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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS ( B1/ B2) EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA, DOM PEDRITO/RS

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Academic year: 2020

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(1)AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS ( B1/ B2) EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA, DOM PEDRITO/RS. João Olavo Severo de Vargas 1 Alessandra Dall Asta 2 Ana Paula Simões Menezes 3 Patricia Albano Marino 4. Resumo: No mundo, cerca de 400 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais. E os fármacos que atuam frente a tais problemas são os chamados psicotrópicos ou piscofármacos. Observando a grande capacidade de indução a dependência química que essas drogas promovem, as mesmas são sujeitas a controle especial. Visando melhorar seu controle e fiscalização, em 1998 o Ministério da Saúde criou a Portaria n.º 344/98, que define especificações para sua prescrição e venda. O atendimento ao paciente tem início com a prescrição médica, que concebe por escrito a ideia do profissional prescritor, permitindo assim, ao paciente conseguir os medicamentos e as instruções para o tratamento. Diante deste contexto, o presente trabalho teve como objetivo estudar a qualidade de notificações de receitas de psicotrópicos (B1 e B2) aviadas em uma farmácia comunitária do município de Dom Pedrito-RS.Este estudo caracterizou-se por ser observacional descritivo e transversal, sendo realizado em uma farmácia localizada na zona central do município de Dom Pedrito (RS). No estabelecimento farmacêutico foram avaliadas retrospectivamente todas as notificações de receitas contendo medicamentos psicotrópicos (B1 e B2) aviadas e retidas entre os meses de janeiro e junho do ano de 2017. As variáveis observadas em relação à qualidade das notificações de receitas de psicotrópicos foram a presença de dose da medicação, posologia, duração do tratamento e a forma de uso. Ainda, foi observada a legibilidade da receita conforme a subjetividade do avaliador, o qual não apresentava domínio de leitura de receituários médicos. Os dados foram transcritos em uma planilha e posteriormente expressos em porcentagem. A coleta das informações foi realizada posteriormente ao aceite e concordância do responsável técnico e proprietário da farmácia em ceder os dados de pesquisa. Os dados do estudo revelaram que das 509 prescrições analisadas, a totalidade contava com o tempo de duração do tratamento. Em relação a posologia e dose, respectivamente, 503 (98,8%) e 498 (97,8%) das prescrições estavam munidas destes dados. E em questão da legibilidade evidenciou-se que 401 (78,7%) prescrições estavam legiveis. Constatou-se que 247 (48,6%) das prescrições não contavam com a forma de uso do medicamento prescrito.Os resultados observados na pesquisa mostram de uma forma geral que a qualidade das notificações de receitas aviadas no local estudado está em conformidade, entretanto, sugere uma.

