REGE
-
Revista
de
Gestão
http://www.regeusp.com.br/ REGE-RevistadeGestãoxxx(2016)xxx–xxx
Tecnologia
da
Informac¸ão
Comportamento
dos
bancos
no
e
seus
efeitos
sobre
a
imagem
da
marca
Behaviour
of
banks
on
and
its
effects
on
the
brand
image
Ramon
Simões
Sérgio,
Tania
Pereira
Christopoulos
∗e
Edmir
Parada
Vasques
Prado
UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,SP,BrasilRecebidoem17demarçode2014;aceitoem27dejaneirode2016
Resumo
Atualmente,muitasorganizac¸õestêmusadoasmídiassociaiscomoferramentadetecnologiaparaaprimorarorelacionamentocomclientese melhorarseusresultados.NoBrasil,osetorfinanceirotemadotadooTwittercomoferramentadetecnologiadeinformac¸ãoecomunicac¸ão(TIC) parainteragircomseusclientes.Oobjetivodesteestudoéanalisarcomoasinstituic¸õesfinanceirasusamasredessociaiscomoferramentade TIC−maisespecificamenteoTwitter−ecomoessasTICstêmcontribuídoparaaformac¸ãodaimagemdesuasmarcas.Paratanto,foiconduzida umapesquisadescritiva,naqualfoifeitoomonitoramentodosperfisdascontas-chaveedosperfisdestinadosàsfunc¸õesdeSAC(Servic¸ode AtendimentoaoCliente)decincograndesinstituic¸õesfinanceirasbrasileirasnaredesocialTwitter.Foianalisadooconteúdode1.080mensagens coletadasnoTwitterdasinstituic¸õesfinanceirasalvodesteestudo.Verificou-sequehádiferenc¸asnocomportamentodasinstituic¸õesquandoessas interagempormeiodosperfisdecontasSACoupormeiodeperfisdecontas-chave.Oestudoidentificaanecessidadedeasinstituic¸õesadotarem aredesocialTwittercomoferramentadeTIC,embuscadaformac¸ãodeumaimagemmaiscoesaealinhadacomseusobjetivos.Alémdisso, observou-se,entreasinstituic¸õesfinanceirasprivadasepúblicas,umcomportamentodiferenteemrelac¸ãoaousodoTwitterparaascontas-chave eparaascontasdestinadasàsfunc¸õesdeSAC.
©2016DepartamentodeAdministrac¸˜ao,FaculdadedeEconomia,Administrac¸˜aoeContabilidadedaUniversidadedeS˜aoPaulo–FEA/USP. PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Palavras-chave:Twitter;Tecnologiadeinformac¸ão;Setorfinanceiro. Abstract
Currently,manyorganizationsareusingsocialmediaastoolsoftechnologytoenhancecustomerrelationshipsandimprovetheirresults.In Brazil,thefinancialsectorhasusedTwitterasatoolofinformation,communicationandtechnology(ICT)tocommunicatecommunicatingwith theircustomers.Theaimofthisstudyistounderstandhowfinancialinstitutionsareusingsocialmedia,specificallythesocialnetworkTwitterto developtheimageoftheirbrands.Therefore,wecarriedoutadescriptivestudyinwhichwedidamonitoringonTwitterofthecorporateprofiles andSAC(CustomerService)profilesfromthefivebiggestBrazilianfinancialinstitutions.Weanalyzedthecontentof1.080Twittermessagesof thosefinancialinstitutions.ItwasfoundthattherearedifferencesinbehaviorwhentheinstitutionsinteractthroughthecorporateprofilesandSAC profiles.ThestudyconcludesbyidentifyingtheneedofinstitutionsadoptTwitterasaTICtoolinsearchofamorecohesiveandalignedimage withitsgoals.Moreover,weidentifiedadifferentbehaviorbetweentheprivateandpublicfinancialinstitutionsinBrazil,bothinrelationtothe useofTwitterforcorporateprofilesandCustomerServiceprofiles.
©2016DepartamentodeAdministrac¸˜ao,FaculdadedeEconomia,Administrac¸˜aoeContabilidadedaUniversidadedeS˜aoPaulo–FEA/USP. PublishedbyElsevierEditoraLtda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Keywords:Twitter;Informationtechnology;Financialindustry.
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:tchristop@gmail.com(T.PereiraChristopoulos).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rege.2016.07.001
1809-2276/©2016DepartamentodeAdministrac¸˜ao,FaculdadedeEconomia,Administrac¸˜aoeContabilidadedaUniversidadedeS˜aoPaulo–FEA/USP.Publicado porElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Introduc¸ão
Asmídiassociaistêmsidousadascomoferramentade tecno-logiadeinformac¸ãoedecomunicac¸ão(TIC)paraaconstruc¸ão docontatoentreorganizac¸õeseclientese,muitasvezes,têmse transformadoemumapoderosaferramentaparaamanutenc¸ão dessecontatoemcurtoeemlongoprazo.Emfunc¸ãodos obje-tivosdasorganizac¸ões,aopc¸ãopodeserporumououtrotipo demídiasocial.Contatosrápidospodemserestabelecidospor meio de microblogging e um diálogo mais duradouro pode ser cultivadopor meiode mídiassociais, como Facebook ou
Google+.
Naanálisedousodasmídiassociais,pode-seperceberque cada empresatem suaspreferências.No casodo setor finan-ceiro, percebe-se que há uma forte inclinac¸ão pelo uso do
microblogging, por ser uma ferramenta de TIC que permite respostasrápidaseadequadasparaatenderàdinamicidadedo negócio.Nessesentido,osbancostêmadotadooTwittercomo ferramentaparatransmitir informac¸õesouse comunicar com seus clientes e cultivar a rapidez no relacionamento a baixo custo.
Entretanto,muitosbancosnãoparecemterdesenvolvidouma estratégiaparaousodessatecnologia nodesenvolvimento do relacionamentocomseusclientes.Issoficaclaroquandose ana-lisammaisdetalhadamenteasmensagensdessesbancosnarede socialTwitter.Nessaanálise,identifica-se queperfis distintos sãocriadosàmedidaquesurgemnecessidades específicasde comunicac¸ão com os clientes. Além disso, há um monitora-mento insuficiente quandose trata deperfis criados por seus usuáriospara tratarde questões relativasaessas instituic¸ões. Comodecorrênciadessasac¸ões,porvezesasorganizac¸õesse posicionamperanteosusuáriosdeformaconfusa,semclareza quantoàssuasintenc¸õesdeinserc¸ãonaredesocial.Paraos usuá-riosdoTwittereparaosseguidoresdosperfisdessasinstituic¸ões, esse posicionamento confuso acarreta falta de entendimento quanto àmensagem eà imagem queas instituic¸ões desejam transmitir.
