HABILIDADES SOCIAIS E STATUS SOCIOMÉTRICO
EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Social skills and sociometric status in children of basic education
Habilidades sociales y status sociométrico en niños de educación básica
José Maria Montiel – Centro Universitário FIEO (UNIFIEO)
Fernando Pessotto – Centro Universitário Salesiano de Americana (UNISAL)
Daniel Bartholomeu – Centro Universitário FIEO (UNIFIEO)
Endereço para contato José Maria Montiel Centro Universitário FIEO Avenida Franz Voegelli, 300, Vila Yara São Paulo – SP – Brasil. CEP: 06020-190
E-mail: montieljm@hotmail.com
José Maria Montiel Mestre e Doutor em Avaliação Psicológica em Contexto de Saúde Mental pela Universidade São Francisco; Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia Educacional no Centro Universitário FIEO – UNIFIEO/SP - Fundação Instituto de Ensino para Osasco, São Paulo, Brasil.
Fernando Pessotto
Psicólogo, mestre e doutorando em Psicologia pela Universidade São Francisco com ênfase em avaliação psicológica. É docente do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) onde compartilha a coordenação do Laboratório de Psicodiagnóstico e Neurociência Cognitiva (LaPeNC).
Daniel Bartholomeu
Resumo
O comportamento social qualificado pode ser definida como um conjunto de condutas emitidas num contexto interpessoal particular. Foram investigadas 257 crianças que frequentavam segunda até a quarta classe em escolas públicas de duas cidades do estado de São Paulo. A idade dos participantes variou de 8 a 11 anos, com uma média de 9 anos (DP = 0,77), 58,8% das meninas e 40,9% meninos. Os resultados descritos sugerem que Assertividade está relacionada à aceitação social para estudar e jogar, o que indica que o desenvolvimento de habilidades sociais é relevante para levar a uma melhor aceitação e integração social em crianças.
Palavras chave: THAS, relações sociais, sociometria
Abstract
The skilled social behavior can be defined as a set of conduits issued in a particular interpersonal context. We investigated 257 children who attended second through fourth grade in public schools in two cities in the state of São Paulo. The age of participants ranged from 8 to 11 years, with an average of 9 years (SD = 0.77), 58.8% of girls and 40.9% boys. The results described suggest that Assertiveness is related to social acceptance to study and play, which indicates that the development of social skills is relevant to lead to better acceptance and social integration in children.
Key words: THAS, social relationships, sociometry
Resumen
El comportamiento social experto puede ser definido como un conjunto de conductas emitidas en un contexto interpersonal particular. Fueron investigados 257 niños que asistieron a segundo hasta el cuarto grado de las escuelas públicas en dos ciudades del estado de São Paulo. La edad de los participantes varió de 8 a 11 años, con un promedio de 9 años (DE = 0,77), el 58,8% de las niñas y 40.9% niños. Los resultados descritos sugieren que la asertividad se relaciona con la aceptación social para estudiar y jugar, lo que indica que el desarrollo de las habilidades sociales es relevante para conducir a una mejor aceptación y la integración social en los niños.
Introdução
As habilidades sociais são compreendidas como um conjunto de
comportamentos presentes no repertório de um indivíduo que possibilitam sua interação
no meio em que está inserido (Del Prette & Del Prette, 2005). À medida que o sujeito
observa que alguns destes comportamentos, emitidos em determinado contexto ou
grupo são ou não aceitos, passam a ser referência de sua própria aceitação ou rejeição.
Neste sentido um déficit na percepção, discriminação e controle destes comportamentos,
pode acarretar no afastamento do grupo devido ao não cumprimento das regras, mesmo
que implícitas (Del Prette, 1996).
Dimitrov e Ebsary (1999) complementam que a entrada em um grupo implica na
busca da aceitação evitando assim ser rejeitado podendo buscar inclusive papéis ou
funções dentro do grupo. Estes papéis são determinado pelas representações acerca das
interações sociais entre os membros de acordo com seus significados. Esta rede de
interpretações e significados foi denominado por Moreno (1993) como átomo social.
