• No se han encontrado resultados

Lesão de cartilagem e osteoartrose do tornozelo: revisão da literatura e algoritmo de tratamento

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Lesão de cartilagem e osteoartrose do tornozelo: revisão da literatura e algoritmo de tratamento"

Copied!
8
0
0

Texto completo

(1)

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

de

Revisão

Lesão

de

cartilagem

e

osteoartrose

do

tornozelo:

revisão

da

literatura

e

algoritmo

de

tratamento

Alexandre

Leme

Godoy

Santos

a,∗

,

Marco

Kawamura

Demange

a

,

Marcelo

Pires

Prado

b

,

Tulio

Diniz

Fernandes

a

,

Pedro

Nogueira

Giglio

a

e

Beat

Hintermann

c

aInstitutodeOrtopediaeTraumatologia,FaculdadedeMedicina,UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,SP,Brasil bCentrodeOrtopediaeReabilitac¸ão,HospitaldoCorac¸ão,SãoPaulo,SP,Brasil

cDepartamentodeOrtopedia,Kantonsspital,Liestal,Suíc¸a

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo: Recebidoem21deoutubrode2013 Aceitoem21deoutubrode2013 On-lineem28deoutubrode2014 Palavras-chave: Osteoartrite Tornozelo Osteotomia Artroplastia Artrodese

r

e

s

u

m

o

A principal etiologia da osteoartrose (OA) do tornozelo é pós-traumática e sua maior prevalência estáentreindivíduosjovens;assim,essadoenc¸aapresentagrandeimpacto socioeconômicoesignificativoprejuízonaqualidadedevidadospacientes.Oobjetivodo tratamentoéeliminaradoremanterospacientesativos.Dessaforma,otratamentodeve serestagiadodeacordocomograudeevoluc¸ãodadegenerac¸ão,aetiologia,alocalizac¸ão articular,acondic¸ãosistêmica,aqualidadeóssea,oalinhamentodomembroinferior,a estabilidadeligamentareaidade.Oalgoritmodetratamentoédivididonasmodalidades deterapianãocirúrgicasenasopc¸õesdetratamentocirúrgico.Ascirurgiasdepreservac¸ão articular,ascirurgiasdesubstituic¸ãoarticulareasartrodesesapresentamindicac¸ões pre-cisas.Opresenteartigoapresentaumarevisãosobreotemaeumapropostadealgoritmo detratamentoparaessadoenc¸a.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.

Cartilage

lesions

and

ankle

osteoarthrosis:

review

of

the

literature

and

treatment

algorithm

Keywords: Osteoarthritis Ankle Osteotomy Arthroplasty Arthrodesis

a

b

s

t

r

a

c

t

Themainetiologyofankleosteoarthrosisispost-traumaticanditsprevalenceishighest amongyoungindividuals.Thus,thisdiseasehasagreatsocioeconomicimpactandgives rise tosignificantlosses ofpatients’qualityoflife.Theobjective ofitstreatment isto eliminatepainandkeeppatientsactive.Therefore,thetreatmentshouldbestaged accor-dingtothedegreeofdegenerativeevolution,etiology,jointlocation,systemiccondition, bonequality,lower-limbalignment,ligamentstabilityandage.Thetreatmentalgorithm

TrabalhodesenvolvidonoInstitutodeOrtopediaeTraumatologia,FaculdadedeMedicina,UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo, Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:alexandrelemegodoy@gmail.com.br(A.L.G.Santos).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.10.022

0102-3616 ©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.

Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND

(2)

isdividedintonon-surgicaltherapeuticmethodsandoptionsforsurgicaltreatment.Joint preservation,jointreplacementandarthrodesissurgicalprocedureshaveprecise indicati-ons.Thisarticlepresentsareviewonthistopicandaproposalforatreatmentalgorithm forthisdisease.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.

Introduc¸ão

AOAéumasíndromecaracterizadapordegenerac¸ãoda car-tilagem articular,alterac¸õesdoosso subcondral, alterac¸ões inflamatóriasintra-articulares ecrescimentoósseo periarti-cularecausadoreperda funcionaldomembroafetado.1–3 Atualmente,essasíndromeaindanãoapresentacuraefetiva pormeiodosmétodosdeprevenc¸ão,dediminuic¸ão desua progressãooudetratamentosintomáticopropostos.1,2,4,5

AOAafeta15%dapopulac¸ãomundialadulta,oqueatorna umadoenc¸adealtoimpactosocioeconômicoparaoindivíduo, bemcomoparatodaasociedade.6IssorepresentanosEstados Unidos,porexemplo,custode60bilhõesdedólares/anopara otratamentodireto.1,6,7

Osfatoresderiscouniversaismaisimportantessão:idade, sobrecargaarticularexcessivaelesõesarticulares–fraturase lesõesligamentares.1,6

AOAdaarticulac¸ãotíbio-társicaestápresenteem4,4%dos pacientesqueprocuramatendimentoortopédicoporcausada OAdosmembrosinferiores.

Diferentementedadegenerac¸ãoarticulardoquadril(58%) edojoelho (67%),aOA dotornozeloéde origem primária emapenas9%doscasos.Ascausassecundárias–artrite reu-matoide,hemocromatose,hemofiliaouosteonecrose–estão presentesem13%doscasos.Aetiologiapós-traumáticaéa principalcausaerepresenta78%dosmotivosdedegenerac¸ão articulartibio-társica,62%porcausadefraturasaoredordo tornozeloe16%porcausadelesõesligamentares.7–9

Pessoas com artrose do tornozelo tendem a ser mais jovensdoqueosdemaispacientescomdegenerac¸ãoarticular dosmembrosinferioreseapresentamperdafuncionalmais acelerada,comprogressãoparaosestágiosfinaisdadoenc¸a entre10a20anosapósoiníciodalesão.9

Fisiopatogenia

Diversas características anatômicas e biomoleculares do tornozelosãofatoresdeterminantesparaentendera suscep-tibilidadedadegenerac¸ãodacartilagemdessaarticulac¸ão.

