NUEVO ENTORNO INTERNACIONAL
M A R I O O J E D A
E L A B A N D O N O D E L S O C I A L I S M O C O M O M O D E L O E C O N Ó M I C O por parte de la
U n i ó n Soviética y el fin de la guerra fría aceleraron el surgimiento de dos f e n ó m e n o s de i m p o r t a n c i a i n t e r n a c i o n a l : p r i m e r o , l a configura-c i ó n de u n a nueva estruconfigura-ctura políticonfigura-ca (el fin d e l sistema bipolar) y, se-gundo, el establecimiento de u n a nueva agenda política.
E l efecto de estos importantes cambios se manifiesta actualmente en todo e l m u n d o . S i n embargo, el grado de intensidad no h a sido el mismo e n las diversas regiones. E n E u r o p a O r i e n t a l , p o r ejemplo, es-tos cambios se han expresado, al menos a corto plazo, en el surgimiento de la e c o n o m í a de mercado, de l a l i b e r t a d i n d i v i d u a l , de la democra-cia l i b e r a l y, en algunos casos particulares, de l a a u t o d e t e r m i n a c i ó n . Pero, del otro lado de la moneda, tales cambios t a m b i é n e s t á n p r o d u -ciendo el r e t o r n o d e l nacionalismo agresivo, l a b a l c a n i z a c i ó n y las así llamadas guerras é t n i c a s y religiosas.
Para los p a í s e s de l a E u r o p a O c c i d e n t a l l a t r a n s f o r m a c i ó n del sis-tema i n t e r n a c i o n a l c o i n c i d e c o n l a c r i s t a l i z a c i ó n de u n a c o m u n i d a d r e g i o n a l i n t e g r a d a , l a c u a l , l u e g o de l a f i r m a d e l T r a t a d o de Maastricht, h a adoptado las c a r a c t e r í s t i c a s c u a n d o m e n o s f o r m a l m e n t e -de una u n i ó n . Esto significa, en p r i n c i p i o , l a c o n s o l i d a c i ó n -de u n a re-g i ó n intere-grada, menos dependiente d e l tutelaje de Estados U n i d o s , y t a m b i é n p o d r í a significar el n a c i m i e n t o de u n sistema continental de seguridad menos dependiente de los resguardos nuclear y convencio-n a l que o f r e c í a Estados U convencio-n i d o s .
Para las naciones localizadas en l a r e g i ó n asiática de la C u e n c a del Pacífico los cambios internacionales c o i n c i d e n , al igual que en el caso
O C T - D I C 95 L O S PAÍSES E N VÍAS D E D E S A R R O L L O 477
d e E u r o p a Occidental, c o n u n a nueva era e c o n ó m i c a , a saber, el surgi-m i e n t o , p o r surgi-medios pacíficos, de l a esfera de p r o s p e r i d a d que J a p ó n t r a t ó de i m p o n e r p o r la fuerza durante los a ñ o s treinta y cuarenta. Per o e n lo tocante al tema de la seguPeridad, el impacto de los cambios i n -ternacionales no es tan claro en esta r e g i ó n .
P o r su parte, es posible que África, a raíz de los grandes cambios i n t e r n a c i o n a l e s , experimente u n a m a r g i n a c i ó n de proporciones a ú n mayores que l a que vivió en el pasado, d e b i d o a l a p é r d i d a de su i m -p o r t a n c i a e s t r a t é g i c a . E n consecuencia, e l futuro cercano de esta re-g i ó n p o d r í a presentar u n fuerte estancamiento e c o n ó m i c o y social.
Por lo que se refiere al m u n d o á r a b e e l impacto de los cambios i n -ternacionales no es muy claro. A corto plazo parece que su futuro de-p e n d e m á s de la m a g n i t u d de sus reservas de de-p e t r ó l e o y de la estabili-d a estabili-d estabili-del mercaestabili-do petrolero. U n a e x c e p c i ó n a esto es, p o r supuesto, el M e d i o O r i e n t e , en donde los temas p o l í t i c o s y e s t r a t é g i c o s a ú n tienen u n peso m u y importante para la toma de decisiones en materia de po-lítica internacional. Este es el caso de Palestina e Israel, p o r ejemplo.
