D EBATE
ecuador
D EBATE
D I R E C T O R ; J o sé S á n c h e z-P a rg a
C O N S E J O E D I T O R I A L : G a lo R a
m ó n , M a n u e l C h irib o g a , B y r o n
T o l e d o , J a im e B o r ja , F r a n c isc o
R h o n D a v ila , J o s é S á n c h e z -P a r g a ,
L e n n y F i e ld , Ivan C isn e r o s .
C O M I T E D E R E D A C C I O N : P a
tricia R a m o s , C a m p o B u r b a n o ,
M a u ro C if u e n te s , J o sé B e d o y a ,
G u il le r m o T e r á n , J u a n C a rlo s R ib a
-d e n e ira , J o sé S o la , J o sé M o r a D o
m o , L e n n y F ie ld , F r e d y R ive ra .
C O M I T E A S E S O R : A n d r é s G u e r r e
r o , H e rn á n R o d a s , J u a n P a b lo
P é re z , F r a n c is co G a n g o te n a .
D I S E Ñ O Y D I A G R A M A C I O N : V la d im ir L a fe b re
V______________________________
)
y /
P O R T A D A :
P I N T U R A D E F E R N A N D O T O R R E S
1 5 0 0 E je m p la r e s
Im p r e s o en T a lle r e s C A A P
F o t o m e c á n ic a : G o n z a lo A c o s ta C o m p o s e r : M a r c ia C o lla g u a z o
e c u a d o r D E B A T E
L a r e v is t a E c u a d o r D e b a t e es u n a p u b l ic a c i ó n d e i C e n t r o A n d i n o d e A c c ió n P o p u l a r —C A A P —, b a jo c u y a r e s p o n s a b il id a d se e d it a .
J u n t a D i r e c t iv a d e l C A A P : J o s é L a s o R ib a d e n e i-r a , M a n u e l C h i i-r ib o g a , A g u s t í n A i-r m a s , F i-r a n c is c o R h o n D á v i/ a , M a r c o R o m e r o .
D i r e c t o r E j e c u t i v o : F r a n c is c o R h o n D á v i/a .
E C U A D O R D E B A T E es u n a p u b l ic a c i ó n p e r i ó d ic a q u e a p a r e c e tre s vec e s a ! a ñ o y c u y o s p r e c io s s o n lo s s ig u ie n t e s :
L a d ir e c c ió n p o s t a l d e la R e v is t a e s : A p a r t a d o A é r e o 1 7 3 - B Q u i t o , E c u a d o r , O f i c i n a u b ic a d a e n D ie g o M a r t í n d e U t r e r a s 7 3 3 y S e lv a A le g r e .
E l m a t e r i a l s o m e t i d o p a r a su p u b l ic a c i ó n ( a r t í c u lo s , c o m e n t a r i o s , e t c . ) d e b e r á s e r c a n a li z a d o e n la m e d id a d e l o p o s ib le a tra v é s d e lo s m i e m b r o s d e l C o m i t é e d i t o r i a l
O p in io n e s y c o m e n t a r i o s e x p r e s a d o s p o r lo s c o la b o r a d o r e s s o n d e r e s p o n s a b il id a d e x c lu s iv a d e é s to s y n o n e c e s a r ia m e n t e d e la R e v is t a .
E l m a t e r i a l p u b l ic a d o e n la R e v is t a p o d r á s e r r e p r o d u c i d o t o t a l o p a r c i a l m e n t e , s ie m p r e y c u a n d o se c it e la f u e n t e q u e le d é e l r e s p e c t iv o c r é d it o . S u s c r ip c ió n E j e m p l a r s u e lt o
A m é r i c a L a t i n a O t r o s p a ís e s E c u a d o r
U S $ 1 2 U S S 1 5
$ 1 4 5 0 $ 5 0 0 U S $ 4 U S $ 5
RACSO-Biblioteca
--- 1
In d ic e
Pg.
E D IT O R IA L ... 5 C O Y U N T U R A
E L E C C I O N E S : R E N O V A C I O N E N L A C R I S I S O C O N S T R U C C I O N D E L A D E M O C R A C I A R E A L
C o m it é d e R e d a c c ió n E c u a d o r - D e b a t e ... 9
E S T U D IO S - A N A L IS IS
P A R A P E N S A R L A U T O P I A
J . d e O la n o . . . . ... 2 1
U T O P I A Y A L T E R N A T I V A P O P U L A R A N T E L A D E U D A E X T E R N A José L u is C o r a g g io ... 4 3
t
4 M A T R I C E S D E L A U T O P I A A N D I N A : A C U E R D O S Y D I S E N C I O N E S ^ José S é n c h e z - P a r g a ... ... ... 1 0 1
> " • *
1 5 9
L A A U S E N C I A D E U T O P I A C O M O C O M P O N E N T E D E L A C R I S I S U R B A N A
F e r n a n d o C a r r i ó n ... ...
L A U T O P IA R E L IG IO S A E N L A S O C IE D A D A C T U A L
M o n s . L u is L u n a T o b a r ...1 8 9
L A U T O P I A D E L A E C O L O G I A
V l a d i m i r S e r r a n o . . 2 0 1
C A M P E S I N O S , U T O P I A Y P L A N I F I C A C I O N
E s tu d io s
4
P A R A P E N S A R L A U T O P IA
J. d e O la n o
Las crisis en las socied a d es m od ern a s, y más q u e ninguna otra la crisis actual pa recen po seer un d e n o m in a d o r c o m ú n , q u e re sp o n d e a una d e las m atrices cu lturales m ás ca ra cterísticas d e o c c id e n t e : la q u e h a ce referen cia a una particular m anera d e vivir la historia , de existir en el tie m p o . D ich as socied a d es se en cu en tran tan atravesadas p o r la historia y p o r una fo r m a d e representarse el c a m b io , qu e en c ie r to m o d o , en determ in ada s oca sio n e s se e n ferm an d e tem p ora lid a d .
C u a n d o el h o r iz o n te de l tie m p o se cu b re d e riesgos y a m en a zas, in clu so la m ism a ca p a cid a d de pensar se en cu en tra cla usu ra da. P or otra pa rte, las nuestras son socied a d es tan estru ctural m en te p ro y e c ta d a s hacia el c a m b io , orientada s más allá del presen te, q u e n o tien en c o n d ic io n e s para detern erse en el tie m p o , para hacer una pausa h istórica , repensarse a s í m ism as y op era r un ca m b io q u e p o r m u y c o s t o s o q u e resulte será m e n o s su icid ia rio q u e el con tin u a r p re cip itá n d o se en el vértigo del fu tu r o .
