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FEIRA DE CIÊNCIAS COMO POTENCIALIZADOR DE MOBILIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL

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Academic year: 2020

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(1)FEIRA DE CIÊNCIAS COMO POTENCIALIZADOR DE MOBILIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL. Taynara Paixão 1 Eliade Ferreira Lima 2 Fabiane de Avila 3 Luana Ribeiro Borges 4 Bruna Stamm 5. Resumo: As escolas brasileiras vivem um processo recente de construção da escola inclusiva, em que se iniciou a partir da Declaração de Salamanca, em 1994, que enfatizou a importância do reconhecimento de uma "escola para todos". No entanto, o processo de inclusão escolar ainda apresenta uma resistência no âmbito cultural, político, econômico e social, deste modo, não é apenas necessário, mas indispensável que se criem meios de envolver e cativar a sociedade. Foi considerando isso que desenvolveu-se o projeto "I Feira de Ciências Universidade Comunidade: Escola Inclusiva" o qual objetiva sensibilizar a sociedade e dar visibilidade para o tema. Portanto, este trabalho pretende compartilhar a experiência de como uma Feira de Ciências se transformou em um mecanismo de intervenção social para inclusão da diversidade. Esta proposta está sendo desenvolvida desde janeiro de 2017 junto à rede pública de educação, envolvendo estudantes e educadores no fomento de tecnologias educacionais voltadas à inclusão escolar. Adotando como percurso metodológico dois processos fundamentais: o incentivo a participação das escolas públicas no desenvolvimento de tecnologias de aprendizagem voltadas à inclusão de estudantes com NEE; e a articulação de uma rede intersetorial comprometida com a perspectiva da inclusão escolar. Inicialmente a proposta contava com a participação das escolas municipais e estaduais e previa-se a articulação com a rede de atenção à saúde-RAS (estratégias de saúde da família e ambulatório de saúde mental), mas no decorrer do trabalho novos parceiros se somaram e o projeto alcançou um patamar extraordinário. Assim, esse projeto de Inclusiva demonstrou ser uma ferramenta eficaz de mobilização social para o tema de inclusão social, que busca a formação de uma rede intersetorial com intensa repercussão na sociedade, formando assim, uma tríade fundamental para a implementação da inclusão..

