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FEDERAÇÃO BRAFORD DO MERCOSUL

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO GENÉTICA REGIONAL

ARGENTINA

BRASIL

PARAGUAI

URUGUAI

MANUAL

MANUAL

MANUAL

MANUAL

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LEONARDO TALAVERA CAMPOS

FEDERAÇÃO BRAFORD DO MERCOSUL

AVALIAÇÃO GENÉTICA REGIONAL

MANUAL – EDIÇÃO COMPLETA

PARTE 1 – COLETA DE DADOS PARTE 2 – SELEÇÃO DE REPRODUTORES

PORTUGUÊS ESPAÑOL ENGLISH

Bagé/RS – Brasil

ABHB – Associação Brasileira de Hereford e Braford

2001

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MANUAL DO CRIADOR PARA COLETA DE DADOS

PARTE 1

AOS CRIADORES E SIMPATIZANTES DA RAÇA

O Mercosul é uma realidade. Com o objetivo de integração foi fundada a Federação Braford do Mercosul, em uma iniciativa pioneira.

O Manual do Criador de Braford foi um trabalho de persistência, com a finalidade de ajustar as diferenças de avaliações genéticas que existiam entre os países. Foi possível graças ao desprendimento dos que ajudaram na sua confecção.

Gostaríamos de agradecer aos técnicos que participaram deste trabalho: Dr. Daniel Mattos (Uruguai), Ing. Daniel Musi (Argentina), Eng. Agron. Fernanda Brito (Brasil), Dr. Humberto Osnaghi Doria (Paraguai) e em especial ao Eng. Agron. Leonardo Talavera Campos (Brasil), que redigiu o manual, reafirmando a confiança no sucesso do Mercosul, que vai depender também da nossa união.

Dra. Greice Mara Gomes Martins da Silva Presidente da Federação Braford do Mercosul

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APRESENTAÇÃO:

Dando continuidade ao processo de integração dos quatro países, a Federação Braford do Mercosul vêm desenvolvendo todas as ações necessárias para produzir uma Avaliação Genética Regional, utilizando informações de todos os integrantes do bloco. A informação unificada, respaldada pelas investigações metodológicas pertinentes, pode fornecer o valor produtivo dos animais a nível regional, mantendo cada associação sua capacidade operacional e independência de ação.

Seguindo as recomendações da Reunião de fevereiro de 1998, em Montevidéu, Uruguai, cada associação nomeou um Representante Técnico, formando, assim, um Grupo de Trabalho que visa estudar o estabelecimento de normas, procedimentos e ações necessárias para alcançar o objetivo proposto de elaboração da Avaliação Genética Regional.

Cada país é o responsável pela geração e manutenção de sua base de dados, tendo-se trabalhado na elaboração de um formato único, ou padrão, com todas as especificações necessárias para garantir um fluido intercâmbio de informações entre os países. A primeira parte deste Manual apresenta o Formato Padrão da Base de Dados da Federação, conforme aprovado na Reunião de abril de 1998, realizada na cidade de Uruguaiana, Brasil.

Na segunda parte deste Manual, amplia-se o tema abordado no documento elaborado em Montevidéu (fevereiro de 1998): “Critérios para a Coleta de Dados”, explorando aspectos importantes dos programas de controle de produção e avaliação genética, com ênfase na qualificação da base de dados.

Considerações sobre aspectos metodológicos da avaliação genética e sobre a principal ferramenta de seleção disponível para se obter ganhos genéticos, ou seja, a Diferença Esperada na Progênie (DEP), estão sendo compiladas em um Guia de Utilização da DEP na Seleção, a ser lançado em breve pela Federação, complementando o presente Manual.

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PARTE 1: FORMATO PADRÃO DA BASE DE DADOS

== ======================== ==== ==================== N Descrição do campo Tipo Observações

== ======================== ==== ==================== 1 País C2 2 Código de criador C5 3 Fazenda/Rebanho C3 4 Lote C2 5 Ano de produção N4 6 Estação de nascimento C1 Identificação do produto 7 Código de registro C2 8 Número de registro N10 9 Tatuagem (RP) C10

10 Composição racial + 3(N6.4+C2) composição calculada código da raça

11 Padrão racial C3 comp. visual aproximada

Identificação do pai

12 Código de registro C2 13 Número de registro N10 14 Tatuagem (RP) C10

15 Composição racial + 3(N6.4+C2) composição calculada código da raça

16 Padrão racial C3 comp. visual aproximada

Identificação da mãe

17 Código de registro C2 18 Número de registro N10 19 Tatuagem (RP) C10

20 Composição racial + 3(N6.4+C2) composição calculada código da raça

21 Padrão racial C3 comp. visual aproximada 22 Ano de nascimento da mãe N4

23 Data de nascimento da mãe N8

24 Data estimada C1 E = estimada (dentição ou categoria)

25 Tipo de serviço C1 serviço coletivo =8 transplante embrião =7 insem. artificial =6 monta à campo =5 monta controlada =4

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26 Sexo ao nascer C1 macho =1 fêmea =2 27 Data de nascimento N8

28 Peso ao nascer N2

29 Facilidade de parto C1 sem assistência =1 dificuldades menores =2 dificuldades maiores =3 cesariana =4 apresentação anormal =5 natimorto =6 30 Sexo à desmama C1 1, 2, e castrado=3

31 Grupo de manejo à desmama C3 ou código de criação desmama 32 Data da pesagem N8

33 Peso à desmama N3

34 Prepúcio / umbigo C1 curto=1, ... , grande=5 35 Sexo final pós-desmama C1 1, 2, e castrado=3

36 Grupo de manejo final pós-desm. C3 ou código de manejo final 37 Data da pesagem N8

38 Peso final N3

39 Prepúcio / umbigo C1 curto=1, ... , grande=5 40 Circunferência escrotal N4.1

41 Data da medição da CE N8

42 Pigmentação ocular C1 sem pigmentação =1 1 olho parcial =2 1 olho total =3 2 olhos parcial =4 2 olhos total =5

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PARTE 2: PROGRAMAS DE CONTROLE DE PRODUÇÃO

- Qualidade dos Dados Coletados - 1. INTRODUÇÃO

Os programas para controle de produção e avaliação genética, com suas predições de valor genético dos reprodutores (DEP, ou diferença esperada na progênie), obtidas usando a chamada metodologia de modelos mistos, têm demostrado ser uma poderosa ferramenta visando o aumento da eficiência de produção de carne bovina. Através da elevação da precisão e da intensidade de seleção dos reprodutores, potenciais ou já em uso na população, possibilitam um maior progresso genético nos rebanhos e raças controlados.

É a primeira vez na história do melhoramento animal que se dispõe de um instrumento tão poderoso e tanta utilidade como a DEP. Entretanto, para que seja possível estabelecer diferenças genéticas entre reprodutores de diferentes rebanhos e/ou gerações, é necessário que existam dados de qualidade em quantidade suficiente e que estes apresentem uma correta estruturação (ou conectabilidade).

Esta parte do Manual objetiva analisar alguns aspectos relacionados à qualificação da base de dados em programas de controle de produção, que afetam tanto a fase de campo como a de processamento dos dados, fazendo recomendações de ordem predominantemente prática.

2. CONTROLE DE PRODUÇÃO

2.1. Programas de Controle da Produção:

A seguir apresenta-se uma breve descrição da situação e programas adotados por cada um dos países do Mercosul.

2.1.1.- ARGENTINA:

ASOCIACION BRAFORD ARGENTINA:

e-mail: braford@datamarkets.com.ar

A tomada de dados objetivos dos animais da raça se constitui em dos principais objetivos da Associação Braford Argentina. Assim, em abril de 1998, nossa Associação, em um marco de complementaridade de esforços, estabeleceu um Acordo com a Sociedade Rural Argentina, para implementar um programa de trabalho conjunto. O programa está destinado a gerar as bases de dados necessárias, contendo informações objetivas de produção da raça, para finalmente produzir Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs) nas características economicamente importantes.