Aáreaarticulartotaldatíbio-társicaéde350mm2eestá

submetidaa500Ndeforc¸a,enquantooquadrileojoelho,com áreasarticularesderespectivamente1.100mm2e1.120mm2,

sãosubmetidosàmesmaforc¸a;10–12assim,apressãosobrea cartilagemarticulardotornozelopodeseratétrêsvezesmaior doquenasdemaisarticulac¸õesdosmembrosinferiores.De todaforma,adistribuic¸ãodecarganasarticulac¸ões congru-entes,comootornozeloeoquadril,diferedadistribuic¸ãode carganojoelho,distribuiasforc¸ascompressivasemumaárea

maiore,possivelmente,permitequecartilagemdotornozelo sejamaisfinadoqueadojoelho.Aespessuradacartilagem articularnotornozelovariade1a1,62mmeémaisfinado quenoquadril(1,35a2mm)enojoelho(1,69a2,55mm).13

Os estudos biomoleculares comparativos em humanos mostramacartilagemdotornozelocommaiordensidadede sulfatodeglicosaminoglicanosemenoresmódulode equilí-brio,rigidezdinâmica,componentedeáguaepermeabilidade hidráulica doque acartilagem do joelho. Essas proprieda-desinfluenciamacapacidadededeformac¸ãoacompressão durante ociclodecarga.14,15 Aorganizac¸ãodocolágeno da cartilagem do tornozelo e do joelho se assemelha, porém adistribuic¸ãodoscondrócitosédiferente. Notornozelo,na camadasuperficialdacartilagem,oscondrócitosse apresen-tamagrupados.16

Associadoaessascaracterísticas,otecidodecartilagemdo tornozelosubmetidoalesãomostraaumentodasíntesede colágeno.Oscondrócitosdotornozelosãometabolicamente mais ativosdoque osdo joelho eapresentammaior vira-gemdeaggrecan,maiorsensibilidadeaestímulosanabólicos, seguidosporremoc¸ãodeinterleucina-1,emenorrespostado condrócitoaestímulosinflamatórios.17–20

Somam-secomofatoresdeterminantesnafisiopatogenia: maus alinhamentos estruturais ou adquiridos do membro inferior, desequilíbrio e fraqueza muscular ao redor da articulac¸ãotíbio-társica,idade,gênero,etniaepredisposic¸ão genética.2,6

Diagnóstico

e

sistema

de

classificac¸ão

Aapresentac¸ãoclínicaédornaregiãodainterlinhaarticular. associadaounãoaaumentodevolume(derramearticular) elimitac¸ãodaamplitudedemovimentoarticular,dafunc¸ão, dotrabalhoedasatividadesdelazer.Talcondic¸ãopode dimi-nuiraqualidadedevidacomdoenc¸ascomoOAdoquadril, insuficiênciarenaldialítica,insuficiênciacardíacacongestiva ouradiculopatia.21Outrasalterac¸õesclínicasassociadassão atrofiamusculardapernaealterac¸õesdopadrãodemarcha, principalmentemudanc¸asnacinemáticaenacinética.22–25

Ainvestigac¸ãoinicialporimageméfeitacomradiografias comcargaquepodemmostrardiferentesgrausdediminuic¸ão doespac¸oarticulareformac¸ãodeosteófitos,escleroseecistos subcondrais.OSistemadeClassificac¸ãoMorreyeWiedeman ébaseadonessesachadosradiográficos.26,27

Aressonânciamagnética(RM)correspondeaoexamede imagemnãoinvasivomaissensíveleespecíficoparaavaliar acartilagemarticulare,pormeiodeprotocolosdeaquisic¸ão eanálisedeimagemespecíficos,tambémpermiteacessara morfologiaeacomposic¸ãobioquímicadessetecido.28

(3)

A localizac¸ão precisa, o tamanho da área acometida eaprofundidadedalesãocartilaginosasãofundamentaispara aselec¸ãodaopc¸ãodetratamento;dessaforma,protocolosde ressonânciavoltadosparaacartilagemeequipamentoscom maiorescamposmagnéticos,detrêsaseteTesla,melhorama visualizac¸ãodacartilagemedaslesõesassociadas.29–32

NovastécnicasdeRMparaestudodacartilagem,comoa análisequantitativavolumétrica,omapeamentodGEMRIC,o mapeamentoT1-rho,omapaT2eaRMcomsódio-23, per-mitemacessara microestrutura e,indiretamente,aspectos funcionaisdacartilagemdotornozeloemelhoraro diagnós-ticoeotratamentodaslesõescondraiseosteocondrais.30–33

Recentemente, a técnica de SPECT possibilitou associar asinformac¸õesmorfológicasebioquímicasnainvestigac¸ão da OA do tornozelo e mostrou-se útil para localizac¸ão da degenerac¸ão ativa, especialmente em áreas nas quais o númeroeaconfigurac¸ãodaarticulac¸ãosãocomplexos.34–36

Algoritmo

de

tratamento

estagiado

A decisão sobre qual tratamento depende da intensidade da dor, da limitac¸ão funcional, do grau de degenerac¸ão articular, da etiologia, da localizac¸ão articular, da condic¸ão sistêmica, da qualidade óssea, do alinhamento domembroinferior,da estabilidade ligamentar eda idade segue os estágios propostos pelo algoritmo de tratamento (fig.1).

EstágioI.Tratamentonãocirúrgico

PrincipalmenteindicadoparapacientescomOAlevea mode-rada,dorleveenãodiária,pequenalimitac¸ãofuncional,de qualquer etiologia, boa qualidade óssea, adequado alinha-mento do membro inferior e com articulac¸ão estável em qualquerfaixaetária.

Os objetivos são melhorar a sintomatologia, manter a amplitude de movimento articular remanescente e prover situac¸ãoparaadequadotratamentocirúrgicofuturo.

Órtesesepalmilhas

Devematuarnamanutenc¸ãodaarticulac¸ãoemposic¸ão neu-tra durante amarcha.Algumas órtesestambém limitam a mobilidadedotornozelonoplanosagitale,assim,reduzem a instabilidade articular ea sobrecarga sobre a cartilagem lesada.37

Apesardeestudosmostraremresultadossatisfatórioscom ousodepalmilhascorretivasnotratamentodaOAdojoelho (comdeformidadeemvaro),38,39omesmonãofoiobservado notratamentodaOAdotornozelo.37,40

Analgésicoseanti-inflamatórios

Apresentamefeitoscomprovadosparaador,osegundo mos-traaindaalívioadicionalnaOAativa.

No entanto, por causa de vários efeitos colaterais sis-têmicos e, também, pelo fato de não evitar a progressão da degenerac¸ão,sãomedicamentos nãousados como uma soluc¸ãoemlongoprazo.

