• No se han encontrado resultados

El concepto de

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "El concepto de"

Copied!
7
0
0

Texto completo

(1)

Ca r l o s Arrizabalaga

Re s u m e n

En el marco de la adaptación del léxico patrimonial al espacio americano hay un caso de etimología popular en la denominación de “limón sutil”, extendida en varios países de Sudamérica, que resulta de una mala lectura del gentilicio denominativo “limón ceutí”.

Incorporado al español a través del portugués por el presunto origen magrebí de esta varie­

dad de cítrico, fue sometido a una transformación esporádica en el periodo de floreci­

miento del periodo colonial.

Pa l a b r a s c l a v e: Etimología popular, limón ceutí, fitónimos, americanismos, cambio lingüístico.

Ab s t r a c t

In the framework of adapting Spanish lexicon to the Americas, there is a case of po­

pular etymology in the denomination of key lime as “limón sutil” (literally subtle lime), widespread in several South American countries, which comes from a misinterpretation of the gentilic term “limón ceutí” (lime from Ceuta). Incorporated into Spanish from Portuguese through the presumed Maghrebi origin of this variety of citrus, it underwent sporadic transformation at the height of the colonial period.

Ke y W O R D S : Folk-Etymology, Lime from Ceuta, Phytonyms, Americanisms, Linguistic

Change.

El c o n c e p t o d e etimología p o p u la r f u e a c u ñ a d o p o r E r n s t F ó r s t e m a n n y a d o p t a d o p o r M e y e r-L ü b k e y la l i n g ü ís t i c a h i s t ó r i c a d e la s e g u n d a m i t a d d e l sig lo x ix , d e d o n d e lo t o m a r á R a m ó n M e n é n d e z P id a l y t o d a la l i n g ü í s t i c a h i s p á n i c a (A lo n s o -C o rté s 2 0 0 6 ). P a r a el m a e s t r o d e la F ilo lo g ía e s p a ñ o l a , se t r a t a b á s i c a m e n t e d e u n p r o c e s o p s ic o ló g ic o , u n a

liHIJÏ, 9/2014, pp. 151-157.

(2)

a c tiv id a d c o n s c ie n t e d e l h a b l a n t e q u e d e f o r m a i n e s p e r a d a b u s c a u n a c o n e x i ó n e ti m o l ó g ic a e n t r e d o s t é r m i n o s n o c o g n a d o s , lo q u e p e r m i t e q u e u n a p a l a b r a in llu y a s o b r e o t r a d e b i d o a su s e m e j a n z a f o n é ti c a . I n i c i a lm e n te a d s c r ib e e s te f e n ó m e n o a l m e c a n i s m o d e la a n a l o g í a , a u n ­ q u e c o n el t i e m p o su p e n s a m i e n t o e v o l u c i o n a r á p a r a c o n s i d e r a r q u e e s te y o t r o s casos e s p o r á d i c o s d e l c a m b i o f o n é t i c o se p r o d u c e n s i m p l e m e n t e p o r e r r o r d e i n t e r p r e t a c i ó n l i n g ü ís t i c a . M e n é n d e z P id a l a ñ a d e al c o n ­ c e p t o su f u n c io n a l id a d e n e l c a m p o d e la o n o m á s t i c a y e s p e c i a l m e n t e d e la t o p o n im ia .

El e r r o r lin g ü ís tic o , e n t e n d i d o c o m o “la fa lsa i n t e r p r e t a c i ó n d e los f e n ó m e n o s lin g ü ís tic o s ”, se r e v e la así c o m o u n f a c to r i m p o r t a n t e d e la e v o ­ lu c ió n d e l l e n g u a je y M e n é n d e z P id a l le d e d i c a u n c a p í tu l o e n t e r o d e su fa m o s o M anual de Gramática Histórica a p a r t i r d e la e d i c ió n d e 1925 (1966:

§ 7 2 ). Este p o s tu la d o d e los n e o g r a m á t i c o s , a s u m id o p o r F e r d i n a n d d e S a u s s u re (Díaz H o r m i g o 2 0 0 9 ), h a s id o lu e g o a b o r d a d o p o r o t r o s lin g ü is ­ tas c o m o U llm a n n , W a r t b u r g o B u y ssen s (M illán C h iv ite 1978a: 22-23) y c o n s titu y e u n o d e los f e n ó m e n o s m á s tr a ta d o s p o r la s e m á n t i c a h is tó ric a , p e r o e n estos a ñ o s se r e d e s c u b r e c o n n u e v o s a c e r c a m i e n t o s m e t o d o l ó g i ­ co s q u e to m a n e n c u e n t a n o t a n t o y a el a s p e c to s is tè m ic o s in o la i n d e t e r ­ m i n a c i ó n del c o n t e x to p a r a i n d a g a r , a t e n d i e n d o a fa c to re s s o c io c u ltu ra le s , e n el p a p e l q u e j u e g a la m o t iv a c i ó n e n la c a p a c id a d c r e a tiv a d e l a c to d e h a b l a (G a rcía M a n g a 2004, 2 0 0 6 y 2 0 l l ) 1.

L o s cítrico s (d e l la tín citrus, l i m ó n ) p r o c e d e n to d o s d e l L e ja n o O r i e n t e y se e x t e n d i e r o n a E u r o p a e n la é p o c a d e las C r u z a d a s a u n q u e ya e r a n c o n o c id o s e n é p o c a clásica. A l g u n o s d e sus n o m b r e s h a c e n r e f e r e n c i a a sus lu g a re s d e p r o c e d e n c i a (r e a l o s u p u e s t a ) . Las m andarinas h a c e n re f e ­ r e n c i a e n la h u e l l a d e su n o m b r e a e s e o r ig e n ta n d is ta n te . D e la c i u d a d d e T á n g e r t o m ó su n o m b r e la tangerina. Los n o m b r e s d e l naranjo, la toron­

ja y la lima v iajaro n c o n la f r u t a d e s d e el s á n sc rito al p e r s a y d e a h í al á r a b e a n t e s d e d ifu n d irs e e n las l e n g u a s o c c id e n ta le s .

E n b u e n a p a r te d e S u d a m é r i c a se d e n o m i n a limón sutil o s i m p l e m e n t e limón, a u n a v a r ie d a d cuyo n o m b r e o r i g i n a r io e r a limón ceutí, p o r a t r i b u ­ c ió n d e su o r ig e n a la c i u d a d d e C e u t a 2, te s tim o n ia d o ya e n La lozana anda­

luza d e F ra n c isc o D e lic a d o (1 5 2 8 ) : “p e p ito r ia s y c a b r ito a p e d r e a d o c o n l i m ó n c e u t í ” (1994: 178). El l i m ó n c o m ú n e n las r e g io n e s m á s t e m p l a d a s se d e n o m i n a e n P e rú , p a r a d i f e r e n c i a r l o d e l p r i m e r o , limón dulce (U g a r t e 1997: 277) o limón real, e n E c u a d o r (T o s c a n o M a te u s 1953: 1 3 8 ), y limón grande o de ombligo e n P a ra g u a y ( G u a s c h 1961: 3 0 9 ). E n la p r o v in c ia d e

1 Sobre el c o n c e p to m ism o d e m o tivación lingüística véanse tam bién P en a d é s y Díaz H o r m ig o (2 0 0 8 ).

2 “Lim ón p e q u e ñ o q ue se truxo d e C e u ta ”, d e c ía Covarrubias (1994: 7 6 7 ).

(3)

M isio n e s, e n A r g e n tin a , h a y l i m ó n su til q u e c r e c e c o m o á r b o l silv estre y es m u y a p r e c i a d o p o r los h a b i t a n t e s d e la selva (G r ü n w a ld 1977: 5 9 ).