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A Associação Braford Argentina, integrante da Federação Braford do Mercosul, vem realizando grandes esforços para a integração de seus dados em um base de dados a nível regional, trabalhando ativamente com seus pares do Brasil, Paraguai e Uruguai. Os acordos alcançados dentro da Comissão de Genética Animal do SGT 8 do Mercosul, na qual a ABA participou ativamente junto com a SRA, prepararam o caminho para um rápido progresso, o qual se reflete no presente Manual do Criador.

A informação se converteu na base da seleção de gado de corte. Informação que associada à experiência e conhecimentos de cada criador, determinam a evolução da raça. Mesmo com as condições de produção extensivas e com as muitas dificuldades que isto implica para os criadores de Braford em nosso país, existe o firme propósito de contar com estas valiosas ferramentas de seleção com a brevidade possível, iniciando-se a coleta de dados com os desmames de 1998/99.

Foi iniciado um intenso trabalho de extensão, utilizando todos os recursos possíveis: Reuniões de Criadores em Exposições e Jornadas de Campo, Jornadas de Atualização, assim também como notas e artigos no órgão oficial de comunicação da nossa associação: a revista BRAFORD.

Os tempos atuais requerem novas exigências. A informação vem se convertendo em um componente importante da valorização dos reprodutores no mercado. Isto permite conhecer melhor o que se produz para poder fazer comparações que destaquem o superior, premiando objetivamente o trabalho, capacidade e esforço do criador responsável.

Com responsabilidade e conscientes destas necessidades, a Associação Braford Argentina e sua integração à Federação Braford do Mercosul estabelecem um esforço conjunto, que seguramente redundará em amplos benefícios para os criadores da raça, assim como para o progresso da pecuária de nossos países.

2.1.2.- BRASIL: O PROMEBO (e-mail: promebo@conesul.com.br)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD:

e-mail: braford@braford.com.br

O Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (PROMEBO), implantado na Associação Nacional de Criadores em 1974, pode ser citado para exemplificar no que consiste um sistema de controle de produção e de avaliação genética. Em geral estes programas estão alicerçados nas normas e bases para programas de melhoramento de gado de corte, estabelecidas pela “Beef Improvement Federation” e periodicamente atualizadas.

O necessário melhoramento genético da eficiência total de produção de carne bovina fundamenta-se em dois princípios: seleção e sistemas de acasalamento. O PROMEBO trabalha basicamente com a seleção, e visa aumentar a precisão das tomadas de decisão, em características herdáveis e de importância econômica.

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Na avaliação das características ponderais, alem do peso ao nascer que é coletado opcionalmente, cada animal sofre apenas duas pesagens realizadas em momentos estratégicos: uma à desmama e outra, variável de acordo com o sistema de criação empregado no rebanho, para o período pós-desmama. Outras características também podem ser coletadas durante estas duas pesagens, através de escores visuais como conformação, precocidade de terminação, musculosidade e tamanho.

Em adição a estas características, os touros pais são avaliadas quanto à circunferência escrotal e mérito maternal total (estimado a partir da produção de suas filhas como mães).

As vacas em produção são avaliadas ainda quanto a idade ao primeiro parto (em meses), eficiência (em peso metabólico), intervalo médio entre partos (em dias), habilidade de produção esperada (também chamada capacidade real de produção; dada em Kg), e índice maternal do PROMEBO, o qual permite a seleção conjunta das vacas em produção para habilidade materna e eficiência reprodutiva.

2.1.3.- PARAGUAI:

ASOCIACION PARAGUAYA DE CRIADORES DE BRAFORD:

e-mail: braford@infonet.com.py

Tendo como objetivo aumentar a competitividade da raça Braford, a Associação Paraguaia de Criadores de Braford estabeleceu, entre outras medidas, a obtenção e coleta de dados de acordo com as recomendações do Manual para avaliações genéticas elaboradas e aprovadas pela Federação Braford do Mercosul e o processamento destes dados através do PROMEBO.

2.1.4.- URUGUAI

SOCIEDAD CRIADORES BRAFORD DEL URUGUAY:

e-mail: aru@netgate.com.uy

No ano de 1973 se iniciaram, no Uruguai, os primeiros experimentos em matéria de cruzamentos do Hereford com raças zebuínas, até então proibidas. Seguindo os experimentos realizados pelo Centro de Investigações Agrícolas Alberto Boerger, se conseguiu comprovar os benefícios da utilização desta ferramenta de trabalho na melhora da produção de carne nacional. A implementação destes cruzamentos em escala comercial demandou a necessidade de organização para facilitar as práticas de manejo. Para tanto, espontaneamente, se criou a exigência, pelo setor produtivo, de uma opção que permitisse o aproveitamento do vigor híbrido, sendo neste contexto a raça sintética uma importante opção comercial. Em 1993, se realizou, na cidade de Rivera, o 1o Congresso Internacional de Cruzamentos com Raças Zebuínas, verdadeiro ponto inicial da formação do Braford no Uruguai, registrando-se, desde então, um crescimento substancial em nosso meio.

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Nossa missão como Sociedade de Criadores Braford é difundir a utilização da raça e incentivar o constante desenvolvimento produtivo e melhoramento da qualidade dos rebanhos. As ferramentas para este objetivo se constituem no desenvolvimento e promoção de um Plano de Criação para a raça, a definição de um padrão racial e o delineamento de um sistema de avaliação genética de ponta. Isto se complementa com uma agressiva política de promoção comercial e a integração da Sociedade com suas homólogas do Mercosul.

Esta política da Sociedade é permanentemente difundida por elementos como: nossa Revista Zebú/Braford, recorridas técnicas, dias de campo e jornadas de avaliação de animais e carcaças. Nossa Sociedade é uma agremiação da Associação Rural do Uruguai, e através dela está representada nas diferentes Instituições a nível nacional e internacional relacionadas com o tema agropecuário.

Na busca permanente de ampliar os horizontes de desenvolvimento da Sociedade e dos mercados, temos sido incentivadores entusiastas da Federação Braford do Mercosul. Esta entidade foi fundada no Uruguai, no estabelecimento Santa Clotilde, em 1995, o que demonstra nossa convicção e convencimento pelo tema. Como ferramentas fundamentais nos efeitos de dar consistência ao desenvolvimento genético e comercial da raça, estamos estimulando a realização deste Manual do Criador Braford, como base para a correta coleta de dados que permitam atingir os objetivos desejados. Este trabalho servirá como pilar para futuros desenvolvimentos como a certificação de nossos processos produtivos que permitam diferenciar nossa carne e agregar-lhe valor, ofertando um produto seguro e confiável de acordo com os requerimentos dos mercados mais exigentes.

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2.2. Exigências Mínimas para Participação:

Como exigências mínimas para participação em programas de melhoramento pode-se citar: (1) definição e quantificação do rebanho ou núcleo a ser controlado;

(2) identificação de todas as vacas incluídas no rebanho controlado; (3) anotação da data de nascimento dos terneiros produzidos; (4) identificação dos produtos;

(5) pesagens à desmama e no pós-desmama.

A atenção na tomada cuidadosa de dados completos e precisos é essencial para a veracidade do sistema de controle. Os instrumentos de medição também devem ser adequados, sem uso dos chamados “chutes” ou de arredondamentos.

Como elementos a utilizar tem-se:

(1) balança individual (eletrônica ou mecânica); (2) mangueira;

(3) aparelho para tatuar (tatuadeira) complementada por brincos e/ou numeração à fogo;

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3. FASE DE CAMPO

3.1. Formação do Núcleo de Controle:

O procedimento inicial no controle da produção consiste no levantamento dos ventres que formarão o núcleo em controle. Este núcleo pode ser, por exemplo, todo o rebanho de uma propriedade, ou apenas uma categoria de registro, ou então um número específico de ventres que possa ser trabalhado com eficiência pelo pessoal de campo disponível. Esta decisão vai depender, fundamentalmente, dos objetivos de produção e de seleção do criador a curto e a longo prazo.

