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LINGUAGENS, ESCOLA E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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Academic year: 2020

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(1)LINGUAGENS, ESCOLA E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Rosemari da Silva Duarte 1. Resumo: O presente inscrito trata do projeto: "Recicle as ideias, não a violência Doméstica", com os objetivos de discutir sobre a violência doméstica no âmbito escolar, quebrar paradigmas, reciclar, renovar as ideias, alterar ciclos de violência, conscientizar a comunidade escolar sobre seus direitos e transformar comportamentos e atitudes, na busca por uma vida mais saudável, com objetivos específicos experimentar novas formas de expressão artística, planejar e executar diferentes tarefas, compreender a cidadania como participação social, posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e perceber-se integrante, dependente e agente transformador.Foi realizado nas turmas de 8º e 9º anos da E.M.E.F. São Pedro, Bagé -RS, nas aulas de Artes. Está interposto e perpassa pelo foco principal das turmas que é Leitura e Interpretação, sendo assim, o estudo das artes vem proporcionar aos alunos, as diferentes formas de interpretação.O resultado foi a semente de opções de possibilidades de paz nos lares e outros olhares sobre a violência doméstica, olhares críticos e de não submissão e conformismo, respeito a mulher e a família.. Palavras-chave: Linguagens, escola, violência. Modalidade de Participação: Pesquisador. LINGUAGENS, ESCOLA E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 1 Aluno de pós-graduação. rrsmar17@gmail.com. Autor principal. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(2) LINGUAGENS, ESCOLA E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 1 INTRODUÇÃO As artes com suas diversas linguagens possibilitam diferentes tipos de interpretações pedagógicas voltadas para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicomotor e social, a qual pode permear por todos os demais elementos escolares construindo aprendizagens significativas, utilizando diversos elementos: visuais, sonoros, arquitetônicos, cênicos, audiovisuais e verbais. Nesse mesmo contexto a arte é representação do mundo cultural com significado, imaginação; é interpretação, é conhecimento do mundo; é, também, expressão dos sentimentos, da energia interna, da efusão que se expressa, que se manifesta, que se simboliza. A arte é movimento na dialética da relação homem-mundo. (Ferraz, 2010, pág. 21) É neste cenário que apresenta diversidades culturais e sociais ao qual estamos inseridos. A violência urbana, patrimonial e familiar está a nossa volta e entra todos os dias em nossos lares através dos meios de comunicações, sendo que em muitas vezes faz parte do nosso cotidiano. Assunto o qual a escola não fica inerente, pois repercute diretamente em sala de aula (ouve-VH PXLWDV YH]HV UHODWRV GH YLROrQFLD IDPLOLDU FRPR VH HVVH IDWR IRVVH ³QRUPDO´ H fizesse parte do cotidiano da cultura local). Então o que fazer para mudar a realidade? Pensamos em começar pela base, a família, pois em nossa cidade que possui uma população estimada de 121.500 pessoas, segundo o IBGE, ocorre em média de 6 a 8 registros diários de ocorrências de violência doméstica (Lei Maria da Penha). Assim após diversos debates chegou-VH DR SURMHWR ³5HFLFOH DV LGHLDV QmR D violência Doméstica´ com os objetivos de discutir sobre a violência doméstica no âmbito escolar, quebrar paradigmas, reciclar, renovar as ideias, alterar ciclos de violência, conscientizar a comunidade escolar sobre seus direitos e transformar comportamentos e atitudes, na busca por uma vida mais saudável, com objetivos específicos experimentar novas formas de expressão artística, planejar e executar diferentes tarefas, compreender a cidadania como participação social, posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e perceberse integrante, dependente e agente transformador. 2 METODOLOGIA Este projeto foi realizado nas turmas de 8º e 9º anos da E.M.E.F. São Pedro, Bagé ± RS, nas aulas de Artes. Tendo como objetivo conscientizar as turmas e refletir sobre a violência Doméstica. Está interposto e perpassa pelo foco principal das turmas que é Leitura e Interpretação, sendo assim, o estudo das artes vem proporcionar aos alunos, as diferentes Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) formas de interpretação, buscando aproximar o aluno do objeto estudado, com criatividade, despertando nele o interesse pela pesquisa, observação e questionamento do mundo que o cerca. A primeira etapa do projeto começou com a necessidade de trabalhar cartazes, junto com as professoras de Língua Portuguesa. Então realizamos o estudo dos tipos de letras, palavras ilustradas, análise e desenho de diferentes tipos de marcas e propagandas da televisão, o poder da mídia, observação de cartazes e a sua construção correta. Na segunda etapa iniciamos com observação de vídeos e slides com artistas que usam o tema violência familiar e o próprio corpo como suporte e obra de arte. Depois passamos a pensar em uma forma de mostrar para comunidade escolar: alunos, professores, direção, funcionários e pais, como agir sem violência. Desta forma