La gran te n ta ció n d e las p osib ilid a d es hum anas con siste h o y en ir q u e m a n d o c o n m a y o r ce lerid a d esa distan cia q u e separa el presen te h is tó r ic o d e ese fu tu r o d e fic c ió n , cu y a ca lid ad hum ana y cu y a s v a lora cion es n o entran en el c á lcu lo d e lo s c o s to s . C o m o si y a n o im p orta ra saber o prever si el m u n d o del m añana será m e jo r o p e o r qu e el d e h o y o el d e ayer. La m áquina del tie m p o se ha in tern a liza d o ta n to en el fu n c io n a m ie n to de las so cie d a d e s m od ern a s qu e su a celera ción se ha c o n v e r tid o en fa ta lid a d . Parece q u e si m o n ta d o s en este tren y a nadie se atreviera a pregu ntar q u ien lo c o n d u c e y a d o n d e n o s lleva ; au n qu e a nadie d e je de in qu ietarle la v e lo cid a d c o n q u e se p recip ita y lo s paisajes d e s o la d o res q u e va re c o r r ie n d o .
E s quizás este “ fu tu re c h o c ” , este vértigo del tie m p o , u n o d e lo s fa c to r e s prin cipa les q u e ha d esa u cia d o la p osib ilid a d d e re pensarn os u tó p ica m e n te .
1. L A S C IE N C IA S S O C IA L E S C O N T R A L A U T O P IA
Las C ien cias S ocia les han sid o discip linadas n o para pensar lo p o sib le sin o para indagar lo real. A co stu m b ra d a s a transitar p o r el ferro ca rril de lo s h e c h o s e m p ír ic o s , a registrar d a to s y cuan
tifica r p o rce n ta je s han q u e d a d o desprovistas d e ese o t r o instru m en ta l, para captar lo s im aginarios socia les; m u c h o s d e sus órg a n os d e o b se rv a ció n y de análisis han p e r d id o sensibilida d o se les han id o h ip e rtr o fia n d o .
E ste h a nd icap resulta más evid en te y quizás grave en las cien cias socia les latinoa m erican as, a las qu e un e x tra ñ o espíritu castrense, ha o b lig a d o a u n ifo rm arse, a cuadrarse a m arcar el p a so en h o m o g é n e a fo r m a c ió n . C ientistas sociales, in stitu tos acadé m ic o s y g ru p os d e investigadores p a re ce n haber fo r m a d o una de esas largas caden as hum anas, en las q u e u n os h o m b re s se van pa sa n d o a o tr o s c u b o s d e agua para apagar un in c e n d io . Es a sí c o m o se pasan u n o s a o tr o s las consigna s investigativas, lo s c o n c e p t o s < e m o d a , el análisis gara ntizad o para interpretar la co y u n tu ra ; es así c o m o se han p u e sto en cir cu la c ió n los d ife ren tes slogans d e las cien cia s socia les: antes d e ayer era la te o ría d e la in d e p e n d en cia o del n e o c o lo n ia lis m o , ayer fu e lo p op u la r (e d u c a c ió n p o p u lar, cu ltura p o p u la r) h o y es el s e cto r in form a l u rb a n o, lo s m o v i m ie n to s socia les o la c o n c e r ta c ió n d e m o crá tica , el tem a d e la ciu d a d a n ía . Y sin duda in ten ta n d o pensar ahora la u to p ía n o h a ce m o s m ás q u e o b e d e c e r otra con sign a llen an d o n u estros m ism os v a c ío s d e c o m p r e n s ió n y d e s o lu cio n e s sociales con t ó p ic o s que n u n ca alcanzarán el esta tu to d e u to p ía s.
d e p rop u esta s a u d aces q u e p u ed an c o n m o c io n a r a a lgu n os y p o r lo m e n o s h a cer pensar a o tr o s . El p en sa m ien to u t ó p ic o en é p o c a s d e crisis c o m o las q u e v ivim os más q u e un calm an te d e b e ría actu ar c o m o un a n t íd o t o co n tr a las resigna cion es.
Q uizás h o y m e n o s q u e antes piensan las u to p ía s lo s in telec- tules, q u e en el m ism o e je r c ic io d e su p r o fe s ió n tien en un en ca rg o socia l qu e cu m p lir ; qu e p o r la m ism a d e fo r m a c ió n d e sus a cti vida des n o escapa n a una u otra fo r m a d e m ilita n cia , y cu y a p rá c tica habitual de in terpretar la so cie d a d se ha visto cada ve z más asalariada. S ó lo se piensa lo fin a n cia b le y s ó lo se investiga lo f i n a n cia d o.
Las cien cia s socia les, d e otra parte, se en cu en tran cada vez m ás c o m p r o m e tid a s , c o n re q u erim ien tos d e t o d o t ip o , para p r o d u cir te x to s en lugar de d iscu rsos; lib ros m ás bien fá cilm e n te su je t o s al esta tu to d e te x to s en el q u e se p u ed a mirar —adem ás
del a u tor y el le c to r —la p e d a g o g ía y la c r ític a , y n o ta n to obra s presen tadas c o n la d esen voltu ra del d iscu rso, “ a la vez batalla y ar m a, estrategia y c o n f lic t o , lucha y t r o fe o o co y u n tu ra y vestigios, e n c u e n tr o irregular y escena r e p e tib le ” (F o u o a u lt).
Hasta ahora pensar lo p o s ib le , imaginar u to p ía s , n o han sid o tareas fá cilm e n te su b ven cion a d as. Es a lg o m ás bien d esfin a n cia d o . P or e s o , qu izás las u to p ía s han q u e d a d o relegadas a la literatura d e “ lo s pa sos p e r d id o s ” (A le jo C arp entier) o d e la “ la guerra del fin del m u n d o ” (V argas L lo s a ); s ó lo el im aginario p o é t ic o ha sid o ca p a z d e idear ese “ m a c o n d o ” la tin oa m erica n o, q u e esquiva las va riables s o c io ló g ic a s y las cu a n tifica cio n e s e c o n o m ic is ta s , para sin te tizar c o n una instantánea fu lm in a n te t o d o esa vasta y co m p le ja realidad q u e se ex tie n d e d esde el R í o G ra n d e, d o n d e em p ieza el Im p e r io , hasta d o n d e term ina el m u n d o , en Tierra de F u e g o . A h í está el m o d e lo im aginario q u e perm itiría a las cien cia s s o c ia les pensar una u to p ía m a con d ia n a .
