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AS ÂNCORAS DE CARREIRA DE MULHERES DOCENTES A PARTIR DA PERSPECTIVA DO EMPODERAMENTO FEMININO

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Academic year: 2020

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(1)AS ÂNCORAS DE CARREIRA DE MULHERES DOCENTES A PARTIR DA PERSPECTIVA DO EMPODERAMENTO FEMININO. Bibiana Giudice da Silva Cezar 1 Isabela Braga da Matta 2 Laura Alves Scherer 3. Resumo: Na busca pelo empoderamento, o gênero feminino almeja desenvolver sua própria identificação, apresentando ambições diferentes de suas ancestrais, maior liberdade de expressão e autonomia. Neste sentido, uma das formas das mulheres empoderarem-se pode ser através de sua trajetória de carreira, que pode ser compreendida pelas âncoras de carreira. Este conceito de âncora é ainda entendido como a força balizadora da carreira que guia valores, motivações, talentos e, ao compreendê-la em um grupo de mulheres, pode-se compreender também, aspectos que contribuem para o empoderamento feminino. Sendo assim a presente pesquisa tem como objetivo geral analisar as âncoras de carreira de docentes do ensino superior a partir de suas perspectivas sobre empoderamento feminino. Foi realizado um estudo de caso de abordagem qualitativa. Foi aplicado um inventário para identificar as âncoras de carreira em vinte docentes de uma instituição de ensino superior pública. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, cujo roteiro foi elaborado com base nas dimensões do empoderamento feminino: aspectos econômicos, socioculturais, familiares, legais, políticos e psicológicos para um grupo de sete docentes escolhidas por apresentarem uma âncora comum como proeminente. Utilizou-se análise de conteúdo cujas categorias foram as âncoras de carreira mais frequentes neste grupo de docentes. As docentes entrevistadas têm entre 26 e 49 anos, são em maioria casadas, possuindo um ou dois filhos, doutoras e já ocuparam cargos de gestão. Ao analisar a âncora de carreira proeminente Estilo de Vida sobressaiu-se trechos das falas que sinalizam a perspectiva das dimensões legal, familiar e psicológica do empoderamento feminino. Das âncoras secundárias, Vontade de servir / Dedicação a uma causa emergiu a perspectiva das dimensões sociocultural e política, enquanto da âncora Segurança e Estabilidade emergiu a perspectiva da dimensão econômica do empoderamento feminino. Constatou-se pela fala das entrevistadas, que o conceito que acompanha suas âncoras de carreira condizem com as dimensões do empoderamento feminino, ao defenderem leis que amparem mulheres no trabalho, ao planejarem o momento de casar e ter filhos, ao sentirem-se realizadas por suas conquistas, ao levantarem questões de reflexão para seus alunos, ao terem voz ativa na comunidade e ao terem acesso e controle de recursos financeiros. Desta forma, a pesquisa pretende mostrar as possibilidades de estudo tratando desses dois conceitos: âncoras de carreira e empoderamento feminino..

(2) Palavras-chave: Âncoras de Carreira; Empoderamento Feminino; Docentes. Modalidade de Participação: Pesquisador. AS ÂNCORAS DE CARREIRA DE MULHERES DOCENTES A PARTIR DA PERSPECTIVA DO EMPODERAMENTO FEMININO 1 Aluno de pós-graduação. bibianasilvaa@gmail.com. Autor principal 2 Docente. isabelabragadamatta@gmail.com. Co-autor 3 Docente. lauralvescherer@gmail.com. Co-orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(3) AS ÂNCORAS DE CARREIRA DE MULHERES DOCENTES A PARTIR DA PERSPECTIVA DO EMPODERAMENTO FEMININO 1. INTRODUÇÃO O tema carreira vem sendo discutido na área da administração sob diferentes perspectivas, dentre elas, seus aspectos objetivos e subjetivos. Os aspectos objetivos geralmente são relacionados à sucessão de profissões e atividades realizadas em organizações, já os subjetivos remetem a questões mais pessoais do indivíduo como suas percepções, valores e atitudes relativas ao trabalho (SCHEIN, 1996; HALL, 2002; COSTA; DUTRA, 2011). O enfoque subjetivo de carreira torna-se pertinente ao abordar questões mais complexas como, por exemplo, a perspectiva feminina sobre sua trajetória profissional. Trajetória esta, historicamente, prejudicada por uma cultura patriarcal, marcada pela desigualdade de gênero, mas que vem se modificando, visto que, cada vez mais as mulheres inserem-se no mercado de trabalho, construindo