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Avaliação da ressonância magnética sem contraste como método para diagnóstico de lesões parciais do tendão da cabeça longa do bíceps

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Avaliac¸ão

da

ressonância

magnética

sem

contraste

como

método

para

diagnóstico

de

lesões

parciais

do

tendão

da

cabec¸a

longa

do

bíceps

Alexandre

Tadeu

do

Nascimento

e

Gustavo

Kogake

Claudio

HospitalOrthoservice,GrupodeOmbroeCotovelo,SãoJosédosCampos,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo: Recebidoem12denovembrode 2015 Aceitoem7dejaneirode2016 On-lineemxxx Palavras-chave: Sensibilidadeeespecificidade Manguitorotador

Imagemporressonânciamagnética

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Avaliararessonânciamagnética(RM)semcontrastecomométododiagnósticoda lesãoparcialdacabec¸alongadobícepscomousodacirurgiaartroscópicacomopadrão ouro.

Métodos:ForamavaliadosdadosdeRMeachadoscirúrgicosartroscópicosdepacientes ope-rados devidoàlesão domanguitorotadoreà lesãodoaltodolabrumdeanteriorpara posterior(do inglêssuperiorlabralanteriortoposteriorSLAP). Foiusadocomo critériode detecc¸ãodelesãodacabec¸alongadobícepsressonânciamagnéticasemcontrastedeno mínimo1,5Tesla,comlaudoderadiologistas.Todososcasosforamoperadosporumúnico cirurgiãoemnossohospital.

Resultados: Oestudoavalioudadosde965pacientes,311mulheres(32%)e654homens(68%), commédiade45anos,quesesubmeteramacirurgiaartroscópicaparareparodomanguito rotadoredaSLAP,entresetembrode2012esetembrode2015.Deformageral,asensibilidade eaespecificidadedaRMfora,de0,22(IC:0,17a0,26)e0,98(IC:0,96a0,99),respectivamente. Conclusões:A RMtembaixasensibilidade ealtaespecificidadeparadetecc¸ãoderoturas parciaisdotendãodacabec¸alongadobíceps.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Magnetic

resonance

imaging

without

contrast

as

a

diagnostic

method

for

partial

injury

of

the

long

head

of

the

biceps

tendon

Keywords:

Sensitivityandspecificity Rotatorcuff

Magneticresonanceimaging

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:Toevaluate theuseofmagneticresonanceimaging(MRI)without contrastas adiagnosticmethodofpartiallesionsofthelongheadofthebiceps,usingarthroscopic surgeryasthegoldstandard.

TrabalhodesenvolvidonoHospitalOrthoservice,GrupodeOmbroeCotovelo,SãoJosédosCampos,SP,Brasil.Autorparacorrespondência.

E-mails:dr.nascimento@icloud.com,jangadamed@hotmail.com(A.T.Nascimento). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.01.006

0102-3616/©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccess sobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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Comocitaresteartigo:NascimentoAT,ClaudioGK.Avaliac¸ãodaressonânciamagnéticasemcontrastecomométodoparadiagnósticodelesões

Methods:WeevaluateddatafromMRIandarthroscopicsurgicalfindingsofpatientsoperated duetorotatorcuffandSLAPinjuries.MRIwithoutcontrastofatleast1.5T,witharadiologist report,wasusedasacriterionforthedetectionoflongheadofthebicepsinjury.Allcases wereoperatedbythesamesurgeonatthishospital.

Results: Thisstudyevaluateddatafrom965patients,311women(32%)and654men(68%), withameanageof45years,whounderwentarthroscopicsurgeryforrotatorcuffandSLAP repairfromSeptember2012toSeptember2015.Overall,thesensitivityandspecificityof MRIwas0.22(CI:0.17to0.26)and0.98(CI:0.96to0.99),respectively.

