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EXPERIENCIANDO O ACOLHIMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS NO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA: UM TRABALHO EM GRUPO

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Academic year: 2020

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(1)EXPERIENCIANDO O ACOLHIMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS NO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA: UM TRABALHO EM GRUPO. Gabriele Barrozo Dalcin 1 Luana Farias dos Santos 2 Camila Baldissera 3 Melissa Medeiros Braz 4. Resumo: Introdução:O câncer é um termo genérico para o crescimento celular desordenado e acelerado, que invadem tecidos e órgãos.Uma das modalidades de tratamento é a quimioterapia antineoplásica que pode resultar em efeitos colaterais que se relacionaram: prejuízo nas funções física, emocional, cognitiva e social ao aumento dos sintomas de fadiga, náuseas e vômitos, dor e insônia.O presente projeto busca promover educação em saúde individual e coletiva de pacientes em tratamento de quimioterapia, por meio de atividades físicas, artístico-culturais, educacionais e fisioterapêuticas, com vistas a estimular o enfrentamento da doença e melhor adaptação ao cotidiano, contribuindo para o autocuidado e empoderamento dos pacientes. Metodologia: Trata-se de um projeto de extensão desenvolvido por acadêmicas do curso de fisioterapia, duas mestrandas em reabilitação funcional e uma professora do curso de fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria-UFSM, além de uma fisioterapeuta voluntária. Trata-se de uma ação em saúde, tendo como público alvo pacientes portadores de diversos tipos de câncer, em tratamento quimioterápico ambulatorial, em um hospital referência no tratamento do câncer no centro do estado do Rio Grande do Sul, bem como seus familiares ou cuidadores. As atividades iniciaram no segundo semestre de 2017, ocorrendo semanalmente, durante o turno da manhã, na sala de espera do ambulatório acima referido. A partir do segundo semestre de 2018 iniciou-se uma sequência de atividades com profissionais de diversas áreas, que trouxessem temas pertinentes ao público. O projeto visa proporcionar atividades físicas, artístico-culturais, educacionais e fisioterapêuticas para pacientes submetidos ao tratamento de quimioterapia. No âmbito coletivo são realizados, junto aos pacientes, grupos de promoção da saúde, que utilizarão estratégias de educação em saúde e recursos lúdicos, de forma interativa e dinâmica, a fim de proporcionar momentos de descontração, alegria e bem-estar. Resultados e Discussão: Desenvolveu-se um ambiente de discussão do conhecimento interprofissional tanto para a promoção da saúde dos pacientes quanto para o aperfeiçoamento profissional dos participantes do projeto e com os membros da equipe do Ambulatório de Quimioterapia. Especificamente, foram abordados temas como relaxamento progressivo, náuseas e vômitos, higiene do sono, neuropatia periférica induzida pela quimioterapia, direitos do paciente.

(2) oncológico, saúde bucal no paciente oncológico e aromaterapia. Considerações finais: Observou-se melhora no entrosamento entre os participantes durante e após as atividades, bem como a abordagem multiprofissional com que o grupo se propôs a trabalhar. A fisioterapia contribui de forma eficaz para a melhora da condição de saúde durante a quimioterapia através da orientação e intervenção adequada.. Palavras-chave: quimioterapia; oncologia; acolhimento; grupo. Modalidade de Participação: Pesquisador. EXPERIENCIANDO O ACOLHIMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS NO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA: UM TRABALHO EM GRUPO 1 Outro. gabi.dalcin@gmail.com. Autor principal 2 Mestranda em Reabilitação Neurofuncional. fisioluana7@gmail.com. Co-autor 3 Mestranda em Reabilitação Neurofuncional. caudalcin@gmail.com. Co-autor 4 Docente . brunabrdalcin@gmail.com. Co-orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) EXPERIENCIANDO O ACOLHIMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS NO AMBULATÓRIO DE QUIMIOTERAPIA: UM TRABALHO EM GRUPO 1 INTRODUÇÃO O câncer é um termo genérico para um grupo de mais de 100 doenças que têm como característica comum o crescimento celular desordenado e acelerado, que invadem tecidos e órgãos. As neoplasias malignas se constituem na segunda causa de mortalidade por doenças no Brasil e a estimativa para 2018 é que surjam 600 mil novos casos de câncer no País (INCA, 2017). Relacionando essas questões epidemiológicas ligadas diretamente à morte, e associados as comorbidades como a dor física e a mutilação, a doença vem carregada da ideia de finitude, transformando-se em um verdadeiro tabu, acarretando medos e preconceitos (COSTA; FILHO; SOARES, 2003). Uma das modalidades de tratamento é a quimioterapia antineoplásica que pode resultar em efeitos colaterais, pois utiliza agentes químicos, isolados e em combinação, que