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RECONHECENDO A FEIRA E OS FEIRANTES DO MUNICÍPIO DE ITAQUI/RS

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Academic year: 2020

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(1)RECONHECENDO A FEIRA E OS FEIRANTES DO MUNICÍPIO DE ITAQUI/RS. Lauriane Romero 1 Stefani Flores Pires 2 Laura Morales Veiga 3 Nádia Rosana Fernandes de Oliveira 4. Resumo:.

(2) Historicamente a Agricultura Familiar (AF) tem sido estudada por autores em diversos temas e sobre o tema da alimentação. O reconhecimento da importância desse tema também teve apoio pela ONU/FAO, que no ano de 2014 a Organização das Nações Unidas escolheu como tema a AF. Constituíram sujeitos de estudo os feirantes que estavam comercializando seus produtos na feira que ocorre mensalmente no município de Itaqui/RS.Para a produção de dados foi utilizado o caderno de campo, além de observação do cenário, das práticas de comercialização realizadas, investigou-se, por meio de entrevista individual, questões sobre o local de moradia dos feirantes, o tempo e os modos de trabalho nas feiras. Em um segundo momento, foi realizado o mapeamento das feiras e feirantes que se iniciou pelo contato junto à Secretaria Municipal de Agricultura e a EMATER. Foram identificados oito estandes de agricultores familiares comercializando seus produtos na Feira da AF. As variáveis sexo, tempo de feira e tipo de produção. Na variável sexo o maior número de feirantes que estavam comercializando na feira eram mulheres. Na variável tempo de feira a maioria dos feirantes tem mais de quinze anos de participação em feiras. Sobre o tipo de produção realizado pelos feirantes, ressalta-se a presença da produção familiar, a qual a maioria produz os alimentos e produtos alimentares que são comercializados com a presença dos integrantes da família. Os alimentos e produtos alimentares comercializados na feira, no momento da observação foi possível observar que há pouca variedade de produtos. Os panificados comercializados são de uma agroindústria que abriu a dois anos atrás e está se inserindo aos poucos no mercado de panificações. As frutas comercializadas são apenas frutas da época em que a feira aconteceu, Feirantes relataram quem são as frutíferas que mais produzem, sendo assim se torna possível trazer para o comércio.Os legumes, tubérculos, raízes e verduras também apresentam pouca diversidade entre os feirantes participantes. Este trabalho é fruto de Projeto de Extensão que atualmente está em andamento,A presença da mulher na agricultura é papel de grande importância desde a mão de obra à produção de produtos alimentícios gerando economia e autonomia para a família. A feira que está ocorrendo uma vez ao mês pode fazer com que a variedade de produtos aumente, fazendo com que os agricultores identifiquem fortaleçam as redes de produção e comercialização, permitindo alcance à assistência técnica qualificada, e potencializando a diversidade de alimentos comercializados.. Palavras-chave: Feira, feirantes, Agricultura Familiar. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. RECONHECENDO A FEIRA E OS FEIRANTES DO MUNICÍPIO DE ITAQUI/RS 1 Aluno de graduação. laurianeromero97@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de Graduação. stefanifp1496@gmail.com. Co-autor 3 Aluno de Graduação. lauramoralesveiga@gmail.com. Co-autor 4 Docente. nadia.rfo@gmail.com. Orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) RECONHECENDO A FEIRA E OS FEIRANTES DO MUNÍCIPIO DE ITAQUI/RS 1 INTRODUÇÃO Historicamente a Agricultura Familiar (AF) tem sido estudada por autores em diversos temas e sobre o tema da alimentação, autores como Picolloto (2011), Schneider (2003) e entre outros. O reconhecimento da importância desse tema também teve apoio pela ONU/FAO, que no ano de 2014 a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu como tema a AF. Após este acontecimento, leituras, releituras, debates e também homenagens por parte de instituições indiretas ou diretas aumentou (EMBRAPA, 2014). No Rio Grande do Sul após análises feitas sobre o processo de constituição da agricultura de base familiar, concluiu-se que foram cinco principais origens. Primeiro, a contribuição indígena da por alguns grupos presentes no sul do país, em segundo, agricultores pobres que vinham das áreas de domínio português, em terceiro, os negros (descendentes de escravos), em quarto, os caboclos miscigenados (brancos, índios e negros) e por fim os colonos (PICOLOTTO, 2011). O trabalho do agricultor é produtivo para a comercialização, mas também é algo com muitos sentidos e significados que caracterizam a sua identidade social como agricultor familiar, a sua analogia está relacionada ao saber-se histórico que é passado de geração em geração que embasa a produção para o próprio consumo (GAZOLLA et al., 2007). Para a agricultura familiar o canal mais importante de distribuição são as feiras, que ajudam a viabilizar a comercialização diretamente entre quem produz e quem comercializa. As feiras tornam possível a distribuição de produtos com diferentes regularidades de oferta e com a singularidade na padronização de produtos. As feiras também apresentam o potencial de gerar mais satisfação na compra de produtos in natura e preparações de modo artesanal (COSTA et al., 2011). Sendo assim, este trabalho tem por objetivo identificar os feirantes e os alimentos comercializados na feira da Agricultura Familiar do munícipio de Itaqui/RS. Sendo assim também investigar o tempo que estão comercializando em feiras e após este primeiro contato fazer um mapeamento das feiras da AF presentes no munícipio. 