A C T O R E S , E S C E N A R I O S Y R E L A C I O N E S S O C I A L E S E N T R E S P U B L I C A C I O N E S
P E R I Ó D I C A S M E X I C A N A S D E M E D I A D O S D E L S I G L O X I X
A m a d a C a r o l i n a P é r e z Benavides* El Colegio de México
I N T R O D U C C I Ó N
L
a riqueza y variedad de las publicaciones p e r i ó d i c a s del siglo X I X p e r m i t e n aproximarse a las continuidades y a las transformaciones que t u v i e r o n lugar en la sociedad mexicana d e c i m o n ó n i c a caracterizada p o r las tensiones que g e n e r ó el t r á n s i t o entre el orden colonial y el p r o y e c t o repu-blicano. L o s p e r i ó d i c o s , así como las revistas culturales de la p r i m e r a m i t a d del siglo, plantearon c o m o objetivo central i n s t r u i r a sus lectores c o n el f i n de encaminar a la n a c i ó n hacia el progreso, de manera que p o r m e d i o de este t i p o de publicaciones c i r c u l a r o n algunas ideas e i m á g e n e s que leFecha de recepción: 26 de octubre de 2005 Fecha de aceptación: 22 de febrero de 2006
* Agradezco las sugerencias y críticas realizadas al texto por Anamaría Noguera, Inés Yujnovsky y Miguel Urrego.
1 1 6 4 A M A D A C A R O L I N A PÉREZ BENAVIDES
o t o r g a r o n sentidos superpuestos a la realidad inmediata y que s e ñ a l a r o n proyectos de f u t u r o .1
E n los a ñ o s posteriores a la independencia empezaron a publicarse las primeras revistas culturales en M é x i c o .2 É s t a s
estuvieron constituidas principalmente p o r textos españoles y p o r traducciones de artículos de procedencia inglesa y francesa. Fue sólo en el transcurso de la d é c a d a de los años treinta, que
[...] paulatinamente ios editores de las revistas nacionales die-ron oportunidad a ios autores mexicanos de colaborar en tales publicaciones, lo cual le dio a las obras un carácter regional, en la medida en que los temas abordados se referían a México y eran tratados por mexicanos.3
U n o Je los p r o y e c t o s editoriales m á s interesantes del p e r i o d o fue el desarrollado p o r Ignacio C u m p l i d o , q u i e n i m p u l s ó diferentes publicaciones, entre las que se destaca-r o n El Mosaico Mexicano, El Museo Mexicano, El Álbum Mexicano y La Ilustración Mexicana. Estas obras t e n í a n una í n d o l e e n c i c l o p é d i c a y buscaban exaltar el espíritu nacional;4
eran revistas m i s c e l á n e a s en las que se i n c l u y e r o n a r t í c u l o s que abarcaban desde novedades científicas hasta panoramas de las diferentes regiones del país. A d e m á s , en ellas se i n t r o -dujeron i m á g e n e s que ilustraban los escritos recurriendo a retratos, paisajes v escenas costumbristas.
A l i n t r o d u c i r a r t í c u l o s escritos p o r y para los mexicanos e ilustraciones referentes al p a í s , tales revistas d e s e m p e ñ a r o n
1 Véase GUERRA, Los espacios públicos. 2 Véase RuiZ CASTAÑEDA, "Revistas literarias". 3 PÉREZ SALAS, "Costumbrismo y litografía", p. 185. 4 Véase PÉREZ SALAS, " L O S secretos", pp. 1 0 1 - 1 8 2 .
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u n importante papel en la c o n f i g u r a c i ó n de diferentes i m á genes sobre la n a c i ó n mediante de las descripciones g e o g r á -ficas, la o r g a n i z a c i ó n y m o n u m e n t a l i z a c i ó n de la m e m o r i a h i s t ó r i c a y la r e p r e s e n t a c i ó n de las costumbres locales.5 U n
t e r r i t o r i o d e l i m i t a d o , u n pasado c o m p a r t i d o y unos tipos particulares con sus respectivas formas de comportamiento, fueron los bosquejos a p a r t i r de los que se i n t e n t ó construir el gran cuadro de la n a c i ó n mexicana.
Siguiendo esta línea de análisis, en el presente a r t í c u l o se c e n t r a r á la a t e n c i ó n en las obras costumbristas, las cuales, a pesar de que a d q u i r i e r o n una i m p o r t a n c i a notable en las revistas misceláneas —tanto si se tiene en cuenta el conjunto de los a r t í c u l o s c o m o si se hace referencia a las ilustracio-nes—, p a r e c e r í a n tener una r e l a c i ó n menos directa c o n la c o n s t r u c c i ó n de la c o m u n i d a d imaginada, si las compara-mos con la que tienen los textos alusivos ai t e r r i t o r i o o a la m e m o r i a h i s t ó r i c a . E n este sentido, P é r e z Vejo señala c o m o h i p ó t e s i s que en estas obras
[...] más que costumbres mexicanas propiamente dichas, lo que predomina es un costumbrismo de clase media (generalmen-te escenas domésticas) moralizan(generalmen-te, sin demasiado in(generalmen-terés des-de la perfectiva des-del proceso nacionalizado!-, pero enormemente revelador desde el punto de vista del desarrollo de una nueva senúmentalidad.6
Partiendo de esta h i p ó t e s i s , en el texto que sigue se p r o -pone, p o r una parte, analizar el grado de interés que pueden
5 Véase PÉREZ V E J O , "La invención", pp. 395-408. 6 Véase PÉREZ V E J O , "La invención", p. 408.
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tener las obras costumbristas en el proceso n a c i o n a l i z a c i ó n y p o r otra, insertarlas en el campo de la historia de la vida cotidiana en tanto que la a p a r i c i ó n de una nueva sentimen-talidad e s t a r í a relacionada t a m b i é n c o n formas i n é d i t a s de v i v i r la cotidianidad.
A s í , el a n á l i s i s apunta a s e ñ a l a r las p o s i b i l i d a d e s que ofrecen los escritos y las l i t o g r a f í a s costumbristas c o m o fuente para el estudio de la manera c o m o se c o n s t i t u y e r o n las representaciones sobre la c u l t u r a nacional y la cotidiani-dad, partiendo de los textos y las i m á g e n e s que circularon en tres de las publicaciones p e r i ó d i c a s editadas p o r C u m p l i d o : El Museo Mexicano,7 El Álbum Mexicano* y La Ilustración Mexicana.'' Para tal f i n se ha tomado c o m o muestra u n v o l u -m e n de cada una de las publicaciones s e ñ a l a d a s : el v o l u -m e n IV de El Museo Mexicano™ y el I de El Álbum Mexicano y de La Ilustración Mexicana. E n c o n j u n t o , se han revisado 52 a r t í c u l o s y 20 ilustraciones que se han d i v i d i d o en tres c a t e g o r í a s : novelas y estudios morales, tipos y escenas.
Los escritos costumbristas y las litografías que aparecie-r o n en estas publicaciones se a n a l i z a aparecie-r á n teniendo en cuenta t a n t o los diferentes aspectos que presentaban de la cotidia-n i d a d , c o m o los modelos culturales a p a r t i r de los cuales artistas y escritores se a p r o x i m a r o n a ella. D e esta manera, se busca elaborar u n contrapunteo entre las descripciones
7 Publicado entre 1843-1844 en la primera época, y en la segunda, durante
1845-1846.
8 Publicado entre 1849-1850.
'Publicada entre 1851-1852 y reanudada en 1854.
1 0 Se ha escogido este volumen porque al ser el último de la primera etapa
de El Museo es el que permite observar las continuidades y rupturas que existen entre esta revista y El Álbum.
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO X I X 1 1 6 7
que realizaron los autores y los elementos que c o n s t i t u í a n la mirada costumbrista.
E l a r t í c u l o está organizado en tres partes: en la primera, se realiza una p r e s e n t a c i ó n general del c o s t u m b r i s m o como g é n e r o y de las c a r a c t e r í s t i c a s que t u v o en M é x i c o . E n la segunda, se hace énfasis en las particularidades que a d q u i r i ó la mirada costumbrista en coyunturas específicas c o n el f i n de visualizar la rejilla de lectura mediante la cual los autores n o s ó l o representaron una cotidianidad, sino p r o p u s i e r o n u n m o d e l o de c o m p o r t a m i e n t o . Y en la tercera, se analizan, empleando los escritos y las litografías, los diferentes esce-narios en los que la vida cotidiana t e n í a lugar, los tiempos y los r i t m o s en que se desarrollaba y las cotidianidades particulares asignadas a cada u n o de los tipos sociales que se c o n v i r t i e r o n en sus actores.
