Vibrações Forçadas Sem
Amortecimento
Referências:
Vibrações Mecânicas – 4ª edição – Capítulo 3.
Autor: Singiresu Rao.
Vibrações Forçadas
Vibrações forçadas ocorrem quando um sistema está sujeito a uma força periódica ou quando ele está elasticamente conectado a um suporte que tem um movimento alternado.
1º Caso: corpo de massa 𝑚 suspenso por uma mola, sujeito a uma força periódica 𝑭 de
intensidade 𝐹 = 𝐹𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 , onde ω é a frequência angular forçada.
+ ↓ 𝐹 = 𝑚𝑎
𝐹𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝑊 − 𝑘 𝛿𝑠𝑡 + 𝑥 = 𝑚 ሷ𝑥
Lembrando que 𝑊 = 𝑘𝛿𝑠𝑡 temos:
𝐹𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝑊 − 𝑘𝛿𝑠𝑡 − 𝑘𝑥 = 𝑚 ሷ𝑥 𝐹𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝑘𝛿𝑠𝑡 − 𝑘𝛿𝑠𝑡 − 𝑘𝑥 = 𝑚 ሷ𝑥
2º Caso: corpo de massa 𝑚 suspenso por uma mola, ligada a um suporte móvel cujo
deslocamento 𝛿 é igual a 𝛿𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 .
Medindo o deslocamento 𝑥 do corpo a partir da posição de equilíbrio estático, correspondente a
𝜔𝑡 = 0, encontramos que o alongamento total da mola no instante 𝑡 é
𝛿𝑠𝑡 + 𝑥 − 𝛿𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 . Equação de movimento:
+ ↓ 𝐹 = 𝑚𝑎
𝑊 − 𝑘 𝛿𝑠𝑡 + 𝑥 − 𝛿𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 = 𝑚 ሷ𝑥
Lembrando que 𝑊 = 𝑘𝛿𝑠𝑡 temos:
𝑘𝛿𝑠𝑡 − 𝑘𝛿𝑠𝑡 − 𝑘𝑥 − 𝑘𝛿𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 = 𝑚 ሷ𝑥
As equações I e II são da mesma forma. A solução da equação I vai satisfazer a equação II se tivermos:
𝑭
𝒎= 𝒌𝜹
𝒎O lado direito da equação diferencial 𝒎 ሷ𝒙 + 𝒌𝒙 = 𝑭𝒎 𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕 é diferente de zero.
Essa equação é chamada de equação diferencial não-homogênea. A equação seria homogênea se o seu lado direito fosse igual a zero:
Equação homogênea: 𝒎 ሷ𝒙 + 𝒌𝒙 = 𝟎
Equação não-homogênea: 𝒎 ሷ𝒙 + 𝒌𝒙 = 𝑭𝒎𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕
Solução geral = solução da eq. homogênea + solução particular
Solução da equação homogênea: 𝒙𝒉 = 𝑪𝟏𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒏𝒕 + 𝑪𝟐𝒄𝒐𝒔 𝝎𝒏𝒕
𝒙𝒑 = 𝒙𝒎𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕
Solução particular:
As constantes 𝐶1 e 𝐶2 são determinadas a partir das condições iniciais do sistema. A frequência angular dessa solução é a frequência angular natural do sistema, 𝜔𝑛.
