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Un códice visigótico de San Pedro de Cárdena
(Briíish Museum, Addiíional ms. 30055)
D
URANTElos veinticinco últimos años se ha he- cho considerable progreso en la catalogación de los manuscritos visigóticos. Se han publi- cado listas de conocidos ejemplares por el doc- tor E. A. Lowe (i), Profesor Charles Upson Clark (2), P. Zacarías García Villada (3), Dom Donatien de Bruy- ne (4) y don Agustín Millares Cario (5), y aunque los
problemas fundamentales de la escritura visigótica están todavía por resolver, ha parecido probable que la exis- tencia de la mayor parte de los manuscritos visigóticos
(1) "Studia Palaeographica: A contribution to the history of early Latín minuscule and to the dating oí Visigothic MSS.", Sitzungsberichte der KonigUch Bayerischen Akademie der Wis- senschaften, phil.-philol.-hist, Kl. (München, 1910), Nr. 12, pá- ginas 56-76.
(2) "Collectanea Hispánica", Transactions of the Connec- ticut Academy of Arts and Sciences, X X I V (1920), 28-64.
(3) Paleografía Española (Madrid: Centro de Estudios His- tóricos, 1923), págs. 94-126.
(4) "Manuscrits wisigothiques", Révue Bénédictine, XXXVI (1924), 5-20.
(5) Tratado de Paleografía Española (2.a ed., Madrid: Vic- toriano Suárez, 1932).
UN C Ó D I C E V I S I G Ó T I C O DE SAN PEDRO DE CÁRDENA 5 0 9
existentes era ya conocida de los paleógrafos. En reali- dad, el señor Millares Cario expresaba la opinión general
cuando escribió el prólogo de su Contribución al "Cor- pus" de códices visigóticos ( i ) : "Puede decirse que la
totalidad de los (manuscritos visigóticos) existentes es hoy suficientemente conocida, y que los futuros descu- brimientos han de quedar, según toda probabilidad, re- ducidos a hojas sueltas, cuadernos o notas marginales en letra visigótica en manuscritos de otra clase de es- critura." No obstante, la necesidad de nuevas investiga- ciones es indicada por el hecho de que el Museo Británi- co posee un soberbio manuscrito del siglo x, en minúscu- la visigótica y de 233 folios, procedente de la biblioteca de San Pedro de Cárdena, que no está citado en ninguna de las listas de manuscritos visigóticos existentes. El códice que contiene una colección de reglas monásticas fué pedido por el P. Francisco Bivar (f 1634), del mo- nasterio de Nucala, para usarlo al escribir su De veteri
•monachatu (2), y fué descrito por el P. Berganza en sus Antigüedades de España (3). Después de la disolución de los monasterios en 1835 el manuscrito llegó de una manera u otra a Inglaterra, pues fué vendido en la su- basta de Sotheby, en Londres, en una venta, entre el 7 y 10 de junio de 1876, por 133 libras, y desde aque- lla fecha ha estado en el Museo Británico, donde lleva el titulo Additional 30055.
Vimos el manuscrito por primera vez en diciembre de 1932 y poco después mandamos fotografías de va- rias páginas al doctor Lowe. El nos informó de que co-
(1) Madrid: Facultad de Filosofía y Letras de la Universi- dad, 1931), pág. 9.
(2) Dentro de la cubierta anterior hay una carta de fray To- más Gómez, fechada en el monasterio de Santa María de Pala- zuelos, a 8 de mayo de 1656, devolviendo el manuscrito a Cár- dena unos veintidós años después de la muerte de Bivar.
(3) (Madrid, 1719), I, 19-
5 I O BOLETÍN DE LA ACADEMIA DE LA HISTORIA
nocía el libro por la amabilidad de Dom A. Boon, O.