EL GÉNERO COSTUMBRISTA EN MÉXICO
U n a vez conseguida la independencia, los diferentes países que resultaron del proceso emancipador se v i e r o n en la nece-sidad de configurar representaciones que los diferenciaran no s ó l o de E s p a ñ a , sino de los d e m á s t e r r i t o r i o s americanos. E l c o s t u m b r i s m o encajaba como anillo al dedo para tal p r o -p ó s i t o -puesto que m a n t e n í a las letras y las artes dentro de las corrientes de la cultura occidental a la vez que p e r m i t í a abordar las t e m á t i c a s propias en la medida en que " c o n d u c í a a t e n c i ó n y gusto hacia lo peculiar, c a r a c t e r í s t i c o , particular o i n d í g e n a , ya que en l o a u t ó c t o n o e incontaminado adivinaba l o singular de cada n a c i ó n o c o m a r c a " .1 1 A s í , el c o s t u m
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brismo t u v o una amplia r e c e p c i ó n en la m a y o r í a de p a í s e s latinoamericanos debido a que c u m p l i ó la doble f u n c i ó n de ser uno de los g é n e r o s c o n los que se inició la literatura y el arte nacional, y de d i f u n d i r las i m á g e n e s de los escenarios, las costumbres y los personajes locales.
E n M é x i c o la r e c e p c i ó n del c o s t u m b r i s m o se d i o en el marco de la A c a d e m i a de L e t r á n fundada en 1836 p o r u n grupo de alumnos del colegio del m i s m o n o m b r e , entre los que se encontraban J o s é M a r í a Lacunza, G u i l l e r m o Prieto y M a n u e l Payno. E l objetivo de esta o r g a n i z a c i ó n era abrir u n espacio a los escritores en aras de construir una literatura i n s p i r a d a en los temas nacionales. S i g u i e n d o a c o s t u m -bristas e s p a ñ o l e s c o m o R a m ó n de M e s o n e r o Romanos y Mariano J o s é de Larra, los autores se dedicaron a observar el ambiente que los rodeaba y a describirlo resaltando aquello que c o n s i d e r a b a n p i n t o r e s c o . Se alejaron de los peque-ñ o s c í r c u l o s letrados y empezaron a detenerse en aquellas costumbres locales que antes h a b í a n parecido d e s d e ñ a b l e s . L a siguiente d e s c r i p c i ó n del quehacer c o m o escritor de Prieto ilustra la d i r e c c i ó n que t o m a r o n los costumbristas:
Apartado de los círculos ilustrados que aun se extravían en el romanticismo pavoroso y se horrorizan ante las faltas al decoro del pueblo bajo o la cursilería de la clase media, deambula cuno-so e impertinente por los vericuetos de la Ciudad de México para recoger —desde una perspectiva verista notable por su ímpetu festivo y crítico— el rumor de la vida, la agitación y los* trapícheos de un heterogéneo repertorio de tipos (pollos y figurantas, léperos y calaveras, señoras y criadas, burócra-tas y petimetres), escenarios cotidianos (figones, vecindades, tertulias, paseos, ventorrillos), novísimos tótems (la educación moderna, la política, París, la moda, el folletín sentimental, la
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polka), recreos y recogimientos del espíritu (carnavales, bodo-rrios, zarzuelas! homenajes a Baco, días de guardar).1 2
D e esta forma, nuevos personajes h i c i e r o n su a p a r i c i ó n en la literatura, a la vez que las obras se llenaban de esce-narios y costumbres que eran familiares para el lector. Las revistas i n c l u y e r o n secciones dedicadas a los textos costum-bristas que c u m p l i e r o n la f u n c i ó n de ser el espejo en el cual se reflejaba la sociedad urbana de las clases medias y altas.
E n cuanto a la obra gráfica, para el caso mexicano, P é r e z Salas ha mostrado la i m p o r t a n c i a que t u v o el i m p u l s o para-lelo de este g é n e r o literario y de la litografía en la medida en que "la t e m á t i c a nacional y costumbrista se i n i c i ó inde-pendientemente de los lincamientos de la Academia de San Carlos y m u c h o m á s ligada a las corrientes literarias del m o m e n t o " . " D e acuerdo c o n la autora, literatura y l i t o g r a -fía se conjugaron para crear una galería de tipos ¡ o c í a l e s1 4
que aparecieron en diferentes publicaciones p e r i ó d i c a s y en libros como El periquillo Sarniento, Los niños pintados por ellos mismos y Los mexicanos pintados por sí mismos.
L o s escritos de c a r á c t e r c o s t u m b r i s t a , al igual que las litografías que los a c o m p a ñ a b a n , p a r e c í a n presentar la c o t i -dianidad mediante la d e s c r i p c i ó n de espacios y escenas, así como de actividades que realizaban ios diferentes sectores de la p o b l a c i ó n y a se e n c o n t r a r a n d i v i d i d o s p o r g é n e r o , p o r r e g i ó n de o r i g e n (jarochos, poblanos, etc.), o p o r el t i p o de trabajo que desarrollaban (aguadores, escribanos, rancheros, etc.). Sin embargo, m á s que la r e p r e s e n t a c i ó n de
1 2 A L O N S O , "Presentación", p. 11.
« PÉREZ SALAS, "Costumbrismo y litografía", p. 190,
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la cotidianidad, los autores costumbristas pensaban en los tipos sociales c o m o esencias y , dado el c a r á c t e r i n s t r u c t i v o que los inspiraba, sus relatos eran t a m b i é n lecciones m o r a -les que condenaban las malas costumbres y exaltaban las virtudes.
E l autor costumbrista se ubicaba como u n observador que d e s c r i b í a detalladamente la sociedad c o n el f i n de educar a los lectores, p o r l o cual "en t o d o a r t í c u l o de costumbres son perfectamente visibles o adivinables las dos partes de su c o n -tenido: d e s c r i p c i ó n del t i p o o costumbre y lección, explícita muchas veces, de o r d e n m o r a l " .1 5 E l énfasis que se le daba a
cada una de las partes d e p e n d í a del contexto h i s t ó r i c o c u l -t u r a l en el cual circulaba u n -tex-to o imagen específico.
LA PUBLICACIÓN DE LOS TEXTOS COSTUMBRISTAS
EN LAS REVISTAS MISCELÁNEAS
C o n la a p r o p i a c i ó n de la mirada costumbrista que ordenaba y clasificaba el espacio y la sociedad circundantes, un sin-n ú m e r o de publicaciosin-nes a d q u i r i ó el sin-nombre de mosaicos, m i s c e l á n e a s , museos y á l b u m e s dada su r e l a c i ó n c o n una f o r m a de m i r a r y representar la realidad. Dichas p u b l i c a -ciones fueron pensadas c o m o espacios físicos en los que se r e c o g í a n aquellos objetos que conformaban la imagen visual y k t r a d i c i ó n escrita de la c u l t u r a nacional.
E n M é x i c o el p e r i o d o de auge de las revistas m i s c e l á n e a s , entre las d é c a d a s de los a ñ o s treinta y cincuenta del siglo XIX, c o i n c i d i ó c o n el fracaso del p r i m e r federalismo y la emer-gencia de una nueva g e n e r a c i ó n de intelectuales que al haber
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experimentado las crisis p o l í t i c a y social posteriores a la independencia, buscaron analizar los problemas que h a b í a n generado dichas crisis y p r o p u s i e r o n vías de s o l u c i ó n .1 6
E l centralismo c o m o p r o y e c t o de n a c i ó n , así c o m o la c r e a c i ó n de los p a r t i d o s p o l í t i c o s l i b e r a l y conservador hacen visible la necesidad de s e ñ a l a r nuevas rutas a seguir para obtener la tan anhelada u n i d a d nacional y el restableci-m i e n t o del o r d e n .1 7 Las revistas m i s c e l á n e a s se enmarcaron
en este p r o y e c t o en la m e d i d a en que estaban orientadas hacia u n ideal de i n s t r u c c i ó n : los a r t í c u l o s que en ellas apa-r e c í a n buscaban elevaapa-r el í n d i c e cultuapa-ral de la p o b l a c i ó n paapa-ra situar a M é x i c o en el camino del progreso. E n este sentido, la i n c l u s i ó n de los textos costumbristas dentro de su conte-n i d o debe econte-nteconte-nderse c o m o parte del objetivo geconte-neral al que apuntaban: la " r e g e n e r a c i ó n " de la p o b l a c i ó n p o r medio de la i n s t r u c c i ó n .