A equação de movimento é dada por: 𝑚 ሷ𝑥 + 𝑘𝑥 = 𝐹𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
Podemos reescrever essa equação como: ሷ𝑥 + 𝑘
𝑚𝑥 = 𝐹𝑚
𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
ሷ𝑥 + 𝜔𝑛2 𝑥 = 𝐹𝑚
𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
A equação fica então:
Substituindo a solução particular 𝑥𝑝 = 𝑥𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 na equação acima, temos: onde 𝜔𝑛 = 𝑘
𝑚
ሷ𝑥 + 𝜔𝑛2 𝑥 = 𝐹𝑚
𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 → −𝑥𝑚𝜔
2𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜔
𝑛2𝑥𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 =
𝐹𝑚
𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
−𝑥𝑚𝜔2 + 𝜔𝑛2𝑥𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 = 𝐹𝑚
𝑚 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 → 𝑥𝑚 =
𝐹𝑚 𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2
Colocando 𝜔𝑛2 em evidência, temos: 𝑥𝑚 =
𝐹𝑚
𝑚𝜔𝑛2 1 − 𝜔2 𝜔𝑛2
𝑚𝜔𝑛2 = 𝑘
onde
Assim, temos: 𝒙𝒎 =
𝑭𝒎 𝒌 𝟏 − 𝝎𝟐
𝝎𝒏𝟐
Vimos anteriormente que a força máxima aplicada, 𝐹𝑚, está relacionada com a amplitude da excitação externa, 𝛿𝑚, por:
𝑥𝑚 = 𝐹𝑚 𝑘 1 − 𝜔2
𝜔𝑛2
= 𝛿𝑚
1 − 𝜔2 𝜔𝑛2 𝐹𝑚 = 𝑘𝛿𝑚
Substituindo na eq. III temos:
𝒙𝒎 𝜹𝒎 =
𝟏
𝟏 − 𝝎𝟐 𝝎𝒏𝟐
Dividindo ambos os lados da equação por 𝛿𝑚 temos:
A razão 𝑥𝑚
𝛿𝑚 é definida como o fator de amplificação, ou seja, o quanto a amplitude da
oscilação, 𝑥𝑚, é maior que a amplitude da oscilação forçada, 𝛿𝑚, atuando no sistema. O fator de amplificação depende da razão entre as frequência,
Se 𝜔 = 𝜔𝑛, a amplitude 𝑥𝑚 de vibração torna-se infinita. Nesse caso, o movimento forçado é dito estar em ressonância com o sistema dado.
Fator de amplificação
ൗ 𝜔
Se 𝜔 < 𝜔𝑛 temos
𝜔 𝜔𝑛 𝑥𝑚
𝛿𝑚
Neste caso a vibração do sistema está em fase com a força externa aplicada.
𝑥𝑚 𝛿𝑚 =
1
1 − 𝜔2 𝜔𝑛2
> 0 0 < 𝜔
𝜔𝑛 < 1
A solução particular poderá ser escrita como: 𝑥𝑝 = 𝑥𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
0 < 𝜔
𝜔𝑛 < 1 𝐹 𝑡 = 𝐹𝑚𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡
𝐹𝑚
𝜔 𝜔𝑛 𝑥𝑚
𝛿𝑚
Se 𝜔 > 𝜔𝑛 temos
Neste caso a vibração do sistema está defasada de 180º com a força externa aplicada.
𝑥𝑚 𝛿𝑚 =
1
1 − 𝜔2 𝜔𝑛2
< 0 𝜔
𝜔𝑛 > 1
A solução particular poderá ser escrita como: 𝑥𝑝 = −𝑥𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
𝜔
𝜔𝑛 > 1
𝐹 𝑡 = 𝐹𝑚𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 𝐹𝑚
𝑥𝑝 𝑡 = −𝑥𝑚𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡
−𝑥𝑚
𝑥𝑚 = 𝛿𝑚 𝜔2 𝜔𝑛2 − 1
Essa condição, na qual a frequência forçante 𝜔 é igual à frequência natural 𝜔𝑛 do sistema, é denominada de ressonância. Nesse caso, a amplitude da oscilação torna-se infinita.
