em termos das suas componentes cartesianas:
y
Ԧ
𝐴 + 𝐵 = 𝐴
𝑥+ 𝐵
𝑥, 𝐴
𝑦+ 𝐵
𝑦, 𝐴
𝑧+ 𝐵
𝑧Ԧ
𝐴
Módulo de um vetor:
Considere o vetor:
Podemos definir o vetor unitário
ො
𝑢𝐴 na mesma direção de A, escrevendo:
onde O vetor 𝑨 pode ser escrito como:
Cálculo do Módulo e do Vetor Unitário:
Vetor Unitário:
𝐴 = Ԧ
𝐴 =
𝐴
2𝑥+ 𝐴
2𝑦+ 𝐴
𝑧2Ԧ
𝐴 = 𝐴
𝑥Ƹ𝒊 + 𝐴
𝑦Ƹ𝒋 + 𝐴
𝑧𝒌
Ԧ
𝐴
ො
𝑢
𝐴=
𝐴
Ԧ
Ԧ
𝐴
=
𝐴
𝑥Ƹ𝒊 + 𝐴
𝑦Ƹ𝒋 + 𝐴
𝑧𝒌
𝐴
𝑥2+ 𝐴
𝑦2+ 𝐴
𝑧2ො
𝑢
𝐴= 1.
𝐴 = 𝐴 ො
Ԧ
𝑢
𝐴Ângulo entre dois vetores
O ângulo q entre dois vetores A e B é o menor ângulo formado unindo-se as origens dos dois vetores. Quando isso não é possível, o ângulo poderá ser identificado
traçando-se a linha de ação de cada vetor, até que as mesmas se interceptem.
Identifique o ângulo q entre os dois vetores mostrados ao lado:
a) Unindo as origens:
b) Prolongando as linhas de ação:
q
q
Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴
𝐵
𝐵
Produto escalar de dois vetores:
q
q
O produto escalar (ou interno) de dois vetores A e B é um escalar:
B cos
q
Geometricamente, o produto escalar de dois vetores representa o produto do módulo de um dos vetores com a projeção do outro vetor na sua direção
Sejam A e B dois vetores e c um escalar.
O Produto Escalar de A e B possui as seguintes propriedades:
O ângulo q é o ângulo entre os vetores A e B, e A e B são, respectivamente, os módulos desses vetores.
Ԧ
𝐴
𝐵
𝐵
Ԧ
𝐴
Ԧ
𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐴𝐵𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝐵𝐴𝑐𝑜𝑠𝜃
Ԧ
𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐵 ∙ Ԧ𝐴 Ԧ
𝐴 ∙ Ԧ𝐴 = 𝐴2 Ԧ
Definição algébrica do produto escalar:
Note que:
Para os versores cartesianos
i, j, e k
temos:
1
•
•
•
iˆ
jˆ
jˆ
kˆ
kˆ
iˆ
0
•
•
•
jˆ
jˆ
kˆ
kˆ
iˆ
iˆ
iˆ
kˆ
(módulo quadrado de A)
jˆ
Ԧ
𝐴 = 𝐴
𝑥Ƹ𝒊 + 𝐴
𝑦Ƹ𝒋 + 𝐴
𝑧𝒌
𝐵 = 𝐵
𝑥Ƹ𝒊 + 𝐵
𝑦Ƹ𝒋 + 𝐵
𝑧𝒌
Ԧ
𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐴
𝑥𝐵
𝑥+ 𝐴
𝑦𝐵
𝑦+ 𝐴
𝑧𝐵
𝑧Ԧ
𝐴 = 𝐵
Se
𝐴 ∙ 𝐵 = Ԧ
Ԧ
𝐴 ∙ Ԧ
𝐴 = 𝐴
𝑥2+ 𝐴
2𝑦+ 𝐴
𝑧2Ԧ
𝐴 ∙ 𝐵 = 0
se
𝐴
Ԧ
é perpendicular a
𝐵.
Ԧ
𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐴𝐵
se
𝐴
Ԧ
é paralelo a
𝐵.
Ԧ
32
Exemplo:
Dados dois vetores: e
encontre o ângulo formado entre eles.
Resolução: O ângulo formado pelos vetores A e B pode ser encontrado pelo produto escalar desses vetores:
Módulo de :
Cosseno do ângulo: 98,4 .
