A la memoria de la señorita Hortensia Badillo (Folleto).

(1)

(2)

E M U .£ 0 0 4 6 5 3 /~ -«

F . 5 8 ^ H

¡ L o i g n o r o ! . . . . L a in m e n s id a d d e m i s u p r e m o d o lo r , d e e s a a n g u s t ia in fin ita , d e e sa d e s g r a c ia sin c o n s u e lo d e ja en m i a lm a tu e t e r n a d e s p e d id a , c a r a h e r m a n a m ía , u n a h e r id a p r o f u n d a y m o r t a l q u e el t ie m p o n o p o d r á c u r a r la , y a q u e en la v id a n o e x is te e l r e m e d i o c o n t r a la m u e r te , c o n t r a e sa le y fa ta l y m a ld it a q u e c o n d e n a á e t e r n o s ile n c io , á lo s q u e se v a n , á d o l o r y lla n t o á lo s in fe lic e s q u e se q u e d a n .

P a r a c o l m o d e m i d e s g r a c ia e l fa t a l d e s tin o h a r e s e r v a d o tu p a r t i d a e n m i a u s e n c ia . N o h e p o d i d o d a r t e e l ú lt im o a b r a z o á ta n l a r g a d e s p e d id a . N o h e p o d i d o p o r ú lt im a v e z e s t r e c h a r tu m a n o a c a r i c i a d o r a y t ie r n a n i d a r t e e l b e s o y la s lá g r im a s c o n q u e s o lía s d e s p e d ir m e .

(3)

I

’ : ^ • f * *

n o t u v o e l c o n s u e lo d e e s c u c h a r t e ! . . . .

¡ H i c e un v ia je p o r tí; p u d e a r r a n c a r t e d e lo s b r a z o s d e la m u e r te , p e r o te d e jé c r e y e n d o q u e y a r e s t a b l e c í a s ! M e q u e d a e l a t r o z r e m o r d i m i e n t o d o h a b e r t e a b a n d o n a d o y n o h a b e r e s t a d o c o n t i g o h a s t a e l ú lt im o m o m e n t o . ¡ P e r d ó n a m e ! ¡ S o y u n d e s g r a c i a d o ! . . . .

¡ H o r t e n s i a ! ¡ H o r t e n s i a m í a ! ¿ D ó n d e e s tá s p a r a b u s c a r t e ? ¿ A d ó n d e te h a s id o p a r a s e g u i r t e ? ¿ C o n q u é p a la b r a s se ll a m a á lo s m u e r t o s ? ¿ D e q u é c o n ju r o se u sa p a r a h a b la r c o n e l l o s ? ¡ Y a tú lo s a b r á s ! . . - . .

¡ D i m e !___ ¡ R e s p ó n d e m e ! ___ Q u ie r o l la m a r te , q u ie r o h a b la r c o n t i g o .

Q u is ie r a c o m o P e t r a r c a q u e m u r ió c a n t a n d o á su L a u r a , m o r i r c a n t á n d o t e , h e r m a n a m ía . Q u is ie r a t e n e r t a le n t o p a r a in m o r t a l i z a r tu n o m b r e y m i d o l o r .

¡ O h ! c u á n t o h u b i e r a q u e r i d o m o r i r el m is m o d ía q u e tú y r e p o s a r ju n t o s b a j o l a m is m a l o s a !

¡ Q u é c u a d r o d e d e s g r a c i a y d e s v e n t u r a q u e d e j a tu m u e r t e ! N u e s t r a m a d r e d e s o la d a , tu s h e r m a n o s sin c o n s u e l o ___ ¡ V u e l v e ! ¡ N o t e v a y a s ! ¡ A u n t e a g u a r d a n la s c a r ic ia s d e tu m a d r e y e l a m o r d e tu s h e r m a n o s ! ¡ V u e l v e ! N o s h a c e n f a l t a tu s e x q u is i ta s t e r n u r a s . . . .

¡ H e r m a n a m í a ! T ú m á s f e liz q u e n o s o t r o s n o s h a s g a n a d o e n la p a r t id a . T ú la b u e n a h ija , la h e r m a n a m o d e l o e r e s l a p r i m e r a q u e v a s á a c o m p a ñ a r á n u e s t r o q u e r id o p a d r e .