A fim de contribuir para o aprofundamento dessas ques-tões, este estudo tem como objetivo analisar como as instituic¸õesfinanceirasusamasredessociaiscomoferramenta deTIC−maisespecificamenteoTwitter−ecomoasTICstêm contribuídoparaaformac¸ãodaimagemde suasmarcas.Para tanto,oestudosepropõeaanalisar,pormeiodemonitoramento doTwitter,osperfis-chave(perfiscorporativos)eosperfis desti-nadosàfunc¸ãodeServic¸odeAtendimentoaoCliente(SAC)de cincograndesinstituic¸õesfinanceirasbrasileiras–perfisesses que são públicos eestão disponíveis para consulta e análise de quaisquer interessados – eprocurar compreender como o
Twitter tem sido adotado como ferramenta de informac¸ão e comunicac¸ãoequaloimpactodessaformadeusodaferramenta sobreaimagemdesuasmarcas.Paraatenderaosobjetivosdesta pesquisa,foifeitaumaanálisedeconteúdoeumacategorizac¸ão dosperfis-chaveedosperfisdestinadosàfunc¸ãoSAC.
Naspróximassec¸õesserãoapresentados:ateoriaque fun-damentaapesquisa, o modelo dereferência paraapesquisa, o método usado,aanálise dos resultadoseas conclusões do estudo.
Fundamentac¸ãoteórica
Mídiassociais
Mídias sociais podem ser definidas como um grupo de aplicac¸ões construídas sobre as fundac¸õesideológicas e tec-nológicas daweb2.0equepermitem ocompartilhamentodo conteúdogeradopelousuário(KaplaneHaenlein,2010;Torres, 2009).Comoexemplosdemídiassociais,temosblogs, micro-blogs,wikis,fóruns,redessociaiseoutros(Torres,2009).
Nãosedevemconfundirosconceitosdemídiasocialederede social.Otermo“rede”podeserdefinidocomo“grupode relaci-onamento”(Gummesson,2005),porém,quandoadicionadoao termo“social”,ambospassamarepresentarumsentidomaior: “redesdelac¸osinterpessoaisqueprovêmsociabilidade,suporte, informac¸ão, consciência compartilhada e identidade social” (Wellman,2005).Ainterac¸ãoentreesseslac¸osocorredeforma virtualemumambientedigital,pormeiodaformac¸ãode gru-posquesãomantidosporprocessoscontínuosdecomunicac¸ão (BagozzieDholakia,2002).Esseambienteéchamadodemídia social e definido como tecnologias on-line e práticas que as pessoasusamparacompartilhar opiniões,ideias,experiências eperspectivascomoutrosusuários(Bhagat,2009).
Asmídiassociaistêmumenormepoderdeformac¸ãode opi-nião,permitemqueusuáriossejamprodutoreseconsumidores dainformac¸ãoquesedisseminanomeioepodemauxiliarna construc¸ão oudestruic¸ão de umamarca,um produto ouuma campanhapublicitária.Oconsumidorpodeverificar,pormeio dasmídiassociais,informac¸õessobreprodutoseservic¸osantes de fazerumacompra,alémdefacilmente conhecer experiên-ciasdeoutrosconsumidores.
Sabe-se queas organizac¸õesdevemgerarinformac¸õesque permitamqueseusclientes,atuaisefuturos,conhec¸ametenham experiênciaspositivascomsuamarcaeseuproduto.A visibili-dadequeasmídiassociaistêmeosrelacionamentoscriadosa partirdelassãooqueastornaatraentesparaomarketingfeito pormeiodaweb(Torres,2009).
O Twitter é uma das ferramentas mais populares que seguemumaplataformademicroblogging(SaeedeSinnappan, 2011). Microblogging é uma forma de blogging que per-mite apublicac¸ãode textos curtos, nocasodo Twitterde no máximo140caracteres,comdiversosconteúdosquepodemser atualizadosviaSMS(shortmessageservice),IM(instant mes-saging),e-mailouweb.Osusuáriospodemescolhertornarsuas publicac¸õesprivadasoupúblicas(Javaetal.,2007).
Criado em marc¸o de 2006, o Twitter é um misto de rede social,blogeferramentadecomunicac¸ão.Permitequeos usuá-rios enviem atualizac¸ões pessoaisde informac¸õessobre onde estãoeoquefazem(Torres,2009).Oservic¸ofoilanc¸ado ofici-almenteemoutubrode2006.SegundoComm(2009),aideiaé combinarasatualizac¸õesfeitasnawebcominformac¸õesmóveis. ParaRodrigues(2009),oquediferenciaummicroblogging
“tradicional”doTwitteréqueoúltimopodeserdefinidocomo umaredesocial,comumasériedefuncionalidadesquepermitem queousuáriopossaconstruirsuarededeseguidores.Aoseguir outrosusuários,asatualizac¸õesdessespodemser acompanha-daspelafuncionalidadeHistórico(Timeline)eapresentadasde
formacronológica.Possibilitamaconstruc¸ãodaredesocialea participac¸ãoemassuntosdiversos.Alémdisso,oautorenfatiza quedentreosrecursosdisponíveisaqualquerusuáriodoTwitter
destacam-se:lernotíciascomo emumfeedRSS,acompanhar asmovimentac¸õesdeamigoseparentes,sanardúvidas, manter--seatualizadocomnotíciaseopinarsobreprodutoseservic¸os diretamenteparaasempresasqueusamaferramenta.
Imagemdemarca
Aliteraturaapresentadiferentesformasdeconceituar ima-gem de marca. A seguir, destacam-se algumasdefinic¸ões de imagem de marcaencontradas na literatura equepodem ser úteisnoestudodaadoc¸ãodeTICs.
a) Representac¸ões, impressões, convicc¸ões e redes de signi-ficados de um produto, uma marca ou uma organizac¸ão armazenadasnamemóriadeformaholística(DeToni,2005). b) Umaletra,umapalavra,umsímboloouqualquerassociac¸ão desses elementos quese adote para identificar produtos e servic¸osdeumfornecedorespecífico(Limeira,2005). c) Umnome,termo,signoousímbolocomafunc¸ãode
identifi-carapromessadebenefícios,associadosabensouservic¸os, queaumentaovalordeumprodutoalémdeseupropósito fun-cionaletemumavantagemdiferencialsustentável(Tavares, 1997).
Deacordocomtaisconceitos,KellereMachado(2006) afir-mamqueoconjuntodeassociac¸õesqueoconsumidorarmazena namemóriasobredeterminadamarcaéaimagemdemarcaque ele percebe.As manifestac¸õesdasorganizac¸õesreferentes às suasmarcaspodemgerarassociac¸õespositivas,neutrasou nega-tivas.Assim,amarcaérepresentadapeloacúmulodetudoque émemorizadodesuasac¸õespeloconsumidoreoconjuntode associac¸õescoerentemente organizadaseconectadas àmarca formaaimagemdela.
Numa perspectiva mercadológica, Barich e Kotler (1991) apresentamquatrotiposdeimagem:adamarca(comoaspessoas percebemdeterminadamarcaemrelac¸ãoàssuasconcorrentes); adosprodutos(comoaspessoasveemdeterminadacategoriade produtos);ademarketing(aformapelaqualévistaaqualidade daoferta eo mixde marketing daorganizac¸ão); eaimagem corporativa (como as pessoaspercebem a empresacomo um todo). Por outrolado, Stern, Zinkhane Jaju (2001) apresen-tamtrêstiposdiferentesdeimagens,masrelacionados:imagens damarcae/ouproduto;imagemdacorporac¸ão;eimagemdo estabelecimentocomercial.
