• No se han encontrado resultados

Barreras para la práctica de la actividad física en personas con deficiencia visual

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Barreras para la práctica de la actividad física en personas con deficiencia visual"

Copied!
8
0
0

Texto completo

(1)

www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

Barreiras

para

a

prática

de

atividade

física

em

pessoas

com

deficiência

visual

José

Francisco

Filipe

Marmeleira

a,b,c,

,

Jorge

Manuel

Gomes

de

Azevedo

Fernandes

a

,

Nillianne

Charles

Ribeiro

d

,

Janaina

de

Araújo

Teixeira

d

e

Paulo

José

Barbosa

Gutierres

Filho

d

aDepartamentodeDesportoeSaúde,EscoladeCiênciaseTecnologia,UniversidadedeÉvora,Évora,Portugal

bCentrodeInvestigac¸ãoDesporto,SaúdeeDesenvolvimentoHumano(Cidesd),VilaReal,Portugal

cComprehensiveHealthResearchCenter,UniversidadedeÉvora,Évora,Portugal

dUniversidadedeBrasília,FaculdadedeEducac¸ãoFísica,GrupodeEstudoePesquisaemAtividadeMotoraAdaptada,Brasília,

DF,Brasil

Recebidoem31dejulhode2017;aceitoem12dedezembrode2017 DisponívelnaInternetem10defevereirode2018

PALAVRAS-CHAVE Deficiênciavisual; Atividadefísica; Barreiras; Questionário

Resumo Este estudo teve como objetivo avaliar as barreiras para a prática de atividade física em pessoas com deficiênciavisual. Foi aplicado um questionárioespecífico por tele-fonea114pessoas(moradoresdoDistritoFederal-Brasil)comdeficiênciavisualpoucoativas. Destacam-seváriasbarreiras,comoproblemascomascalc¸adas,faltadeinstalac¸ões/espac¸os apropriados, faltade políticas de apoiodas entidades públicas, necessidade de guia, falta deofertadeatividadesporinstituic¸õesespecializadasefaltadecondic¸õesdeseguranc¸adas instalac¸õesfísicasparaevitaracidentes.Devemserimplantadasmedidasapropriadasque aju-demaremoveroudiminuiroimpactodasprincipaisbarreirasapontadaspelosparticipantes, demodoapromoverasaúdeeobem-estardessapopulac¸ão.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/). KEYWORDS Visualimpairment; Physicalactivity; Barriers; Questionnaire

Barrierstophysicalactivityamongpeoplewithvisualimpairment

Abstract Thepresentstudyexaminedthebarrierstophysicalactivityparticipation in peo-plewithvisualimpairments.Onehundredandfourteensubjects(residentsofBrasília-Federal District)withvisualimpairmentandlowlevelsofphysicalactivityansweredaquestionnaire over thephone. There areseveralrelevant barriers tophysical activity,includingsidewalk problems,lackofappropriatespaces,nosupportfrompublicentities,needofaguide,lackof

Autorparacorrespondência.

E-mail:jmarmel@uevora.pt(J.F.Marmeleira).

https://doi.org/10.1016/j.rbce.2017.12.001

0101-3289/©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobuma licenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

(2)

opportunitiesforactivitiesfromspecializedinstitutions,andnosafetyprecautionsatfacilities topreventaccidents.Itmustbeimplementedappropriatemeasurestohelpeliminateorreduce theimpactofthemainbarrierspointedoutbythesubjectssothathealthandthewell-being ofthispopulationcanbepromoted.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/). PALABRASCLAVE Deficienciavisual; Actividadfísica; Barreras; Cuestionario

Barrerasparalaprácticadelaactividadfísicaenpersonascondeficienciavisual

Resumen Esteestudiotuvocomoobjetivoevaluarlasbarrerasparalaprácticadela activi-dadfísicaenpersonascondeficienciavisual.Seaplicóuncuestionarioespecificoporteléfono a114personas(quevivenenelDistritoFederaldeBrasil)condeficienciavisualypocoactivas. Sedestacanvariasbarreras,comoproblemasconlospavimentosdelasaceras,faltade insta-laciones/espaciosapropiados,faltadepolíticasdeapoyodelasentidadespúblicas,necesidad deguía,faltadeofertadeactividadesporpartedelasinstitucionesespecializadasyfaltade condicionesdeseguridaddelasinstalacionesfísicasparaevitaraccidentes.Debenser imple-mentadasmedidasapropiadasqueayudenaeliminarodisminuirelimpactodelasprincipales barrerasapuntadasporlosparticipantesdemaneraquesepromuevalasaludyelbienestarde estapoblación.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Hácercade285milhõesdepessoascomdeficiênciavisual emnívelmundial(PascolinieMariotti,2012).Segundoo Ins-titutoBrasileirode Estatísticae Geografia(IBGE,2010),a deficiência maisfrequente entrea populac¸ão brasileira é avisual,cercade35milhõesdepessoas(18,8%)declaram terdificuldadedeenxergar,mesmocomóculosoulentesde contato.EmBrasília/DF,22,5%daspessoasqueresidemnas regiõesurbanastêmalgumtipodedeficiência,dentreessas 1,1%sãocegas(IBGE,2010).

Existem evidências de que as pessoas com deficiência tendem a terestilos de vida menosativos em relac¸ão às pessoassemdeficiência(Rimmeretal.,2004)easermais obesas e menos saudáveis (Kirchner et al., 2008). Vários sãoosinvestigadoresquetêmexpressadoanecessidadede seidentificaremosfatorescomportamentais eambientais quepodemservircomopotenciaismediadoresdamudanc¸a doshábitosdeatividadefísicaem subpopulac¸ões específi-cas(Kirchneretal.,2008,Humpeletal.,2002).Nosúltimos anosforampublicadosestudosquedemonstramqueonível deatividadefísicadaspessoascomdeficiênciavisualé bas-tanteinferioraodapopulac¸ãoemgeral(Marmeleiraetal., 2014,Holbrooketal.,2009).

