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ESTUDO DA RESISTENCIA DE MISTURAS DE SOLOS EOLICOS SOB ADIÇÃO DE CIMENTO

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Academic year: 2020

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(1)ESTUDO DA RESISTENCIA DE MISTURAS DE SOLOS EOLICOS SOB ADIÇÃO DE CIMENTO.. Luciéle Bilhalva Campagnolo 1 Filipe Ribeiro de Almeida 2 Wilber Feliciano Chambi Tapahuasco 3. Resumo: A região da Campanha Gaúcha sofre com um problema ambiental que precisa de uma atenção especial, que é historicamente conhecido como arenização eólica, motivado principalmente por fatores naturais, mas intensificada pelo uso e manejo inadequado dos solos da região, acarretando em áreas propensas a sofrer com a erosão eólica e, consequentemente, gerando areais quase sem vegetação e sem capacidade de utilização na agricultura. Com o intuito de selecionar alternativas que permitam, além de recuperar as áreas afetadas, reintegrá-las ao processo produtivo para geração de algum rendimento, este trabalho tem por objetivo estudar a resistência à compressão simples dos solos eólicos dos areais da Campanha Gaúcha, melhorados sob adição de cimento, visando assim visando a sua aplicação em confecção de tijolos maciços. Para isso, foram coletadas amostras de solos de três áreas de estudo entre os municípios de Alegrete e Manoel Viana Seguidamente, foi realizado o ensaio de caracterização geotécnica. Após isso, foram preparadas misturas de solo-cimento sob proporção de 88%-12%. Posteriormente, utilizando o processo de compactação Proctor Normal, confeccionaram-se corpos de prova sob diferentes teores de umidade, sendo após, submetidos a ensaios de resistência à compressão simples. Os resultados do trabalho permitiram constatar que a adição de 12% de cimento nos solos dos areais, proporciona uma melhoria na resistência mecânica, possibilitando a sua utilização na confecção de tijolos maciços.. Palavras-chave: areais; solo-cimento; resistência mecânica.. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. ESTUDO DA RESISTENCIA DE MISTURAS DE SOLOS EOLICOS SOB ADIÇÃO DE CIMENTO. 1 Aluno de graduação. campagnolo.lu@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. rdealmeidafilipe@gmail.com. Co-autor 3 Docente. wilbertapahuasco@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(2) ESTUDO DA RESISTENCIA DE MISTURAS DE SOLOS EOLICOS SOB ADIÇÃO DE CIMENTO. 1 INTRODUÇÃO A região da Campanha Gaúcha sofre com um problema ambiental, na qual é identificada como área de atenção especial (Ministério do Meio Ambiente, 1997), que é historicamente conhecido como arenização eólica. Segundo Suertegaray (1987), entende-se como arenização, o processo de retrabalhamento de depósitos arenosos (pouco ou não consolidados) que promove nessas áreas dificuldade de fixar a vegetação, devido à mobilidade constante de sedimentos, associados a essa característica sabe-se que o solo não tem coesão, apresenta baixa resistência mecânica e é facilmente transportado pela força das águas e ventos. Conforme Freitas et al. (2007), a busca de soluções para as questões dos areais, deve ser orientada no sentido de selecionar alternativas que permitam, além de recuperar as áreas afetadas, reintegrá-las ao processo produtivo para geração de algum rendimento. Com base nessa problemática, este trabalho tem por objetivo estudar a resistência à compressão simples dos solos eólicos dos areais da Campanha Gaúcha, melhorados sob adição de cimento, visando assim visando a sua aplicação em confecção de tijolos maciços. Para isso, foram coletadas amostras de solos de três áreas de estudo entre os municípios de Alegrete e Manoel Viana. Seguidamente, foi realizado o ensaio de caracterização geotécnica. Após isso, foram preparadas misturas de solo-cimento sob proporção de 88%-12%. Segundo EMBRAPA (1994), os solos que caracterizam as áreas dos areais da Campanha Gaúcha foram recentemente classificados como Neossolos Quartzarêncios Órticos. São solos novos, pouco desenvolvidos, muito frágeis e altamente susceptíveis à erosão hídrica e eólica. A cobertura vegetal original é caracterizada de acordo com o bioma pampa, gramíneas de vegetação rasteira e pequenos arbustos. De acordo com Buriol (2002), o tijolo de solo-cimento pode ser utilizado como solução econômica nas obras de alvenaria, pois podemos avaliar que depois de um tempo de cura a mistura aumenta sua resistência. A avaliação do grau de estabilização de tijolos de solo-cimento é realizada através de testes físico-mecânicos. 