C ó m o rom p er las o rto p e d ia s con ce p tu a le s, c ó m o d esp ren derse de su ríg id os ritos m e t o d o ló g ic o s , c ó m o ca m b ia r lo s ya se cu lares h á b itos de cu estion a r la realidad para iniciarse en un p en sa m ie n to d e lo p o sib le , tal es la u tó p ica p ro p e d é u tic a d e unas c ie n cias sociales, qu e éstas s ó lo p od rá n llevar a c a b o m en os en base a una nueva pirueta t e ó r ic o m e t o d o ló g ic a q u e a partir d e una n u e va fo r m a , qu izás más terrorista, de relaciona rse c o n la realidad. P ero pensar lo im agin ario, la u -to p ía , n o fo r m a parte d e las rep resen tacion es im p osib les, y el h e c h o q u e se sustraiga a to d a lo c a liz a c ió n , a una tó p ic a determ in ada , n o e x c lu y e qu e ca rezca de una p o te n cia l realidad. P or e llo m ism o la u -to p ía n o p erten ece ú n ica m en te al o rd e n d e lo pensable, m u y al co n tr a r io la u -to p ía deja de ser una m era p r o y e c c ió n de la fa ntasía o d e la din ám ica d e d eseo c o le c t iv o , en la m ed id a q u e a d qu iere m e d ia cio n e s p rá c ticas actuales. La única fo r m a de d efin ir una u t o p ía , de sustraerla del d o m in io d e lo o n ír ic o , de la cien cia fic c ió n , del m e ro ideal, con siste p recisam en te en m ediatizar sus p o sib ilid a d es a través d e re p resen tacion es reales y de p rá ctica con cre ta s.
m o v im ie n to irreversible d e la historia un ritual m o r t u o r io .
Si las cien cia s socia les se han v u e lto in ca p a ces de pensar la s o cie d a d al m argen del E sta d o y del C apital es p o r q u e t a m p o c o p u e d e n y a pensarse a sí m ism as sin o sujetas a la ló g ica d e esta d o b le fo r m a d e p o d e r y d o m in a c ió n ; hasta tal p u n to q u e pensar el E sta d o y el C apital, representa h o y d ía ta n to el d e stin o d e las cien cia s socia les c o m o d e las c o n d ic io n e s de p osib ilid a d d e su r e p r o d u c c ió n .
E sta clausura del h o r iz o n te del d iscu rso, el cierre d e t o d o o t r o se n tid o y de to d a otra fo rm a de p en sa m ien to p o s ib le , es p recisam en te lo q u e en o ca sio n e s h istórica s ha d a d o lugar a U -T O P IA S ; a la e la b o r a c ió n o c e le b ra ció n de una ra cion a lid ad nu eva, d e rep resen ta cion es qu e releva n d o d e un im agin ario (n i o n ír ic o ni id ea l) es ca pa z d e ser a ctu a liza d o p o r m e d ia cion es reales y op erativas.
T o d a so cie d a d en sus d ife ren tes é p o c a s h istórica s ha a brigad o su p ro p ia u t o p ía ; e x p líc it a o e n cu b ierta , más o m e n o s trabajada o rep rim id a , se p o d r ía pensar q u e es precisam en te la u to p ía la q u e d in a m iza el m o v im ie n to d e las so cie d a d e s h istóricas.
2 . L A P O L IT IC A A N T I-U T O P IC A
(g esellsch a ftlich ) y m u ch o más d e co m u n a l (g e m e in sch a ftlich ) — según la d istin ción de W eb er—, d o n d e la ca ra cteriza ción d e las clases socia les, tan gaseosas o tan ra q u íticas, se les escurren d e las m a n os a lo s cientistas socia les, y d o n d e lo s im aginarios p op u la res o é tn ic o s llegan a tener la co n sisten cia y a ctu a ció n d e verdaderas fu erza s p o lítica s .
Este p en sa m ien to ilu sorio —rea ccio n a rio al u t ó p ic o — cree q u e c o n ca m biarle el n o m b re a las cosa s y a lo s fe n ó m e n o s s o cia les ya se ha m o d ific a d o su realidad. Esta retirada d e la cien cia s socia les a sus cuarteles d e la más precisa c o n c e p tu a liz a c ió n , del rigu roso d ia g n ó stic o , p o n e d e m a n ifiesto su re sign a ción ante to d a cr ític a , y h a ce tie m p o q u e han d e ja d o la tarea d e h a cer p rop u esta s societa les a o tr o s sectores, a esos o p e ra rio s socia les q u e trabajan c o n el p u e b lo , desde sus m iserias y desde el su b d e sa rro llo ; o bien a lo s p a rtid o s p o lít ic o s .
N o resulta p o r ello casual q u e cientistas socia les y aún p o l í tic o s d e p r o fe s ió n , h a b ie n d o p e rd id o la p o litic id a d d e sus p rá c ticas e s p e cífic a s , hayan b u sca d o en las a ccio n e s d e d esa rrollo rurales o urbanas una co h a rta d a para pertrech arse d e lo p o lít ic o c o n estos Ersatz co m p e n sa to rio s.
La u t o p ía n o radica en un ilu sorio m ás allá del tie m p o y d e la realidad qu e n o s r o d e a , sin o en la resig n ifica ción m ucha s vece s d e los esp ejism os c o n lo s q u e se ha id o a co stu m b ra n d o n u estro p en sa m ien to y nuestras fo rm a s de vida. N o s h e m o s sa tis fe c h o , p o r e je m p lo , c o n la palabra y m o d a lid a d e s d e una d e m o cracia q u e n u n ca ha r e s p o n d id o al sen tid o q u e le a trib u y en nues tros d eseos c o le c tiv o s y nuestras m ism as n ecesid a d es de igualdad. U na tal d e m o cr a c ia está to d a v ía p o r ser inventada.
del p o d e r ; s ó lo una p a rticip a ció n igualitaria en la p r o d u c c ió n y el c o n s u m o hará p o sib le una p a rticip a ció n así m ism o igualitaria en la s o c ie d a d , en la p o lít ic a y e c o n o m ía de l pa ís, m u y d ife re n te d e la ca ricatu resca re p resen ta ción d e las d e m o cra cia s ex isten tes, m e ro r e fle jo h ip n ó t ic o al nivel superestructural sin c o r r e s p o n d e n cia d e lo qu e so n las rela cion es s o c io e c o n ó m ic a s y p o lític a s al in terior de la s o c ie d a d , en t o d o s sus c a m p o s , se ctores y niveles. E s esta fa lacia la q u e h a ce q u e nuestras d em o cr a c ia s, q u e nu n ca han s id o verdaderas d em o cr a c ia s, p u ed an transform arse paulatina o b ru sca m en te en “ d em ocra -d u ra s” , m u y p o c o d ife ren tes en o c a sion es d e algu nos g o b ie rn o s m ilitares sin o es p o r el h e c h o d e g o zar d e m e jo re s im p u n id a d es, al m e n o s al nivel in tern a cion a l. E ste p ro b le m a tiene q u e ver c o n la ex isten cia o n o ex isten cia d e un “ e sq u e le to d e m o c r á tic o d e lo s o c ia l” ; y a q u e la real virtu a lid ad , la verdadera sustancia d e la d e m o cra cia radica en la m ism a “ in fu sión d e m o cr á tica del m o m e n to p r o d u c tiv o c o m o fa c t o r o b je t iv o , es d ecir, la d e m o cr a c ia c o m o fu erza p ro d u ctiv a , radicada en la esencia del a c to p r o d u c tiv o y n o s ó lo r e b o te su p erestru ctu ral d e é l” (R . Z ava leta).