e gerindo suas carreiras, alcançando lugar de destaque nas organizações (DINIZ; GUIMARÃES, 2013; ANDRADE; BARBOSA, 2013). Essa redefinição de carreira das mulheres, que outrora eram restringidas às tarefas domésticas, se deu, juntamente com outros fatores, em virtude do empoderamento feminino, que busca o reconhecimento e valorização das mulheres como forma de alcançar sua emancipação e a igualdade entre os gêneros (COSTA, 2004; LISBOA, 2008; MALHOTRA et al., 2002; MELO; LOPES, 2012; LUTTREL et al., 2009). Vive-se em um tempo em que as mulheres, de maneira gradativa, empenham-se a buscarem autonomia, seu grau de instrução, a planejarem a maternidade, a terem menos filhos e a serem economicamente ativas e independentes (COSTA, 2004; PRÁ, 2006; MELO e LOPES, 2012). Assim, na busca pelo empoderamento, o gênero feminino almeja sua própria identificação, apresentando ambições diferentes de suas ancestrais e maior liberdade de expressão (MELO e LOPES, 2012). Uma das formas das mulheres empoderarem-se pode ser através do seu trabalho, de sua trajetória de carreira. A carreira, por sua vez, pode ser compreendida pelas âncoras de carreira de Schein (1996), que apresenta oito noções metafóricas (Competência Técnico-Funcional, Aptidão Administrativa Geral, Autonomia/Independência, Segurança/Estabilidade, Criatividade Empreendedora, Vontade de Servir/Dedicação a uma Causa, Puro Desafio, Estilo de Vida) que refletem aspectos identitários, demonstram a imagem que cada indivíduo possui de sua esfera profissional e a dimensão que a ela representa em sua vida. O conceito de âncora é ainda entendido como a força balizadora da carreira que guia valores, motivações, talentos e ao compreendê-la em um grupo de mulheres, pode-se compreender também, aspectos que contribuem para o empoderamento feminino. Nesse contexto surge a pergunta de pesquisa: Como se manifestam as âncoras de carreira de mulheres docentes do ensino superior a partir de suas perspectivas sobre o empoderamento feminino? O estudo justifica-se pela pertinência do tema e diferencia-se dos demais à medida que tem como foco a relação da teoria de âncoras de carreira com as dimensões do empoderamento de mulheres, que tem a mesma profissão e âncoras de carreira proeminentes em comum..

(4) 2. METODOLOGIA O método proposto foi o estudo de caso de abordagem qualitativa e caráter descritivo que buscou analisar docentes mulheres de um campus de uma universidade federal do Rio Grande do Sul/Brasil. Preliminarmente, aplicou-se o questionário padronizado que visa identificar as âncoras de carreira de um indivíduo, o inventário de Âncoras de Carreira de Schein (1996), acrescido de informações para coleta do perfil das docentes e adaptado para o público feminino e para a realidade docente. Em uma população de 21 docentes mulheres, 20 retornaram à pesquisa. Este inventário de Schein (1996) apresenta 40 afirmações das quais os respondentes devem classificá-las em uma escala de 1 a 6, de acordo com suas autopercepções, a fim de discernir sua inclinação profissional. Foi realizada a contagem da pontuação de cada questão conforme proposto por Schein (1996), classificando as âncoras conforme sua proeminência. Sendo assim, identificou-se a kQFRUD SURHPLQHQWH HQWUH DV GHPDLV ³(VWLOR GH 9LGD´ UHVXOWDQGR QDV UHVSRVWDV GH QRYH GRFHQWHV H DV kQFRUDV ³9RQWDGH GH 6HUYLU 'HGLcação a uma Causa´ H ³6HJXUDQoD H (VWDELOLGDGH´ DPEDV FRP TXDWUR DSDULo}Hs cada, considerando as âncoras secundárias proeminentes. Essas nove docentes, com âncoras de carreira em comum, foram convidadas a participar de uma entrevista, sendo que sete se disponibilizaram a realizá-la. No momento da entrevista, foi apresentado o resultado do questionário das âncoras para cada docente, que, ao lerem o conceito de suas âncoras proeminentes, se identificaram e respaldaram o resultado. Também foi enviado um e-mail para cada professora entrevistada para que elas pudessem escolher um nome fictício para serem citadas no trabalho. O roteiro de entrevista semiestruturado foi elaborado com base no modelo teórico de análise das dimensões de empoderamento feminino: aspectos econômicos, socioculturais, familiares/interpessoais, legais, políticos e psicológicos (MALHOTRA et al., 2002; LUTTREL et al., 2009). As entrevistas foram analisadas pela técnica de análise de conteúdo utilizando como categorias de análise