(2) reflexão, a necessidade de conscientizar ou treinar prescritores para o correto preenchimento de todas as informações informadas em lei, disponibilizando-as não apenas para o usuário, mas também para o dispensador, que é parte fundamental do processo.. Palavras-chave: Qualidade, notificações de receitas, psicotrópicos. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS ( B1/ B2) EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA, DOM PEDRITO/RS 1 Aluno de graduação. joaoolavoseverodevargas@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. alessandrapdallasta@gmail.com. Co-autor 3 Docente. anamenezes@urcamp.edu.br. Orientador 4 Docente. patriciamarino@urcamp.edu.br. Co-orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(3) AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS B1 E B2 EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DE DOM PEDRITO/RS.. 1. INTRODUÇÃO No mundo, cerca de 400 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais (SEBASTIÃO & PELÁ, 2004). Os fármacos que interagem frente tais problemas são psicotrópicos ou psicofármacos, sendo definidos como aqueles que afetam o humor e o comportamento (RANG et al., 2007). Tendo em vista a capacidade de indução a dependência química que essas drogas promovem as mesmas são sujeitas a controle especial. Visando melhorar seu controle e fiscalização, em 1998 o Ministério da Saúde criou a Portaria n.º 344/98, que define especificações para sua prescrição e venda. Esta portaria traz a seguinte classificação das substâncias: A1 e A2substâncias entorpecentes; A3, B1 e B2- substâncias psicotrópicas; C1- substâncias sujeitas a controle especial e que podem causar dependência física ou química; C2substâncias retinóicas; C3- substâncias imunossupressoras; C4- substâncias antiretrovirais; C5- substâncias anabolizantes e D1 e D2- substâncias precursoras utilizadas para a obtenção de entorpecentes ou psicotrópicos (BRASIL, 1998). Segundo Azevedo et al. (2011) o atendimento ao paciente tem início com a prescrição médica, que concebe por escrito a ideia do profissional prescritor, permitindo assim, ao paciente conseguir os medicamentos e as instruções para o tratamento. É de sua responsabilidade organizar as prescrições de medicamentos que tragam, na forma mais completa, as informações transcritas no receituário, sendo essas legíveis, concisas e objetivas, buscando assim evitar dúvidas e equívocos dos pacientes e dos profissionais que venham atendê-los (ARRUDA; MORAIS & PARTATA, 2012). Diante deste contexto, o presente trabalho teve como objetivo estudar a qualidade de notificações de receitas de psicotrópicos (B1 e B2) aviadas em uma farmácia comunitária do município de Dom Pedrito-RS. 2. METODOLOGIA Este estudo caracterizou-se por ser observacional descritivo e transversal, sendo realizado em uma farmácia localizada na zona central do município de Dom Pedrito (RS). No estabelecimento farmacêutico foram avaliadas retrospectivamente todas as notificações de receitas contendo medicamentos psicotrópicos (B1 e B2) aviadas e retidas entre os meses de janeiro e junho do ano de 2017. As variáveis observadas em relação à qualidade das notificações de receitas de psicotrópicos foram a presença de dose da medicação, posologia, duração do tratamento e a forma de uso. Ainda, foi observada a legibilidade da receita conforme a subjetividade do avaliador, o qual não apresentava domínio de leitura de receituários médicos. Os dados foram transcritos em uma planilha e posteriormente expressos em porcentagem..

(4) A coleta das informações foi realizada posteriormente ao aceite e concordância do responsável técnico e proprietário da farmácia em ceder os dados de pesquisa. 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO No período do estudo foi possível observar 509 notificações de receitas B1 e B2, em que a totalidade contava com o tempo de duração do tratamento. Em relação a posologia e dose, respectivamente, 503 (98,8%) e 498 (97,8%) das prescrições estavam munidas destes dados. Em relação à legibilidade dos dados evidenciou-se que 401 (78,7%) prescrições tinham legibilidade dos dados contidos, sendo todos estes requisitos contidos na Portaria n.º 344/98. Constatou-se que 247 (48,6%) das prescrições não contavam com a forma de uso do medicamento prescrito, como mostra a tabela 1. Tabela 1: Descrição da qualidade de prescrições de psicotrópicos (B1/B2). Farmácia Comunitária. Dom Pedrito, RS. 2017. Variáveis. N=509. 100%. Legibilidade. 401. 78,7. Dose. 498. 97,8. Posologia. 503. 98,8. Duração do tratamento. 509. 100. Forma de usar. 247. 48,6. Os dados encontrados nesta pesquisa para as variáveis dose (97,8%) e duração do tratamento (100%) vão ao encontro dos dados levantados por Sousa et al. (2014), que encontraram dados similares para as mesmas variáveis (dose - 97%; duração do tratamento- 98%). Porém os números divergem um pouco quando se analisa a variável posologia, que no presente estudo se evidenciou em 98,8% das prescrições aviadas, enquanto Sousa et al. (2014) trazem em seus estudos 86% das prescrições estudadas contendo esta informação. Sendo a prescrição o contado de ordem médica encaminhada ao farmacêutico para a execução do tratamento medicamentoso do paciente, a falta de dados na mesma pode levar a uma interferência na comunicação entre os profissionais, prejudicando e podendo levar a erros de medicação ao usuário. Tais prescrições levam a uma perda de eficiência na prática de dispensação dos medicamentos, trazendo risco para a efetividade da atenção farmacêutica ao paciente (SILVÉRIO & LEITE, 2010). Para Cohen (1999), a responsabilidade de elaborar uma prescrição medicamentosa que traduza de forma a não restar dúvidas das informações que serão passadas para todos os profissionais que utilizam este documento cabe ao prescritor. Ainda para ele, uma prescrição, para estar correta, deve estar composta dos seguintes elementos: nome e dados específicos do paciente, nome genérico ou comercial do medicamento, dosagem, forma farmacêutica, quantidade a ser dispensada, instruções completas para o uso (incluindo via de administração e.