2 METODOLOGIA Este trabalho fez parte de um projeto de extensão, de abordagem qualitativa, intitulado ³Dia de feira: (re) conhecimento do ambiente alimentar a partir das feiras da agricultura IDPLOLDU GH ,WDTXL 56´. Aqui estão apresentados dados inicias do projeto. Constituíram sujeitos de estudo os feirantes que estavam comercializando seus produtos na feira que ocorre mensalmente no munícipio de Itaqui/RS e que são identificados enquanto agricultores familiares pelo cadastro da Secretaria Municipal de Agricultura. A primeira aproximação com os feirantes na Feira da Agricultura Familiar aconteceu no dia 07 de julho de 2018 pela parte da manhã na Casa do Agricultor. Para a produção de dados foi utilizado o caderno de campo, que é instrumento de apoio para a documentação das observações realizadas. Além de observação do cenário, das práticas de comercialização realizadas pelos sujeitos de estudo, investigou-se, por meio de entrevista individual, questões sobre o local de moradia dos feirantes, o tempo e os modos de trabalho nas feiras. Em um segundo momento, após a realização da feira e com uma data já programada, foi realizado o mapeamento das feiras e feirantes que se iniciou pelo contato junto à Secretaria Municipal de Agricultura e à Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER). O mapeamento consistiu em identificar os dias e a periodicidade de realização de feiras, o número de feirantes envolvidos, bem como os locais de comercialização distribuídos no município. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO Os resultados apresentados abaixo são dados preliminares de uma pesquisa maior que está em andamento. Foram identificados oito estandes de agricultores familiares comercializando seus produtos na Feira da Agricultura Familiar. Na figura 1 estão representadas as variáveis sexo, tempo de feira e tipo de produção. Na variável sexo o maior número de feirantes que estavam comercializando na feira eram mulheres. As mulheres segundo Karan (2004), para a produção no campo tem sido precursora dentro da unidade familiar, assumindo os desafios de começar algo novo, ao mesmo tempo em que desafia a produção convencional ao pôr em prática saberes adquiridos com outras gerações. Figura 1. Dados de identificação dos agricultores familiares durante a comercialização da Feira da Agricultura Familiar, Itaqui, 2018. Variáveis Sexo Mulheres Homens Tempo de feira Menos de 2 anos Mais de 15 anos Produção Individual Familiar. n 8 2 2 5 1 7. A presença da mulher na agricultura e nos processos comercialização, como as feiras, não se identifica apenas por busca de renda, mas também como arepresentação social de pertencimento a um espaço de fortalecimento das relações de produção familiar, das relações de saúde e convivência social, além da criação de um espaço social próprio formando valores, sociais e simbólicos, que também resultam em economia, que pode possibilitar autonomia para as mulheres camponesas (SOUZA et al., 2016). Na variável tempo de feira a maioria dos feirantes tem mais de quinze anos de participação em feiras. Pode-se dizer que as feiras representam um dos modos de comercialização de produtos da AF mais antigos. Ainda que com o passar do tempo as feiras livres tiveram seu espaço reduzido pelo crescimento de outros canais de comercialização, como os supermercados, observa-se que, ainda hoje, este canal desempenha um papel fundamental na consolidação econômica e social da agricultura familiar, sob a perspectiva do feirante, e socioeconômico cultural, sob a perspectiva do consumidor (GODOY et al., 2007). Sobre o tipo de produção realizado pelos feirantes, ressalta-se a presença da produção familiar, a qual a maioria produz os alimentos e produtos alimentares que são comercializados com a presença dos integrantes da família (companheiro e filhos). Apenas uma agricultora relatou estar trabalhando sozinha atualmente, porém destaca, que sempre trabalhou junto ao Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) esposo e filhos na agricultura, e que atualmente com os dois já falecidos, ela seguiu o trabalho no campo e a comercialização em feiras. De maneira global, não há uma definição geral sobre a AF, e em diversos países a definição e conceito é bastante amplo referido a tamanho de propriedades, renda e produção, sendo que o principal referencial diz respeito apenas à sua condução, estritamente familiar (EMBRAPA, 2014). No quadro 1 estão identificados os alimentos e produtos alimentares comercializados na feira, no momento da observação foi possível observar que há pouca variedade de produtos. Os panificados comercializados são de uma agroindústria que abriu a dois anos atrás e está se inserindo aos poucos no mercado de panificações, porém antes mesmo, os proprietários já eram agricultores familiar e já estavam presentes nas feiras Quadro 1. Alimentos e produtos alimentares comercializados na Feira da Agricultura Familiar, Itaqui, 2018. Abacate, bergamota e