Los países que vivían bajo el socialismo fueron los que m á s resintie-r o n los efectos del resintie-retiresintie-ro soviético (o resintie-ruso) del escenaresintie-rio político interesintie-r- inter-nacional. Entre éstos, C h i n a es la n a c i ó n que menos sufrió y C u b a es la m á s afectada. P r i m e r o porque el grado de autosuficiencia de C h i n a es mayor, pero a d e m á s , porque, a diferencia de Cuba, t o m ó la decisión de desplazarse c o n rapidez hacia los nuevos vientos de la e c o n o m í a de mer-cado. P o r su parte, C u b a se volvió, durante la guerra fría, altamente de-pendiente del comercio y la asistencia de los países socialistas, en parti-cular respecto del p e t r ó l e o . A d e m á s Cuba, que es menos autosuficiente q u e C h i n a , h a sufrido durante m u c h o t i e m p o el b l o q u e o e c o n ó m i c o p o r parte de Estados Unidos.
Para A m é r i c a Latina, en general, e l p r i n c i p a l efecto p r o d u c i d o por e l fin de l a G u e r r a Fría es haber p e r d i d o su p o s i c i ó n ú n i c a como prio-r i d a d e s t prio-r a t é g i c a paprio-ra Estados U n i d o s y n o ocupaprio-r a h o prio-r a sino u n sitio s e c u n d a r i o . W a s h i n g t o n ya n o teme u n a s u b v e r s i ó n c o m u n i s t a en l a r e g i ó n y c o n ello A m é r i c a L a t i n a p e r d i ó u n i m p o r t a n t e factor de i n -fluencia. D e a h í el apremio que sienten las naciones i a ti n o am e r i can as p o r recuperar u n peso p o l í t i c o ante W a s h i n g t o n y p o r incrementar, en t é r m i n o s generales, su capacidad de n e g o c i a c i ó n .
L a e x c e p c i ó n a esto parece ser M é x i c o , p o r dos sencillas razones. P r i m e r o , M é x i c o es u n vecino contiguo de Estados U n i d o s y, en conse-cuencia, su i m p o r t a n c i a e s t r a t é g i c a a los ojos de Washington tiene u n c a r á c t e r m á s p e r m a n e n t e . S e g u n d o , desde 1994 M é x i c o f o r m a parte d e l Tratado de L i b r e C o m e r c i o de A m é r i c a d e l N o r t e ( T L C A N ) y es
logico suponer que este h e c h o i n c r e m e n t a su ya de p o r sí g r a n i m p o r -tancia e s t r a t é g i c a que tiene para Washington.
E n lo tocante a Estados U n i d o s , los cambios internacionales le h a n resultado sumamente favorables. E n p r i m e r lugar, las posibilidades de que se presente u n enfrentamiento nuclear se h a n reducido enorme-mente. D e igual i m p o r t a n c i a es el h e c h o de que Estados U n i d o s fue el ganador final de la g u e r r a fría y, c o m o resultado de esto, hoy es el po-der supremo en el m u n d o . Esta p a r e c e r í a ser u n a a f i r m a c i ó n correc-ta, al menos a corto plazo. Si b i e n J a p ó n o c u p a actualmente e l p r i m e r lugar en materia de comercio y finanzas, a ú n n o parece estar prepara-do, n i p o l í t i c a n i p s i c o l ó g i c a m e n t e , p a r a a s u m i r e l l i d e r a z g o en los asuntos de p o l í t i c a i n t e r n a c i o n a l , n i s i q u i e r a en alianza c o n Estados U n i d o s . P o r otra parte, l a U n i ó n E u r o p e a , pese a su enorme potencial e c o n ó m i c o , no ha logrado a ú n llegar a u n consenso en los temas polí-ticos y de a h í que n o pueda actuar c o m o u n a fuerza internacional con-ductora, p o r el simple hecho de que t o d a v í a n o puede expresarse co-m o u n a s o l a voz. Esto s i g n i f i c a q u e e l peso e s p e c í f i c o de l a U n i ó n E u r o p e a e n la p o l í t i c a i n t e r n a c i o n a l es p o r ahora restringido.
De lo anterior puede concluirse que, a corto plazo, el ú n i c o candi-dato viable para asumir u n papel de l í d e r m u n d i a l es Estados U n i d o s y por ello algunos observadores internacionales consideran que estamos presenciando u n a nueva y a ú n m á s intensa h e g e m o n í a de este país so-bre e l m u n d o . E n efecto, n o existe a l a fecha n i n g u n a otra n a c i ó n o g r u p o de países que se equipare c o n él e n cuanto a poder.
S i n e m b a r g o , es necesario matizar esta a s e v e r a c i ó n , pues existen ciertas salvedades. P o r u n a parte, Estados U n i d o s n o cuenta actual-mente c o n l a fuerza e c o n ó m i c a suficiente p a r a mantener el liderazgo p o l í t i c o p o r u n p e r i o d o p r o l o n g a d o , c o m o o c u r r i ó durante la p r i m e r a parte de l a guerra fría. P o r la otra, al parecer u n a parte importante de l a sociedad estadunidense está renuente a que Estados U n i d o s asuma u n claro liderazgo en el m u n d o . A l n o existir ya u n enemigo definido y concreto contra el cual luchar, c o m o era el caso de l a U n i ó n Soviética y el c o m u n i s m o internacional, su i n t e r é s n a c i o n a l concreto respecto a los asuntos del exterior se h a vuelto nebuloso.
