• No se han encontrado resultados

EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE ACHYROCLINE SATUREIOIDES ( LAM ) DC

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE ACHYROCLINE SATUREIOIDES ( LAM ) DC"

Copied!
6
0
0

Texto completo

(1)EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE ACHYROCLINE SATUREIOIDES ( LAM.) DC.. Eduardo Pereira da Silva 1 Etiely Karnopp 2 Bruno Silveira 3 Felipe Lucas Arida 4 Silvane Vestena 5. Resumo: A alelopatia caracteriza-se pelos efeitos danosos ou benéficos que metabólitos secundários produzidos por plantas, microrganismos ou fungos liberados no ambiente exercem sobre o desenvolvimento de sistemas biológicos naturais ou implantados. Dentre as espécies consideradas alelopáticas está a marcela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC.). O objetivo do trabalho foi verificar o potencial alelopático de extratos aquosos das flores de marcela na germinação e no crescimento inicial de feijão-miúdo (Vigna unguiculata (L.) Walp). Para obtenção do extrato aquoso, coletaram-se flores de marcela e, na concentração de 1g 10 mL-1 foram trituradas para a obtenção do extrato aquoso. O extrato aquoso foi diluído em três concentrações (30, 60 e 100 %), utilizando extrato puro para a concentração de 100% e água destilada para o tratamento controle. Para os testes de germinação utilizaram-se dez sementes de feijão-miúdo por placa gerbox forradas com dois discos de papel filtro, com três repetições, constituindo a unidade amostral. Para umedecer as placas foram utilizados 10 mL do extrato vegetal ou de água destilada. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e, as médias discriminadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Depois de realizado o estudo foi observado que os extratos aquosos de flores da marcela reduziram o percentul germinativo de sementes de feijão-miúdo nas concentrações mais baixas (controle e 30 %) e estimularam nas concentrações mais elevadas (60 e 100 %). Adicionalmente, o crescimento inicial tanto do sistema radicular como da parte aérea de feijão-miúdo sofreu efeito alelopático com redução no comprimento inicial das duas estruturas vegetativas com o aumento das concentrações dos extratos aquosos de flores de marcela, sendo mais produnciada redução nas mais altas concentrações do extrato. Assim, deve-se tomar cuidado em utilizar espécies com potencial alelopático e em especial a marcela quando utilizado próximo a cultivos de hortaliças e/ou utilizando sua biomassa como componente de substratos orgânicos..

(2) Palavras-chave: Alelopatia, marcela, extratos aquosos. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE ACHYROCLINE SATUREIOIDES ( LAM.) DC. 1 Aluno de graduação. pereiraeduardo1303@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. etielykarnopp@gmail.com. Co-autor 3 Aluno de graduação. bruno.s.i.l80@gmail.com. Co-autor 4 Aluno de graduação. arida.felipebio@gmail.com. Co-autor 5 Docente. silvanevestena@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE.