Se c o m e rc ia liz a e n E u r o p a c o n v a rio s n o m b r e s , c o m o e l d e lima o limón verde, pequeño o chico. S u n o m b r e c ie n tífic o es citrus aurantifolia, y c r e c e d e m a n e r a silvestre e n lo s valles c á lid o s d e los H im a la y a s h a s t a lo s 1200 m e t r o s d e a ltitu d , d e d o n d e es o r ig in a r io .

L a d e n o m i n a c i ó n d e su til se e x t i e n d e , s e g ú n s e ñ a la e l Diccionario de americanismos sin i n t e r r u p c i ó n d e s d e C o l o m b i a h a s ta C h i le y e l n o r t e d e A r g e n t i n a a b a r c a n d o E c u a d o r , P e r ú , B olivia y P a ra g u a y (2 0 1 0 : 1 2 9 1 ).

E n M éx ico y C e n t r o a m é r i c a se d e n o m i n a g e n e r a l m e n t e limón verde, limón criollo, o ta m b ié n limón de Florida. E n la F lorida, a su vez, se d e n o m i n a limón criollo y, e n inglés, Key lime, a u n q u e el n o m b r e m ás c o m ú n q u e re c ib e e n E stad o s U n id o s es e l d e M exican lime. E n P a ra g u a y se d e n o m i n a ta m b i é n limasutí, q u e es la f o r m a r e t o r n a d a al c a s te lla n o d e s d e el g u a r a n í , c o m o a d a p ta c ió n fo n é tic a d e ceutí (G u a s c h 1961: 309 y 58 7). N o f i g u r a b a e n e l t e m p r a n o v o c a b u la rio g u a r a n í d e A n to n io Ruiz d e M o n to y a (1 6 3 9 ). S in d u d a el adjetivo sutil se g e n e r ó p o r e tim o lo g ía p o p u l a r p r o v o c a d a p o r la o p a c id a d d e l g en tilicio y div erso s fa c to re s e s p e c ia lm e n te s e m á n tic o s q u e tra ­ t a r é d e e x p lic a r a c o n tin u a c ió n . N o es, p o r s u p u e s to , e l ú n i c o caso d e c a m ­ b io f o n é tic o d e b id o a la e s p o n t á n e a a s o c ia c ió n d e u n t é r m i n o c o n u n a e ti­

m o lo g ía in fu n d a d a , p e r o tal vez s ea el q u e m á s p ro y e c c ió n h a t e n i d o e n e s p a ñ o l a m e r i c a n o 3.

El p r i m e r re g is tro le x ic o g r á fic o d e limón sutil es el d e A l e j a n d r o M a te u s e n E c u a d o r (1933: 55 y 2 2 7 ). G e r m á n d e G r a n d a lo m e n c i o n a e n su e s t u ­ d io d e los a r c a ís m o s léx ic o s d e l P a ra g u a y (1989-1993: 2 8 4 ). B o y d B o w m a n r e c o g e los te s tim o n io s d e “li m o n e s r o m a n o s y g e u tíe s ” y d e “l i m o n e s s o tís ” e n M é x ic o y V e n e z u e la (1971: 8 7 8 ). L a f o r m a q u e a d o p t a e n e s te s e g u n d o t e s t i m o n io n o p a r e c e h a b e r t e n i d o m a y o r t r a s c e n d e n c ia , p e r o o f r e c e o t r o i n d ic io d e q u e la d e n o m i n a c i ó n r e s u lta b a ya o p a c a p a r a los h a b i t a n t e s d e estas tie rra s.

E n e l c a m b io f o n é ti c o p u d o i n f l u i r la e x is te n c ia d e los d e r iv a d o s cetil y cetís c o n q u e se d e s i g n a b a c ie r t a m o n e d a a c u ñ a d a d u r a n t e m á s d e u n siglo, al p a r e c e r, e n m e m o r i a d e la t o m a d e C e u t a p o r los p o r t u g u e s e s (1 4 1 5 ) , c o r r i e n t e e n C astilla d u r a n t e e l siglo XVI y q u e valía la t e r c e r a p a r t e d e u n a b l a n c a ( C o r r ie n t e 1999: 2 7 9 ) 4.