S. B., de la Abadía de Mont César, Louvain (Bélgica), que estaba trabajando sobre su texto. Algunos meses más tarde me puse en comunicación con Dom Boon, quien tuvo la amabilidad de decirme que había usado el manuscrito para preparar su edición de la regla de San Pacomio y que había publicado una breve descripción del mismo en su Pachomiana Latina ( i ) , pero que no tenía el propósito de nuevo estudio del Add. MS. 30053 y me dio permiso para publicar un resumen del manus- crito. Ofrecemos la descripción siguiente del códice de Cárdena como un apéndice a la lista de los manuscritos visigóticos conocidos.
LONDRES, B R I T I S H M U S E U M , A D D I T I O N A L M S . 30055.
Colección de reglas monásticas, procedente de la bi- blioteca de San Pedro de Cárdena (Burgos), en latín, sobre pergamino: 235 X 340 rara., 233 folios a doble columna de 26 a 30 líneas; encuademación marroquí del siglo XIX.
CUADERNOS: P (4 5 6 I 7 8 9 ) ; I P (10-17); I I P (18- 2 5 ) ; I V8 (26-23); falta el cuaderno V ; V I8 34-41); V I I8
(42-49); V I I P (50-57); I X8 (58 59 60 61 I 62 63 X 6 4 ) ; X8 (65-72); X P (73-80); X I P (81-88); X I I I8 (89- 9 6 ) ; X I V8 (97-104); X V8 (105-112); X V P ( 1 1 3 - 2 0 ) ; X V I I8 (121-128); X V I I I8 (129-136); X I X8 (137-144);
X X8 (145-152); X X P (153, 154, 155 X 1 1 5 6 , 1 5 7 , 1 5 8 , 159); X X I P (160-167); X X I I I8 (168-175); X X I V8
(176 - 183); X X V8 (184 - 191); X X V P (192 - 199);
X X V I P (200-207); X X V I I I8 (208-215); X X I X8 (216- 223); X X X8 (224-231); X X X P (232-237).
E S C R I T U R A : El códice está escrito en letra minús- cula visigótica, con títulos de mayúscula visigótica, en tinta roja y verde, y a veces unas líneas de unciales.
Se puede distinguir dos manos. E n la primera, des- (1) (Louvain: Bibliothéque de la Revue d'Histoire d'ecclé- siastique, 1932), págs. XIII-XIV.
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de el fol. 4 recto hasta el fol. 223 verso, no se observa la distinción ti, pero a veces aparece la ligadura P (pu~
rita p s, observa p o). / longa según la regla, pero illam.
moYsen.
El cuaderno X X X (folios 224-231) viene de otro códice, pero parece ser obra del mismo escriba.
En el cuaderno X X X I (folios 232-237), que igual- mente viene de otro códice, aparece una segunda mano:
en estas páginas se observa la distinción ti.
El doctor E. A. Lowe, quien tuvo la amabilidad de comunicarme su opinión sobre la fecha de la escritura, piensa que el códice pertenece al siglo x, no obstante la falta de la distinción ti.
ILUMINACIÓN: H a y varias iniciales pequeñas, bas- tante delicada, pintadas en verde, rojo oscuro y a ve- ces amarillo. Cf. la H del fol. 67 verso, lám. I. Al fol. 223 recto hay una inicial de un eclesiástico, de pie, con báculo: lám. I I .
CONTENIDO: Fol. 4 recto, I N NOMINE DOMINI I N C I - P I T LÍBER INSTITUTIONUM BEATI IOHANIS QUI ET CASSIA- NI AD PAPAM PASTOREM DIRECTUM LIBROS D U O D E C I M . . .
(fol. 113 verso) quod intelligere meruimus eius esse mu- neris in ueritate credamus. E X P L I C I T LÍBER INSTITUTIO-
NUM BEATI CASSIANI PRESBITERI FELICITER DEO GRATIAS.
O bone lector lectrixque scribtoris misello memento.
Fol 113 verso: Ne peculiarem habeat monachus in monasterio. Peculiare quod in cenobiis... (fol. 114 rec- to) que animum lude proditoris exempla cabenda sunt.
Capítulo xviii de la Regla de San Leandro.