(2) Palavras-chave: Inclusão Social, Feira de Ciências, Rede Intersetorial, Mobilização Social. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. FEIRA DE CIÊNCIAS COMO POTENCIALIZADOR DE MOBILIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL 1 Aluno de graduação. ctaynara60@gmail.com. Autor principal 2 Docente. eliadeliu@gmail.com. Co-autor 3 Aluno de graduação. fabianebackesdeavila@gmail.com. Co-autor 4 Docente. lurb207@gmail.com. Orientador 5 Docente. brunastamm@unipampa.edu.br. Co-orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(3) FEIRA DE CIÊNCIAS COMO POTENCIALIZADOR DE MOBILIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL 1. INTRODUÇÃO As escolas brasileiras vivem um processo recente de construção da escola inclusiva, em que se iniciou a partir da Declaração de Salamanca, em 1994, que enfatizou a iPSRUWkQFLD GR UHFRQKHFLPHQWR GH XPD ³HVFROD SDUD WRGRV´ 6XUJH então, a proposta da escola inclusiva, que teve como base educação especial, a qual pauta-se na perspectiva das necessidades educativas especiais (NEE), e amplia para uma adaptação da escola a singularidade dos estudantes. Assim, HPHUJH XPD QRYD FRQFHSomR D HVFROD SUHFLVD LQFOXLU QmR DSHQDV RV ³HVSHFLDLV´ mas todos os alunos (NUNES et al., 2015). Neste modelo, as necessidades do estudante passam a ser vistas não como um problema, mas como uma diversidade que exige metodologias de aprendizagem capazes de oportunizar o desenvolvimento sócio cognitivo do estudante, além da sua integração social (NEVES, 2013). No entanto, o processo de inclusão escolar ainda apresenta uma resistência no âmbito cultural, político, econômico e social (KUJAWA et al., 2014). Deste modo, não é apenas necessário, mas indispensável que se criem meios de envolver e cativar a sociedade, a fim de superar a dicotomia da normalidade arraigada em nossa cultura, a qual atribui significados negativos a tudo que se desvia do padrão. Foi considerando isso que desenvolveu-VH R SURMHWR ³, )HLUD GH Ciências 8QLYHUVLGDGH &RPXQLGDGH (VFROD ,QFOXVLYD´ R TXDO REMHWLYD VHQVLELOL]DU a sociedade e dar visibilidade para o tema, estimulando a participação ativa de estudantes com necessidades educacionais especiais (NEE) em propostas de inclusão. Portanto, este trabalho pretende compartilhar a experiência de como uma Feira de Ciências se transformou em um mecanismo de intervenção social para inclusão da diversidade. 2. METODOLOGIA Trata-se de um relato sobre a experiência acerca da repercussão social do SURMHWR GH H[WHQVmR ³ 8QLYHUVLGDGH-&RPXQLGDGH (VFROD ,QFOXVLYD´ QR PXQLFtSLR GH Uruguaiana. Esta proposta está sendo desenvolvida desde janeiro de 2017 junto à rede pública de educação, envolvendo estudantes e educadores no fomento de tecnologias educacionais voltadas à inclusão escolar. Abordou como método de intervenção a I Feira de Ciências Universidade-Comunidade: Escola Inclusiva. Adotando como percurso metodológico dois processos fundamentais: o incentivo a participação das escolas públicas no desenvolvimento de tecnologias de aprendizagem voltadas à inclusão de estudantes com NEE; e a articulação de uma rede intersetorial comprometida com a perspectiva da inclusão escolar. Para isso, organizou-se a intervenção através da estruturação encontros de sensibilização, discussão temática e divulgação da feira de ciências junto aos professores e coordenadores da rede educacional, com a realização de quatro eventos com a presença de 121 professores da rede municipal e estadual de ensino. Também, realizaram-se sete ações descentralizadas, nas escolas, com a participação de 27 professores, a fim de realizar rodas de apoio e orientação escolar, bem como levantar as necessidades de diálogo com a rede intersetorial para acompanhamento.

(4) dos estudantes com NEE. A equipe de apoio é composta por discentes do curso de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) sob orientação das coordenadoras do projeto. O projeto encontra-se em fase de execução e o encontro da feira de ciências previsto para 21 de outubro de 2017. Como avaliação deste processo serão analisadas as fichas de avaliação dos encontros, a produção trabalhos escolares elaborados a partir deste projeto e apresentados na feira, e as repercussões desses no contexto da rede intersetorial acionada pelo processo. 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO Observou-se que através desse projeto impulsionou-se uma mobilização social singular, que ultrapassou a expectativa dos proponentes. Inicialmente a proposta contava com a participação das escolas municipais e estaduais e previa-se a articulação com a rede de atenção à saúde-RAS (estratégias de saúde da família e ambulatório de saúde mental), mas no decorrer do trabalho novos parceiros se somaram e o projeto alcançou um patamar extraordinário. A divulgação da proposta mobilizou a comunidade escolar, que implicou-se afetivamente na perspectiva de incluir os estudantes com NEE, os quais ganharam destaque em sua potência, tanto pelos professores como pelos colegas. Ainda, envolveu a rede de assistência social, através da discussão intersetorial de casos de vulnerabilidade social para acompanhamento partilhado quando necessário, facilitado pelos acadêmicos e docentes da Unipampa. A incorporação da intersetorialidade trouxe ganhos para a comunidade escolar, por trabalhar com ações definidas, visando sanar demandas pré-existentes e incorporação novos desafios (NASCIMENTO, 2010). Também, somou-se a proposta a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, através da inserção GRV HVWXGDQWHV FRP 1(( QR SURMHWR ³GDQoD FLGDGm´ FRQVWLWXLQGR-se como uma prática transdisciplinar, visando resgatá-los em sua integralidade através de processos de autoconhecimento e transformação (COQUEIRO et al., 2010). Neste percurso, o projeto foi convidado a manifestar-se sobre o tema em espaços midiáticos: programas de rádio e televisão, possibilitando ultrapassar as fronteiras das instituições e alcançar um ponto fundamental para o avanço da proposta inclusiva, a comunidade. No decorrer das divulgações os meios de comunicação passaram a trabalhar em prol da divulgação da feira, disseminando na comunidade o evento como forma de ressignificação e destacando a importância da inclusão. O uso dos meios de comunicação é capaz de promover a conscientização e dar visibilidade para o conjunto de segmentos excluídos da população (FORTUNA, 2012). Ao passo que divulgou-se o projeto novos parceiros somaram-se a ele, demonstrando entusiasmo e interesse em apoiar. Assim, hoje conta-se com a parceria de estruturas de organização social: cursos pré-vestibulares, de inglês, organizações não governamentais que trabalham com terapia assistida por animais e profissionais da iniciativa privada, voltados ao acompanhamento de pessoas com NEE. Deste modo, uma proposta que inicialmente dispunha de quatro bolsas de iniciação científica como forma de premiação para a equipe vencedora da feira (viabilizadas por edital do CNPQ), atualmente conta com dezesseis bolsas de estudos. Ainda propõe acompanhamento psicossocial e incentivo ao desenvolvimento artístico-cultural com vistas a ampliar as possibilidades dos estudantes da rede pública, bem como aqueles com NEE. Houve ainda, um envolvimento intenso da prefeitura municipal, a qual sediará o evento, garantirá suporte de infraestrutura e segurança e possibilitará o deslocamento de estudantes.

