Los obispos españoles
tras la segunda Guerra Mundial:
actitud ante el referéndum de 1947
V i c e n t e C Á R C E L O R T Í
1. Los obispos españoles y la conclusión de la segunda Guerra Mundial
El m a g i s t e r i o d e l E p i s c o p a d o e s p a ñ o l s o b r e la S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l es m á s b i e n e s c a s o . L o f o r m a n a l g u n a s c a r t a s y e x h o r t a c i o n e s p a s t o r a -les — m á s b i e n p o c a s — d e o b i s p o s p i d i e n d o el final d e las h o s t i l i d a d e s y o r a c i o n e s p o r l a p a z y v a r i o s e d i t o r i a l e s d e l a r e v i s t a Ecclesia, s u g e r i d o s e n b u e n a p a r t e p o r el a r z o b i s p o d e T o l e d o , E n r i q u e P í a y D e n i e l1, q u e p o r
1. Nació en Barcelona el 19 de diciembre de 1876. Cursó sus estudios eclesiásticos en la Universidad Gregoriana de Roma, como alumno del Pontificio Colegio Español, y se docto-ró en Sagrada Teología, Derecho Canónico y Filosofía, al tiempo que merecía el premio ex-traordinario en la primera de dichas disciplinas, instituido por el cardenal Billot. De regreso a su ciudad natal, destacó pronto como eminente sociólogo y eficaz organizador, actividades que alternó con el desempeño de varias cátedras en el Seminario y diversos cargos de res-ponsabilidad en la curia diocesana. Consagrado con todo acierto a difundir las doctrinas so-ciales de León XIII, bien pronto se convirtió en un verdadero apóstol de los suburbios bar-celoneses y fruto de esta actividad fue la fundación por el Dr. Pía de un hogar para acoger a los obreros en las horas de descanso. Cooperó activamente en la organización y desarrollo de la V Semana Social de Barcelona; en el Congreso litúrgico de Montserrat dirigió por en-cargo de su obispo la obra de Acción Social Popular en un momento harto grave para dicha institución y fue igualmente director de la Revista Social, del Anuario Social y del semanario obrero El Social, muy difundido en aquellos tiempos por toda España. El 4 de diciembre de 1918 fue nombrado obispo de Avila. Durante los diecisiete años que ejerció su episcopado en Avila realizó una fecunda y admirable labor en beneficio de la Iglesia. Su preocupación constante por los obreros le llevó a fundar la Casa Social Católica, en la que sostenía la es-cuela gratuita allí establecida y encabezaba con cuantiosos donativos cuantas subscripciones
a q u e l l a s f e c h a s t o d a v í a n o e r a c a r d e n a l . L o e x p l i c a u n a r a z ó n b i e n s e n c i l l a . C u a n d o e s t a l l ó el c o n f l i c t o , E s p a ñ a a c a b a b a d e s a l i r d e l a g u e r r a civil e i n i -c i a b a l e n t a m e n t e el -c a m i n o d e la r e s t a u r a -c i ó n . L a g u e r r a q u e d ó m á s a l l á d e los P i r i n e o s .
C o n m o t i v o d e su t e r m i n a c i ó n , el a r z o b i s p o d e T o l e d o p u b l i c ó el 8 d e m a y o u n a c a r t a p a s t o r a l e n l a q u e s i n t e t i z ó l a c o n d u c t a d e E s p a ñ a e n g u e r r a y e n p a z y ofreció p r o f u n d a s e n s e ñ a n z a s2. E n su p r i m e r a p a r t e , r e l a t i v a a la d o c t r i n a d e l a i n t e r v e n c i ó n , a f i r m a b a q u e n a c i o n e s i n t e r e s a d a s i n i c i a l m e n t e e n l a g u e r r a n o d e b i e r o n l a n z a r s e a ella s i n o d e s p u é s d e a g o t a r c o n á n i m o s i n c e r o t o d o s los m e d i o s p a c í f i c o s d e c o n c i l i a c i ó n . P e r o u n a v e z e s c o g i d o el c a m i n o d e l a s a r m a s , q u i é n s a b e si p o r p a r t e d e a l g u n o c o n la e n g a ñ o s a e s p e r a n z a d e i m p o n e r la r a z ó n d e l a f u e r z a a las n a c i o n e s a p a r t a d a s , se les p l a n t e ó el d i l e m a d e l a i n t e r v e n c i ó n n o a f a v o r d e l v e n c e d o r p r o b a b l e s i n o e n a y u d a d e l a g r e d i d o i n j u s t a m e n t e . A h o r a b i e n , tal c l a s e d e i n -t e r v e n c i ó n n o a l c a n z ó m á s u r g e n c i a q u e los d e b e r e s d e la c a r i d a d y d e b í a ser d e c i d i d a c o n a r r e g l o a las p o s i b i l i d a d e s , l a o p o r t u n i d a d y la e f i c a c i a . E s -p a ñ a n o -p o d í a , n o t e n í a el d e b e r d e i n t e r v e n i r .
P í a y D e n i e l d i j o :
«... la guerra europea y mundial no tiene nada que ver con la guerra civil española. Fue lamentable que se tuviese que acudir a ella, y la Iglesia por su parte, que no se enfeuda nunca en ningún régimen político, había
se abrían en favor de los necesitados. Fue trasladado a Salamanca el 28 de enero de 1935, en cuya diócesis ejerció una fecunda labor pastoral. En 1940 creó la Pontificia Universidad Eclesiástica de Salamanca con sus facultades de Teología y Derecho Canónico. El 31-X-1941 fue nombrado arzobispo de Toledo, primado de España; creado cardenal en el Consistorio del 18-11-1946. Fue presidente de la Conferencia de Metropolitanos Españoles y de su Comi-sión Permanente, presidente nacional de la Junta Suprema y de la Dirección Central de la Acción Católica Española, comisario general de Cruzada y presidente nacional de la Unión Misional del Clero. En el orden civil fue consejero de Estado y, durante un trienio, procura-dor en Cortes. Al frente de sus diócesis, y particularmente de la de Toledo llevó a cabo una ingente obra de restauración material y espiritual, impulsó la vida cristiana, el apostolado seglar y, particularmente, el apostolado obrero. Presidió como Cardenal Legado de Su Santi-dad el Congreso Nacional de la Juventud de Acción Católica en el año compostelano de 1946, el Congreso Eucarístico Nacional de Granada en 1956 y el Congreso Nacional Maria-no en Zaragoza en 1954. Formó parte de la Comisión de cardenales que preparó el Concilio Vaticano II, algunas de cuyas sesiones presidió en nombre del Papa Juan XXIII. Falleció en Toledo el 5 de julio de 1968.
aconsejado en España, según la consigna de la Santa Sede, la colabora-ción para el bien común, aun dentro del régimen republicano. Este fue desbordado para dar paso a una anarquía sangrienta comunista, con des-precio de los derechos de la persona humana, con millares y millares de víctimas seglares, con muchos millares de sacerdotes, religiosos y religiosas asesinados, con millares de iglesias devastadas... La guerra que acaba de terminar en Europa fue empezada sin enterar a España, con finalidades que nada le atañían y, en realidad, por intereses de expansión y dominio. España, por sus intereses, no tenía que intervenir; por el estado en que se encontraba y por la distancia del teatro de la guerra en los primeros momentos de la lucha, no podía intervenir...»
«He aquí —comentaba la revista Ecclesia— una justificación abstracta y objetiva de la conducta de España, hecha por un Prelado en nombre de la moral católica y de los hechos innegables con validez ante la Historia que juzga a las naciones cuando ya ha perdido la noticia de los hombres.
Voces interesadas querían, además, deducir de la guerra mundial una in-validación doctrinal de la guerra civil española. La voz del Primado tole-dano no fue menos expresiva al tratar este asunto. El levantamiento del sano pueblo español contra los perseguidores de su fe y conculcadores de su derecho fue absolutamente legítimo, aunque la necesidad de llegar has-ta el último recurso de la sangre fuera lamenhas-table. Nuestra guerra fue una verdadera cruzada fundamentalmente religiosa y patriótica, en lo que la Patria tiene de sustancial y de inmutable» 3.
P e r o l a p a s t o r a l t u v o u n a s e g u n d a p a r t e p o s i t i v a y p r o g r a m á t i c a . L a t e r m i n a c i ó n d e l a s h o s t i l i d a d e s sólo e r a l a p r i m e r a e t a p a d e l a p a z . S e h a b í a d e r r u m b a d o el m u n d o q u e p r e t e n d í a e d i f i c a r s e s o b r e l a f u e r z a y l a d i v i n i -d a -d -d e l E s t a -d o ; h a b í a q u e c i m e n t a r el n u e v o s o b r e la j u s t i c i a y los -d e r e c h o s d e la p e r s o n a . E n el o r d e n i n t e r n a c i o n a l e s o q u e r í a d e c i r q u e h a b í a d e e x t i r p a r s e el e s p í r i t u d e v e n g a n z a y h a b í a d e p o n e r s e el d e r e c h o d e los p e q u e -ñ o s a l a m i s m a a l t u r a q u e las a p e t e n c i a s d e los g r a n d e s .
L o s o b i s p o s e s p a ñ o l e s se h i c i e r o n e c o d e l m a g i s t e r i o d e P í o X I I t r a s la t e r m i n a c i ó n d e l a g u e r r a , e n el q u e o r d e n ó i n t e n s i f i c a r l a s p l e g a r i a s a l a S a n t í s i m a V i r g e n d u r a n t e el m e s d e m a y o p a r a el t r i u n f o d e l a p a z e n el m u n d o d e u n a m a n e r a j u s t a y c o n f o r m e a los p r i n c i p i o s c r i s t i a n o s4.
