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A APRENDIZAGEM DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS

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Academic year: 2020

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(1)A APRENDIZAGEM DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS. Franciele Pinheiro Silva 1 Claudete Da Silva Lima Martins 2. Resumo: O presente trabalho discute a respeito do Transtorno do Espectro do Autismo, que compromete habilidades sociais, comunicativas e dificuldades nas atividades. Além disso, o transtorno não tem cura, mas o quadro vai mudando conforme a pessoa envelhece e em muitos casos podem vir acompanhadas de outras manifestações de déficits como a hiperatividade. Sendo assim, a presente pesquisa está sendo realizada em uma escola regular da cidade de Bagé/ RS com um aluno que apresenta o Transtorno do Espectro do Autismo - Síndrome de Asperger. O trabalho trata-se de um estudo de caso do tipo qualitativo, tendo como objetivo investigar a linguagem, comunicação e a aprendizagem do aluno que apresenta o Transtorno do Espectro do Autismo. Os sujeitos do estudo são pais e professores do aluno com TEA, utilizando para coleta de dados entrevistas, observações e diário de campo. A metodologia para análise dos dados será realizada através da análise do conteúdo (BARDIN, 2009) com pré-análise, exploração do material e interpretação dos dados no período de agosto a dezembro. Com esse estudo, pode-se perceber que o aluno-caso investigado gosta de ser tratado como os outros colegas sem diferença. A linguagem utilizada por ele é basicamente a verbal, tanto com professores ou colegas, sendo que os professores não utilizam outros recursos diferenciados para chamar sua atenção, apenas a oralidade para que ele participe da aula, o que proporciona ao aluno-caso momentos de expressar sua opinião e conviver com os demais discentes sem distinção ou exclusão.. Palavras-chave: Inclusão Escolar. Transtorno do Espectro Autista. Linguagem. Comunicação Aprendizagem. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. A APRENDIZAGEM DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS 1 Aluno de graduação. franelepssf@gmail.com. Autor principal 2 Docente. claudetemartins@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(2) A APRENDIZAGEM DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS 1. INTRODUÇÃO A sociedade dos últimos tempos passou por várias mudanças. Por muito tempo a sociedade viveu com padrões pré-estabelecidos, onde quem não contemplasVH RV UHTXLVLWRV SDUD VHU GHILQLGR FRPR ³QRUPDO´ HUD PXLWDV YH]HV H[FOXtGR 'H DFRUGR FRP %UDVLO S ³$V HVFRODV GH PRGR JHUDO WrP conhecimento da existência das leis acerca da inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais no ambiHQWH HVFRODU´ (QWmR DSyV PXLWRV anos e através de vários estudiosos, pesquisas e leis, a inclusão culminou em um processo significativo para a sociedade, fazendo com que as escolas regulares matriculassem alunos com deficiência, dentre eles os alunos com Transtorno do Espectro do Autismo. O tema Transtorno do Espectro Autista (TEA) é estudado por vários autores como Ribeiro (2013) e Vasconcelos (2011), como sendo uma síndrome comportamental, caracterizada por comportamentos estereotipados (repetitivos) e dificuldades na comunicação e linguagem. A aprendizagem de pessoas com TEA responsabiliza não só a família, mas também professores e outros profissionais que tenham o comprometimento de estabelecer condições para o desenvolvimento da linguagem e comunicação, possibilitando sua efetiva inclusão social. A temática da inclusão de alunos com TEA surgiu para a autora do presente trabalho, após um estágio no Curso Normal em 2011, pois existia uma aluna que apresentava o Transtorno. Ela não se comunicava com facilidade e seu comportamento era atípico, diferenciando-a da turma no processo ensinoaprendizagem, o que me fez deste aquela época, questionar de que forma os alunos com TEA desenvolvem sua comunicação e aprendem. Assim para responder a questão problemática (Como um aluno que apresenta o Transtorno do Espectro Autista da escola regular utiliza a linguagem e sua comunicação?), procurou-se conhecer a linguagem e outras demonstrações de comunicações do aluno com o Transtorno (linguagem verbal ou não verbal), investigar as características dos alunos com TEA e como os professores trabalham em sala de aula, observando se existe efetivamente a inclusão e os recursos utilizados para o tratamento desse aluno. O objetivo desse trabalho é o de apresentar uma pesquisa, do tipo estudo de caso, onde é investigado o caso de um aluno com TEA que está matriculado regularmente em uma escola pública de Bagé/RS, analisando a linguagem e a comunicação no processo ensino-aprendizagem. Portanto, será importante conhecer as especificidades do Transtorno, os recursos e as intervenções pedagógicas desenvolvidas. Portanto, a seguir apresenta-se a metodologia adotada, os resultados obtidos, as discussões realizadas, as considerações finais e referências adotadas neste trabalho. 2. METODOLOGIA Este trabalho apresenta uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo estudo de caso (GIL, 2008), na qual é investigado o caso de um aluno que apresenta o Transtorno do Espectro Autista, matriculado em uma escola.