as três âncoras de carreira mais frequentes entre as docentes selecionadas: ³(VWLOR GH 9LGD´ ³9RQWDGH GH 6HUYLU 'HGLFDomR D XPD &DXVD´ H ³6HJXUDQoD H (VWDELOLGDGH´ 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO As sete docentes entrevistadas (referenciadas com os nomes fictícios Júlia, Clarissa, Paula, Cristina, Beatriz, Augusta e Rosa) têm entre 26 e 49 anos, são em maioria casadas e possuem um ou dois filhos. Quanto à carreira docente, três possuem pós-doutorado, uma é doutora e três estão em doutoramento. Possuem entre três e vinte e um anos de experiência na função e já ocuparam cargos de gestão no ambiente acadêmico, de coordenadora de comissão a pró-reitora. A âncora Estilo de vida é caracterizada pelo anseio do indivíduo em organizar sua vida de forma com que seja possível um equilíbrio entre carreira e família (SCHEIN, 1996). Essa inclinação foi confirmada na entrevista das sete docentes que reconhecem preferir soluções harmônicas entre as duas esferas. Ao analisar esta âncora, relacionaram-se trechos das falas que sinalizam a perspectiva das dimensões legal: empenho em suscitar a criação de normas e campanhas que mobilizem a sociedade e visem garantia e alcance de direitos femininos; familiar: autonomia da mulher sobre seu corpo e constituição de uma família; e psicológica: bem estar psicológico das mulheres e do despertar do desejo interno de mudança e.

(5) evolução destas, do empoderamento feminino (MALHOTRA et al., 2002; LUTTREL et al., 2009). Esta ideia pode ser vista nos trechos de falas a seguir.. Dimensão Legal. Dimensão Familiar. Dimensão Psicológica. ³A gente ainda precisa ter um espaço para a gente deixar as crianças, acho que a JHQWH GHYHULD EDWDOKDU PDLV SRU LVVR´ (Paula). ³A questão da creche é bem importante porque é uma tendência: nós temos várias professoras que não tem filhos e que provavelmente terão dentro de no máximo 10 DQRV (QWmR WHU XPD RUJDQL]DomR DWUiV GLVVR VHUi EHP LPSRUWDQWH´ (Júlia); ³Eu pretendo ter filhos depois de passar por esse momento (de doutoramento), SULPHLUR FRQFOXLU D IRUPDomR DFDGrPLFD´ (Rosa). ³Nós planejamos qual seria o momento ideal para ter filho. Para mim era importante já estar estabelecida em um trabalho, já ter terminado o doutorado. Porque são coisas que teriam me sobrecarregado muito, ter que escrever uma tese, ter um filho pequeno, estar trabalhando, tudo ao mesmo tempo. Eu consegui escolher um momento da minha vida em que eu me sentia mais capaz de me organizar e conciliar as coisas nesse contexto todo´ (Cristina). ³Priorizei primeiro a carreira. Após concluir mestrado e o doutorado e passar no concurso público, eu me dediquei à família e optei por ter filhos. Acho que a profissional que opta por ser mãe mais tarde, é madura o suficiente pra conseguir conciliar essas questões´ (Beatriz). A partir do meu planejamento e esforço, eu consegui alcançar meus principais objetivos de vida. Eu estou dentro da carreira que eu escolhi pra mim, num lugar bom de trabalhar, onde consigo me desenvolver e desenvolver meus propósitos. Minha vida pessoal também se estruturou de uma forma como eu imaginava, o desejo de ser mãe eu consegui realizar e estou muito realizada como pessoa e realizada na posição que eu estou (Cristina).. A partir disso pode-se inferir que ao buscar o equilíbrio entre a família e seu trabalho, as mulheres estão buscando também empoderarem-se, defendendo a criação de legislações que amparem as mulheres em seu trabalho e planejando o melhor momento de casar-se e ter filhos. Questões estas que contribuem para o sentimento de realização a partir das conquistas pessoais e profissionais. Quanto a âncora Vontade de Servir/Dedicação a Uma Causa baseia-se no desejo do indivíduo de, com seu trabalho, agregar algum valor à sociedade em aspectos como qualidade de vida, educação, saúde, cultura e meio ambiente (SCHEIN, 1996). Ao analisá-la, relacionaram-se trechos das falas que sinalizam a perspectiva das dimensões sociocultural: desejo pela mudança dos padrões patriarcais e suas representações simbólicas; e política: representação feminina com voz ativa na sociedade, atendendo seus interesses, do empoderamento feminino (MALHOTRA et al., 2002; LUTTREL et al., 2009). As falas a seguir ilustram esta ideia.. Dimensão Sociocultural. Dimensão Política. ³Tu passas muito mais que só conhecimento, tu te torna um exemplo pras