Estágio I

Estágio II

Estágio III

Estágio IV

Tratamento não cirúrgico

Palmilhas

modificações das características do calçado analgésicos e anti-inflamatórios

condroprotetores

Osteotomias corretivas: simples ou combinadas reparo e reconstrução ligamentar

tenoplastia e transferéncia tendinea cirurgia correção de lesão osteocondral artrodiastase

Cirurgia de preservação articular

3 componentes

constricta ou não constricta transplante heterólogo

Astroplastia total do tornozelo

Aberta ou artroscópica isolada ou combinada haste intramedular retrógrada placa

parafusos

Astrodese do tornozelo

Figura1–Algoritmodetratamentoestagiado.

Fisioterapia

Nos casos de OA do tornozelo leve e moderada, a fisi-oterapia pode ajudar na preservac¸ão da amplitude de movimento e aumentar a estabilidade articular dinâmica por meio dofortalecimento muscular, o que é útil até no tratamentofuturocomartroplastiatotaldotornozelo.8

Viscossuplementac¸ão

Atualmentehá umaumentosignificativono interessepela viscossuplementac¸ãointra-articulardeácidohialurônicono tornozelo como opc¸ão de tratamento para degenerac¸ão articular.41

Em pacientes com OA, os condrócitos, assim como as célulassinoviais,produzemníveisaumentadosdecitocinas inflamatórias, como a interleucina 1␤ (IL-1␤) e o fator de necrose tumoral alfa(TNF-␣), que, porsua vez, diminuem asíntesedecolágenoeaumentammediadorescatabólicos, como metaloproteinases(MMPs)eoutrosmediadores infla-matórios, como interleucina 8 (IL-8), interleucina 6 (IL-6), prostaglandinaE2(PGE2)eóxidonítrico(NO).42,43 Uma pro-teínachavenoprocessopatológicodaOAéaCD44,encontrada na superfície de condrócitos, sinovioblastose macrófagos. Écapazdeinibirasíntesedecitocinasinflamatóriasquando ligadaaoAH.44

(4)

O ácido hialurônico é um importante modulador, prin-cipalmente por meio da interac¸ão com receptores CD44 presentes nos sinoviócitos fibroblast-like.45 Portanto, além dosefeitos mecânicosde promovermelhordistribuic¸ãode forc¸as, diminuir a pressão sobre os condrócitos46 e recu-perar as propriedades reológicas do líquido sinovial,47 o ácidohialurônicoatuabioquimicamenteediminuia expres-sãogênica dascitocinas edas enzimasassociadasàOA, a produc¸ãodeprostaglandinaseaconcentrac¸ãointra-articular demetaloproteinases.46,48

Mei-Danetal.49estudaram16pacientescomOAno torno-zelosintomáticoquereceberaminjec¸õesintra-articularesde 25mgdehialuronatodesódiodurantecincosemanas conse-cutivas.Houveumamelhoriade20%naamplitudede movi-mentoeumareduc¸ãosignificativanador,avaliadapelaescala visualanalógicaeporpontuac¸õesdotornozeloedoretropé.

Sunetal.50observarammelhoria dadoreda func¸ãodo tornozeloemumasériede50pacientescomartrosedo tor-nozelotratadoscomtrêsinjec¸õesintra-articularessemanais deácidohialurônico.Outrasériedecasos,prospectiva, reve-louqueHylanGF20eraeficazemreduzirsignificativamente adorassociadacomOAdotornozelo.Esseefeitoparecedurar mesmodepoisdeseisasetemesesapósotratamento.51

A seguranc¸a parece ser semelhante à das aplicac¸ões amplamente executadas no tratamento de OA de diversas articulac¸ões,taiscomojoelho,quadril,ombroemão.51–56

Achados de metanálises sugeremque a viscossupleme-ntac¸ãoHAintra-articularpodereduzir significativamente a dorempacientescomOAdetornozeloemcomparac¸ãocom oestadoantesdotratamentoequeessaopc¸ãodetratamento é superior a outras terapias conservadoras em pacientes sintomáticos.Contudo,nãoháconsensoquantoaonúmero totaldeinjec¸õeseovolumepordoseemrelac¸ãoaoresultado terapêutico.57

EstágioII.Cirurgiadepreservac¸ãoarticular

Principalmenteindicadopara pacientescomOA moderada, dordiáriadeintensidadesignificativa,pequenaamoderada limitac¸ãofuncional,deetiologiapós-traumáticaouprimária, comboaqualidade óssea,comassimétricadealinhamento dosmembrosinferiores,instabilidade articular,faixa etária nãoidosaesemcomorbidadessistêmicas.

Os objetivossão reestabelecer a biomecânica,o alinha-mento e a estabilidade articular, desacelerar a evoluc¸ão da degenerac¸ão articular e postergar procedimentos mais invasivos.

Desbridamentoarticular

Hácontrovérsiasobreovalordedesbridamentoarticularno tratamentodeOAdetornozelo.58Estudosfeitosem pacien-tescomartrosedojoelhoindicamquealavagemarticulareo desbridamentonaausênciadecausasmecânicasque justifi-quemoprocedimentoproporcionamalíviodadorapenasem curtoprazo.59,60Assim,maiorevidênciadequeo desbri-damentocomabordagemdetodososfatoresconcomitantes envolvidosnaetiologiadaOA–remoc¸ãodeosteófitosecorpos soltos,ressecc¸ãodetecidoscicatricialesinovialhipertróficoe

técnicasdereparodedefeitososteocondraiscartilagemfocais –apresentamelhoriadador,doedemaedarigidezemcurto emédioprazos.58,61,62

Desbridamentoarticularartroscópico

Lesões específicas associadas à OA, como osteófitos, cor-pos soltos e defeitos condrais, podem ser tratadas com artroscopia. No entanto, apresentam resultados piores em comparac¸ãocomoutrosdiagnósticos.60,61

Artrodiastase

Acredita-se que a aplicac¸ão de trac¸ãoem umaarticulac¸ão possaaprimoraranutric¸ãoeaspropriedadesdereparac¸ão,por meiodaretiradadacarga.Issoéfeitocomfixadoresexternos, quepermitemadistrac¸ãonalinhaarticular,commanutenc¸ão domovimentoarticular,oquetemefeitospositivosna pres-são do fluido articular. Aldegheri et al.62 descreveram em 1979esseprocedimentoparaotratamentodelesões degene-rativasdoquadrilempacientesjovens.