(3) regular do município de Bagé/RS. Os sujeitos da pesquisa são todos os professores que atuam junto ao aluno com TEA no segundo semestre de 2017 (agosto a dezembro), com especial atenção aos professores da área de linguagem. Para coleta de dados estão sendo utilizados os seguintes instrumentos: entrevistas, observações e diário de campo. ‡ (QWUHYLVWDV ± Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores do aluno com TEA e com a diretora da escola. Conforme Lakatos e Marconi S HVWD WpFQLFD SHUPLWH ³Xm encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinados assuntos, PHGLDQWH XPD FRQYHUVDomR GH QDWXUH]D SURILVVLRQDO´ ‡ 2EVHUYDo}HV ± Foram realizadas observações não participantes, das aulas dos professores que manifestaram utilizar estratégias e recursos diferenciados para a comunicação com o aluno com TEA durante as entrevistas, pois estas, conforme Marconi e Lakatos (2011, p. 276-278), possibilitam que o pesquisador HQWUH ³HP FRQWDWR FRP D UHDOLGDGH HVWXGDGD´ ‡ 'LiULR GH FDPSR ± O diário de campo está sendo escrito registrando as observações, entrevistas e diálogos com professores, pais e alunos. Os dados estão sendo organizados em três categorias de acordo com Bardin (2009, p. 121): pré- análise (material escolhido da pesquisa para ser analisado indicado para a interpretação final), a exploração do material (escolher textos para registrar as categorias conforme elementos categorizando-os), o tratamento dos resultados (interpretação através dos dados teóricos a serem investigados tomados como base para a análise e estudo, fazendo uma relação entre prática e fundamentação teórica). Assim, embora a pesquisa esteja em andamento, os dados iniciais coletados são significativos e possibilitam o aprofundamento da temática investigada e a identificação dos recursos que os professores utilizam no ensino-aprendizagem dos alunos com Transtorno do Espectro Autista. 3. Resultados e Discussão Como o presente trabalho apresenta uma pesquisa em andamento, os resultados obtidos e as discussões tecidas fundamenta-se nos dados coletados por meio das entrevistas realizadas. O caso investigado refere-se a um aluno com Síndrome de Asperger (TEA) que está matriculado no 2º ano do Ensino Médio de uma escola regular do município de Bagé. No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV (2002), a Síndrome de Asperger apresenta algumas insuficiências como a não existência do atraso do desenvolvimento da linguagem, mas se acontece um desenvolvimento dessa linguagem, no entanto é adquirida tardiamente, sendo correta e formal demais. A linguagem das pessoas com essa Síndrome é estranha, chamando a atenção com limitações pragmáticas e prosódicas na fala. Partindo desse conceito, o percebido é que o aluno de 16 anos apresenta uma linguagem correta e formal (conforme os relatos realizados em entrevista coordenada pela professora do AEE no início do ano de 2017, a informação foi de que segundo a mãe, o aluno falou aos 5 anos, tardiamente), porém sua comunicação é direcionada para apenas alguns professores como para a professora Língua Portuguesa, que é a professora conselheira da turma.