A maior abrangência ou quantidade de dados coletados é fundamental para melhorar as predições de mérito genético dos reprodutores e a exatidão das avaliações efetuadas. Pode-se dizer que a seleção de genética qualificada depende em grande parte da quantidade de dados disponíveis. Partindo de uma ampla base genética, quanto maior for a base de dados, melhor. Da mesma forma, quanto maior a pressão ou intensidade da seleção exercida no rebanho, maior será o progresso ou ganho genético obtido.

Um aspecto importante a destacar é que não pode existir pré-seleção dos animais a serem controlados a cada produção. Após formado o núcleo de ventres em controle, todos os eventos (de nascimento e de desmama, pelo menos) devem ser relatados sistematicamente para todos os animais a serem testados pelo programa de seleção.

A percentagem de animais com dados coletados no rebanho em controle depende de uma série de fatores entre os quais a freqüência das coletas, a quantidade de dados a coletar e a qualificação exigida ou necessária para o coletor.

3.2. Identificação:

Ter uma perfeita identificação individual dos animais é uma condição imprescindível no desenvolvimento de um programa de controle de produção. Todos os animais do rebanho devem contar com um número único, permanente e insubstituível de identificação. É impossível controlar dois animais com uma mesma identificação, a qual deve ser única, pelo menos para animais de um mesmo ano de nascimento e sexo.

3.2.1. - Sistemas de Identificação:

Os sistemas de identificação aceitáveis mais comuns são o de números correlativos e o sistema em base anual. No sistema de números correlativos se identifica o primeiro animal com o número 1, o segundo com o número 2, etc. Cada animal adicional recebe um número em escala crescente. No sistema em uma base anual, utiliza-se uma letra para cada ano de nascimento, começando a numeração do número um novamente. Uma variante deste sistema consiste no uso dos dois últimos dígitos do ano (98 para 1998) como primeiros números da identificação.

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A seguir são especificados os tipos de identificação a utilizar:

(a) Tatuagem: o método da tatuagem é imprescindível para a manutenção de uma identificação permanente dos animais. Portanto, sempre deve ser realizada. Tatuar os animais – vacas e terneiros – na parte central interna das duas orelhas. Recomenda-se limpar a parte interna da orelha retirando a cera acumulada. A seguir, tatuar na parte mediana central, evitando as nervuras, e usando uma tinta de boa qualidade. Para agilizar o processo de leitura à campo, é conveniente complementar o sistema de identificação adotado no rebanho com brincos e/ou marcação à fogo ou com nitrogênio, usando preferentemente o mesmo número da tatuagem.

(b) Brincos: é um tipo de identificação simples e rápido, mas que apresenta a desvantagem de ter uma significativa taxa de perda. Por este motivo, jamais deve ser usado como o único método de identificação do rebanho. O problema pode ser um pouco minimizado com o uso de brincos duplos (um para cada orelha).

( c) Marca à Fogo ou Nitrogênio: (Método recomendado para os ventres.)

Mesmo sendo a identificação pelos métodos anteriores suficiente, o brinco pode se perder e a tatuagem ser de leitura à campo difícil, senão impossível. A solução para este problema pode ser a identificação dos ventres com marca à fogo, usando-se para isso números de 10 cm. Recomenda-se tomar a precaução de tosar o local de numeração nas vacas de origem européia durante o inverno, visando facilitar sua leitura durante a estação de parição.

3.2.3. - Identificação dos Ventres:

A correta identificação de cada uma das vacas do rebanho é muito importante em um sistema de controle de produção. A “chave” para identificação dos ventres consiste de sua tatuagem mais o ano de seu nascimento. Estes dados devem ser sempre os mesmos em todas as produções de uma determinada vaca.

- Idade da Mãe: uma vez que ocorre um ajuste do peso ao nascer e à desmama para a idade da mãe é importante determinar a idade desta. Quando não se conhece a data ou o ano de nascimento da vaca, pode ser efetuada uma avaliação da idade pela dentição ao ser incluída no sistema, registrando-se que ocorreu, neste caso, estimação da idade por dentição. A mesma recomendação é válida para o caso de classificação por categorias, como por exemplo, VQ = para vaquilhona, VN = para vaca nova e VV = vaca velha. No caso da idade ma mãe ser feita por estimava, fazer a indicação conforme formato padrão.

3.2.4. - Identificação dos Produtos:

Um animal tatuado quando terneiro jamais poderá ter seu número alterado. Animais nascidos fora da estação de produção única ou principal, deverão ser incluídos, bem como produtos nascidos de parições anormais (aborto, atracado ao nascer, natimorto, cria roubada, etc.), não prejudicando a avaliação da performance da vaca, principalmente, quanto a intervalo entre partos.

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No caso de touros das categorias PO e PC é importante ter disponível o número de registro ou número de controle para sêmen importado. No caso dos chamados Reprodutores Múltiplos, é conveniente representá-los com a sigla RM, indicando também safra de uso. Quando mais de um time de touros múltiplos for usado por safra, estes grupos devem ser diferenciados.

3.2.6. - Composição Racial:

Com a crescente utilização dos cruzamentos na pecuária de corte, vem aumentando a importância do controle e determinação da composição racial dos animais de um rebanho. Sistemas informatizados podem trazer mais facilidade a este processo, calculando automaticamente a composição racial dos produtos nascidos, a partir de um cadastro contendo a composição racial do touros pais e das vacas em produção.

3.3. Controle Reprodutivo:

Consiste no acompanhamento do processo reprodutivo, indo desde a inseminação artificial, monta controlada e/ou monta com reprodutores múltiplos, até finalizar com o diagnóstico de gestação.

3.3.1. - Sistema Inventarial:

Em geral, o controle da produção parte dos dados de nascimento dos terneiros. Baseia-se no registro de dados do produto ou terneiro (“calf-record”), sendo os dados relatados somente para as vacas com cria na estação. Esta situação contrasta com o chamado sistema inventarial, delineado com o objetivo de levar em conta o desempenho de todas as fêmeas a cada ano. Para uma avaliação genética adequada para características reprodutivas e de adaptação, o sistema inventarial é uma implementação necessária.

3.3.2. - Determinação de Paternidade:

Este é outro dos objetivos do Controle Reprodutivo. Sistemas informatizados podem facilitar bastante o processo de determinação do pai de cada animal produzido no rebanho.

3.3.3. - Padronização da Produção:

O criador deve definir as estações de monta e nascimentos. Estas não devem exceder a 3 meses, para que as comparações entre os animais sejam justas, pois todos nascem na mesma estação, sofrendo influências ambientais similares. Outra vantagem é a possibilidade de desmamar todo o lote numa data só, tendo assim, diferenças em idade de, no máximo, 90 dias. Quanto menor esta amplitude de idade, mais precisas tendem a ser as comparações entre os animais de uma mesma produção.

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3.4. Dados de Nascimento:

3.4.1. - Dia do Nascimento:

É necessário que os produtos tenham seus dados de nascimento anotados e sejam identificados o mais cedo possível. Registrar o dia exato de nascimento é essencial, uma vez que a idade do próprio animal é a fonte de maior efeito na variação dos pesos no momento da desmama, ou até mesmo aos 18 meses. A recomendação é uma recorrida diária nos potreiros com gado de cria. Nesta operação se identifica o terneiro com seu respectivo brinco, anotando em uma caderneta de campo a data de nascimento, seu peso (se for coletada esta informação) e o número da mãe.

3.4.2. - Peso ao Nascer:

Esta pesagem inicial é opcional. Tendo em conta a importância econômica da facilidade de parto nos sistemas de criação do gado de corte, é fundamental poder predizer o peso ao nascer dos terneiros de diferentes pais, possibilitando a tomada de decisões de seleção relacionadas com as características das vaquilhonas e vacas integrantes do rebanho de cria. A pesagem deve ser efetuada nas primeiras 48 horas de vida do animal. O momento desta pesagem também é adequado para efetuar outras tarefas como tatuagem, descorne e desinfecção do umbigo.