Apráticaregulardeatividadefísicaestáassociadacom diversosbenefíciosparaasaúdeecomareduc¸ãodorisco geraldemortalidade(Warburtonetal.,2006,Garberetal., 2011).Aatividadefísicadiminuioriscodedesenvolvimento dedoenc¸acoronária,acidentevascularencefálico,diabetes mellitustipo2ealgumasformasdecâncer,especialmente sefeitaem umaintensidademoderadaavigorosa (Garber etal., 2011, Pate etal., 1995, US Department of Health

andHumanServices,2008).Hátambémevidências impor-tantes deque a atividadefísica temumimpacto positivo em diversos parâmetroscognitivos e emocionais, ela está aindaassociadaaummenorriscodedeclíniocognitivoede demência(Marmeleira,2013,Lawetal.,2014,Colcombee Kramer,2003).

Afracaparticipac¸ãodepessoascomdeficiênciavisualem atividades físicas podeser devidaàpresenc¸a debarreiras pessoaiseambientaisrelacionadascomadeficiênciavisual (Rimmeret al., 2004).Fatores ambientais como acesso a espac¸osapropriados,aseguranc¸aparapreveniraocorrência de quedas e colisões ou a escassez de oferta de ativida-des físicasestruturadaspodemlevaraumadiminuic¸ãoda participac¸ãoematividadefísica(Legoodetal.,2002). Diver-sos fatorespessoais, comoa percepc¸ãodaautoeficácia, a severidade dadeficiência, a motivac¸ão e a idade, podem tambéminfluenciarapráticadeatividadefísicaempessoas comdeficiência(vanderPloegetal.,2004).

Nos últimos anos comec¸aram a ser publicados alguns estudossobrebarreirasefacilitadoresparaapráticade ati-vidadefísicaempessoascomdeficiênciavisual.Noentanto, atéopresentemomentonãoseencontranaliteratura espe-cializadaestudosobreessetemanoBrasil.Leeetal.(2014)

reportaramqueafaltadedisciplinaeafaltademotivac¸ão foram osdois fatorescom impactomais negativo na prá-tica de atividade física. Outrosautores concluíram que a deficiência e a dependência de outros são as principais barreiraspessoaisparaapráticadedesportoequeo trans-porteé aprincipalbarreira doambiental(Jaarsma etal., 2014). No entanto, existe ainda carência de informac¸ões na literatura especializada sobre os fatores responsáveis pela adesãoàpráticade atividadefísica em pessoas com

(3)

deficiência visual, principalmente no que se refere à populac¸ãobrasileira.Dessemodo,estetrabalhotemcomo principalobjetivoconhecerquaissãoasbarreiraspessoaise ambientaismaisrelevantesparaapráticadeatividadefísica empessoascomdeficiênciavisualqueresidemnacidadede Brasília-DF.

Método

Estudoobservacional etransversaldecaráterquantitativo emquefoiusadoumquestionárioaplicadoportelefonepara recolherinformac¸ãosobreasbarreiraspessoaiseambientais paraapráticadeatividadefísicaempessoascomdeficiência visual.

Critérios

de

inclusão

Ter deficiência visual, idade acima de 18 anos, não pra-ticar atividade física regularmente e ter um número de telefoneválido.Considerou-sepráticaregulardeatividade físicaquandoo sujeito referiufazer exercíciopelomenos duas vezes por semana. Foram contatadas 213 pessoas comdeficiênciavisual,moradoresdoDistritoFederal-Brasil e associadas em instituic¸ões especializadas na deficiên-ciavisual.Noquedizrespeito àspessoas contactadaspor telefone, 99 foramexcluídas por praticar atividade física regularmentee114(53%)responderamoquestionáriosobre barreirasparaapráticadeatividadefísica.Todosos proce-dimentosforamaprovadospeloComitêdeÉticaemPesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Saúde da Universi-dadedeBrasília(UnB),CAEEnúmero42845715.1.0000.0030, conformenúmero1.145.963doparecerdeaprovac¸ão.

Instrumentos

Questionáriosobrebarreirasparaaprática deatividadefísica

Foi construído um questionário específico (Anexo) para a coleta de dados, foram seguidas várias etapas até a obtenc¸ão da sua versão final. Uma primeira versão do questionáriofoielaboradapelos pesquisadoresa partirda revisãodaliteraturaespecializadasobrebarreiraspessoais eambientaisparaapráticadeatividadefísicaempessoas comesemdeficiência,levaram-sesempreemconsiderac¸ão ascaracterísticas particularesdaspessoascomdeficiência visual.Oquestionárioinicialfoisubmetidoàanáliseportrês peritos, especialistas em atividade física adaptadae com familiaridadecomotemadapesquisa.Osperitosanalisaram os seguintes aspectos: (i) descric¸ão conceituale operaci-onal, dos fatores pessoais e ambientais; (ii) abrangência dos indicadores usados em cada fator; (iii) nível de com-preensão dalinguagempelapopulac¸ãoalvo.Depois dese ter chegadoa umconsenso quanto ao conteúdo do ques-tionário, foiorganizado umencontrocom umgrupo focal compostopor12pessoascomomesmoperfildaamostra,o qualfoimoderadoporumdospesquisadoresresponsáveis. Osmembrosdogrupofocaldebateramcadaumdositense foramsugeridasmodificac¸õesespecíficasem algunsdeles,

queposteriormente foramintroduzidas na versão finaldo questionário.