Las publicaciones de C u m p l i d o m a r c a r o n u n h i t o en M é x i c o en cuanto a revistas m i s c e l á n e a s se refiere, entre tales publicaciones la p r i m e r a que a s u m i ó u n c a r á c t e r deci-didamente nacional fue El Museo Mexicano, ó r g a n o litera-r i o de la Academia de L e t litera-r á n , que c i litera-r c u l o entlitera-re 1843-1844 bajo la d i r e c c i ó n de G u i l l e r m o P r i e t o y M a n u e l Payno. E n esta revista aparecieron a r t í c u l o s de temas diversos: tipos sociales, costumbres y trajes regionales, panoramas y visitas a diferentes lugares de la R e p ú b l i c a , b i o g r a f í a s de hombres c é l e b r e s , estudios h i s t ó r i c o s y g e o g r á f i c o s , adelantos cien-tíficos, algunas p o e s í a s y novelas v panoramas del m u n d o . A d e m á s , la p u b l i c a c i ó n estaba a c o m p a ñ a d a de l á m i n a s en
1 6 Véase Covo, Las ideas, cap. I.
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las que se representaba la geografía nacional, los escenarios urbanos y algunos personajes relevantes, especialmente de la c u l t u r a universal.
E l o b j e t i v o de El Museo Mexicano era " d i v e r t i r , p r o -p o r c i o n a r la i n s t r u c c i ó n y r e u n i r cuantos datos y noticias se puedan, sobre los m o n u m e n t o s , l i t e r a t u r a e historia de M é x i c o " .1 8 Siguiendo esta d i r e c c i ó n y teniendo en cuenta
el n o m b r e que se le d i o a la p u b l i c a c i ó n , a p a r e c í a en ella u n p r o p ó s i t o d i r i g i d o hacia la c o l e c c i ó n de aquellos elementos que pudieran — a i ser clasificados, ordenados, estudiados y exhibidos—, c o n f o r m a r u n conjunto coherente que p e r m i -tiera englobar los diferentes aspectos de la cultura mexicana. Así, la revista " d i o especial énfasis a los temas costumbristas regionales, c o n los cuales se reforzaba el c a r á c t e r regional y se satisfacían las necesidades de i d e n t i f i c a c i ó n de los emi¬ sores y los receptores". Este énfasis se h i z o visible especial-mente a p a r t i r del v o l u m e n I I I , s e g ú n se puede observar en la i n t r o d u c c i ó n que escriben los editores:
[...] como además el objeto de este periódico consiste en mez-clar lo útil con lo agradable, sus editoies han resuelto insertar en El Museo la colección que con el nombre de «costumbres y trages nacionales», habían anunciado publicar separadamente en un Álbum. Las costumbres y usos de la república, tan curio-sas como interesantes, serán descritas en esta serie de artículos con toda la ecsactitud que nos fuere posible, y sus láminas ilustradas todas, o en su mayor parte, se procurará que tengan la corrección y belleza necesarias para cumplir debidamente su objeto.1 9
18 El Museo Mexicano, vol. IV (1844), p. 5. 19 El Museo Mexicano, vol. I I I , p. I I I .
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Tai c o m o l o s e ñ a l a r o n , los editores i n c l u y e r o n en este v o l u m e n varios textos costumbristas escritos p o r G u i l l e r m o Prieto, M a n u e l Payno, Á n g e l V é i e z y D . Revilia entre l o . que se encontraban una novela, seis a r t í c u l o s de escenas y otros seis de tipos nacionales: el aguador, la jarochita, los cocheros, puesto de chía, populacho de M é x i c o y ranche-ros; cada u n o a c o m p a ñ a d o de su respectiva litografía. Por su parte, en el v o l u m e n IV se p u b l i c a r o n una novela, dos a r t í c u l o s de escenas, dos de tipos nacionales (el aguador de Veracruz y el jarocho) y u n escrito sobre modas; entre é s t o s s ó l o la novela se a c o m p a ñ ó de una litografía.
D e esta forma, El Museo Mexicano s e ñ a l ó el camino de otras publicaciones que se interesaron p o r los temas costum-bristas y C u m p l i d o r e t o r n ó su formato en revistas posterio-res c o m o El Álbum Mexicano y La Ilustración Mexicana. Sin embargo, estas dos ú l t i m a s publicaciones e s t u v i e r o n separadas de El Museo p o r acontecimientos trascendentales c o m o la i n v a s i ó n estadounidense y la p é r d i d a de los t e r r i -torios del n o r t e del p a í s . P é r e z Salas analiza c ó m o la guerra p r o d u j o una t r a n s f o r m a c i ó n en las revistas ilustradas pos-teriores a ella, que trajo c o m o consecuencia el énfasis en las intenciones moralizantes y unificadoras que d e b í a n c u m p l i r los escritos costumbristas.2 0
A p a r t i r de 1849 se e m p e z ó a p u b l i c a r El Álbum Mexi-cano, revista en la que la p a r t i c i p a c i ó n de G u i l l e r m o Prieto y M a n u e l P a y n o s e g u í a siendo activa, aunque ahora s ó l o eran colaboradores. L o s editores del nuevo p r o y e c t o hicie-r o n h i n c a p i é desde el p hicie-r i m e hicie-r v o l u m e n en su objetivo: "a la vez que procuraremos fomentar el bienestar y los intereses
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materiales, propendamos t a m b i é n a fundar el orden m o r a l , mezclando siempre l o ú t i l c o n l o deleitable".2 1
A d e m á s de la referencia a l o ú t i l y a l o deleitable que ya estaba presente en El Museo Mexicano, a p a r e c í a en esta d e c l a r a c i ó n u n nuevo elemento relacionado c o n la c o y u n -tura p o l í t i c a : fundar el o r d e n m o r a l . Las transformaciones sociales y el desconcierto p r o d u c i d o p o r la guerra daban la s e n s a c i ó n de caos, p o r l o cual los intelectuales del p e r i o d o v e í a n c o m o u n objetivo apremiante instaurar el orden. L o s a r t í c u l o s que c o n f o r m a r o n la p u b l i c a c i ó n deben ser l e í d o s teniendo en cuenta este objetivo general que se superpone al de i n s t r u c c i ó n .
E n el p r i m e r v o l u m e n de El Álbum Mexicano aparecieron 18 a r t í c u l o s de c a r á c t e r costumbrista, de los cuales trece son escenas, dos hacen referencia a tipos, otros dos a estudios morales y el ú l t i m o está dedicado a la moda. E n compara-c i ó n compara-con los dos ú l t i m o s v o l ú m e n e s de El Museo Mexicompara-cano, l o que se observa es una d i s m i n u c i ó n de los a r t í c u l o s refe-rentes a los tipos sociales, u n aumento de las escenas y la i n t r o d u c c i ó n de los estudios morales; a d e m á s los tipos que se tratan ya no son parte de la galería de tipos nacionales, sino son m á s bien arquetipos, referencias p o r a f i r m a c i ó n o n e g a c i ó n a formas de ser ideales que no distinguen c o n d i c i ó n social o regional.
A s í , en el v o l u m e n I de El Álbum Mexicano se m a n t u -v i e r o n algunas c a r a c t e r í s t i c a s amenas del c o s t u m b r i s m o de G u i l l e r m o Prieto y M a n u e l Payno de la p r i m e r a é p o c a , al mismo t i e m p o que se i n t r o d u j e r o n ciertas transformaciones relacionadas con el objetivo de fundar el orden m o r a l que se
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h a b í a n propuesto los editores. Los tipos locales desaparecie-r o n mientdesaparecie-ras que se a b desaparecie-r í a paso a la pdesaparecie-resencia de adesaparecie-rquetipos o de escenas en las que se exaltaron las virtudes universales que d e b í a tener t o d o buen ciudadano, a la vez que se c r i t i -caron los defectos nacionales que d e b í a corregir el c o n j u n t o de la sociedad.