Fol. 114 recto: U t leuiathan iste in cunctisque supe- rius... (fol. 115 recto) protinus usque ad sententiam eru- pit. Capítulo 23 del libro xxxiv de la Moralia sobre Job de San Gregorio Magno.
Fol. 115 verso: I N NOMINE DOMINI I N C I P I T REGULA
i; 1 2 B O L E T Í N DE LA ACADEMIA D E LA H I S T O R I A
SANCTI MACARII QUT HABUIT SUB ORDINE SUO QUINQUÉ
M I L I A M O N A C H O R U M . Milites e r g o C h r i s t i . . . (fol. 117 r e c t o m o n a s t e r i i fíat q u o d p o t u e r i t f a c e r é . E X P L I C I T
REGULA SANCTI MACHARII.
F o l 117 v e r s o : T N C I P I T P R E F A T I O B E A T I I H E R O N I M I
DE REGULA SANCTI PACOMII HOMINIS DES AD PAULAM.
Q u a m u i s a c u t u s g l a d i u s . . . (fol. 118 v e r s o ) c o n g r e g a - tionis s t u d i a delectarent.
F o l . 119 r e c t o : I N C I P I T V I T A P A T R I S N O S T R I P A C O M I I H O M I N I S D E I . Q u o n i a m desiderio desideratis semper a u - d i r e . . . (fol. 127 r e c t o ) C o n f i r m a t i o a d i u t o r i u m d o m i n i n o s t r i I h e s u C h r i s t i cui est h o n o r et g l o r i a in sécula s e c u l o r u m .
F o l . 127 r e c t o : P R E C E P T A P A T R I S N O S T R I P A C O M I H O - M I N I S DEI QUI F U N D A V I T C O N V E R S A T I O N E M C E N O B I O R U M A D P R I N C I P I O P E R M A N D A T U M D E I . H O C est e x o r d i u m p r e c e p t o r u m . . . (fol. 136 v e r s o ) u t p o s s i d e r e u a l e a t r e g - n a celorum.
F o l . 136 v e r s o : P R E C E P T A E T I N S T I T U T A P A T R I S N O S -
T R I PACOMII HOMINIS DEI QUI FUNDAVIT AB EXORDIO SANCTE VITE COMMUNITIONEM IUXTA PRECEPTUM DEI.
Q u o m o d o collecta fieri debet. F r a t r e s c o n g r e g a n d i sint a u d i e n d u m . . . (fol. 139 recto) et inique egit de ó m n i b u s qui ei c r e d i t a s u n t .
F o l . 139 r e c t o : Í T E M P R E C E P T A S A N C T I P A C O M I I A T - Q U E I U D I C I A . P l e n i t u d o legis k a r i t a s scientibus t e m p u s . . . (fol. 140 v e r s o ) s u s t i n e b i t i n c r e p a t i o n e m i u x t a m e n s u - r a m o p e r i s sui. F I N I T .
F o l . 140 v e r s o : E P Í S T O L A P A T R I S N O S T R I P A C O M I I
AD SIRUM PATREM MONASTERII CENUM ET IHOANNEM PRE-
P O S I T U M D O M U M E I U S D E M M O N A S T E R I I . T r a n s i b i m u s per te et n o n p o t u i m u s . . . (fol. 142 r e c t o ) u t n u n c l a b o r a n - tes r é q u i e m in f u t u r o h a b e r e possitis. A m e n . E X P L I C I T
REGULA PATRIS NOSTRI PACOMII HOMINIS DEI.
F o l . 142 r e c t o : I N C I P I T K E P I T U L A T I O D E R E G U L A B E A - T I B A S I L I I E P I S C O P I . i. I n t e r r o g a t i o de m a n d a t o d e i . . .
LÁM. I.
Fol. 67 verso.
LÁM. II.
Fol. 223 recto.