Aversãofinaldoquestionáriofoiconstituídapor16 bar-reirasambientaise19barreiraspessoais quepodemlevar anão praticaratividade física regularmente. As barreiras ambientais relacionam-se com seguranc¸a, percepc¸ão das atitudes, informac¸ão por técnicos e incentivo de tercei-ros,equipamento,programas/políticaspúblicasespecíficas, envolvimento,climaeacessibilidade.Asbarreiraspessoais relacionam-secom dependência de outros, custos econô-micos,barreiraspsicológicas,conhecimentoe experiência sobreatividade física,horário/tempo disponível, saúde e aptidão física.Na aplicac¸ãodo questionáriofoi solicitado aoparticipantequeindicassecomquefrequência(‘‘muitas vezes’’,‘‘algumasvezes’’ou‘‘nunca’’)osmotivos apresen-tadosoimpedemdepraticarregularmenteatividadefísica.

Procedimentos

Ostelefonese contatosdos participantes com deficiência visual recrutados foram fornecidos pela Associac¸ão Brasi-liense de Deficientes Visuais. O questionário foi aplicado portelefoneporumprofissionaldeeducac¸ãofísica especi-alistaematividadefísicaadaptadaedevidamentetreinado para aplicac¸ão do questionário. As pessoas contactadas foraminformadassobreosobjetivos dapesquisa equeos dadosseriam tratados de formaconfidencial e que pode-riamdesistiraqualquermomentodeparticipardapesquisa. Apósaautorizac¸ão dadapeloparticipanteparafeitura da entrevista,deu-seinícioaaplicac¸ãodosinstrumentos pro-priamenteditos.Alémdoquestionáriosobrebarreiraspara a prática de atividade física, foi aplicado um questioná-riosociodemográfico paracoletarinformac¸õesem relac¸ão a sexo dos participantes, idade, experiência de ensino, formac¸ãoprofissional, característicasdadeficiência visual eatividadefísica.

Tratamentoestatístico

Osdados foramtratadosatravés deestatísticadescritiva: médias,desvios-padrãoefrequênciaderespostas (porcen-tagens). Para avaliac¸ão da relevância de cada item do questionário como barreira para a prática de atividade física,foramagrupadasasrespostas‘‘algumas’’e‘‘muitas vezes’’. Consideraram-se como barreiras mais relevantes aquelasapontadaspormaisde50%dosparticipantescomo impeditivasdas respostasalgumasoumuitasvezes paraa práticadeatividadefísica.Através dotestequi-quadrado comparou-seafrequência(algumas/muitasvezesvs.nunca) comquecadamotivoimpediaapráticaregulardeatividade físicadeacordocomosexoeaidadedosparticipantes.Foi usadoumníveldesignificânciadep<0,05.Asanálisesforam feitaspormeiodoprogramaSPSS20.0(SPSSInc.,Chicago).

Resultados

Na tabela 1 são apresentadas as principais caraterísticas sociodemográficas.Noquedizrespeitoàscaraterísticasda deficiência, a maiorparte dos participantes (69%) referiu sercegaeosrestantes(31%)terbaixa visão;aproporc¸ão depessoas que nasceram comdeficiência visual ouque a

(4)

Tabela1 Caraterizac¸ãodos participantesque responde-ramaoquestionário Variáveissociodemográficas N % Sexo Masculino 64 56,1 Feminino 50 43,9 Faixaetária 18-49anos 79 69,3 >49anos 35 30,7 Severidadedadeficiência Cegueira 79 69,3 Baixavisão 35 30,7

Momentodeaquisic¸ãodadeficiência

Congênito 59 51,7

Adquirido 55 48,3

Escolaridade

FundamentalIcompletooumenos 5 4,

FundamentalIIcompleto 13 11,4

Médiocompleto 55 48,2

Pós-graduac¸ão/Superiorcompleto 41 36,0

Situac¸ãoprofissional

Empregado 54 47,4 Desempregado 30 26,3 Aposentado 30 26,3 Rendamensal Nãoreferiu 3 2,6 <2saláriosmínimos 42 36,9

2oumaissaláriosmínimos 69 60,5

adquirirammais tarde é praticamente similar. A escolari-dadedaamostraébastante elevada,embora maisde25% dosparticipantestenhamindicadoestardesempregados.

Na tabela 2 são apresentados os resultados quanto à importânciadecadamotivoparanãofeituraregularde ati-vidadefísica.Dezbarreiras(oitoambientaiseduaspessoais) foramapontadaspormaisdametadedosparticipantescomo impedimentoàsrespostas algumas/muitasvezesà prática regulardeatividadefísica.Os‘‘problemascomascalc¸adas’’ foram a barreira mais apontada (66% dos participantes), seguidos de ‘‘a falta de instalac¸ões/espac¸os apropriados para a prática de atividade física’’ (65%) e a ‘‘falta de políticasdeapoiodasentidadespúblicasparaapráticade atividadefísicaemrelac¸ãoàpessoacomdeficiência’’(63%). Astrêsbarreirasmenosimportantesforam‘‘nãoreconhece aimportânciadaatividadefísicanasaúdeenobem-estar’’, ‘‘falta deincentivo defamília e/ou amigos’’ e ‘‘falta de vivênciasanteriorescomatividadefísica’’.

Acomparac¸ãoatravésdotestequi-quadradoda impor-tânciadadaacadabarreiradeacordocomosexoeaidade reveloualgumasdiferenc¸asestatisticamentesignificativas. Osresultadossãoapresentadosnatabela3.