Imagemdemarcaemídiassociais
Nosúltimos 30 anos, verificou-se queum grande número de empresas sofreu prejuízo em suas imagens. Algumas em razão de desastres ambientais, como o caso do navio Exxon Valdezno Alasca(Stuart, 1989);outrasdevido àausência de regulamentac¸ão adequada,casodos bancos eda crise imobi-liárianosEstadosUnidos(PedriniJr,Thimóteo,Perin,2010). SegundoSchuler(2008),oconceitodeimagemdemarcatem
Unidades de análise
Contas-chave Contas-SAC • Interação com o usuário
• Grau de formalidade
• Presença de link • Problema relatado pelo usuário
• Tipo detweet ou mensagem publicada • Tratamento dado ao problema Figura1. Critériosparaclassificac¸ãodasmensagens.
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
sidousadocomoumconceitoimportantenoestudodo compor-tamentodoconsumidorenogerenciamentodemarketing.
Aimagemcorporativaédecorrentedoqueaspessoasdizem sobreaorganizac¸ãoedoqueaorganizac¸ãodizsobresimesma (Dowling,1993).Asmídiassociaissãoferramentasque auxi-liamnaadministrac¸ãodoqueédito.Apesardoexplosivonúmero deorganizac¸õesqueinteragemcomseusclientespormeiode uma diversidade de mídiassociais (Boyd eEllison, 2007),o que resulta na reestruturac¸ão da func¸ão de marketing, assim como da formacomo as organizac¸õespensamseu relaciona-mento comclientes(Deans,2011),poucotemsidoverificado notocanteaoalinhamentoentreobjetivosorganizacionais eo usodamídiasocialcomoformadecriac¸ãodevalor.Essa ausên-ciadeiniciativasnocampodaestratégiapodeserdevidaàfalta de habilidade paramedir as consequências dessas estratégias (Culnan;Mchugh;Zubillaga,2010).
O quese devesalientar, noentanto, éque, antesde com-preender como medir as consequências da interac¸ão,deve-se compreenderoprópriofenômenodainterac¸ão,comoverificado emumestudode1.176tweetsfeitospormaisde60instituic¸ões financeiras,concentradasnosEstadosUnidos,queforam moni-torados e revelaram como usavam o Twitter (William Mills Agency,2009).Oestudoanalisouquaisinstituic¸õesfinanceiras usavamoTwitter,o tipodeinformac¸ãoqueelas compartilha-vam,asdiferenc¸asnousoeotipodepúblicoqueelastentavam atingir.Entre osresultados,apráticadedisseminarnotíciase informac¸õesfoiotipomaiscomumdeac¸ãodesenvolvidapor taisinstituic¸ões.Verificou-setambémquealgumasinstituic¸ões financeiras usavam a ferramenta pararecrutar novos clientes einformarpromoc¸õesetaxas,enquantooutrasausavampara manterseusclienteseinformardicasfinanceirasenotícias rela-cionadas.
Modelodereferênciadapesquisa
ApesquisatevecomobaseoestudofeitopelaWilliamMills Agency(2009).Pormeiodesseestudo,adaptadodeacordocom os critérios apresentados na figura 1, formularam-se os pas-sosparaomonitoramentoeaclassificac¸ãodecadamensagem analisada.
Critériosadotadosparacontas-chaveecontasSAC
a) Interac¸ãocomousuário.Essaclassificac¸ãolevaemconta o tipoderespostaqueasinstituic¸õesfinanceirasdãoaum comentáriogeradonarede.Foramestabelecidostrêsníveis: positivo,casoserelacionassecomumcomentáriopositivo
deoutraconta;neutro,casonãose relacionassecom qual-quercomentárioouserelacionassecomumcomentárioque nãoesboc¸assevalorpositivoounegativo;enegativo,casose relacionassecomumcomentárionegativo.
b) Graudeformalidade.Essecritérioavaliouograude forma-lidadedamensagem.Eleédefinidocomocorporativo,caso aescritausadaseja formalesem abreviac¸ões,oupessoal, casoaescritausadasejainformale/oucomabreviac¸ões.
Critériosadotadossomenteparacontas-chave
a) Presenc¸ade link.Amensagemfoiclassificada deacordo comavinculac¸ãodeumlinkcomalgumsiteexterno,ouseja, considerou-sese apublicac¸ãocontinha,juntamentecomo texto,umlinkparaoleitoracessarumainformac¸ãoextra.As categoriasdeclassificac¸ãodamensagemsãoasseguintes: • Semlink.Nãoocorreapresenc¸adelink;
• Facebook.Direcionaoleitorparaaredesocialdo Face-book,daqualainstituic¸ão participae/ounaqualdeseja compartilharinformac¸ões.
• YouTube. Direciona o leitor para arede social do You-Tube,daqualainstituic¸ão participae/ounaqualdeseja compartilharinformac¸ões.
• Site institucional. Direciona o leitor para apresentar informac¸õesadicionaiscontidasemseusiteinstitucional; • Outrossites.Apresentarinformac¸õescontidasemoutros
sites que não correspondam a redes sociais ou ao site
institucionaldaempresa.
b) Tipodetweetpublicado.Essecritérioclassificouotipoda mensagemdeacordocomasseguintescategorias:
• Discussão.Apublicac¸ãoentraemcontatocomuma dis-cussãonoambiente,participaeinteragecomosusuários; • Iniciadordediscussão.Apublicac¸ãotemointuitodegerar umadiscussão,apresentartemas,notíciase acontecimen-tos;
• Notíciasdoambienteexterno.Apublicac¸ãocompartilha notíciasquenãoenvolvemainstituic¸ão,esimoambiente externoaelaeoqueacontecenele;
• Notícias do ambiente interno. A publicac¸ão comparti-lhanotíciasqueenvolvemainstituic¸ãoeoseuambiente interno;
• Notificac¸ãodeseguranc¸a.Apublicac¸ãoexpressacuidados queosleitoresdevemteremrelac¸ãoàsuaseguranc¸a on--lineeemprocedimentosbancários;
• Promoc¸ãodeproduto.Apublicac¸ãofocaomarketingde produtosdainstituic¸ãoeinstigaoleitoraconhecê-los; • Promoc¸ãoparticipativa.Apublicac¸ãoconvidaoleitora
participar de uma promoc¸ãomomentânea desenvolvida pelainstituic¸ão;
• Relac¸ãocomacomunidade.Apublicac¸ãoinformaos pro-jetossociaiseculturaisdesenvolvidosepatrocinadospela instituic¸ão;
• Resposta.Apublicac¸ãocomunica-secomoutrousuário narede,interagecomamensagemdele;
• Retweet.Apublicac¸ãotransmiteumamensagemquefoi publicadaporoutrousuáriodarede;
• SAC.Apublicac¸ãointeragecomoutrousuárioecoma mensagempor ele publicada,como intuito deresolver umproblemae/ouinterviremumcomentáriopublicado quemencionaainstituic¸ão,comosefosseumacontaSAC.
CritériosadotadossóparacontasSAC
a) Problemarelatadopelousuário.Essecritérioclassificoua mensagemdeacordocomoproblemarelatadopelousuário. Amensagemfoiclassificadanasseguintescategorias: • Nãoidentificável.Amensagemapresentadanaredepor
outrosusuáriosnãoapresentaumproblemaidentificável. • Procedimentos bancários. A mensagem apresentada na redeporoutrosusuárioscontémdúvidas,reclamac¸õese problemascomprocedimentosbancários.