P o r su parte, en La Ilustración Mexicana los editores de-claran desde la i n t r o d u c c i ó n del p r i m e r v o l u m e n , la f u n c i ó n que c u m p l í a n los textos costumbristas:
Para corregir los vicios y los defectos de que por desgracia adolecen las sociedades, no bastan a veces los consejos ni son suficientes los preceptos; hay, sí, un arma terrible: el ridículo. En todos los pueblos ha sido necesaria la sátira mas o menos amarga, y es inmenso el n ú m e r o de escritores de esta clase, desde Aristófanes y Juvenal hasta Fígaro y Bennecke. Produc-ciones satíricas, estudios de costumbres, & . c , & . c , verán la luz en la ilustración, y siempre se atacarán defectos generales, sin distinguirse jamás a persona determinada. Se presentarán seres ideales que representen vicios y nulidades que se encuentran derramadas indistintamente.2 2
E l c o s t u m b r i s m o p e r d í a a q u í , en cierto m o d o , su c a r á c t e r r i s u e ñ o y se tornaba s a r c à s t i c o ; su objetivo p r i n c i p a l ahora era r i d i c u l i z a r los defectos, los vicios y las nulidades. E l ar-t í c u l o de cosar-tumbres p a s ó enar-tonces a ser el espacio p ú b l i c o en el cual se h a c í a b u r l a de aquellos vicios relacionados c o n la d e g e n e r a c i ó n m o r a l de la sociedad.
E n este p r i m e r v o l u m e n de La Ilustración Mexicana se i n c l u y e r o n 28 a r t í c u l o s de costumbres entre los que se
1 1 7 6 A M A D A C A R O L I N A PÉREZ B E N A V I DES
encontraban seis referentes a tipos sociales, trece escenas, seis estudios morales y tres a r t í c u l o s de modas. Respecto a los v o l ú m e n e s revisados de El Museo Mexicano y de El Álbum Mexicano está presente u n aumento notable de los a r t í c u l o s costumbristas así c o m o de las ilustraciones que los a c o m p a ñ a b a n : de las dos ilustraciones costumbristas que se p u b l i c a r o n en El Álbum. Mexicano, se p a s ó a 17 lá-minas en La Ilustración.
E l aumento tanto en los textos c o m o en las litografías y grabados costumbristas es significativo ai igual que la apa-r i c i ó n de nuevos autoapa-res c o m o Fapa-rancisco Zaapa-rco, Feapa-rnando O r o z c o y Berra y Vicente S á n c h e z O c a ñ a . L a r e c e p c i ó n del c o s t u m b r i s m o en M é x i c o iniciada en la Academia de L e t r á n h a b í a p r o d u c i d o sus f r u t o s y para la d é c a d a de los a ñ o s cincuenta tanto autores c o m o lectores gustaban del g é n e r o que t e n í a ahora u n c a r á c t e r m á s i n f l u i d o p o r el realismo. Esta t r a n s f o r m a c i ó n se h i z o visible en u n texto sobre los d i s t r a í d o s escrito p o r F o r t u n ( s e u d ó n i m o de Zarco) en el que s e ñ a l a n las c a r a c t e r í s t i c a s que d e b í a tener el estudio de las costumbres:
El ecsámen [...] de las costumbres debe referirse al sentimiento, a las ideas del hombre, y no a cosas demasiado superficiales que cambian por cualquier circunstancia, por cualquier accidente, V que no constituyen una diferencia sustancial. Tal vez antes, ía descripción de los trajes era bastante para clasificar a una sociedad entera, la observación de las habitaciones sería más que suficiente para conocer a sus moradores; pero ahora, a los que escribimos de costumbres, nos sucede lo propio que a Victor Ducange; m los trajes, ni las casas, ni las exterioridades, nos indican nada; todo eso es la forma en que se confunden los
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO XIX 1177
m i l tipos que es necesario ir buscando con cuidadoso empeño, para encontrar alguna especificidad.23
L o que p r e t e n d í a Zarco con sus escritos era aprehender los sentimientos y las ideas del h o m b r e , m á s que las bana-lidades referidas al m o d o de vestir o a la vivienda. H a b í a en este autor u n afán de buscar las esencias que se escon-d í a n escon-d e t r á s escon-de las exterioriescon-daescon-des y que eran las ú n i c a s que p o d í a n indicar alguna especificidad. Sin embargo, cuando leemos los cuadros de costumbres u observamos las l i t o -grafías, a m á s de u n siglo de distancia del m o m e n t o en que fueron realizados, esas cosas superfluas llaman p r o n t o nues-tra a t e n c i ó n y parecen adennues-trarnos en el v i v i r diario de los mexicanos de mediados del siglo X I X .
A pesar de que la balanza entre d e s c r i p c i ó n e i n t e n c i ó n m o r a l i z a n t e se h a b í a i n c l i n a d o en La Ilustración hacia la segunda, los a r t í c u l o s costumbristas siguen siendo fuentes privilegiadas para el estudio de la vida cotidiana en la medida en que tanto la d e s c r i p c i ó n c o m o el afán de regenerar m o r a l -mente a la sociedad permiten visualizar las transformaciones en la c o t i d i a n i d a d que v i v i e r o n los sectores urbanos del siglo X I X , las tensiones que estas transformaciones genera-ban y los ideales que se p e r s e g u í a n en cuanto a la f o r m a c i ó n de u n t i p o de ciudadano que d e b í a tener ciertas virtudes y abandonar algunos vicios para hacer posible que la n a c i ó n mexicana se encaminara hacia el progreso.
2 3 F o r t u n , "Los d i s t r a í d o s " , La Ilustración Mexicana, v o l . 1 (1851),
1178 AMADA CAROLINA PÉREZ BENAVIDES
LA REPRESENTACIÓN DE LA VIDA C O T I D I A N A A MEDIADOS DEL SIGLO X I X
C o n base en el análisis que se ha elaborado de las c a r a c t e r í s -ticas que a d q u i r i ó el costumbrismo en M é x i c o y de los cam-biantes criterios culturales que orientaron la p u b l i c a c i ó n de artículos de tal g é n e r o en las revistas literarias, a c o n t i n u a c i ó n se e x p o n d r á n algunos elementos que pueden dar una imagen de la forma c o m o se representaba la vida cotidiana decimo-n ó decimo-n i c a . E decimo-n p r i m e r a idecimo-nstadecimo-ncia, se p r e s e decimo-n t a r á decimo-n los escedecimo-narios y luego, se finalizará c o n el estudio de los personajes.
Escenarios
L o s escenarios de la v i d a cotidiana, que a p a r e c í a n en los textos y las ilustraciones, eran en su m a y o r í a urbanos. Sin embargo, en la referencia a los tipos c o m o el jarocho y los rancheros, el paisaje del campo surge c o m o el trasfondo en el que su v i d a transcurre. L a r e l a c i ó n c o n los animales y la clase de objetos que se u t i l i z a b a n t e n í a n gran importancia: el machete se muestra casi c o m o una e x t e n s i ó n del jarocho, mientras que en el caso de los rancheros se hace referencia a su destreza en el manejo de los caballos. A d e m á s , la vida campesina, alejada de la sociedad, s u p o n í a para los autores u n t i p o de relaciones familiares particulares: "amante y afec-tuoso con su familia, oficioso y leal en sus amistades, el ran-chero tiene, en f i n , las virtudes y los defectos de los hombres que viven algo separados de la sociedad; es c à n d i d o y bueno c o m o ellos; es c o m o ellos r u d o y e n é r g i c o t a m b i é n " .2 4
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO XIX 1179
Estas particularidades de la v i d a campesina t a m b i é n apa-r e c í a n en las i m á g e n e s sobapa-re los apa-rancheapa-ros, pues en ellas el énfasis estaba puesto tanto en el paisaje c o m o en los trajes que usaban. Se mostraban grupos de personajes entre los que se encontraban hombres, mujeres y n i ñ o s ; los primeros ves-tidos c o n pantalones, sombreros y capas, y las mujeres c o n falda, blusa y u n rebozo que les c u b r í a el torso y la cabeza. Los escenarios eran paisajes abiertos en los que se observa-ban las m o n t a ñ a s y la v e g e t a c i ó n o el p o b l a d o ; los rancheros estaban ubicados en u n p r i m e r plano conversando y en u n plano intermedio algunos de ellos montando a caballo (véan-se las figuras 1,2 y 3).