Para que o átomo social seja estabelecido positivamente deve haver uma eficaz
leitura do ambiente e consequente julgamendo de quais comportamentos serão ou não
aceitos naquele determinado contexto. A eficácia nesta leitura, compreensão e resposta
ao meio, de acordo com o repertório comportamental do sujeito, é denominada
competência social que, por sua vez, pode auxiliar na busca pelo objetivo de ser aceito
elevando a qualidade das interações interpessoais podendo assim, contribuir com
comportamentos futuros tidos como desajustados (Del Prette, 2001; 2005).
Ser competente diz respeito à uma atuação de qualidade do indivíduo nas
relações interpressoais. Neste sentido, são as habilidades sociais que possibilitam ser
determinado comportamento pertinente à situação (Caballo, 2003). Este processo de
emissão de respostas socialmente aceitas ou consideradas adequadas consiste num
complexo desencadeamento de comportamentos emitidos à partir da percepção de
estímulos percebidos comom relevantes. Esta percepção e emissão de comportamentos
passa pelo processamento de informações responsável por elencar possíveis respostas a
fim de chegar à mais adequada de acordo com a análise realizada. Assim é possível
dizer que um bom repertório de habilidades sociais é importante, mas não suficiente
para a competência social (Caballo, 1998).
Segundo Caballo (1996; 2003) a definição de habilidades sociais não é
consensual devido a própria natureza complexa do construto. O comportamento
socialmente aceito é difícil de ser definido pois está intimamente ligado ao contexto em
que é expresso, sendo possível alguns comportamentos serem assertivos em alguns
contextos e não em outros. Portanto é possível concluir que não existe um modo
universalmente correto de comportamento social.
Sobre esta dificuldade na definição, pode-se relatar que algumas definições
consideram apenas o conteúdo do comportamento emitido enquanto outras se baseiam
exclusivamente nas consequências sociais oriundas das mesmas. Uma conceituação
ampla deve considerer ambas as características, portanto, além do comportamento em
si, também suas consequências. Neste sentido, uma boa definição para o
comportamento socialmenta hábil pode se dar enquanto o repertório de comportamentos
emitidos, em um determinado contexto social ou interpessoal, expressando desejos,
sentimentos e opiniões da forma mais adequada à situação em questão. Isto deve
acontecer observando os comportamentos dos pares e procurando resolver problemas
inerentes ao contexto, visando assim a diminuição de dificuldades futuros na interação
A reciprocidade constitui-se como base da conduta social bem sucedida. Esta
conduta conta com o envolvimento de capacidades específicas, sendo elas aprendidas
em algum estágio do desenvolvimento estando relacionadas aos fatores ambientais e
pessoais. Isto se dá num sistema retroalimentativo, ou seja, ao mesmo tempo que o
sujeito interage influenciando o ambiente este, por sua vez, responde, auxiliando na
modelagem dos comportamentos do indivíduo (Caballo, 2003; Del Prette, 1996).
Nesta perspectiva os diferentes contextos sociais podem funcionar como
potencializadores na emissão de determinados comportamentos. Alguns arranjos sociais
como comunidades de conviência, estruturação de grupos escolares e de recreação ou
ainda uma simples organização especial/física, podem aumentar a necessiade de
interações sociais, fazendo que o sujeito tenha que emitir mais comportamentos
considerados adequados (Campos de Carvalho, 1998; Carvalho, 1997). Neste sentido,
desde o início das interações sociais, ainda na infância, as experiências vivenciadas
negativamente como pais violentos, condições sociais desfavoráveis, uso de drogas,
embora não determinem, podem favorecer comportamentos antisociais no futuro,
portanto, os diferentes contextos sociais podem auxiliary no bom o mal
desenvolvimento de comportamentos pró-sociais (Baraldi & Silvares, 2003; Caballo,
2003; Del Prette, 1996; Ferreira & Marturano, 2002).
Bussab (1999) já ressaltava que a criança, quando estimulada apropriadamente,
pode aprensentar maior probabilidade no desenvolvimento interações sociais saudáveis.
Del Prette e Del Prette (2005) complementam que a infância pode ser considerada um
momento crítico no desenvolvimento das habilidades sociais pois é neste período que as
primeiras relações significativas são formadas. Neste sentido, um amplo repertório de
habilidades sociais pode ser considerado um fator importante no desenvolvimento
desenvolvimento sadio (Baraldi & Silvares, 2003; Del Prette & Del Prette, 2001;
Ferreira & Marturano 2002; Marinho, 2003).