3.5. Pesagens: Precisão x Exatidão

3.5.1. - Fontes de Variabilidade nos Pesos Coletados:

A seguir, são analisadas as principais fontes de variação que influenciam a precisão das medidas tomadas no campo.

3.5.1.1. - Variações verdadeiras do animal:

(a)- Conteúdo no aparelho digestivo - rúmen, bexiga, etc.(diferenças são eliminadas através do jejum).

(b)- Desidratação: bastante variável em função das condições climáticas e do tempo de execução dos serviços.

3.5.1.2. - Variações de ocorrência no instrumento de pesagem: (a)- Balança: - capacidade de pesagem;

- tara;

- erros na leitura;

- movimentação do animal; e - acúmulo de esterco

(b)- Arredondamentos: quando a maioria, ou a totalidade, dos animais do lote trabalhado finalizam seus pesos com os valores de 0 e 5, pode-se ter a certeza de estar

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trabalhando com pesos “arredondados”. É importante banir este tipo de procedimento quando o mesmo for constatado pela equipe de coleta.

(c)- Erros na identificação do animal. 3.5.2. - Procedimentos de Pesagem:

Os animais devem ser pesados individualmente, podendo-se trabalhar, em média, 200 a 300 animais por dia normal de serviço. Os pesos coletados são expressos em Kg. O criador deverá submeter seus animais à um jejum total, de pelo menos 12-14 horas antes do início das pesagens. Recomenda-se pesar pela manhã os terneiros encerrados no dia anterior; e pesar à tarde os terneiros encerrados pela manhã. Deve-se evitar líquidos, que são, justamente, o componente de erro mais importante. Os bebedouros devem ser esvaziados ou tampados. As condições de pesagem devem ser as mesmas para todos os animais de um grupo a ser comparado.

Práticas de manejo estressantes que afetam a tomada de dados como, por exemplo, castração, vacinação, marcação ou assinalamento, devem ser deixadas para outro momento.

Outras recomendações gerais sobre as pesagens são:

(a) usar uma balança pequena, com limite de peso até 1500 Kg;

(b) a balança deve estar colocada na mangueira em seqüência ao brete;

(c) a pessoa que identifica os animais deve ser sempre a mesma, sendo a leitura feita nas duas orelhas, e devendo a informação ser repassada diretamente, sem intermediários;

(d) a pessoa que pesa os animais deve ser sempre a mesma. Com relação à tomada de dados é importante ainda salientar: (a) jamais “estimar” os pesos informados;

(b) pesar a totalidade da produção, especialmente na desmama, realizando o descarte somente após esta manobra;

(c) ao não informar os dados de animais descartados, pode-se dizer que o criador está melhorando o pior, castigando os animais de melhor desempenho e produzindo um viés na tendência genética.

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- Peso à Desmama: trabalha-se com o peso à desmama ou o ganho pré-desmama com o objetivo de avaliar o crescimento dos produtos até a desmama, em conjunto como a habilidade materna (produção de leite dos ventres). Apresenta efeitos diretos (sobre o peso à desmama propriamente dito) e efeitos indiretos (habilidade materna), isto significando que este peso é afetado pelos genes do terneiro para crescimento, como também pelo potencial genético da mãe quanto à habilidade leiteira.

A coleta dos dados de desmama deve ser realizada quando os animais tiverem, em média, 7 meses de idade (205 dias), de modo a que tenham entre 160 e 250 dias de vida. Quando ocorrer desmama antecipada ou precoce esta informação deve ser relatada ao programa, evitando erros nos procedimentos de ajustes utilizados.

- Peso Final: serve para avaliar o crescimento pós-desmama e/ou o ganho final. Através desta medição é possível identificar reprodutores com potencial para melhorar o ganho diário pós-desmama, obtendo-se animais mais precoces e pesados, capazes de produzir mais Kg de carne por hectare. O peso final representa um só valor resultante da combinação do peso à desmama com o crescimento pós-desmama. Esta variável consiste em um indicativo da aptidão que um determinado reprodutor apresenta em transmitir à sua progênie capacidade de crescimento pós-desmama até a idade de abate.

O período pós-desmama deve iniciar na data em que forem coletados os pesos à desmama (o peso real à desmama é utilizado como peso inicial do teste pós-desmama). O período entre o peso à desmama e o peso final deve ser de pelo menos 160 dias. A idade média dos animais nesta pesagem final é variável, indo desde os 365 até 550 dias de vida, em função do manejo e condição alimentar do rebanho durante esta fase.

3.6. Grupos Contemporâneos (GC):

Grande parte dos erros e problemas nos programas de avaliação genética atuais tem como origem a inadequada formação dos GC. A identificação correta e adequada do grupo contemporâneo em que um animal foi criado é de importância básica para que sua avaliação e a de seus pais seja acurada.

Embora o uso de grupos contemporâneos não leve em consideração efeitos ambientais específicos para um indivíduo, representam o melhor instrumento disponível para reduzir a influência de efeitos ambientais comuns a todo um grupo de animais. Esta tarefa de agrupar adequadamente os animais contemporâneos compete ao próprio produtor. Este deve, portanto, estar atento ao conceito de GC: consiste em agrupar os animais que receberam exatamente as mesmas oportunidades de desempenho.

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Como efeitos componentes de um GC tem-se – Fazenda / Raça / Rebanho / Ano /

Estação / Sexo à Desmama / Grupo de Manejo à Desmama / Data da Desmama / Sexo Final / Grupo de Manejo Pós-desmama / Data da Avaliação Final.

Um GC consiste, portanto, de um grupo de animais de uma determinada fazenda, de uma mesma raça e rebanho, nascidos na mesma estação – não mais do que 90 dias de diferenças nas datas de nascimento -, do mesmo sexo e manejados da mesma forma desde o nascimento até o momento da medição, recebendo idênticos cuidados sanitários e suprimento alimentar.

Desde que o ambiente pré-desmama normalmente afeta a performance pós-desmama, animais contemporâneos na fase pós-desmama devem, não somente receber o mesmo tratamento depois de desmamados, como também devem pertencer ao mesmo grupo até a desmama.

3.6.2. - Grupo de Manejo:

Para que as comparações sejam justas e as avaliações tenham maior exatidão, é necessária uma formação criteriosa dos grupos de manejo. Através de uma codificação de todas as diferenças de manejo existentes entre grupos de animais, é o momento do criador diferenciar as oportunidades que tiveram os produtos para expressão de seus potenciais genéticos.

Cada terneiro pesado, obrigatoriamente, precisa ter um código de manejo e/ou alimentação, indicativo de sua condição de criação. Recomenda-se usar dois dígitos numéricos nesta codificação (indo, portanto, desde 01 até 99). Abaixo apresenta-se, como sugestão, alguns códigos que podem ser utilizados no processo.

(a)- Código de Criação (fase de desmama): sugestões 1 = Campo nativo

2 = Irregulares: “guachos’’, doentes 3 = Pastagem cultivada

4 = Preparo para exposição (“cabanha”) 5 = Racionado (pasto e ração)

6 = Creep Feeding (suplementação a campo) 7 = Desmama precoce

8 = Receptora (TE)

9 = Gêmeos criados pela mãe 10 = Ama

(b)- Código de Manejo Pós-desmama: 1 = Campo nativo

2 = Irregulares: doentes 3 = Pastagem cultivada

4 = Preparo para exposição (“cabanha”) 5 = Racionado

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7 = Estação de teste

Sempre que ocorrer significativa variação na qualidade e disponibilidade alimentar nos potreiros, mesmo que estes tenham o mesmo tipo de pasto, os animais devem ser separados em grupos de manejo distintos, através do uso de outros códigos em aberto disponíveis.