laranjas. Frutas Panificados. Pão, broas, biscoitos e pasteis assados. Legumes, tubérculos, raízes e Alfaces, rúcula, cebolinha, salsinha, couve, mandioca e batata doce verduras . As frutas comercializadas são apenas frutas da época em que a feira aconteceu, Feirantes relataram quem são as frutíferas que mais produzem, sendo assim se torna possível trazer para o comércio. Quando questionados sobre venda de outras frutas eles relataram problemas com a temperatura, estação e outras situações climáticas. Os legumes, tubérculos, raízes e verduras também apresentam pouca diversidade entre os feirantes participantes. No entanto, são mais diversificados que as frutas, podendo ser levado em consideração o menor de tempo para que ocorra a colheita e mais fácil produção. O Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014) aponta que a produção de alimentos in natura ou minimamente processados não é feito em grandes indústrias e sim por agricultores familiares ou industrias locais, que utilizam de técnicas tradicionais e eficazes de cultivo e manejo do solo, usando o uso intensivo de mão de obra, no cultivo ligado de vários alimentos combinado á criação de animais, no processamento mínimo dos alimentos que é realizado pelos próprios agricultores ou pela industrias locais e que comercializam por uma rede que é integrada por mercados, pequenos comerciantes e feiras. Em um segundo momento após a realização da feira foi realizado o mapeamento das feiras e feirantes que se iniciou pelo contato junto a Secretaria Municipal de Agricultura e EMATER. Este mapeamento resultou na identificação dos locais de feiras que ocorrem no munícipio. Atualmente ocorrem seis feiras semanais, em seis diferentes bairros do município. Os feirantes são divididos em dois grupos e mudam se local de feira quinzenalmente, seus produtos são trazidos, desde suas residências, pelo transporte da Secretaria Municipal de Agricultura. Para a AF o canal mais importante de distribuição de seus alimentos são as feiras, que ajudam a viabilizar a comercialização diretamente entre quem produz e quem comercializa. As feiras também apresentam o potencial de gerar mais satisfação na compra de produtos in natura e preparações de modo artesanal (COSTA et al., 2011). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(6) O trabalho do agricultor é produtivo para a comercialização, mas também é algo com muitos sentidos e significados que caracterizam a sua identidade social. A presença da mulher na agricultura é papel de grande importância desde a mão de obra à produção de produtos alimentícios gerando economia e autonomia para a família. A feira que está ocorrendo uma vez ao mês pode fazer com que a variedade de produtos aumente, fazendo com que os agricultores identifiquem fortaleçam as redes de produção e comercialização, permitindo alcance à assistência técnica qualificada, e potencializando a diversidade de alimentos comercializados. Este trabalho é fruto de Projeto de Extensão que atualmente está em andamento. Por meio do mapeando foi possível identificar as feiras presentes no munícipio e produzir dados iniciais sobre o reconhecimento dos feirantes participantes. Seguindo a metodologia do projeto poderá ser realizada divulgações dos locais e dos produtos de comercialização, fazendo com que este canal de distribuição de alimentos seja mais reconhecido no munícipio. 5 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. COSTA, Silvia Maria et al. Comercialização dos produtos da agricultura familiar e o papel da feira como importante canal de distribuição. Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia, São Paulo, UNESP, 2011. EMBRAPA ± Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Agricultura Familiar e a difusa conceituação do termo pesquisadores da Embrapa Hortaliças opinam sobre o tema. Brasília, DF, ano III, n. 14, p. 1- 20, 2014. GAZOLLA, Marcio; SCHNEIDER, Sergio. A SURGXomR GD DXWRQRPLD RV ³SDSpLV´ GR autoconsumo na reprodução social dos agricultores familiares. Revista de Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, (UFRRJ), v. 15, p. 89-122, 2007. GODOY, I.W.; ANJOS, F.S.A importância das feiras livres ecológicas: um espaço de trocas e saberes da economia local. Revista Brasileira de Agroecologia, v.2, n.1, fev. 2007. KARAM, K. F. A mulher na agricultura orgânica e em novas ruralidades. Revista Estudos Feministas, v. 12, n. 1, p. 303-320, 2004. PICOLOTTO, Everton Lazzaretti. As mãos que alimentam a nação: agricultura familiar, sindicalismo e política. Programa de pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade. Rio de Janeiro, CPDA/UFRRJ (Tese de doutorado), 2011. SCHNEIDER, Sergio. A pluriatividade na agricultura familiar. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. SOUZA, Patrine et al. Conhecimento tradicional e práticas agroecológicas como forma de resistência da ruralidade no Planalto Sul de Santa Catarina. Extensão Rural, DEAER ± CCR ± UFSM, Santa Maria, v.23, n.4, out./dez. 2016.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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Figura  1.  Dados  de  identificação  dos  agricultores  familiares  durante  a  comercialização  da  Feira da Agricultura Familiar, Itaqui, 2018

Referencias

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