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TRATAMENTO DE SEMENTES DE SOJA COM FOSFITO DE POTÁSSIO PARA O CONTROLE DE SCLEROTIORUM ROLFSII

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Academic year: 2020

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(1)TRATAMENTO DE SEMENTES DE SOJA COM FOSFITO DE POTÁSSIO PARA O CONTROLE DE SCLEROTIORUM ROLFSII. João Pedro Quadros Medeiros 1 Ketlen Raisa Rey Rodrigues 2 Sílvio Aymone Ziani 3 Renata Silva Canuto De Pinho 4. Resumo: Dentre as doenças que incidem na soja, a Murcha por Sclerotium ou tombamento causada pelo fungo Sclerotium rolfsii, tem se destacado como uma das mais graves, esta doença é muito destrutiva, tornandose um sério problema nas áreas com histórico da sua ocorrência. Com a pressão da sociedade pela redução de agrotóxicos na agricultura, os fosfitos se apresentam como alternativa no controle de doenças, por proporcionar maior resistência às plantas ao ataque e desenvolvimento de doenças e não causar fitotoxidez.Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de fosfito de potássio no tratamento de sementes de soja para o controle de Sclerotium rolfsii. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia e Microbiologia do Solo na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Itaqui, RS. Para realização dos experimentos foram utilizadas sementes de soja cultivar Brasmax Garra IPRO - (63I64RSF IPRO). A aplicação de fosfito de potássio via sementes, reduz a incidência do patógeno S.rolfsii, o que fornece suporte na germinação para que as plantas cresçam sem interferência do mesmo, mantendo o estande de plantas desejado pelo produtor.. Palavras-chave: tratamento de sementes, controle alternativo, fosfito de potássio. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. TRATAMENTO DE SEMENTES DE SOJA COM FOSFITO DE POTÁSSIO PARA O CONTROLE DE SCLEROTIORUM ROLFSII 1 Aluno de graduação. jpqm1993@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. ketlenrey@gmail.com. Co-autor 3 Aluno de graduação. silvioziani93@gmail.com. Co-autor 4 Docente. renatapinho@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(2) TRATAMENTO DE SEMENTES DE SOJA COM FOSFITO DE POTÁSSIO PARA O CONTROLE DE Sclerotiorum rolfsii 1. INTRODUÇÃO Dentre as doenças que incidem na soja, a Murcha por Sclerotium ou tombamento causada pelo fungo Sclerotium rolfsii, tem se destacado como uma das mais graves, esta doença é muito destrutiva, tornando-se um sério problema nas áreas com histórico da sua ocorrência. Este patógeno pode sobreviver durante anos no solo pela presença dos escleródios que são as principais estruturas de resistência (SERRA e SILVA, 2005; TRIGIANO et al., 2010). Existem inúmeras maneiras de controlar as doenças que incidem sobre a soja. No entanto, as cultivares de soja não são resistentes a S. rolfsii e o controle químico pode ser inviável em razão dos custos e das dificuldades de manejo (GORGEN, et al., 2009). Com a pressão da sociedade pela redução de agrotóxicos na agricultura, os fosfitos se apresentam como alternativa no controle de doenças, por proporcionar maior resistência às plantas ao ataque e desenvolvimento de doenças e não causar fitotoxidez (DIANESE et al. 2009; DIANESE e BLUM, 2010). Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de fosfito de potássio no tratamento de sementes de soja para o controle de Sclerotium rolfsii. 2. METODOLOGIA O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia e Microbiologia do Solo na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Itaqui, RS. Para realização dos experimentos foram utilizadas sementes de soja cultivar Brasmax Garra IPRO - (63I64RSF IPRO). Isolados de Sclerotium rolfsii, foram repicados em meio de cultura BDA (batata, dextrose e ágar) e colocados em câmara tipo B.O.D a 25ºC, com fotoperíodo de 12 horas por sete dias. Para multiplicação do inóculo foram autoclavados 50g de arroz parboilizado com 20 mL de água destilada por 20 minutos e temperatura de 120ºC sob pressão de 1 atmosfera. Posteriormente em câmara de fluxo laminar, foi repicado cincos discos de micélio de 5 mm de S. rolfsii e colocados nos erlenmeyers com arroz e mantidos em câmara B.O.D durante 7 dias a 20ºC e fotoperíodo de 12 horas para que ocorresse a colonização de todo o material. Após o período de incubação, foi colocado 5 g de arroz colonizado por kg de substrato. Este substrato ficou incubado à 20ºC por sete dias antes de sua utilização. O tratamento de sementes de soja com fosfito de potássio, (K2O: 26% e P2O4: 33,6%) foi nas concentrações de 0, 2, 4, 6 e 8 µL para 100 g de semente. Em seguida, ocorreu a semeadura de 20 sementes em caixas tipo gerbox contendo 100 g de substrato colonizado com fungo S. rolfsii..