Alguns trabalhos mostram resultados satisfatórios com esse tipo de abordagem em pequenas sériesde casos,63–66 porém essa opc¸ão deve serentendida como procedimento nãodefinitivo,comoobjetivodepostergaraartroplastiaoua artrodesedotornozelo,eéindicadaparapacientesjovens.

Osteotomias

Empacientescomassimétricadealinhamentodosmembros inferiores(varoouvalgo)associadosàOAdetornozelo,a cirur-giaderealinhamentoéumtratamentoopcionalàfusãoouà artroplastiaemcasosselecionados.

As osteotomiaspodem sersimples– tíbia efíbula– ou combinadas –pernaecalcâneo–,associadasounãoa pro-cedimentosdepartesmoles.67

Osobjetivossãotransferiracargadeáreascomcartilagem danificada paraasáreas com boaqualidade decartilagem, melhoraracongruênciaarticular,desaceleraraprogressãoda OAereduzirador.

Pagenstertetal.67encontrarammelhoriadoescoreAofas noseguimentodecincoanosem35pacientesconsecutivos comOApós-traumáticatratadoscomrealinhamentodaperna edoretropé.

A selec¸ão precisa dospacientes ea adequada correc¸ão do ângulo de alinhamento articular são cruciais para o sucesso.68,69

Tratamentodelesãoosteocondral

Reparodedefeitososteocondraiscartilagemfocais.

Microfraturas

O procedimento de microfraturas consiste em pequenas perfurac¸õesnoossosubcondralapósaregularizac¸ãodalesão associadaàremoc¸ãodacamadacalcificadadacartilagem arti-cular.Esseprocedimentotemcomoprincípioaobtenc¸ãode

(5)

umcoáguloformadoporcélulasmesenquimaisprovenientes damedulaóssea.

Mais recentemente, alguns centros seguem a mesma linhaderaciocíniodoprocedimentodemicrofraturasetêm usadoconcentradosdeaspiradomedular(quecontêmcélulas mesenquimais),porémsemagrediroossosubcondral.Esses procedimentos encontram-se em desenvolvimento e em estudo.Alógicadessesprocedimentosbaseia-senaobtenc¸ão deumconteúdodecélulaspluripotentesteoricamentenuma concentrac¸ãosuperioràmicrofraturasemagrediroosso sub-condral.Estudosemanimaistêm demonstradoaformac¸ão deumtecidodereparosuperior70ecomparamousode con-centradodeaspiradomedularcommicrofraturas.Alémdisso, diversosestudosclínicosdescrevemincidênciadealterac¸ões significativasdoossosubcondral(comocistosósseose osteó-fitosintralesionais)apósprocedimentosdemicrofratura.71,72

Os fatoresde mauprognóstico desse procedimentosão o tamanho da lesão, acimade 1,5cm2, o quesignifica um

diâmetro maior do que 1,2cm,73 lesões não contidas e a presenc¸adelesõescísticasassociadasàlesãoosteocondral.74

Transferênciaosteocondralautóloga

Atransferênciaosteocondralbaseia-senousodeumcilindro osteocondralobtidodeumaáreadebaixademanda, usual-mentedojoelho–daregiãointercondilar,daporc¸ãolateral datrócleaimediatamenteproximalàáreadecargadocôndilo lateraloudacristalateralproximaldatróclea.

Esseprocedimentoéindicadoparalesõesdeaté2cm2de

área,comacometimentoda cartilagemisoladamenteouda cartilagem com o osso subcondral, como nas osteocondri-tesdissecantes.Oprincipalfatorlimitantedatransferência osteocondralconsistenamorbidadedaáreadoadora,que res-tringeaquantidadeeotamanhodoscilindrosaseremusados.

Implanteautólogodecondrócitos

Consistenumaterapiacelularparaotratamentodelesõesda cartilagemarticularemqueinicialmentesefazumabiópsia de cartilagem para cultivo dos condrócitos. Essaexpansão celular é feita em laboratório por aproximadamente seis semanas. Num segundo procedimento cirúrgico, fazem-se odesbridamentodalesãoeoimplantedecondrócitos.Nas primeirasgerac¸ões,esseimplanteerafeitocomusodeuma membranadeperiósteo,masatualmenteusa-semembrana decolágeno(semeadaduranteacirurgiaoucomascélulas previamentecultivadasnamembrana).

Estágio3.Artroplastiatotaldotornozelo(ATT)

Principalmenteindicada para pacientes com OA grave,dor diária de intensidade importante, elevada limitac¸ão funci-onal,de qualqueretiologia,com boaqualidade óssea,com adequadoalinhamentodosmembrosinferioresouassimetria leve,articulac¸ãoestável,faixaetárianãoidosaeausênciade comorbidadessistêmicasgraves.

Osobjetivossãorestauraroarcodemovimentofuncional, eliminaradoremelhoraraqualidadedevida.

Os desenhos iniciais das próteses totais de tornozelo comec¸aramnosanos1970.Apesardaselevadastaxasde insu-cesso vividascom asprimeiras gerac¸õesde prótesestotais do tornozelo,75 váriosgrupos seguiram napesquisa ehoje dispomosdediferentesimplantes,queseaproximamdas exi-gênciasanatômicasefuncionaisdessaarticulac¸ão.

Essaevoluc¸ãoresultounamelhorianosresultadosclínicos etornouesseprocedimentomaispopularnotratamentoda OAdotornozelo.76

Aanálisedaliteraturaapontacomoprincipalavanc¸oo con-ceitodo«apoiomóvel»,noqualoscomponentesprostéticos serelacionamcomváriosgrausdeliberdade,semqueocorra constric¸ão da articulac¸ão. As prótesesde terceira gerac¸ão, dotadasdetrêselementos–componentestibial,talare inter-mediário–sãoasmaisbem-sucedidasatéomomento.77–79

Contudo, a ATT ainda apresenta elevadas taxas de complicac¸ãoemcomparac¸ãocomasartroplastiasdojoelho e doquadril.80 As complicac¸ões intraoperatóriasdevem-se àsdificuldadesdealinhamentodoscomponentes,aoscortes ósseoseàsfraturasdosmaléolos;enoperíodopós-operatório estão relacionadas à deiscência da incisão cirúrgica e à infecc¸ão.78,81 Emlongoprazo amaiorcomplicac¸ãoéa sol-tura asséptica dos componentes tibial ou talar, seguida de fratura por estresse, retrac¸ão capsular e tecidos moles periarticulares.82

Assim,aselec¸ãoprecisadepacienteséfundamentalpara osucessodesseprocedimento.