Discussão

Estapesquisatevecomoprincipalobjetivoconhecerquais sãoasbarreiraspessoaiseambientaismaisrelevantespara

a prática de atividade física em pessoas com deficiência visual. Nesse sentido, foi elaborado umquestionário com 35barreirasaplicadoportelefonea114pessoascom defi-ciência visual. Dez das barreiras foram identificadas por mais de 50% dos participantes como impeditivas para a prática de atividade física em algumas ou muitas vezes. Os‘‘problemascomascalc¸adas’’(e.g.,declives,buracos, obstáculos)foramabarreiramaismencionadapelos partici-pantes,oquetambémjátinhaacontecidoentreaspessoas com deficiência visual (Kirchner etal., 2008) num estudo anteriorsobrebarreirasdoenvolvimentoparaapráticade atividade física; noestudo referido mais de 90% dos 134 participantesmencionaramessabarreira.

A barreira ‘‘falta de instalac¸ões/espac¸os apropriados paraapráticadeatividadefísica’’foiasegundamais esco-lhidapelosparticipantes.Essabarreirafoitambémumadas maisvalorizadasnumestudoanteriorsimilarfeitocom160 pessoas com deficiência visual(Lee etal., 2014).No pre-sente estudo, o ‘‘ambiente inseguro (criminalidade)’’ foi tambémumadasbarreirasparaapráticadeatividadefísica referidascommaiorfrequênciapelos participantes,o que não havia acontecido noestudo de Lee et al. (2014). Tal diferenc¸a entreosestudospodeestarrelacionada aofato deoestudodeLee etal.(2014)tersidofeitonosEstados Unidos,quetemtaxasdecriminalidadediferentesdoBrasil. Napresenteinvestigac¸ão,entreosmotivosmaiscitados pelosparticipantesparanãopraticaratividadefísicaestãoa ‘‘faltadeapoiodeentidadespúblicasparaapráticade ati-vidadefísicadapessoacomdeficiência’’ea‘‘faltadeoferta deatividadesporinstituic¸õesespecializadasparaapessoa comdeficiência’’,oqueremeteànecessidadedeexistirum maiorinvestimentopúblicoe comunitárionapromoc¸ãoda saúdedepessoas com deficiência.A ‘‘faltade orientac¸ão deumprofissionaldeeducac¸ãofísica’’foiconsideradauma dificuldade por mais de 56% dos participantes, o que vai de acordo com os resultadosobtidos num estudo no Bra-sil com pessoas com deficiência motora, em que 61% dos participantes referiram que ‘‘a falta de conhecimentoou orientac¸ão sobreatividadefísica’’atrapalhaumpoucoou muitoaadesãoàpráticadeatividadefísica(Seronetal., 2015).

Constataram-se dois motivos pessoais entre aqueles apontados por mais de 50% dos participantes para não praticaratividadefísicaregularmente. A‘‘necessidadede alguémnoauxílioparaa práticadeatividadefísica(e.g., guia)’’ foiconsiderada por62% das pessoas como impedi-mentoàsrepostasalgumaoumuitasvezesparaapráticade atividadefísica.Essefatorfoitambémconsiderado signifi-cativoem estudosanteriores compessoascomdeficiência visualoucomdeficiênciamotora(Jaarsmaetal.,2014,Kehn eKroll,2009).Os‘‘rendimentoseconômicosreduzidos’’são tambémumfatorpessoalrelevante,para51%daspessoas queresponderamaoquestionáriosãoimpedimentosparaa práticadeatividadefísicaasrespostasalgumasoumuitas vezes.Esseresultadonãosurpreendeseforconsideradoque aspessoascomdeficiênciatêmnormalmenteumacondic¸ão socioeconômica significativamente inferior em relac¸ão à populac¸ãosemdeficiência(Kavanaghetal.,2015).Sabe-se queaspessoasquetêmumasituac¸ãosocioeconômica desfa-vorável(baixaeducac¸ãooubaixosrendimentos,ocupac¸ões debaixoestatutosocial,desempregados)estão frequente-menteemmaiorriscodesedentarismo(Gidlowetal.,2006).

(5)

Tabela2 Barreiraspercebidasparaapráticadeatividadefísica

Impededepraticaratividadefísicaalgumas oumuitasvezes

f %

Problemascomascalc¸adas(e.g.,declives,buracos, obstáculos)

75 66

Faltadeinstalac¸ões/espac¸osapropriados 74 65

Faltadepolíticasdeapoiodasentidadespúblicas 72 63

Necessidadedealguémnoauxílio(e.g.,guia) 71 62

Faltadeofertadeatividadesporinstituic¸õesespecializadas 69 61 Faltadecondic¸õesdeseguranc¸adasinstalac¸õesfísicas 68 60 Faltadeprogramascomunitáriosparaapráticadeatividade

física

67 59

Faltadeorientac¸ãodeumprofissionaldeeducac¸ãofísica 64 56

Ambienteinseguro(criminalidade) 63 55

Rendimentoseconômicosreduzidos 58 51

Tempoquededicaàfeituradetarefasdomésticas 55 48

Faltaderecursosfinanceiros 54 47

Nãotemquemo(a)leveaolocaldaprática 52 46

Problemascomtransporteparasedeslocar 50 44

Dificuldadedeconciliarcomohoráriodetrabalho 50 44

Gastosassociadoscomapráticadeatividadefísica 49 43

Faltadeseguranc¸anotransporterodoviário 47 41

Clima(vento,frio,caloretc.) 46 40

Amigosouparentesfamiliaresnãoqueremparticiparconsigo 46 40

Faltadeenergia(cansac¸ofísico) 44 39

Faltadeconhecimentossobreapráticadeatividadefísica 42 37 Comunidadetempreconceitosemrelac¸ãoàspessoascom

deficiência

42 37

Compromissoscomafamíliaocupammuitotempo 41 36

Faltadeinteressenapráticadeatividadefísica 39 34

Medodeacidenteouquedaduranteapráticadeatividade física

37 33

Faltadeaconselhamentodeumprofissionaldasaúde 36 32

Faltadeprazernapráticadeatividadefísica 34 30

Porqueasoutraspessoasnãoo(a)aceitamtotalmente 33 29 Limitac¸õesfísicas(porexemplo,muscularouarticular) 32 28