• Telemarketingativo.Amensagemapresentadanaredepor outrosusuárioscontémdúvidas,reclamac¸õeseproblemas relativosaotelemarketingativodasinstituic¸ões.
• Atendimento. A mensagem apresentada na rede por outrosusuárioscontémdúvidas,reclamac¸õeseproblemas relativos ao atendimento ao consumidor oferecido pela instituic¸ão,sejaelaon-lineouviatelefone.
• Cancelamento. A mensagem apresentada na rede por outros usuários contém dúvidas, reclamac¸ões e proble-masde cancelamentodeprodutos eservic¸osoferecidos pelainstituic¸ão.
• Técnicos.A mensagem apresentadana rede por outros usuárioscontémdúvidas, reclamac¸õeseproblemas téc-nicos referente a produtos e servic¸os oferecidos pela instituic¸ão.
b) Tratamentodadoaoproblema.Essecritérioclassificoua soluc¸ãoapresentadaparaoproblemanasseguintes catego-rias:
• Apresentac¸ão de soluc¸ão. A publicac¸ão do tweet pela instituic¸ãoapresentainformac¸õesquevisamaintervirno problemaapresentado peloambiente,deformaqueseja tratado,sanadoe/ouesclarecidodentrodoambiente. • Enviodee-mail.Apublicac¸ãodotweetpelainstituic¸ão
apresentainformac¸õesquevisamaintervirnoproblema apresentadopeloambiente,deformaqueessesejatratado pelo enviode e-mail do usuário para ainstituic¸ão, e o esclarecimentoétratadoemoutroambiente.
• Enviodetelefone.Apublicac¸ãodotweetpelainstituic¸ão apresentainformac¸õesquevisamaintervirnoproblema apresentadopeloambiente,deformaqueessesejatratado medianteoenviodotelefonedousuárioparaainstituic¸ão, queprometeoesclarecimentodoproblema pormeiode umretornotelefônico.
• Problemaresolvido.Apublicac¸ãodotweetpelainstituic¸ão apresentainformac¸õesquevisamaintervirnoproblema apresentadopeloambiente,porémelejáestásanadoe/ou esclarecidopormeiodeoutroscanais.
Métododapesquisa
O tipo de pesquisa adotado nestetrabalho édescritivo. A finalidade é descrever arelac¸ão entre constructos envolvidos
Tabela1
Característicasgeraisdosbancosanalisados
Características Unidadeemreais Instituic¸õesfinanceiras
Privado1 Privado2 Privado3 Público1 Público2
Númerodeagências Milhares 4 2 4 5 2
Númerodecaixaseletrônicos Milhares 28 18 48 44 16
Lucrolíquidoanual Bilhões 15 6 12 16 5
Númerodeclientes Milhões 25 24 34 11 58
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
nofenômenoemquestão(AcevedoeNohara,2010),ouseja,a relac¸ãoentreaformacomoasempresasusamoTwittercomo ferramentadeTICesuainfluênciasobreaformac¸ãodaimagem damarca.Aestratégiadepesquisausadafoioestudodecasos múltiplos,recomendadoparao estudodefenômenos contem-porâneos(Yin,2010).Oobjetivoéaprofundaroconhecimento sobreousodemídiassóciasnosetorfinanceiro(Mattar,1996). Osdadosforamcoletadosapartir domonitoramentodo Twit-terdecinco instituic¸õesfinanceirasbrasileiras.Osnomesdas instituic¸ões nãoforammencionados por motivos éticos, uma vezque,segundoKozinets(2002),nãoháconsensoacercade seousodeinformac¸õescontidasemsitesépúblicoouprivado.
Unidadedeanálise
Nesta pesquisa foi avaliado como três bancos privados e doispúblicosusamoTwitteremsuascontas-chaveenaquelas destinadas àfunc¸ão SAC. Esses bancos estãoentre as maio-res instituic¸õesfinanceiras doBrasil. A seguir apresentam-se algunspontosdedestaquedecadaumdeles:
a) Privado1.UmdosmaioresbancosdoBrasilecomamaior partedesuasoperac¸õesnasregiõesSudesteeSul.Onívelde informac¸ãocontidonosprocessosenosprodutosdessebanco éconsideradoalto,oquefazcomqueaáreadeTecnologiada Informac¸ão(TI)tenhaumpapelfundamentalnasoperac¸ões eestratégiasdobanco.
b) Privado2.Trata-se de umdos maiores bancos domundo, comumadiversificac¸ãogeográficaequilibradaentreos mer-cadosdepaísesdesenvolvidosepaísesemergentes.Temalta participac¸ãocomobancodevarejo.
c) Privado3.Éumaempresadegrandeportedosetorfinanceiro ecomamaiorpartedesuasoperac¸õesemterritóriobrasileiro. Tem uma amplaredede agências e servic¸ose éumadas maioresoperadorasdeseguros,previdênciacomplementare títulosdecapitalizac¸ão.
d) Público1.É amaior instituic¸ão financeirado Brasil. Tem maisde37milhõesdecontascorrenteseamaiorredeprópria deatendimentodoBrasil.Alémdisso,posiciona-secomoo bancobrasileirocomamaiorredeprópriadeatendimentono exterior.
e) Público2.Éumainstituic¸ãofinanceiravinculadaao Minis-tério daFazenda queauxilianaexecuc¸ão daspolíticasdo governofederaldeincentivoàpoupanc¸a.Atuanapromoc¸ão da cidadania como instituic¸ão financeira, é um agente de políticaspúblicaseparceiraestratégicadoEstadobrasileiro.
A tabela1 apresenta algumas característicasgerais dessas instituic¸õesquepermitemavaliaroportedelas.
Ascontas-chave econtasSAC forammonitoradaspor um períododeterminadoetipificadasemcategorias preestabeleci-das,de acordocom o usoeo tipo de mensagem transmitida aosusuários.Essesdoistiposdecontasforamescolhidospor serascontas-chaveosperfiscentraisparaarepresentac¸ãoeac¸ões dasinstituic¸õeseascontasdestinadasàfunc¸ãoSACasquelidam diretamentecomdúvidasdopúblicoecomoscomentáriosque sãofeitosnoTwitter.
A captac¸ão das mensagens publicadas nas contas-chave e nascontasdestinadasaoSACfoifeitapormeiodousoda ferra-mentademonitoramentoon-lineSCUP,nasuaversãogratuita, acessívelpormeiodolinkhttp://www.scup.com.br.Cabe desta-carque,nadatadomonitoramento,obancoPúblico2nãotinha contaparaSAC.
Procedimentometodológico
Osdadosforamcoletadosde10deoutubrode2011a11de novembrode2011,anoemquegrandesinstituic¸õesbrasileiras, comoBradescoeItaú,porexemplo,jámencionavamousode redessociaiscomorelevanteparasuaestratégiadecomunicac¸ão com clientes em seus relatórios de administrac¸ão. Para cada conta-chaveoucontaSACfoiobservadoesseperíododecoleta. Alémdisso,ummêsdetweetssemostraumperíodointeressante deanálise,emrazãodociclodenegóciosdasinstituic¸ões finan-ceiras.Ovolumemédioestimadoparaosbancosanalisados,em ummês,éde12.250.Assim,2%dessevolumecorrespondem a245tweetse,portanto,foiassumidaumaamostramínimade 250tweets.