D e tí h a s id o d e e s c u c h a r la p r i m e r a c o n f id e n c ia . ¿ Q u é le h a s d i c h o d é l o s in f o r t u n a d o s q u e d e ja s ? S a b e q u e n o se e x t i n g u e a ú n n u e s t r o d o l o r p o r él, c u a n d o t u a u s e n c ia a b r e n u e v o r e g u e r o d e lá g r im a s ?

¡ T e v a s , e n c a n t o d e n u e s t r a c a s a , a l e g r í a d e tu f a m i l i a ! I n m e n s o es tu v a c í o ! N a d ie p o d r á l l e n a r lo ; y c o n s o l í c i t o c u i d a d o v e l a r e m o s e l p u e s t o q u e o c u p a b a s e n n u e s t r o h o g a r p a r a q u e s iq u ie r a tu

(4)

-5 —

e s p ír it u in v is ib le e s té e n él. ¡ T e e s p e r a m o s ! _ _ _ C u a n d o e n n u e s tr o s p a s e o s s ile n c io s o s y s o lit a r io s s o p le u n a b r is a a r o m a d a , fr e s c a , s u a v e , y a s a b r e m o s q u e es tu a lm a . S i u n a a v e c illa c a n o r a t r i n a d u lc e m e n t e en n u e s t r o ja r d ín s e rá s tú q u e c o n e sa s tie r n a s a r m o n ía s p r e t e n d e s d a r n o s c o n s u e lo . E n c u a lq u ie r f o r m a p r e s é n t a t e , h e r m a n a m ía . ¡ T e a g u a r d a m o s !

E l c e r e b r o e s ta lla , él c o r a z ó n d e s fa lle c e . M á n d a n o s ,v a lo r , h e r m a n a mía., y a q u e tu m u e r te n o a d m it e r e s ig n a c ió n .

¡H o r t e n s i t a , h e r m a n a m ía , c o m p a ñ e r it a d e m i in fa n c ia , m i a m ig u it a p r e d i l e c t a ! S i c o n t i g o c o m p a r t im o s la s t r is t e z a s d e la, o r fa n d a d , lo s c u id a d o s y c a r ic ia s d e n u e s t r a m a d r e y la s d u lz u r a s d e l h o g a r ¿ p o r q u é te a le ja s e l d ía en q u e u n n u e v o h o r iz o n t e o f r e c í a a u r o r a s d e b ie n e s t a r á n uestra, f a m i l i a ? _ _ _

N a d a q u ie r o d e c ir d e tu s v ir tu d e s y b o n d a d , n i d e l v a c í o s o c ia l q u e d e ja s . . . . L o s q u e te c o n o c i e r o n lo d i r á n !

E s t a s fr a s e s in c o h e r e n t e s , in s p ir a d a s e n lo t e r r i b l e d e m i d e s g r a c ia , la a m a r g u r a ele m i p e n a y e s c r it a s c o n m i lla n t o , s ó lo p a r a tí so n , h e r m a n a m ía ; p a r a tí q u e fu is te m i a lm a g e m e la , p a r a tí q u e c o m p r e n d e r á s lo in m e n s o d e m i d o l o r y la a n g u s t ia d e m i t o r m e n t o ; p a r a tí q u e fu is te b u e n a y m e a m a b a s t a n t o ; s ó lo p o r tí y p a r a tí e s c r ib o .

M u y p r o n t o e s t a r é á v is it a r d ia r ia m e n t e tu se p u lc r o , á v e r t e r m i lla n t o e n e l lu g a r d o n d e r e p o s a s ; p a r a h a c e r q u e c r e z c a n e n e s a tu m b a , d o n d e m is r e c u e r d o s y a fe c t o s e x is t e n , la s s ie m p r e v iv a s y lo s li r io s c o n e l r i e g o d e m is lá g r im a s .

¡ H a s t a lu e g o , m i m u e r t it a q u e r i d a ! ! ! •

Quito

,

á 17 de Marzo de 1912.

(5)

— 6

E n l a m u e r t e d e l a fe'fct-

ípfe»

llife.