E n otras palabras, l a falta de u n s e n t i m i e n t o de amenaza, de u n p r o p ó s i t o c o m ú n y de recursos e c o n ó m i c o s suficientes, son los princi-pales factores que tienden a frenar que Estados U n i d o s asuma c o n de-cisión el liderazgo d e l m u n d o , salvo, claro está, para algunas incursio-nes militares aisladas.
Sin embargo, s e r í a de esperarse que a largo plazo todos los países buscaran l a c o n f o r m a c i ó n de u n nuevo y verdadero o r d e n i n t e r n a d o
-O C T - D I C 95 L O S PAÍSES E N VÍAS D E D E S A R R O L L O 479
n a l , para lo cual t e n d r í a que haber avenencia y c o o p e r a c i ó n . U n o r d e n i n t e r n a c i o n a l a u t é n t i c o y duradero, diferente de u n a "Pax A m e r i c a n a " o de u n a "Pax Euroamericana". Vale l a p e n a recordar a q u í que la paz es algo m á s que l a simple ausencia de l a guerra.
Por otra parte, esto no significa que todas las naciones deban tener e l mismo grado de injerencia y responsabilidad en l a c o n s t r u c c i ó n d e l nuevo o r d e n i n t e r n a c i o n a l . S e r í a iluso esperarlo. E l peso e s p e c í f i c o q u e posee cada p a í s debe ser tomado en cuenta si se quiere lograr u n sistema i n t e r n a c i o n a l realista. Pero igualmente importante es que, sin i m p o r t a r t a m a ñ o o grado de desarrollo, todas las naciones del m u n d o sean consultadas respecto a los temas esenciales, a fin de obtener e l consenso que les d é legitimidad.
O t r a consecuencia importante d e l fin de l a g u e r r a fría fue l a alte-r a c i ó n de las palte-rioalte-ridades en la agenda p o l í t i c a i n t e alte-r n a c i o n a l . Dualte-rante l a era de l a g u e r r a fría los temas prioritarios eran aquellos de tipo es-t r a es-t é g i c o - m i l i es-t a r y p o l í es-t i c o ; casi es-todos los asunes-tos es-t e n í a n que ser anali-zados a l a luz d e l enfrentamiento Este-Oeste, de l a g u e r r a nuclear, de l a s u b v e r s i ó n p o l í t i c a y de otras cuestiones similares. E n nuestros días, e l fin de l a g u e r r a fría y d e l enfrentamiento Este-Oeste h a n relegado estos asuntos e s t r a t é g i c o s , militares y p o l í t i c o s a u n segundo p l a n o y son otros los que h a n ganado p r i o r i d a d .
E n p r i m e r lugar, e l a b a n d o n o d e l socialismo c o n d u j o a l a entro-n i z a c i ó entro-n , e entro-n los c í r c u l o s fientro-naentro-ncieros ientro-nterentro-nacioentro-nales, de la e c o entro-n o m í a de mercado y el libre comercio c o m o criterios b á s i c o s para evaluar e l d e s e m p e ñ o e c o n ó m i c o de los gobiernos de los p a í s e s en vías de desa-r desa-r o l l o . H o y e n d í a , las naciones que no se adaptan a l a o desa-r t o d o x i a de l a e c o n o m í a de m e r c a d o y d e l c o m e r c i o l i b r e n o son aceptadas c o m o candidatos p a r a r e c i b i r asistencia p o r parte de las naciones industria-les y las organizaciones internacionaindustria-les. Así, los p a í s e s pobres que n o tengan l a v o l u n t a d o la capacidad para ajustarse r á p i d a m e n t e a este tip o de o r t o d o x i a , tip u e d e n quedar i n t e r n a c i o n a l m e n t e aislados y h u n -dirse m á s e n el estancamiento e c o n ó m i c o .