Problemasdesaúde 26 23

Asoutraspessoastêmatitudesnegativasemrelac¸ãoà deficiência

26 23

Faltadehabilidadefísica 24 21

Faltadevivênciasanteriorescomatividadefísica 23 20

Faltadeincentivodafamíliae/ouamigos 23 20

Nãoreconheceaimportânciadaatividadefísicanasaúdeeno bemestar

16 14

Ocustoparaparticipac¸ãoematividades físicafoitambém consideradoemestudosanterioresumabarreiraimportante por pessoas com deficiência motora (Scelza et al., 2005,

Rimmeretal., 2000).Eventualmente, oscustos econômi-cospoderiamserreduzidosseexistisseumaofertapública deatividadefísicadebaixocusto(inclusive,porexemplo, servic¸odetransportegratuitoquebuscasseaspessoascom deficiência emcasa) ousefossemprivilegiadasatividades próximasdesuacasa.

Deveserpriorizadaaintervenc¸ãodasentidadespúblicas e/ou comunitárias no sentido de minimizar as barrei-ras mais relevantes para a prática de atividade física

entreapopulac¸ão comdeficiência visual. Por exemplo, a organizac¸ãodeatividades degrupoacompanhadas porum profissional de educac¸ão física, apoiada num sistema de transporteadequadoe feitaem instalac¸ões/espac¸os apro-priados,poderiaaumentaro nívelde adesãoàpráticade atividadefísicadaspessoascomdeficiênciavisual,oqualé atualmentemuitobaixo.Porexemplo,emPortugalapenas 30% daspessoas cegas fazem30 minutos diários de ativi-dadefísicamoderadaavigorosa(Marmeleiraetal.,2014), enquanto 70% da populac¸ão adulta portuguesa cumprem essamesmaquantidadedeatividadefísica(Baptistaetal., 2012)recomendadaparaefeitosdepromoc¸ãodesaúde.Na

(6)

Tabela3 Barreirasparaapráticadeatividadefísicapercebidasdeformaestatisticamentediferente(testequi-quadrado)de acordocomosexoeaidadedosparticipantes

Barreiras S.feminino (n=50) S.masculino (n=64)

F % f % 2 p

Ambienteinseguro(criminalidade) 33 66,0 30 46,9 4,15 0,04

Porquelheparecequeasoutraspessoasnãoo(a) aceitamtotalmentedevidoàdeficiência

20 40,8 13 20,3 5,64 0,02

Porquesentequeasoutraspessoastêmatitudes negativasemrelac¸ãoàdeficiência

18 36,0 8 12,5 8,81 <0,01

Faltadehabilidadefísica 15 30,0 9 14,1 4,29 0,04

Nãotemquemo(a)leveaolocaldeprática 29 58,0 23 39,5 5,51 0,02 18-49anos(n=79) 50anos(n=35)

F % f % 2 p

Faltadevivênciasanteriorescomatividadefísica 11 13,9 12 34,3 6,24 0,01

Limitac¸õesfísicas 16 20,3 16 45,7 7,78 0,01

Faltadeorientac¸ãoespecíficadeumprofissionaldeeducac¸ãofísica 39 49,4 25 71,4 4,7 0,03 Medodeacidenteouquedaduranteapráticadeatividadefísica 21 26,6 16 45,7 4,05 0,04 Faltadeprogramasdecomunitáriosparaapráticadeatividadefísica 40 50,6 27 77,1 7,04 <0,01 Tempoquededicaàfeituradetarefasdomésticas 43 54,4 12 34,3 3,94 0,04

mesma linha, Holbrook etal. (2013) já haviam verificado queaquantidademédiadepassos/dia(5.530 passos) efe-tuadaporpessoas comdeficiência visualestá muitolonge dasrecomendac¸õesde10.000passospordiaparaefeitosde promoc¸ãodasaúde.

Para algumaspessoas com deficiênciavisual os progra-masdeexercícioemgrupopodementãoserumaestratégia eficaz para aumentar o tempo semanal despendido em atividadefísica,através damotivac¸ãoproporcionadapelo contatocomoutraspessoas(Trinhetal.,2014).Paraoutros participantes, poder-se-ia optar por uma soluc¸ão oposta, atravésdapromoc¸ão deprogramasdeexercíciofísico em casa(devidamenteacompanhadosporprofissionais especi-alizados),osquaistêmtambémsidodescritosnaliteratura comoum meioeficazna melhoria dos níveis deatividade física e de aptidão física, em especial nas pessoas com dificuldadesnagestãodoseutempoe/oucommenor auto-nomia nos deslocamentos na rua (Maddison et al., 2014,

Kraaletal.,2014).