Portanto, como explanado anteriormente, um repertório extenso e habilidades
sociais auxilia na competência social, mas não a garante sucesso nas relações
interpessoais. A competência está ligada inclusive à organização dos pensamento com o
objetivo de elaborar a melhor resposta para cada situação específica (Caballo, 1996).
Frente a este cenário Del Prette e Del Prette (2001) salientam que, muitas vezes,
o desenvolvimento destas habilidades se dá de forma natural, sobretudo nos casos de
bom ajustamento. Porém, em alguns casos pode ocorrer déficits significativos
prejudicando as interações sociais de forma geral. Muitos destes casos estão
relacionados a um fraco desempenho acadêmico, uso de drogas, problemas emocionais,
entre outros. Especificamente no contexto escolar Calderella e Marrel (1997) realizaram
uma metanálise e verificaram 5 grupos de habilidade sociais consideradas como mais
valorizadas para o contexto, à saber, a relação com os pares, autocontrole, habilidades
sociais acadêmicas, ajustamento social e asserção.
Estas habilidades estão diretamente ligadas à aceitação ou rejeição por parte do
grupo, aspecto também investigado neste estudo enquanto decisivo para o bom
desenvolvimento pessoal e acadêmico podendo aumentar a motivação para a
aprendizagem. Morais, Otta e Scala (2001) salientam que o teste sociométrico se
configura adequadamente para as medidas de aceitação e popularidade que são
frequentemente utilizadas como preditoras da qualidade dos relacionamentos entre os
alunos.
Segundo Moreno (1972) a sociometria pode ser considerada um meio de
quantificar as características psicológicas sociais de forma experimental tendo como
vivências individuais por meio de comportamentos de repulsa e atração. Moreno (1993)
salienta ainda que, por meio do teste sociométrico, é possível investigar a qualidade dos
vínculos por meio de um mapeamento possibilitando assim, a compreensão funcional
dos membros em relação ao grupo.
Estudos voltados para as habilidades sociais relacionadas à sociometria podem
favorer portanto, uma melhor compreensão da complexa rede de habilidades sociais.
Bartholomeu, Nunes e Machado (2010) puderam verificar isto num estudo com objetivo
de investigar associações entre habilidades sociais e a aceitação-rejeição. Para este
estudo contaram com 126 graduandos de educação física que responderam ao Iventário
de Habilidades Sociais (IHS) e uma medida sociométrica a fim de mensurar o grau de
aceitação ou rejeição em atividades intra e extra acadêmicas. Os autores verificaram, de
acordo com os resultados, que para os homens, a aceitação não pôde ser explicada pelas
habilidades sociais, ao passo que, para as mulheres, a medida de auto-exposição à
desconhecidos foi verificada como habilidade importante na relação com o grupo.
Portanto, segundo os autores, alguns comportamentos expressos podem ser utilizados
em treinos de habilidades sociais com o objetivo de evitar a rejeição e favorecer a
aceitação.
Também o estudo de Bartholomeu, Montiel e Pessotto (2012) analisou as
correlações entre habilidades sociais e aceitação entre os pares tanto para a situação de
estudar como de sair. Foram avaliados 45 adolescentes de 16 à 18 anos, todos
provenientes de uma escola particular. Os resultados apontaram que, separadamente por
sexo, a medida do fator auto-afirmação na expressão de afeto positivo associou-se
positiva e significativamente com aceitação e rejeição para estudar e o sociométrico
geral para estudar. Esses dados indicam que os meninos que apresentaram habilidades
mesmo com um risco mínimo de reação indesejável foram mais aceitos e menos
rejeitados na situação de estudar. Ao mesmo tempo, a dimensão autocontrole da
agressividade em situações aversivas associou-se positiva e significativamente com
rejeição para estudar e sociométrico geral para estudar. Com base nisso, pode-se sugerir
que os meninos que apresentaram capacidade de reagir à estimulações aversivas do
interlocutor com razoável controle da raiva e da agressividade, apresentaram-se mais
competentes socialmente controlando seus sentimentos negativos, sendo menos
rejeitados para estudar.