2 METODOLOGIA As áreas de estudo estão situadas no sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, envolvendo as cidades de Alegrete e Manoel Viana. A primeira área está localizada no Deserto de São João, situado nas proximidades do 2º Distrito de Passo Novo, nas coordenadas 651702.83E; 6713021.21S. Já a segunda área de estudo está inserida no subdistrito do Durasnal, nas coordenadas 646164.12E; 6689770.13S. A última área correspondeu ao município de Manoel Viana (658099.16E; 6725295.36S). Figura 1 ± Áreas de Estudo: (1) Área do Durasnal; (2) Área de Manoel Viana; (3) Área do São João.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) Fonte: O autor, 2018.. Para as amostras de solos coletadas, foi executado no laboratório, teste de caracterização geotécnica por meio do ensaio de granulometria, utilizando o método do peneiramento (NBR 7181, 1984). Seguidamente, foram definidas as curvas de granulometria e, através das Equações (1) e (2), foi possível a classificação dos solos em relação ao coeficiente de uniformidade (Cu) e coeficiente de curvatura (Cc).. %Q L %? L. ½:4 ½54 :½74;~ ½:4H½54. (1) (2). Onde: D60 é Diâmetro correspondente a 60% em peso total das partículas menores que esta porcentagem; D30 é Diâmetro correspondente a 30% em peso total das partículas menores que esta porcentagem; D10 é o Diâmetro correspondente a 10% em peso total das partículas menores que esta porcentagem. Com o intuito de avaliar possíveis melhorias de resistência nos solos eólicos, foram preparadas misturas solo-cimento sob proporção em peso seco de 12% de cimento. Para isso, foi utilizado o cimento Portland CP IV-32. Seguidamente, foram executados ensaios de compactação pelo método Proctor, utilizando a Energia Normal, de acordo com a NBR 7182/1996. Após a compactação, os corpos de prova das misturas solo-cimento, foram submetidos a um processo de cura por período de 28 dias. Após o período de cura, seguindo a orientação da norma NBR 12025/1990, foram realizados ensaios de compressão simples. Para isso, foi utilizada a prensa uniaxial Instron/Hvl5595. A movimentação da carga ocorreu de forma lenta e o carregamento só foi cessado quando o valor da carga máxima alcançada começou a diminuir, desenvolvendo assim, fissuras visíveis no corpo de prova e, antes de acontecer o total rompimento, o ensaio foi cessado. A carga máxima alcançada foi anotada como carga de ruptura do corpo de prova. Figura 2 ± Ensaio de caracterização geotécnica dos areais: (1) Preparação das amostras; (2) Granulometria por peneiramento.. Fonte: O autor, 2018.. Figura 3 ± Ensaios de Melhorias das misturas SOLO-CIMENTO: (1) Compactação Proctor Normal; (2) Resistencia à compressão simples.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) Fonte: O autor, 2018.. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO A distribuição da granulometria dos solos estudados (areias eólicas) está representada na Figura 4. O comportamento das curvas caracteriza solos muito uniformes, apresentando valores de coeficiente de uniformidade Cu < 5. Este fato é comprovado pela Equação (1) e demonstrado na Tabela 1. Além disso, com base na Equação (2), embora a relação dos coeficientes de curvatura dos solos de Durasnal e Manoel Viana apresentam-se bem graduados (1< Cc < 3), pela classificação do Sistema Unificado - SUCS, os mesmos são definidos como areias mal graduadas (SP). Assim também, a curva granulométrica dos areais do São João, contem descontinuidade no conjunto de partículas, se enquadrando como areias mal graduadas (Cc < 1), fato comprovado pela Equação (2) e demonstrado na Tabela 1. Figura 4 ± Curva granulométrica das áreas de estudo.. % que passa. Granulometria das áreas de estudo 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0,01. 0,10. 1,00. 10,00. 100,00. Diâmetro das partículas (mm) Deserto São João. Durasnal. Manoel Viana. Fonte: O autor, 2018.. Tabela 1 ± Coeficientes de Uniformidade e Coeficientes de Curvatura dos areais. Solos Arenosos Cu Cc 3 1,33 Durasnal 2,3 1,19 Manoel Viana 2 0,89 São João Fonte: O autor, 2018.. Para os areais de São João, Durasnal e Manoel Viana, mostra-se na Figura 5 o comportamento das curvas de compactação das misturas solo-cimento, sob adição de 12% de Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) cimento. Percebe-se que as curvas de compactação das misturas correspondente aos solos de Durasnal e Manoel Viana, mostram comportamentos similares, apresentando valores de massa específica seca máxima próximos de 1,86 g/cm3. Já a mistura do solo de São João apresentou um comportamento diferente, com valor de massa específica seca máxima próximo de 1,94 g/cm3. Para os resultados dos ensaios de compressão simples mostraram para as misturas dos solos dos areais (sob adição de 12% de cimento), valores acima de 2,7 MPa, conforme mostra as curvas de resistência a compressão simples, na Figura 6. Consequentemente, considerando que a norma NBR 8491/1984 exige para confecção de tijolos maciços de solo-cimento, valores de resistência à compressão simples acima de 2 MPa, pode-se dizer, que os solos estudados neste trabalho, sob adição de 12% de cimento, podem ser aproveitados para esta finalidade.. Massa esp. seca compactada (g/cm³). 