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JANELA PARA O MUNDO: APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS

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Academic year: 2020

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(1)JANELA PARA O MUNDO: APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS. Nívea Maria Perdomo de Moura 1 Katia Luciane Souza da Rocha 2 Jefferson Marcal Da Rocha 3. Resumo: Este relato descreve atividades desenvolvidas com uma turma de segundo ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Fernando Abbott (EEEMFA), São Gabriel - RS. Motivado pela percepção da professora quanto a necessidade de ampliação da linguagem oral e fluência da leitura, visando formar novos leitores com posicionamento crítico na sua oralidade e escrita. A turma apresentava diferentes níveis de leitura e escrita, para motivá-los fez-se necessário que eles conhecessem diversos autores: quem eram essas pessoas que mesmo estando longe nos permitiam sonhar seus sonhos e ver através de suas janelas (livros)? Inicialmente a professora selecionou obras de autores consagrados e com temas de interesse dos alunos para serem contadas em sala de aula. A professora contava, diariamente, estórias no denominado "tapete da leitura", e apresentava autores como Monteiro Lobato, Vinícius de Moraes, Esopo, Tatiana Belinky, Ruth Rocha, Ferreira Gullar, Eva Furnari, Ziraldo, entre outros. Aos poucos estes nomes foram fazendo parte do dia a dia das crianças, com suas estórias e poesias. Num segundo momento a professora desafiou os alunos a escreverem suas próprias estórias, pequenos textos e contos, para serem lidos neste "tapete" onde agora, além de ouvintes, as crianças transformaram-se em autores e ilustradores das suas próprias obras. Cada criança, agora autor, passou a contar suas estórias e expressar-se, espontaneamente, posicionando-se criticamente. Finalmente, as crianças foram desafiadas a dramatizarem e apresentarem suas estórias na escola. O projeto Janela para o Mundo, propiciou um estímulo na leitura e produção de textos escritos, envolvendo a família e a escola, promovendo a integração entre os diferentes níveis oportunizando a professora trabalhar com livros que tornam as crianças mais criativas, cheias de ideias e encorajam-nas a contar suas aventuras. A partir do projeto "Janela Para o Mundo", percebeu-se que os alunos passaram a se interessar mais pela leitura e a escrita. Foi um desafio para que em conjunto toda a turma fosse cúmplice do ato de aprender e ensinar, despertando a curiosidade e propiciando questionamentos sobre diversos temas transversais ao currículo como: diferença de gêneros, machismo, feminismo, entre outras temáticas atuais. Trabalhar com estória em sala de aula forma mais que leitores, torna os alunos seguros e capazes de interagir com o outro, mostrando seu universo com suas estórias e participando das estórias dos colegas, promovendo assim, um crescimento mútuo e contínuo, além de se tornarem mais próximos e amigos..

(2) Palavras-chave: EDUCAÇÃO, ALFABETIZAÇÃO, LITERATURA INFANTIL, LEITURA , ESCRITA. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. JANELA PARA O MUNDO: APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS 1 Aluno de graduação. niveapmoura@gmail.com. Autor principal 2 SUPERVISORA DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DR. FERNANDO ABBOTT.. katialucianesouzadarocha@gmail.com. Co-autor 3 Docente. jeffersonrocha@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) JANELA PARA O MUNDO: APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE ESTÓRIAS 1 INTRODUÇÃO Este relato descreve atividades desenvolvidas com uma turma de segundo ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Fernando Abbott (EEEMFA), São Gabriel - RS. Motivado pela percepção da professora quanto necessidade de ampliação da linguagem oral e fluência da leitura, visando formar novos leitores com opiniões e posicionamento oral e escrito, propôs-VH DWUDYpV GD ³FRQWDomR´ GH HVWyULDV DX[LOLDr nesse processo de aquisição e construção de hipóteses, buscando uma evolução na expressão oral e produção de texto. Para a mestre Tatiana Belinky (1990) a fantasia é tudo, o livro é um objeto mágico, muito