(5) das escolas mais periféricas para vivenciar a feira. Este projeto assumiu um caráter de intersetorialidade e produção de vida, também culminou na organização de uma rede potente de criação e abertura para um novo, muito mais inclusivo. Pois, é através da estruturação de uma rede intersetorial descentralizada, que se pode construir formas de intervenção criativas e inovadoras, proporcionar a trocas de saber, e abertura de diálogo com a diferença, uma vez que há ênfase no sujeito como norteador de ações conjuntas (ROMAGNOLI, 2017). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A I Feira de Ciências Universidade-Comunidade: Escola Inclusiva demonstrou ser uma ferramenta eficaz de mobilização social para o tema de inclusão social, que busca a formação de uma rede intersetorial com intensa repercussão na sociedade, formando assim, uma tríade fundamental para a implementação da inclusão. Através deste projeto também foi possível alcançar visibilidade no âmbito cultural, político e econômico, tendo em vista que os diferentes setores da sociedade se envolveram, problematizando assim, os desafios cotidianos para o alcance de uma sociedade aberta a diversidade de ser. 5. REFERÊNCIAS COQUEIRO, N. F.; VIEIRA, F. R. R.; FREITAS, M. M. C. Arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental. Acta paul. enferm., vol.23, n.6, São Paulo 2010. FORTUNA, D. B. S. O papel do rádio no campo da saúde como fator de inclusão social a usuários da saúde mental e deficientes visuais. 5º Congresso de Estudantes de Pós-graduação em Comunicação ± UFF | UFRJ | UERJ | PUCRIO, Niterói, 24 a 26 de outubro de 2012. KUJAWA, D. R.; SOARES, A. M. B.; KUJAWA, I. Itália: bases para uma nova cultura de inclusão. In: VIII Mostra de Iniciação Científica IMED. Anais. 2014. NASCIMENTO, S. Reflexões sobre a intersetorialidade entre as políticas públicas. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 101, p. 95-120, jan./mar. 2010. NEVES, M. C. ESCOLA INCLUSIVA: entre o ideal (necessário) e o real (possível). ENCONTROS, v.11, n.20, 2013. NUNES, S. S.; SAIA, A. L.; TAVARES, E. Educação inclusiva: entre a história, preconceitos, a escola e a família. Revista Psicologia: Ciência e profissão, v.35, n.4, p.1106-1119, 2015. ROMAGNOLI, R. C. Transversalizando as políticas públicas: quando a intersetorialidade se torna rizomática. Psicol. estud., Maringá, v. 22, n. 3, p. 421432, jul./set. 2017..

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