Al t e r m i n a r la s e g u n d a g u e r r a m u n d i a l los o b i s p o s e s p a ñ o l e s e s t a b a n p l e n a m e n t e e n t r e g a d o s a l a t a r e a d e r e s t a u r a c i ó n r e l i g i o s a y m o r a l d e l a n a -c i ó n , p a r a l a q u e -c o n t a b a n -c o n el a p o y o m a t e r i a l d e l E s t a d o y -c o n u n a leg i s l a c i ó n civil f a v o r a b l e a los p r i n c i p i o s c a t ó l i c o s , h a b i d a c u e n t a d e l a c o n f e -s i o n a l i d a d e -s t a t a l y d e l b u e n e n t e n d i m i e n t o e x i -s t e n t e e n t r e el m i -s m o E -s t a d o y la S a n t a S e d e , c o m o d e m o s t r ó l a firma e n 1941 d e l c o n v e n i o s o b r e n o m -b r a m i e n t o s d e o -b i s p o s . E s t e d a t o es f u n d a m e n t a l p a r a e n t e n d e r la a c t i t u d d e l a J e r a r q u í a e s p a ñ o l a n t e el R e f e r é n d u m p o p u l a r q u e s a n c i o n ó el R é g i -m e n p o l í t i c o i n s t a u r a d o p o r F r a n c o .
2. El referéndum del 6 de julio de 1947
E n el a r t í c u l o 12 d e l F u e r o d e los E s p a ñ o l e s se e s t a b l e c i ó d e m o d o t a x a t i v o q u e t o d o s los e s p a ñ o l e s p o d í a n e x p r e s a r l i b r e m e n t e s u s i d e a s . P a r a m a n i f e s t a r l a s e n las u r n a s y c o n a r r e g l o al m e d i o d e m o c r á t i c o d e l a v o t a c i ó n l i b r e y s e c r e t a se e s t a b l e c i ó el 22 d e o c t u b r e d e 1 9 4 5 el r e f e r é n d u m . F u e e n u n d i s c u r s o a t o d o s los e s p a ñ o l e s , p r o n u n c i a d o p o r l a R a d i o N a c i o n a l d e E s p a ñ a , e n el q u e el J e f e d e l E s t a d o m a n i f e s t ó su d e s e o d e d a r a E s p a ñ a u n a L e y q u e le d i e s e t o d a su h e c h u r a c o n s t i t u c i o n a l , u n a L e y q u e fuese el t o t a l p e r f e c c i o n a m i e n t o d e l E s t a d o , a l a v e z q u e a b r í a u n c a u c e p a r a s u s u -c e s i ó n e n el -c a s o d e q u e el r e -c t o r d e los d e s t i n o s e s p a ñ o l e s d e s a p a r e -c i e s e .
A q u e l l a l e y e n p r o y e c t o fue e n v i a d a a las C o r t e s E s p a ñ o l a s , e n d o n -d e u n a C o m i s i ó n e s p e c i a l -d e j u r i s t a s l a e s t u -d i ó y -d i s c u t i ó , m o -d i f i c á n -d o l a m u y a m p l i a m e n t e d e c o m o v e n í a d e l C o n s e j o d e M i n i s t r o s . D e l s e n o d e la C o m i s i ó n p a r l a m e n t a r i a p a s ó al S a l ó n d e S e s i o n e s y allí fue a p r o b a d a p o r el p l e n o , l u e g o d e u n d i s c u r s o e n su d e f e n s a p o r el p r e s i d e n t e d e l a C o m i s i ó n q u e la h a b í a d i s c u t i d o y q u e e n d i c h a o c a s i ó n , e n a t e n c i ó n a la i m p o r -t a n c i a d e la L e y , fue el p r o p i o P r e s i d e n -t e d e l a s C o r -t e s .
A p r o b a d a la L e y d e l a S u c e s i ó n e n l a J e f a t u r a d e l E s t a d o , q u i s o el J e f e d e l E s t a d o q u e fuese el p u e b l o e n t e r o q u i e n d i e s e su a s e n s o a l a m i s
m a . P a r a ello u n d e c r e t o d e l 8 d e j u n i o d e 1 9 4 7 a s í lo d i s p u s o , e s t a b l e c i e n d o p o c o m á s t a r d e c ó m o el r e f e r é n d u m d e b í a v e r i f i c a r s e e n t o d o el t e r r i t o -r i o e s p a ñ o l el 6 d e j u l i o d e l m i s m o a ñ o .
5. Reproduzco la introducción de la Ley de Sucesión y los artículos iniciales que se refie-ren a la confesionalidad católica del Estado y a la participación de la Iglesia en los más altos organismos del Estado: «Por cuanto las Cortes Españolas, como órgano superior de la parti-cipación del pueblo en las tareas del Estado, elaboraron la Ley fundamental que, declarando
C o m e n z ó la p r o p a g a n d a e s c r i t a y r a d i a d a , a la v e z q u e las calles d e las c i u d a -d e s y villas e s p a ñ o l a s florecían -d e carteles vistosos y p a s q u i n e s v i b r a n t e s - dicien-d o al p u e b l o c u á l e r a l a o b r a dicien-d e F r a n c o , lo q u e s i g n i f i c a b a v o t a r su L e y y c ó m o e r a u n d e b e r d e c i u d a d a n í a el a c u d i r a v o t a r Sí o No e n el r e f e r é n d u m . D e s d e el m i s m o m o m e n t o e n q u e se a n u n c i ó al m u n d o el r e f e r é n d u m las r a d i o s e x t r a n j e r a s o p o s i t o r a s d e l r é g i m e n d i e r o n c o m i e n z o a su p r o -p a g a n d a c o n t r a a q u é l . A d e c i r d i a r i a y m a c h a c o n a m e n t e al -p u e b l o e s -p a ñ o l c ó m o su d e s a f e c c i ó n a F r a n c o d e b i e r a d e p r o b a r s e n o a c u d i e n d o a las u r -n a s . P o r o t r a p a r t e , a l g u -n a s h o j i l l a s c l a -n d e s t i -n a s m o -n á r q u i c a s i -n s i s t i e r o -n e -n e s t o . E l G o b i e r n o r e a l i z ó su p r o p a g a n d a ; p e r o los e n e m i g o s d e l r é g i m e n l a h i c i e r o n t a m b i é n p o r m e d i o d e las r a d i o s e x t r a n j e r a s y c o r r i e n d o d e o í d o a o í d o e n t r e los e l e m e n t o s d e s a f e c t o s l a c o n s i g n a d e la a b s t e n c i ó n . P e s e a e s t a s ó r d e n e s , las g e n t e s f o r m a r o n , p r i m e r o , l a r g a s c o l a s a n t e l o s C o l e g i o s e l e c t o r a l e s p a r a v e r i f i c a r su i n c l u s i ó n e n el C e n s o y , m á s t a r d e , b a j o u n sol c a n i c u l a r y r e t r a s a n d o s u s v a c a c i o n e s , lo h i c i e r o n p a r a a c u d i r a v o t a r .
A m e d i d a q u e se i b a h a c i a el d í a d e l a v o t a c i ó n c r e c í a el i n t e r é s p o r a c u d i r a é s t a , q u e i b a a e j e r c i t a r s e c o m o l a s d e l a M o n a r q u í a y l a R e p ú b l i -c a , es d e -c i r , -c o n v o t o s e -c r e t o . A q u e l l a s m i s m a s u r n a s q u e v i e r o n t a n t a s ele-c- elecc i o n e s e s p a ñ o l a s f u e r o n las q u e se s a elecc a r o n d e s u s elecc a j a s y se l i m p i a r o n elecc u i -d a -d o s a m e n t e p a r a s e r u s a -d a s e n el r e f e r é n -d u m . M i e n t r a s t a n t o , l a J u n t a C e n t r a l d e l C e n s o , f o r m a d a p o r e l e m e n t o s d e las C o r t e s , el T r i b u n a l S u -p r e m o y los C o l e g i o s d e A b o g a d o s , d e s i g n a b a los P r e s i d e n t e s d e M e s a -p a r a la v o t a c i ó n , e n l a q u e c u a l q u i e r e s p a ñ o l p o d í a p e d i r f o r m a r p a r t e d e l a M e s a e n c a l i d a d d e o b s e r v a d o r . C o n f o r m e a l a L e y e l e c t o r a l d e 1 9 0 7 , el e s c r u t i n i o t e n í a c a r á c t e r p ú b l i c o . M á s q u e d e p ú b l i c o e n l a p r e s e n t e o c a s i ó n , y a q u e e n M a d r i d , B a r c e l o n a , B i l b a o , S e v i l l a y L a L í n e a d e l a C o n c e p c i ó n , e n t r e o t r o s p u n t o s d e E s p a ñ a , fue p r e s e n c i a d o y e n él t o m a r o n p a r t e a c t i v a r e p r e -s e n t a n t e -s d e l a P r e n -s a e x t r a n j e r a , e n p a r t i c u l a r i n g l e -s e -s y n o r t e a m e r i c a n o -s .
3 . Actitud de la Jerarquía
El s i l e n c i o d e los o b i s p o s e n los a ñ o s c u a r e n t a s o b r e l a s i t u a c i ó n s o c i o p o l í t i c a d e E s p a ñ a n o q u i e r e d e c i r q u e t o d o s ellos e s t u v i e r a n d e a c u e r d o c o n el R é g i m e n . L a p r i m e r a m a n i f e s t a c i ó n e v i d e n t e d e la d i v i s i ó n e x i s t e n t e e n t r e ellos p o r r a z o n e s p o l í t i c a s se d i o e n 1 9 4 7 , c o n m o t i v o d e l R e f e -r é n d u m p o p u l a -r d e l 6 d e j u l i o .