Conclusions: MRIhasalowsensitivityandhighspecificityfordetectionofpartialtearsof thelongheadofthebicepstendon.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

As lesões do tendão da cabec¸a longa do bíceps são comuns em pacientes com dor no ombro e necessitam deintervenc¸ãocirúrgica emaproximadamentemetade dos casos.Asalterac¸õespatológicasda cabec¸alongadotendão dobícepsincluemtenossinovite,roturaparcial,roturatotal, subluxac¸ãoeluxac¸ão.1,2

Apesardenamaioriadoscasosalesãodacabec¸alongado bícepspoderfazerpartedeumasíndromeouestarassociadaa outraspatologias,nãoéincomumaencontrarmoscomocausa exclusivadadornoombro.3–5

A ressonância magnética (RM) é usada rotineiramente comoummétodoparaavaliarcasosdedornoombroe diag-nosticaradoenc¸a do manguitorotador elesões da cabec¸a longa do bíceps. A literatura sobre a efetividade da RM sem contraste é composta de pequenas séries de casos que examinaram a doenc¸a do bíceps, mas como obje-tivo secundário.1,6 Existem apenas quatro trabalhos que

estudaram especificamente a validade da RM sem con-traste na detecc¸ão da lesão parcial do tendão da cabec¸a longa do bíceps como objetivo primário, nenhum deles nacional.3,7–9

OobjetivodonossoestudofoiavaliaraRMcomométodo diagnóstico da rotura parcial do tendão da cabec¸a longa dobícepscomousodacirurgiaartroscópicacomoopadrão ouro(fig.1).

Figura1–Exemplosdelesãoparcialdacabec¸alongadobícepsvistosnaartroscopia.

Material

e

métodos

Avaliamos retrospectivamentedados de965pacientes ope-rados, em um único centro e por um único cirurgião. Os pacientes queseriam submetidosaprocedimento cirúrgico artroscópico,parareparodemanguitorotadoroulesõesSLAP, tinham osdadosdoslaudos daressonânciaanotados, com especial atenc¸ão para adescric¸ão dascondic¸ões da cabec¸a longadobíceps.Apósaartroscopiaeramanotadososdados referentesàcabec¸alongadobícepsquandoelaapresentava roturaparcialdesuasfibras.

Foram incluídos pacientes com diagnóstico de lesão de manguitorotadorouSLAP,quetivessemfeitoRMsem con-trastedenomínimo1,5Tesla,comlaudodeumradiologista, e que tivessemsido submetidos acirurgia artroscópica do ombro.

Foram excluídos pacientes com ressonância de quali-dade inferiora 1,5Tesla, com diagnóstico de instabilidade daarticulac¸ãoglenoumeral,comroturacompletadecabec¸a longadebícepsecomcirurgiaprévia,naqualfoifeita tenoto-miaoutenodesedecabec¸alongadebíceps.Casosdecirurgia préviaquenãotiveramabordagemdacabec¸alongadobíceps nãoforamexcluídos.

Exameartroscópico

Todososprocedimentoscirúrgicosforamfeitospelomesmo cirurgião, com o paciente sob anestesia geral, bloqueio de

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Tabela1–Efetividadedaressonânciamagnéticaparadiagnósticodelesãodacabec¸alongadobíceps

SemlesãoIO LesãoIO Total

SemlesãoRM 615 263 878 ComlesãoRM 14 73 87 Total 629 336 965 Sensibilidade 22% IC(0,17a0,26)* Especificidade 98% IC(0,96a0,99)* Acurácia 71% IC(0,68a0,74)*

Valorpreditivopositivo 84% IC(0,74a0,91)*

Valorpreditivonegativo 70% IC(0,67a0,73)*

Razãodeverossimilhanc¸apositiva 9,8 IC(5,6a17,0)*

Razãodeverossimilhanc¸anegativa 0,8 IC(0,76a0,85)*

Oddsratiodiagnóstico 12,2 IC(6,8a22,0)*

IO,intraoperatória;RM,ressonânciamagnética. ∗ Intervalodeconfianc¸ade95%.

plexoeposic¸ãodecadeiradepraia.Tantoaarticulac¸ão gle-noumeralquantooespac¸osubacromialforamexaminados,o quepermitiuaavaliac¸ãodolábioglenoidal,domanguito rota-doredacabec¸alongadobíceps.Otendãodacabec¸alongado bícepsfoidiretamentevisualizadoeinspecionadopara ten-dinite,roturaparcialoutotal.Consideramoscomopositivos apenasosexamesnosquaishaviaroturaparcialdasfibrasdo tendãodacabec¸alongadobíceps.