Considerando que a literatura tem evidenciado relações entre a aceitação e
rejeição entre colegas em estudantes universitários e do ensino médio, achou-se
interessante analisar essas relações em crianças para averiguar se tais relações se
mantém. Esta compreensão facilitaria a constituição de um padrão desenvolvimental de
associações entre a aceitação e rejeição e as habilidades sociais, fornecendo um
panorama de como essas variáveis se associam em diferentes etapas do
desenvolvimento psicológico. Tal compreensão se configura como importante, no
sentido de saber o que é esperado para cada momento escolar ao longo do
desenvolvimento, favorecendo o planejamento de programas de intervenção em
habilidades sociais com vistas a aumentar a coesão grupal e, consequentemente, afetar o
processo de aprendizagem,a partir de uma maior aceitação entre os colegas.
Método
Participantes
Participaram deste estudo 257 crianças que cursavam da 2ª à 4ª séries de escolas
públicas de duas cidades do interior do estado de São Paulo. A idade dos participantes
estudadas sete escolas de uma cidade e uma de outra. Optou-se por escolas públicas
tanto de bairros socioeconomicamente menos favorecidos (5 escolas) como de bairros
considerados mais favorecidos (3 escolas) considerando que, essas últimas, por terem
acesso a uma diversidade maior de contextos poderiam apresentar habilidades sociais
mais elevadas. Não houve seleção dos participantes em cada uma das escolas, já que se
dependeu da assinatura dos termos de consentimento pelos pais dos alunos. Houve
escolas que apresentaram desde 6 crianças (2,3%) até outras com 91 estudantes
(35,4%).
Instrumentos
Teste de Habilidades Sociais para crianças em situação escolar (Bartholomeu, Silva &
Montiel, 2012)
Este instrumento foi desenvolvido com base na insuficiência de pesquisas que
atestassem as qualidades psicométricas de medidas de avaliação das Habilidades Sociais
em crianças. Atrelado à isso, no Brasil, o único instrumento dessa natureza compreende
um sistema multimídia, desenvolvido por Del Prette e Del Prette (2001), o que dificulta
o acesso de boa parte das escolas do país que carecem de computadores e pessoas
habilitadas para a administração desse teste bem como disponibilidade de recurso para a
aquisição do mesmo. Além disso, as características psicométricas desse instrumento
também não foram satisfatórias. Desse modo, considerou-se pertinente desenvolver um
teste de habilidades sociais que pudesse ser aplicado em papel e com respostas
objetivas, dispostas numa escala likert.
São apresentados ao examinando 23 itens para serem respondidos quanto à
freqüência com que comete os comportamentos numa escala likert de três pontos. As
a 3 respectivamente a cada uma delas na correção do instrumento que foram somados.
Alguns itens são pontuados de forma inversa, já que a conduta socialmente hábil está
definida no oposto do que a frase propõe.
Os resultados da análise preliminar feita por componentes principais e rotação
varimax sugeriram a estrutura de três fatores mais evidentes que explicaram 34,17% de
variância. O primeiro fator foi denominado Civilidade e Altruísmo e apresentou um
índice alfa de Cronbach de 0,87; o segundo, Desenvoltura e autocontrole na interação
social obteve um coeficiente de 0,84; e o terceiro Assertividade com enfrentamento
evidenciou um alfa de 0,60. Esses dados podem ser considerados satisfatórios, o que
torna o instrumento adequado para o uso em futuras pesquisas.
A primeira dimensão, Civilidade e altruísmo, abrange habilidades como
agradecer elogios, pedir desculpas, ajudar os amigos, elogiá-los, expressar sentimentos
positivos aos pares, ser educado ao manifestar uma opinião. No segundo fator,
Desenvoltura e autocontrole na interação social, seus indicadores devem ser invertidos
para indicarem tais aspectos. As situações propostas sugerem situações negativas em
que a criança é exposta à situações novas, desconhecidas ou que podem provocar
constrangimento como receber críticas, falar para a sala toda, encerrar uma conversa,
apresentar-se a um grupo de desconhecidos ou perguntar-lhes algo. Finalmente, a
terceira dimensão, recebeu a denominação de Assertividade com enfrentamento. As
habilidades propostas incluem demonstrar desagrado, defender seus direitos e opiniões,
resistir à pressão do grupo, afirmando sua auto-estima, sob o risco de uma reação
indesejável por parte do interlocutor. Esses fatores foram similares aos sugeridos por
Del Prette e Del Prette (2005).