Ascontraindicac¸õesincluemosteonecrose,doenc¸a vascu-larperiféricagrave,neuropatiaperiférica, infecc¸ãoarticular recente ou prévia, instabilidade ligamentar grave, grande desalinhamentodomembroinferioremáqualidadeóssea.8

Há,ainda,aopc¸ãodesubstituic¸ãoarticularcompletapor meiodoenxertobipolardaarticulac¸ãotibio-társicaafresco, procedimento que representa uma opc¸ão útil em doentes cuidadosamenteselecionados,principalmenteempacientes jovenseativos.Permitealíviodadoremanutenc¸ãoda mobi-lidade articular funcional. Contudo, são necessários mais estudossobreocomportamentoimunológicodacartilagem transplantadanessetipodeprocedimento.83–85

Estágio4.Artrodese

Principalmente indicadoparapacientes com OA grave,dor diária de intensidade importante, elevada limitac¸ão funci-onal, dequalquer etiologia,comboa qualidadeóssea, com adequadoalinhamentodosmembrosinferioresouassimetria leve,articulac¸ãoestável,faixaetáriaidosaeadultajoveme ausênciadecomorbidadessistêmicasgraves.

Osobjetivossãorestabeleceroalinhamentodomembro inferioreeliminarador.

Tíbio-társicaetíbio-talo-calcaneana

PacientescomOAdetornozeloavanc¸adasemindicac¸ãopara artroplastiatotaldotornozeloeaquelesqueapresentamfalha daATTrepresentamaparcelaquepodesebeneficiardesse procedimento de salvamento. Muitas técnicas cirúrgicas e materiaisdefixac¸ãojáforamdescritosnaliteratura.86–88

(6)

Aopc¸ãoentreartrodesetíbio-talaroutíbio-talo-calcaneana dependerádacondic¸ãodedegenerac¸ão,dadoredo alinha-mentodaarticulac¸ãosubtalar.

Esseprocedimentotemgeralmentebomresultado funcio-naleelevadataxadealíviosintomático.Semdúvida,o posi-cionamentoadequadodafusãoarticular,nointraoperatório, temimpactodiretonosresultadosclínicosalcanc¸ados;dessa forma,asangulac¸õesde5◦ emvalgoede5◦-10◦ darotac¸ão externaeaposic¸ãoemneutronaflexoextensão da dordo tornozelodevemseralcanc¸adas.89

Comodesvantagens:tempoderecuperac¸ãopós-operatória até atingir a consolidac¸ão, índices de não união dolo-rosa, discrepância de comprimento entre os membros inferiores, edema crônico, soltura do implante e fratura peri-implante.88,89

Considerac¸ões

finais

AOAdotornozelorepresentadoenc¸adiferentedas demais artrosesdos membrosinferiores;apresentacomo principal fator etiológicoo trauma articular,em especial asfraturas maleolares,ainstabilidadecrônicadotornozeloeas fratu-rasdistaisdatíbia.Acometeindivíduosjovensemfaixaetária produtiva,o queresultaemaltos custospessoaisesociais relacionadosaotratamentodiretodessadoenc¸a,que habitu-almenteédelongotempo.

Asestratégiasterapêuticasbaseiam-senumalgoritmode tratamento estagiado e dependem de um amplo espectro defatoresrelacionados.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1. BuckwalterJA,SaltzmanC,BrownT.Theimpactof

osteoarthritis.ClinOrthopRelRes.2004;427Suppl:S6–15.

2. DivisionofAdultandCommunityHealth,NationalCenterfor ChronicDiseasePreventionandHealthPromotion.Disponível em:http://www.cdc.gov/arthritis/basics/osteoarthritis.htm

3. LawrenceRC,FelsonDT,HelmickCG,ArnoldLM,ChoiH,

DeyoRA,etal.Estimatesoftheprevalenceofarthritisand

otherrheumaticconditionsintheUnitedStates.PartII

ArthritisRheum.2008;58(1):26–35.

4. Martel-PelletierJ,BoileauC,PelletierJP,RoughleyPJ.Cartilage

innormalandosteoarthritisconditions.BestPractResClin

Rheumatol.2008;22(2):351–84.

5. DeLange-BrokaarBJ,Ioan-FacsinayA,vanOschGJ,Zuurmond

AM,SchoonesJ,ToesRE,etal.Synovialinflammation,

immunecellsandtheircytokinesinosteoarthritis:areview.

OsteoarthritisCartilage.2012;20(12):1484–99.

6. FelsonDT.Theepidemiologyofosteoarthritis:prevalence

andriskfactors.In:KuettnerKE,GoldbergVM,editors.

Osteoarthritisdisorders.Rosemont,IL:AmericanAcademyof

OrthopaedicSurgeons;1995.p.13–24.

7. BrownTD,JohnstonRC,SaltzmanCL,MarshJL,Buckwalter

JA.Posttraumaticosteoarthritis:afirstestimateofincidence,

prevalence,andburdenofdisease.JOrthopTrauma.

2006;20(10):739–44.

8.HorisbergerM,ValderrabanoV,HintermannB.Posttraumatic

ankleosteoarthritisafterankle-relatedfractures.JOrthop

Trauma.2009;23(1):60–7.

9.ValderrabanoV,HorisbergerM,RussellI,DougallH,

HintermannB.Etiologyofankleosteoarthritis.ClinOrthop

RelatRes.2009;467(7):1800–6.

10.ChangKV,HsiaoMY,ChenWS,WangTG,ChienKL.

Effectivenessofintra-articularhyaluronicacidforankle

osteoarthritistreatment:asystematicreviewand

meta-analysis.ArchPhysMedRehabil.2013;94(5):

951–60.

11.KimizukaM,KurosawaH,FukubayashiT.Load-bearing

patternoftheanklejoint:contactareaandpressure

distribution.ArchOrthopTraumaSurg.1980;96(1):45–9.

12.IhnJC,KimSJ,ParkIH.Invitrostudyofcontactarea

andpressuredistributioninthehumankneeafterpartialand

totalmeniscectomy.IntOrthop.1993;17(4):214–8.

13.BrownTD,ShawDT.Invitrocontactstressdistributionsin

thenaturalhumanhip.JBiomech.1983;16(6):373–84.