3.6.3. – Tamanho do GC:

O conceito introduz a idéia da relatividade. O importante não é mais o desempenho em termos de valores absolutos, mas sim o quanto cada animal se diferencia em relação ao desempenho médio do seu GC. Precisa-se de uma estimativa razoável desta média. Com grupos grandes isto raramente é um problema. Como uma regra geral, se possível, cada GC deveria conter, respeitado o princípio de oportunidades iguais, no mínimo 8 a 10 animais. Quanto maior o grupo comparado e menor a variação de idade dentro do mesmo, maior será a confiabilidade dos resultados obtidos. Numa definição mais restrita, entretanto, um GC pode ser formado por, no mínimo, dois terneiros do mesmo sexo.

3.6.4. - Re-manejo:

Toda mudança intermediária de código ou grupo de manejo que ocorrer antes dos momentos da coleta de dados – desmama e pós-desmama – deve ser anotada e relatada. Recomenda-se bastante cautela com estas mudanças intermediárias de regime, as quais, se não adequadamente codificadas, podem ter um grande efeito sobre as predições de valor genético dos reprodutores.

3.6.5. - Tratamento Diferenciado:

Como exemplo pode-se citar as vaquilhonas de primeira cria, em que é fornecido, muitas vezes, um tratamento especial ou manejo diferenciado para este grupo, em relação à todos os demais ventres do rebanho. Devem, neste caso, formar um grupo contemporâneo à parte, recebendo outro código para grupo de manejo.

3.7. Outras Características

Apesar de considerados inicialmente como opcionais, os dados descritos a seguir são de acentuada importância para o melhoramento da raça.

3.7.1. – Circunferência Escrotal (CE):

A importância da medição desta característica em touros jovens, em um programa de melhoramento, reside no fato da CE ser um excelente indicador da fertilidade e precocidade sexual da progênie destes touros. O tamanho testicular apresenta uma alta correlação com o volume e qualidade de sêmen produzido, associando-se ainda favoravelmente com a idade à puberdade em vaquilhonas. A alta herdabilidade desta característica, permite a obtenção de uma boa resposta seletiva.

Recomenda-se coletar esta informação junto com a pesagem pós-desmama (ou final) dos animais. Se coletada em outra oportunidade, anotar alem da CE e data da medição, o

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grupo de manejo dos touros em questão. Ao tomar a medida da CE, usar uma escala em centímetros, com uma casa decimal (por exemplo, 32,7 cm).

3.7.2. – Facilidade de Parto:

A distocia ou dificuldade de parto influencia economicamente o rebanho de cria de diversas formas como:

- aumento nos custos de manutenção das vacas em cria devido a perdas de terneiro, ficando a produção anual da mãe perdida;

- aumento nos custos devido à despesas veterinárias ou por trabalho extra na assistência da vaca durante o parto;

- resultados de pesquisas indicam que vacas que requerem assistência no parto não repetem cria tão eficientemente quanto vacas que não exigem assistência.

Em função destes argumentos, recomenda-se a coleta e uso dos registros de dificuldade de parto pelos produtores de gado de corte em seus programas de manejo e seleção.

A seguir apresenta-se os códigos para facilidade de parto a adotar no programa: 1 = sem assistência 2 = dificuldades menores 3 = dificuldades maiores 4 = cesariana 5 = apresentação anormal 6 = natimorto

3.7.3. – Pigmentação Ocular ou da Pálpebra:

É uma característica importante para as raças suscetíveis ao carcinoma ocular. Mesmo apresentando herdabilidade média, o descarte direto dos animais com o problema de carcinoma ocular é ineficiente em termos de melhoramento, pois as lesões aparecem relativamente tarde na vida do animal. Assim, a seleção por pigmentação é mais prático e eficiente, alem de auxiliar no controle da conjuntivite.

A pigmentação nas pálpebras possui herdabilidade alta (entre 40 e 60%) e, portanto, responde à seleção. A pigmentação da pálpebra e do globo ocular (esta última de mais difícil avaliação e desenvolvimento mais tardio) parecem ser correlacionadas e, assim, a seleção por uma resulta em mudança favorável na outra. A seleção contra o carcinoma ocular deve ser precedida por seleção por pigmentação da pálpebra.

Códigos a usar na coleta de dados de pigmentação ocular (ou mais precisamente, da pálpebra):

1 = sem pigmentação

2 = um olho parcialmente pigmentado 3 = um olho totalmente pigmentado 4 = dois olhos parcialmente pigmentados 5 = dois olhos totalmente pigmentados

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3.7.4. – Tamanho do Umbigo ou Prepúcio:

Nas raças sintéticas, o tamanho de umbigo / prepúcio deve ser avaliado através de escores visuais, em função do tamanho e tipo, conforme a seguinte escala:

1 = tipo europeu 2 = pequeno 3 = médio, ideal

4 = grande, mas tolerável 5 = grande e intolerável

Apresenta-se, abaixo, ilustrações para orientar os produtores na coleta desta informação. (Convenção: onde se lê “underline”, leia-se escore)

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4. PROCESSAMENTO DOS DADOS

Equipamentos computacionais de alta performance, métodos de pesquisa e de avaliação genética modernos e sofisticados de nada servem se a abrangência e a qualidade dos dados analisados deixam a desejar. Informações de qualidade derivam de uma coleta de dados de campo cuidadosa, por parte de usuários e técnicos ligados ao programa, no que se refere à reprodução, identificação, nascimentos e pesagens. Os cuidados devem ser extremos também na alimentação do sistema, ou seja, na entrada dos dados vindos do campo para a base de dados do programa, ao passar pelos processos de digitação, conferência, atualização e consistência.

4.1. Estrutura (Conectabilidade):

Um dos objetivos dos programas de melhoramento que usam a metodologia de modelos mistos é o de obter condições de tratar os diferentes rebanhos de uma raça como um rebanho único. Nas comparações entre animais de diferentes rebanhos, exige-se uma base de dados bem estruturada, obtida pelos laços diretos e indiretos existentes entre estes rebanhos, formados através de touros pais usados em comum, em mais de um rebanho.

Na verdade, existe uma sinergia entre a metodologia de modelos mistos e a inseminação artificial (IA). Quanto mais intenso for o uso da IA na população, melhor é a conectabilidade no conjunto de dados e mais preciso é o método nas predições de valor genético dos reprodutores. Os Sumários de Touros, que devem ser editados com uma periodicidade no mínimo anual para cada raça, se constituem em verdadeiros guias, orientando quanto ao uso de touros formadores de laços genéticos, visando aumentar a conexão entre os diferentes rebanhos.

Algumas recomendações importantes no que se refere ao uso de touros são:

(a) a totalidade ou maioria dos grupos contemporâneos de um rebanho deveria ter um certo número de filhos (proporcional ao tamanho do grupo), de pelo menos um (preferencialmente, dois ou mais) dos touros formadores de laços (touros listados nos Sumários, com razoável número de filhos, distribuídos por, no mínimo, mais de dois rebanhos);

(b) sempre utilizar mais de um touro na estação reprodutiva; se possível, no mínimo 25 % dos terneiros produzidos devem ser produtos de IA.

(c) visando formar laços entre anos e estações, jamais trocar todo o grupo de touros usados, de uma estação reprodutiva para outra;

(d) se possível, a progênie de touros utilizados em monta coletiva (reprodutores múltiplos ou RM) não deve ultrapassar os 50 % do total de produtos nascidos (quanto maior o número de filhos com pai conhecido, melhor tende a ser a estruturação do conjunto de dados);

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(e) não formar grupos de manejo somente com filhos de RM; e

(f) não usar somente RM sobre as novilhas de primeira cria; se possível, usar a inseminação artificial em pelo menos uma percentagem das vaquilhonas disponíveis.