Y es q u e tam bién en lo p o l ít ic o n o s tru fa m o s c o n las pala bras, n o s d rog a m os de c o n c e p t o s , y c o n e llo tra n q u ilizam os si n o nuestras pesadillas p o r lo m e n o s nuestras d esesp era cion es m ás p ro fu n d a s: la d e m o cra cia a cu a lq u ier p r e c io , aún a co sta de una so cie d a d m ás injusta y m e n o s igualitaria, y d o n d e la v io le n cia socia l de los d e s p o jo s e c o n ó m ic o s p u ed a n travestirse b a jo la toga de la in stitu cion a lid a d parlam entaria.
El sín d r o m e de las ilu siones es tan c o n ta g io s o q u e p u ed e con v ertirse en e p id é m ic o . H o y c o n la v ictoria d e la ID d e m o c r á tica se c o m ie n z a a creer en una c o n c e r ta c ió n n a cion a l en t o r n o a un p a rtid o , qu izás p o rq u e to d a v ía n o h e m o s d e s c ifr a d o tras los d a to s d e las e le cc io n e s las p u lsiona lid ades co le ctiv a s q u e a través
del v o t o , m ás qu e c o n fe r ir una victoria buscan infringir ca stigos. E n tre las m ú ltip les m o d a lid a d e s del v o t o en el p a ís, cuál será * la p r o p o r c ió n del v o t o rea ctiv o y v in d ic a to r io ?
N o n o s en g a ñ em os: n u estro p u e b lo tadavía n o está p rep a ra d o (d ir ía n lo s p o lít ic o s más c o n v e n c io n a le s ), o y a n o está en c o n d ic io n e s (d ir ía n lo s realistas e in clu so u top ista s) para asimilar a q u e llo s p a rtid o s q u e son org a n iza ción y p rog ra m a ; lo q u e se sigue n e ce sita n d o , o lo qu e se c o m ie n z a a n ecesitar, serían p a rtid os, o algo p a r e c id o o tota lm en te d istin to a un p a r tid o , q u e “ sign ifi q u en co m u n id a d de existen cia y o r d e n a m ie n to id e o ló g ic o trans ce n d en ta l d e la s o c ie d a d ” (J.J. B run ner).
P or e s o el p r o y e c t o de un g o b ie r n o s o cia ld e m ó cra ta —au n q u e t o d o s lo esp era m os h o y c o m o agua d e m a y o a las puertas de la segun da vuelta e le cto ra l— n o es viable c o m o tal en el E cu a d o r. Será s o cia ld e m ó cra ta el p a rtid o c o n su id ea rio en el p o d e r ; p e r o ni la crisis ni las c o n d ic io n e s n o -so c ia ld e m ó cr a ta s d e la s o c ie dad n a cion a l q u e p u ed a gob ern a r so cia ld e m ó cra ta m e n te .
la h o m o g e n e id a d socia l de lo s se cto re s p op u la res qu e perm ita a p a rtid o s p o lít ic o s de d im en sion es n a cion a les con stitu irse c o m o representan tes de d ic h o s g ru p os y d e sus intereses e s p e c ífic o s .
P ostular el m o d e lo so cia ld e m ó cra ta vuelve a ser una nueva terg iversa ción criolla , a c e p ta n d o una vez más en fo r m a r e d u c cio n ista q u e las libertad es in dividu ales y la d e m o cra cia p o lít ic a so n in c o m p a tib le s c o n un p r o y e c t o d e tra n sform a ción socialista d e la s o c ie d a d ; y q u e —d e n u e v o L aclau — la p a rla m en tarización del sistem a p o l ít ic o sea una d e m o c r a tiz a c ió n real.
C o n e s to m u c h o m e n o s n o s a d scrib im o s a la a d v o c a c ió n del m o d e lo n e olib era l, q u e adem ás de incurrir en el m ism o fr a u d e de fo r m a representa un brutal traslado d e lo s m e ca n ism o d e d o m in a c ió n m u nd ia l a las escalas n a cion a les.
Si en cu a lq u ier c a m p o es h o y d ifíc il pensar ya las u to p ía s, s o sp e ch a m o s q u e en lo p o l í t i c o sería p re c is o un co lo s a l e sfu e r z o d e la im a gin a ción . Q uizás e sto m ism o e x p lic a la a p arición d e esas e x o t o p ía s desesperad as: lo s terrorism os rep risa n d o nuevas fo r m a s d e lo s anarquistas d e p r in c ip io s de siglo, p a re ce n m ás c o n d e n a d o s a la a u to d e s tr u c c ió n q u e a destruir ese m o d e lo d e so cie d a d q u e t o d o s c o n d e n a m o s ; y tan in fe c u n d o s c o m o a u to d e stru cto r e s se m u estran ta m bién esos o t r o s terrorism os narcisistas q u e recurren a t o d o t ip o d e a lu cin ó g e n o s, s o m á tic o s , id e o ló g ic o s o relig iosos ( y a q u í la fau na es tan nu trida q u e en ella se p o d r ía in volu crar d esd e lo s d r o g a d ic to s hasta los m a c r o b ió t ic o s ).
Es p o sib le q u e las u to p ía s p o lít ic a s n o tengan q u e ser y a bu s cadas ni en las id e o lo g ía s q u e se co n s titu y e n en la s o cie d a d ni en la p rá cticas d e los p o lít ic o s c o n s tr e ñ id o s y u rg id os p o r m a n o b r e o y la m a n ip u la c ió n a grande y p eq u eñ a escala. Q u izás en rea lm en te u t ó p ic o s se han c o n v e r tid o esas “ p o sicio n a lid a d e s s o cia le s ” , d isp er sas y hasta m arginadas p o r to d a la s o c ie d a d , qu e so b re t o d o
c o n sus p rá cticas —y a q u e a veces sus discu rsos son e x ig u o s e in- c lú s o e q u ív o c o s — p r o d u c e n al m e n o s virtualidades de u t o p ía .