3 O tro e je m p lo d e e tim o lo g ía popular tam b ién citado por Charles E. Kany es resondrar, q u e habría resultado d e u n a metátesis por la in te rfer en cia d e deshonrar sobre la base d e l ya a rcaico rezongar (Kany 1960: 247).

4 En la Descripción d e P e d r o d e L e ó n P ortocarrero ap arece “outros lim ó e s se n tile s” (2009: 163), p ero d e b e tratarse d e u n a m ala transcripción por seutiles. D e h e c h o el editor m arca el té r m in o c o n u n s ig n o d e interrogación. El m anuscrito original se con se rva e n la B iblioteca N acio n a l d e París. D a d o a c o n o c e r por Riva-Agüero e n 1914, p arece ser u n a co p ia h e c h a e n el m ism o sig lo xvn del t e x to origi­

nal, redactado por el j u d ío p o rtug u és, c o m o d em o stró L o h m a n n Villena, hacia 1620 (Palacios, 2012:

43-45).

(4)

L a d if u s ió n d e los lim o n e s e n el P e r ú fu e b a s t a n t e t e m p r a n a y lle g ó c o n el n o m b r e q u e h a c e r e f e r e n c i a a su p r o c e d e n c i a , c o m o lo m u e s t r a el tes­

ti m o n i o d e l p a d r e j e s u i t a B e r n a b é C o b o , p o r e j e m p l o c u a n d o c o m p a r a la c á s c a r a d e la p a lta , y d ic e q u e es “d e l g a d a , t i e r n a y c o r r e o s a m ás q u e la d e l li m ó n ceutí' (C o b o 1891: 1 9). Y b i e n a d e l a n t e d e c l a r a la f e c h a d e su i n t r o ­ d u c c i ó n al P e rú :

Cuando yo entré en Lima no había en ella ni en todo este reino limones dulces, pero ya los hay de veinte años a esta parte, así de los grandes, llamados limones reales, como limones ceutíes; y cada día va creciendo su abundancia (Cobo 1891, II: 3 9 8 )\

L a m a y o ría d e los c ro n is ta s n o s o n ta n e x p líc ito s y a m e n u d o h a b la n , e n g e n e r a l , d e las fru ta s d e C astilla: “t i e n e n m u c h a s h u e r ta s , c o n m u c h o m e m b r illo , m a n z a n a , c a m u e s a , n a r a n j a s , lim a s, olivos q u e llevan m u c h a y m u y b u e n a a c e i t u n a ” (L iz á rra g a 1987: 7 2 ) 6. L a e t i m o l o g ía p o p u l a r ya se h a b í a le x ic a liz a d o p a r a el siglo x v i i i e n q u e el p a d r e M o lin a lo d e s c r ib e e n C h ile y A n t o n i o d e U llo a lo a u t o r i z a c o m o i n g r e d i e n t e d e r e m e d i o s m e d i ­ c in a le s e n la re g ió n :

además de los qnales cultivan ciertos limoncillos redondos, poco mayores que una nuez, agrios sobre manera, llamados limones sutiles (Molina 1788: 211)

es indefectible su cura, y esta, muy violenta por reducirse sus medicamentos á limón sutil, mondado hasta descubrir su jugo, pólvora, ají o pimiento molido (Ulloa [1748]

1990: 366).