A técnica de análise de conteúdo desenvolvida por Bardin (1977) foi usada para auxiliar nos procedimen-tos de classificac¸ão das contas-chave e SAC. A análise de conteúdo apresenta os seguintes passos: preparac¸ão das informac¸ões, unitarizac¸ão ou transformac¸ão do conteúdo em unidades,categorizac¸ãoouclassificac¸ãodasunidadesem cate-gorias,descric¸ãoeinterpretac¸ão(Moraes,1999).
Acategorizac¸ãodasmensagensanalisadasfoielaboradapor meio de palavras-chave eavaliac¸ão entre positivo, neutro ou negativo, deacordocomamensagem dosusuáriosea publi-cadapelasinstituic¸õesfinanceirasqueinteragemcomeles.Após essacategorizac¸ão,foramrelacionadososresultadosobtidospor meiodomonitoramentocomateoriadaimagemdamarca.A partirdasanálises,foipossívelfazerinferênciasrelacionadasaos esforc¸osquecadainstituic¸ãofinanceiraempregaparaseinserir
naredesocialTwitterequeafetamdiretamenteospredicados decoesãonaformac¸ãodaimagemdamarca.
Limita¸cõesdométodo
Acrescenteevoluc¸ãotecnológicaacrescenta maior dificul-dadeàabordagemdosaspectosedasimplicac¸õesrelacionados aousodemídiassociaisparaformaraimagemdeumamarca. Somam-seaessasdificuldadesaslimitac¸õesdestapesquisa.
Apesar de ter seguido com rigor o procedimento meto-dológico, este trabalho apresenta limitac¸ões que devem ser consideradas na interpretac¸ão dos resultados. Dentre elas, destacam-seaquelasassociadasaométododepesquisausado. a) Uso de uma amostra não probabilística. Como
con-sequência,osresultadosnãopermitemageneralizac¸ãodos resultados. Atendeu-se,porém,aos objetivosdeum traba-lhodescritivo,queaumentouoconhecimentosobrecomoas instituic¸õesfinanceirasusamoTwitterparaformaraimagem desuasmarcas.
b) Coleta de dados restritaa um mês. Ovolumede dados gerados no Twitter pelas instituic¸ões financeiras analisa-daségrande,ouseja,cercade735.000tweetssãogerados por anonascincoinstituic¸ões analisadas.Emrazão disso, considerou-se um mês como período de análise para a extrac¸ãodaamostra.Ummêsencerraumciclodeatividades nasinstituic¸õesfinanceirasepodeserconsideradoadequado paraanálise.Entretanto,umaamostracomtweets distribuí-dosaolongodeumanoseriamelhor,poispermitiriacaptar efeitos associados à sazonalidade, aos feriados eàs datas comemorativas,entreoutros.
c) Critério de classificac¸ão das mensagens. O modelo de pesquisa descreve com clareza os critérios adotados para a análise das contas-chave e contas SAC. Entretanto, a classificac¸ãodasmensagens,pormeiodainterpretac¸ãodos autores,acrescentasubjetividadeaosresultados.
Resultados
Os resultados estão apresentados em dois tópicos: o pri-meiroanalisaascontas-chaveeosegundoascontasSAC.Em cada tópico são apresentadas estatísticas descritivas a partir da amostracoletada.Emseguida são feitostestes estatísticos nãoparamétricosparaidentificarpossíveisdiferenc¸as entreas instituic¸õesfinanceiras,e,porúltimo,sãodiscutidosos resulta-dos.
TodasascontasSAC,duranteoperíododemonitoramento, tiveramumagrandequantidadedemensagenseforam limita-das a250. Ascontas-chave nãoalcanc¸aram o limite de250, masforamemmaiornúmeronosbancosprivados,conformea tabela2.Noperíododemonitoramento,asinstituic¸õesque apre-sentaramosmenoresíndicesdepublicac¸ãoforamaPúblico1, comapenas15mensagenspublicadas,eaPrivado3,com40.
Adotou-se onível designificânciaestatísticade 1%como critério paraanalisar as características associadasaos bancos públicoseprivados. Apesardeessecritérioser maisrigoroso doqueousualmenteusadonocampodasciênciassociais(5%),
oobjetivofoiaumentarograudeconfiabilidadedosresultados obtidos.
Análisedascontas-chave
Umavezqueascontas-chavequasenãoapresentamresposta às mensagensde outros usuários,pode-se dizerqueo intuito delaséocompartilhamentodeinformac¸ão,enãoainterac¸ãocom oscomentáriosdarede.Ocompartilhamentodeinformac¸ãoéum meiodeinduzirosusuáriosaabsorverconhecimentos,procura fazercomquenovosclientessejamapresentadosàinstituic¸ãoe clientesjáconquistadossejammantidos.
Aanálisedascontas-chavefoifeitaapartirdosquatro cri-térios de classificac¸ão da mensagem, apresentados na sec¸ão pertinente ao Modelo de Referênciada Pesquisa. Aplicou-se o teste estatístico qui-quadrado de Pearson para determinar diferenc¸asentrebancosprivadosepúblicos.
a) Interac¸ãocomousuário
Entreascontas-chaveanalisadas,somenteadoPrivado1 interagiu com outros usuários, com um foco maior em comentáriospositivos emenor em negativos. OPrivado2, quetem como objetivo daconta-chave ainterac¸ãocom o meio,nãoapresentourelac¸ãocomoutrocomentárionarede eassim também as contas-chave do Privado3, Público1e Público2.
Aaplicac¸ãodotestedequi-quadradodePearsonmostrou umadiferenc¸aentrebancospúblicoseprivadosemrelac¸ão àinterac¸ãocomousuário,comníveldesignificância esta-tísticade1%.Osdadosestãoapresentadosnatabela3.Isso refleteofatodequeasmensagensdosbancosforam classi-ficadascomoneutras,comexcec¸ãodobancoPrivado1,que apresentou23,8%demensagensclassificadascomo positi-vas.
b) Graudeformalidade
Ograudeformalidadedacontadefineamaneirapelaqual ainstituic¸ãodeseja secomunicarnarede.Enquantoo Pri-vado1eoPrivado3mostraram-semaisinformais(maiorgrau deinformalidadepessoal)emsuascontas-chave,oPrivado2, oPúblico1eoPúblico2mostraram-seformais(aquase tota-lidadedasmensagenscomformalidadecorporativa),oque indicaaexistênciadepossívelpadrãoemsuaspublicac¸ões demensagensemcontas-chave.