P ro b a b le m e n te estos a cto re s u t ó p ic o s son m u c h o s y d iversos: p en sa m os, p o r e je m p lo , en esos curas p e rd id o s du rante a ñ os y años en lejanas co m u n a s d e C h im b o r a z o , h a cie n d o un tra b a jo a n ó n im o y ta n to m ás e fic ie n te p o r trascen der sus o b je tiv o s eva n geliza d ores; en esas in stitu cion es de de sa rrollo y en sus p r o m o to r e s , q u e au n qu e u b ica d o s en el e x tr e m o d e esa c o lo sa l m aqu inaria de p r o d u c ir desigua ldad y su b d esa rrollo, co n tin ú a n a m ortig u a n d o lo s e fe c t o s d e ella, in ten ta n d o tran sform ar en o ca s io n e s in clu so c o n una cierta p o te n cia lid a d p o lít ic a , las estrategias de sup erviven cia de las masas ca m pesin as en u to p ía s de d e sa rro llo ; en esos g ru p os e in d iv id u o s d esp erd ig a d os u o rg a n iza d os p o r las barria das de las grandes ciu d a d es, que se d eb aten entre la fila n tro p ía y la sup uesta e d u c a c ió n p op u la r, p e r o q u e de alguna m anera, salvan, cu ra n , dan d e c o m e r , a m o rtig u a n la p en u ria, p o n e n ca ta plasmas a la d esescola riza ción y a co m e te n in ciertas dinám icas organizativas. P o d r ía m o s pensar tam bién en lo s gritos d e alerta d e in stitu cion es c o m o lo s D e re ch o s H u m a n os, e in clu so en a- q u e llo s g ru p os o in d iv id u os qu e desde lo s im aginarios culturales siguen h a cie n d o p o sib le la p r o t e c c ió n o rescate d e lo ú n ic o d e p r o p io qu e le q u ed a al p u e b lo : las c o d ific a c io n e s sim b ólica s de su id en tid a d .
3 . U T O P IA E IN C O M U N IC A C IO N
N adie diría qu e nuestras so cie d a d e s están a m ord aza da s, y m u c h o m en os q u e estas m ord a za s han s id o en gran parte p r o d u c t o d e lo s m ism os m e d io s de c o m u n ic a c ió n socia l. N o p o d e m o s dejar d e tratar a q u í u n o de los fe n ó m e n o s más c o n tr a -u tó p ic o s q u e caracteriza nuestras m o d e rn id a d e s socia les, precisam en te p o r esa estrech a re la ción qu e existe entre socied a d y c o m u n ic a c ió n . H ace más d e treinta añ os, m u c h o antes qu e Lévi-Strauss, y a la s o c io lo g ía del lenguaje de M arcel C oh en n os avisa q u e la s o cie d a d es c o m u n ic a c ió n , y se fu n d a en ella.
P or esta ra zón , n o s p a rece q u e n o se p u e d e m erod ea r en to r n o a la ra zón u tó p ica , sin tratar a u n qu e n o sea m ás d e q u e p a sada un h e c h o q u e c o n c ie r n e ta n to lo s a sp e cto s m ás estructu ra les d e lo socia l c o m o a q u ellos m ás c o tid ia n o s de la existen cia socia l.
Para ilustrar lo q u e n o s p a rece un la rgísim o p r o c e s o h is tó r ic o d e s ile n cia m ie n to , te n d ría m o s q u e r e m o n ta rn o s a la p r o d u c c ió n del más a n tig u o y d e cisiv o p r o d u c t o d e la c o m u n ic a c ió n , fu n d a d o r d e la civ iliza ció n o c c id e n ta l, q u e fu e la escritura: cu a n d o p o r prim era vez (e n las prim eras so cie d a d e s hidráulica s y u r banas, de E g ip to , M e so p o ta m ia y el O rien te I n d ic o ) lo s m ensa je s se h icie ro n o b je t o s sepa ra dos del c u e r p o , y c o m e n z ó a abrirse la b re ch a s o c io -e c o n ó m ic a y p o lít ic a entre a q u ellos in d iv id u os o g ru p os q u e fija b a n d efin itiv a m en te lo s m ensajes en su s e n tid o , en el e sp a cio y en el tie m p o , c o n tr o la b a n su p r o d u c c ió n y c ir c u la c ió n , sep a rá n d olos cada vez más d e las m ism as rela cion es en tre los h o m b re s, y a q u e llo s o t r o s y m ás a m p lio s sectores d e la s o c ie dad lim ita d o s a su r e c e p c ió n y c o n s u m o .
F u e ro n n ecesa rios m u c h o s siglos, a lo largo de lo s cu ales se m a n tu v o esta d ife ren cia en la d o m in a c ió n d e lo s q u e hablaban y
escrib ía n y los q u e escu ch ab a n y leía n , para q u e lo s m o d e r n o s de sa rrollos t e c n o ló g ic o s llegaran a con vertir en o b je t o y a rtifi c io el s o n id o y la im agen para tra nsform arlos al m ism o tie m p o en “ m ass-m edia” y en silen cia d ores socia les, en in stru m en tos de c o n t r o l y m a n ip u lación auditivas y visuales. S ó lo a m e d ia d o s d e este siglo, cu a n d o lo s te x to s , lo s libros, p e r ió d ic o s y revistas, la ra d io , el cin e y la televisión se tra n sform a ron en grandes em p re sas reguladas p o r la lóg ica del capita l y de las tran snacionales, estas fo rm a s de c o m u n ic a c ió n fu e r o n a d q u irie n d o sus m od a lid a d es más perversas al m asificarse, c o n un e fe c t o p o l í t i c o sublim in ar: y a n o co m u n ic a n , o r d e n a n d o , c o n t r o la n d o y m a n ip u la n d o ; actúan más bien c o m o á n im os ( ? ) p r o d u c to r e s d e c o n c ie n c ia , de ideas, d e sen tim ien tos, d e deseos, d e co m p o r ta m ie n to s . . . N uestras so cie d a d e s dejan d e ser esp a cios d e c o m u n ic a c ió n para con vertirse ellas m ism as es un d escom u n a l a rte fa cto d e la m ism a in c o m u n ic a c ió n . S id n ey L u m et h iz o d e esta situ a ción una trágica pa rábola en su film “ N e t-w o r k ” .
en lo s “ m a ss-m ed ia ” n o s ha id o d esen sib iliza n d o y d e s e r o tiz a n d o . N o será este, u n o entre o t r o s , el o b je t iv o d e las grandes transna- cin a les d e la c o m u n ic a c ió n d e o b lig a rn o s a un c o n s u m o d e v io le n cia y d e e r o tis m o q u e a la larga vaya d esin cen tiv a n d o las c o n d ic io nes de l m ism o c u e r p o socia l d e p o d e r p r o d u c ir lo u n o y lo o t r o ? N o n o s estarán a m en a za n d o lo s “ m e d ia ” d e una d o b le im p o te n c ia ?
E n tre las m ú ltip les aberra cion es q u e d e m anera velada n os a ce ch a n tras lo s “ m e d ia ” n o p u e d o dejar d e pensar en ese n e u r ó t ic o “ h erm a n o P a b lo ” q u e d esd e la ra d io anu ncia a J esu cristo c o m o si fu era un d e so d o ra n te o q u e te grita el eva n gelio re cu rrien d o a lo s rela tos d e c r ó n ic a tan barata c o m o m a ca bra, a ese g én ero n or- te a m en rica n o d e p elícu la s d e terror.