surgiu a ideia de um novo rótulo, com a necessidade de reciclar os conceitos pré-estabelecidos de violência familiar, FDUWD]HV FRP IRUPDWRV GLIHUHQFLDGRV YDUDO GD ³QmR YLROrQFLD´ PLQL FDUWD]HV HP IRUPD GH círculos e pequenos livros sobre o tema. A terceira etapa do projeto foi a montagem de tudo o que foi produzido: LQVWDODomR FRP JDUUDIDV SHW FRP RV ³QRYRV UyWXORV´ FDUWD]HV FRP IRUPDV KXPDQDV H circulares e livros dispostos em vários locais de livre acesso dentro da escola para chamar a atenção para o tema, com as turmas organizadas em equipes, cada uma responsável por uma parte da montagem, equipe da colagem da fita adesiva, equipe colagem dos cartazes maiores, outra dos menores, a equipe da colagem dos rótulos, outra da colagem das garrafas e a equipe do registro da atividade, fotografia. A quarta etapa contou com a presença de um palestrante especialista em violência IDPLOLDU ³/HL 0DULD GD 3HQKD´ SDUD HVFODUHFHU G~YLGDV TXH VXUJLUDP GXUDQWH R SURMHWR H maneiras de conscientizar as pessoas a não serem tolerantes com a violência doméstica, a qual foi propiciada também ao turno inverso. A quinta etapa constituiu-se da união das turmas para se comprometer com tudo o que foi debatido, isto é, não ser reprodutor da violência doméstica, então, os alunos fizeram XPD ³SHUIRUPDQFH DUWtVWLFD´ IRUPDQGR FRP RV VHXV FRUSRV DV SDODYUDV ³'LJD QmR´ WXGR devidamente organizado e planejado em sala de aula, a quantidade de pessoas em cada letra, como ficaria cada letra, com responsáveis em cada turma pela sua parte na performance, e documentado através de fotografias. E agora terminada a etapa da exposição, ficaram as perguntas: o que faremos com as garrafas usadas? Qual a destinação correta das garrafas plásticas utilizadas no projeto? Pensamos em visitar o lugar onde é feita a reciclagem em nossa cidade, porém não foi possível, pois não tínhamos transporte o suficiente para levar 4 turmas e não seria justo escolher apenas uma, afinal todas se empenharam no projeto, então juntamos todas as garrafas e doamos para quem faz a coleta direto dos lixões, o catador, que ficou muito feliz.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO Durante o projeto houve um envolvimento de todos os seguimentos escolares, de maneira direta ou indireta. Os alunos nas pesquisas e execução das tarefas, professores que foram convidados a participar de forma interdisciplinar, funcionários e pais de alunos que se envolveram na coleta das garrafas pet e todos os expectadores que observaram os trabalhos e refletiram sobre o tema. Foram muitos ensaios interdisciplinares e colaborações. Este projeto foi uma experiência prazerosa, reflexiva e compensadora, pois lida com um assunto muito delicado e ao mesmo tempo extremamente necessário. Um bom educador não pode se calar diante dos fatos que ocorrem no meio que o cercam, sendo assim me vi inserida e instigada a plantar a sementinha do amor próprio, e, como os alunos tão bem FRORFDUDP ³TXHP DPD FXLGD VH FXLGD QmR EDWH´ Sempre que se trabalha com projetos as aulas se tornam mais interessantes, instigantes, ainda mais esse tema, que gerou muita discussão, questionamentos e buscas por respostas que, muitas vezes, somente quem passa por situações de violência doméstica pode sentir e tentar responder. Sendo assim, busquei informações com psicólogos e com policiais que lidam direto com esse tipo de ocorrência, além da orientadora educacional da escola, para melhor auxiliar e orientar os alunos. Enfim, o assunto estava em debate e sendo discutido em todos os ambientes escolares, e até fora da escola, os alunos falavam do tema com mais propriedade e conhecimento, se posicionando diante de realidades que muitas vezes queremos ignorar, quebrando tabus. O resultado foi a semente de opções de possibilidades de paz nos lares e outros olhares sobre a violência doméstica, olhares críticos e de não submissão e conformismo, respeito a mulher e a família.. Figura 1- Mapa da violência contra a mulher - óbitos por agressão registrados nos municípios brasileiros, agencia de noticias , IBGE.,2018. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) Fonte: Agencia de notícias, IBGE.,2018 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS %XVFDQGR DV FRQVLGHUDo}HV GR HGXFDGRU 5XEHP $OYHV ³(GXFDU p PRVWUDU D YLGD D TXHP DLQGD QmR YLX 2 HGXFDGRU GL] ³9HMD ´- e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção DSRQWDGD H Yr R TXH QXQFD YLX 2 VHX PXQGR VH H[SDQGH (OH ILFD PDLV ULFR LQWHULRUPHQWH´ (Alves, 2003, pág. 116) Com essa nova visão, nova perspectiva de vida, sem a reprodução da violência doméstica com a autoestima elevada, com liberdade e opções de escolhas, respeito ao próximo, consciência e cidadania, que cada aluno possa compreender desenvolver e levar ao longo de sua vida de forma a construir lares com mais diálogo, amor e paz.. REFERÊNCIAS ALVES, Rubem. Conversas Sobre Educação. Campinas, SP: Versus Editora, 2003. FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo. Arte na Educação Escolar. 4. Ed. São Paulo: Cortez, 2010. IBGE,2018 Disponível em:< https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012agencia-de-noticias/noticias/14825-mulher-cidade.html> Acesso em: 6 set. 2018. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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