4.2. - Formação dos Grupos Contemporâneos:

É importante que os animais sejam agrupados da melhor maneira possível, logo após o nascimento, procurando grupos de manejo uniformes e em grande número (quanto maior o grupo, maior a confiabilidade das DEP’s obtidas).

Outras recomendações no que se refere a formação do GC’s são apresentadas a seguir:

(a) como o efeito sexo está incluído no conceito de GC (machos e fêmeas formam, de modo automático, outro GC, mesmo que sejam do mesmo grupo de manejo), caso seja necessário, separar machos e fêmeas logo após o nascimento, formando grupos de manejo por sexo;

(b) deve-se procurar pesar e avaliar os animais de um mesmo grupo num único dia; (c) animais de um mesmo grupo devem ter diferenças de idade mínimas – no máximo 90 dias;

(d) não pulverizar na fase pós-desmama os grupos formados até a desmama: recomenda-se que os lotes manejados e avaliados de modo conjunto até a desmama não sejam separados no manejo pós-desmama, para não prejudicar a avaliação final, em função de uma diminuição do número de animais diretamente comparáveis.

4.3. – Recomendações para Utilização de Serviço Coletivo (Reprodutores Múltiplos):

(a) o grupo de touros deve ser da mesma raça e/ou composição racial;

(b) se possível, o grupo de touros deve ser de idade similar e possuir avaliação genética e/ou pais identificados;

(c) para finalidades de registro, os touros do grupo poderão ser identificados; (d) usar inseminação artificial nas vaquilhonas, se possível.

FEDERAÇÃO BRAFORD DO MERCOSUL

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MANUAL DO CRIADOR – PARTE II

SELEÇÃO DOS REPRODUTORES

MENSAGEM DA PRESIDENTA

“O amanhã já vai chegar”, diz o verso do poeta amazonense. É com inabalável confiança no amanhã grandioso da pecuária que lançamos a segunda parte do MANUAL BRAFORD MERCOSUL.

Vale a pena trabalhar semeando, para quando for “tempo de trigo maduro” termos colheita farta. É o que temos feito desde o momento em que assumimos a presidência da Federação Braford Mercosul. Realizações vêm se sucedendo com muita luta e sem qualquer vislumbre de esmorecimento: primeira etapa do MANUAL BRAFORD MERCOSUL, parceria com ABCZ, viagem de estudos ao Brasil Central, elaboração dos Estatutos da Federação, realização do I CONGRESSO MUNDIAL BRAFORD, criação da WORLD BRAFORD CONFEDERATION – WBC (Confederação Mundial Braford), e agora esta segunda etapa do Manual, para não falar em tantas outras ações que permanentemente demonstram o dinamismo da nossa Federação.

Por acreditarmos que “agora vale a alegria que se constrói dia-a-dia ” é que vamos, juntos, esculpindo o nosso porvir. Extrapolando os contornos de uma Federação de criadores de uma raça, que tenho a honra de presidir, busco ampliar horizontes, abrir novas picadas, seguir em frente semeando e colhendo muitos e frutíferos cometimentos, novas e grandes amizades. Ao percorrer a estrada vamos procurando aceitar as dificuldades como desafios, para transformá-los em vitórias.

Antevemos o alvorecer, sentindo na escuridão das madrugadas o esplendor do sol que não vai tardar.

“Faz escuro (já nem tanto) vale a pena trabalhar.

Faz escuro mas eu canto

Porque a manhã vai chegar.”

Greice Mara Martins Gomes da Silva

Associação Brasileira de Hereford e Braford Federação Braford do Mercosul

World Braford Confederation

Presidenta

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Thiago de Mello

Madrugada camponesa, faz escuro ainda no chão,

mas é preciso plantar. .

A noite já foi mais noite, a manhã já vai chegar. Não vale mais a canção feita de medo e arremedo

para enganar solidão. Agora vale a verdade cantada simples e sempre,

agora vale a alegria que se constrói dia-a-dia

feita de canto e de pão. Breve há de ser (sinto no ar)

tempo de trigo maduro. Vai ser tempo de ceifar. Já se levantam prodígios,

chuva azul no milharal, estala em flor o feijão, um leite novo minando No meu longe seringal.

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Já é quase tempo de amor. Colho um sol que arde no chão,

lavro a luz dentro da cana, minha alma no seu pendão.

Madrugada camponesa. Faz escuro (já nem tanto) vale a pena trabalhar. Faz escuro mas eu canto porque a manhã vai chegar.

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PARTE II: AVALIAÇÃO GENÉTICA E SELEÇÃO DE REPRODUTORES

1. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO GENÉTICA

A Metodologia de Modelos Mistos é, em geral, a técnica mais recomendável para predizer o mérito genético dos animais. Este método é constituído de um conjunto de modelos estatísticos, onde se destacam o modelo para avaliação de touros (incluindo apenas o efeito do touro pai no modelo) e o chamado modelo animal (completo, ou seus derivados, modelo gamético ou modelo animal reduzido).

Um modelo misto consiste de um modelo linear contendo variáveis fixas, ou ambientais (por exemplo, grupo contemporâneo) e variáveis aleatórias ou genéticas (touros pais e vacas), cujos efeitos são de estimados de maneira simultânea, o que permite predições genéticas de maior precisão.

1.1. Vantagens da Metodologia de Modelos Mistos:

(a) Leva em consideração os acasalamentos dirigidos, ao incluir a mãe no modelo; (b) Considera também a distribuição dos filhos dos touros nos diferentes grupos

contemporâneos e não somente o total de filhos;

(c) Leva em conta diferenças genéticas entre grupos e, por conseguinte, considera o nível de competição entre touros e vacas presentes em cada grupo contemporâneo;

(d) As estimativas de valor genético – as chamadas Diferenças Esperadas na

Progênie (DEP’s) – dos touros pais, vacas e produtos são diretamente

comparáveis;

(e) Usa todas as informações disponíveis, inclusive de parentes, sendo as análises efetuadas com os dados acumulados de todas as produções; e

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1.2. Modelo Animal:.

A principal característica do Modelo Animal é o fornecimento de estimativas de valor genético mesmo para touros ou animais jovens, sem filhos ainda, não incrementando tanto o intervalo entre gerações, como ocorre no teste exclusivamente pela progênie.

A seleção de reprodutores pela própria performance individual é de extrema importância no melhoramento de gado de corte, onde as características, em geral, podem ser medidas no próprio indivíduo e tem herdabilidade de média a alta (com exceção das características reprodutivas).

O Modelo Animal leva em consideração na estimativa de valores genéticos, além dos efeitos de touros pais e vacas, informações sobre a performance própria do indivíduo, o que permite que touros jovens, ainda sem progênie, sejam comparados com touros de mais idade. Isto implica em um aumento na utilização de animais mais jovens e num progresso mais rápido por geração.

A Diferença Esperada na Progênie – ou DEP – é a forma de apresentação do mérito genético estimado dos animais ao serem avaliados através da Metodologia de Modelos Mistos.

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2. DIFERENÇA ESPERADA NA PROGÊNIE

A DEP se constitui no principal critério utilizado pelos programas de avaliação genética para ordenar os animais pelo seu mérito genético estimado. É um instrumento poderoso para direcionar a seleção em características de performance importantes economicamente, satisfazendo os variados objetivos de seleção dos criadores de gado de corte.

O valor da DEP representa a metade do valor genético do indivíduo, uma vez que cada progenitor transmite somente uma amostra da metade de seus genes para sua prole ou progênie.

2.1. Conceito:

A DEP é uma estimativa do desempenho médio esperado dos futuros filhos de um determinado reprodutor (touro pai, vaca ou produto) para uma certa característica, em relação ao desempenho médio esperado de qualquer outro reprodutor presente na análise, desde que os acasalamentos sejam entre animais comparáveis.

2.2. Apresentação:

Os valores de DEP são relatados como desvios positivos ou negativos de um ponto base que é zerado. Normalmente é apresentada na mesma unidade de medida da característica que está sendo considerada. Alternativamente pode ser apresentada de forma padronizada, ou seja, em unidades de desvio padrão das DEP’s para a característica.