E n t r e los f a c to re s s e m á n tic o s q u e e x p l i c a n e s t a e tim o lo g ía p o p u la r, h a b r í a q u e c o n s i d e r a r e n p r i m e r l u g a r el e m p l e o m e d i c i n a l q u e facilitó la a t r i b u c ió n d e u n a c a ra c te rís tic a c u ra tiv a , ya t e s t i m o n i a d o e n el e j e m p l o d e U llo a y q u e p o d r í a e je m p lific a rs e c o n o t r o s m u c h o s te s tim o n io s h a s ta t ie m p o s m u y r e c ie n te s . B aste m e n c i o n a r e s te e j e m p l o d e l fo lc lo rista J o r g e Lira:

Este es el medio de su preparación: prim ero recoger las almendras del durazno y moler como un llatán, una vez que esté bien molido sáquese a un depósito y agregue nueve gotas de limón sutil, una cucharadilla de esencia de rosa, una copa de benjuí y la crema cruda de la leche de vaca (1985: 110)7.

5 D e paso q ue el padre C obo está d a n d o te stim o n io d e q u e ya p o r e n t o n c e s se usaba el térm in o d e “lim o n e s d u lces” a u n q u e no para referirse c o m o a h ora a los lim o n e s amarillos, q u e d e n o m in a

“lim o n e s reales”, sino a las limas, q ue en varias r e g io n e s se sigu en d e n o m in a n d o d e esa m anera. Los testim o n io s de C o b o y de La lozana a n d a lu za se registran e n el CORDE.

6 M urúa señala: “todas las d iferencias de frutas, q ue d e España se han traído y trasplantado a este reino, se dan ab u n dan tísim am ente por to d o s los lla n o s” (1987: 4 6 2 ).

7 El llatán es una salsa picante d e rocoto. El padre Lira (1946) n o s o frece otro eje m p lo tam bién registrado en CREA: “En seguida q u e to m e m ate, o sea in fu sió n d e uhutilla, hojas d e kkalawala (plan­

ta polipodiácea, a strin g en te), villagra, matiku (plan ta p ip erá cea ), su tu m a d e flor colorada, la flor lla­

m ada “Esputo d e la V ir g e n ” (M am anchispa thokkaynin) y can ela. A hí se le añade 12 pasas m ollar y un lim ó n sutil, para q u e hierva cáscara y t o d o ” (Lira 1985: 106).

(5)

E n e l p l a n o f o n é ti c o es c la ra la p a r o n o m a s i a q u e r e d u c e el d i p t o n g o y p a r e c e r e p o n e r , tal vez a p o y a d o p o r el m e c a n i s m o d e la u l t r a c o r r e c c i ó n , u n a c o n s o n a n t e l í q u i d a fin a l q u e e n los d ia l e c t o s d e la c o s ta d e l P acífic o s u r p u e d e f á c i l m e n t e d e b ilita rs e y h a s ta e l id ir s e ( T o s c a n o M a te u s 1953:

114). E n E c u a d o r se h a s e ñ a la d o e l c a m b io a c e n t u a l q u e d e v ie n e e n sutil (T o s c a n o M a te u s 1953: 138) y R an y i n t e r p r e t ó c o m o u n a in f l u e n c ia o i n t e r f e r e n c i a f o n é ti c a d e ú til (1960: 2 4 7 ). A p r o p ó s i t o e l e c u a t o r i a n o A l e ja n d r o M a te u s c e n s u r a b a el t é r m i n o c o n in s i s t e n c i a (1933: 55 y 2 2 7 ), p e r o n o a l c a n z a r ía n i n g ú n é x ito al d e n u n c i a r e s te y o t r o s m u c h o s “p r o ­ v in c ia lis m o s ”, d a d o q u e la n u e v a d e n o m i n a c i ó n ya se h a b í a g e n e r a liz a d o e n el v o c a b u l a r i o d e l e s p a ñ o l s u d a m e r i c a n o .