(5) frequência), motivo da prescrição e número de unidades ou duração da terapia. O que contrasta, principalmente, com os apenas 51,4% de receitas contendo a forma que o paciente deve usar o medicamento, mostrando assim, a falta de informações importantes que lhes é restrita. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados observados na pesquisa mostram de uma forma geral que a qualidade das notificações de receitas aviadas no local estudado está em conformidade, entretanto, sugere uma reflexão, a necessidade de conscientizar ou treinar prescritores para o correto preenchimento de todas as informações informadas em lei, considerando que o modo de uso dos fármacos prescritos esteve ausente em quase metade das notificações observadas. Considera-se também que o objeto do estudo refere-se a categoria de medicamentos com ação direta no Sistema Nervoso Central, o que expressa um risco aos pacientes frente ao mau uso desses fármacos, podendo levar a um retrocesso significativo no tratamento ou até mesmo ao óbito do paciente. Nesse contexto, o farmacêutico no momento da dispensação ativa, torna-se imprescindível para suprir a ausência de informações em notificações de receitas. 5. REFERÊNCIAS ARRUDA, E.L.; MORAIS, H.L.M.N.; PARTATA, A.K. Avaliação das Informações Contidas em Receitas e Notificações de Receitas Atendidas na Farmácia do CAPS II Araguaína-TO. Revista Científica do ITPAC, 2012; 5(2). AZEVEDO, L.S.; PEREIRA, L.J.; ZANGERÔNIMO, M.G.; SOUSA, R.V.; MURGAS, L.D.S.; MARQUES, L.S.; CASTELO, P.M.; PEREIRA, C.V. Avaliação da adequação legal de receitas e notificações de receitas de medicamentos sujeitos a controle especial dos setores públicos e privado. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, 32(3): 401-407. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 344 de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, Brasília, 31 de dezembro 1998. [acessado 2017 mai 28]. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/26291>. 1998. COHEN, M.R. Medication errors: causes, prevention and rick management. Washington American Pharmaceutical Association; 1999. RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER; J.M.; FLOWER, R.J.; HENDERSON, G. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. SEBASTIÃO, E.C.O.; PELÁ, I.R. Consumo de psicotrópicos: análises das prescrições ambulatoriais como base para estudos de problemas relacionados de medicamento. Seguimento Farmacoterapêutico, 2(4): 250-256. 2004. SILVÉRIO, M.S.; LEITE, I.C.G. Qualidade das prescrições em município de Minas Gerais: Uma abordagem farmacoepidemiológica. Revista da Associação Médica Brasileira, 56(6): 675680. 2010. SOUSA, L.M.G.; TORRES, M.L.D.; MELO, G.C.; MAGALHÃES JÚNIOR, A.A.; FIRMO, W.C.A. Estudo de prescrições médicas de psicotrópicos de uma farmácia.

(6) comercial no município de Santa Inês, Maranhão, Brasil. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p.2428-2440. 2014..

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Tabela  1:  Descrição  da  qualidade  de  prescrições  de  psicotrópicos  (B1/B2).  Farmácia  Comunitária

Referencias

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