Análiseestatística

Osachadoscirúrgicosforamregistradosparaosverdadeirose falsospositivoseverdadeirosefalsosnegativosparaarotura parcialdo bíceps por meio de construc¸ão de tabelas2×2. Construímostabelas para calcular sensibilidade, especifici-dade,valorespreditivos,razãodeverossimilhanc¸aeoddsratio, calculadospeloprogramaExcel.Foiconsideradoparaanálise detodososdadosintervalodeconfianc¸ade95%.Usamos,para avaliarcorrelac¸ãoentreagravidadedapatologiaeapresenc¸a delesõesparciais,ocoeficientedePearson,comusodoExcel, econsideramosvaloresentre0e0,3comodefracacorrelac¸ão, entre0,3e0,6comode moderadacorrelac¸ãoemaiores do que0,6comodefortecorrelac¸ão.Paraessamesmarelac¸ão,

tambémusamosométododeMann-Whitney,peloprograma Minitab.

Resultados

Foramcoletadosdadosde965pacientes,311mulheres(32%) e654homens(68%),commédiade45anos,quese submete-ramacirurgiaartroscópicaparareparodelesãodemanguito rotadoreSLAP,desetembrode2012asetembrode2015.Os resultadosobtidos,naavaliac¸ãodetodosospacientesem con-junto,estãocompiladosnatabela1.Aprevalênciada lesão dacabec¸alongadobícepsfoide0,35(IC:0,32a0,38).Os paci-entesforamanalisados,adependerdapatologiaemquestão edagravidadedalesão,emquatrogrupos: comlesãoSLAP (tabela2);comroturaparcialdemanguitorotador(tabela3); comroturademanguitorotador<3cm(tabela4);ecomrotura demanguitorotador>3cm(tabela5).

Aprevalênciaderoturascompletasdomanguitorotador foide33%(319de965)emtodaaamostra,com53%deroturas parciaisdomanguitorotador(513de965)e14%delesãoSLAP (133de965).Dasroturascompletas,7%(70de965)eram maio-resdoque3cme26%(249de965)erammenoresdoque3cm. Aprevalênciadelesãoparcialdacabec¸alongadobícepsfoide 9%(12de133)naslesõestipoSLAP,28%(144de513)naslesões

Tabela2–Efetividadedaressonânciamagnéticaparadiagnósticodelesãodacabec¸alongadobíceps,quandoassociada alesãoSLAP

SemlesãoIO LesãoIO Total

SemlesãoRM 117 9 126 ComlesãoRM 4 3 7 Total 121 12 133 Sensibilidade 25% IC(0,08a0,53)* Especificidade 97% IC(0,92a0,98)* Acurácia 90% IC(0,85a0,95)*

Valorpreditivopositivo 43% IC(0,11a0,79)*

Valorpreditivonegativo 93% IC(0,86a0,96)*

Razãodeverossimilhanc¸apositiva 7,56 IC(1,9a29,9)*

Razãodeverossimilhanc¸anegativa 0,78 IC(0,56a1,08)*

Oddsratiodiagnóstico 9,75 IC(1,9a50,4)*

IO,intraoperatória;RM,ressonânciamagnética. ∗ Intervalodeconfianc¸ade95%.

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Comocitaresteartigo:NascimentoAT,ClaudioGK.Avaliac¸ãodaressonânciamagnéticasemcontrastecomométodoparadiagnósticodelesões Tabela3–Efetividadedaressonânciamagnéticaparadiagnósticodelesãodacabec¸alongadobíceps,quandoassociada alesãoparcialdetendãosupraespinhal

SemlesãoIO LesãoIO Total

SemlesãoRM 364 110 474 ComlesãoRM 5 34 39 Total 369 144 513 Sensibilidade 24% IC(0,17a0,31)* Especificidade 99% IC(0,97a0,99)* Acurácia 78% IC(0,74a0,82)*

Valorpreditivopositivo 87% IC(0,72a0,95)*

Valorpreditivonegativo 77% IC(0,73a0,80)*

Razãodeverossimilhanc¸apositiva 17,4 IC(6,9a43,7)*

Razãodeverossimilhanc¸anegativa 0,77 IC(0,7a0,85)*

Oddsratiodiagnóstico 22,5 IC(8,6a58,9)*

IO,intraoperatória;RM,ressonânciamagnética. ∗ Intervalodeconfianc¸ade95%.