Figura 1
1180 A M A D A C A R O L I N A PÉREZ BENAVIDES
Figura 2
FUENTE: "Rancheros", La Ilustración mexicana, vol. I (1851).
Figura 3
P U B L I C A C I O N E S M E X I C A N A S D E L SIGLO X I X 1181
A diferencia de los escenarios campesinos, la represen-t a c i ó n de las á r e a s urbanas esrepresen-taba caracrepresen-terizada p o r los edificios y los espacios interiores. Calles, plazas, alamedas, mercados y casas se mostraban como los lugares en los cuales t r a n s c u r r í a la vida cotidiana citadina. E n cuanto a las casas se puede decir, de acuerdo c o n los a r t í c u l o s revisados, que su apariencia i n t e r i o r p a r e c í a transformarse en aquel m o m e n t o c o n m a y o r velocidad que en é p o c a s anteriores. Tanto en El Álbum c o m o en La Ilustración se registra la costumbre de las vendutas c o m o una i n n o v a c i ó n en el á m b i t o nacional:
En cuanto a vendutas particulares, ellas son una verdadera innovación. Antes, unos mismos muebles servían a cuatro gene-raciones; nadie cambiaba de residencia [...] los muebles viejos pasaban a mejor vida en las casas de baños y nadie discurría estar vendiendo lo que tenía para comprar cosas nuevas.2'
Las modas europeas h a b í a n llegado t a m b i é n al espacio d o m é s t i c o . Las personas de las clases acomodadas busca-ban renovar sus casas y esto h a c í a que los muebles antiguos o pasados de m o d a se vendieran y circularan p o r sectores sociales medios.
E n l o que tiene que ver c o n los espacios p ú b l i c o s , los paseos, las calles y los cafés, e m e r g í a n como los lugares, p o r excelencia, de la sociabilidad. E n el caso del artículo "Revista del desayuno", O r o z c o y Berra r e c r e ó la imagen que t e n í a u n o de los cafés m á s i m p o r t a n t e s de M é x i c o en las horas de la m a ñ a n a . E l autor lleva al lector p o r diferentes sitios donde p o d r í a desayunar hasta llegar a El Progreso, donde
1182 A M A D A C A R O L I N A PÉREZ BENAVIDES
a p a r e c í a n diversos personajes que conformaban u n universo social representado claramente en la litografía que a c o m p a ñ a el artículo (véase la figura 4). E n ella el escenario es u n espacio
Figura 4
E l café. D i á l o g o s , en El Progreso
F U E N T E : El Museo Mexicano, v o l . IV.
i n t e r i o r del que se destacaron: columnas, ventanas, mostra-dor, mesas, asientos y algunos personajes c o m o los j ó v e n e s , el jugador, el paisano y la familia de franceses. A s í , se daba la imagen de una ciudad cosmopolita en la que los espacios p ú b l i c o s como los cafés eran los escenarios a los que u n buen observador p o d í a acudir para analizar la sociedad.
I g u a l m e n t e , en los escritos y las l i t o g r a f í a s referidos a paseos c o m o el de L a A l a m e d a y el de Las Cadenas, los costumbristas retrataron las actividades que desarrollaban los diferentes t r a n s e ú n t e s :
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO XIX 1183
Pasear es una cosa que cada cual entiende a su manera; así, mientras el niño juega, el joven busca un pensamiento de amor, o sigue entusiasmado a una muger aérea leve, que parece ir sin tocar el suelo con sus plantas; el elegante, se empeña en ostentar sus diges primorosos; el fraile se remienda sus hábitos con una resignación que pasa de cristiana; el calavera busca a la parte mas frágil y democrática del bello secso; y el estudiante va con el libro entreabierto murmurando los pasages de Jacquier o de B i o t .2 6
E n Las flores a oscuras se m o s t r a b a una calle llena de personas que conversan jovialmente; todos se e x p o n í a n con sus mejores galas dando la imagen de una sociedad moderna y civilizada; imagen que t a m b i é n estaba presente en u n o de los escritos de Payno:
Las Calles, particularmente las de Plateros, Santo Domingo y San Francisco, están llenas de gente: grandes señoras con mantillas de finísimo punto y trages de seda o terciopelo; ele-gantes, zandungueros y coquetos, que estrenan desde botas hasta el sombrero; ancianos que limpian con ceniza el p u ñ o de su bastón, y su frac con agua de la colonia; chinas provoca tivas, con un calzado de raso blanco, sus amponas enaguas y sus rebozos de seda, en fin, solo la ínfima clase de la plebe, que por su pobreza o por su abandono, es la que aglomerándose en la puerta de las iglesias, descompone el aspecto de este cuadro pintoresco y animado.2 7
L o interesante es que los mismos autores estaban cons-cientes de que la imagen de la ciudad m o d e r n a se
descom-2 6 " L a Alameda", La Ilustración Mexicana, voi. 1 (1851), p. 502. 2 7 Yo, "Semana Santa", El Álbum Mexicano, voi. 1 (1849), p. 322.
1184 AMADA CAROLINA PÉREZ BENAVIDES
p o n í a cuando se observaba que la sociedad n o estaba c o n -f o r m a d a ú n i c a m e n t e p o r estos ilustres personajes. E n los escritos tal imagen se relativizaba; sin embargo, las ilustra-ciones presentaban, en su m a y o r í a , una ciudad habitada p o r h o m b r e s y mujeres de las clases media y alta. C u a n d o se e x h i b í a n personajes pertenecientes a la plebe, habitualmente la ciudad a p a r e c í a s ó l o en u n ú l t i m o plano, c o m o en el caso de la litografía El mudo de la tranca (véase la figura 5).
Figura 5 E l m u d o de la tranca
FUENTE: La Ilustración mexicana, v o l . I .
E n los escritos t a m b i é n se visualizan, al lado de estas i m á -genes que bien p o d r í a n situarse en cualquier capital europea, los referentes que singularizan los espacios locales. E l puesto donde se v e n d í a agua de chía era u n o de ellos:
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO X I X 1185
En las esquinas de toda las calles hay colocados sus puestos de chia, formados de carrizos, y cubiertos de fresca alfalfa o trébol y adornados de encendidas amapolas. Los vasos están limpios y llenos de aguas de brillantes colores; el contorno del puesto barrido y regado; las operarías moliendo pepita y colando las aguas, y la dueña del puesto muy limpia, algunas veces coque-tuela, invita con la más graciosa amabilidad a los paseantes, a que entren a su puesto a tomar chia, horchata, limón o tamarindo.2 8
Los costumbristas construyeron u n efecto de realidad p o r medio de la d e s c r i p c i ó n minuciosa de los espacios y de las actividades que cada cual desarrollaba; dando la s e n s a c i ó n de r e p r o d u c i r el m o v i m i e n t o de los actores en el escenario, el r i t m o que t e n í a la vida cotidiana. Entre las i m á g e n e s y los escritos se desplegaron las posibilidades de una m e m o r i a que r e m i t í a a los tiempos, a los sentimientos y al juego de las p r á c t i c a s sociales. A s í , las escenas costumbristas se c o n -v i r t i e r o n en referentes naturalizados que en el proceso de r e p r e s e n t a c i ó n c o n s t i t u í a n t a m b i é n una f o r m a de v i v i r la cotidianidad asociada a u n orden social y m o r a l específicos.
Los personajes
E n los textos y las i m á g e n e s c o s t u m b r i s t a s a p a r e c í a u n s i n n ú m e r o de personajes que c o n f o r m a b a n el teatro de la vida cotidiana y que t e n í a n a la vez su p r o p i a cotidianidad. C o m o se s e ñ a l a b a anteriormente, estos personajes fueron cambiando en la medida en que la mirada costumbrista y las condiciones sociales se transformaron.