(3) EFEITO ALELOPçTICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE Achyrocline satureioides (LAM.) DC. NA GERMINA‚ÌO E CRESCIMENTO INICIAL DE Vigna unguiculata (L.) WALP 1. INTRODU‚ÌO O termo alelopatia caracteriza um indiv’duo que possui certa influ•ncia sobre outro, seja esta prejudicial ou benŽfica, direta ou indireta, causado pela produ•‹o de compostos bioqu’micos (FERREIRA & AQUILA, 2000). Nas plantas os compostos com potencial alelop‡tico podem ser encontrados em tecidos tais quais ra’zes, caules, folhas, flores, frutos e sementes (SOUZA, 1988). A libera•‹o destes complexos pode ocorrer por meio da libera•‹o de subst‰ncias pelas partes aŽreas, subterr‰neas ou pela decomposi•‹o do material vegetal, lixivia•‹o dos tecidos e exuda•‹o de ra’zes, influindo direta ou indiretamente nas intera•›es planta/planta (RICE, 1984; RODRIGUES et al., 1992). Estudos realizados por Ferreira e Borghetti (2004) e Souza et al. (2005) comprovaram que sementes de marcela (Achyrocline satureioides Lam.) causam efeitos alelop‡ticos sobre espŽcies de cultivo comercial como alface (Lactuca sativa L.), tomate (Lycopersicum esculentum Miller), piment‹o (Capsicum annum L.), dentre outras. Fachinetto et al. (2007) descreve a marcela (Asteraceae) como sendo uma erva anual com suas ramifica•›es que podem atingir atŽ 1,5 m de altura e as suas flores s‹o de uma cor amarelo-dourado. Adicionalmente, seu cultivo como planta medicinal Ž amplamente utilizado na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil (TORSARKISSIAN, 1980). Como j‡ enfatizado, plantas sujeitas ˆ marcela, em geral suas sementes, podem acabar sendo afetadas na fase de germina•‹o e crescimetno inicial justamente por possuirem efeitos alelop‡ticos (OLIVEIRA et al., 2014) e, dentre as espŽcies testadas destaca-se o feij‹o-miœdo (Vigna unguiculata (L.) Walp). O feij‹o-miœdo (Fabaceae) Ž uma leguminosa de clima sub tropical que Ž reconhecida como a principal espŽcie forrageira do pa’s, se destacando na associa•‹o com milho (Zea mays L.) e sorgo (Sorghum bicolor L.) (MERTZ et al., 2007) os quais possuem grande import‰ncia econ™mica e nutricional. Mesmo possuindo uma baixa produ•‹o, uma vez que suas sementes possui baixa qualidade fisiol—gica e sanit‡ria (SALLIS et al., 2001) o mesmo Ž amplamente utilizado em alguns estados no controle de eros‹o e para a recupera•‹o de solos (ARAòJO et al., 1984). Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito alelop‡tico de extratos aquosos de flores de marcela na germina•‹o e crescimento inicial do feij‹o-miœdo. 2. METODOLOGIA O experimento foi conduzido no Laborat—rio de Bot‰nica da Universidade Federal do Pampa Ð Campus S‹o Gabriel. Para a obten•‹o do extrato aquoso de marcela foram utilizadas as flores na concentra•‹o de 1 g 10 mL-1 (peso/volume). O extrato foi dilu’do em tr•s concentra•›es diferentes (30, 60 e 100 %) e utilizado ‡gua destilada como tratamento controle, sendo que para a concentra•‹o de 100 % foi utilizado o Òextrato puroÓ..

(4) Para a realiza•‹o dos bioensaios de germina•‹o foi utilizado sementes de feij‹o-miœdo (Vigna unguiculata (L.) Walp). Utilizaram-se placas gerbox, forradas com dois discos de papel-filtro, sendo umedecidas com 10 mL de ‡gua destilada (tratamento controle) ou do extrato aquoso, sendo alocadas dez sementes de cada espŽcie oler’cola por placa gerbox com tr•s repeti•›es. O experimento foi mantido por um per’odo de 7 dias, sendo que ao final do experimento verificou-se o percentual germinativo e o comprimento da raiz e da parte aŽrea, sendo consideradas germinadas as sementes que apresentaram 2 mm deprotus‹o radicular (BRASIL, 1992). Ainda, o delineamento utilizado foi inteiramente casualizado; os resultados submetidos ˆ an‡lise de vari‰ncia (ANOVA) e as mŽdias, comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. 3. RESULTADOS e DISCUSSÌO Verificou-se que os extratos aquosos de flores da marcela reduziram o percentual de germina•‹o de sementes de feij‹o-miœdo nas concentra•›es mais baixas (controle e 30%); entretanto, a germina•‹o desta espŽcie foi estimulada nas duas mais elevadas concentra•›es, ou seja, 60 e 100 % (Tabela 1) Tabela 1 Ð Efeito alelop‡tico de extratos aquosos de flores de marcela (Achyrocline satureioides Lam.) sobre a germina•‹o e crescimento inicial de feij‹o-miœdo (Vigna unguiculata (L.) Walp), Unipampa Ð Campus S‹o Gabriel, 2017. EspŽcie Vigna unguiculata (L.) Walp. Concentra•‹o (%) Germina•‹o (%) 0. 94 a. 30. 89 a. 60. 100 a. 100. 100 a. MŽdias seguidas pelas mesmas letras nas colunas n‹o diferem significativamente pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Diferentemente do observado no presente estudo, Oliveira et al. (2014) testando o efeito alelop‡tico de extratos aquosos de flores de marcela observaram efeito alelop‡tico em sementes de alface (Lactuca sativa L.). Esta diverg•ncia se elucida por existir uma vari‰ncia na resist•ncia que diferentes plantas possuem aos metab—litos secund‡rios (FERREIRA et al., 2006). Deve-se ressaltar que as concentra•›es mais baixas mesmo apresentando uma diminui•‹o na porcentagem de germina•‹o, a mesma foi considerada satisfat—ria. Diferentemente do processo germinativo, o crescimento inicial tanto do sistema radicular como da parte aŽrea foi reduzido nas concentra•›es mais elevadas (60 e 100 %), quando comparado ao tratamento controle; assim, foi verificado redu•‹o neste par‰metro com aumento das concentra•›es dos extratos aquosos de marcela (Figura 2)..