(3) A avaliação da porcentagem de germinação foi realizada aos sete dias após semeadura e a incidência foi avaliada aos 14 dias após a emergência das plantas contabilizando plantas com sintomas de S. rolfsii em que tenham ocorrido o tombamento ou necrose no hipocótilo. Os dados IRUDP VXEPHWLGRV j DQiOLVH GH YDULkQFLD SHOR WHVWH ) S” H realizado o teste de Regressão, ao nível de 5% de probabilidade através do programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2008). 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO As menores incidências de S.rolfsii foi no tratamento com 8 mL g-1 de fosfito de potássio com redução de 85,74 % na incidência de S.rolfsii em relação a testemunha sem aplicação (Figura 1). Entretanto, a partir da dose de 2 mL g-1 de fosfito de potássio, reduziu a incidência de S.rolfsii, com porcentagem de redução de 58,33%, 62,35% e 81,46% para as doses 2 mL g-1, 4 mL g-1 e 6 mL g-1 , respectivamente. Portanto, fica evidenciado que quanto maior a dosagem de fosfito de potássio menor é a incidência de S. rolfsii, na faixa das doses estudadas.. Figura 1 ± Incidência de Sclerotium rolfsii em plântulas de soja cultivar Brasmax Garra 63164RSF IPRO em resposta de diferentes doses de fosfito de potássio.. Em relação a porcentagem de germinação (Figura 2), os tratamentos que receberam as doses de fosfito de potássio, obtiveram as maiores porcentagens de germinação, em torno de 50 % acima da testemunha, o que possibilita afirmar que o fosfito de potássio ao inibir o fungo acaba auxiliando no processo germinativo e o mesmo aplicado diretamente sobre as sementes não influencia neste parâmetro..

(4) Figura 2 ± Germinação de sementes de soja cultivar Brasmax Garra 63164RSF IPRO, em substrato infestado com Sclerotium rolfsii, em resposta a diferentes doses de fosfito de potássio.. Medeiros et al. (2016) verificaram que a utilização de fosfito de potássio, não causou efeito negativo nos índices de germinação de soja quando aplicado isolado ou em associação a fungicidas via sementes. Entretanto, pela análise da curva de regressão e fórmula obtida na análise de variância, nota-se que acima da dose de 8 µL/ 100 g sementes, ocorreu um decréscimo na germinação das sementes, o que pode ser explicado pela salinidade do fosfito de potássio, que em dose elevadas pode desestruturar membranas, e ou, interferir no potencial osmótico da semente impedindo a absorção de água para correta degradação de reservas e consequente maior índice de germinação. Este resultado corrobora com o encontrado por Espindola (2015) que utilizando fosfito de manganês (Ultra Sannity ®) via tratamento de sementes em soja, verificou nível moderado de fitotoxidade em dose de 2m L -1, com lesões no hipocótilo e cotilédone das sementes.. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A aplicação de fosfito de potássio via sementes, reduz a incidência do patógeno S.rolfsii, o que fornece suporte na germinação para que as plantas cresçam sem interferência do mesmo, mantendo o estande de plantas desejado pelo produtor. 5. REFERÊNCIAS DIANESE, A.C.; BLUM, L. E. B. O uso de fosfitos no manejo de doenças fúngicas em fruteiras e soja. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2010..

(5) DIANESE, A.C.; BLUM, L. E. B.; DUTRA, J. B.; LOPES, L. F. Aplicação de fosfito de potássio, cálcio ou magnésio para a redução da podridão do pé do mamoeiro em casa de vegetação. Ciência Rural. v.39, n.8, p.2309-2314, 2009. ESPINDOLA, D. L. P. Tratamento de sementes com fosfito de manganês e enxofre: efeitos na soja e no desenvolvimento de fitopatógenos. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 50f, 2015. FERREIRA,. D.F.. SISVAR:. um. programa. para. análises. e. ensino. de. estatística. Revista Symposium, v.6, p.36-41, 2008. GÖRGEN, C. A.; NETO, A. N. S ; CARNEIRO, L. C.;VILMAR RAGAGNIN,V.; JUNIOR,M.L Controle do mofo-branco com palhada e Trichoderma harzianum 1306 em soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, v.44, n.12, p.1583-1590, 2009. MEDEIROS, J. P. Q.; FALCAO, J. U. M.; ARNS, R. B.; PINHO, R. S. C. Fosfito de potássio na incidência de fungos e na germinação de sementes de soja. In: Anais. Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, Uruguaiana. V.8. n. 2, 2016. [Acesso em 28 ago 2017]. Disponível em: http://seer.unipampa.edu.br/index. php/siepe/article/view/17838. SERRA, I. M. R. de S.; SILVA G. S. da. Caracterização Biológica e Fisiológica de Isolados de Sclerotium rolfsii obtidos de pimentão no Estado do Maranhão. Fitopatologia Brasileira, São Luís, v.30, n.1, p. 61-66, 2005. TRIGIANO, R. N.; WINDHAM, M. T.; WINDHAM, A. S. Fitopatologia: Conceitos e Exercícios de Laboratório. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 575p..

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