1186 AMADA CAROLINA PÉREZ BENAVIDES
E n el v o l u m e n IV de El Museo aparecieron dos de los personajes que c o m p l e t a b a n el c o n j u n t o de t i p o s que se h a b í a propuesto desde el v o l u m e n anterior: " E l j a r o c h o "2 9 y
" E l aguador de V e r a c r u z " .3 0 Estos personajes fueron
carac-terizados p o r Á n g e l V é l e z a la manera de u n t i p o social: c o n p e r s o n a l i d a d colectiva, una f o r m a de v i v i r la v i d a y u n c o n j u n t o de valores que los identificaba c o m o g r u p o y los diferenciaba del resto de la sociedad. E l aguador, p o r ejemplo, era descrito de la siguiente manera:
El aguador ha de ser aseado en su vestido, para no causar dis-gusto a sus parroquianos, que quieren juzgar por el esterior del hombre, lo que hay en el interior de los barriles; como si las fuentes no sirvieran para lavar manos sucias, de bebedero a los caballos, y hasta para furtivos baños de varias gentes. H a de ser exacto para conservar la casa, intrigante para desalojar al compañero y adquirir nuevos parroquianos, sin que lo advierta aquel: ha de ser diligente para ofrecerse a limpiar el baño, y con-graciarse con las trasteadoras; ha de hacerle algún mandado a la cocinera; ha de ser comedido delante de los amos, afable con los niños, y galante con los criados, para mantener su reputación y medrar.3 1
E l aguador d e b í a ser entonces aseado, exacto, diligente, comedido, afable y galante para poder realizar c o n é x i t o su oficio. L a imagen que de él se e l a b o r ó era el ideal al que
aspi-2 9 Ángel Vélez, " E l jarocho", El Museo Mexicano, vol. IV (1844), pp.
60-62.
3 0 Ángel Vélez, "Aguador de Veracruz", El Museo Mexicano, vol. IV (1844),
p.131.
3 1 Ángel Vélez, "Aguador de Veracruz", El Museo Mexicano, vol. IV (1844),
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ran aquellos que u t i l i z a b a n sus servicios, s e ñ a l a b a el lugar social que d e b í a ocupar y las estrategias que r e q u e r í a para mantener el c o n j u n t o de relaciones que le daban c o n d i c i ó n de posibilidad a su existencia.
E n el caso del jarocho, V é l e z explicaba el oficio que desem-p e ñ a b a este t i desem-p o social de acuerdo c o n el c a r á c t e r que se le adjudicaba c o m o p r o p i o :
Los verdaderos jarochos no son inclinados a las labores del cam-po; es trabajosa y m o n ó t o n a la ocupación del agricultor para un alma ardiente y holgazana, para un espíritu pendenciero y amigo d e gloria; por eso es que el verdadero jarocho se dedica mas bien a ganadero, matador de reses o chalán, y casi nunca por su gusto a marinero ni soldado, aunque tenga inclinación a la guerra y a la mar.3 2
D e la misma f o r m a , la manera c o m o vivía su d í a a d í a , estaba marcada p o r la esencia que parecía constituir la "raza" a la que p e r t e n e c í a el j a r o c h o : " u n a raza diferente de la general en la R e p ú b l i c a " . Su f o r m a de hablar, su vestido, sus temores y el lugar que e s c o g í a para v i v i r h a c í a n del j a r o c h o u n t i p o susceptible de ser diferenciado:
Sobrio en sus comidas, aunque no abstemio, aseado en su per-sona y ropa, cortes y comedido con los blancos (que así llaman a la gente decente); galante con las mujeres de su clase, sin aspirar a mas altura; grave en su semblante, franco en su trato, bullicioso con sus iguales, amigo de los bailes, músicas, roman-ces y versos, de que tiene provisión abundante en su memoria; aficionado al juego de naipes; poco trabajador; enemigo del
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robo; amante de su país o de su casa, como los gatos; indolente para adelantar; rutinero y poco industrioso: tal es el carácter general del verdadero jarocho.3 3
V é l e z , siguiendo el estilo costumbrista, se aproximaba a los tipos de su r e g i ó n o b s e r v á n d o l o s c o m o objetos de estu-d i o . Aguaestu-dores y jarochos c o n f o r m a b a n su universo, sin embargo, se diferenciaba de ellos, no los miraba como sus iguales, sino como unos otros que ubicaba m á s abajo respec-t o a él en la escala social. Se s u p o n í a que cada individuo debía establecer una manera particular de relaciones de acuerdo con esta estratificación: el jarocho era galante con las mujeres de su clase y bullicioso c o n sus iguales; c o n los blancos era c o r t é s y comedido. A s í , la d e s c r i p c i ó n del t i p o tenía, en el caso de V é l e z , la doble f u n c i ó n de clasificar los grupos socia-les regionasocia-les para incluirlos en la galería de tipos nacionasocia-les y de reafirmar el lugar social que ocupaban.
E n La Ilustración, algunos a ñ o s m á s tarde, a p a r e c i ó una ú n i c a referencia a u n t i p o que p o d r í a estar dentro de la gale-ría de los tipos nacionales: los rancheros; sin embargo, éste n o t e n í a la especificidad que c a r a c t e r i z ó a los que se plantea-r o n en pplantea-rimeplantea-ra instancia en El Museo — c o m o la china pobla-na, el jarocho, o la vendedora de c h í a — , p o r el contrario, su d e f i n i c i ó n engloba a sectores m á s amplios de la sociedad:
Una parte no despreciable de la población de nuestro suelo, se compone de la clase agricultora; clase importante, y de la que luego a luego pudiéramos hacer dos grandes divisiones. La una dedicada especialmente a los trabajos de la labranza, y
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO X I X 1189
compuesta de indígenas, comúnmente llamados peones: la otra consagrada a la cría y cuidado del ganado caballar y vacuno, distinguida con el nombre de rancheros, y muchas veces con el de gente de r a z ó n .3 4
Las diferenciaciones regionales empezaban a desaparecer en la r e p r e s e n t a c i ó n , así c o m o la amplia gama de oficios; p o r el c o n t r a r i o , se enfatizaba el contraste estamental asociado c o n el lugar social que se ocupaba en r e l a c i ó n c o n el origen:
Bien puede decirse que el ranchero no es azteca de sangre pura: al derramarse los conquistadores en la tierra conquistada, fue-ron naturalmente mezclándose la raza de los vencedores y los vencidos, y los hijos de los pobladores europeos, conservaron siempre la natural preeminencia del triunfo sobre la nación subyugada. De aquí esta distinción que aun hoy se nota: de aquí que el ranchero sea siempre en las haciendas mayordomo, capo-ral, capataz, siempre jefe mas o menos subalterno de los simples trabajadores: de aquí, por último, esa mezcla en que se revela la sangre española y la indígena, formando la base del carácter que hace de los rancheros un tipo especialmente nacional.3 5
E l ranchero se c o n v e r t í a entonces en u n arquetipo nacio-nal, en el ideal de habitante del campo p o r su origen y su p o s i c i ó n social. Era el mestizo que mediaba la relación entre los peones y los hacendados; a d e m á s al ser clasificado c o m o gente de r a z ó n p o d í a responder a las exigencias que el futuro de la n a c i ó n demandaba. N o era el i n d í g e n a aferrado a sus costumbres, sino u n t i p o social m á s a m p l i o y abierto que
3 4 "Rancheros", La Ilustración Mexicana, vol. 1 (1851), p. 129. 3 5 "Rancheros", La Ilustración Mexicana, vol. 1 (1851), p. 129.
1190 AMADA CAROLINA PÉREZ BENAVIDES
p o d í a ser encaminado hacia la civilización: "una clase produc-tiva, que bien dirigida p o d r í a ser ú t i l a nuestra sociedad".3 6
D e este m o d o , entre 1844 (fecha en que se p u b l i c a r o n los v o l ú m e n e s I I I y IV de El Museo) y 1851 se h a b í a p r o d u c i d o u n i m p o r t a n t e cambio en la manera en que se estudiaban los tipos sociales: de unos tipos locales bastante diferenciados que conformaban una galería pintoresca, se p a s ó a la concep-t u a l i z a c i ó n de u n arqueconcep-tipo nacional que dado su c a r á c concep-t e r mestizo y su relativa independencia, p o d r í a ser la base sobre la cual se l o g r a r í a la t r a n s f o r m a c i ó n del p a í s en el camino hacia el progreso.