P ero n o n o s en g a ñ em os, q u e n o son lo s m e d io s d e c o m u n i c a c ió n , cu y a s cu alida des nadie niega y de cu y a s delicias t o d o s h e m o s g o z a d o , q u ien es n o s c o a c c io n a n y ch a n ta je a n ; es una d eter m in ada fo r m a de so cie d a d q u e está tras ellos, las fuerzas ocu lta s d el capital y del m e r c a d o , o lo s “ o s c u r o s de sign ios de l im p e r io ” (J . T r u jillo ), lo s qu e hablan y silencia n, lo s q u e figuran la im agen y el s o n id o , sed u ce n n u estros sen tid os, lo s q u e n o s d escon cien ti- zan y re co n cie n tiza n sin q u e n o s d e m o s cu en ta . In ú til, y hasta re a c c io n a r io si se q u iere , a b o lirlo s o ignora rlos. C am biar la s o c ie da d q u e lo s m o n o p iliz a y m a n eja ; m o d ific a r las reglas d e su u so y c o n t r o l; d e m o cra tiza rlo s, en de fin itiva , d e m o c r a tiz a n d o la m ism a so cie d a d .
L o s c á n d id o s p r o p o n e n c o m o u t o p ía volver a la co n v e r sa c ió n y rela ción in terpersona les, q u e suena tan b ie n ; al “ fa c e -t o -fa c e ” al “ vis- a-vis” . In c r é d u lo s !, qu e to d a v ía creen en la a u to n o m ía del su je to y en su unidad tra n sce n d en ta l; q u e aún pien san el su je t o v iv ie n d o en el lim b o d e la irred u ctibilid a d s o c ia l; c o m o si ese s u je to hubiera resistid o ileso al gran asalto del psicoa ná lisis y a la r e v o lu c ió n estructuralista. Su su je to y a n o es más q u e ese su je to
“ s u je ta d o ” , “ s o p o r t e ” de p ro c e s o s . P or eso en una so cie d a d d o m in ada p o r la m e rca n cía , p o r el ju e g o del p o d e r , p o r la c o n c u p is ce n te se d u cc ió n qu e in fo rm a lo u n o y lo o t r o , in clu so c u a n d o c r e e m o s co m u n ic a r n o s de la m anera más p ersona l, en lo s nive les m ás ín tim o s y a u tén ticos, en el f o n d o n un ca esta m os d e ja n d o d e ve n d er a lg o, d e subyugar o d e sed ucir a alguien.
N o s h e m o s h a b itu a d o ta n to a la jungla d e lo s sign os y m ensa je s, sob re t o d o de nuestras ciu d a d es, d o n d e el re c la m o y p u b lic i da d , p re c io s y saldos, etiqu etas d e prestigio, un ilim ita d o o ff-s h o r e q u e n o es y nu nca será n u estro, q u e n u estros a p e tito s d e c o n s u m o s ó lo p u ed en saciarse en esa sim b ólica fru stra ción d e lam er las vitrinas de las tiendas . Y sin em b a rg o ese p o lim o r fo m u n d o de una c o m u n ic a c ió n “ u n id im en sion a l” lo llev am os tan a d en tro q u e in h ibe en n o s o tr o s otra iniciativa c o m u n ic a c io n a l, co n v ie r tié n d o n o s en r o b o t s de una a n ón im a c o m u n ic a c ió n , d o n d e las cosas y n o n o s o tr o s son las qu e realm en te co m u n ic a n
N o p en sa m os qu e sea esta visión ni escé p tica ni d e fe c c io n is ta ; elem en tal d ia g n ó stico de una ca tá strofe c o m u n ic a c io n a l, qu e o bien rem ed ia m os so ñ a n d o en las p ro fu n d a s tra n sform a cion es s o c ia les o bien n o s p o n e m o s a zapar sistem áticam en te en el e n to r n o de nuestra co tid ia n id a d más inm ediata to d a agresión co m u n ica tiv a , t o d o tin g la d o d e signos y m ensajes d e d u d osa sig n ifica ció n , crean d o islotes d e sosieg o c o m u n ic a c io n a l d e n tro d e la tu rb u len cia de “ r u id o s ” d e nuestras socied a d es.
lo se saluda, c u a n d o se en cu en tra n , d esp u és d e h a ber in terca m b ia d o las h oja s d e c o c a . D o n d e está la r e c ip ro cid a d y el in te rc a m b io en nuestras fo r m a s y estructuras c o m u n ic a c io n a le s ? q u é rela ción real se crea entre lo s h o m b re s y al in terior d e una so cie d a d a través de tales fo r m a s y m e d io s d e c o m u n ic a c ió n .
E n otra s palabras cu ales so n lo s niveles d e in te rca m b io o en q u e g ra d o es rea lm en te s im é trico un in te rc a m b io c o m u n i- ca cio n a l (u b ic a n d o esta sim etría n o s ó lo en las in tensid ad es, d u ra cion es, sin o ta m bién en la m ism a sem ántica d e lo s c o n t e n id o s d e cu a lq u ier c o m u n ic a c ió n )? Y cu áles so n , en d efin itiv a , lo s reales p r o d u c t o s d e la c o m u n ic a c ió n ? H e a h í pistas fu n d a m e n tales para repensar una r e v o lu c ió n c o m u n ic a c io n a l, para una s o cie d a d u tó p ic a , en la q u e lo s televidentes estén de alguna fo r m a p resen tes en lo s m ism o program as d e T V ., lo s e sp e cta d o re s de una p e líc u la u ob ra d e tea tro c o m u n iq u e n realm ente en ella y c o n ella ; en la q u e se m o d ifiq u e la rela ción p ed a g óg ica , las re u n ion es d e gru p os, lo s grandes d iscu rsos, lo s cerem on ia les d e la palabra. . .; y q u e in clu so en a q u ellos e sp a cio s co m u n ic a c io n a le s d o n d e los q u e n o hablan, p o r q u e n o p u ed en o n o q u ieren hablar (cu alq u iera q u e sea la r a z ó n ), estén in te rca m b ia n d o realm en te c o n lo s q u e hablan y escu ch an .