A análise de Rasch, aplicada à esses itens, identificou o nível de dificuldade dos
medianas, embora o nível de dificuldade dos itens aumente de um fator para o outro,
sendo que os indicadores do fator 1 apresentam maiores concordâncias, enquanto os do
fator 3 menor. Também o ajuste dos itens restantes da escala por Rasch evidenciou que
nenhum esteve fora dos limites aceitáveis de ajuste ao modelo de Rasch.
Desse modo, esse instrumento fornece uma informação diferenciada que talvez
seja desejável de ser obtida por pesquisadores e psicólogos que trabalham com essa
variável. Ao se hierarquizar a dificuldade dos itens, identificando quais condutas são
mais fáceis de se apresentar no contexto de interação social, possibilita-se planejar
intervenções para pessoas que apresentam baixa habilidade social, apresentando
inicialmente condutas mais fáceis da pessoa emitir, para então passar às
comportamentos mais complexos, permitindo uma avaliação precisa do repertório
comportamental da criança, possibilitando um escalonamento comportamental, o que
convida a novas pesquisas.
O dado fornecido por esse instrumento identifica as situações interpessoais em
que certas condutas (como fazer pedidos ou recusá-los) são mais fáceis e mais difíceis
de ocorrerem, o que não é identificado nos demais instrumentos (Caballo, 2003).
Também, descrevem comportamentos realizados com o intuito de otimizar os ganhos e
minimizar perdas nas relações sociais. Em outros termos, seria uma medida de eficácia
na relação. Além disso, essas condutas visam a manutenção da própria integridade, bem
como a produção de uma sensação de domínio, o que caracteriza uma eficácia no
respeito próprio.
Um aspecto levado em conta na construção dos itens foi que as características
apontadas seriam específicas à pessoa e a uma dada situação. Assim, alguns indicadores
foram constituídos pensando-se no contexto escolar. Além disso, há que se considerar
danosas. Os comportamentos considerados foram: fazer elogios, aceitar elogios, fazer
pedidos, expressar amor, agrado e afeto, iniciar e manter conversações, defender os
próprios direitos, recusar pedidos, expressar opiniões pessoais, inclusive o desacordo,
expressar incômodo, desagrado ou enfado justificados, pedir a mudança de conduta do
outro, desculpar-se ou admitir ignorância, enfrentar as críticas, dar reforço ao outro, dar
e receber retroalimentação, regular a entrada e saída de grupos sociais, e habilidade de
falar em público.
Medida Sociométrica
Essa medida busca captar a aceitação ou rejeição de uma criança por seus
colegas de classe para as atividades de brincar e estudar. Para isso, solicitou-se,
primeiramente, que cada aluno indicasse três colegas de sua sala de aula com os quais
gostariam de estudar. Dessa forma, o primeiro colega indicado foi considerado com
quem ele mais gostaria de estudar e assim sucessivamente. Feito isso, foi solicitado para
que indicassem três colegas de sala de aula com os quais não gostariam de estudar,
sendo, o primeiro escolhido, o mais rejeitado para essa atividade e assim por diante.
Essas mesmas perguntas foram também feitas em relação à atividade de brincar. As
indicações positivas para cada uma das situações receberam pontos positivos da
seguinte forma: + 3 para o primeiro escolhido; +2 para o segundo; e +1 para o terceiro.