14.ShepherdDE,SeedhomBB.Thicknessofhumanarticular

cartilageinjointsofthelowerlimb.AnnRheumDis.

1999;58(1):27–34.

15.TreppoS,KoeppH,QuanEC,ColeAA,KuettnerKE,

GrodzinskyAJ.Comparisonofbiomechanicaland

biochemicalpropertiesofcartilagefromhumankneeand

anklepairs.JOrthopRes.2000;18(5):739–48.

16.KuettnerKE,ColeAA.Cartilagedegenerationindifferent

humanjoints.OsteoarthritisCartilage.2005;13(2):

93–103.

17.HendrenL,BeesonP.Areviewofthedifferencesbetween

normalandosteoarthritisarticularcartilageinhumanknee

andanklejoints.Foot(Edinb).2009;19(3):171–6.

18.AurichM,SquiresGR,ReinerA,MollenhauerJA,KuettnerKE,

PooleAR,etal.Differentialmatrixdegradationandturnover

inearlycartilagelesionsofhumankneeandanklejoints.

ArthritisRheum.2005;52(1):112–9.

19.EgerW,SchumacherBL,MollenhauerJ,KuettnerKE,ColeAA.

Humankneeandanklecartilageexplants:catabolic

differences.JOrthopRes.2002;20(3):526–34.

20.KangY,KoeppH,ColeAA,KuettnerKE,HomandbergGA.

Culturedhumanankleandkneecartilagedifferin

susceptibilitytodamagemediatedbyfibronectinfragments.

JOrthopRes.1998;16(5):551–6.

21.ColeAA,KuettnerKE.Molecularbasisfordifferencesbetween

humanjoints.CellMolLifeSci.2002;59(1):19–26.

22.SaltzmanCL,ZimmermanMB,O’RourkeM,BrownTD,

BuckwalterJA,JohnstonR.Impactofcomorbiditiesonthe

measurementofhealthinpatientswithankleosteoarthritis.

JBoneJointSurgAm.2006;88(11):2366–72.

23.ValderrabanoV,vonTscharnerV,NiggBM,HintermannB,

GoepfertB,FungTS,etal.Lowerlegmuscleatrophyinankle

osteoarthritis.JOrthopRes.2006;24(12):

2159–69.

24.ThomasR,DanielsTR,ParkerK.Gaitanalysisandfunctional

outcomesfollowinganklearthrodesisforisolatedankle

arthritis.JBoneJointSurgAm.2006;88(3):526–35.

25.NüeschC,HuberC,PagenstertG,vonTscharnerV,

ValderrabanoV.Muscleactivationofpatientssufferingfrom

asymmetricankleosteoarthritisduringisometric

contractionsandlevelwalking–Atime-frequencyanalysis.J

ElectromyogrKinesiol.2012;22(6):939–46.

26.NüeschC,ValderrabanoV,HuberC,vonTscharnerV,

PagenstertG.Gaitpatternsofasymmetricankleosteoarthritis

patients.ClinBiomech(Bristol,Avon).2012;27(6):613–8.

27.MorreyBF,WiedemanGPJr.Complicationsandlong-term

resultsofanklearthrodesesfollowingtrauma.JBoneJoint

(7)

28.MuehlemanC,FogartyD,ReinhartB,TzvetkovT,LiJ,NeschI.

In-laboratorydiffraction-enhancedX-rayimagingfor

articularcartilage.ClinAnat.2010;23(5):530–8.

29.LangP,YoshiokaH,SteinesD,Nöbauer-HuhmannIM,Imhof

H.Magneticresonancetomography(MRI)ofjointcartilage

Currentstatusofknowledgeandnewdevelopments.

Radiologe.2000;40(12):1141–8.

30.LinkTM,StahlR,WoertlerK.Cartilageimaging:motivation,

techniques,currentandfuturesignificance.EurRadiol.

2007;17(5):1135–46.

31.WelschGH,MamischTC,HughesT,ZilkensC,QuirbachS,

SchefflerK,etal.Invivobiochemical7.0Teslamagnetic

resonance:preliminaryresultsofdGEMRIC,zonalT2,andT2*

mappingofarticularcartilage.InvestRadiol.

2008;43(9):619–26.

32.StricklandCD,KijowskiR.Morphologicimagingofarticular

cartilage.MagnResonImagingClinNAm.2011;19(2):229–48.

33.ForneyM,SubhasN,DonleyB,WinalskiCS.MRimagingof

thearticularcartilageofthekneeandankle.MagnReson

ImagingClinNAm.2011;19(2):379–405.

34.JazrawiLM,AlaiaMJ,ChangG,FitzgeraldEF,RechtMP.

Advancesinmagneticresonanceimagingofarticular

cartilage.JAmAcadOrthopSurg.2011;19(7):420–9.

35.PagenstertGI,BargA,LeumannAG,RaschH,Müller-BrandJ,

HintermannB,etal.SPECT-CTimagingindegenerativejoint

diseaseofthefootandankle.JBoneJointSurgBr.

2009;91(9):1191–6.

36.KnuppM,PagenstertGI,BargA,BolligerL,EasleyME,

HintermannB.SPECT-CTcomparedwithconventional

imagingmodalitiesfortheassessmentofthevarusand

valgusmalalignedhindfoot.JOrthopRes.2009;27(11):1461–6.

37.NathanM,MohanH,VijayanathanS,FogelmanI,

GnanasegaranG.Theroleof99mTc-diphosphonatebone

SPECT/CTintheankleandfoot.NuclMedCommun.

2012;33(8):799–807.

38.JohnS,BongiovanniF.Bracemanagementforanklearthritis.

ClinPodiatrMedSurg.2009;26(2):193–7.

39.PhamT,MaillerfertJF,HudryC,KieffertP,BourgeoisP,

LechevalierD,etal.Laterallyelevatedwedgedinsolesinthe

treatmentofmedialkneeosteoarthritis:atwo-year

prospectiverandomizedcontrolledstudy.Osteoarthritis

Cartilage.2004;12(1):46–55.

40.TodaY,TsukimuraN.A2-yearfollow-upofastudyto

comparetheefficacyoflateralwedgedinsoleswithsubtalar

strappingandin-shoelateralwedgedinsolesinpatientswith

varusdeformityosteoarthritisoftheknee.Osteoarthritis

Cartilage.2006;14(3):231–7.

41.KitaokaHB,CrevoisierXM,HarbstK,HansenD,KotajarviB,

KaufmanK.Theeffectofcustom-madebracesfortheankle

andhindfootonankleandfootkinematicsandground

reactionforces.ArchPhysMedRehabil.2006;87(1):130–5.