E n segundo lugar, l a agenda i n t e r n a c i o n a l h a transitado c o n rapi-dez de los temas e s t r a t é g i c o s de l a guerra fría a los así llamados Nuevos Temas M u n d i a l e s . Entre éstos se encuentran los relativos al medio am-biente, c o m o son e l d e n o m i n a d o "efecto i n v e r n a d e r o " y la conserva-c i ó n de l a fauna y l a flora. T a m b i é n destaconserva-can los relaconserva-cionados conserva-c o n l a sa-l u d p ú b sa-l i c a , c o m o e sa-l c o n t r o sa-l d e sa-l n a r c o t r á f i c o y de enfermedades que n o respetan fronteras, c o m o el sida o el c ó l e r a . P o r otra parte e s t á n los relativos a los derechos humanos, entre ellos l a p r o t e c c i ó n de las m i -n o r í a s , de los diside-ntes políticos y de los prisio-neros. Y t a m b i é -n el
te-m a de la dete-mocracia, desde el p u n t o de vista de l a dete-mocracia repre-sentativa, que pone el énfasis en elecciones libres y en la r o t a c i ó n d e l p o d e r entre partidos políticos.
D a d a l a estructura p o l í t i c a i n t e r n a c i o n a l de hoy d í a , basada en l a p r e p o n d e r a n c i a de u n a potencia ú n i c a , el p r i n c i p a l p r o b l e m a que en-frentan las naciones en vías de desarrollo es c ó m o influir en l a defini-c i ó n de l a nueva agenda i n t e r n a defini-c i o n a l . Es u n h e defini-c h o b i e n defini-c o n o defini-c i d o que quienes d e t e r m i n a n l a agenda son t a m b i é n quienes d e f i n e n , e n gran m e d i d a , los t é r m i n o s de l a n e g o c i a c i ó n .
Así, p o r ejemplo, en los países industrializados existe la p r o p e n s i ó n a culpar a las naciones pobres p o r el efecto invernadero. L a relación en-tre pobreza y d a ñ o e c o l ó g i c o surge de manera casi a u t o m á t i c a . Se dice c o n frecuencia que las e c o n o m í a s de subsistencia emplean estrategias de p r o d u c c i ó n que provocan problemas ambientales. Esto es, sin duda, cierto, p e r o t a m b i é n lo es que los p a í s e s industrializados, c o n sus n u -merosas fábricas y millones de v e h í c u l o s automotores, suelen p r o d u c i r d a ñ o s a ú n mayores al m e d i o ambiente.
E n virtud de esta tendencia a c u l p a r a las naciones pobres p o r los d a ñ o s causados al m e d i o ambiente m u n d i a l , algunos observadores i n -t e r n a c i o n a l e s e s -t á n -temerosos p o r e l f u -t u r o . P i e n s a n , p o r e j e m p l o , que c o n e l fin de tranquilizar a grupos internos particulares, las gran-des potencias p o d r í a n utilizar l a fuerza militar en ciertos países, c o n l a venia de las Naciones U n i d a s y en n o m b r e de cruzadas en pro del me-d i o ambiente m u n me-d i a l .
A decir verdad, en los ú l t i m o s tiempos h a venido surgiendo u n nue-vo consenso en los círculos internacionales, en el sentido de que todos los países son responsables d e l m e d i o ambiente y de que las naciones ri-cas deben ayudar a las pobres en l a cruzada m u n d i a l de p r o t e c c i ó n eco-lógica. P e r o éste p o d r í a n o ser el caso e n otras cuestiones, como el de las drogas. P o r ello es necesario encontrar nuevos mecanismos de con-sulta.
A fin de establecer u n a u t é n t i c o o r d e n i n t e r n a c i o n a l es necesario, e n p r i m e r lugar, que todas las naciones acepten el principio de corres-ponsabilidad. Sólo de esta manera el m u n d o p o d r á lograr la legitimidad necesaria para construir tal o r d e n . D e lo contrario, e s t a r í a m o s hablan-d o hablan-de u n a i m p o s i c i ó n hablan-de cierto tipo hablan-de estructura internacional. Es p o r ello por lo que acogemos c o n tanto b e n e p l á c i t o esta tendencia reciente hacia el reconocimiento d e l p r i n c i p i o de corresponsabilidad.
P o r ú l t i m o , es importante m e n c i o n a r que, en o p i n i ó n de algunos analistas d e l m u n d o en vías de d e s a r r o l l o , e n esta agenda internacio-n a l internacio-nacieinternacio-nte a ú internacio-n e s t á internacio-n faltainternacio-ndo varios temas importainternacio-ntes. Einternacio-ntre ellos
O C T - D I C 95 L O S PAÍSES E N VÍAS D E D E S A R R O L L O 481
se encuentran algunos relacionados c o n las aspiraciones tradicionales de los países en vías de desarrollo, como son el respeto al principio de n o i n t e r v e n c i ó n , l a l u c h a c o n t r a l a e x t r e m a p o b r e z a y e l d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o y social. Debemos insistir: u n o r d e n i n t e r n a c i o n a l a u t é n t i -co tiene que basarse en algo m á s que en l a m e r a ausencia de guerra.