U n e s t u d i o a n a l í t i c o a t r a v é s d e los b o l e t i n e s e c l e s i á s t i c o s n o s p e r m i te d i v i d i r l a a c t i t u d d e los 6 0 o b i s p o s r e s i d e n c i a l e s e s p a ñ o l e s a n t e el R e f e -r é n d u m e n c u a t -r o g -r u p o s :
Grupo Io. F o r m a d o p o r 27 o b i s p o s , q u e d i r i g i e r o n c a r t a s p a s t o r a l e s , i n s t r u c c i o n e s , e x h o r t a c i o n e s o c i r c u l a r e s al c l e r o y a los fieles i n v i t á n d o l e s a v o t a r . E s t o s f u e r o n los a r z o b i s p o s d e
1. B u r g o s ( L u c i a n o P é r e z P l a t e r o ) , 2. G r a n a d a ( B a l b i n o S a n t o s O l i v e r a ) ,
3 . T a r r a g o n a ( c a r d e n a l M a n u e l A r c e O c h o t o r e n a ) , 4 . T o l e d o ( c a r d e n a l p r i m a d o , E n r i q u e P í a y D e n i e l ) , 5. V a l e n c i a ( M a r c e l i n o O l a e c h e a L o i z a g a , S. D . B . ) y 6. V a l l a d o l i d ( A n t o n i o G a r c í a y G a r c í a ) , y los o b i s p o s d e
la constitución del Reino, crea su Consejo y determina las normas que han de regular la Sucesión en la Jefatura del Estado, cuyo texto, sometido al referéndum de la Nación, ha sido aceptado por el ochenta y dos por ciento del Cuerpo electoral, que representa el noventa y tres por ciento de los votantes.
De conformidad con la propuesta de las Cortes y con la expresión auténtica y directa de la voluntad de la Nación, dispongo:
Artículo primero. España, como unidad política, es un Estado católico, social y representati-vo que, de acuerdo con su tradición, se declara constituido en Reino.
Artículo segundo. La Jefatura del Estado corresponde al Caudillo de España y de la Cru-zada, Generalísimo de los Ejércitos, don Francisco Franco Bahamonde.
Artículo tercero. Vacante la Jefatura del Estado, asumirá sus poderes un Consejo de Re-gencia, constituido por el Presidente de las Cortes, el Prelado de mayor jerarquía Consejero del Reino y el Capitán General del Ejército de Tierra, Mar o Aire o en su defecto, el Teniente General en activo de mayor antigüedad y por este mismo orden. El Presidente de este Con-sejo será el de las Cortes, y para la validez de los acuerdos se requerirá la presencia, por lo menos, de dos de sus tres componentes y siempre la de su Presidente.
7. Á v i l a ( S a n t o s M o r o B r i z ) ,
8. B a d a j o z ( J o s é M a r í a A l c a r a z A l e n d a ) ,
9 . B a r b a s t r o ( A r t u r o T a b e r a A r a o z , C . M . F . ) , 10. B a r c e l o n a ( G r e g o r i o M o d r e g o C a s a u s ) , 1 1 . C á d i z ( T o m á s G u t i é r r e z D í a z ) ,
12. C a r t a g e n a ( M i g u e l d e los S a n t o s D í a z G o m a r a ) , 1 3 . C u e n c a ( I n o c e n c i o R o d r í g u e z D i e z ) ,
14. G e r o n a ( J o s é C a r t a ñ á I n g l é s ) , 1 5 . H u e s c a ( L i n o R o d r i g o R u e s c a ) , 16. I b i z a ( A n t o n i o C a r d o n a R i e r a ) , 17. J a c a ( J o s é M a r í a B u e n o M o n r e a l ) , 18. M a d r i d - A l c a l á ( L e o p o l d o E i j o G a r a y ) , 19. O r e n s e ( F r a n c i s c o B l a n c o N á j e r a ) , 2 0 . O v i e d o ( B e n j a m í n d e A r r i b a C a s t r o ) , 2 1 . P a m p l o n a ( E n r i q u e D e l g a d o G ó m e z ) ,
2 2 . S a l a m a n c a ( F r a n c i s c o B a r b a d o V i e j o , O . P . ) , 2 3 . S e g o r b e ( R a m ó n S a n a h u j a M a r e é ) ,
2 4 . S i g ü e n z a ( L u i s A l o n s o M u ñ o y e r r o ) , 2 5 . T o r t o s a ( M a n u e l M o l í S a l o r d , O . D . ) , 2 6 . T u y ( J o s é L ó p e z O r t i z , O . S. A . ) y 2 7 . V i c h ( J u a n P e r e l l ó P o u , S S . C O ) .
Grupo 2o. F o r m a d o p o r 19 o b i s p o s , q u e se l i m i t a r o n a r e p r o d u c i r y h a c e r p r o p i a l a p a s t o r a l d e l c a r d e n a l p r i m a d o , e n l a q u e i n v i t ó a b i e r t a m e n -te a v o t a r . E s t o s f u e r o n el a r z o b i s p o d e
1. Z a r a g o z a ( R i g o b e r t o D o m é n e c h V a l l s ) y los o b i s p o s d e 2. A s t o r g a ( J e s ú s M é r i d a P é r e z ) ,
3 . C i u d a d R e a l ( E m e t e r i o E c h e v e r r í a B a r r e n a ) , 4. C i u d a d R o d r i g o ( M á x i m o Y u r r a m e n d i A l c a i n a ) , 5. C ó r d o b a ( A l b i n o G o n z á l e z M é n e n d e z - R e i g a d a , O . P . ) , 6. C o r i a ( F r a n c i s c o C a v e r o T o r m o ) ,
7. G u a d i x ( R a f a e l Á l v a r e z L a r a ) ,
8. J a é n ( R a f a e l G a r c í a y G a r c í a d e C a s t r o ) , 9 . L e ó n ( L u i s A l m a r c h a H e r n á n d e z ) ,
10. L u g o ( R a f a e l B a l a n z a N a v a r r o ) , 1 1 . M a l l o r c a ( J u a n H e r v á s B e n e t ) ,
1 2 . M e n o r c a ( B a r t o l o m é P a s c u a l M a r r o i g ) , 1 3 . O r i h u e l a ( J o s é G a r c í a G o l d a r a z ) ,
1 5 . S a n t a n d e r ( J o s é E g u i n o T r e c u ) , 16. U r g e l ( R a m ó n I g l e s i a s N a v a r r i ) ,
17. T e r u e l ( L e ó n V i l l u e n d a s P o l o , O . F . M . ) , 18. V i t o r i a ( C a r m e l o B a l l e s t e r N i e t o , C . P . ) y 19. Z a m o r a ( J a i m e F o n t A n d r e u ) .
Grupo 3o. F o r m a d o p o r los r e s t a n t e s 9 , q u e o b s e r v a r o n el m á s a b s o -l u t o s i -l e n c i o , n o p u b -l i c a r o n d o c u m e n t o a -l g u n o n i r e p r o d u j e r o n -l a p a s t o r a -l d e l p r i m a d o . E s t o s f u e r o n los a r z o b i s p o s d e
1. S a n t i a g o d e C o m p o s t e l a ( T o m á s M u n i z P a b l o s ) y 2. S e v i l l a ( c a r d e n a l P e d r o S e g u r a S á e n z ) , y los o b i s p o s d e 3 . C a l a h o r r a ( F i d e l G a r c í a M a r t í n e z ) ,
4. C a n a r i a s ( A n t o n i o P i l d a i n Z a p i a i n ) ; 5. M o n d o ñ e d o ( F e r n a n d o Q u i r o g a P a l a c i o s ) , 6. O s m a ( S a t u r n i n o R u b i o M o n t i e l ) ,
7. P l a s e n c i a ( J u a n P e d r o Z a r r a n z P u e y o ) , 8. S e g o v i a ( D a n i e l L l ó r e n t e F e d e r i c o ) y 9 . S o l s o n a ( V i c e n t e E n r i q u e y T a r a n c ó n ) .
Grupo 4o. F o r m a d o p o r los n u e v o s o b i s p o s d e d i ó c e s i s t o d a v í a v a c a n tes d e h e c h o — q u e e n a q u e l m o m e n t o e r a n c i n c o — , p o r q u e si b i e n s u s r e s -p e c t i v o s -p r e l a d o s h a b í a n s i d o n o m b r a d o s el 2 4 d e a b r i l d e 1 9 4 7 , n i n g u n o d e ellos h a b í a r e c i b i d o l a c o n s a g r a c i ó n e p i s c o p a l — a e x c e p c i ó n d e l d e T a r a -z o n a , q u e h a b í a s i d o o b i s p o a u x i l i a r d e G r a n a d a — n i t o m a d o p o s e s i ó n d e s u s r e s p e c t i v a s s e d e s , y p o r ello n i n g u n o d e ellos i n t e r v i n o e n l a c u e s t i ó n del R e f e r é n d u m . E s t o s f u e r o n :
1. A l m e r í a ( A l f o n s o R o d e n a s G a r c í a ) , 2. L é r i d a ( A u r e l i o d e l P i n o G ó m e z ) , 3 . M á l a g a ( Á n g e l H e r r e r a O r i a ) ,
4 . T a r a z o n a ( M a n u e l H u r t a d o G a r c í a ) y 5. T e n e r i f e ( D o m i n g o P é r e z C á c e r e s ) .
El v i c a r i o c a p i t u l a r d e L é r i d a p u b l i c ó u n a c i r c u l a r i n v i t a n d o al v o t o , y lo m i s m o h i z o el v i c a r i o g e n e r a l d e V i c h , e n n o m b r e d e l o b i s p o P e r e l l ó P o u .
6. No sorprende esta actitud si se tiene en cuenta que Pía y Deniel, además de gran pre-paración intelectual y reconocido prestigio entre los obispos, era quien de hecho dirigía a la Iglesia en España. A este propósito es interesante el testimonio del cardenal Tarancón so-bre el funcionamiento interno de la Junta de Metropolitanos, que presidía Pía y Deniel: «En-tonces no había Conferencia Episcopal a la que acudieran todos los obispos. Acudían sólo los arzobispos y en aquellas reuniones prácticamente el único que decidía era el primado. Allí se hacía lo que él quería y, si alguien discrepaba, él sabía convencerle. A mí lo que me molestaba en él era que asuntos que podían resolverse en media hora con él duraban cinco horas, de lento y minucioso que era. De todos modos era una personalidad extraordi-naria, un hombre de visión clara. El era franquista, lo fue siempre, pero con una libertad...» (J. L . M A R T Í N DESCALZO, Tarancón, el cardenal del cambio, Barcelona, Planeta, 1982, p. 94).
p o r l a m a y o r í a d e los o b i s p o s6. E l s e g u n d o t u v o u n a i n t e r v e n c i ó n a b i e r t a -m e n t e f a v o r a b l e al R e f e r é n d u -m e i n v i t ó a v o t a r sí s i n t a p u j o s . Y el t e r c e r o fue m á s d i s c r e t o , si b i e n su r e c h a z o a v o t a r le g r a n j e ó m u c h a s c r í t i c a s .