4 . L A U T O P IA V s. E L E S T A D O
A n a liza n d o la u to p ía d e T o m á s M o r o , se p u e d e observar q u e su m o d e lo se organiza en base a t o d o s a q u e llo s e le m e n to s q u e en la E u rop a de l siglo X V -X V I “ n o p o d ía n ten er lu ga r” , p e r o q u e aún sien d o “ u -t ó p ic o s ” eran su scep tib les de ser p e n sa d os c o m o p o sib le s; d e m anera más inm ediata la U to p ía de M o r o representa una rép lica d e la so cie d a d inglesa regida p o r el
terrorism o d e lo s T u d o r , el de E n riq u e V I I: la p ro p ie d a d en c o m ú n , la igualdad d e t o d o s lo s h o m b re s in clu so en su m anera d e vestirse y d e vivir (en una é p o c a en la q u e ca d a g ru p o socia l ten ía ob lig a to ria m e n te hasta el m o d e lo y tela d e sus h á b ito s ), la fo r m a d e g o b ie r n o p o r re p resen ta ción d e m o cr á tica y so b re t o d o la t o le rancia religiosa y la libertad de p en sa m ien to, lo q u e p recisa m en te c o s t ó la vida a T . M o r o ; t o d o este im aginario socia l a p arecía c o m o la e x p re sió n subversiva, q u e en cu a n to u -tó p ic a n o p o d r ía tener lugar m ás q u e en el tie m p o d e la h is to r ia . Y a q u e s ó lo la his toria a pa rece c o m o el u -t o p o s d o n d e p u e d e ten er lugar lo p o sib le . Si la o b ra de T . M o r o ( 1 5 1 6 ) tu v o sus p re ce d e n te s en la R e p ú b lica d e P la tón y en la e s c a to lo g ía cristiana d e la C iu da d d e D io s d e A g u s tín , el p en sa m ien to u t ó p ic o n o dejará d e renovarse c o n t i n u a m en te e x p re sa n d o la n ece sid a d d e ca d a siglo d e una so cie d a d d iferen te y m e jo r q u e aquella realm ente d eterm in a d a p o r las c o n d ic io n e s h istórica s. A s í en el siglo X V I I F ra ncis B a c o n (N ew A tla n tis, 1 6 2 7 ) y T o m a sso C am pañella (L a cittá d el S o lé , 1 6 4 2 ), en el siglo X V I I I L o u is M ercier ( L ’A n 2 4 4 0 , 1 7 7 0 ), en el siglo X I X E . B ella m y (L o o k in g B a ck w ard , 1 9 8 8 ) y T h e o d o r H erzka (E in B esu ch in F reila n d ), en el siglo X X H .G . W ells ( A M od ern U to p ía , 1 9 0 5 ) y A ld o u s H u x le y (B rave N ew W o r ld ) p r o p o r c io n a n lo s h ito s m ás representativos de una incesante p r o d u c c ió n de u to p ía s q u e se nu tre ta n to d e las c o n tr a d ic c io n e s y n ega cion es c o m o d e las alternativas d e cada é p o c a y so cie d a d h istórica . L o q u e p a rece d em ostra r q u e n o ha y so cie d a d sin su u t o p ía , y q u e la co rrie n te u top ista apa rece in term iten te en el transcurso d e la his toria sin o c o m o p en sa m ien to pa ra lelo, marginal o su b terrá n eo, s í cierta m en te c o m o una con sta n te q u e ha d e se m p e ñ a d o la fu n c ió n , y el e fe c t o n o siem pre fá cil d e evaluar, d e un antid iscu rso fren te a la id e o lo g ía d en om in a n te d e cada s o cie d a d .
y aun p en sa m ien to u t ó p ic o d o s fe n ó m e n o s de cu y a o b ic u id a d planetaria atraviesan tod a s las lon g itu d es y la titud es del m u n d o actua l p a re ce n y q u e o cu p a r t o d o s los e sp a cio s y niveles d e c a da s o cie d a d y cu ltu ra: el E sta d o y el Capital.
En referen cia a e llo s se d e fin e la to p o g r a fía d e aparatos y en cla ves, e x te n sió n y p e n e tra ció n , d e n o rte /s u r y d e c e n tr o /p e r ife - ria, d e d erech a e izq u ierd a , de m arginalidad y a rticu la ción , de d esa rrollo y su b d esa rrollo. D e a h í q u e to d a fo r m a d e pensar p o s i ble la realidad socia l ap arezca atrapada en esta ca rto g r a fía , y q u e la e x c lu s ió n de l re feren te estatal o capitalista su p on ga una e x c lu sión d e lo real. E s c o m o si el C apital y el E sta d o hu bieran p u e sto sus m o jo n e s a lred ed or de l m ism o p en sa m ien to e im agin a ción d e h o m b r e m o d e r n o . La últim a e in elu d ib le to p o g r a fía .
La n ecesid a d d e pensar la realidad d esd e esta tó p ic a n o deja d e ser un e sp e jism o , una falacia en el o rd e n ló g ic o , ya q u e ni el capital ni el e sta d o son p ro p ia m e n te sin o una fo r m a de rela ción socia l d e p r o d u c c ió n , qu e si se realiza d e m anera distin ta en ca da e s p a c io d e te rm in a d o , n o p o r e llo im p id e q u e se p u ed a pensar fu era d e la ló g ica del capital y del esta d o . L o q u e sign ifica ría pensar c o m o p o s ib le una so cie d a d fu n d a d a en otra s fo r m a s d e re la ció n socia l y p r o y e c tá n d o la c o m o p r o c e s o y c o m o u t o p ía s o bre un h o r iz o n te h is tó r ic o , d o n d e las rela cion es socia les pu ed a n ser p ositiv a m en te d efin id a s y n o n egativam en te cu a lifica d a s ( c o m o n o-ca p ita lista s).
E ste e je r c ió m en ta l es y a una p rá ctica p o lít ic a ; y una p rá c tica abstracta y c o n c r e ta en la m e d id a q u e a partir de una c r í tica d e la d e m o cr a c ia burguesa es ca pa z de idear y actu alizar las p o te n cia lid a d e s redistribu tivas, igualitarias y pa rticipativas de t o d a s o c ie d a d . Y a q u e la f ic c ió n d e m o cr á tica del capital n o h a ce m ás q u e instrum entalizar lo s p r o c e d im ie n to s co n s titu cio n a le s de una legalid ad q u e p erm ita h a cer fu n c io n a r su ló g ica re p r o d u ctiv a :
la a cu m u la ció n (y a q u e el capital o acu m u la o d esa p a rece); y c o n s i gu ien tem en te un d esa rrollo c o n t in u o y a celera d o d e las d ife r e n cias y d e las desigualdades.
Q uebrar las lógica s de l ca p ita l, fracturar aquellas fo r m a s d e re la cio n e s sociales d e p r o d u c c ió n q u e la sustentan, significa pensar y esta blecer un sistem a socia l a n ti-a cu m u la tiv o,d en tro del cu al el m it o del d esa rrollo n o se id e n tifiq u e c o n el ú n ic o desar r o llo a ctu a lm en te real ( y en las actuales c o n d ic io n e s p o s ib le s ), q u e es el d esa rrollo del capital. Y a q u í es p reciso d e sid e o lo g iza r otra ilu sión , según la cual el d esa rrollo del capital con llev a ría el d esa rrollo d e aquellas so cie d a d e s d o n d e se realiza. A u n q u e el ca p i tal se rea lice n ecesa ria m en te y sim ultáneam en te a escala m u nd ia l y en so cie d a d e s determ in adas, su d esa rrollo n o su p o n e el d esa rrollo de l m u n d o y d e tales so cie d a d e s p u e sto q u e en últim a instancia el ca p ita l se desarrolla a s í m ism o .