Já as negativas atribuiu-se -3 para o menos escolhido; -2 para o segundo menos
escolhido; e -1 para o terceiro. Com base nessas pontuações, foi encontrada a posição
sociométrica de cada um dos alunos pela soma aritmética dos pontos de aceitação e
rejeição em cada uma das situações. Nesse contexto, foram obtidas três medidas. A
primeira relativa à aceitação-rejeição para estudar, outra para brincar e uma geral que é
Procedimentos
A aplicação do instrumento ocorreu de forma coletiva, realizada nas salas de
aulas dos alunos e somente a aqueles cujos pais haviam autorizado previamente pela
assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (número de projeto comitê
de ética 424-2010). Foi, inicialmente explicado às crianças de que se tratava a pesquisa
e como responder ao instrumento. As questões foram lidas uma a uma pelo pesquisador
que aguardava a resposta antes de prosseguir a coleta. As crianças que não desejavam
prosseguir tinham essa liberdade, sendo liberadas da aplicação. Administrou-se
inicialmente a medida sociométrica seguida da de Habilidades Sociais
Resultados e Discussão
Para analisar as relações existentes entre a medida sociométrica e de habilidades
sociais empregou-se a prova de correlação produto-momento de Pearson, estabelecendo
o nível de significância em 0,05. Pelos dados obtidos evidenciam-se coeficientes
significativos e negativos na terceira série entre o Fator Assertividade e rejeição para as
duas situações estudadas, a saber, estudar e brincar (r=-0,34; p=0,026; r=-0,35; p=0,033,
respectivamente), sugerindo que quanto mais assertivas as crianças dessa série, menos
tenderam a serem rejeitadas em seus grupos nas situações descritas.
Um dado intrigante evidenciado e que merece maiores estudos concerne à
associação positiva evidenciada entre o fator Civilidade e Altruísmo e rejeição para
brincar nas meninas (r=0,33; p=0,007), já que sugere que quanto mais as meninas
expressam seus sentimentos, fazem elogios e pedem desculpas aos demais, mas
rejeitadas são na situação de brincar, o que convida a novas pesquisas. Uma
possibilidade a ser analisada nesse particular diz respeito ao fato de que todas as
periferia em suas cidades, o que pode sugerir que o padrão de habilidades sociais
esperado nesses contextos para evitar a rejeição seja também diferente, o que pode ser
mais bem pesquisado futuramente. Apesar disso, observaram-se, de maneira geral,
coeficientes de maior magnitude sempre entre as medidas de habilidades sociais e as
situações de rejeição, na maior parte das vezes com coeficientes negativos e moderados,
sugerindo que essas dimensões de habilidades sociais podem estar mais atreladas à
redução da rejeição no grupo do que da aceitação propriamente dita, abrindo espaço
para outras variáveis que também estejam imbricadas à aceitação e rejeição no grupo,
como variáveis de personalidade como a socialização, dentre outras.
Esse resultado também é consonante com outras pesquisas sobre o tema como a
de Bartholomeu, Silva e Montiel (2011) em que os autores analisaram fatores de
habilidades sociais avaliados pelo IHS em uma amostra de estudantes universitários,
procurando identificar quais desses prediriam a aceitação e rejeição entre os pares. De
fato, para os homens, nenhuma medida de habilidades sociais explicou a aceitação entre
os pares e, somente o controle da agressividade, explicou a rejeição em situações de
estudar e sair. Para as mulheres, somente a medida de exposição a desconhecidos
explicou a aceitação entre os pares e a desenvoltura social explicou a rejeição social
pelo grupo para a situação de sair, com coeficiente positivo, sugerindo que as mais
desenvoltas, portanto hábeis socialmente nesse quesito, apresentaram maiores índices de
rejeição. Em crianças, a assertividade esteve associada à maior aceitação no grupo em
detrimento de outras condutas socialmente hábeis.
Esse dado é intrigante e se associado com os dados da presente pesquisa
efetuada com crianças, pode indicar uma tendência geral sobre o desenvolvimento da
aceitação e rejeição no grupo de uma perspectiva da habilidade social, entendendo essa
e minimizar danos. Obviamente, os instrumentos são diferentes e não avaliados em uma
mesma escala (não equalizados), o que não permite fazer tal inferência, mas conduz a
tal suposição, valendo-se à pena a investigação sob um método apropriado.
Analisando-se ainda os resultados de Bartholomeu, Montiel e Pessotto (2012)
identifica-se certas diferenças nas associações das medidas de habilidades sociais e
aceitação e rejeição entre colegas. A Tabela 1 sintetiza as relações estabelecidas entre
essas variávies em crianças, adolescentes e estudantes do ensino superior e fornece um
panorama de como essas variáveis se associam nos diferentes níveis de ensino.