4. Pastoral del cardenal primado Pía y Deniel sobre el ejercicio del voto
C a b e sin e m b a r g o d e c i r , e n l í n e a s g e n e r a l e s , q u e :
1. L a I g l e s i a f u e , a n t e t o d o , u n a f u e r z a p o s i t i v a f a v o r a b l e al R é g i m e n y e n e s t e s e n t i d o a c t u a r o n l a i n m e n s a m a y o r í a d e s u s m i e m b r o s y g r u -p o s d i v e r s o s d u r a n t e las d o s -p r i m e r a s d é c a d a s d e l m i s m o .
2. C o m o t a l , la I g l e s i a e s t u v o e n p r i n c i p i o p o r la c o n t i n u a c i ó n d e l o r d e n e x i s t e n t e , r e c o n o c i ó su d e u d a d e g r a t i t u d c o n el M o v i m i e n t o N a c i o -n a l y c o -n el R é g i m e -n y , s a l v o e s c a s a s m i -n o r í a s , a c e p t ó e -n s u s d e f e c t o s la d o c t r i n a d e l m a l m e n o r .
3 . S i n e m b a r g o , y p r e c i s a m e n t e p o r q u e d e s e a b a la c o n s o l i d a c i ó n d e l o r d e n e x i s t e n t e — s i n p r e j u i c i o d e d e s e a r s u m e j o r a e n m á s d e u n p u n t o — fue c a d a v e z m a y o r el n ú m e r o d e s u s m i e m b r o s q u e se p r e o c u p ó p o r la b ú s q u e d a d e las f ó r m u l a s q u e a s e g u r a r a n l a c o n t i n u i d a d y l a p r e v e n c i ó n d e u n a crisis q u e p o d í a s e r m u y g r a v e si l a s u c e s i ó n al g e n e r a l F r a n c o se a b r í a s i n l a s n e c e s a r i a s p r e p a r a c i o n e s .
4 . A u n q u e e n el p l a n o m o r a l y e n el t e o l ó g i c o l a I g l e s i a e r a c o m -p r e n s i b l e m e n t e m u y c o n s e r v a d o r a , e n el -p l a n o s o c i a l y e c o n ó m i c o e r a n ca-d a v e z m á s l o s q u e o c u p a b a n p o s i c i o n e s a v a n z a ca-d a s , e n l u c h a p o r l a j u s t i c i a s o c i a l .
5. L o s g r u p o s « u l t r a » d e s i g n o s o p u e s t o s s i e m p r e f u e r o n m i n o r í a , r e p r e s e n t a d o s p o r las t e n d e n c i a s « r e s t a u r a c i o n i s t a s » d e q u i e n e s se i d e n t i f i c a -b a n c o n los i n t e g r i s t a s d e l p a s a d o , y los q u e se l l a m a -b a n d e « i z q u i e r d a » , q u e i n s i d i a b a n c a d a v e z m á s al R é g i m e n p o r q u e n o s a l í a d e su fase d e i n -d e c i s i ó n .
7. Varios obispos publicaron, por su cuenta y riesgo, cartas pastorales sobre este delicado tema, algunas abiertamente favorables al Régimen, como la del obispo de Orense, Francisco Blanco Nájera, del 14 de septiembre de 1945, titulada Hacia la paz anhelada («B.O.E. del Obispado de Orense», 112 [1945] 297-311). Pero no faltaron pastorales muy críticas como la del obispo de Calahorra-La Calzada, Fidel García Martínez, Sobre los errores modernos, que fue una denuncia abierta contra la censura que le impidió a este prelado comunicar con sus fieles, y fue «tan bien recibida y comentada en los ambientes eclesiales y culturales de la Europa no nazi, como silenciada en el ámbito de nuestras fronteras» (A. C A L V O ESPIGA,
Un obispo en la encrucijada de las relaciones Iglesia-Estado. La Instrucción Pastoral de D. Fidel García
Martínez del año 1942: «Scriptorium Victoriense» 39 [1992] 84-125).
8. Actas de las Conferencias de Metropolitanos Españoles (1921-1965). Edición preparada por V.
Cárcel Ortí (Madrid, BAC, 1994), n°. 691.
p o r l a i n g e r e n c i a i n d e b i d a d e o t r a s n a c i o n e s e n los a s u n t o s i n t e r n o s d e E s p a ñ a ; p r o t e s t a c o n t r a l a p e r s e c u c i ó n r e l i g i o s a d e s e n c a d e n a d a e n o t r a s n a c i o -n e s y l l a m a m i e -n t o p a r a u -n a p a z j u s t a y f r a t e r -n a ; i -n t e -n s i f i c a c i ó -n d e l a s o b r a s d e c a r i d a d .
El p r i m a d o p r o p u s o t a m b i é n la c o n v e n i e n c i a d e e s t a b l e c e r c o m o n o r -m a q u e los o b i s p o s n o p u b l i c a s e n p a s t o r a l e s i n d i v i d u a l e s s o b r e l a s r e l a c i o n e s
I g l e s i a - E s t a d o 7 o r e l a t i v a s a o t r a s n a c i o n e s , e n v i s t a d e l a r e a n u d a c i ó n d e
las c o n f e r e n c i a s d e m e t r o p o l i t a n o s , d e l a p r o y e c t a d a c a r t a c o l e c t i v a y d e l m e n s a j e r e s e r v a d o al J e f e d e l E s t a d o . S e t r a t a b a d e t e m a s p a r t i c u l a r m e n t e d e l i c a d o s y q u e p o d í a n t e n e r g r a n influjo t a n t o e n l a p o l í t i c a i n t e r n a c o m o e n l a i n t e r n a c i o n a l d e E s p a ñ a .
A l s e r s u p r i m i d o el e s t u d i o d e l a p o s i b l e p a s t o r a l c o l e c t i v a faltó el a r g u m e n t o m á s i m p o r t a n t e q u e los m e t r o p o l i t a n o s p o d í a n h a b e r t r a t a d o e n las c o n f e r e n c i a s q u e c e l e b r a r o n e n M a d r i d d e l 2 6 al 3 0 d e n o v i e m b r e d e
1 9 4 68. E n e f e c t o , d e s d e h a c í a m u c h o t i e m p o , u n a g r a n m a y o r í a d e l E p i s
El c a r d e n a l p r i m a d o p r o p u s o e s t e t e m a p o r q u e lo h a b í a n p e d i d o m u c h o s o b i s p o s y a u n p r o v i n c i a s e c l e s i á s t i c a s e n t e r a s y t a m b i é n p o r q u e m u c h o s c a t ó l i c o s e s p a ñ o l e s e s p e r a b a n e n a q u e l l o s m o m e n t o s u n a p a l a b r a a u t o -r i z a d a d e l a I g l e s i a s o b -r e l a s i t u a c i ó n e s p a ñ o l a . P e -r o n o f a l t a -r o n v o c e s d i s c r e p a n t e s . El o p o s i t o r m á s a c é r r i m o d e e s t a i n i c i a t i v a fue el c a r d e n a l S e -g u r a , q u e n o c o n s i d e r a b a o p o r t u n a u n a p a s t o r a l t a l c o m o e s t a b a c o n c e b i d a n i e s t a b a d e a c u e r d o c o n los p r i n c i p i o s d e l a m i s m a q u e el c a r d e n a l P í a h a b í a p r e p a r a d o . A u n q u e o t r o s m u c h o s o b i s p o s s e g u í a n p e n s a n d o q u e e r a n e -c e s a r i a l a p u b l i -c a -c i ó n d e l a p a s t o r a l , j u z g a r o n t a m b i é n q u e , si e n ella falta-b a l a firma d e u n o s o l o , y s o falta-b r e t o d o l a d e l c a r d e n a l S e g u r a , se c r e a r í a u n a d u a l i d a d d e c r i t e r i o s m u y p e r j u d i c i a l q u e p r o v o c a r í a c o m e n t a r i o s a p a s i o n a -d o s y -d e s f a v o r a b l e s p a r a l a I g l e s i a . S e -d e s i s t i ó , p u e s , -d e la i -d e a -d e e m a n a r u n a p a s t o r a l c o l e c t i v a s o b r e l a s i t u a c i ó n e s p a ñ o l a p o r l a i m p o s i b i l i d a d d e o b t e n e r las firmas d e t o d o s los o b i s p o s , y a q u e n o se p u d o c o n s e g u i r u n a n i m i d a d s o b r e l a s i t u a c i ó n p o l í t i c a d e E s p a ñ a . S i n e m b a r g o , e n a q u e l l o s m o -m e n t o s h u b i e r a s i d o n e c e s a r i a u n a p a l a b r a d e o r i e n t a c i ó n s o b r e la a c t i t u d d e l a I g l e s i a , n e c e s i d a d m u y s e n t i d a p o r l o s c a t ó l i c o s t a n t o e n E s p a ñ a c o m o f u e r a d e ella. P e r o f a l t a n d o l a firma d e u n o solo d e los o b i s p o s h a b r í a n a u m e n t a d o l a d e s o r i e n t a c i ó n y la c o n f u s i ó n . P o r e l l o , los o b i s p o s p r e f i r i e r o n n o h a b l a r , t e m i e n d o q u i z á las r e a c c i o n e s p o l é m i c a s s u s c i t a d a s e n 1 9 3 7 p o r la p a s t o r a l c o l e c t i v a s o b r e l a g u e r r a civil, q u e n o f i r m a r o n el c a r d e n a l V i d a l y B a r r a q u e r , a r z o b i s p o d e T a r r a g o n a , y el o b i s p o d e V i t o r i a , M a t e o M ú -g i c a .