5698 11 cos 5698 11 77 74 11 )
cos( 1 o
q
q
Módulo de :
7 2 4 2 3 2 74; A
4 2 6 2 5 2 77; B
Ԧ
𝐴 = 7; −4; 3
𝐵 = 4; 6; −5
Ԧ
𝐴 ∙ 𝐵 = 𝐴𝐵 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑐𝑜𝑠𝜃 =
𝐴 ∙ 𝐵
Ԧ
𝐴𝐵
Ԧ
𝐴
𝐵
Ԧ
33
Projeções de um vetor unitário sobre os eixos cartesianos:
x
z
y
a
b
g
iˆ j ˆ kˆConsidere o vetor A e seu módulo, A:
Vetor A: Módulo do vetor A:
O vetor unitário na direção de A é dado por 𝑢ො𝐴:
O produto escalar de 𝑢ො𝐴 pelos vetores unitários i, j e k
nos fornecerá os ângulo que 𝑢ො𝐴 forma com os eixos cartesianos x, y e z:
:a é o ângulo entre 𝑢ො𝐴 e o eixo x
:b é o ângulo entre 𝑢ො𝐴 e o eixo y
:g é o ângulo entre 𝑢ො𝐴
e o eixo z
Ԧ
𝐴 = 𝐴𝑥 Ƹ𝒊 + 𝐴𝑦 Ƹ𝒋 + 𝐴𝑧𝒌 𝐴 = Ԧ𝐴 = 𝐴2𝑥 + 𝐴 𝑦
34
Cossenos diretores de um vetor:
x
z
y
a
b
g
iˆ j ˆ kˆOs ângulos que o vetor A forma com os eixos x, y e z podem ser obtidos a partir do vetor unitário êA:
onde: , ) cos( A Ax a , ) cos( A Ay b . ) cos( A Az g
são os cossenos diretores do vetor A.
Propriedade:
.
1
)
(
cos
)
(
cos
)
(
cos
2a
2b
2g
35
Exemplo:
Dados dois vetores deslocamento: e
encontre o vetor e determine seu módulo e os seus ângulos diretores.
Resolução: Somamos as componentes i, j e k dos vetores A e B separadamente para obter as componentes do vetor C:
Módulo de 𝐶Ԧ:
Cossenos diretores: cos( ) cos 36,1o.
153 10 153
10 1
a
a C Cx . , cos )
cos( 99 3o
153 2 153
2 1
b
b C Cy . , cos )
cos( 55 5o
153 7 153
7 1
g
g
C Cz
Ԧ
𝐴 = 6 Ƹ𝒊 + 3 Ƹ𝒋 − 𝒌 𝑚 𝐵 = 4 Ƹ𝒊 − 5 Ƹ𝒋 + 8𝒌 𝑚
Ԧ
𝐶 = Ԧ𝐴+ 𝐵
Ԧ
𝐶 = 6 Ƹ𝒊 + 3 Ƹ𝒋 − 𝒌 + 4 Ƹ𝒊 − 5 Ƹ𝒋 + 8𝒌 𝑚
Ԧ
𝐶 = 6 + 4 Ƹ𝒊+ 3 − 5 Ƹ𝒋 + −1 + 8 𝒌 𝑚 𝐶 = 10 Ƹ𝒊 −2 Ƹ𝒋 + 7Ԧ 𝒌 𝑚
Ԧ
36
Exemplo:
O homem mostrado na figura abaixo puxa a corda com uma força de 350 N. Represente essa força, que atua sobre o suporte A, como um vetor cartesiano e determine a sua direção.
Procedimento: A força está localizada ao longo da corda, e possui portanto a mesma direção da corda. Assim, devemos
inicialmente achar o vetor posição r da
corda, a partir dos pontos A e B. Em seguida, calculamos o vetor unitário na direção de r, e multiplicamos esse vetor pelo módulo da
força. Isso nos fornecerá o vetor força
atuando sobre o suporte A em coordenadas cartesianas.
37
Continuação do exemplo:
Coordenadas do ponto A A(0, 0, 7,5) mCoordenadas do ponto B B(3, -2, 1,5) m Vetor posição 𝒓 da corda:
Módulo do vetor posição 𝒓 da corda:
Vetor unitário na direção de 𝒓 :
A força 𝑭 tem intensidade de 350 N e direção especificada pelo vetor unitário 𝑢ො𝑟
Ângulos diretores:
; , cos 64 6o
7 3 1
a cos 107o,
7 2 1
b cos 149o.
7 6 1 g
Ԧ𝑟 = 𝐵 − 𝐴 = 3 − 0 Ƹ𝒊 + −2 − 0 Ƹ𝒋 + 1,5 − 7,5 𝒌
Ԧ𝑟 = 𝐵 − 𝐴 = 3 Ƹ𝒊 − 2 Ƹ𝒋 − 6𝒌 𝑚
Ԧ𝑟 = 3 2 + −2 2 + −6 1 = 7 𝑚
ො
𝑢𝑟 = Ԧ𝑟 Ԧ𝑟 =
3 7 Ƹ𝒊 −
2 7 Ƹ𝒋 −
6 7𝒌
Ԧ
𝐹 = 𝐹 ො𝑢𝑟 = 350 𝑁 3 7 Ƹ𝒊 −
2 7 Ƹ𝒋 −
6
38
Exemplo 5: Determine a intensidade e os ângulo diretores da resultante das forças que atuam sobre o ponto A mostrado na figura abaixo.