Tabela4–Efetividadedaressonânciamagnéticaparadiagnósticodelesãodacabec¸alongadobíceps,quandoassociada alesãocompletadetendãosupraespinhal<3cm

SemlesãoIO LesãoIO Total

SemlesãoRM 125 90 215 ComlesãoRM 5 29 34 Total 130 119 249 Sensibilidade 24% IC(0,17a0,32)* Especificidade 96% IC(0,91a0,98)* Acurácia 62% IC(0,56a0,68)*

Valorpreditivopositivo 85% IC(0,68a0,94)*

Valorpreditivonegativo 58% IC(0,51a0,64)*

Razãodeverossimilhanc¸apositiva 6,34 IC(2,53a15,8)*

Razãodeverossimilhanc¸anegativa 0,79 IC(0,70a0,87)*

Oddsratiodiagnóstico 8,05 IC(3,0a21,6)*

IO,intraoperatória;RM,ressonânciamagnética. ∗ Intervalodeconfianc¸ade95%.

parciaisdesupraespinhal,48%(119de249)naslesões comple-tasdesupraespinhalmenoresdoque3cme87%(61de70)nas lesõesmaioresdoque3cm.Encontramospelocoeficientede Pearsoncorrelac¸ãomoderadaentreagravidadedalesãoea presenc¸adelesõesparciaisdacabec¸alonga dobíceps,com resultadode0,38.PelométododeMann-Whitney, encontra-mosvalorestatisticamentesignificativoparaessacorrelac¸ão, comp<0,0001.

Discussão

Estudosparaavaliac¸ãodemétodosdeimagemparao diagnós-ticodalesãoparcialdacabec¸alongadobícepssãorarosna lite-ratura.Aquasetotalidadedosestudosavaliaaacuráciadesses examesapenasparalesõescompletasdessetendão.Existem apenas quatro trabalhos que estudaram especificamente a

Tabela5–Efetividadedaressonânciamagnéticaparadiagnósticodelesãodacabec¸alongadobíceps,quandoassociada alesãocompletadetendãosupraespinhal>3cm

SemlesãoIO LesãoIO Total

SemlesãoRM 9 54 63 ComlesãoRM 0 7 7 Total 9 61 70 Sensibilidade 11% (0,05a0,21)* Especificidade 100% IC(0,7a1,0)* Acurácia 23% IC(0,13a0,33)*

Valorpreditivopositivo 100% IC(0,56a1,0)*

Valorpreditivonegativo 14% IC(0,07a0,26)*

Razãodeverossimilhanc¸apositiva NC

Razãodeverossimilhanc¸anegativa 0,89 IC(0,8a0,97)*

Oddsratiodiagnóstico NC

IO,intraoperatória;RM,ressonânciamagnética. ∗ Intervalodeconfianc¸ade95%.

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validadedaRMsemcontrastenadetecc¸ãodalesãoparcialdo tendãodacabec¸alongadobícepscomoobjetivoprimário.3,7–9

NossoestudodemonstrouqueaRMsemcontraste apre-sentaalta especificidadepara lesõesparciais dotendãoda cabec¸alongadobíceps,noentantocombaixasensibilidade. Parecehaverconsistênciaentreosestudosemrelatarbaixa sensibilidadeemaior especificidadeda RMnadetecc¸ãode patologias da cabec¸alonga do bíceps.7 Houtz et al.10

apre-sentaram em seu trabalho baixa sensibilidade, que variou de 7%a 33%, evalores de especificidadeque variaram de 95%a100%,para31casosdealterac¸õesdacabec¸alongado bícepsem104avaliadosporRMsemcontraste, independen-tementedalocaldeatuac¸ãodosradiologistas(comunidade vs. acadêmica). Nourissatet al.,11 que apenas examinaram

a tendinopatia da porc¸ão intra-articular da cabec¸a longa dobíceps, relataram umasensibilidadede 43% eumvalor menor de especificidade de 75%. Beall et al.,3 que usaram