K w

« - » ll ‘H}f S ’ * * § !! 'S e ñ e r i t a H o r t e n s i a B a d i l l a

( E n b o c a d e m i a m i g o Ma n u e l An t o n i o Ba d i l l o )

f i f

ALVANDO la d ista n cia , b e b ié n d o s e el e s p a c io , C o m o c ic ló n v io le n t o q u e al a ire y a d e s p lie g a . S u s alas en a n u n c io d e te m p e s ta d , m e lle g a • U n a n o t ic ia in fa u sta qu e v ie n e m i a lm a á h e rir.

¡M u r ió tu h p r m a n a !— d i c e — ¡T u h e rm a n a p r e d i l e c t a ! M i e s p íritu n o q u ie re c r e e r q u e a q u e llo es c i e r t o ;

¡N o p u e d o im a g in a r m e q u e un á n g e l h a y a m u e r t o ! ¡M i h e rm a n a no p o d ía m o r ir sin v e r m e á m í!

II

f

E s a A t r o p o s , a q u e lla d e n o c a n s a d o d a lle

¿ C o r t ó im p la c a b le , es c ie r t o , q u e r id a h e rm a n a H o rte n s ia , E l t r o n c o d e tu v id a , la flo r d e tu e x is ie n c ia ?

¿ F a lt a b a u n a a z u c e n a ta lv e z en su p e n s i l ? __ ¿ A c a s o e lla ig n o r a b a q u e h a b ía m o s u n id o

T u v id a c o n la m ía, tu su e rte c o n m i s u e r t e ? . . . . ¡ L a

pálida importuna

d e b ía d a rm e m u e rte ,

S i es c ie r t o q u e h a c a v a d o la fo s a p a ra t í! 9

III

M as ¡ a y ! y a q u e has t e n d id o la n o c h e s o b r e m i a lm a ¿ P o r q u é n o m e o fr e c is te , o h P a r c a cr u e l, im p ía ,

L a d ic h a p o s tr im e ra , la e fím e r a a le g r ía

D e v e r ¡ a y ! á m i h erm a n a , d e v e r la ú ltim a v e z ? ¡H u b ie r a y o q u e r id o , m ira rm e d e m i H o r te n s ia E n sus p r o fu n d o s o jo s , en sus p u p ila s b e lla s

P o r q u e en m i n o c h e fa lta la lu z d e esas e stre lla s Y á m i a lm a le h a c e fa lta ese ú ltim o p l a c e r ! ! !

Quito, á 16 de Marzo de 1912.

(6)

— 7 —

lv" »¿•••i»

_m

iP V

W*

A .

s&,:& I fe

V io le ta s p a ra la t u m b a

K de la S e ñ o r ita H O R T

E N S I A ^ D I L L O

( D e d i c a d o á m i a m i g o Ma n u e l An t o n i o)

A h e r id a qu e el d e stin o en su iil T e lia a b ie rto , ca ro a m ig o , Q u ita n d o la e x iste n c ia

D e ese á n g e l qu e tu v iste c o m o herm an a, . A q u e lla h erid a , d ig o ,

E s tá en m i co r a z ó n , n o es s ó lo tu ya ; Q u e tu alm a c o n la m ía son d os h oja s D e un m ism o n a cim ie n to ;

J u n ta s se m u e v e n cu a n d o s o p la el v ie n to , J u n ta s las d os se su fren sus c o n g o ja s .

II

P o r eso te a co m p a ñ o en tu tristeza Y u n o m i v o z al la stim e ro ca n to

Q u e lan za tu alm a d o lo r id a y rota, P o r eso m e z c lo el lla n to c o n el lla n to

Q ue d e tus o jo s b r o t a __

III

H a m u e r to una m u je r q u e fu e m o d e lo Y de su se x o o r g u llo ;

M ás q u e m u je r fu e un á n g e l que d e l c ie lo A l m u M 'o ha d e s c e n d id o ,

U n á n g e l qu e n o h a lla n d o en n u estro su e lo L a d ich a p re se n tid a ,

. L a d u lc e p a z d esea d a ,

A r r a n c a d e esta v id a . ,

Y e m p re n d e el v u e lo á su p r im e r m o ra d a .

-Quito

,

á 16 de Marzo de 1912.