𝜔 𝜔𝑛 𝑥𝑚
𝛿𝑚
Se 𝜔 = 𝜔𝑛 temos 𝑥𝑚
𝛿𝑚 =
1
1 − 𝜔2 𝜔𝑛2
→ ∞ 𝜔
𝜔𝑛 = 1
𝜔
𝜔𝑛 = 1
Resposta Geral – Sistema Fora da Ressonância:
𝒙 𝒕 = 𝑪𝟏𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒏𝒕 + 𝑪𝟐𝒄𝒐𝒔 𝝎𝒏𝒕 + 𝑭𝒎 𝒌 𝟏 − 𝝎𝟐
𝝎𝒏𝟐
𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕
Solução geral = solução da eq. homogênea + solução particular
Conforme foi dito, a solução geral para o oscilador harmônico não amortecido forçado é uma soma de dois termos:
Essa solução geral pode ser escrita da seguinte forma:
onde 𝐹𝑚 é a máxima força externa aplicada. Como 𝜔𝑛2 = 𝑘/𝑚 temos também:
𝒙 𝒕 = 𝑪𝟏𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒏𝒕 + 𝑪𝟐𝒄𝒐𝒔 𝝎𝒏𝒕 + 𝑭𝒎
𝒌 − 𝒎𝝎𝟐𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕
𝐹 = 𝐹
𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
Exemplo:
Um cursor de 5 kg pode deslizar sobre uma barra horizontal sem atrito e está ligado a uma mola de constante 𝑘. Sobre ele atua uma força periódica de intensidade 𝐹 = 𝐹𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 , onde 𝐹𝑚 = 10 𝑁 e
𝜔 = 5 𝑟𝑎𝑑/𝑠. Determine o valor da constante de mola 𝑘 sabendo que o movimento do cursor tem uma amplitude de 150 mm e está: a) em fase com a força aplicada; b) defasado com a força aplicada.
Solução:
𝑥𝑚 = 𝐹𝑚 𝑘 1 −𝜔2
𝜔𝑛2
𝐹𝑚 = 𝑘𝛿𝑚 𝜔𝑛2 = 𝑘/𝑚 𝑥𝑚 = 150 𝑚𝑚 = 0,15 𝑚 𝜔 = 5 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑥𝑚 = 𝐹𝑚 𝑘 1 − 𝑘/𝑚𝜔2
𝑥𝑚 = 𝐹𝑚 𝑘 − 𝑚𝜔2
a) em fase: 0,15 = 10
𝑘 − 125 → 𝑘 − 125 =
1
0,015 → 𝑘 = 191,7 𝑁/𝑚
b) defasado: 0,15 = − 10
𝑘 − 125 → 𝑘 − 125 = − 1
Exemplo: Um bloco de 10 kg está suspenso de uma mola tendo uma rigidez de 4 kN/m. Se o bloco é submetido a uma força periódica vertical 𝐹 = 400𝑐𝑜𝑠 10𝑡 N, onde 𝑡 é dado em segundos, determine a equação que descreve o movimento do bloco quando ele é inicialmente puxado para baixo 100 mm da posição de equilíbrio e lançado com velocidade de 10 m/s. Considere que o deslocamento positivo é para baixo.
𝑘 = 4 𝑘𝑁/𝑚
𝐹 = 400𝑐𝑜𝑠 10𝑡 Solução: 𝑥 = 𝐶1𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑛𝑡 + 𝐶2𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑛𝑡 + 𝑥𝑚𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡
onde: 𝑥𝑚 = 𝐹𝑚/𝑘
1 − 𝜔2 𝜔𝑛2
𝐹𝑚 = 400 𝑁; 𝜔 = 10 𝑟𝑎𝑑
𝑠 ; 𝑘 = 4.000 𝑁
𝑚; 𝑚 = 10 𝑘𝑔.
𝜔𝑛 = 𝑘 𝑚 =
4000
10 = 20 𝑟𝑎𝑑
𝑠 .
𝑥𝑚 = 400/4.000 1 − 1020
2 = 0,133 𝑚.
Sistema em fase Solução particular
segue a força externa aplicada
𝜔 𝜔𝑛 =
0,1 = 𝐶2 + 0,133 →
Para 𝑡 = 0, 𝑥 = 100 𝑚𝑚 = 0,1 m
Para 𝑡 = 0, ሶ𝑥 = 10 m/s:
𝑥 = 𝐶1𝑠𝑒𝑛 20𝑡 + 𝐶2𝑐𝑜𝑠 20𝑡 + 0,133𝑐𝑜𝑠 10𝑡
ሶ𝑥 = 𝐶1 20 𝑐𝑜𝑠 20𝑡 − 𝐶2 20 𝑠𝑒𝑛 20𝑡 − 0,133 10 𝑠𝑒𝑛 10𝑡 20𝐶1 = 10 →
Posição 𝑥:
Velocidade ሶ𝑥:
Equação de movimento: 𝑥 = 0,5 𝑠𝑒𝑛 20𝑡 − 0,033 𝑐𝑜𝑠 20𝑡 + 0,133𝑐𝑜𝑠 10𝑡
𝑥
𝑡
𝐶2 = −0, 033𝑚
Batimento:
Se a frequência da força externa for próxima, mas não exatamente igual, à frequência natural do sistema, pode ocorrer um fenômeno conhecido como batimento.