Com base nessas informações, de forma geral, pode-se sugerir que a habilidade
social em crianças do ensino fundamental tende a reduzir a rejeição mas não
necessariamente provocar aceitação. Já em adolescentes do ensino médio, as habilidades
sociais tendem a favorecer os meninos mas não as meninas quanto à aceitação para
estudar e rejeição nesta situação. Finalmente, em universitários as habilidades sociais
tendem a produzir menos rejeição para os meninos para o estudo, bem como facilitar a
aceitação das meninas nesta situação. Todavia, certas condutas tendem a aumentar a
rejeição das meninas principalmente para sair com as amigas. Tais dados convidam a
novas investigações sobre o tema.
O controle de outras variáveis nessa relação como a personalidade pode-se
revelar importante e interessante, uma vez que essas apresentam relações com a
sociometria (Sisto & colaboradores, 2004) bem como com as habilidades sociais
(Bartholomeu, Nunes e Machado, 2010; Bueno, Oliveira e Oliveira, 2001), podendo
ocorrer efeito de mediação destas relações. Tal fato convida também a novas
Tabela 1.
Síntese de estudos sobre Associação entre habilidades sociais e aceitação e rejeição
entre pares na escola, desenvolvimento e sexo.
Habilidade Social Aceitação Estudar Aceitação Sair/ Brincar Rejeição Estudar Rejeição Sair/ Brincar
Assertividade Geral ↑ Geral ↑
Enfrentamento com risco
Geral ↑
Autocontrole da agressividade
Meninos↓
Meninos↓
Civilidade Altruísmo Meninas ↓
Expressão Afeto
positivo Meninos ↑ Meninos↓
Conversação e desenvoltura social
Geral↓
Meninas↑
Auto exposição para desconhecidos
Meninas↑ Geral↓
Crianças Adolescentes Universitários
Setas para cima indicam correlação positiva moderadas Setas para baixo indicam correlações negativas moderadas Geral = amostra toda independente de sexo
Conforme Del Prette (1996) a frequência com que determinados
comportamentos são emitidos pelos indivíduos de um grupo ou contexto social constitui
um indicador das habilidades efetivas e valorizadas nesse contexto. A associação
encontrada entre as medidas do IHS e das medidas sociométricas, pode ser uma
evidência das características valorizadas pela população do sexo masculino na amostra
utilizada para aplicação.
Caballo (1993) realizou pesquisas no âmbito dos componentes das habilidades
sociais. Segundo o autor existem componentes de condutas que podem ser identificados
e mensurados. Ressaltam-se duas divisões dos componentes, à saber, 1) de conduta que
quando se sorri ao encontrar um conhecido pelo caminho; componentes
paralingüísticos, no volume e no tom da voz; componentes verbais, como elogios e
agradecimentos; como o conteúdo geral de uma verbalização e componentes mistos
mais gerais, como o afeto ou o saber escutar e 2) componentes cognitivos, que
consideram as percepções e avaliações do indivíduo sobre os acontecimentos, situações
e os estímulos que envolvem sua concepção de mundo e de si mesmo, neste caso seriam
considerados fatores importantes à idade, o sexo e a cultura dos indivíduos;
Ponderando o fato de que o conhecimento do repertório social da criança é
bastante escasso, Del Prette e Del Prette (2005) sugeriram sete classes de habilidades
consideradas prioritárias no desenvolvimento de treinamentos e avaliações de
habilidades sociais, acrescentando-se ao modelo anterior as categorias fazer amizades,
com comportamentos de fazer perguntas, elogiar, aceitar elogios, oferecer ajuda,
apresentar-ser, cumprimentar, dentre outros; solucionar problemas interpessoais que
envolvem pensar antes de tomar decisões, reconhecer e nomear problemas e identificar
e avaliar possíveis alternativas de solução; e habilidades sociais acadêmicas que
abarcam seguir regras, prestar atenção, ignorar interrupções feitas pelos colegas,
aguardar a vez para falar, oferecer, solicitar e agradecer ajuda, reconhecer a qualidade
do outro e cooperar nas discussões. Temos então que o comportamento social é uma
conjunção de dados inatos e processos de socialização, que ocorrem a partir do conjunto
de pensamentos, afetos, ações e atitudes em direção a um grupo social, ou ao próprio
sujeito (Caballo, 1993).