Nopresenteestudo,edeummodogeral,osresultados indicam que as pessoas mais velhas e as mulheres per-cebem a existência de mais barreiras para a prática de atividadefísica.Umasdasquestõesquechamamaatenc¸ão é o fato de asmulheres atribuírem maior importância às atitudes/aceitac¸ão dos outros em relac¸ão à deficiência e tambémafaltadehabilidadefísicaquandosetratade ade-riràpráticadeatividade física.Essesresultadosestãode acordocomestudosanterioresquereferemquemuitasdas vezesasmulherestêmumaautopercepc¸ãodecompetência físicainferioraoqueacontececomoshomens(Hayesetal., 1999)equesesentemmaisafetadaspelapercepc¸ãode este-reótipossociaisnegativosemrelac¸ãoàdeficiência(Brittain, 2004).Esse últimoautordestaca aindaqueomedo perce-bido defalhar e uma baixa autoestima podem agir como elementosdissuasoresdaparticipac¸ãonodesportode mui-taspessoascomdeficiência,emespecialasmulheres.Ainda

emrelac¸ãoaosexo,osresultadosdoestudoemtelaindicam queasmulheresparecemsermaisdependentesdosoutros noqueserefere aodeslocamentoparaolocaldaprática, umavezqueapontaramcommaiorfrequênciaque‘‘nãotêm quemo(a)leveaolocaldeprática’’.Tambémparaa variá-velidade,osresultadossugeremquepoderásernecessário encontrarestratégiasespecíficasparaqueaspessoasmais velhasadiramàpráticadeatividadefísica.Aspessoascom 50oumaisanosemrelac¸ãoaosmaisjovensdestacaramcom maiorfrequênciacomorespostasas‘‘limitac¸õesfísicas’’,o ‘‘medodeacidenteouquedaduranteapráticadeatividade física’’,a‘‘faltadeprogramascomunitáriosparaaprática deatividadefísica’’oua‘‘faltadeorientac¸ãoespecíficade umprofissionaldeeducac¸ãofísica’’.Curiosamente,apenas numa dasbarreiras em queexistiram diferenc¸as significa-tivas em func¸ãodaidade --- ‘‘Tempo que dedicaà feitura de tarefas domésticas’’ --- é que a frequência de escolha foi maior entre o grupo com menos de 50 anos do que entreogrupocom50oumaisanos.Issopodeestar relacio-nadoaumavidaprofissionalmaisativa,oquedeixamenos tempodisponívelparacuidardacasa,ouàpresenc¸adefilhos em casa, o que aumenta a exigência desse tipo de tare-fas.Nocontextodoenvelhecimento,éimportantesalientar que as desigualdades que muitas pessoas com deficiência experimentam em relac¸ão à sociedade em geral tendem a ser mais pronunciadas durante o processo de envelhe-cimento (Wehmeyer, 2013). Em relac¸ão às pessoas idosas semdeficiência,aliteraturaconfirmaqueaspessoasidosas com deficiência tiveram menos oportunidades educativas e sociais, enquanto crianc¸as/jovens têm maiores dificul-dades econômicas, têm maior probabilidade de escolha decomportamentosmenossaudáveis(consumodetabaco, obesidadeesedentarismo)equetendemaapresentar índi-cesmenoresdeindependênciafuncional(Wehmeyer,2013,

ClarkeeLatham,2014).Nessesentido,torna-se imprescin-dívelnãosomenteencontrardiferentesformasdemotivaras

(7)

pessoasmaisvelhasafazerematividadefísica,sejaatravés deprogramascomunitáriosdevidamenteadaptadosàsuas capacidades funcionais ou de outros,mas principalmente sobatuteladeprofissionaisespecializados.

Esteestudotemalgumaslimitac¸õesquedevemser consi-deradas.Nãofoicontroladooníveldedeficiênciavisualdos participantes,oqualpodeterinfluênciasobreapercepc¸ão debarreirasparaapráticadeatividadefísica.Alémdisso, nãoforamincluídascrianc¸asejovenscomdeficiênciavisual. Porúltimo,todasaspessoaseramassociadasainstituic¸ões especializadasnadeficiênciavisual,asquaispodemnãoser totalmenterepresentativasdouniversodepessoascom defi-ciênciavisual.Ascaracterísticaspositivasdestainvestigac¸ão estão relacionadas à boa dimensão da amostra e à sua importantecontribuic¸ãoparaoconhecimentodeumtema aindapoucoestudadonaliteraturainternacionale pratica-mente inexistentena literaturabrasileira. Destaca-seque asinformac¸õesrecolhidaspodemservirdesuportepara dis-cussãodemedidasapropriadasparapromoc¸ãodaatividade físicaempessoascomdeficiênciavisual.

Conclusão

Deacordocomosresultadosdesteestudo,existem barrei-rasqueimpedemoudificultamapráticadeatividadefísica porpessoascomdeficiênciavisual.Asbarreirasambientais que impedem ou dificultam mais frequentemente a prá-ticadeatividadefísicasãoamáconservac¸ãodascalc¸adas, a falta de instalac¸ões apropriadas ou com condic¸ões de seguranc¸a,afaltadepolíticaspúblicaseprogramas comu-nitáriosespecíficose,ainda,afaltadeorientac¸ãoporparte dos profissionais de educac¸ão física. As barreiraspessoais maisrelevantessãoanecessidadedeteralguém(e.g.,guia) noauxílioparaapráticadeatividadefísicaeosbaixos ren-dimentoseconômicos.Algumasbarreirassãovalorizadasde formadiferenteconsoanteosexoeaidadedos participan-tes.Face aesses resultados,esabendo-se queaspessoas com deficiência visual sãomuito poucoativas, devem ser implantadasmedidasapropriadasqueajudemaremoverou diminuiroimpactodasprincipaisbarreirasapontadaspelos participantes,parapromovera saúdeeo bem-estardessa populac¸ão.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AoapoioprestadopelaAssociac¸ãoBrasiliensede Deficien-tesVisuaise aosparticipantes quegentilmente aceitaram participarnoestudo.