SHVVRDV SUDV IXWXUDV JHUDo}HV´ (Clarissa). ³1R PRPHQWR HP TXH D JHQWH YDL SUD VDOD GH DXOD H WHP R SRGHU GD SDODYUD D gente pelo menos provoca a dúvida. O tom das minhas aulas, essa provocação de pensar, tentar se libertar dos preconceitos é uma tônica constante daquilo que eu trabalho com meus alunos. A questão de gênero é uma questão imputada pela sociedade, essas distinções não necessariamente precisam acontecer. Então eu, como educadora, como alguém que trabalha com a educação, com o ensino superior, tenho obrigação de, no mínimo, sacudir a gurizada pra pensar um pouco GLIHUHQWH´ (Augusta). ³3RU WHU HVVH HVSDoR S~EOLFR GH GLiORJR GH DEHUWXUD GH UHSUHVHQWDWLYLGDGH XPD profissional docente pode favorecer o diálogo com a comunidade dizendo: se chegamos até aqui todas nós podemos almejar cargos maiores nas áreas que FDGD PXOKHU HVFROKD SUD VXD FDUUHLUD´ (Beatriz)..

(6) Assim, pode-se inferir que a partir do desejo de contribuir com a sua profissão para tornar o mundo um lugar melhor para se viver, as docentes entrevistadas se empenham em levantar questões no seu ambiente de trabalho e na comunidade que provocam a reflexão. Utilizando a voz ativa característica de sua carreira docente como representação do empoderamento feminino que reflete em seus alunos (mulheres e homens), na carreira de outras mulheres e na sociedade. Por fim, a âncora Segurança e Estabilidade baseia-se no anseio do indivíduo por sentir-se seguro e estável em sua carreira, em termos de continuidade e, principalmente, financeiros (SCHEIN, 1996). Ao analisar esta âncora, relacionaram-se trechos das falas a seguir que sinalizam a perspectiva da dimensão econômica: acesso, controle e contribuição dos recursos pelas mulheres no ambiente familiar e admissão feminina no mercado de trabalho, do empoderamento feminino (MALHOTRA et al., 2002; LUTTREL et al., 2009).. Dimensão Econômica. ³Não é de hoje que as mulheres vão pro mercado de trabalho como uma forma de complementar a renda dentro do seu ambiente familiar. Já passou do tempo em que D PXOKHU ILFDYD HP FDVD H HUD VXVWHQWDGD SHOR PDULGR´ (Augusta). ³Eu vejo a participação da mulher como muito importante. As mulheres ajudam a movimentar a economia, ajudam a movimentar os diferentes setores. Tem muita PXOKHU DMXGDQGR D FRPSOHPHQWDU D UHQGD GD IDPtOLD´ (Cristina). ³e XPD WHQGrQFLD GD VRFLHGDGH D PXOKHU FRQVHJXLU EXVFDU TXH FRPHoD SRU Xma questão que eu acredito muitas vezes financeira, mas que vai além também das ambições. Ela não quer mais ser apenas submissa a outra pessoa [...] Minha DWLYLGDGH SURILVVLRQDO FRQWULEXL SDUD XPD DXWRHVWLPD OHJDO H GH UHDOL]DomR ILQDQFHLUD´ (Júlia).. A ideia de ter um vínculo empregatício que lhes possibilitem estarem seguras e com estabilidade financeira na carreira parece estar associada ao acesso e controle de recursos financeiros e oportunidades de trabalho que suas ancestrais não tiveram, o que reforça a busca pelo empoderamento feminino. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A concepção teórica de âncoras de carreira de Schein, embora não seja recente, ainda pode ser explorada em conjunto com as diferentes perspectivas da carreira contemporânea. Neste estudo, esta teoria foi relacionada às dimensões de empoderamento feminino, tema este que necessita ser discutido na academia e na sociedade, pois embora a mulher tenha conquistado muitos espaços, ainda há muito a se fazer para alcançar a igualdade entre gêneros. Os sujeitos de análise desta pesquisa eram um grupo de mulheres docentes do ensino superior com as mesmas âncoras de carreira, isto é com valores, motivações e expectativas semelhantes para sua profissão. O resultado destas âncoras está alinhado com as características da carreira docente em uma instituição de ensino federal, tais como a flexibilidade para atender o trabalho e a família, visto que os docentes não precisam cumprir sua jornada de trabalho em horário fixo, o que exemplifica a âncora Estilo de Vida; a vontade de contribuir para a formação de seus alunos, de produzir conhecimento para a sociedade, o que exemplifica a âncora Vontade de Servir/ Dedicação a uma Causa; e a estabilidade e segurança financeira que o concurso público, pelas quais passaram possibilita, além das oportunidades de alcançar cargos de gestão, qualificação e crescimento contínuo, o que exemplifica a âncora Segurança e Estabilidade..