S e e x p l i c a , e n p a r t e , e s t e s i l e n c i o d e los o b i s p o s s o b r e l a s i t u a c i ó n p o l í t i c a e s p a ñ o l a e n los a ñ o s c u a r e n t a , n o p o r q u e e s t u v i e r a n p l e n a m e n t e d e a c u e r d o c o n ella, s i n o p o r las d i f i c u l t a d e s q u e e n c o n t r a b a n p a r a h a b l a r . S a -b e m o s q u e e n 1 9 3 9 el R é g i m e n p r o h i -b i ó l a d i f u s i ó n d e l a c a r t a p a s t o r a l d e l c a r d e n a l G o m a s o b r e l o s d e b e r e s d e la p a z . E l m i s m o G o m a q u i s o h a b l a r e n p r i v a d o c o n F r a n c o y r e c i b i ó « u n p a l m e t a z o » . El c a r d e n a l T a r a n c ó n , q u e e n t o n c e s e r a o b i s p o d e S o l s o n a , h a d i c h o q u e los o b i s p o s e s p a ñ o l e s «es-t a b a n a s u s «es-t a d o s » , si b i e n e n a q u e l l o s m o m e n «es-t o s «es-t e n í a n el c o n v e n c i m i e n «es-t o d e q u e n o d e b í a n p o n e r d i f i c u l t a d e s al G o b i e r n o , p o r q u e c r e y e r o n e n c o n c i e n c i a q u e la m e j o r m a n e r a d e a y u d a r a E s p a ñ a , q u e e s t a b a d e s t r o z a d a e n t o -d o s los ó r -d e n e s , e r a c a l l a r s e9.
10. J. IRIBARREN, Papeles y memorias. Medio siglo de relaciones Iglesia-Estado en España (1936-1986) (Madrid, BAC, 1993), pp. 71-73.
E s t a l í n e a d e c o n d u c t a i n s p i r ó l a i n t e r v e n c i ó n d e l c a r d e n a l p r i m a d o , r e l a c i o n a d a c o n el R e f e r é n d u m d e l 6 d e j u l i o d e 1 9 4 7 . A P í a y D e n i e l se le p u e d e d e f i n i r c o m o «El P r i m a d o d e l R é g i m e n » , p o r q u e r i g i ó l a s e d e t o l e -d a n a -d u r a n t e c a s i t r e i n t a a ñ o s , -d e s -d e 1 9 4 1 h a s t a su m u e r t e e n 1 9 6 8 . E n u n a c a r t a p a s t o r a l , p u b l i c a d a el 13 d e j u n i o d e 1 9 4 7 , y q u e r e p r o d u z c o í n -t e g r a e n el a p é n d i c e , el c a r d e n a l se p r e g u n -t ó :
«¿Qué intervención p u e d e t e n e r la Iglesia en este m o m e n t o trascendental en la historia d e E s p a ñ a ? P a r a N o s n o hay la m e n o r d u d a , t a n t o si se m i r a lo q u e la m i s m a S a n t a Sede h a hecho en los m o m e n t o s de plebiscitos constituyentes en Italia, c o m o lo q u e h a hecho el episcopado d e todas las naciones en estos dos a ñ o s d e p o s g u e r r a , en los cuales en t a n t a s naciones se h a n celebrado elecciones y plebiscitos de carácter constituyente. L a Iglesia ejerce su magisterio docente m o r a l acerca de la obligación y la gra-vísima responsabilidad del voto en m o m e n t o s decisivos p a r a el p o r v e n i r de los pueblos; no llega, sin e m b a r g o , a decidir el sentido del voto, que deja a la responsabilidad d e la conciencia del c i u d a d a n o , q u e d e b e resol-ver m i r a n d o al bien c o m ú n a t e n d i e n d o a las lecciones de la experiencia, sobre todo en su nación, a las realidades concretas presentes de su respec-tivo pueblo».
E i n v i t ó a e j e r c e r el d e r e c h o d e v o t o e n e s t o s t é r m i n o s :
« C i u d a d a n o s católicos: se os llama al ejercicio d e u n o d e los principales y m á s trascendentales derechos de c i u d a d a n í a ; ejercedlo en conciencia y p e s a n d o toda vuestra responsabilidad; al a p r o b a r o d e s a p r o b a r el proyecto de ley sucesoria en la J e f a t u r a del E s t a d o , q u e es de constitución d e u n r é g i m e n , n o olvidéis las lecciones de la experiencia e inspiraos en los altos ideales del bien c o m ú n , de la p a z y d e la g r a n d e z a de España».
a la emisión del voto. En el primero de ellos, titulado «Amor a la Patria», decía:
«Las campanas solemnes de la Patria convocan a los españoles al cumpli-miento de un deber sagrado: la emisión del voto en un referéndum popu-lar al proyecto de una ley constitucional. Sagrado, acabamos de escribir, porque tal es en todo hijo el deber de asistir a la madre en horas trans-cendentales.
Por eso a nadie ha de extrañar que a las campanas de la Patria hagan eco los bronces de la Iglesia. Cuando el enemigo atraviesa las lindes de un país y las torres de los templos, juntándose al clamor de los clarines y tocando a rebato, congregan a los ciudadanos alrededor de las banderas patrias, la Iglesia ayuda a los fieles a cumplir, en una de sus más bellas formas, con el cuarto mandamiento de la ley de Dios. El guión cardenali-cio de un Mendoza no desentona entonces para nada sobre las almenas de las Granadas redimidas.
A ese guión ha aludido, en una certera y noble pastoral que publicamos íntegra, otro Cardenal: el primado de España, quien en documentos pare-cidos ha levantado ya su voz más de una vez durante un largo y fecundo episcopado. H a aludido a ese guión y, como a su sombra, ha señalado la obligación gravísima que nos incumbe a todos de librar los combates supremos de la Patria en esos nuevos campos de batalla que por trinchera tienen urnas electorales.
Porque hoy no todas las victorias o derrotas de una nación se consiguen bajo el signo de Marte. Los Estados modernos han hecho consustanciales esos torneos internos por los que cada subdito llegado a su mayor edad puede empuñar un poco el cetro de la soberanía nacional. Puede y debe. En vistas al bien común, todos los ciudadanos han de sentirse militantes de papeleta en mano. Los que se inhiben y, con ello, traicionan ese bien común, se hacen reos de sombríos destinos para su madre Patria.
Con el fin de evitar tales destinos, la Iglesia no desciende a concesiones partidistas. N o llama a puerta alguna de este o aquel sistema, de tal o cual política, sino únicamente a la conciencia de los ciudadanos, ante la que pronuncia con acento materno la palabra sublime del amor a la Pa-tria.
A ese amor apela para que sea él el que decida en cada ciudadano la apli-cación concreta de las normas perennes de la moral cristiana.
comicios, bien porque no se les dé la importancia que tienen, bien simple-mente porque no apetezca y se prefiera el consabido «por uno más o menos...»
Las campanas solemnes de la Patria nos convocan al voto. Por amor de ella, aprestémonos a acudir como a una leva más en el servicio indeclina-ble del bienestar c o m ú n »1 1.
El s e g u n d o se t i t u l a b a « L a s l e c c i o n e s d e l a e x p e r i e n c i a » e i n s i s t í a e n el l l a m a m i e n t o d e l c a r d e n a l p r i m a d o a los c a t ó l i c o s d e E s p a ñ a p a r a q u e e j e r c i e r a n u n o d e los p r i n c i p a l e s y m á s t r a s c e n d e n t a l e s d e r e c h o s d e l a c i u -d a -d a n í a , c u a l e r a el -d e a p r o b a r o -d e s a p r o b a r el p r o y e c t o -d e l e y s u c e s o r i a e n l a J e f a t u r a d e l E s t a d o . R e c o r d a b a c ó m o el p r i m a d o r e c o m e n d a b a , e n t r e o t r a s c o s a s , q u e n o se r e l e g a r a n al o l v i d o las l e c c i o n e s d e la e x p e r i e n c i a , c o n a l u s i o n e s s i g n i f i c a t i v a s a l a s i t u a c i ó n d e l a I g l e s i a e n l a E u r o p a c o m u -n i s t a 1 2.
5. Actitud del arzobispo de Valladolid, Antonio García
P r o v o c ó g r a n s o r p r e s a , q u i z á p o r q u e n a d i e e s p e r a b a e n a q u e l l o s m o m e n t o s u n a a c t i t u d t a n a b i e r t a m e n t e f a v o r a b l e al R é g i m e n , l a d o b l e i n t e r -v e n c i ó n d e l a r z o b i s p o d e V a l l a d o l i d , A n t o n i o G a r c í a y G a r c í a1 3. E s t e p r e -l a d o e r a c o n s i d e r a d o p o c o a d i c t o a-l R é g i m e n , si b i e n n u n c a h a b í a e s c r i t o
11. Editorial de «Ecclesia», n°. 310, 21 junio 1947, p. 3. 12. Editorial de «Ecclesia», n°. 311, 28 junio 1947, p. 3.
n a d a e n c o n t r a d e él n i t e n i d o a c t i t u d e s o g e s t o s a d v e r s o s , p e r o n o e s c o n d í a su d i v e r s i d a d d e c r i t e r i o y n o a h o r r a b a a l g u n a s c r í t i c a s . S u s i t u a c i ó n e r a m u y d e l i c a d a p o r q u e e n V a l l a d o l i d e x i s t í a n u n g r u p o m u y a c t i v o d e f a l a n -g i s t a s r a d i c a l e s y u n a r a d i o f a l a n -g i s t a e n c o n s t a n t e y d u r a p o l é m i c a c o n las e m i s o r a s e x t r a n j e r a s ; los f a l a n g i s t a s h u b i e r a n d e s e a d o u n a p o y o m á s d e c i s i -v o p o r p a r t e d e l a r z o b i s p o y -v e í a n c o n s o s p e c h a l a s r e l a c i o n e s q u e e s t e m a n t e n í a c o n el e m b a j a d o r i n g l é s S a m u e l H o a r e . E n 1 9 4 6 , el a r z o b i s p o , sin h a b e r s i d o p r e v i a m e n t e c o n s u l t a d o , fue n o m b r a d o p r o c u r a d o r e n C o r -t e s , y , a u n q u e e n u n p r i m e r m o m e n -t o d u d ó s o b r e si a c e p -t a r o n o el c a r g o , p r e f i r i ó n o r e c h a z a r l o p a r a q u e el g e s t o n o f u e r a i n t e r p r e t a d o c o m o o f e n s a o d e s a f í o c o n t r a el J e f e d e l E s t a d o .