2.3. Base Genética:

A DEP é uma medida comparativa, que não deve ser observada isolada ou absolutamente. É necessário estar ciente da base à qual um determinado valor de DEP se refere. A base é o ponto zero, isto é, o ponto em que as DEP’s são zeradas. A base adotada pode ser fixa ou móvel. É muito importante salientar, entretanto, que as diferenças entre reprodutores – o que está sendo estimado de fato - não se alteram ou independem da base adotada.

(a) Base Fixa: a DEP de um determinado touro, ou grupo de touros e/ou vacas, é fixada como zero, não se alterando mais em avaliações futuras;

(b) Base Móvel: quando as DEP’s da totalidade dos touros ou vacas somam a zero, alterando-se a base a cada avaliação efetuada.

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2.4. Tipos de DEP:

(a) DEP: estimada a partir dos dados dos filhos;

(b) DEP INTERIM: estimada para animais jovens, sem filhos ainda. Além das informações dos progenitores – (metade da DEP do pai mais metade da DEP da mãe) -, agrega também metade da estimativa de Segregação Mendeliana (avaliação do desempenho do animal em relação à seus contemporâneos); e

(c) DEP PELO PEDIGREE: metade da DEP do pai mais metade da DEP da mãe. Utilizada no caso de não ser possível avaliar a segregação mendeliana.

2.5. Acurácia:

A possibilidade de alteração que pode ocorrer na DEP estimada de uma avaliação para outra, é um aspecto importante a ser considerado e é representado pela exatidão ou acurácia desta DEP. Um valor de acurácia está associado a cada valor de DEP e fornece uma medida da confiabilidade da predição. Os valores de acurácia podem variar de 0.0 a 1.0, com valores mais próximos a 1.0 indicando maior confiança, ou menor risco.

Quanto maior o número de filhos de um touro e melhor a sua distribuição nos diferentes rebanhos ou grupos, maior será a acurácia de sua DEP. Esta terá, portanto, reduzida variação com as informações adicionadas de uma avaliação para outra, desde que os métodos de cálculo não mudem.

Para finalizar, é importante ressaltar que as DEP’s já levam em consideração o número e a distribuição das informações que entram nas estimativas. Na verdade, as DEP’s computadas para todos os animais são diretamente comparáveis, mesmo que tenham acurácias diferentes.

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3. UTILIZAÇÃO DA “ DEP ” NA SELEÇÃO DE REPRODUTORES:

A computação dos valores das chamadas DEPs, permite uma avaliação mais acurada do componente genético dos animais para as diversas características de importância econômica. Embora a teoria envolvida seja algo complexa, e os cálculos computacionais relativamente difíceis, os resultados são fáceis de interpretar e usar.

Este aumento de exatidão na identificação do componente ou mérito genético dos reprodutores, junto com seu uso subsequente nos programas de seleção, permite ao criador de bovinos de corte obter valores ótimos para o rebanho de ventres em termos de crescimento, tamanho maduro, e nível de produção de leite, ou então, alterar as características na direção desejada.

As DEPs não significam a imposição de uma mesma e única direção da seleção nos diferentes programas de melhoramento, seja em rebanhos registrados, seja nos rebanhos comerciais. As DEPs fornecem a melhor descrição genética de um animal, como também comparações genéticas entre os animais. É através das DEPs que os criadores poderão selecionar ou descartar acuradamente os reprodutores, de modo a que seus rebanhos atinjam os objetivos de produção no menor tempo possível.

3.1. Exemplo:

A DEP prediz diferenças, não valores absolutos. Como um exemplo, vamos comparar um touro A, com uma DEP para Ganho Final (410 dias) de + 15 Kg, com um touro B, de DEP – 5 Kg, para a mesma característica. O que estes valores estão indicando ?

Estes valores estão indicando que, se estes dois touros forem acasalados com um grupo de vacas comparáveis em um mesmo rebanho e, se os produtos resultantes forem manejados uniformemente após o nascimento, pode-se esperar que os animais filhos do touro A pesem, em média, 20 Kg a mais aos 410 dias de idade, do que os filhos do touro B. Esta diferença de 20 Kg existiria quer estes animais pesassem aos 410 dias de idade 280 ou 400 Kg.

A tabela abaixo fornece um outro exemplo ao mostrar o ganho de peso do nascimento à desmama (GND) médio dos filhos de dois touros, utilizados em dois rebanhos com diferentes médias para a característica:

DEP Rebanho 1 Rebanho 2 TOURO GND Média 150 Kg Média 200 Kg

A + 15 165 215

B + 5 155 205

Diferença 10 10 10

(35)

- Como usar a DEP na seleção de touros:

1) Compare dois touros somente pela diferença entre suas DEPs. Os valores absolutos, na verdade, não são de grande relevância.

2) As DEPs são dinâmicas, se alterando a cada avaliação. Exija as mais atuais possíveis. 3) Touros jovens, com poucos ou sem filhos, tem DEPs de baixa exatidão. Avalie a produção de terneiros destes touros jovens e verifique se estão produzindo o necessário em seu rebanho.

4) As DEPs não são comparáveis entre raças.

5) Antes de selecionar um pai de rebanho com base nas DEPs, defina seus objetivos de seleção a curto e a longo prazos.

(36)

FEDERACIÓN BRAFORD DEL MERCOSUR

EVALUACIÓN GENÉTICA REGIONAL

MANUAL DEL CRIADOR PARA COLECTA DE DATOS

A LOS CRIADORES Y SIMPATIZANTES DE LA RAZA

El Mercosur es una realidad. La Federación Braford del Mercosur fue fundada teniendo como objetivo la integración y constituye una iniciativa pionera.

El Manual del Criador de Braford fue un trabajo de perseverancia, con la finalidad de ajustar las diferencias en las evaluaciones genéticas que existían entre los países. Fue posible gracias a la dedicación de los que colaboraron en su elaboración.

Nos complace agradecer a los técnicos que participaron de este trabajo: Dr. Daniel de Mattos (Uruguay), Ing. Agr. Daniel Musi (Argentina), Ing. Agr. Fernanda Brito (Brasil), Dr. Humberto Osnaghi Doria (Paraguay) y en especial al Ing. Agr. Leonardo Talavera Campos (Brasil), quien redactó el Manual. Reafirmamos así la confianza en el éxito del Mercosur, el cual dependerá también de nuestra unión.

Dra. Greice Mara Gomes Martins da Silva Presidente de la Federación Braford del Mercosur

(37)

PRESENTACIÓN:

Dando continuidad al proceso de integración de los cuatro países, la Federación Braford del Mercosur está desarrollando todas las etapas necesarias para realizar una Evaluación Genética Regional, utilizando informaciones de todos los integrantes del bloque. La información unificada, respaldada por las investigaciones metodológicas pertinentes, puede suministrar el valor productivo de los animais a nivel regional, manteniendo cada asociación su capacidad operacional y su independencia de acción.

Siguiendo las recomendaciones de la Reunión de Febrero de 1998 en Montevideo, Uruguay, cada Asociación nombró un Representante Técnico, formando así un Grupo de Trabajo para estudiar el establecimiento de normas, procedimientos y acciones necesarias para alcanzar el objetivo propuesto de elaboración de la Evaluación Genética Regional.

Cada país es responsable por la generación y mantenimiento de su base de datos, habiéndose trabajado en la elaboración de un formato único o estándar, con todas las especificaciones necesarias para garantizar un intercambio fluído de informaciones entre los países. La primera parte de este Manual presenta el Formato Estándar de la Base de Datos de la Federación, según fuera aprobado en la Reunión de Abril de 1998, realizada en la ciudad de Uruguaiana, Brasil.