1,95. Figura 5 ± Curvas de compactação das misturas solo-cimento. Curvas de compactação sob adição 12% cimento. 1,9 1,85 1,8. 1,75 1,7 4,00. 6,00. Fonte: O autor, 2018.. 8,00 10,00 teor de umidade (%) São João Durasnal. 12,00. 14,00. Manoel Viana. Figura 6 ± Curvas de Resistência à compressão simples das misturas solo-cimento. Resistência à Compressão Simples (12% cimento) Pressão (Mpa). 8 6 4. 2 0 2,00. 4,00. 6,00. 8,00. 10,00. 12,00. 14,00. Teor de Umidade (%) DURASNAL - Pressão Cal (Mpa) SÃO JOÃO - Pressão Cal (Mpa). MANOEL VIANA - Pressão Cal (MPa). Fonte: O autor, 2018.. Das Figuras 5 e 6, levando em consideração o feito do teor de umidade, percebe-se que o comportamento das curvas de resistência guardam relação com o comportamento das curvas de compactação. Dessa forma, é possível argumentar que para uma determinada Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(6) energia de compactação corresponderão valores resistência mais elevados quanto mais próximos os solos estiverem compactados dos teores de umidade ótima. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os solos dos areais da Região da Campanha Gaúcha, estudados neste trabalho, retratam coeficiente de uniformidade (Cu) abaixo de cinco, implicando comportamento granulométrico uniforme. Dessa forma, segundo a Metodologia de classificação SUCS, todos os solos estudados são definidos como areias mal graduadas (SP). As curvas de compactação das misturas de solo-cimento correspondente aos solos de Durasnal e Manoel Viana mostram comportamentos similares. Já a mistura do solo de São João apresentou um comportamento diferente. Ressalta-se a divergência do solo de São João, à possibilidade de características mineralógicas distintas. Salientando que a norma NBR 8491/1984 exige para confecção de tijolos maciços de solo-cimento, valores de resistência à compressão simples acima de 2 Mpa, pode-se dizer, que os solos estudados neste trabalho, sob adição de 12% de cimento, podem ser aproveitados para esta finalidade. REFERÊNCIAS ABNT t ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12025: Solo-cimento - Ensaio de compressão simples de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro,1990. ABNT t ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de Solo t Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio de Janeiro, 1986. ABNT t ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo t Análise Granulométrica. Rio de Janeiro, 1984. ABNT t ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7182: Solo t Ensaio de compactação. Rio de Janeiro, 1986. ABNT t ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 8491: tijolo maciço de solocimento: especificação. Rio de Janeiro, 1984. BURIOL, Telmo Luiz. ^ Œ š Œ]Ì } i Ì] • ‰ Œ }v•šŒµ } Z ]š • • ‰}‰µo Œ •U com solo-cimento, em Santa D Œ] îììî_X 139 f. Dissertação (Mestrado) tUniversidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2002. DAS, Braja. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo: Thomson,. 2007. EMBRAPA. ^ šo • } D ]} u ] vš } Œ •]o_X Brasília: Editora Terra Viva, 1-138., 1994. FREITAS, C. A; GOULART, D. D; ALVES, F. D. ^K ‰Œ} ••} Œ v]Ì } v} •µ } •š } Z]} 'Œ v } ^µoW hu oš Œv š]À ‰ Œ • µ • vÀ}oÀ]u vš} •• ]} }v€u] }_X Universidade Federal de Santa Maria. 16p. Santa Maria t RS. 2007. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (1997). Plano Nacional de Combate à Desertificação. Centro de Sensoriamento remoto. IBAMA. SUERTEGARAY, D. M. A.. (1987) Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, instituição de defesa de tese. ^ dŒ i tória da Natureza: um estudo geomorfológico sobre os areais de Quarai t Z^X_ São Paulo: USP, 1987. 243F.IL.Mapas. Tese de doutorado: Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo, BR-SP. Orientador: ABREU, Adilson Avansi de.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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Figure

Figura 1 ± Áreas de Estudo: (1) Área do Durasnal; (2) Área de Manoel Viana; (3) Área  do São João
Figura 2 ± Ensaio de caracterização geotécnica dos areais: (1) Preparação das amostras; (2)  Granulometria por peneiramento
Tabela 1 ± Coeficientes de Uniformidade e Coeficientes de Curvatura dos areais.
Figura 6 ± Curvas de Resistência à compressão simples das misturas solo-cimento.

Referencias

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