Anexo.

Questionário

sobre

barreiras

para

a

prática

de

atividade

física

em

pessoas

com

deficiência

visual

Com que frequência os motivosque indicamos a seguiro impedemdepraticarregularmenteatividadefísica:‘‘Muitas vezes’’,‘‘Algumasvezes’’,‘‘Nunca’’

1. Problemascomtransporteparasedeslocar 2. Faltadeenergia(cansac¸ofísico)

3. Faltadepolíticasdeapoiodasentidadespúblicaspara apráticadaatividadefísicadapessoadeficiente 4. Faltadevivenciasanteriorescomatividadefísica 5. Clima(vento,frio,caloretc.)

6. Ambienteinseguro(criminalidade)

7. Gastosassociadoscomapráticadeatividadefísica 8. Necessidadedealguémnoauxílioparaapráticade

ati-vidadefísica(porexemploumguia)

9. Dificuldade de conciliar o horário de trabalho com a práticadeatividadefísica

10. Porquelheparecequeasoutraspessoasnãooaceitam totalmentedevidoàsuadeficiência

11. Faltadeinteressenapráticadeatividadefísica 12. Faltadeincentivodafamíliae/ouamigos

13. Limitac¸õesfísicas(porexemplo,muscularouarticular) 14. Compromissoscomafamília(pais,cônjugue,filhosetc)

ocupammuitotempo

15. Falta de orientac¸ão específica de um profissional de educac¸ãofísica

16. Porque acha que acomunidade tem preconceitos em relac¸ãoàspessoascomdeficiência

17. Faltadeinstalac¸ões/espac¸osapropriadosparaaprática deatividadefísica

18. Falta deaconselhamento deumprofissionaldasaúde paraapráticadeatividadefísica

19. Rendimentoseconômicosreduzidos

20. Falta de conhecimentos sobre a prática de atividade física

21. Faltadecondic¸õesdeseguranc¸adasinstalac¸õesfísicas deformaapreveniracidentes

22. Osseusamigosouparentesnãoqueremparticipar con-sigonapráticadeatividadesfísicas

23. Faltadehabilidadefísica

24. Problemas com as calc¸adas (por exemplo, declives, buracos,obstáculos)

25. Porquenãoreconheceaimportânciadaatividadefísica nasaúdeenobem-estar

26. Faltadeseguranc¸anostransportesrodoviários 27. Nãotemquemoleveaolocaldaprática

28. Tempoquededicaàfeituradetarefasdomésticas(em suacasa)

29. Faltadeprazernapráticadeatividadefísica

30. Falta deprogramasdecomunitáriosparaapráticade atividadefísica

31. Faltaderecursosfinanceiros

32. Porquesentequeasoutraspessoastêmatitudes nega-tivasemrelac¸ãoàdeficiência

33. Faltadeofertadeatividadesporinstituic¸ões especiali-zadasparaapessoadeficiente

34. Medodeacidenteouquedaduranteapráticade ativi-dadefísica

35. Problemasdesaúde

Referências

Pascolini D, Mariotti SP. Global estimates of visual impairment: 2010.BrJOphthalmol2012;96(5):614---8.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográ-fico 2010. IBGE, 2010. [Acesso 27abr 2017]. Disponível em:

(8)

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/94/cd 2010religiaodeficiencia.pdf.

RimmerJH,RileyB,WangE,RauworthA,JurkowskiJ.Physical acti-vityparticipationamongpersonswithdisabilities:barriersand facilitators.AmJPrevMed2004;26(5):419---25.

KirchnerCE,GerberEG,SmithBC.Designedtodeter:community barriersto physical activity for people with visual or motor impairments.AmJPrevMed2008;34(4):349---52.

Humpel N, Owen N, Leslie E. Environmental factors associated withadults’ participationinphysicalactivity. AmJPrev Med 2002;22(3):188---99.

MarmeleiraJ, LaranjoL,Marques O, PereiraC.Physicalactivity patternsinadultswhoareblindasassessedbyaccelerometry. AdaptPhysActivQ2014;31(3):283---96.

HolbrookEA,CaputoJL,PerryTL,FullerDK,MorganDW.Physical activity,bodycomposition,andperceivedqualityoflifeofadults withvisualimpairments.JVisImpairBlind2009;103(1):17---29.

WarburtonDE,NicolCW,BredinSS.Healthbenefitsofphysical acti-vity:theevidence.CMAJ2006;174(6):801---9.

GarberCE,BlissmerB, DeschenesMR,Franklin BA,Lamonte MJ, LeeI,etal.Quantityandqualityofexercisefordevelopingand maintainingcardiorespiratory,musculoskeletal,andneuromotor fitnessinapparentlyhealthy adults:Guidancefor prescribing exercise.MedSciSportsExerc2011;43(7):1334---59.

PateRR, PrattM,BlairSN,HaskellWL,Macera CA,BouchardC, etal.Physicalactivityandpublichealth.JAMA:thejournalof theAmericanMedicalAssociation1995;273(5):402---7.

U.S. Department of Health and Human Services, Office of Disease Prevention and Health Promotion, Physical Activity Guidelines Advisory Committee. Physical Activity Guidelines AdvisoryCommitteeReport, 2008. [Acesso27abr2017]. Dis-ponívelem:http://www.health.gov/paguidelines/Report/pdf/ CommitteeReport.pdf.

MarmeleiraJ.Anexaminationofthemechanismsunderlyingthe effectsofphysicalactivityonbrainandcognition.EurRevAging PhysAct2013;10(2):83---94.