En la segunda parte de este Manual, se amplía el tema abordado en el documento elaborado en Montevideo en Febrero de 1998: “Criterios para el Registro de Datos”, considerando aspectos importantes de los programas de control de la producción y de evaluación genética, con énfasis en la calidad de las bases de datos.

Consideraciones sobre aspectos metodológicos de la evaluación genética y sobre la principal herramienta de selección disponible para obtener ganancias genéticas, o sea, la Diferencia Esperada en la Progenie (DEP), están siendo compiladas en una Guía de Utilización de la DEP en Selección, a ser editada en breve por la Federación, como complemento al presente Manual.

(38)

PARTE 1: FORMATO ESTÁNDAR DE LA BASE DE DATOS

== ======================== ==== ==================== N Descripción del campo Tipo Observaciones

== ======================== ==== ====================

43 País C2

44 Código del criador C5 45 Establecimiento/Rodeo C3

46 Lote C2

47 Año de producción N4 48 Estación de nacimiento C1

Identificación del producto

49 Código de registro C2 50 Número de registro N10 51 Tatuaje (RP) C10

52 Composición racial + 3(N6.4+C2) composición calculada código de la raza

53 Estándar racial C3 comp. visual aproximada

Identificación del padre

54 Código de registro C2 55 Número de registro N10 56 Tatuaje (RP) C10

57 Composición racial + 3(N6.4+C2) composición calculada código de la raza

58 Estándar racial C3 comp. visual aproximada

Identificación de la madre

59 Código de registro C2 60 Número de registro N10 61 Tatuaje (RP) C10

62 Composición racial + 3(N6.4+C2) composición calculada código de la raza

63 Estándar racial C3 comp. visual aproximada 64 Año de nacimiento de la madre N4

65 Fecha de nacimiento de la madre N8

66 Fecha estimada C1 E = estimada (dentición o categoría)

67 Tipo de servicio C1 servicio colectivo =8 transplante embrión =7 insem. artificial =6 monta a campo =5 monta controlada =4

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68 Sexo al nacer C1 macho =1 hembra =2 69 Fecha de nacimiento N8

70 Peso al nacer N2

71 Facilidad de parto C1 sin asistencia =1 dificultades menores =2 dificultades mayores =3 cesárea =4 presentación anormal =5 natimorto =6 72 Sexo al destete C1 1, 2; castrado =3 73 Grupo de manejo al destete C3 o código de cría al destete 74 Fecha de la pesada N8

75 Peso al destete N3

76 Prepucio / ombligo C1 corto=1, ... , grande=5 77 Sexo final post-destete C1 1, 2; castrado =3 78 Grupo de manejo final post-dest. C3 o código de manejo final 79 Fecha de la pesada N8

80 Peso final N3

81 Prepucio / ombligo C1 corto=1, ... , grande=5 82 Perímetro escrotal N4.1

83 Fecha de medición del PE N8

84 Pigmentación ocular C1 sin pigmentación =1 1 ojo-parcial =2 1 ojo-total =3 2 ojos-parcial =4 2 ojos-total =5

(40)

PARTE 2: PROGRAMAS DE CONTROL DE LA PRODUCCIÓN

Calidad de los Datos Colectados 2. INTRODUCCIÓN

Los programas de control de producción y evaluación genética, con sus predicciones del valor genético de los reproductores expresadas en DEP, diferencia esperada en la progenie, y obtenidas usando la llamada metodología de modelos mixtos, han demostrado ser una herramienta poderosa para lograr un aumento en la eficiencia de la producción de carne bovina. A través del aumento de la precisión y de la intensidad de selección de los reproductores, sean potenciales, o ya en uso en la población, se hace posible lograr mayor progreso genético en los rodeos controlados, y en consecuencia en toda la raza.

Por primera vez en la historia del mejoramiento animal se dispone de un instrumento tan poderoso y de tanta utilidad como la DEP. Sin embargo, para que sea posible establecer diferencias genéticas entre reproductores de diferentes rodeos y/o generaciones, es necesario que existan datos de calidad y en suficiente cantidad, que además presenten una correcta estructura o conectabilidad.

Esta parte del Manual tiene por objetivo analizar algunos aspectos relacionados con la calidad de la base de datos, en programas de control de la producción, y que afectan tanto la fase de campo como la de procesamiento de los datos, haciéndose recomendaciones de orden predominantemente prático.

2. CONTROL DE LA PRODUCCIÓN

2.1. Programas de Control de la Producción:

A seguir se presenta una breve descripción de la situación de los programas adoptados por cada uno de los países del Mercosur.

2.1.1.- ARGENTINA:

ASOCIACIÓN BRAFORD ARGENTINA:

e-mail: braford@datamarkets.com.ar

La toma de datos objetivos de los animais de la raza se constituye en uno de los principales objetivos de la Asociación Braford Argentina. En Abril de 1998, nuestra Asociación, en un marco de complementación de esfuerzos, estableció un Acuerdo con la Sociedad Rural Argentina, para implementar un programa de trabajo conjunto. El programa está destinado a generar las bases de datos necesarias, que contengan informaciones objetivas de producción de la raza, para finalmente producir Diferenças Esperadas en la Progenie (DEPs) para los caracteres económicamente importantes.

(41)

La Asociación Braford Argentina, integrante de la Federación Braford del Mercosur, viene realizando grandes esfuerzos para la integración de sus datos a una base de datos a nivel regional, trabajando activamente con sus pares de Brasil, Paraguay y Uruguay. Los acuerdos alcanzados dentro de la Comisión de Genética Animal del SGT 8 del Mercosur, en la cual la ABA participó activamente junto con la SRA, prepararon el camino para un rápido progreso, lo cual se refleja en el presente Manual del Criador.

La información se convirtió en la base para la selección de bovinos de carne, información que asociada a la experiencia y a los conocimientos de cada criador, determina la evolución de la raza. Aún en las condiciones de producción extensivas y con las muchas dificultades que esto implica para los criadores de Braford en nuestro país, existe el firme propósito de contar con estas valiosas herramientas de selección a la mayor brevedad posible, iniciándose la colecta de datos con los destetes de 1998/99.

Se comenzó con un intenso trabajo de extensión, utilizándose todos los recursos posibles: Reuniones de Criadores en Exposiciones y Jornadas de Campo, Jornadas de Actualización, así también como notas y artículos en el órgano oficial de comunicación de nuestra Asociación: la revista BRAFORD.

Los tiempos actuales requieren nuevas exigencias. La información se va convirtiendo en un componente importante de la valorización de los reprodutores en el mercado. Esto permite conocer mejor lo que se produce, para poder hacer comparaciones que destaquen lo superior, premiando objetivamente el trabajo, capacidad y esfuerzo del criador responsable.

Con responsabilidad y concientes de estas necesidades, la Asociación Braford Argentina y su integración a la Federación Braford del Mercosur, establecen un esfuerzo conjunto que seguramente redundará en amplios beneficios para los criadores de la raza, así como para el progreso de la pecuaria de nuestros países.

2.1.2.- BRASIL: EL PROMEBO (e-mail: promebo@conesul.com.br)

ASOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD:

e-mail: braford@braford.com.br

El Programa de Mejoramiento de Bovinos de Carne (PROMEBO) implantado en la Asociación Nacional de Criadores en 1974, puede ser citado para ejemplificar en qué consiste un sistema de control de producción y de evaluación genética. En general estos programas están fundamentados en las normas y bases para programas de mejora de bovinos de carne, establecidas por la “Beef Improvement Federation” y actualizadas periódicamente.

La mejora genética necesaria, de la eficiencia total de producción de carne bovina se fundamenta en dos principios: selección y sistemas de apareos. El PROMEBO trabaja

Referencias

Documento similar

Uniao Européia, Livraria Almedina, Coimbra, 1997; NADIA DE ARAÚJO, FREDERICO V. MA- GALHÁES MARQUES y MÁRCIO MONTEIRO REÍS, Código do Mercosul. Tratados e Legislacáo, Renovar, Rio

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