Pasando de las diferenciaciones regionales y sociales, a las de g é n e r o , o t r o de los personajes que a p a r e c í a n c o n frecuen-cia en los a r t í c u l o s costumbristas, era el de la mujer. Desde las p á g i n a s de El Museo, G u i l l e r m o Prieto h i z o visibles las tensiones que generaba la t r a n s f o r m a c i ó n de su apariencia, para l o cual u t i l i z ó el d i á l o g o entre dos amigos que d i s c u t í a n sobre el m a q u i l l a j e .3 7 E n el texto se presentaba u n t i p o de
mujer que c u b r í a su rostro para mantenerse siempre hermo-sa, una mujer convertida en p i n t u r a , a la que se le o p o n í a la frescura y l o z a n í a , la alegría y la franqueza, en f i n , la since-ridad de aquella que m a n t e n í a su r o s t r o al natural.
E n este m i s m o sentido, en El Álbum a p a r e c i ó u n a r t í c u l o denominado "Balanza A m o r o s a " en el que se contrastaban, en u n t o n o jocoso, varios tipos de mujer en r e l a c i ó n c o n la demanda amorosa que t e n í a n , exaltando las cualidades de unas y subrayando los defectos de otras. U n o de los tipos
3 6 "Rancheros", La Ilustración Mexicana, v o l . 1 (1851), p. 131.
3 7 Fidel, " E l café. Diálogos, en El Progreso", El Museo Mexicano, vol. IV
PUBLICACIONES MEXICANAS DEL SIGLO XIX 1191
que se exaltaba era el de las amables: " S i n pretensiones europeas, sin soponcios n i afecciones de nervios, de vestido honesto y decentes (escasean y hay p e d i d o s ) "3 8 al que se le
c o n t r a p o n í a n las mujeres i m p í a s :
Impías (doncellonas de los 25 a los 40). Este género era des-conocido antes en este mercado: el trato con estrangeros, que fueron cerrajeros en su tierra y son aquí personages, los dra-mas románticos y algunas novelas que han leído sin el debido criterio, como el Judío Errante, confundiendo lo que se dice contra los abusos y aplicándolo al dogma, ha hecho aparecer este artículo.3 9
D e acuerdo c o n el autor, mientras que las amables n o t e n í a n pretensiones europeas y usaban vestido honesto, las i m p í a s aparecieron en M é x i c o debido al trato c o n extran-jeros y a las lecturas hechas sin criterio. A s í , el eje central que diferenciaba a u n t i p o de m u j e r del o t r o era la p o s i -c i ó n que adoptaban frente a l o extranjero: eran amables las que se m a n t e n í a n alejadas de esas modas, e i m p í a s las que las adoptaban. Por otra parte, el trato de los hombres ha-cia las mujeres, d e p e n d í a de la d e c i s i ó n que éstas t o m a r a n respecto al t i p o de mujer que q u e r í a n ser: h a b í a pedidos de mujeres honestas, las i m p í a s , en cambio, eran despreciadas. Para completar este cuadro, el autor del a r t í c u l o consti-t u y e u n arqueconsti-tipo de feminidad: la m u j e r - m « ; e r :
Aplicase este nombre como adjetivo a las hacendosas y aptas para los quehaceres domésticos. Este género escaseó mucho
3 8 "Balanza Amorosa", El Álbum Mexicano, vol. I (1844), p. 85. 3 9 "Balanza Amorosa", El Álbum Mexicano, vol. I (1844), p. 86.
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en el malhadado imperio del romanticismo; hoy vuelve a aparecer aun entre las señoritas de buen tono, educadas a la mexicana.4 0
A s í se d e s c r i b í a c ó m o la m u j e r mexicana, d e s p u é s de haberse p e r d i d o p o r los caminos del r o m a n t i c i s m o , v o l v í a a ser una a u t é n t i c a representante de su t e r r i t o r i o : la mujer a r q u e t í p i c a era la que se encargaba de su casa y la que h a b í a sido educada "a la mexicana". Siguiendo este m o d e l o , en el a r t í c u l o " L a mujer perfecta", o t r o autor p l a n t e ó u n arque-t i p o de mujer, p o r o p o s i c i ó n , que c o i n c i d í a c o n los valores y actitudes expresados en los dos escritos analizados ante-riormente: "en cuanto a sus cualidades morales, s e r á n las si-guientes: genio m u y violento, unas veces traidora y suspicaz, otras, afecta a la m u r m u r a c i ó n ; gastadora, apasionada p o r el lujo, los bailes y los paseos; envidiosa, amiga de chismes y de enredos."4 1
A p a r e c í a nuevamente el m o d e l o de una mujer tranquila, fiel, ingenua, reservada y ahorradora. L a insistencia en este a r q u e t i p o c u m p l í a a q u í la f u n c i ó n de a f i r m a c i ó n de una forma de ser y de relacionarse frente al conjunto de transfor-maciones que se p e r c i b í a n c o m o ajenas a l o nacional. A s í , las distinciones de clase, de raza o de r e g i ó n que p a r e c í a n f r o n -teras inquebrantables en los escritos de V é l e z , se r o m p í a n en el c o n j u n t o de estos a r t í c u l o s en los que l o que estaba en juego era una d i f e r e n c i a c i ó n de g é n e r o .
Para finalizar el estudio de los actores sociales se a n a l i z a r á el conjunto de personajes que aparecieron en La Ilustración;
4 0 "Balanza Amorosa", El Álbum Mexicano, vol. I (1844), p. 86.
4 1 E l Bibliotecario, " L a muger perfecta", El Álbum Mexicano, v o l . I
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é s t o s m á s que u n t i p o social regional o clasificado p o r su oficio o p o r cuestiones de g é n e r o , se c o n s t i t u í a n c o n base en el análisis de sus virtudes o defectos. E n Los distraídos y en El hombre eco, Zarco t r a t ó de describir los sentimientos y las ideas de unos personajes cuyas actitudes frente a la vida i n t e n t ó explicar. Sin embargo, sus escritos t a m b i é n reafirma-ban el orden social c o n u n espacio delimitado para cada cual:
La sociedad tiene hombres cuyo oficio es o debe ser pensar; tal como el literato, el diputado, el ministro, el médico, y en éstos no se extraña la distracción. Tiene también hombres cuya misión es puramente mecánica, como copiar, contar, dar vueltas a una máquina, y ya se ve que cualquier pensamiento un poco grave basta a impedir que tales individuos llenen sus obligaciones.4 2
A u n q u e y a no se refería e s p e c í f i c a m e n t e a u n t i p o c o m o el jarocho o el aguador, Zarco t a m b i é n reafirmaba el orden social y su estatismo, cada cual d e b í a dedicarse a l o suyo en una sociedad d i v i d i d a entre quienes su oficio era pensar y quienes desarrollaban actividades m e c á n i c a s . Esta idea v o l v i ó a plantearla en El hombre eco:
Yo no sé si discurrir es m é r i t o o casualidad, ni me meteré a indagar si podemos o no perfeccionar nuestras facultades intelectuales; pero lo que si veo, es que unas gentes piensan y otros no; que unos juzgan, y otros no; y que estos últimos jamás confiesan su nulidad, y se conforman con seguir las opi-niones agenas.43
4 2 Fortun, "Los Distraídos", El Álbum Mexicano, vol. I (1844), p. 69. 4 3 Fortun, " E l Flombre eco", El Álbum Mexicano, vol. I (1844), p. 132.
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E n este fragmento Zarco s e ñ a l ó de nuevo el p r o b l e m a del pensamiento; mientras que en el fragmento anterior la o p o s i c i ó n se daba en t o r n o del t i p o de actividad que se de-sarrollaba (actividades intelectuales/actividades m e c á n i c a s ) , en éste la o p o s i c i ó n era entre aquellos que eran capaces de pensar y juzgar p o r sí mismos y quienes d e p e n d í a n de las opiniones de otros para formarse u n criterio, tema relacio-nado c o n el de la a m p l i a c i ó n del sufragio, u n o de los debates p o l í t i c o s centrales de mediados de siglo.