Odestaquedostermosmaisusadosporcadaperfil moni-toradofazcomquesejapossívelcomprovar determinados comportamentos, em razão das palavras usadas. No caso daconta-chave doPrivado1, em queo termo “gente”é o maisusado,aparece 21vezesno período, verifica-seuma referênciaquepermitecategorizar aconta com o graude informalidadepessoal. Para efeito de comparac¸ão, os ter-mosmenosusadosnesse monitoramentoaparecemapenas quatrovezesdurantetodoo período,como porexemploo termo “homenageado”. O bancoPrivado2, em sua conta--chave,teve o termo “participe”comodestaque, apareceu 20vezesnoperíodo,oquecomprovaoíndicedemensagens destinadasàspromoc¸õesparticipativasjuntoaoseu público--alvo;porsuavez,osbancosPúblico2,Público1ePrivado3
Tabela2
Característicasdaamostracoletada
Característicasdascontas Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas
Tipo Amostra Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1 Público2 Total
Contas-chave Seguidores 18.280 32.213 20.618 71.111 23.338 4.858 28.196
Mensagenspublicadas 1.434 5.294 2.336 9.064 877 866 1.743
Mensagenscoletadas 143 147 40 330 15 97 112
ContasSAC Seguidores 7.787 5.707 10.349 23.843 10.407 10.407
Mensagenspublicadas 20.459 71.373 72.786 164.618 34.082 34.802
Mensagenscoletadas 250 250 250 750 250 250
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
Tabela3
Interac¸ãocomousuárionascontas-chave
Interac¸ãocomousuário Instituic¸õesPrivadas Instituic¸õesPúblicas TestedeQui-quadradodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1 Público2 Total
(143) (147) (40) (330) (15) (97) (112) Privados Públicos
Positivo 23,8 0 0 10,3 0 0 0 3,5a −3,5
Neutro 75,5 100 100 89,4 100 100 100 −3,6 3,6
Negativo 0,7 0 0 0,3 0 0 0 −0,6 −0,6
Total 100 100 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
a Valoresacimade3,2apresentamníveisdesignificânciaestatísticade1%.
apresentaramcomo destaque o nome desuasinstituic¸ões, reforc¸aramo posicionamentodapromoc¸ãodeprodutosna redeedestacaramainstituic¸ãonasmensagenspublicadas.
O graude formalidade das mensagens apresentou uma diferenc¸aentrebancosprivadosepúblicoscomnívelde sig-nificânciaestatísticade1%.Atabela4mostraque37,9%das mensagensdosbancosprivadostemcaráterinformal,usam abreviac¸ões.Poroutrolado,100%dasmensagensdos ban-cospúblicostêmlinguagemclassificadacomocorporativa, ouseja,linguagemformal,semusodeabreviac¸ões. c) Presenc¸adelink
Nãohouvediferenc¸aestatísticacomníveldesignificância de1%entrebancospúblicoseprivadosemrelac¸ãoàpresenc¸a delink,conformemostraatabela5.Apesardeosbancos pri-vadosapresentaremumaporcentagemmaiordemensagens vinculadasaoutrossitesdoqueadosbancospúblicos(17,3% contra6,3%),essadiferenc¸anãofoisignificativa.
Oslinksservemdeextensãodamensagempublicadaede umaopc¸ãoparalevaroleitorparaoutroambiente,noqual lheépossívelobtermaisinformac¸õesetambém transformá--loemumpossívelconsumidor.Aindicac¸ãodeoutrasredes sociaiscolaboraparaaaproximac¸ãoentreousuárioon-line
eainstituic¸ão em diferentesplataformas, constróilac¸os e comunidadeson-line.Para tal,o siteinstitucionaléo link
maisusado,enquantoumapequenapartedirecionaousuário paraoutrossiteseoutrasredessociais(FacebookeYouTube). Noperíododemonitoramento,o Privado3foio únicoque nãoapresentoulinkparaoutraredesocialeoPúblico1foio únicoquenãoapresentoulinksparaoYouTube.
d) Tipodemensagem
Entreostiposdemensagenspublicadas,apromoc¸ãode produto é a mais comum, apresenta os maiores índices
nos perfis do Privado1, Privado2, Privado3 e Público2. Outras práticas comuns são o compartilhamento de notí-ciasinternaseexternaseapublicac¸ãodeinformac¸õessobre promoc¸õesparticipativaserelacionamento coma comuni-dade.
Naanálisedotipodemensagempublicada,observaram-se duasdiferenc¸asentreosbancospúblicoseprivadoscomnível designificânciaestatísticade1%.Atabela6mostraqueos bancosprivadosenfatizammaisaspromoc¸õesparticipativas, enquantoospúblicosdãomaisênfaseanotícias.
AnálisedascontasSAC
Ascontas-chaveeSACforamescolhidas,propositalmente, paraseobservarumpossívelcontrastenocomportamentoque as instituic¸õesapresentam,considerando-seaspublicac¸õesde mensagensdestinadasaopúblicoemgeralouos comentários sobreaprópriainstituic¸ãopublicadosnoambientedoTwitter. Cadainstituic¸ãodesenvolveumcomportamento,emrelac¸ãoàs contas-chaveecontasSAC,quepodeserclassificadodeacordo com as categorias apresentadas no Modelo de Referência da Pesquisa(sec¸ão3).Aplicou-seotesteestatísticoqui-quadrado dePearsonparadeterminardiferenc¸asentrebancosprivadose públicos.
a) Interac¸ãocomousuário
O Público2 não apresentouuma conta SAC no Twitter
destinadaatalfunc¸ão.AcontaSACqueatingiumais rapi-damente olimite demensagenscapturadas (250) foiado Privado3 (nove horas e54minutos). Porseu caráter ope-racional, amaioriadas contasSAC lida com comentários negativos (42%)ouneutros(55%),eapenasumapequena parteépositiva(3%).Aaplicac¸ãodotestedequi-quadrado
Tabela4
Graudeformalidadedasmensagensdascontas-chave
Graudeformalidade Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadradodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1 Público2 Total
(143) (147) (40) (330) (15) (97) (112) Privados Públicos
Corporativo 39,9 89,1 42,5 62,1 100 100 100 −7,7a 7,7
Pessoal 60,1 10,9 57,5 37,9 0 0 0 7,7 −7,7
Total 100 100 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
aValoresacimade3,2apresentamníveisdesignificânciaestatísticade1%.
Tabela5
Vinculac¸ãodelinkàmensagemnascontas-chave
Presenc¸adelink Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadradodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1 Público2 Total
(143) (147) (40) (330) (15) (97) (112) Privados Públicos Semlink 29,4 2 32,5 17,6 13,3 32 29,5 −2,7a 2,7 Mídiassociais 23,8 23,1 0 20,6 6,7 16,5 15,2 1,3 −1,3 Siteinstitucional 30,8 54,4 57,5 44,5 53,3 48,5 49,1 −0,8 0,8 Outrossites 16,1 20,4 10 17,3 26,7 3,1 6,3 2,9 −2,9 Total 100 100 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
aValoresacimade3,2apresentamníveisdesignificânciaestatísticade1%.