UN CÓDICE VISIGÓTICO DE SAN PEDRO DE CÁRDENA 5 1 3
(fol. 144 verso) clxviii. Quomodo fit aliquis in presentí seculo stultus. E X P L I C I T CAPITULATIONIS DE REGULA SANCTI B A S I L I I .
Fol. 145 recto: I N C I P I T PREFATIO DE [RE]GULAS SANCTI BASILII EPISCOPI. Satis libenter karissime fra- tres... uel obseruationibus uiuant.
Fol. 145 verso: I N C I P I T REGULA SANCTI BASILI E P I S - COPI INSTITUTIONE MONACORUM. Humanum genus dili- gens deus... (fol. 193 verso) quasi ex nobis sed suffi- cientia nostra ex deo est. E X P L I C I T REGULA SANCTI BA- S I L I I EPISCOPI. D E O GRATIAS.
Fol. 194 recto: I N C I P I T PROLOGUS DE REGULA SANCTI PATRIS BENEDICTI ABBATIS. Absculta o fili precepta ma- gistri... (fol. 195 verso) ut regni eius mereamur esse consortes. E X P L I C I T PROLOGUS.
Fol. 195 verso: I N C I P I U N T CAPITULA EIUSDEM REGU-
LE, i. De generibus uel uita monachorum... (fol. 196 rec- to) lxxiii. De hoc quod non monis obseruatio iustitie in hac sit regula constituía.
Fol. 196 verso: I N C I P I T TEXTUM REGULE. De generi- bus monachorum. Monachorum quattuor esse genera...
(fol. 221 verso) Facientibus hec regna patebunt. E X -
P L I C I T REGULA SANCTI PATRIS BENEDICTI ABBATIS. D E O GRATIAS.
Fol. 221 verso: Capitulum de ómnibus uitiis. Hec subsequens uerba non conuenit monacho... (fol. 222 verso) Hec et in monasterio uirginum obseruanda cen- semus.
Fol. 223 recto: I N C I P I T KATIPULATIO DE REGULA BEA- TI YSIDORI. i. Prefatio... xxv. De conscensoria mona- chorum.
Fol. 223 recto: I N C I P I T PREFATIO REGULI BEATI I S I - DORI. Ciara sunt precepta uel instituía... (fol. 223 ver- so) Ñeque enim aliquid imperare cui quam licebit quod ipse non fecerií singulos auíem. Con esíe folio —el úl- timo del cuaderno X X I X — termina el manuscriío. H a y
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una nota del siglo x v n o X V I I I en castellano, diciendo:
"Aquí acaba el Códice, y falta lo demás, que copió este mismo escritor."
Fol. 224 recto: Congregantur in unum f actaque ora- tione pergent... (fol. 230 recto) semper in rebus nobis accidentibus sententia requiretur. La primera Regla de San Fructuoso, desde el capítulo vii hasta el capítu- lo xxiv.
Fol. 230 verso: I N C I P I T REGULA DOMNI FRUCTUOSI GALLICENSIS EPISCOPI. U t nullus presummat in suo ar- bitrio... (fol. 231 verso) et quum episcopis sctaribus principibus terre uel populo communem regulam. U n a parte de la segunda Regla de San Fructuoso, llamada Regula monástica communis. Estos dos fragmentos de San Fructuoso, los cuales llenan los ocho folios del cua- derno X X X , son obra del escriba de los cuadernos I a X X I X , pero proceden de otro códice. E n el fol. 224 recto hay una nota en castellano: " E s t o es de la regla 1.a
de San Fructuoso, y es de otra mano y de otro Có- dice." Sin duda viene de otro manuscrito, pero la es- critura es igual.
Fol. 232 recto: Quibus permissam est ut fulgeant sicut sol in regno celorum... (fol. 237 verso) ergo diuer- tere a malo. Fragmento del comentario de Smaragdus sobre la Regla de San Benito, procedente de otro ma- nuscrito.
FACSÍMILES : Fol. 67 verso, lám. I.
Fol. 223 recto, lám. I I .
W A L T E R M U I R W H I T E H I L L .