A p r i n c i p i o s d e 1 9 4 7 p u b l i c ó u n a p a s t o r a l , t i t u l a d a Oración, vigilancia, sobriedad1*, e n l a q u e j u s t i f i c ó el A l z a m i e n t o N a c i o n a l « c o n su e s e n c i a y e n s u s l í n e a s f u n d a m e n t a l e s » y d e c l a r ó q u e e n su c o n j u n t o «fue u n A l z a m i e n t o N a c i o n a l l e g í t i m o , j u s t í s i m o , p a r a l a d e f e n s a d e l a R e l i g i ó n y d e la P a t r i a » . C o n ello — d i j o — n o i n t e n t a b a j u s t i f i c a r t o d o s los e p i s o d i o s , p o r q u e e n las c o s a s h u m a n a s y , e s p e c i a l m e n t e e n las g r a n d e s c o n v u l s i o n e s p o l í t i c a s , reli-g i o s a s y s o c i a l e s se m e z c l a n s i e m p r e e l e m e n t o s n o d i reli-g n o s d e a p r o b a c i ó n « p e r o q u e n o v i o l a n n i p e r v i e r t e n el c o n j u n t o h a s t a el p u n t o d e q u i t a r l e su n a t u r a l e z a y h a c e r l o r e p r o b a b l e » . P o r ello e x h o r t a b a a s u s fieles a r e z a r y a t r a b a j a r p a r a q u e « a q u e l l o » (el r é g i m e n r e p u b l i c a n o ) n o v u e l v a , y p a r a q u e «esto» (el n u e v o R é g i m e n ) se p e r f e c c i o n e y se p u r i f i q u e e n lo q u e es n e c e s a r i o . E s t a p a s t o r a l fue c o n s i d e r a d a c o m o l a e x p r e s i ó n d e l a c e r c a m i e n t o d e l a r z o b i s p o d e V a l l a d o l i d al R é g i m e n , y e n v í s p e r a s d e l R e f e r é n d u m p u b l i c ó u n a c i r c u l a r e n l a c u a l , d e s p u é s d e h a b e r d e c l a r a d o q u e n o d e b í a e x i s -t i r c o n -t r a d i c c i ó n e n -t r e A n -t o n i o G a r c í a , p r o c u r a d o r e n C o r -t e s , y A n -t o n i o G a r c í a , a r z o b i s p o d e V a l l a d o l i d , a f i r m ó : « Io, q u e p r o c e d e el v o t a r l a L e y s u c e s o r i a ; 2o, q u e p r o c e d e el v o t a r l a e n c o n c i e n c i a , e s t o e s , b a j o l a m i r a d a d e D i o s , q u e n o s h a d e j u z g a r ; 3o, y q u e s e g ú n n u e s t r a c o n c i e n c i a d e c i u -d a -d a n o e s p a ñ o l y -d e a r z o b i s p o , p r o c e -d e v o t a r l a f a v o r a b l e m e n t e » 1 5.
D i j o el a r z o b i s p o :
«Hemos sabido que algunos desean digamos algo acerca del Referéndum de la Ley Sucesoria. N o lo creíamos necesario; pero vamos a complacerles.
14. Fechada el 3 de enero de 1947 («B.O.E. del Arzobispado de Valladolid»» 82 [1947] 1-8).
Es notorio que las Cortes votaron dicha Ley por unanimidad y aclama-ción. C o m o Procurador en Cortes que somos, por aclamación dimos nuestro voto, después de haberlo estudiado y meditado mucho en la pre-sencia de Dios.
Fue aquél un acto, claro y patente, demostración de cuál es nuestro pare-cer apare-cerca de la Ley Sucesoria, y, consiguientemente, de aquel acto puede fácilmente deducirse cuál es nuestro parecer acerca del Referéndum de di-cha Ley.
Aunque es verdad que nuestro voto favorable a la Ley Sucesoria fue un acto realizado, no en el ejercicio de nuestra Autoridad Arzobispal, sino un acto de Antonio García, ciudadano español, investido del cargo de Procu-rador en Cortes, sin embargo, como para regular nuestros actos como persona particular y como persona pública no tenemos nada más que una conciencia, el juicio que formamos de la Ley Sucesoria como Procurador en Cortes es el mismo que formamos como Arzobispo de Valladolid.
Y por tanto, juzgamos: Io Q u e procede el votar la Ley Sucesoria; 2o Q u e procede votarla en conciencia, esto es, bajo la mirada de Dios, que nos ha de juzgar; y 3o Q u e según nuestra conciencia de ciudadano español y de Arzobispo, procede votarla favorablemente.
Sobre la obligación de votar, tanto legal c o m o moral, ¿qué os vamos a decir después de tantas circulares episcopales como la Prensa y la Radio han publicado?
Sobre la necesidad de formar bien la conciencia, ilustrándola con sólidas razones, para que el juicio de la conciencia sea cierto y recto y verdadero, tampoco es necesario que escribamos nada. Después de tanto como se ha escrito y hablado para evidenciar que el voto debe ser afirmativo.
Solamente diremos dos cosas, que los vacilantes o renuentes deben consi-derar, y son dos cosas de sentido obvio, vulgarísimas: Ia. Q u e lo perfecto
no existe en este m u n d o y que lo que hay que hacer es no rechazar lo imperfecto, sino trabajar para perfeccionarlo; 2a. Q u e si a la cumbre del monte no se puede subir por una pendiente en línea recta, se debe subir por una pendiente en zig-zag.
du-radera, tanto social como política, y esto haría que se frotasen las manos de gusto los enemigos de nuestra sacrosanta Religión y de nuestra amadí-sima Patria» 1 6.
E s d e c i r , q u e el a r z o b i s p o n o sólo i n s i s t i ó s o b r e l a o b l i g a t o r i e d a d d e ir a l a s u r n a s p o r d e b e r d e c o n c i e n c i a , s i n o q u e i n d i c ó a b i e r t a m e n t e a s u s fieles c u á l d e b í a s e r el v o t o . E s t o p r o v o c ó m u c h o s c o m e n t a r i o s d e s f a v o r a -b l e s , y a q u e las d e c l a r a c i o n e s d e l p r e l a d o f u e r o n c o n s i d e r a d a s c o m o u n a i m p o s i c i ó n a la c o n c i e n c i a l i b r e d e los c i u d a d a n o s .
6. Circular del arzobispo Olaechea, de Valencia
T a m b i é n fue m u y d i s c u t i d a la a c t i t u d p e r s o n a l d e l a r z o b i s p o d e V a -l e n c i a , M a r c e -l i n o O -l a e c h e a L o i z a g a1 7, q u e n o v o t ó — a p e s a r d e h a b e r
16. Ibid. 82 (1947) 108-109.
p u b l i c a d o u n a c i r c u l a r e x p l i c a n d o el s i g n i f i c a d o d e l v o t o e i n v i t a n d o a su c l e r o y fieles a e m i t i r l o s e g ú n l a p r o p i a c o n c i e n c i a — p o r q u e se c o n s i d e r a b a p a d r e d e t o d o s e n su d i ó c e s i s , los m o n á r q u i c o s y los r e p u b l i c a n o s . M a n i f e s t ó su p r o p ó s i t o d e n o v o t a r al m i n i s t r o d e l a G o b e r n a c i ó n y s o b r e e s t a a c t i t u d m a n t u v o u n a p o l é m i c a c o n v e r s a c i ó n c o n el g o b e r n a d o r civil d e V a l e n -c i a . O l a e -c h e a , -c o n s i d e r a d o -c o m o u n o d e los p r e l a d o s d e m a y o r p r e s t i g i o d e l e p i s c o p a d o e s p a ñ o l , h a b í a s i d o n o m b r a d o o b i s p o l i b r e m e n t e p o r la S a n t a S e d e , e n 1 9 3 5 , s i n i n t e r v e n c i ó n a l g u n a del p o d e r civil. P e r o fue t r a s l a d a d o a V a l e n c i a e n 1 9 4 6 p o r p r e s e n t a c i ó n d e l J e f e d e l E s t a d o 1 8.
E s t e es el t e x t o d e su c i r c u l a r :
«Al clero y fieles de la diócesis.
Venerables Hermanos y amadísimos hijos: Votar.
H a n transcurrido varios años en la historia de España, sin que sus hijos se hayan enfrentado con las urnas.
Se os requiere al presente a los mayores de edad, a aceptar o rechazar una Ley.
Ese requerimiento (primer llamamiento, por sufragio universal, desde la guerra acá a la voluntad de la Nación) N o s da ocasión para deciros con la mayor claridad y brevedad que nos sea dado, cuál será siempre vuestro deber en la emisión del voto, ya para aceptar o rechazar una Ley, ya pa-ra elegir, si a ello se os llama un día, a los gestores de la cosa pública. Las normas que en síntesis os recordamos son normas generales. N o s re-ferimos, pues, a todas las leyes y a todas las elecciones y a todos los tiempos.