Tabela6
Tipodemensagemnascontas-chave
Tipodemensagem Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadrodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público2
(143) (147) (40) (330) (97) Privados Públicos
Notícias 5,6 36,7 25 21,8 38,1 −3,2a 3,2
Notificac¸ãodeseguranc¸a 9,1 0 7,5 4,8 0 2,2 −2,2
Promoc¸ãodeproduto 41,3 26,5 55 36,4 46,4 −1,8 1,8
Promoc¸ãoparticipativa 6,3 27,2 12,5 16,4 0 4,3 −4,3
Relac¸ãocomacomunidade 6,3 6,8 0 5,8 0 2,4 −2,4
Outros 31,5 2,7 0 14,8 15,5 −0,1 0,1
Total 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
aValoresacimade3,2apresentamníveisdesignificânciaestatísticade1%.
dePearsonmostrouumadiferenc¸aentrebancospúblicose privados comnível de significância estatísticade 1%. Os dadosestãoapresentadosnatabela7.Amaioriadas mensa-gensdosbancosprivadosfoiclassificadacomoneutraedo bancopúblicocomonegativaeessadiferenc¸atemnívelde significânciaestatísticade1%.
b) Graudeformalidade
Ograu de formalidade das mensagens apresentouuma diferenc¸aentrebancosprivadosepúblicoscomnívelde sig-nificânciaestatísticade1%.Atabela8 mostraque71,6% dasmensagensdosbancosprivadostêmcaráterformal.Por outrolado,62,4%dasmensagensdosbancospúblicostêm
Tabela7
Interac¸ãocomousuárionascontasSAC
Interac¸ãocomousuário Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadradodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1
(250) (250) (250) (750) (250) Privados Públicos
Positivo 0,8 3,6 3,2 2,6 4,4 −1,5a 1,5
Neutro 40 90,4 51,2 60,5 39,6 5,8 −5,8
Negativo 59,2 6 45,6 36 56 −5,3 5,3
Total 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
Tabela8
GraudeformalidadedasmensagensdascontasSAC
Graudeformalidade Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadradodePearson
Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1
(250) (250) (250) (750) (250) Privados Públicos
Corporativo 100 15,2 99,6 71,6 37,6 9,6a −9,6
Pessoal 0 84,8 0,4 28,4 62,4 −9,6 9,6
Total 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
a Valoresacimade3,2apresentamníveisdesignificânciaestatísticade1%.
linguagem classificada como informal. Observou-se uma inversãoentreascontas-chaveeSAC.
No Privado1, o perfil da conta-chave éna maioriadas vezesinformal,operfildacontaSAC étotalmenteformal e,aomesmotempo,asmensagensparadiferentesusuários sãosemelhantes,oquepodeapontarparaumapadronizac¸ão demensagensouatéparaumaautomac¸ão.Omesmopode serditodoPrivado3,queemsuacontaSACapresentaum graudeformalidadecorporativo,aocontráriodesua conta--chave.Aocontrário,nobancoPrivado2aconta-chavetem formalidade corporativa, enquanto a conta SAC expressa umaformalidade pessoal, o quepode indicar o desejo de confortaros usuáriosesolucionar osproblemas encontra-dospor meiode um diálogoinformal. Emmenor grau, o BancoPúblico1pareceindicarodesejodeaproximar-sedos usuáriosdemaneirainformal.
c) Problemasrelatadospelosusuários
Houvediferenc¸acomníveldesignificânciaestatísticade 1%entreosproblemasrelatadospelosusuários.Atabela9 mostra que essa diferenc¸a ocorreu nos problemas classi-ficados como técnicos enaqueles classificadoscomo não identificáveis.Osbancosprivadostêmumpercentualmaior deproblemastécnicosespecificados,aopassoquenos ban-cospúblicosasmensagenscomproblemasnãoidentificados têmumafrequênciamaior.
d) Soluc¸ãodadaaoproblema
Houvediferenc¸aestatísticacomníveldesignificânciade 1% entre bancos públicos e privados, conforme mostra a tabela 10.Os bancos privados apresentaram uma porcen-tagem maior de soluc¸ões enviadas por e-mail e telefone, aopassoqueosbancospúblicostiveramumaporcentagem maiornacategoriadeapresentac¸ãodasoluc¸ão.
As contas destinadas àfunc¸ão SAC dosbancos Privado1, Privado2 ePrivado3 demonstraram, pormeio dotermo “aju-dar”,ointervirnasmensagenspublicadasnarede,apresentaram soluc¸õesparapossíveisproblemasenfrentadospelosusuáriosdo
Twitter,enquantoacontademesmafunc¸ãodoPúblico1 apre-sentouostermos“acesso”e“indisponibilidade”comoosmais usados, em razão dosproblemas técnicos que amaioria dos usuáriosenfrentavanomomentodeseumonitoramento.
Entre os problemas apresentados pelo ambiente nas instituic¸ões estudadas estão os relacionadosa procedimentos bancários, atendimento e técnicos. Aconta SAC passa aser umaferramentadainstituic¸ãobancáriapararevertero comentá-rionegativoquepossainfluenciaroutrosusuáriosnoambiente criardanosàimagemdamarca.Atécnicadeapresentarasoluc¸ão paraoproblemaencontradodentrodopróprioambienteTwitter
éamaisusadapelosbancosPrivado1,Privado3ePúblico1.O bancoPrivado2usaoenviodee-mailcomotáticamaisadequada para lidar com asoluc¸ão dos problemas. Essa tática, porém, impediuqueseverificasseseafinalizac¸ãodocontatorealmente trouxeumasoluc¸ãoparaoproblemadousuário.
Oatodeestenderocontatocomousuário,transferirasoluc¸ão doproblemaparaoutroambienteeacreditarqueocontatose desenvolveráremete-nosaoutroproblema:aquestãoda credi-bilidadenacontadoTwitterqueestásendoacessada.Paraque osusuáriosrespondamaocontatoemoutrosambientes.é neces-sárioqueacreditemqueacontadoTwitteré,defato,umperfil criado eadministrado pelosbancos.Para isso, as instituic¸ões precisamtornarexplícitoqueosperfiscriadosrepresentam efe-tivamente a organizac¸ão e não são de domínio de terceiros. Na ocasião dapesquisa, apenaso Privado3,em seu perfilde conta-chave,apresentavaselodeVerificac¸ãodeContaoferecido peloTwitter,comoprocedimentoseguroe100%confiávelpara Tabela9
Problemasrelatadospelosusuários
Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadradodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1
(250) (250) (250) (750) (250) Privados Públicos Nãoidentificável 5,6 36,7 25 21,8 38,1 −3,2a 3,2 Procedimentosbancários 9,1 0 7,5 4,8 0 2,2 −2,2 Atendimento 41,3 26,5 55 36,4 46,4 −1,8 1,8 Técnicos 6,3 27,2 12,5 16,4 0 4,3 −4,3 Outros 31,5 2,7 0 14,8 15,5 −0,1 0,1 Total 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
Tabela10
Soluc¸ãodadaaoproblema
Instituic¸õesprivadas Instituic¸õespúblicas Testedequi-quadradodePearson Privado1 Privado2 Privado3 Total Público1
(250) (250) (250) (750) (250) Privados Públicos
Apresentac¸ãodasoluc¸ão 74,8 35,2 79,6 63,2 97,2 −10,3a 10,3
Enviodee-mail 0,8 64,8 1,2 22,3 0,4 8 −8
Envioportelefone 21,6 0 10,4 10,7 0 5,4 −5,4
Problemaresolvido 2,8 0 8,8 3,9 2,4 1,1 −1,1
Total 100 100 100 100 100
Fonte:Elaboradapelosprópriosautores.
aValoresacimade3,2apresentamníveisdesignificânciaestatísticade1%.
assegurarqueseuperfileraoficial.Asinstituic¸õesdevem, por-tanto,monitoraras redessociaisafim degarantir quecontas nãosejamcriadasporterceiroseparaqueaformapelaqualse apresentamnoTwittertransmitacredibilidade.Comesse proce-dimento,ainstituic¸ãoascendeaoutropatamar,pode,apartirde então,preocupar-seemrealocarseusesforc¸osparaamanutenc¸ão desuascontasnaplataformaTwitter,deacordocomseusreais objetivos.