Nesse tipo de vibração, a amplitude aumenta e diminui segundo um padrão regular.
Considere as condições iniciais 𝑥 𝑡 = 0 = 0 e ሶ𝑥 0 = 𝑣0 = 0. A solução para este caso será:
𝑥 0 = 0 = 𝐶1𝑠𝑒𝑛 0 + 𝐶2𝑐𝑜𝑠 0 + 𝐹𝑚
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 𝑐𝑜𝑠 0 → 𝐶2 = −
𝐹𝑚 𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2
ሶ𝑥 0 = 𝑣0 = 0 = 𝜔𝑛𝐶1𝑐𝑜𝑠 0 − 𝜔𝑛𝐶2𝑠𝑒𝑛 0 + 𝐹𝑚
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 𝑠𝑒𝑛 0 → 𝐶1 = 0.
Vamos considerar um sistema sujeito a uma força externa do tipo 𝐹 = 𝐹𝑚𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 . A solução geral fica:
𝑥 𝑡 = 𝐶1𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑛𝑡 + 𝐶2𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑛𝑡 + 𝐹𝑚
𝑥 𝑡 = 𝐹𝑚
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 −
𝐹𝑚
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑛𝑡
𝑥 𝑡 = 𝐹0
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 − 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑛𝑡
𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 − 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑛𝑡 = 2𝑠𝑒𝑛 𝜔 + 𝜔𝑛
2 𝑡 𝑠𝑒𝑛
𝜔𝑛 − 𝜔
2 𝑡
𝑥 𝑡 = 𝐹𝑚
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 2𝑠𝑒𝑛
𝜔 + 𝜔𝑛
2 𝑡 𝑠𝑒𝑛
𝜔𝑛 − 𝜔
2 𝑡
Usando a identidade trigonométrica: 𝑐𝑜𝑠 𝐴 − 𝐵 − 𝑐𝑜𝑠 𝐴 + 𝐵 = 2𝑠𝑒𝑛 𝐴 𝑠𝑒𝑛(𝐵)
onde 𝐴 = 𝜔 + 𝜔𝑛
2 𝑡; 𝐵 =
𝜔𝑛 − 𝜔 2 𝑡;
temos:
Suponha que a frequência forçante 𝜔 seja ligeiramente menor que a frequência natural 𝜔𝑛:
𝜔𝑛 − 𝜔 = 2𝜀
onde 𝜀 é uma quantidade pequena e positiva. Neste caso, 𝜔𝑛 ≈ 𝜔 e temos:
𝜔 + 𝜔𝑛 ≅ 2𝜔
Multiplicando as duas equações acima, temos: 𝜔𝑛 − 𝜔 𝜔𝑛 + 𝜔 = 𝜔𝑛2 − 𝜔2 = 4𝜀𝜔
𝑥 𝑡 = 𝐹𝑚
𝑚 𝜔𝑛2 − 𝜔2 2𝑠𝑒𝑛
𝜔 + 𝜔𝑛
2 𝑡 𝑠𝑒𝑛
𝜔𝑛 − 𝜔
2 𝑡
A solução fica: 𝑥 𝑡 = 𝐹𝑚
2𝑚𝜀𝜔 𝑠𝑒𝑛 𝜀 𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
Como 𝜀 é pequena, a função 𝑠𝑒𝑛 𝜀 𝑡 varia lentamente, com um período 2𝜋/𝜀 grande.
A equação acima representa uma vibração com período 2𝜋/𝜔 e amplitude variável, dada por: Substituindo esses
valores na expressão:
𝐹𝑚
Observe que a curva 𝑠𝑒𝑛 𝜔 passa por vários ciclos, enquanto a onda 𝑠𝑒𝑛 𝜀𝑡 passa por apenas um ciclo. Assim, a amplitude aumenta e diminui continuamente.