Io N o tenéis la menor duda de que el católico digno de tal nombre debe
ser el mejor ciudadano, el más ejemplar cumplidor de cuanto contribuya al mayor bien de la comunidad, sin ahorrar trabajo ni parar mientes en cobardías.
mayor esplendor para la consolidación de la restauración religiosa, la potenciación de las es-tructuras eclesiásticas y la presencia activa del clero en la sociedad. Le fue aceptada la re-nuncia el 17 de noviembre de 1966. Falleció en Valencia el 21 de octubre de 1972.
Mal católico sería el que, aun frecuentando la Iglesia y saboreando las dulzuras de la piedad, se encerrase en una torre de marfil para no perci-bir el chirrido de las injusticias sociales, ni los ayes de la miseria, ni el rodar de las olas de inmoralidad; el que no sintiera ansia por la grandeza de la Patria que Dios le dio para mejor ir a El.
2o Entre los deberes ciudadanos, uno, y de los más trascendentales, es
«votar».
El abstenerse de emitir un voto secreto con libertad de emisión y garantía de verdad en la proyección, sería pereza, sería cobardía, sería traición a los deberes sociales, sería dejar de manejar un arma que Dios, por medio de la sociedad, pone en las manos para el logro del mayor bien.
¿En qué sentido votar una Ley?
En el que cada cual crea más conducente al logro de ese mayor bien.
Arranca de aquí la necesidad de estudiar, según las propias luces y el me-jor asesoramiento que se tenga a mano, para acertar con el referido
ma-yor bien.
Pensad, pues; asesoraos, y que Dios os inspire, puesta la mira en El y, por tanto, en el mayor bien de la Patria.
Y, ¿a quién elegiréis cuando os llegue el caso?
A quien, siendo digno, sea al mismo tiempo eficaz para el logro de ese mayor bien, pospuesto todo interés bastardo, todo amor reñido con él.
3o Ciudadanos hay que ha segregado Dios de los ojos para ponerlos entre
su justicia y las debilidades de los hombres; ciudadanos que son y se sien-ten padres de todos. Son esos ciudadanos, los sacerdotes, y, singularmen-te, los que tienen cura de almas.
Es verdad que la serenidad de la virtud, la intensa cultura humana y el continuo estudio y manejo de las cosas divinas les dan acierto en el enfo-que ideal de la sociedad y su gobierno; pero ellos son padres; no pueden descender a la arena de las diferenciaciones políticas ni de las preferencias personales.
De tal suerte deben estar alejados y aparecer alejados de las polarizaciones terrenas, de cuanto puede dividir a las almas que Dios les ha confiado, que éstas no trasluzcan lo que en el fondo de las suyas, como ciudadanos pensadores, lleven.
La Iglesia no ha sido política, la Iglesia no és política, la Iglesia no será jamás política.
enton-ees, la Iglesia, d e n u n c i a n d o con serena m a t e r n i d a d el a t a q u e , a m a r á m á s en sus «hombres d e Dios» la oración y el sacrificio q u e la defensa inevita-ble ( p a r a ellos y p a r a todos) por las u r n a s .
V e n e r a b l e s H e r m a n o s en el sacerdocio, y s i n g u l a r m e n t e vosotros, queri-dos P á r r o c o s , a quienes Dios asiste t a n visiblemente con la gracia d e esta-do, ved bien lo q u e El os inspire siempre en el uso del voto; y q u i e r a Dios q u e n o tengáis n u n c a el dolor de saber que u n a s almas se os h a n alejado p o r vuestras preferencias terrenas, c o m o jueces y p a r t e en las co-sas q u e Dios h a y a dejado a la libre d i s p u t a d e los h o m b r e s .
Q u e El os d é a todos, venerables h e r m a n o s y a m a d í s i m o s hijos, el consue-lo de oír el aplauso de vuestra conciencia en el c u m p l i m i e n t o del p r o p i o deber» 1 9.
L a c o n d u c t a d e l a r z o b i s p o d e V a l e n c i a fue c r i t i c a d a p o r m u c h o s , p u e s se i n t e r p r e t ó c o m o u n g e s t o d e o p o s i c i ó n a b i e r t a al R é g i m e n . P e r o F r a n c o n o t o m ó a m a l e s t e g e s t o y h o n r ó al a r z o b i s p o d e V a l e n c i a n o m -b r á n d o l e P r o c u r a d o r e n C o r t e s , c a r g o q u e e j e r c i ó d e s d e l a l e g i s l a t u r a V h a s t a l a V I I I , e s d e c i r d e s d e 1 9 5 5 h a s t a 1 9 6 7 , c u a n d o y a le h a b í a s i d o a c e p t a d a l a r e n u n c i a al a r z o b i s p a d o d e V a l e n c i a2 0.
O l a e c h e a fue u n p r e l a d o p o l í t i c a m e n t e a t í p i c o , q u i z á el m á s a t í p i c o d e los o b i s p o s , p u e s t u v o l o s m á s a l t o s c a r g o s p o l í t i c o s d e l R é g i m e n s i n h a b e r s i d o n u n c a a d i c t o a él. E n 1 9 6 3 l l e g ó , c o n t r a s u v o l u n t a d , a s e r m i e m -b r o d e l C o n s e j o d e R e g e n c i a p o r q u e e r a el a r z o -b i s p o m á s a n c i a n o e n t r e los q u e e r a n P r o c u r a d o r e s e n C o r t e s2 1. E l a r z o b i s p o d e V a l e n c i a a c e p t ó e s t a r e s p o n s a b i l i d a d p o l í t i c a , a p e s a r d e su a c t i t u d c r í t i c a h a c i a el r é g i m e n2 2
19. Fechada en Valencia el 15 de junio de 1946 («B.O. del Arzobispado de Valencia» 52 [1947] 285-287).
20. J. M E S T R E ROSA, Procuradores en Cortes. 1943-1976, Madrid, Tecnos, 1977, p. 519. 21. Lo sabemos por el testimonio de quien entonces era ministro de Información y Turis-mo, quien dice: (En septiembre de 1963) «Conversación con mi viejo amigo, el arzobispo Olaechea, de Valencia; no desea ir al Consejo del Regencia, porque, según me dice, en su diócesis hay muchos republicanos» (M. FRAGA IRIBARNE, Memoria breve de una vida pública, Barcelona, Planeta, 1980, p. 84).
c o n la a p r o b a c i ó n d e la S a n t a S e d e — a l a q u e c o n s u l t ó p r e v i a m e n t e — p a r a p o d e r a c t u a r d e s d e l a C á m a r a e n d e f e n s a d e los i n t e r e s e s d e l a I g l e s i a , sob r e t o d o e n el c a m p o d e l a e s c u e l a y d e l a f a m i l i a p a r a i m p e d i r q u e se c o m e t i e r a n a t r o p e l l o s l e g i s l a t i v o s p o r p a r t e d e l R é g i m e n , c o m o d e m o s t r ó t a m -b i é n e n s u s f r e c u e n t e s y d e c i s i v a s i n t e r v e n c i o n e s e n las C o n f e r e n c i a s d e M e t r o p o l i t a n o s , c u a n d o se t r a t a b a n e s t o s t e m a s2 3. M u y v a l i e n t e y d e t e r m i n a n t e fue su i n t e r v e n c i ó n c o n t r a el « P r o y e c t o d e ley s o b r e las A s o c i a c i o -n e s d e los C a b e z a s d e F a m i l i a » , p r e s e -n t a d o p o r el C o -n s e j o d e M i -n i s t r o s a las C o r t e s e n j u n i o d e 1 9 6 4 a p r o p u e s t a d e l m i n i s t r o s e c r e t a r i o g e n e r a l d e l M o v i m i e n t o y p u b l i c a d o e n el B o l e t í n d e las C o r t e s d e l 3 d e d i c i e m b r e d e 1 9 6 4 , c u y a finalidad, e n t e o r í a , e r a d a r e s t a t u t o j u r í d i c o al d e r e c h o d e r e p r e s e n t a c i ó n p o l í t i c a d e l a f a m i l i a , p r o c l a m a d a e n «El F u e r o d e los E s p a ñ o -les» d e 1 9 4 5 y e n los « P r i n c i p i o s d e l M o v i m i e n t o » d e 1 9 5 8 , c o m o u n a d e las t r e s e s t r u c t u r a s b á s i c a s — l a s o t r a s d o s e r a n el a y u n t a m i e n t o y el s i n d i c a t o — d e l R é g i m e n e s p a ñ o l2 4. L o s p r o m o t o r e s d e la l e y , c o n el fin d e e v i t a r c u a l q u i e r t o m a d e p o s i c i ó n d e l a J e r a r q u í a , q u e p u d i e r a d e r r i b a r el p r o y e c t o , h i c i e r o n a l g u n a c o n c e s i ó n a la I g l e s i a c o n el i n t e n t o e v i d e n t e d e a c a l l a r la v o z d e los o b i s p o s . P o r e l l o , e n el a n t e p r o y e c t o se i n t r o d u j o u n a c l á u s u l a q u e e x i m í a d e l c o n t r o l d e l M o v i m i e n t o las a c t i v i d a d e s p r o p i a s d e las a s o c i a c i o n e s f a m i l i a r e s d e p e n d i e n t e s d e l a J e r a r q u í a . P e r o e s t a c l á u -s u l a fue -s u p r i m i d a e n el p r o y e c t o , n o -se -s a b e p o r q u i é n n i p o r q u é . T r a -s u n a i n t e r v e n c i ó n e n é r g i c a d e l a r z o b i s p o O l a e c h e a , los m e t r o p o l i t a n o s , c o n n o t a v e r b a l d e l 7 d e j u l i o d e 1 9 6 4 l a m e n t a r o n t a n g r a v e o m i s i ó n a n t e el m i n i s t r o S o l í s , y e s t e c o n c a r t a d e l 8 d e o c t u b r e s u c e s i v o p i d i ó e x c u s a s p o r e s t e i n v o l u n t a r i o o l v i d o 2 5.
en la buena dirección». Más adelante afirma: «Entrevista con el arzobispo Olaechea, de Va-lencia; listísimo, como siempre; es miembro destacado del lobby que está poniendo trabas a la Ley de Libertad Religiosa (ibid., p. 200).