LawLLF,BarnettF,YauMK,GrayMA.Effectsofcombinedcognitive andexerciseinterventionsoncognitioninolderadultswithand withoutcognitiveimpairment:Asystematicreview.AgeingRes Rev2014:1561---75.

Colcombe S, Kramer AF. Fitness effects on the cognitive func-tion of older adults: a meta-analytic study. Psychol Sci 2003;14(2):125---30.

LegoodR,ScuffhamP,CryerC.Areweblindtoinjuriesinthevisually impaired?Areviewoftheliterature.InjPrev2002;8(2):155---60.

vanderPloegHP,vanderBeekAJ,vanderWoudeLHV,van Meche-lenW.Physicalactivityforpeoplewithadisability.SportsMed 2004;34(10):639---49.

LeeM,ZhuW, Ackley-HolbrookE,BrowerDG,McMurrayB. Cali-brationandvalidationofthePhysicalActivityBarrierScalefor persons who are blindor visually impaired.Disabil Health J 2014;7(3):309---17.

JaarsmaEA,DekkerR,KoopmansSA,DijkstraPU,GeertzenJH. Bar-rierstoandfacilitatorsofsportsparticipationinpeople with visualimpairments.AdaptPhysActivQ2014;31(3):240---64.

SeronBB,ArrudaGAd,GreguolM.Facilitadoresebarreiras percebi-dasparaapráticadeatividadefísicaporpessoascomdeficiência motora.RevBrasCEsp2015:37214---21.

KehnM,KrollT.Stayingphysicallyactiveafterspinalcordinjury: aqualitativeexplorationofbarriersandfacilitatorstoexercise participation.BMCPublicHealth2009;9(1):168.

KavanaghAM,KrnjackiL,AitkenZ,LaMontagneAD,BeerA,Baker E,etal.Intersectionsbetweendisability,typeofimpairment, genderandsocio-economicdisadvantageinanationally repre-sentative sampleof 33,101 working-aged Australians. Disabil HealthJ2015;8(2):191---9.

GidlowC,JohnstonLH, CroneD,EllisN, JamesD.A systematic reviewoftherelationshipbetweensocio-economicpositionand physicalactivity.HealthEducJ2006;65(4):338---67.

ScelzaWM,KalpakjianCZ,ZemperED,TateDG.Perceivedbarriers to exerciseinpeople withspinal cordinjury. AmJPhys Med Rehabil2005;84(8):576---83.

RimmerJH,RubinSS,BraddockD.Barrierstoexercisein African--American women with physical disabilities. Arch Phys Med Rehabil2000;81(2):182---8.

BaptistaF,SantosDA,SilvaAM,MotaJ,SantosR,ValeS,etal. Preva-lenceofthePortuguesepopulationattainingsufficientphysical activity.MedSciSportsExerc2012;44(3):466---73.

HolbrookEA,KangM,MorganDW.Acquiringastableestimateof physicalactivityinadultswithvisual impairment.AdaptPhys ActivQ2013;30(1):59---69.

Trinh L, Mutrie N, Campbell AM, Crawford JJ, Courneya KS.

Effects of supervised exercise on motivational outcomes in breastcancersurvivorsat5-year follow-up.EurJOncolNurs 2014;18(6):557---63.

Maddison R, Rawstorn JC, Rolleston A, Whittaker R, Stewart R, Benatar J, et al. The remote exercise monitoring trial for exercise-basedcardiac rehabilitation(REMOTE-CR):a ran-domised controlled trial protocol. BMC Public Health 2014: 141236.

KraalJJ,PeekN,VandenAkker-VanMarleME,KempsHM.Effects ofhome-basedtrainingwithtelemonitoringguidanceinlowto moderaterisk patientsentering cardiacrehabilitation: short--term results of the FIT@Home study. Eur J Prev Cardiol 2014;21(2Suppl):26---31.

Hayes SD,CrockerPR,KowalskiKC. Genderdifferencesin physi-calself-perceptions,global self-esteemand physicalactivity: Evaluationofthephysicalself-perceptionprofilemodel.JSport Behav1999:221---314.

BrittainI.Perceptionsofdisabilityandtheirimpactupon involve-mentinsportforpeoplewithdisabilitiesatalllevels.J.Sport SocIss2004;28(4):429---52.

Wehmeyer ML. TheOxford handbookof positive psychologyand disability.OxfordUniversityPress;2013.

Clarke P, Latham K. Life course health and socioeconomic pro-files of Americans aging with disability. Disabil Health J 2014;7(1):S15---23.

Referencias

Documento similar

Además, otro de mis objetivos era crear una propuesta práctica sobre educación con alumnado con diversidad funcional, y este es un hecho que he conseguido, además, en consiguiente

Proporcione esta nota de seguridad y las copias de la versión para pacientes junto con el documento Preguntas frecuentes sobre contraindicaciones y

[r]

Contraindicaciones: El uso de la mascarilla está contraindicado para los pacientes y los miembros de sus familias, profesionales sanitarios y compañeros de

Ciaurriz quien, durante su primer arlo de estancia en Loyola 40 , catalogó sus fondos siguiendo la división previa a la que nos hemos referido; y si esta labor fue de

Las manifestaciones musicales y su organización institucional a lo largo de los siglos XVI al XVIII son aspectos poco conocidos de la cultura alicantina. Analizar el alcance y

En este sentido, puede defenderse que, si la Administración está habilitada normativamente para actuar en una determinada materia mediante actuaciones formales, ejerciendo

Este curso se ha diseñado especialmente para guiar a los tutores clínicos de Medicina Intensiva en proporcionar un feedback, estructurado y.. efectivo, a los residentes durante