No fator auto-afirmação na expressão de afeto positivo (IHS) o risco de reação
indesejável de outrem é mínimo, ou seja, a amostra emite um comportamento que tem
grande probabilidade de ser aceito no meio social, quando se é cordial com todos, se
outras. O fator auto-afirmação correlacionou-se com aceitação para estudar avaliada nas
medidas sociométricas.
Porém, este mesmo fator não foi correlacionado com o fator enfrentamento e
auto-afirmação com risco (IHS), no qual se reúnem situações em que há possibilidade
de rejeição, réplica ou de oposição (Del Prette & Del Prette, 2001). Este dado levanta a
possibilidade dos sujeitos do sexo masculino, avaliados na amostra, não possuírem
repertório para lidar com situações de risco onde possa haver rejeição. Sendo assim,
identifica-se a necessidade de uma intervenção para desenvolvimento no treino das
habilidades identificadas no fator enfrentamento e auto-afirmação com risco. Para que
as pessoas do sexo masculino possam melhorar sua aceitação no meio.
No fator autocontrole da agressividade em situações aversivas encontrou-se
associação com uma baixa rejeição para estudar. Vale ressaltar que isto não quer dizer
que a população da amostra não se expressa, mas que o fazem de forma socialmente
competente, ou seja, sem agressividade, por exemplo, em situações onde se é preciso
lidar com críticas dos pais, com chacotas ou brincadeiras ofensivas. As pessoas desta
amostra com comportamentos citados acima obtiveram uma baixa rejeição para estudar,
sugere-se que isto se deve ao fato de se expressar de maneira mais competente, pois
assim o risco de rejeição é menor.
Identifica-se que tanto no fator de auto-afirmação na expressão de afeto positivo,
quanto no fator autocontrole da agressividade em situações aversivas, a população da
amostra não está exposta a situações onde haja risco de rejeição por emitir
comportamentos que possam não ser aceitos. Sendo assim, levanta-se a hipotese de que
em uma situação em que o adolescente enfrente risco por sua falta de comportamentos
Acredita-se que, em relação a esta possível inabilidade social em enfrentar os
riscos, vale sugerir que intervenções devem ser propostas através de treinos específicos
de habilidade social, uma tentativa direta e sistemática de ensinar estratégias e
habilidades interpessoais aos indivíduos, com a intenção de melhorar sua competência
interpessoal e individual nas situações de interação sociais. Conforme Curran (apud
Caballo, 2007), deve-se descrever os comportamentos socialmente adequados e suas
repercussões na vida e nas relações dos indivíduos, de como se é possível discordar de
colegas ou autoridades sem que isto seja interpretado de maneira inábil.
Considerações Finais
É relevante salientar que há uma estrutura neste processo de treinamento em
habilidades sociais, em que se emprega a modelação, treino de assertividade e
reestruturação cognitiva, o ensaio comportamental, a retroalimentação, o feedback e
reforçamento, entre outras. Assim como técnicas de treinamento em grupo, conforme
Caballo (2007).
Descrevendo-se em etapas, a primeira seria identificar a necessidade do sujeito,
que no caso, seriam os comportamentos citados anteriormente nesta discussão
encontrada na amostra do sexo masculino em situações de enfrentamento com risco de
rejeição. Posteriormente é relevante que o sujeito entenda e distingua as respostas que
ele pode emitir que podem ser assertivas, não assertivas e agressivas. A terceira etapa
abordaria uma reestruturação cognitiva dos modos de pensar considerados incorretos,
para posteriormente se iniciar o ensaio comportamental das respostas socialmente
adequadas em determinadas situações (Caballo, 2007).
Espera-se que esta pesquisa possa fornecer um panorama sobre como essas
variáveis e contribuam para o crescimento do conhecimento científico acerca da
aceitação e rejeição entre pessoas nas escolas.
Referências
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