23. Cf. Actas de las Conferencias de Metropolitanos Españoles (1921-1965)..., nn. 818-819, rela-tivos al anteproyecto de Ley de Enseñanza Media, preparado por el Gobierno en 1952.
24. De este asunto se había tratado por primera vez en 1959 con motivo del I Congreso Nacional de la Familia, apareció claro que el Movimiento lo que pretendía era extender su control hasta la familia como había hecho con los ayuntamientos y los sindicatos. Un primer intento de resistencia se manifestó en 1961, durante el II Congreso Nacional de la Familia, por parte de los representantes laicos de apostolado. Pero la moción que ellos presentaron fue rechazada por 153 votos contra 18.
(Al-7. Actitud del primer grupo de obispos: los más favorables al Régimen
E l p r i m e r g r u p o d e o b i s p o s , s i g u i e n d o e n g e n e r a l l a s l í n e a s d i c t a d a s p o r el c a r d e n a l P í a y D e n i e l , i n s i s t i e r o n d e f o r m a d i v e r s a s o b r e l a o b l i g a
c i ó n d e los c a t ó l i c o s de ir a las u r n a s , o b l i g a c i ó n g r a v e e n c o n c i e n c i a h a b i -d a c u e n t a -d e la i m p o r t a n c i a -d e la l e y y -d e las -d i f i c u l t a -d e s -del m o m e n t o , y q u e al e m i t i r el v o t o e r a n e c e s a r i o t e n e r p r e s e n t e s las l e c c i o n e s del p a s a d o y los p e l i g r o s del futuro. M u y e x p l í c i t a s , e n este s e n t i d o , f u e r o n las e x h o r t a c i o n e s del a r z o b i s p o d e B u r g o s , d e los o b i s p o s d e B a d a j o z , O v i e d o , O r e n -se, T o r t o s a y M a d r i d - A l c a l á , y del v i c a r i o g e n e r a l d e L é r i d a .
El a r z o b i s p o d e B u r g o s , L u c i a n o P é r e z P l a t e r o , dijo:
«Nunca, en ningún trance ni en momento alguno de la vida es lícito a un ciudadano traicionar los grandes intereses de su país, ni desatender los deberes imperiosos para con la Patria. Pero lo es mucho menos a un cató-lico desertar de su puesto y burlar especiosamente su obligación en las ho-ras graves y preñadas de esperanzas y de peligros, por lo mismo que ha de marcar su impronta el punto de partida para los futuros destinos de todo un pueblo.
Esta es nuestra situación en el actual instante hondamente influido por el deseo y aspiración anhelosa que todos cifran en la continuidad de las tra-diciones históricas de la raza, y por el relieve circunstancial de las realida-des presentes, internas y externas, de nuestro pueblo, allende y aquende las fronteras patrias.
La hora es grave, incuestionablemente, solemnemente: la más solemne y más grave que puede presentarse a una nación. Se trata de señalar plebis-citariamente la norma constitutiva del Estado, que todos con el mayor afán querríamos fijar definitivamente y transmitir robusta, intangible y firme a la posteridad, para el engrandecimiento y plena soberanía e inde-pendencia de España, que reclaman inacallable y esencialmente todos los sectores nacionales. Se trata de dar a España, por determinación libérrima de los españoles, la más transcendental y sustantiva de sus leyes institucio-nales, conjugándola sincrónicamente con los más altos y supremos intere-ses de la Iglesia, de la Religión, del orden y de la paz social.
Nuestro deber en esta hora es único y es claro: acudir a las urnas y depo-sitar en ellas nuestro voto, libre, secreto y responsable. Y reparad que no es un deber de carácter meramente cívico y jurídico, sino un deber sagra-do, un deber de conciencia, de cuya transgresión o cumplimiento hemos de responder ante el supremo y eterno Juez. Así lo entienden y lo
26. La circular del arzobispo de Burgos, fechada el 26 de junio de 1947, abría el número del Boletín con el siguiente título: Ante el momento actual del Referéndum («B. E. del Arzobispado de Burgos» 110 [1947] 285-287).
ñ a n los g r a n d e s tratadistas de derecho, T a p a r e l l i , Bellarmino, S u á r e z , Vitoria, Soto. Y lo confirma la voz a u t o r i z a d a del E m m o . C a r d e n a l P r i m a -do en su reciente Pastoral [...]
E n u n i d a d d e p e n s a m i e n t o y anhelo e x h o r t a m o s a nuestros diocesanos a q u e , p e n s a n d o en la trascendencia de la Ley y en el futuro d e E s p a ñ a , c u m p l a n su d e b e r patriótico y religioso, e m i t i e n d o su voto según los dicta-dos de su conciencia, y con la vista puesta en los postuladicta-dos de n u e s t r a historia y en la p r o s p e r i d a d y adelanto integral de la P a t r i a »2 6.
D e t o n o i g u a l m e n t e d e c i d i d o fue l a i n t e r v e n c i ó n d e l o b i s p o d e B a d a -j o z , J o s é M a r í a A l c a r a z A l e n d a , q u e c i t ó las p a l a b r a s d i r i g i d a s p o r P í o X I I
a l a s j ó v e n e s d e A c c i ó n C a t ó l i c a e n l a p r i m a v e r a d e 1 9 4 6 , y d i j o :
«De la d o c t r i n a expuesta p o r el R o m a n o Pontífice en la citada alocución, aplicada a las circunstancias actuales del «referéndum», cuyo resultado h a de ser decisivo p a r a el p o r v e n i r de n u e s t r a P a t r i a , se d e d u c e n clara y ter-m i n a n t e ter-m e n t e las obligaciones siguientes:
Tienen los católicos el deber sagrado, q u e obliga en conciencia y a n t e Dios, de d a r su voto en el «referéndum», pues con la papeleta del voto se tienen en la m a n o los intereses superiores de la P a t r i a .
Tienen los católicos él deber de t e n e r conciencia de su responsabilidad, pues la h o r a es grave.
Tienen los católicos el deber de i l u m i n a r las conciencias i g n o r a n t e s , inciertas y d u d o s a s , i n s t r u y e n d o de casa en casa, d e familia en familia, d e calle en calle y d e c o m a r c a en c o m a r c a .
Tienen los católicos el deber de n o dejarse vencer p o r nadie en actividad, en fervor, en celo, en espíritu d e v e r d a d , de justicia y d e a m o r .
Dejar de votar en el «referéndum» será, p o r consiguiente, faltar a u n d e b e r s a g r a d o , q u e obliga en conciencia y ante Dios.
cla-ra y decisiva: se ha de dar el voto a los que ofrezcan gacla-rantías segucla-ras, no vagas y ambiguas, de que respetarán los derechos de Dios y de la reli-gión en bien de los intereses superiores de la P a t r i a »2 7.
El o b i s p o d e O v i e d o , B e n j a m í n d e A r r i b a C a s t r o p u b l i c ó í n t e g r a la p a s t o r a l del p r i m a d o e x h o r t a n d o a s u s d i o c e s a n o s p a r a q u e c u m p l i e r a n «sus d e b e r e s c í v i c o s e n la p r e s e n t e o c a s i ó n , d e a c u e r d o c o n las n o r m a s q u e p a r a c a s o s s e m e j a n t e s h a n e m a n a d o d e la S a n t a S e d e » , y a ñ a d i ó el s i g u i e n t e c o -m e n t a r i o :
«La crisis actual del mundo no tiene precedentes en su extensión ni en su intensidad. Las fuerzas del mal que hicieron una primera y cruentísi-ma experiencia en nuestra patria para abatir en ella las banderas del cato-licismo, se ensañan hoy con otras naciones contra la Iglesia Católica hasta límites inconcebibles. Hay que pedir mucho a Dios, ya que, como dice la Escritura divina, si él no guarda la ciudad, en nuestro caso la patria amadísima, serán inútiles todos los esfuerzos con que los hombres preten-dan asegurar su tranquilidad y bienestar. Oremos, pues, y unamos a la oración la vida cristiana y las costumbres honestas, sin lo cual merecería-mos el conocido reproche del Profeta.
Mas no basta orar. Es preciso también usar de todos los recursos y me-dios humanos que la Ley nos concede, y hasta nos impone, para defender los intereses de la Religión y de la patria.
Esperamos, pues, de todos Nuestros amadísimos diocesanos, que, después de pensar delante de Dios la transcendencia del voto que van a emitir, se dispondrán a ejercer este derecho y a cumplir este deber de ciudadanía buscando solamente el mayor bien y prosperidad de la Iglesia y de Es-paña» 2 8.
El o b i s p o d e O r e n s e , F r a n c i s c o C a v e r o T o r m o , p u b l i c ó el 18 d e j u -n i o d e 1 9 4 7 , u -n a a m p l í s i m a e x h o r t a c i ó -n p a s t o r a l e -n la q u e d i j o c l a r a m e -n t e q u e « n o se t r a t a d e u n a n u e v a c u e s t i ó n p o l í t i c a o e c o n ó m i c a , d e u n m e r o c a m b i o i n t r a s c e n d e n t e d e f o r m a d e g o b i e r n o , s i n o d e a l g o f u n d a m e n t a l q u e a t a ñ e a l a m i s m a e s e n c i a d e la P a t r i a » , y p o r ello d e c l a r ó : « N i c o m o c a t ó l i
-27. El obispo de Badajoz publicó el 24 de junio de 1947 una Instrucción y exhortación pastoral con motivo del proyecto de Ley aprobado por las Cortes sobre la sucesión en la Jefatura del Estado sometido al «referéndum^ popular («B.O.E. del Obispado de Badajoz», n°. 6, 27 junio 1947, pp. 89-92).