(7)

♦ <

E r a u n a s t r o , d e a q u e llo s

q u e s ó lo a s o m a n e n e l c ie lo ele c e n t u r ia en c e n t u r ia . L u c e n a p e n a s u n a s n o c h e s , d e r r a m a n d o f u l g o r e s s u a v e s , m is t e r io s o s , a t r a y e n t e s , p a r a d e s p u é s p e r d e r s e e n la in m e n s id a d d e l e s p a c io , c o m o r e c e l o s o s d e o fe n d e r á su s h e r m a n a s la s e s t r e lla s , q u ie n e s m o d e s t a s , tím id a s , v e n c id a s se e s c o n d e n e n e l p i é l a g o v a c ío , p e r m i t i e n d o q u e e l b r i l l o d e e s e s o l a p a r e c i d o d o m i n e e l fir m a m e n t o .

i

S í, e r a un a s t r o q u e c o m o p r o d i g i o v in o a l s u e lo á d e s lu m b r a r c o n su s in n ú m e r a s v ir t u d e s . L u c i ó 'u n m o m e n t o , e x t e n d i ó g e n e r o s a su lu z in t e n s a d e c o n s t e l a c i ó n , d e v ía l a c t e a , y lu e g o se a le jó p o r q u e u n s o l m á s p o t e n t e le a t i « * " S e fu e p o r q u e D io s , e s e s o l e t e r n o , t o d o f u e g o , t o d o a m o r le lla m a b a , á su s e n o c o n la v i o l e n c i a c o n q u e a b s o r b e e l c e n t r o d e l s is t e m a s id e r a l, e l c e n t r o d e lo fin it o y l o in fi n i t o ___

(8)

— 9 —

N a t u r a le z a lia im p u e s t o á lo s m o r t a le s , n o te a le je s ta n p r e s to , e scu ch a , a.1 m e n o s la v o z in c o n s o la b le , u lu la n t e d e tu m a d r e q u e te l l a m a ; d e t e n t e p a ra q u e a b r a c e s u n a v e z m á s á tu s h e rm a itto s, q u ie n e s en su d o l o r sin n o m b r e r e c la m a n d e tu s o jo s u n a ú lt im a m ir a d a , u n a p a la b r a , e n f i n ___ u n a t e r n e z a f r a t e r n a l . . . . ¿ I g n o r a s q u e tie n e s u n h e r m a n o a u s e n te y

é t f

c u a l e l e s p a c io le s e p a r a d e e se h o g a r q u e in fle x ib le a b a n d o n a s c o n tu a u s e n c ia ? D e t é n tu v u e l o ; a g u a r d a , H o r t e n s ia . A n t o n i o te r e c la m a . ¿ N o le e s c u c h a s ? i A y ! T e p id e q u e le a b r a c e s , q u e le d e s tu e t e r n a d e s p e d i d a ; q u ie r e b a ñ a r tu fr e n t e c o n su s lá g r im a s , q u ie r e e s t r e c h a r tu s m a n o s d e t r o n c h a d o lir io e n tr e la s su y a s, q u ie r e c e r r a r tu s o jo s c o n u n b e s o a r d ie n te , a p a s io n a d o , la r g o , c o m o c ie r r a e l b e s o d e la n o c h e e l c á liz d e u n a f l o r . . . .

¡ H o r te n s ia

! ¡ M ir a el h o g a r d e tu q u e r id a m a d r e v a c ío , t é t r ic o , sin lu z , sin c a lo r , sin a r m o n ía n i c o l o r e s ! T u p r e s e n c ia l o lle n a b a , e lla ta n s ó lo d e r r a m a b a d ic h a s , p l á c i d o s d e s te llo s , a r d o r e s b e n é fi c o s d e so l, s in fo n ía s d u lc e s , p o é t ic a s d e a l o n d r a y flo r e s p o lic r o m a s d e p e n s il.

¿ T e v a s ? . . . ¡ T e v e o y a e n e l c é n it d e tu c a r r e r a ! ¿ N o e s c u c h a s ? ¡ A h ! ¡T i e n e s r a z ó n ! ¡ T e a t r a e lo in v is ib le , lo e t e r n o ! ¡ E l m is t e r io te lla m a c o n * s u m u d a v o z d e t r u e n o ! V u e la , H o r t e n s ia ; n o t e c o n v ie n e e l m u n d o p o r m o r a d a ; tu s v ir t u d e s p e d ía n

4

a

*

í_{p a la c io ; h a n p r e p a r a d o p a r a tu a lm a u n}

c i e l ° - VOT

E

c

4 Quito

,

á 17 de Marzo de

V

■ %

2*