O t r o de los grandes debates era el relacionado c o n la d e f i n i c i ó n del p u e b l o , y a q u í t a m b i é n Z a r c o d e s e m p e ñ ó u n papel i m p o r t a n t e en la c o n s t r u c c i ó n ideal de esta cate-g o r í a . Por el i n t e r é s que presenta el a r t í c u l o transcribimos buena parte de él:
El pueblo es el conjunto de las familias honradas, es la masa de los que trabajan, de los que piensan, de los que mantienen la paz y el orden en la sociedad.
El pueblo no corre, ni se agita en pos de honores, ni de pompas engañosas. El pueblo está derramado por todas partes, fecundando y nutriendo al país, como la sabia que circula por el ramaje délas plantas.
El pueblo se compone de la multitud tranquila, pacífica, industriosa y útil;
De los labradores que riegan la tierra con el sudor de su rostro para arrancarle su sustento y el de los demás;
De los pastores que cuidan ganados y rebaños;
De los marineros que vagan a merced de las olas, estendiendo por el mundo la fama de su patria;
De todos los artesanos que viven y hacen vivir a sus hijos del mezquino fruto de su trabajo; del albañil que construye sober-bios edificios; del tapicero que los decora de bella mueblería; del
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que teje todas las telas; del que les da forma para que sirvan de vestido; del que baja a las entrañas de la tierra para arrancar-le sus tesoros; del que forja el fierro haciendo instrumentos de labranza que multiplican las fuerzas del hombre; del que trabaja, en fin, en cosas útiles y provechosas para la sociedad;
De los sacerdotes llenos de virtud y de miseria que llevan la luz del cristianismo a los salvages, o ejercen en la aldea las funciones modestas del párroco, erigiéndose en padres de la indigencia y de la desgracia;
De los artistas que pasan su vida estudiando la naturaleza para dar vida al mármol o al bronce, para trasladar sobre telas la hermosura de la creación o para impregnar el viento de armonía; De los médicos que comprenden los portentos de la ecsis-tencia del hombre y consagran sus facultades todas a aliviar las dolencias que al cuerpo causan el trabajo o la corrupción;
De los filósofos que estudian la verdad, y de los poetas que tienen verdadera inspiración;
De los abogados que defienden los principios inmutables de la justicia;
El pueblo es, pues, la fuerza, la inteligencia y el trabajo. El
pueblo es el alma y la vida de las sociedades.44
Este p u e b l o que Z a r c o d e s c r i b í a era el personaje cen-t r a l del relacen-to nacional; las diferencias que los cen-tipos h a b í a n c o n s t i t u i d o unos a ñ o s antes, p e r d í a n sus especificidades en este t e x t o , para convertirse en una m u l t i t u d encaminada hacia u n ideal, una c o m u n i d a d que era el alma y la vida de las sociedades. U n pueblo h o n r a d o , trabajador, t r a n q u i l o , p a c í f i c o , industrioso y ú t i l era el que representaba el arque-t i p o de ciudadano que Zarco p r o p o n í a ; cada cual desde su
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oficio desarrollaba una i m p o r t a n t e tarea en beneficio de la sociedad. Labradores, pastores, marineros, artesanos, alham-íes, tapiceros, sastres, mineros, sacerdotes, artistas, m é d i c o s , filósofos, poetas y abogados entraban en esta c a t e g o r í a , se homogenizaban en la medida en que prestaban u n servicio a la sociedad.
Así, el análisis del escrito de Zarco sobre el p u e b l o per-mite hacer visibles los dispositivos que se pusieron en juego en La Ilustración para realizar el t r á n s i t o entre los t i p o s particulares, que h a b í a n aparecido en El Museo y en El Álbum, y los arquetipos nacionales. L a mujer perfecta, los rancheros y el p u e b l o c o n s t i t u í a n u n ideal que se p r o p u s o c o m o m o d e l o al c o n j u n t o de la p o b l a c i ó n ; las diferencias regionales se d e s v a n e c í a n mientras que se m a n t u v i e r o n las oposiciones de g é n e r o y cierta d i f e r e n c i a c i ó n social conce-bida c o m o garante del orden.
CONCLUSIONES
A l estudiar u n c o n j u n t o de escritos e i m á g e n e s c o s t u m b r i s -tas teniendo en cuenta no s ó l o su naturaleza descriptiva, sino el t i p o de mirada que articulaban, se ha p o d i d o visualizar la f o r m a c o m o en ellos está presente u n dispositivo complejo que, p o r una parte, reforzaba el ordenamiento social y, p o r otra, p r o p o n í a arquetipos de ciudadanos que p u d i e r a n ser encaminados hacia la civilización y al progreso sin perder las c a r a c t e r í s t i c a s que los h a c í a genuinamente nacionales.
Así, en las representaciones que los costumbristas elabo-r a elabo-r o n de los actoelabo-res, los escenaelabo-rios y las elabo-relaciones sociales se despliegan algunas respuestas culturales planteadas p o r u n grupo de letrados frente a las tensiones que atravesaba una
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sociedad en t r a n s i c i ó n , c o m o l o era la mexicana de mediados del siglo XIX. E n los escritos y las ilustraciones costumbristas se articulan tanto los derroteros de progreso y civilización, c o m o la necesidad de conservar el orden social y la t r a d i -c i ó n , de manera que en ellos se presenta s i m u l t á n e a m e n t e la mirada hacia l o p r o p i o y l o e x t r a ñ o y la perspectiva de f u t u r o y de pasado. Las formas particulares en las que se d i o esta articulación espacial y temporal, visualizan, en ú l t i m a instan-cia, los bosquejos a p a r t i r de los cuales se i n t e n t ó configurar una identidad distintiva para una n a c i ó n que aspiraba a estar presente t a m b i é n en el concierto de las naciones civilizadas.
E n este sentido, la i n v e s t i g a c i ó n realizada ha p e r m i t i -d o p r o p o n e r u n m o -d e l o -de a n á l i s i s que p o -d r í a afinarse c o n el f i n de desarrollar u n trabajo en el que se i n c o r p o r e u n conjunto de escritos y de i m á g e n e s m á s amplio para así c o r r o b o r a r algunas de las h i p ó t e s i s a q u í planteadas.
Por su parte, u n estudio minucioso de las diferentes revis-tas m i s c e l á n e a s h a r í a posible observar si la t r a n s f o r m a c i ó n que ocurre entre la d é c a d a de los a ñ o s cuarenta y cincuenta en las publicaciones impulsadas p o r C u m p l i d o , se puede generalizar al c o n j u n t o de producciones de t i p o c o s t u m -brista. A l m i s m o tiempo, v a l d r í a la pena examinar la r e l a c i ó n que tiene esta t r a n s f o r m a c i ó n c o n la r e c e p c i ó n de nuevas corrientes literarias y de pensamiento como la novela realista y las ideas evolucionistas.
D e l m i s m o m o d o sería i m p o r t a n t e considerar el v í n c u l o entre los escritos y las i m á g e n e s costumbristas y la mirada que c o n s t i t u y e n los viajeros extranjeros de M é x i c o , y los mexicanos sobre el resto del m u n d o . Los libros ilustrados de viajes se siguieron produciendo durante la segunda m i t a d del siglo X I X y , p r o b a b l e m e n t e , los temas que escogieron los
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costumbristas estaban relacionados c o n la m i r a d a de los viajeros ya sea p o r a s i m i l a c i ó n o p o r o p o s i c i ó n . Igualmente, t a n t o en las revistas m i s c e l á n e a s , c o m o en los escritos de i m p o r t a n t e s autores costumbristas c o m o M a n u e l Payno, siguieron apareciendo representaciones del resto del m u n d o que p u d i e r o n c o n s t i t u i r el espejo a t r a v é s del cual se elabo-r a elabo-r o n las i m á g e n e s de l o p elabo-r o p i o .
Por ú l t i m o , queda el campo abierto para la i n v e s t i g a c i ó n sobre los grados y las particularidades que tiene la r e c e p c i ó n de este t i p o de textos e ilustraciones. Si bien sabemos que estaban dirigidos a los sectores letrados de las clases medias y altas, queda pendiente el e s t u d i o de los alcances y los l í m i t e s que tienen los modelos costumbristas en cuanto a la manera c o m o los a p r o p i a r o n o se identificaron con ellos sectores m á s amplios de la p o b l a c i ó n mexicana.
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