R e c ib ió e l n o m b r e d e limón ceutí - c o m o se h a d i c h o - e n r e f e r e n c i a a la c i u d a d d e C e u ta , p o s e s ió n p o r t u g u e s a d e s d e fin a le s d e la E d a d M e d ia y e s p a ñ o la d e s d e e l xvii, p e r o e n c la v a d a e n el e x t r e m o s e p t e n t r i o n a l d e l c o n t i n e n t e a f r i c a n o 8. E n el p l a n o c o n te x tu a l, r e s u l t a b a p u e s b a s t a n t e evi­

d e n t e q u e la le ja n ía h a c í a difícil c o m p r e n d e r el s e n t i d o d e l g e n tilic io , q u e se p r e s e n t a a d e m á s c o n sufijo re la c io n a l, p o r c ie r to , d e c la r o o r i g e n se m í­

tico: ceutí, israelí, marroquí, bengalí..., u s a d o e n r e f e r e n c i a a m u y p o c o s to p ó ­ n im o s p e n i n s u l a r e s (a lo d e M a r b e lla se le d i c e marbellí), p e r o q u e n o h a te n i d o n i n g ú n e m p l e o e n el e s p a c io g e o g r á f ic o h i s p a n o a m e r i c a n o .

El i n t e r é s p a r t i c u l a r d e limón sutil, f r e n t e a e t i m o l o g í a s p o p u l a r e s b ie n c o n o c i d a s c o m o m andarina o vagam undo ( M e n é n d e z P id a l 1966:

2 6 ), y las q u e M illá n C h iv ite d o c u m e n t ó e n A n d a lu c í a : morumento, mira­

sol, testaduro, etc . (1 9 7 8 a: 28, 45, 4 7 ), es q u e e n e s t e c a s o se d e m u e s t r a c ó m o l a d i s t a n c i a d e l c e n t r o n o r m a t i v o e s t a b l e c e u n r é g i m e n d e a u t o ­ n o m í a q u e a n u l a la c a p a c i d a d d e r e p o n e r la f o r m a c o r r e c t a y p e r m i t e q u e e l e r r o r q u e e s t á e n la b a s e d e l c a m b i o p r o s p e r e y s u p l a n t e to ta l­

m e n t e la f o r m a o r i g i n a l . L a e v o lu c ió n p u d o s e r lim ón ceutí > limón sotís >

liman sotil > limón sutil, a u n q u e la t e r c e r a d e las f o r m a s n o se h a p o d i d o r e g is t r a r y d e t o d o s m o d o s p a r e c e m á s p l a u s i b l e q u e la a l t e r a c i ó n h a y a sid o e s p o r á d i c a y se h a y a p r o d u c i d o sin f o r m a s i n t e r m e d i a s d a d a la e s c a ­ sa p r e s e n c i a d e sotís f r e n t e a las varias o c u r r e n c i a s d e sutil. S o lo e n E c u a d o r se h a p r o d u c i d o u n a a l t e r a c i ó n u l t e r i o r h a c i a su til p o r i n t e r f e ­ r e n c i a c o n ú til y su c o n t r a r i o inútil.

E n e s te f e n ó m e n o es b ie n p o sib le , f i n a l m e n t e , c o m p r o b a r q u e el c a m ­ b io se p r o d u c e p o r la c a p a c id a d n o s i e m p r e c o n s c i e n t e d e los h a b l a n te s n o so lo d e a n a liz a r la f o r m a y el c o n t e n i d o s e m á n t i c o d e los v o c a b lo s sin o ta m b i é n d e a t r i b u i r e s a f o r m a y c o n t e n i d o a u n a m o tiv a c ió n q u e n o s ie m ­ p r e es la q u e le c o r r e s p o n d e h i s t ó r i c a m e n te , p e r o q u e re s u lta p la u s ib le p a r a la im a g in a c ió n d e los h a b l a n te s y c o n v e n i e n t e p a r a sus n e c e s id a d e s

8 Este d e ta lle ha d a d o un arg u m en to a favor de los q u e su p o n e n un o r ig e n m arroquí al cebiche, y n o son p o c o s los q u e o p in a n e n un se ntid o o e n otro tanto e n la p ren sa c o m o e n Internet.