39
Coordenadas do ponto A: (0; -1,5 m; 4,0 m). Coordenadas do ponto B: (1,5 m; 2,6 m; 0). Coordenadas do ponto C: (3,0 m; -2,0 m; 0).
Vetor posição na direção da força F1: B- A
1,5 m;4,1m;-4,0 m
,Vetor unitário na direção da força F1:
Módulo = 5,9 m.
Vetor força F1:
Vetor posição na direção da força F2: C - A
3,0 m;-0,5 m;-4,0 m
,Vetor unitário na direção da força F2:
Módulo = 5,0 m.
Vetor força F2:
Continua
ො
𝑢𝐴𝐵 = 1,5 5,9 Ƹ𝒊 +
4,1 5,9 Ƹ𝒋 −
4,0 5,9𝒌
Ԧ
𝐹1 = 𝐹1𝑢ො𝐴𝐵 = 150 𝑁 1,5 5,9 Ƹ𝒊 +
4,1 5,9 Ƹ𝒋 −
4,0 5,9𝒌
Ԧ
𝐹1 = 38 Ƹ𝒊 + 104 Ƹ𝒋 − 102𝒌 𝑁
ො
𝑢𝐴𝐶 = 3,0 5,0 Ƹ𝒊 −
0,5 5,0 Ƹ𝒋 −
4,0 5,0𝒌
Ԧ
𝐹2 = 𝐹2𝑢ො𝐴𝐶 = 200 𝑁 3,0 5,0 Ƹ𝒊 −
0,5 5,0 Ƹ𝒋 −
4,0 5,0𝒌
Ԧ
40
Resultante das força R = F1 + F2:
Módulo de 𝑅 = 317 N:
Vetor unitário na direção de 𝑅 :
Ângulos diretores: ; 1 , 60 317 158
cos 1 o
a 74,6 ,
317 84
cos 1 o
b 145,7 .
317 262
cos 1 o
g
Vetores força atuando em A:
Ԧ
𝐹1 = 38 Ƹ𝒊 + 104 Ƹ𝒋 − 102𝒌 𝑁
Ԧ
𝐹2 = 120 Ƹ𝒊 − 20 Ƹ𝒋 − 160𝒌 𝑁
𝑅 = Ԧ𝐹1 + Ԧ𝐹2 = 38 + 120 Ƹ𝒊 + 104 − 20 Ƹ𝒋 + −102 − 160 𝒌
𝑅 = 158 Ƹ𝒊 + 84 Ƹ𝒋 − 262𝒌 𝑁
ො
𝑢𝑅 = 158 317 Ƹ𝒊 +
84
317 Ƹ𝒋 −
41
Exercício: Na figura ao lado, a cobertura é suportada por cabos AB e AC. Os cabos exercem as forças FAB= 100 N e FAC= 120 N no gancho da parede em A.
a) Expresse a força resultante que atua em A como um vetor cartesiano. b) Encontre os ângulos diretores da força resultante.
c) Qual é o comprimento das cordas AB e AC?
Ponto A: (0; 0; 4,0) m. Ponto B: (4,0; 0; 0) m.
Ponto C: (4; 2; 0) m.
Solução:
Vetor 𝐴𝐵 = 𝐵 − 𝐴
𝐴𝐵 = 4 2 + −4 2 = 32 𝑚
Vetor 𝐴𝐶 = 𝐶 − 𝐴
𝐴𝐶 = 4; 2; −4 𝑚
𝐴𝐶 = 4 2 + 2 2 + −4 2
𝐴𝐵 = 4; 0; −4 𝑚
42
Vetor unitário na direção de 𝐴𝐵
Vetor força F1:
Vetor força F2:
ො
𝑢𝐴𝐵 = 𝐴𝐵
𝐴𝐵 =
4
32; 0; − 4
32
Ԧ
𝐹1 = 𝐹1𝑢ො𝐴𝐵 = 100 𝑁 4
32; 0; − 4
32 = 71; 0; −71 𝑁
Ԧ
𝐹1 = 71 Ƹ𝒊 − 71𝒌 𝑁
Ԧ
𝐹2 = 𝐹2𝑢ො𝐴𝐶 = 120 𝑁 4 6;
2
6; − 4
6 = 80; 40; −80 𝑁
Ԧ
𝐹2 = 80 Ƹ𝒊 + 40 Ƹ𝒋 − 80𝒌 𝑁
Vetor unitário na direção de 𝐴𝐶 𝑢ො𝐴𝐶 = 𝐴𝐶
𝐴𝐶 =
4 6;
2
6; − 4 6
Vetor força resultante 𝑅 = Ԧ𝐹1 + Ԧ𝐹2 𝑅 = 71 Ƹ𝒊 − 71𝒌 + 80 Ƹ𝒊 + 20 Ƹ𝒋 − 80𝒌