(7) Ressalta-se que Schein (1996) já havia notado, em seus estudos uma predominância feminina pela âncora Estilo de Vida. No entanto, o autor também chama a atenção para a crescente aderência a esta âncora, também pelo sexo masculino, o que condiz com a tendência da realidade atual em que pai e mãe trabalham e gerenciam suas carreiras. Mesmo assim, o que é necessário evidenciar é que se esses estudos reforçam o atrelamento do Estilo de Vida como uma âncora feminina, ainda são as mulheres que se desdobram para conciliar trabalho e família, fato que deveria ser vivenciado por homens e mulheres, e reforçam a necessidade de se debater sobre igualdade entre gêneros e empoderamento feminino na carreira. Portanto, acredita-se que o trabalho contribui para o campo de estudo, pois, ao relacionar o conceito de âncoras de carreira com o de empoderamento feminino, permite um novo olhar para os constructos. Para estudos futuros, reflete-se ainda sobre a predominância da âncora Estilo de Vida em grupos femininos e sua relação com o empoderamento, ao entender que este resultado não significa que as mulheres cujas âncoras proeminentes foram diferentes desta, não busquem e atuem em prol do seu empoderamento e das demais mulheres. Neste sentido, desperta-se a sugestão para outras pesquisas que analisem as perspectivas do empoderamento feminino com as demais âncoras de carreira. 5. REFERÊNCIAS ANDRADE, J.; BARBOSA, A. Carreiras Femininas: Indo Além Do Senso Comum ± um estudo com mulheres profissionais brasileiras. In: XXXVII ENCONTRO DA ANPAD. Anais... Rio de Janeiro: EnANPAD, 2013. COSTA, A. Gênero, Poder e Empoderamento das Mulheres. A Química das Mulheres. Salvador, p. 20 - 21, Março, 2004. COSTA, L.; DUTRA, J. A Influência da Percepção de Sucesso na Carreira sobre o Comprometimento Organizacional: um estudo entre professores universitários. In: III ENCONTRO DE GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DE TRABALHO. Anais... João Pessoa: EnGPR, 2011. DINIZ, E.; GUIMARÃES, R. Editorial: Agora é com Elas. GV-executivo, v. 12, n. 1, São Paulo, janeiro-junho 2013. HALL, D. T. Careers in and out of Organization. Londres: Sage, 2002. LISBOA, T. O Empoderamento como estratégia de inclusão das mulheres nas políticas sociais. In: FAZENDO GÊNERO 8 ± CORPO, VIOLÊNCIA E PODER. Anais... Florianópolis: UFSC, Agosto, 2008. LUTTREL, C.; QUIROZ, S.; SCRUTTON, C.; BIRD, K. Understanding operationalising Empowerment. London: Overseas Development Institute, 2009.. and. MALHOTRA, A.; SCHULER, S.; BOENDER, C. 0HDVXULQJ :RPHQ¶V (PSRZHUPHQW DV D Variable in International Development. Background Paper Prepared for the World Bank Workshop on Poverty and Gender: New Perspectives, 2002. MELO, M.; LOPES, A. Empoderamento de Mulheres Gerentes: a construção de um modelo teórico de análise. Revista Gestão e Planejamento, Salvador, v. 12, n. 3, p. 648-667, setembro/dezembro, 2012. PRÁ, J. Políticas Públicas, Direitos Humanos e Capital Social. In: BAQUERO, M.; CREMONESE, D. (Org.) Capital Social: Teoria e Prática. Ijuí: Editora Unijuí, 2006. SCHEIN, E. Identidade profissional: como ajustar suas inclinações a suas opções de trabalho. São Paulo: Nobel, 1996..

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