(6)

e x p r e s i v a s ; e n e s t e c a s o e n p a r t i c u l a r , l a a t r i b u c i ó n d e p r o p i e d a d e s c u r a t i ­ v a s a u n a v a r i e d a d d e f r u t a .

Re f e r e n c ia s b ib l io g r á fic a s

A l o n s o - C o r t é s M a n t e c a , Á n g e l (2006): “De los neogram áticos al tradiciona­

lismo: evolución del p en sam ien to lingüístico de Ram ón M en én d ez Pidal (1904- 1940)”, Zeitschrift fü r romanische Phüologie, 122 (4), 688-705.

A s o c i a c i ó n d e A c a d e m i a s d e l a L e n g u a E s p a ñ o l a (2010): Diccionario de ameri­

canismos, Lima: Santillana.

B o y d B o w m a n , P e t e r (1971): Léxico hispanoamericano del. siglo xvi, L o n d r e s : T a m e s i s B o o k s.

C o b o , B e r n a b é (1891): Historia del Nuevo Mundo, publicada por primera vez con notas y otras ilustraciones de D. Marcos Jiménez, de la Espada, Sevilla: Sociedad de Bibliógrafos Andaluces.

C o r r i e n t e , F e d e r i c o (1999): Diccionario de arabismos y voces afines en Iberorro- mance, Madrid: Credos.

C o v a rru B IA S O r o z c o , S e b a s t i á n DE (1994 [1611]): Tesoro de la lengua castellana o española. Edición de Felipe C . R. M aldonado, revisada p o r M anuel C am arero.

Madrid: Castalia.

D e l i c a d o , F r a n c i s c o (1994 [1528]): La lozana andaluza. Edición de Claude Allaigre. Madrid: Cátedra.

D í a z H o r m i g o , M a T. (2009): “E n to rn o a la teoría saussureana de la motiva­

ción lingüística”, Estudios de Lingüística. Universidad de Alicante, 23, pp. 73 97.

G a r c í a M a n g a , M - del C. (2004) : “Criterios metodológicos en el análisis de la eti­

mología popular”, en M . Villayandre Llamazares (ed.) (2004). Actas del V Qmgreso de Lingüística General, León, 5-8 de marzo de 2002, Madrid: A rco/Libros, voi. 2, 1201-1212.

— (2006): “La etim ología p o p u la r en su contexto: en to rn o a los factores que favorecen su aparición”, en M. L. C alero Vaquera, F. O suna G arcía y A. Z am orano Aguilar (coords.), Studia linguistica et philologica in rnemoriarn Feliciano Delgado

(1926-2004), C órdoba: U niversidad d e C órdoba, 101-110.

— (2011): “La creación discursiva d e etim ologism os b asada en aspectos so­

cio-culturales”, Linred: Lingüística en la Red. 9. D isponible en <h ttp ://w w w . lin re d .e s/a rtic u lo s_ p d f/L R _ a rtic u Io _ 3 0 102011-2. p d f>.

G r a n d a , G e r m á n d e (1989-1993): “Estudios lingüísticos sobre el español paraguayo”, en Estudios Paraguayos. Revista de la Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunáón, 17 (1-2): 169-322.

G u a s c h , A n t o n i o (1961): Diccionario Castellano-Guaraní y Guaraní-Castellano.

Sintáctico, Fraseológico, Ideológico, A sunción/Sevilla: Ediciones Loyola, 4a ed.

G r l j n w a l d , G u i l l e r m o K. (1977): Diccionario etimológico-lingüístico de Misiones, Posadas: Editorial P uente

H e r r e r o R u i z d e L o i z a g a , F. J . (2000): “La etim ología popular: problem as y límites”, en M. M artínez H e rn án d e z et al. (eds.), Cien años de investigación semánti­

ca: de Michel Bréal a la actualidad. Actas del Congreso Internacional de Semántica, Madrid: Ediciones Clásicas, I: 511-528.