umtamanho de amostra de 111pacientes, relataram sen-sibilidadee especificidadede 52% e86%, respectivamente, paraasroturastotaisouparciaisdacabec¸alongadobíceps, comprevalênciade21%(23de111).Nasroturasparciaisda cabec¸alongadobíceps,estudosanterioresestãode acordo como nosso,relataram baixasensibilidade.7,11 A

prevalên-ciadelesõesparciaisemumestudofeitoporMohtadietal.,1

que examinarama cabec¸a longa do bíceps emum estudo prospectivode 58 pacientes,foi de 19%,com sensibilidade e especificidade de 50% e 70%, respectivamente. Dubrow etal.7 relataram umasensibilidade de28% eespecificidade

de84%para adetecc¸ãoderupturaparcialdacabec¸alonga dobíceps. Mohtadi etal.1 relataram sensibilidade de 0% e

especificidadede94%paraaslesõesdeespessuratotaldos bíceps.

Roturasparciaispermanecemumdesafioparao diagnós-ticopelaRMsemcontrastedevidoaalgumasrazões.Acabec¸a longadobícepsestásujeitaaumartefatoàressonância,que ocorrenaporc¸ãocranialdasulcointertubecular,queé envol-vidoporcolágenoeaparecehiperintenso,podeserconfundido comumaalterac¸ãopatológica.12

Aanatomiadointervalorotadorécomplexaeasroturasdo manguitorotadorpodematrapalharainterpretac¸ãodacabec¸a longadobícepsdevidoafluidosqueseestendemparaessa região.Umoutrofatoréqueoposicionamentodopaciente com obrac¸o emrotac¸ãointerna aumentaa dificuldadede avaliarotendão.

Nonossoestudo,osvaloresdesensibilidadereduzidaem pacientescomroturasdemanguitorotadormaioresdoque 3cmindicamqueaslesõesdemaiorgravidadeprovavelmente adicionamdificuldadedediagnosticarlesõesdacabec¸alonga dobíceps.Razmajouetal.9encontraramemseuestudodados semelhantesaesse,mostraramqueagravidadedalesãodo manguitorotadordiminuiasensibilidadedaressonânciapara detectaralesãodobíceps. Nossaanáliseencontrou queas lesõesdemanguitorotadorde maiorgravidade àRM apre-sentammenorsensibilidadeenessescasosaprevalênciadas roturasparciaisdacabec¸alongadobícepsapresentaseumaior valor.Assim,comotambémmostradoemoutrosestudos,a gravidadedadoenc¸adomanguitorotador(retrac¸ãodo ten-dão,atrofiamusculareinfiltrac¸ãodegordura)poderesultar emsubestimac¸ãodalesãodobícepsecontribuirparaasua menorsensibilidade.13

Algumas considerac¸ões devem ser feitas em relac¸ão ao nossoestudo.Elefoianalisadodeformaretrospectiva, apre-sentaasdeficiênciasinerentesataisestudos.Temosaindao fatodequeasressonânciasmagnéticasforaminterpretadas porradiologistasdanossacomunidade,nãonecessariamente treinados parainterpretac¸ãoderessonância musculoesque-lética, muito embora alguns estudos não tenham notado diferenc¸aentreainterpretac¸ãoderadiologistasdomeio aca-dêmicocomosdecomunidade.10Porém,temoscomoponto

forteaamostrasignificativade965pacientes,amaioramostra nesseassuntodasqueconhecemos.1–14

Conclusão

A RM sem contraste apresenta baixa sensibilidade e alta especificidadeparaadetecc¸ãodelesõesparciaisdotendão dacabec¸alongadobíceps.Naslesõesparciaisdemanguito rotador,naslesõescompletaspequenasemédias,menores do que 3cm, bem como nas lesões tipo SLAP, a sensibili-dadedaressonância éumpoucomelhor,masaindaassim muito aquém do desejado. Quanto maior a gravidade da lesãodomanguitorotador,menorasensibilidadedaRMpara odiagnósticodaroturaparcialdotendãodacabec¸alongado bíceps.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresses.

r

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c

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s

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Comocitaresteartigo:NascimentoAT,ClaudioGK.Avaliac¸ãodaressonânciamagnéticasemcontrastecomométodoparadiagnósticodelesões 9. RazmjouH,Fournier-GosselinS,ChristakisM,PenningsA,

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