42.PelletierJP,Martel-PelletierJ,AbramsonSB.Osteoarthritis,an

inflammatorydisease:potentialimplicationfortheselection

ofnewtherapeutictargets.ArthritisRheum.

2001;44(6):1237–47.

43.DiBattistaJA,Martel-PelletierJ,WosuLO,SandorT,AntaklyT,

PelletierJP.Glucocorticoidreceptormediatedinhibitionof

interleukin-1stimulatedneutralmetalloproteasesynthesis

innormalhumanchondrocytes.JClinEndocrinolMetab.

1991;72(2):316–26.

44.YasudaT.HyaluronaninhibitsprostaglandinE2production

viaCD44inU937humanmacrophages.TohokuJExpMed.

2010;220(3):229–35.

45.WangCT,LinYT,ChiangBL,LinYH,HouSM.Highmolecular

weighthyaluronicaciddown-regulatesthegeneexpression

ofosteoarthritis-associatedcytokinesandenzymesin

fibroblast-likesynoviocytesfrompatientswithearly

osteoarthritis.OsteoarthritisCartilage.2006;14(12):1237–47.

46.PeyronJG,BalazsEA.Preliminaryclinicalassessmentof

Na-hyaluronateinjectionintohumanarthriticjoints.Pathol

Biol(Paris).1974;22(8):731–6.

47.BaggaH,BurkhardtD,SambrookP,MarchL.Longtermeffects

ofintraarticularhyaluronanonsynovialfluidinosteoarthritis

oftheknee.JRheumatol.2006;33(5):946–50.

48.SasakiA,SasakiK,KonttinenYT,SantavirtaS,TakaharaM,

TakeiH,etal.Hyaluronateinhibitsthe

interleukin-1beta-inducedexpressionofmatrix

metalloproteinase(MMP)-1andMMP-3inhumansynovial

cells.TohokuJExpMed.2004;204(2):99–107.

49.Mei-DanO,KishB,ShabatS,MasarawaS,ShterenA,MannG,

etal.Treatmentofosteoarthritisoftheankleby

intra-articularinjectionsofhyaluronicacid:aprospective

study.JAmPodiatrMedAssoc.2010;100(2):93–100.

50.SunSF,HsuCW,SunHP,ChouYJ,LiHJ,WangJL.Theeffectof

threeweeklyintra-articularinjectionsofhyaluronateonpain,

function,andbalanceinpatientswithunilateralankle

arthritis.TheJournalofBoneandJointSurgeryAmerican

volume.2011;93(18):1720–6.

51.WitteveenA,GianniniS,GuidoG,JeroschJ,LohrerH,Vannini

F,etal.Aprospectivemulti-centre,openstudyofthesafety

andefficacyofhylanG-F20(Synvisc)inpatientswith

symptomaticankle(talo-crural)osteoarthritis.FootAnkle

Surg.2008;14(3):145–52.

52.BlaineT,MoskowitzR,UdellJ,SkyharM,LevinR,Friedlander

J,etal.Treatmentofpersistentshoulderpainwithsodium

hyaluronate:arandomized,controlledtrial.Amulticenter

study.JBoneJointSurgAm.2008;90(5):970–9.

53.SilversteinE,LegerR,SheaK.Theuseofinta-articularHylan

GF-20inthetreatmentofsymptomaticosteoarthritisofthe

shoulder:apreliminarystudy.AmJSportsMed.

2007;35(6):979–85.

54.FigenAyhanF,UstunN.Theevaluationofefficacy

andtolerabilityofHylanGF-20inbilateralthumbbase

osteoarthritis:6monthsfollow-up.ClinRheumatol.

2009;28(5):535–41.

55.SaliniV,DeAmicisD,AbateM,NataleMA,DiIorioA.

Ultrasound-guidedhyaluronicacidinjectionin

carpometacarpalosteoarthritis:short-termresults.IntJ

ImmunopatholPharmacol.2009;22(2):455–60.

56.DeCamposGC,RezendeMU,PailoAF,FrucchiR,CamargoOP.

Addingtriamcinoloneimprovesviscosupplementation:

arandomizedclinicaltrial.ClinOrthopRelatRes.

2013;471(2):613–20.

57.Ogilvie-HarrisD,Sekyi-OtuA.Arthroscopicdebridement

fortheosteoarthriticankle.Arthroscopy.1995;11(4):

433–6.

58.JacksonR,GilbertR,SharkeyPF.Arthroscopicdebridement

versusarthroplastyinosteoarthroticknee.JArthroplasty.

1997;12(4):465–70.

59.ChengJ,FerkelR.Theroleofarthroscopyinankleand

subtalardegenerativejointdisease.ClinOrthopRelatRes.

1998;(349):65–72.

60.LoongTW,MitraAK,TanSK.Roleofarthroscopyinankle

disorder–Earlyexperience.AnnAcadMedSingapore.

1994;23(3):348–50.

61.HassounaH,KumarS,BendallS.Arthroscopicankle

debridement:5-yearsurvivalanalysis.ActaOrthopBelg.

2007;73(6):737–40.

62.AldegheriR,TrivellaG,SalehM.Articulateddistractionofthe

hipConservativesurgeryforarthritisinyoungpatients.Clin

OrthopRelatRes.1994;(301):94–101.

63.PaleyD,LammBM.Anklejointdistraction.FootAnkleClin.

2005;10(4):685–98.

64.IndaDJ,BlyakherA,O’MalleyMJ.Distractionarthroplasty

fortheankleusingtheIlizarovframe.TechFootAnkleSurg.

(8)

65.PloegmakersJJ,vanRoermundPM,vanMelkebeekJ,

LammensJ,BijlsmaJW,LafeberFP,etal.Prolongedclinical

benefitfromjointdistractioninthetreatmentofankle

osteoarthritis.OsteoarthritisCartilage.2005;13(7):582–8.

66.PagenstertG,HintermannB,BargA,LeumannA,

ValderrabanoV.Realignmentsurgeryasalternativetreatment

ofvarusandvalgusankleosteoarthritis.ClinOrthopRelatRe.

2007;(462):156–68.

67.PagenstertG,LeumannA,HintermannB,ValderrabanoV.

Sportsandrecreationactivityofvarusandvalgusankle

osteoarthritisbeforeandafterrealignmentsurgery.Foot

AnkleInt.2008;29(10):985–93.