O tempo entre os pontos de amplitude zero ou entre pontos de amplitude máxima é denominado período de batimento (𝜏𝑏) e é dado por:
𝜏𝑏 = 2𝜋 2𝜖 =
2𝜋 𝜔𝑛 − 𝜔.
A frequência de batimento é definida como: 𝜔𝑏 = 2𝜀 = 𝜔𝑛 − 𝜔.
2𝜋 𝜔
𝐹𝑚/𝑚 2𝜀𝜔
𝐹𝑚/𝑚 2𝜀𝜔
Exemplo: Um bloco de 5 kg está suspenso de uma mola tendo uma rigidez de 300 N/m. Se o bloco é submetido a uma força periódica vertical 𝐹 = 7𝑠𝑒𝑛 8𝑡 N, onde 𝑡 é dado em segundos, determine a equação que descreve o movimento do bloco
quando ele é puxado para baixo 100 mm da posição de equilíbrio e solto do repouso em 𝑡 = 0. Considere que o deslocamento positivo é para baixo.
Solução: 𝑥 = 𝐶1𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑛𝑡 + 𝐶2𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑛𝑡 + 𝑥𝑚𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
onde: 𝑥𝑚 = 𝐹𝑚/𝑘
1 − 𝜔2 𝜔𝑛2
𝐹𝑚 = 7 𝑁; 𝜔 = 8 𝑟𝑎𝑑
𝑠 ; 𝑘 = 300 𝑁
𝑚; 𝑚 = 5,0 𝑘𝑔.
𝜔𝑛 = 𝑘 𝑚 =
300
5 = 7,746 𝑟𝑎𝑑
𝑠 .
𝑥𝑚 = 7/300 1 − 7,7468
2 = −0,35 𝑚.
Sistema defasado Solução particular
𝐶2 = 0,1 𝑚
Para 𝑡 = 0, 𝑥 = 0,1 m
Para 𝑡 = 0, ሶ𝑥 = 0 m/s:
𝑥 = 𝐶1𝑠𝑒𝑛 7,746𝑡 + 𝐶2𝑐𝑜𝑠 7,746𝑡 − 0,35𝑠𝑒𝑛 8𝑡
ሶ𝑥 = 𝐶1 7,746 𝑐𝑜𝑠 7,746𝑡 + 𝐶2 7,746 𝑠𝑒𝑛 7,746𝑡 − 0,35 8 𝑐𝑜𝑠 8𝑡 7,746𝐶1 − 2,8 = 0 → 𝐶1 = 0,361 𝑚
Posição 𝑥:
Velocidade ሶ𝑥:
Equação de movimento: 𝑥 = 0,361 𝑠𝑒𝑛 7,746𝑡 + 0,1 𝑐𝑜𝑠 7,746𝑡 − 0,35𝑠𝑒𝑛 8𝑡
Aqui ocorre o fenômeno de batimento.
𝑥
Amplitude
Equação de movimento: 𝑥 = 0,361 𝑠𝑒𝑛 7,746𝑡 + 0,1 𝑐𝑜𝑠 7,746𝑡 − 0,35𝑠𝑒𝑛 8𝑡
Aqui ocorre o fenômeno de batimento.
𝑥
𝑡
𝐹𝑚
2𝑚𝜀𝜔 𝑠𝑒𝑛 𝜀 𝑡
𝐹𝑚
2𝑚𝜀𝜔𝑠𝑒𝑛 𝜀 𝑡
Valor máximo:
1
7
2 5 0,127 7,746 = 0,71 𝑚
Valor máximo da amplitude:
𝜔𝑛 − 𝜔 = 2𝜀 𝜀 = 𝜔𝑛 − 𝜔
2 =
8 − 7,746
2 = 0,127
Período de Batimento: 𝜏𝑏 =
2𝜋 2𝜖 = 2𝜋 𝜔𝑛 − 𝜔 = 𝜋 𝜖 = 𝜋