L a n e g a ció n del capital fu e planteada “ c ie n t ífic a m e n t e ” c o n una in versión d e lo s térm in os d e d o m in a c ió n y d e e x p lo t a c ió n : y a sea a partir d e las c o n tr a d ic c io n e s internas a la r e p r o d u c c ió n acum ulativa del capita l o a partir d e p r o c e s o s re v o lu c io n a rios p o r la d o m in a c ió n d el p roleta ria d o y la s u p e d ita ció n de l ca p i tal al tra b a jo . P ero las c o n d ic io n e s h istórica s d e d o m in a c ió n p o l í tica y d e r e p r o d u c c ió n e c o n ó m ic a de l capital p a re ce n haber h e c h o ilusoria esta utop ía -ca p italista .
P or otra pa rte, una u to p ía q u e se lim ite a invertir lo s m ie m b ro s d e la rela ción (ca p ita l/tr a b a jo , b u rg u e sía /p ro le ta ria d o , e s ta d o / p u e b lo ) n o se librará co m p le ta y d efin itiv a m en te de l fantasm a de la re la ció n m ism a. L o q u e en la u to p ía tiene q u e ser ne ga d o es la m ism a rela ción c o m o C apital y c o m o E sta d o.
lid ad socia les, la c r ític a y el p en sa m ien to n eg ativo p r o p io d e la u -to p ía y de l im aginario c o le c tiv o s para pensar una so cie d a d u tó p ic a sean d ife r e n te s; q u e los m ateriales de la p r o d u c c ió n u tó p ic a sean o tr o s . P ero a q u í la u to p ía pasa necesariam ente p o r pensar una realidad socia l O T R A q u e la estatal y capitalista. Y e llo p o r d o s ra zon es distintas p e ro estrech am en te rela cion ada s en tre sí.
A q u í el ca p ita lism o y el E sta d o son m e n o re s q u e la s o c ie d a d . C o m o ha y so cie d a d de sob ra y falta ca p ita l, la in terv en ció n p o lít ic a d el E sta d o in ten ta substituir la ca rencia de capital y el e x c e s o d e p u e b lo , Y p o r esta ra zón el e sta d o trata d e o cu p a r t o d o el e s p a c io , e in clu so m ás e sp a cio q u e el q u e tiene la m ism a s o c ie d a d . El p u e b lo sufre un d é fic it de e c o n o m ía y un e x c e d e n te d e p o d e r .
Sin e m b a r g o , es desde esas to d a v ía exten sa s latitu des “ p r e ” o “ d e s ” capita lizad as d e nuestra s o c ie d a d , y d esd e lo s en cla ves reales o im aginarios del p u e b lo d o n d e n o fu n c io n a n o d isfu n cio n a n lo s apa ratos d e E sta d o, q u e se en cu en tra en gérm en las p o t e n c ia lid ad es u tó p ic a s de nuestras so cie d a d e s. Es d ecir allí, d o n d e el capital y el E sta d o “ n o tien en lu ga r” , o m e jo r d ic h o n o tienen ta n to lugar, q u e se p u ed en m atrizar lo s m o d e lo s u t ó p ic o s d e una realidad an ti-capitalista y anti-estatal; n o a cu m ulativa sin o red is trib u tiva, n o d o m in a n te sin o p articip ativa .
A pesar d e t o d o , sería n ece sa rio preguntarse a q u í y ah ora, d o n d e ta m b ién ha e c lo s io n a d o la r e v o lu c ió n n eolib era l y la nueva d erech a in tern a cion a liza d a c o m ie n z a a articular un d iscu rso c o n una in éd ita co h e r e n cia (c fr . el fe n ó m e n o D e S o t o y su “ El o t r o s e n d e r o ” , y con v e rsio n e s —si es qu e lo fu e r o n algún d ía — c o m o las d e V argas L losa y O cta v io P a z), si “ el prin cip al ru fián es siem p re el E s ta d o ” ( c o m o declara ba M a rgot Saint Jam es d u ra n te el
I C on g reso M un dial de la P ro stitu ció n , c e le b ra d o en el P arlam en to E u r o p e o , Bruselas, o c tu b r e 1 9 8 6 ).
C u a n d o es la derecha y las fuerzas del capital fin a n cie ro y transna ciona l, q u e en E cu a d or y E E U U , en F ran cia , Inglaterra y el J a p ó n , q u ieren desm antelar el E sta d o para co n v e rtirlo en un sim ple á rb itro de ese ú n ic o terren o de ju e g o socia l, e c o n ó m i c o y p o l ít ic o en cada p aís, p o d e m o s sosp ech ar qu e “ S o m e th in g is ro tten in the state. . ( c o m o d e c ía Shakespeare en su H am let). N o será y a el cadáver y el fantasm a del E stado lo q u e segu im os te m ie n d o y a ta c a n d o ? N o será n e ce sa rio , ahora q u e las clases d om in a n tes qu ieren term inar c o n él, v olv ern os a p ro te g e r a la s o m bra de un E sta d o b e n e fa cto r —“ o g r o fila n t r ó p ic o ” — q u e si siem pre fu e garante de la a cu m u la ció n , p o r lo m en os im p id ió si n o la lu cha (d esigu al) entre las clases s í su e x te r m in io ? N o ha bría q u e con servar a to d a costa ese re c in to d o n d e de alguna m anera, p o r m u y sim b ó lica y n om in al q u e sea, está representada to d a la s o c ie da d c o n sus fuerzas, c o n flic t o s y c o n tr a d ic c io n e s ( c o m o n o s r e c o r da ba P ou lan tzas co n tra lo s fe tich is m o s d e un m a rx ism o silvestre)?
E l e s tu d io d e los s u je to s p o p u la re s u r b a n o s , a p a r t i r d e sus m o d o s d e r e p r o d u c c ió n s o c ia l, d e las fo r m a s c o m o se v in c u la n a los m e r c a d o s la b o ra le s , d e las e s tr a te g ia s d e m o g r á fic a s q u e s ig u e n , d e las id e n tid a d e s q u e c o n f ig u r a n , t o d o e n e l m a r c o d e la e s p e c ific id a d a n d in a d e su s o c io c u lt u r a , m a r c a p a ra n o s o tr o s u n a o r ig in a lid a d m a n if ie s ta e n la c o n s titu c ió n m is m a d e esto s s u je to s .
F a m ilia y T r a b a jo e n la C iu d a d A n d in a .
J u a n P a b lo P é re z — R o b e r t o C asan o vas —J a v ie r A lv a r a d o — J u a n C a rlo s R i b a d e -n e ir a — M a -n u e l C h ir ib o g a . P r e c io : 6 5 0 su c re s. D is tr ib u y e L ib r e r ía C I M A .
E l tr a b a jo q u e se p r e s e n ta in te n ta d e s d e u n e s tu d io d e c a s o , r e c u p e r a r la d iv e r sid ad en la q u e v iv e n y se r e p r o d u c e n m a t e r ia l y s o c ia lm e n te los s e c to re s p o p u lares e n la c iu d a d , b u s c a n d o a p o r ta r a la r e f le x ió n s o b r e e sta p r o b le m á ti c a .