(4) e sempre solicita que o aluno saia da sala para buscar algo, pois sabe que ele tem a necessidade de levantar e caminhar. Nas aulas de Filosofia onde assuntos cotidianos da vida são discutidos em aula e aluno-caso participa normalmente assim como nas aulas de História onde ele discute a temática do conteúdo em aula sobre as guerras com a professora. Nas aulas de Geografia e Sociologia (a professora é a mesma para os dois componentes curriculares) o aluno-caso interessa-se pelos assuntos tratados e comenta os fatos atuais acontecidos na sociedade. De todos os professores investigados até o momento, observou-se que a Professora de Geografia e Sociologia é a que mais chama a atenção do aluno para a aula, fazendo com que ele interaja sempre que necessário, contribuindo para a sua aprendizagem e dos demais colegas. Acredita-se que pelas observações feitas em aula e pelos relatos dos professores o aluno prefere a área das ciências humana, porque pode expressar o que pensa e seu desempenho é melhor. Através das entrevistas com professores o que se pode perceber é que o aluno gosta de ser tratado como os outros colegas sem diferença e não aceita sua condição de ser diagnosticado com a Síndrome de Asperger. Contudo sua mãe também não fala sobre o assunto (não foi possível realizar a entrevista com a mãe do aluno, por solicitação da escola). Dentre os recursos utilizados pelos professores no processo de ensino aprendizagem, verificou-se que eles não utilizam recursos diferenciados dos demais alunos, mas em geral os apresentados em aula são o quadro, polígrafos e livros sempre com a linguagem verbal entre professor e aluno-caso para que haja diálogo em debates ou na explicação dos conteúdos. Para auxiliar os professores no processo de inclusão do aluno com TEA, a escola orienta os professores por meio da entrega de polígrafos sobre o Transtorno, o que na perspectiva dos professores investigados, dificulta o trabalho na prática. Embora o Transtorno do Espectro do Autismo seja trabalhado nas escolas, ainda falta muito preparo para alguns professores desenvolverem as atividades com eles, pois às vezes a inclusão torna-se um grande desafio. Assim, ...a vivência escolar tem demonstrado que a inclusão pode ser favorecida quando observam as seguintes providencias: preparação e dedicação dos professores; apoio especializado para os que necessitam; e a realização de adaptações curriculares e de acesso ao currículo, se pertinentes (CARVALHO, 1999, p.52).. Partindo desse conceito acredita-se que a escola inclui seus alunos, porém falta diálogo entre AEE e alguns professores e orientação prática para não ser somente teoria em forma de polígrafos. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos objetivos propostos e dos dados coletados no presente trabalho, podemos perceber que a linguagem e comunicação do aluno-caso investigado ocorre a linguagem verbal, pois ele expressa sua opinião e dialoga com colegas..

(5) Para comunicação os professores utilizam o quadro, polígrafos e livros, realizando intervenções para que o aluno expresse livremente sua opinião como os debates, pois ele às vezes é um pouco retraído em alguns componentes curriculares, mas quando quer participar, argumenta significadamente. Sendo assim, pode-se perceber que o processo de inclusão do alunocaso está sendo realizado de forma parcial, porque alguns professores entrevistados relatam não estarem preparados para o trabalho dos alunos com deficiência, pois não há um acompanhamento realizado pela escola para saber quais as dificuldades enfrentadas por eles. Após conclusão da pesquisa espera-se obter maior compreensão sobre como um aluno com TEA conversa e se expressa, bem como, a identificação dos desafios enfrentados pelos professores para inclusão dos alunos com TEA na escola regular. Assim, espera-se que pesquisa realizada contribua tanto para o trabalho que é desenvolvido na escola investigada como para a autora desta pesquisa, pois a mesma está concluindo o Curso de Licenciatura em Letras-Língua Portuguesa/Respectivas Literaturas e, portanto, pretende tornarse professora e atuar a favor da inclusão escolar.. 5. REFERÊNCIAS BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009. BRASIL, Ministério da Educação. (2005) Documento Subsidiário à Política de Inclusão. Educação. Brasília: Ministério da Educação. CARVALHO, Rosita Elder. O Direito de Ter Direito. In: Salto para o futuro. Educação Especial: Tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEEP, 1999, p. 52. Disponível em: http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/168_1.pdf. Acesso em: 29 maio 2017. DSM-IV ± Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2002. FALKEMBACH, E.M.F. (1987) Diário de Campo: um instrumento de reflexão. Contexto e Educação. Universidade de Ijui. ano 2. nº 7,julho /set. p. 19-24. Disponível em: http://www.ufrgs.br/psicologia/graduacao/servicosocial/comgrad/comissao-deestagios/DiariodecampoModelo.pdf. Acesso em: 12 maio 2017. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2008. LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. (2010) Fundamentos da Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas. Disponível em: file:///C:/Users/User2/Downloads/EMILIA%20LUCASDisserta%C3%A7%C3%A 3o %20Final_CD%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20rela%C3%A7%C3%A3o%.

(6) 20 professor%20aluno%20desafios%20e%20possibilidades.pdf. Acesso em: 23 abr. 2017. MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. (2011) Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas. Mynaio, M.C.S. (1994) Teoria Método e Criatividade. Rio de Janeiro: Vozes. RIBEIRO, Emília Lucas. A comunicação entre professores e alunos autistas no contexto da escola regular: desafios e possibilidades. Universidade Federal da Bahia. 2013. (Acesso em: 31 abr. 2017). Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/14569/1/EMILIA%20LUCASDisserta%C 3%A7%C3%A3o%20Final_CD.pdf.. VASCONCELOS, Maria Manuela Ribeiro. O dia-dia de uma criança com perturbação do Espectro Autista em contexto escolar e família ± estudo de caso. Lisboa. 2011. (Acesso em: 24 set. 2017). Disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/1645/Maria%20Manuela%2 0Vasconcelos.pdf?sequence=1..

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Referencias

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