(5)

(6) FACHINETTO, J. M.; BAGATINI, M. D.; DURIGON, J.; SILVA, A. C. F.; TEDESCO, S. B. Efeito anti-proliferativo das infus›es de Achyrocline satureioides DC (Asteraceae) sobre o ciclo celular de Allium cepa. Revista Brasileira de Farmacologia, v. 17, n. 1, p. 49-54, 2007. FERREIRA, A.G.; BORGHETTI, F. Germina•‹o: do b‡sico ao avan•ado. Porto Alegre: Artmed. 2004. FERREIRA, A. G.; AQUILA, M. E. A. Alelopatia: uma ‡rea emergente da ecofisiologia vegetal. Revista Brasoleira de Fisiologia Vegetal, v. 12, n. 1, p. 175-204, 2000. FERREIRA, C. M.; SOUZA, J. R. P.; FARIA, T. J. Potencia•‹o alelop‡tica de extratos vegetais na germina•‹o e no crescimento inicial de Pic‹o-Preto e Alface. Revista Ci•ncia e Agrotecnologia, v. 31, n. 4, p. 1054-1060, 2017. MERTZ, L. M.; HENNING, F. A.; MAIA, M. S.; MENEGHELLO, G. E.; HENRIQUES, A.; MADAIL, R. Qualidade fisiol—gica e sanit‡ria de sementes de feij‹o-miœdo beneficiadas em mesa gravitacional. Revista Brasileira de Sementes, v. 29, n. 3, p. 1-8, 2007. OLIVEIRA, M. R. de; SOUSA, F. A. de; OLIVEIRA, K. R. M. de; ALVINO, F. C. G.; GOIS, D. S. de; LOPES, K. P. Potencial alelop‡tico de extratos aquosos de folhas de Mimosa tenuiflora e semente de Achyrocline satureioides sobre a germina•‹o e desenvolvimento de pl‰ntulas de alface. Agropecu‡ria Cient’fica no Semi-çrido, v. 10, n. 3, p. 26-33, 2014. REZENDE, C. P.; PINTO, J. C.; EVANGELISTA, A. R.; SANTOS, I. P. A. Alelopatia e suas intera•›es na forma•‹o e manejo de pastagens. Boletim Agropecu‡rio, v. 1, n. 54, p. 1-55, 2003. RICE, E. L. Allelopathy. London: Academic Press, 1984. 422 p. RUSSELL, R. S. Plant root systems - their function and interaction with the soil. In: SYMPOSIUM ON THE SOIL/ROOT SYSTEM IN RELATION TO BRASILIAN AGRICULTURE, 1980, Londrina. Proceedings... Londrina: IAPAR, 1981. p. 3-19. SALLIS, M. G. V.; LUCCA-FILHO, O.; MAIA., M. S. Fungos associados ˆs sementes de feij‹o-miœdo (Vigna unguiculata (L.) produzidas no munic’pio de S‹o JosŽ do Norte (RS). Revista Brasileira de Sementes, v. 23, n. 1, p.3 6-39, 2001. TOURSARKISSIAN M. Plantas medicinales de la Argentina. Hemisferio Sur, Argentina.1980..

(7)

Referencias

Documento similar

[r]

En nuestra opinión, las cuentas anuales de la Entidad Pública Empresarial Red.es correspondientes al ejercicio 2010 representan en todos los aspectos significativos la imagen fiel

En nuestra opinión, las cuentas anuales de la Entidad Pública Empresarial Red.es correspondientes al ejercicio 2012 representan en todos los aspectos

La Intervención General de la Administración del Estado, a través de la Oficina Nacional de Auditoría, en uso de las competencias que le atribuye el artículo 168

La Intervención General de la Administración del Estado, a través de la Oficina Nacional de Auditoría, en uso de las competencias que le atribuye el artículo

La campaña ha consistido en la revisión del etiquetado e instrucciones de uso de todos los ter- mómetros digitales comunicados, así como de la documentación técnica adicional de

ccLa vigente Ley de Procedimiento administrativo de 17 de julio de 1958, mediante sus artículos 129 a 132, instituye un procedimiento para la elaboración de las disposiciones

16 de octubre de 1981, sobre una carta comunitaria de las lenguas y culturas regionales y sobre una carta de los derechos de las minorías étnicas (14); 11 de febrero de 1983, sobre