atuam de forma sistêmica, com a finalidade de destruir os tumores malignos a partir da ação sobre seu ciclo celular. No entanto, como essas drogas não possuem especificidade, sua ação também recai sobre células saudáveis, causando efeitos adversos, a chamada toxicidade (BONASSA et. al., 2012). Machado e Sawada (2008), avaliaram a qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico com câncer de mama e intestino, resultando em efeitos colaterais que se relacionaram: prejuízo nas funções física, emocional, cognitiva e social ao aumento dos sintomas de fadiga, náuseas e vômitos, dor e insônia. Devido as manifestações complexas que surgem de um paciente oncológico, mostra-se primordial a consideração dos aspectos físicos, psicológicos, sociais, culturais, espirituais e econômicos, ampliando o olhar para a totalidade do ser humano e não somente a técnica envolvida na cura da doença. É adequado a esse contexto de problematização biopsicossocial que o grupo de acolhimento da sala de espera de quimioterapia ambulatorial seja um instrumento fundamental de assistência ao paciente oncológico. A proposta de acolhimento passa pelo processo de produção de saúde possuindo uma abordagem integrativa e de completude universal (COSTA; FILHO; SOARES, 2003). Entre as múltiplas ações de saúde necessárias para propiciar cuidados que privilegiem, dentre outros, os aspectos psicológicos, estão à disponibilidade, a atitude de aceitação e de escuta e a criação e a manutenção de um ambiente terapêutico. (AZAMBUJA et. al., 2007) Mansano-Schlosser e Ceolim (2012) avaliaram a qualidade de vida de 80 pacientes no mesmo cenário, procurando obter subsídios para uma assistência mais completa e humanizada. As autoras verificaram que os domínios mais comprometidos foram o social e o físico, e apontaram a necessidade de os profissionais de saúde estarem atentos para os aspectos que podem influenciá-los. Baseado nessas considerações, este projeto de extensão justifica-se pela importância de sua aplicação, pois na unidade de quimioterapia ainda não existem trabalhos voluntários que contemplem fisioterapeutas. O presente projeto busca promover educação em saúde, atendimento fisioterapêutico realizado pelos alunos do projeto e supervisionados pela coordenadora fisioterapeuta, além de uma fisioterapeuta voluntária. Entre os recursos para o tratamento do câncer, a quimioterapia pode causar efeitos colaterais que muitas vezes dificultam a realização de atividades de vida diárias dos pacientes. Assim, este projeto tem como objetivo promover a saúde individual e coletiva de pacientes em tratamento de quimioterapia, por meio de atividades físicas, artístico-culturais, educacionais e Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) fisioterapêuticas, com vistas a estimular o enfrentamento da doença e melhor adaptação ao cotidiano, contribuindo para o autocuidado e empoderamento dos pacientes. 2 METODOLOGIA O presente trabalho trata-se de um projeto de extensão desenvolvido por acadêmicas do curso de fisioterapia, duas mestrandas em reabilitação funcional e uma professora do curso de fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria-UFSM, além de uma fisioterapeuta voluntária. Trata-se de uma ação em saúde, tendo como público alvo pacientes portadores de diversos tipos de câncer, em tratamento quimioterápico ambulatorial, em um hospital referência no tratamento do câncer no centro do estado do Rio Grande do Sul, bem como seus familiares ou cuidadores. As atividades iniciaram no segundo semestre de 2017, ocorrendo semanalmente, durante o turno da manhã, na sala de espera do ambulatório acima referido. Em cada encontro os profissionais responsáveis abordam temáticas diferentes e pertinentes ao tratamento oncológico e suas implicações, assim como o enfrentamento da patologia. A partir do segundo semestre de 2018 iniciou-se uma sequência de atividades com profissionais de diversas áreas, que trouxessem temas pertinentes ao público. Essa medida de acolhimento e vínculo promove aceitação ao tratamento e favorece a interação entre os pacientes, acadêmicas e profissionais envolvidos. O projeto visa proporcionar atividades físicas, artístico-culturais, educacionais e fisioterapêuticas para pacientes submetidos ao tratamento de quimioterapia. No âmbito coletivo são realizados, junto aos pacientes, grupos de promoção da saúde, que utilizarão estratégias de educação em saúde e recursos lúdicos, de forma interativa e dinâmica, a fim de proporcionar momentos de descontração, alegria e bem-estar. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO Com a execução deste projeto, desenvolveu-se um ambiente de discussão do conhecimento interprofissional tanto para a promoção da saúde dos pacientes quanto para o aperfeiçoamento profissional dos participantes do projeto e com os membros da equipe do Ambulatório de Quimioterapia. Além disso, há a busca constante pelo desenvolvimento da assistência de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, em âmbito individual e coletivo, para que se possa alcançar o máximo de qualidade de vida para essa população. Especificamente, foram abordados temas como relaxamento progressivo com o intuito de controlar a ansiedade e a desesperança em pacientes portadoras de câncer, baseado no estudo de Lopes, Santos e Lopes (2008), pois encontraram resultados mostrando a diminuição tanto da ansiedade quanto da desesperança, o que também tem sido relatado por outros estudos. Os pacientes mostram-se receptivos e interessados em elucidar questões sobre náuseas e vômitos. Um trabalho desenvolvido de forma lúdica e embasado no Consenso Brasileiro de Náuseas e Vômitos (2011), publicado pela Revista Brasileira de Cuidados Paliativos. Outras questões abordadas foram quanto a higiene do sono, a fim de incentivar hábitos de sono adequados, juntamente com abordagens sobre fadiga e técnicas de conservação de energia (LAMINO; MOTA; PIMENTA, 2011). Tendo início através de um teatro elucidativo quanto aos sintomas recorrentes da neuropatia periférica induzida pela quimioterapia e posteriormente realizada uma conversa sobre o tema, a atividade abordou formas de trabalhar a sensibilidade das extremidades dos Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) membros inferiores e superiores, bem como exercícios para desenvolver o equilíbrio. Efeitos colaterais estudados e descritos em seus trabalhos por Martin e Silva (2011) e Driessen et al. (2012). Diante da necessidade em levar ao público alvo maiores informações que dependiam de profissionais que tivessem propriedade em determinado assunto, foi convidado um advogado para GLDORJDU VREUH R WHPD ³'LUHLWRV GR 3DFLHQWH 2QFROyJLFR´ 1D VHTXrQFLD GH FRQYLGDGRV XPD GHQWLVWD HVSHFLDOLVWD QD iUHD RQFROyJLFD DERUGRX D WHPiWLFD ³6D~GH EXFDO QR SDFLHQWH RQFROyJLFR´ $LQGD HVWmR DJHQGDGRV, no cronograma do Grupo Florescer, outros profissionais: nutricionista, farmacêutico, enfermeiro e psicólogo. A aceitação pela população da sala de espera de quimioterapia por esses profissionais foi satisfatória e sanou diversas dúvidas que foram surgindo durante as apresentações. Além disso, os profissionais se mostraram disponíveis para auxiliar de alguma forma os presentes, de forma particular após a apresentação. Através da terapêutica alternativa, foi convidada uma profissional em aromaterapia que abordou a essência de lavanda francesa, que possui propriedades relaxantes. Durante a atividade os pacientes puderam sentir a essência e massagear a palma das mãos de quem estava ao lado. Visando uma melhor qualidade de vida para a população presente no ambulatório de quimioterapia, foram convidados músicos em dias de datas comemorativas e palestrantes que já houvessem passado pelo ambulatório de quimioterapia e trouxessem relatos verdadeiros e de superação. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através das atividades proporcionadas pelo projeto observou-se melhora no entrosamento entre os participantes durante e após as atividades e entre os profissionais envolvidos, bem como a abordagem multiprofissional com que o grupo se propôs a trabalhar. Além disso, constatou-se que a fisioterapia contribui de forma eficaz para a melhora da condição de saúde dos pacientes com câncer durante o tratamento quimioterápico, através da orientação e intervenção adequadas. Por fim, a fisioterapia deve estar presente em todo o processo de reabilitação a fim de evitar a ocorrência de complicações que impliquem na interrupção do tratamento do paciente. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CUIDADOS PALIATIVOS. Consenso Brasileiro de Náuseas e Vômitos em Cuidados Paliativos. Rev Bras Cuid Paliat. 2011. AZAMBUJA, M.P.R. et al. Relato de experiência: o acolhimento em grupo como uma estratégia para a integralidade. Portugal: Psico-USF., 2007. BONASSA, E.M.A et al. Conceitos gerais em quimioterapia antineoplásica. São Paulo: Atheneu, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/>. Acesso em: 13 de abril de 2018. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(6) COSTA C.A.; FILHO W.D.L.; SOARES N.V. Assistência humanizada ao cliente oncológico: reflexões junto à equipe. Brasília: Rev Bras Enferm., 2003. LAMINO, D.A.; MOTA, D.C.F.; PIMENTA, C.A.M. Prevalence and comorbidity of pain and fatigue inwomen with breast cancer. São Paulo: Rev. Esc. Enferm USP, 2011. LOPES, R.F.F.; SANTOS, M.R.; LOPES, E.J. Efeitos do relaxamento sobre a ansiedade e desesperança em mulheres com câncer. Belo Horizonte: Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn., 2008. MACHADO S.M.; SAWADA N.O. Avaliação da qualidade de vida de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico adjuvante. Florianópolis: Texto Contexto Enferm, 2008. MANSANO-SCHLOSSER C.T.; CEOLIM M.S. Qualidade de vida de pacientes com câncer no período de quimioterapia. Florianópolis: Texto Contexto Enferm., 2012.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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