maior por dentro do que por fora. Por fora, ele tem a dimensão real, mas dentro dele cabe um castelo, uma floresta, uma cidade inteira. Um livro a gente pode levar para qualquer lugar. E com ele se leva tudo. Quanto mais cedo o professor der a oportunidade da criança entrar em contato com este objeto mágico maiores serão as chances de formarmos futuros leitores, e levá-los desde cedo a compartilhar as estórias o que os faz mais que somente leitores mas multiplicadores desta importante fonte de informação, imaginação e cultura. Segundo os dados da revista Crescer de junho de 2013, revelou que estórias do tipo ³HUD XPD YH]´ HVWmR ILFDQGR FDGD YH] PDLV DEDQGRQDGDV (VWH OHYDQWDPHQWR FRP PLO SDLV procurava levantar os hábitos de leitura em casa. Apenas 33% deles afirmaram ler estórias para os filhos antes de dormir. Já para 50%, as crianças preferem mesmo é gastar este tempo com TV, tablet e videogame. 1D WHQWDWLYD GH HVWLPXODU D OHLWXUD p TXH VXUJLX R SURMHWR ³-DQHOD SDUD R 0XQGR´ $ turma apresentava diferentes níveis de leitura e escrita, para motivá-los fez-se necessário que eles conhecessem diversos autores: quem eram essas pessoas que mesmo estando longe nos permitiam sonhar seus sonhos e ver através de suas janelas (livros)? Assim surgiu um projeto chamado Janela para o mundo. Platão e Fiorin (1997, p. UHVVDOWDP TXH ³> @ p QR WH[WR H SHORV WH[WRV TXH R DOXQR vai adquirir a competência de operar criativamente com os dados armazenados, com um tipo GH VDEHU FDGD YH] PDLV UDUR QD FRQWHPSRUDQHLGDGH H TXH SUHFLVD VHU UHFXSHUDGR´ 2 TXH QRV levou a observar cada vez mais cada um dos alunos e observar que todos possuíam muitas informações sobre a realidade, mas estavam organizando seu pensamento de forma a estabelecer e argumentar estas informações. $ HVVH UHVSHLWR &DJOLDUL S SURS}H TXH ³> @Dpós os primeiros contatos com a escrita de palavras incentiva-se o aluno a produzir textos do jeito que achar melhor, isso o estimulará a escrever do modo que lhe parecer fácil, correto e aprimorado nas mais diversas VLWXDo}HV´ 4XDQGR HVWHV WH[WRV VmR OLGos aos colegas passam a ter importância e significado para a turma e escrever, se torna cada vez mais atrativo e prazeroso, já que agora todos podem conhecer e viajar através de suas próprias estórias. Para Almeida (2001) Se o caminho que a criança percorre desde o início de sua alfabetização, tiver experiências ricas, prazerosas e destituídas de medos certamente se comunicará com o mundo de forma natural, deixando em suas produções suas próprias marcas, tornando o ato de escrever uma extensão de sua vida, sem dor Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) ou medo, tendo enfim, liberdade de exteriorizar o que sente (ALMEIDA, 2001, p.31).. Dentro deste contexto e do interesse do grupo pelos livros fez uma conexão entre a turma e o conhecimento, visando desenvolver a oralidade e a construção de textos escritos e om sentido que expressem suas ideias e sentimentos, dando ênfase a figura do autor tornando-o familiar ao grupo. Esse sujeito tão importante no processo de produção. 2 METODOLOGIA Esta experiência de ensino foi realizada com alunos do segundo ano do ensino fundamental com idades entre 7 e 8 anos da EEEMFA. A motivação inicial para a realização desta atividade se deu a partir da análise feita pela professora que identificou diferentes níveis de leitura e escrita, tendo a necessidade de mediar a relação entre os alunos e a expressão oral e escrita conforme as etapas a seguir: Inicialmente a professora selecionou obras de autores consagrados e com temas de interesse dos alunos para serem contadas em sala de aula e seus textos abordados nas diferentes áreas do conhecimento. A professora contava, diariamente, estórias no denominado ³tapete da leitura´ GD EEEMFA, e apresentava um a um nomes como Monteiro Lobato, Vinícius de Moraes, Esopo, Tatiana Belinky, Ruth Rocha, Ferreira Gullar, Eva Furnari, Ziraldo, entre outros, e também autores locais como a poetiza gabrielense Ana Rita Petrarca Léo, aos poucos estes nome foram fazendo parte do dia a dia em sala de aula com suas estórias e poesias. Num segundo momento a professora desafiou os alunos a escreverem suas próprias estórias, pequenos textos e contos, para serem lidos no ³tapete´ onde agora além de ouvintes as crianças transformaram-se em autores e ilustradores da sala de aula. Cada criança, agora autor, passou a contar suas estórias e expressar-se espontaneamente para a turma posicionando-se criticamente e mostrando sua realidade. Finalmente, as crianças foram desafiadas a dramatizarem e apresentarem suas estórias para a turma. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO O projeto Janela para o Mundo, propiciou um estímulo na leitura e produção de textos escritos, envolvendo a família e a escola, promovendo a integração entre os diferentes níveis oportunizando a professora trabalhar com textos e livros que tornam as crianças mais criativas, cheias de ideias e encorajam-nas a contar suas aventuras. Pouco a pouco, essas leituras foram tomando uma proporção maior e a turma foi desafiada a dramatizar e apresentar as estórias lidas, então surgiu a necessidade de tornar cada vez mais lúdico e prazeroso o ato de contar estórias e a turma ganhou mais uma amiga, a ³ERQHTXLQKD )HUQDQGD´ TXH YHLR SDUD HQULTXHFHU H HVWUHLWDU HVWH FRQWDWR FRP D HVFROD &RP R objetivo de contar estórias, Fernanda foi levada pela turma para o Ensino Médio em turno inverso, tornado a leitura do livro um presente que deve ser dado e multiplicado em toda a escola. Os alunos leram livros e junto com a boneca levaram um endereço eletrônico (Diário online/ facebook.com), onde também poderiam interagir e contribuir com o projeto, chamado, ³2 'LiULR GD )HUQDQGD´ $SyV D ³ERQHTXLQKD )HUQDQGD´ YROWRX SDUD D VDOD GH DXOD H PRWLYRX D WXUPD QD construção de uma estória coletiva e passou a fazer visitas nas casas de todos os alunos, despertando a curiosidade e propiciando questionamentos sobre diversos temas transversais ao currículo como: diferença de gêneros, machismo, feminismo, e tipos de brinquedos de meninas e meninos. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) Cada visita teve seu registro feito pela família e postado na página do facebook da ³ERQHTXLQKD )HUQDQGD´ WRGRV RV DVVXQWRV RX HVWyrias trabalhadas em casa são compartilhadas e discutidas em sala de aula, promovendo assim uma interação entre a família e a escola. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Desenvolver a linguagem escrita e oral é fruto de estímulos, de imaginação e aguçamento da curiosidade. Para Brandão (2013) as estórias também minimizam aspectos da solidão, já que ampliam várias conexões cerebrais que despertam hormônios do prazer e do relaxamento, quase como uma meditação. "Se você olhar para os olhos de uma criança quando está contanto estórias, vai perceber que eles são ora de admiração, ora de medo e excitação. Isso acontece porque elas estão também aprendendo realidades internas emocionais (p. 156)." $ SDUWLU GR SURMHWR ³-DQHOD 3DUD R 0XQGR´ SHUFHEHX-se que os alunos passaram a se interessar pela leitura e a escrita. Foi um desafio para que em conjunto toda a turma passasse a se interessar pelo aprendizado de todos. Os colegas se viram tornaram-se companheiros no ato GH DSUHQGHU H HQVLQDU PXWXDPHQWH $ ³ERQHTXLQKD )HUQDQGD´ LQVSLrou as famílias a SDUWLFLSDUHP GD ³FRQWDomR´ GH HVWyULDV HQWUH SDLV H ILOKRV QHVWH FDVR R XVR GDV UHGH VRFLDO facebook, serviu como meio de comunicação entre a Escola e as famílias das crianças. Trabalhar com estória em sala de aula forma mais que leitores, torna os alunos seguros e capazes de interagir com o outro, mostrando seu universo com suas estórias e participando das estórias dos colegas, promovendo assim, um crescimento mútuo e contínuo. É nesse processo de interação que se destaca o papel do professor como mediador entre a criança e o livro. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ana Cristina C. Sawaya. Arte no desbloqueio da escrita ± Goiânia: Gráfica e Editora Vieira, 2001. _________. Alfabetização e Linguística. 7. ed. Scipione: São Paulo, 1994. BELINKY, Tatiana. Bidínsula e outros retalhos. São Paulo: Atual, 1990 (Série Conte Outra Vez). CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 6,ed. São Paulo: Scipione, 1993. PLATÃO, Francisco, José Luíz. Lições de texto: Leitura e redação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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