K an y , C h a r l e s E. (1960): Spanish American Semantics, Berkeley: University of C alifornia Press.

(7)

L e ó n P o r t o c a r r i - . r o , P ed ro de (2009), Descripción del virreinato del Perú.

E dición d e E d u ard o H uarag Alvarez. Lim a: U niversidad R icardo Palm a, 2009.

L i z á r r a g a , R e g i n a l d o d e (1987): Descripción del Perú, Tucumán, Río de la Plata y Chile. Edición de M. Ballesteros. M adrid: H istoria 16.

L i r a , Jo rg e A. (1985): Medicina andina. Farmacopea y rituales. Cuzco: C entro de Estudios Regionales A ndinos B artolom é d e las Casas.

M a t e u s , A l e j a n d r o (1933): Riqueza de la lengua castellana y provincialismos ecua­

torianos. Quito: Editorial Ecuatoriana.

MENÉNDEZ P i d a l , R a m ó n (1968): M anual de Gramática Histórica Española, M adrid: Espasa-Calpe.

M i l l á n C h i v i t e , F e r n a n d o (1978a): “Etimologías populares e n A ndalucía occidental y Badajoz. Reflexiones fren te a u n a ex p erien cia”, Cauce, 1: 21-54.

— (1978b): “Proceso de acom odaciones léxicas e n la etim ología p o p u lar (Sobre u n a docum entación de la A ndalucía occidental y B adajoz)”, Archivo Hispalense, 188: 53-75.

M o l i n a , J u a n I g n a c i o (1788). Compendio de la historia geográfica, natural y civil del Reyno de Chile. T raducción d e d o m in g o Jo sep h de A rguelada y M endoza.

M adrid: A ntonio de Sancha.

M u r Ú a , M a r t í n d e (1987): Historia general del Perú. Edición d e M anuel Ballesteros. Madrid: Historia 16.

P a l a c i o s R o a , A l f r e d o (2912): “P ed ro de León P orto carrero y su Descripáón del Reino de Chile”, Temas americanistas, 28, 2012: 42-51.

P e n a d é s M a r t í n e z , I. y D í a z H o r m i g o , M- T. (2008): “Hacia la n o ción lingüís­

tica de m otivación”, en Ma Alvarez d e La G ranja (ed.), Lenguaje figurado y motiva­

ción. Una perspectiva desde la fraseología, F rankfurt am Main: Peter Lang, 51-68.

T o s c a n o M a t e u s , H u m b e r t o (1953): El español en el Ecuador, M adrid: C onsejo S uperior de Investigaciones Científicas.

U g a r t e C h a m o r r o , M i g u e l A n g e l (1997): Vocabulario de peruanismos, L i m a : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l M a y o r d e S a n M a r c o s .

U l l o a , A n t o n i o d e ([1748] 1990): Viaje al reino del Perú, M adrid: H istoria 16.

Referencias

Documento similar

Products Management Services (PMS) - Implementation of International Organization for Standardization (ISO) standards for the identification of medicinal products (IDMP) in

This section provides guidance with examples on encoding medicinal product packaging information, together with the relationship between Pack Size, Package Item (container)

No había pasado un día desde mi solemne entrada cuando, para que el recuerdo me sirviera de advertencia, alguien se encargó de decirme que sobre aquellas losas habían rodado

E Clamades andaua sienpre sobre el caua- 11o de madera, y en poco tienpo fue tan lexos, que el no sabia en donde estaña; pero el tomo muy gran esfuergo en si, y pensó yendo assi

[r]

SVP, EXECUTIVE CREATIVE DIRECTOR JACK MORTON

Social Media, Email Marketing, Workflows, Smart CTA’s, Video Marketing. Blog, Social Media, SEO, SEM, Mobile Marketing,

Por eso, el pasado de la Historia aparece más claro y estructurado que cuando fue presente, ya que el esfuerzo del historiador consiste, justamente, en