Discussão
Este trabalho analisou o comportamento no Twitter das cincomaiores instituic¸õesfinanceirasbrasileiras, pormeioda categorizac¸ãoeanálisedeconteúdodascontas-chaveedas con-tasdestinadasaoSAC.Umavezqueasinstituic¸õesnãoforam contatadas enenhuma pesquisa exploratória foifeita comos usuáriosdarede,pode-seapenasobterumaconclusãocombase noquefoiencontradopormeiodomonitoramentodascontas.
As instituic¸ões financeiras estudadas se inseriram na rede socialTwitter,criaramperfisedesenvolveramac¸õesdiferentes emcadaumdessesperfis.Alémdisso,umamesmainstituic¸ão pode gerar diferentes representac¸ões internas em um mesmo usuárioquefrequentaarede.Obaixograudeformalidadede umperfilpodelevaraumamaioraproximac¸ãodousuárioem contasmaisinformais,enquantoumaltograudeformalidade,a umdistanciamento.Umavezqueumamesmainstituic¸ãopode exercerumtipodecomportamento(formalouinformal)emsua conta-chaveeoutrotipoemsuacontaSAC,afaltadecoerência nocomportamentopodedificultaraformac¸ãodeumaimagem únicaporpartedousuário.
SegundoSchuler(2008),umamarcaexisteapartirdeuma imagemqueéformadapormeiodaconstruc¸ãodefatores subje-tivos e pessoais; porém, se tais fatoressão conflitantes entre si, ou seja, representam comportamentos opostos, o usuário terádificuldadeparaconstruirumaimagemdamarcadeforma coesa eassimilaros reaisobjetivos daorganizac¸ão.Portanto, é importante que as instituic¸ões financeiras compreendam o comportamento por elas desenvolvido, a fim de uniformizar a conduta e o procedimento para com os usuários na rede. Isso possibilita a formac¸ão de uma imagem de marcacoesa edirecionadaaosobjetivosorganizacionaisespecíficos.Como consequência,omonitoramentodoscomentáriospublicadosna redemostrou-seimportantenotrabalhodeconstruc¸ãodeuma imagempositivadamarca.
Cabe destacarque outrosestudos poderão explorar aspec-tos quenãoforamtratados nesta pesquisa, em razão desuas limitac¸ões metodológicas,bemcomoexploraroutrasquestões levantadaspormeiodeentrevista,ampliaroescopoeinvestigar também apercepc¸ão do usuário,entendido como um consu-midordasac¸õesdesenvolvidaspelasinstituic¸õespresentesnas redessociaisedaimagemqueelaspromovem.
Conclusões
O objetivodestetrabalho foianalisar comoas instituic¸ões financeiras usam as redes sociais como ferramenta de TIC−maisespecificamenteoTwitter−ecomoessasTICstêm contribuídoparaaformac¸ão daimagemdesuasmarcas.Para tanto,foramanalisadascontas-chaveecontasSACdedois gran-desbancospúblicosedetrêsgrandesbancosprivadosdopaís. Emrelac¸ãoàscontas-chave,conclui-sequeestãovoltadaspara afunc¸ãodecompartilhamentodeinformac¸õesdaorganizac¸ão comosusuários,masnãoreforc¸amainterac¸ãocomosusuários, o quepermiteinferir queas instituic¸õesfinanceiraspareciam iniciarsuatrajetóriadeinterac¸ãocomosusuáriospormeiodas mídiassociaisàépocadoestudo.Pode-seinferir,combasena teoriaproposta,queosefeitosdousodoTwittercomoTICsobre a imagem da marcasão impressões econvicc¸ões indicativas dequesurgiriaumnovocanaldecomunicac¸ãoentreclientee banco,aindabastanteincipientenomomento.
No queconcerne ao graude formalidadeda comunicac¸ão no Twitter nas contas-chave, os bancos públicos demonstra-ram umtom corporativo, enquanto os privadosapresentaram carátermaisinformal.Ateoriaapresentadapermitepressupor queesseresultadopodeserprovenientedaconvicc¸ãodequeos bancosprivadosrepresentaminstituic¸õesdemaiorflexibilidade, masissonãoestánecessariamenterelacionadoàimagem indi-vidualdasmarcas.Noentanto,essaconvicc¸ãopodeinfluenciar asimpressõesfuturasdosclientessobreasdiferentesmarcas.
Aindaemrelac¸ãoàscontas-chave,quantoaostiposde men-sagens publicadas, “promoc¸ões participativas” é o tipo mais comumentreos bancosprivados. Já nocasodospúblicos, as notícias são o tipo de mensagem mais comum. Esse resul-tado corrobora convicc¸ões e significados sobre o papel de organizac¸õespúblicaseprivadasereforc¸aaimagemdolucro, queéatreladaàsorganizac¸õesprivadas.
AanálisedascontasSACrevelouquebancosprivados rece-beram comentários neutros, enquanto os públicos receberam
comentáriosnegativos. Tendocomo suportea teoria,pode-se concluirqueesseaspectopoderevelaraimpressãodosclientes sobreosservic¸osprestadoseinterferiremsuasconvicc¸õessobre aimagemquefazemdasinstituic¸ões.
Umacontradic¸ãoemtermosdeefeitosparaaimagem dos bancoséidentificadaquandosãoanalisadososresultados rela-tivosaograudeformalidadenascontasSAC,comparadoscom omesmoaspectorelativoàscontas-chave:emrelac¸ãoàscontas SAC,osbancosprivadostêmsuasmensagensdoTwitter classi-ficadascomoformaisemsuamaioria,aopassoqueospúblicos têmmensagensinformais comoamaiorpartedesuas mensa-gens.Esseresultadocontrastacomosachadosdascontas-chave epode permitir quese conclua haver incoerênciana estraté-giasobreousodoTwittercomoredesocialparaformac¸ãoda imagemdosbancos.Emrelac¸ãoàscontasSAC,outroaspecto relevanteéofatodequeosbancospúblicosapresentammaior porcentual de soluc¸ão dos problemas, mas, apesar disso, os bancos privadosparecemtrabalharmelhor aimagem de suas marcas,pois,mesmoqueapresentemmenornúmerode proble-masselecionados, foramcapazes de enviarmaior númerode soluc¸ões,pore-mailoutelefone,aosseusclientes.Nesseponto, identifica-sequeobancoprivadotrabalhasuaimagem,pormeio deferramentasdeTIC,mesmoquesuasac¸õesoperacionaisnão correspondamaoquetentaexpressar,oquenãoseverificanos bancospúblicos,queparecemtrabalharsuaimagempormeio dosservic¸osprestadosenãose dedicartantoaousodasTIC paraobtertalefeito.
Porfim,deve-seconcluirqueoTwitter,comoferramentade TIC,temsidousadopelosbancosaindasemumaestratégia inte-gradacomsuasac¸ões,poishádivergênciasentreosresultados encontradosnostiposdeconta-chaveeSACeentreos diver-sosaspectosanalisados,quepodemcomprometeraimagemque pretendemtransmitiraopúblico.
Conflitosdeinteresse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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