68.ChengY,HuangP,HongS,LinSY,LiaoCC,ChiangHC,etal.

Lowtibialosteotomyformoderateanklearthritis.Arch

OrthopTraumaSurg.2001;121(6):355–8.

69.KreuzPC,SteinwachsMR,ErggeletC,KrauseSJ,KonradG,Uhl

M,etal.Resultsaftermicrofractureoffull-thicknesschondral

defectsindifferentcompartmentsintheknee.Osteoarthritis

Cartilage.2006;14(11):1119–25.

70.MithoeferK,WilliamsRJ3rd,WarrenRF,PotterHG,SpockCR,

JonesEC,etal.Themicrofracturetechniqueforthetreatment

ofarticularcartilagelesionsintheknee.Aprospectivecohort

study.JBoneJointSurgAm.2005;87(9):1911–20.

71.FortierLA,PotterHG,RickeyEJ,SchnabelLV,FooLF,ChongLR,

etal.Concentratedbonemarrowaspirateimproves

full-thicknesscartilagerepaircomparedwithmicrofracturein

theequinemodel.JBoneJointSurgAm.2010;92(10):1927–37.

72.FurukawaT,EyreDR,KoideS,GlimcherMJ.Biochemical

studiesonrepaircartilageresurfacingexperimentaldefects

intherabbitknee.JBoneJointSurgAm.1980;62(1):79–89.

73.CutticaDJ,SmithWB,HyerCF,PhilbinTM,BerletGC.

Osteochondrallesionsofthetalus:predictorsofclinical

outcome.FootAnkleInt.2011;32(11):1045–51.

74.HintermannB.Historyoftotalanklearthroplasty.In:Total

anklearthroplasty:historicaloverview,currentconcepsand

futureperspectivesNewYork:Springer-Verlag.2005:53–63.

75.HaddadS,CoetzeeJ,EstokR,FahrbachK,BanelD,NalysnykL.

Intermediateandlong-termoutcomesoftotalankle

arthroplastyandanklearthrodesis.Asystematicreview

oftheliterature.JBoneJointSurgAm.2007;89(9):1899–905.

76.HintermannB.Shortandmid-termresultswithStartotal

ankleprosthesis.Orthopade.1999;28(9):792–803.

77.HintermannB,ValderrabanoV,DereymaekerG,DickW.The

Hintegraankle:rationaleandshort-termresultsof122

consecutiveankles.ClinOrthopRelRes.2004;(424):

57–68.

78.NeryC,FernandesTD,RéssioC,FuchsML,Godoy-SantosAL,

OrtizRT.Totalanklereplacement:Brazilianexperiencewith

theHintegraprosthesis.RevBrasOrtop.2010;45(1):

92–100.

79.GougouliasN,KhannaA,MaffulliN.Howsuccessfulare

currentanklereplacements?:asystematicreviewofthe

literature.ClinOrthopRelatRes.2010;(468):199–208.

80.LeeK,ChoS,HurC,YoonT.Perioperativecomplicationsof

Hintegratotalanklereplacement:ourinitial50cases.Foot

AnkleInt.2008;29(10):978–84.

81.KarantanaA,HobsonS,DharS.TheScandinaviantotalankle

replacement:survivorshipat5and8yearscomparable

tootherseries.ClinOrthopRelatRes.2010;(468):951–7.

82.BugbeeWD,KhannaG,CavalloM,McCauleyJC,GörtzS,Brage

ME.Bipolarfreshosteochondralallograftingofthetibiotalar

joint.JBoneJointSurgAm.2013;95(5):426–32.

83.GianniniS,BudaR,GrigoloB,BevoniR,DiCaprioF,RuffilliA,

etal.Bipolarfreshosteochondralallograftoftheankle.Foot

AnkleInt.2010;31(1):38–46.

84.PimentaR,CarvalhoP,AmadoP.Freshbipolarosteochondral

allograftoftheankleReviewoftheliteratureandcasereport

ofayoungpatientwithbilateralpost-traumatic

osteoarthritis.RevEspCirOrtopTraumatol.2012;56(2):120–6.

85.DemetriadesL,StraussE,GallinaJ.Osteoarthritisofthe

ankle.ClinOrthopRelatRes.1998;(349):28–42.

86.CulpanP,LeStratV,PiriouP,JudetT.Arthrodesisafterfailed

totalanklereplacement.JBoneJointSurgBr.

2007;89(9):1178–83.

87.CoesterL,SaltzmanC,LeupoldJ,PontarelliW.Long-term

resultsfollowinganklearthrodesisforpost-traumatic

arthritis.JBoneJointSurgAm.2001;83(2):219–28.

88.FuchsS,SandmannA,SkwarA,ChylareckiC.Qualityoflife

20yearsafterarthrodesisoftheankle:astudyofadjacent

joints.JBoneJointSurgBr.2003;85(7):994–8.

89.BuchnerM,SaboD.Anklefusionattributableto

posttraumaticarthrosis:along-termfollowupof48patients.

Referencias

Documento similar

Humira está indicado para el tratamiento de la hidradenitis supurativa activa (acné inverso) de moderada a grave en pacientes adultos con una respuesta insuficiente al

Halimatoz está indicado para el tratamiento de la hidradenitis supurativa activa (acné inverso) de moderada a grave en pacientes adultos y adolescentes a partir de 12 años de edad

Kompier e Kristensen 70 na revisão sobre intervenções para gerenciamento do stress enumeram cinco características que dificultam o desenvolvimento de intervenções com foco

A maior epidemia de poliomielite do Rio de Janeiro, registrada no ano de 1953, fez com que em 1954, um grupo da sociedade carioca se empenhasse em criar o primeiro centro

Humira está indicado para el tratamiento de la enfermedad de Crohn activa de moderada a grave, en pacientes adultos que no hayan respondido a una terapia, completa y adecuada, con

Vale salientar que a as- sociação entre maiores níveis de ativação com a menor presença de sintomas pode ser uma explicação para que pacientes em HD sejam menos ativados, pois

Comunicación presentada en las V Jornadas Interdisciplinares: Estudios de Género en el Aula: Historia, Cultura visual e Historia del Arte, Málaga, España.. ¿Qué sería de

Convocatoria de ayudas públicas en régimen de concurrencia competitiva para proyectos de carácter no productivo de la medida 19 "LEADER" en el marco del Programa de