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Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computaοc~ao Departamento de Sistemas de Energia Elétrica Um Simulador do Cont

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Faculdade de Engenharia Eletrica e de Computac~ao

Departamento de Sistemas de Energia Eletrica

Um Simulador do Controle em Tempo Real de Sistemas de

Energia El 

etrica

Por: Regina Morishigue Kawakami

Orientador: Prof. Dr. Ariovaldo Verandio Garcia

Dissertac~ao apresentada a Faculdade de Engenharia Eletrica ede Computac~aoda

UNICAMP como parte dos requisitos exigidos paraa obtenc~aodo ttulode Mestre em

EngenhariaEletrica.

Banca Examinadora:

Prof. Dr. AriovaldoVerandioGarcia ( Presidente) FEEC/UNICAMP

Prof. Dr. Antonio PadilhaFeltrin FEIS/UNESP

Prof. Dr. CarlosAlbertode Castro Jr. FEEC/UNICAMP

Prof. Dr. Fujio Sato FEEC/UNICAMP

(2)
(3)

A complexidadedocontroleemtemporeal de sistemasde pot^enciae

t~ao grandeque muitas ferramentas devemestar disponveis de modo

aajudar notreinamentode operadores de sistemasde gerenciamento

eletrico e tambem no ensino de estudantes de engenharia. Sistemas

de treinamentobaseados emcomputadort^emexercido um papel

im-portante ao fornecer aos usuarios um melhor entendimento da

ope-rac~ao do sistema de pot^encia. Opresente trabalhotem por objetivo

apresentar um simulador do controle em tempo real de sistemas de

energia eletrica, com interface gra ca ao usuariobaseada em Tcl/Tk

(Tool Command Language/ Tool Kit). Os usuarios podem interagir

dinamicamente com o sistema em estudo atraves do diagrama

uni -lar, alterando as medidas do sistema (MW, MVAr e kV) e tambem

mudando os taps de transformadores e os estados dos dispositivos

seccionadores (chaves e disjuntores).

ABSTRACT

The complexity of the real time control of power system operation

is so high that several tools must be available in order to help

trai-ningelectricmanagementsystems(EMS)operatorsandalsoteaching

engineering students. Computer based training systems have played

an important role in providing users with a better understanding of

power system operation. In this work, the objective is to present a

Tcl/Tk (ToolCommand Language/ToolKit)based GUI (Graphical

UserInterface) realtime powersystem operationsimulatorprogram.

Users can dynamically interact with the target system by using an

one-line diagram to change system measurements (MW, MVAr and

(4)
(5)

dos passaros cantarem, pois o canto e o seu

prazer,uma vez queforamcriadospara

can-tar.

Similarmente, n~ao devemos perguntar por

que a mente humana se inquieta com a

ex-tens~ao dos segredos dos ceus...

Adiversidade dofen^omenodanaturezaet~ao

vasta e os tesouros escondidos nos ceus t~ao

ricos,precisamenteparaqueamentehumana

nunca tenha falta de alimento."

Johannes Kepler

mysterium Cosmographicum



(6)
(7)

Desejo expressarmeus sinceros agradecimentos,

aoProf. Ariovaldo VerandioGarcia n~aoso pelo trabalhode orientac~ao,mas tambem

pelaamizadee estmulo,

aos meus pais Hiroshi e Thereza (in memoriam) e minha irm~as, por todoapoio e

in-centivo que sempre mederam,

aomeu marido Paulo Kenji, peloincentivo,paci^encia,dedicac~aoe amor,

a todos os colegas do DSEE, professores, Edna secretaria e Miriamanalista de

siste-mas, que sempre meajudaramno decorrer desta jornada,

aos amigos Asada, Grilo, Ha ner, Walmir,Madson, Heder, prof. Sato eprof. Castro,

pelapaci^encia e ajuda nos momentos necessarios,

a FUNDAC ~

AO CAPES (Fundac~ao Coordenac~ao de Aperfeicoamento de Pessoal de

Nvel Superior), pelo suporte nanceiro

(8)
(9)

1 Introduc~ao 1

2 Controle em Tempo Real de Sistemas Eletricos de Pot^encia 3

2.1 Vis~aoGeral . . . 3

2.1.1 Historico . . . 3

2.1.2 Esquema geral de um Centro de Controle . . . 4

2.2 Estrutura de sistemaspara analise de redes em tempo real . . . 4

2.3 As bases de dados e sua estrutura . . . 7

2.4 Modelagem darede supervisionada{ Con gurador . . . 9

2.4.1 Introduc~ao. . . 9

2.4.2 Componentes do sistema eletrico . . . 9

2.4.3 Organizac~ao dobanco de dados . . . 11

2.4.4 Algoritmo doCon gurador . . . 12

2.5 Estimac~aode Estado . . . 14

2.5.1 Introduc~ao. . . 14

2.5.2 Metodo dos mnimosquadrados ponderados [Mont 83b, Garc 93]. . 15

2.5.3 Processamento de erros grosseiros [Garc 93] . . . 17

2.5.4 Observabilidade dosistema . . . 17

3 Simuladores de Operac~ao em Tempo Real 19 3.1 Introduc~ao . . . 19

3.2 Simuladoresde Treinamento- Umabreve introduc~ao . . . 20

3.2.1 Objetivos dosimulador . . . 21

3.2.2 Aplicac~oes eBenefcios . . . 22

3.2.3 Requisitos doSimulador . . . 23

3.3 Exemplos de Simuladores. . . 24

4 Simulador Proposto 27 4.1 Desenvolvimento . . . 27

4.2 Ferramentade auxlio. . . 28

4.3 Arquivosde Dados . . . 28

4.3.1 Arquivoscom Dados Topologicos . . . 31

(10)

4.3.4 Arquivos com Dados Temporarios . . . 34

4.4 AlgoritmoBasico de Soluc~aodo Simulador . . . 35

4.5 Inicializac~aodosimulador . . . 37

4.6 Caso Base . . . 39

4.7 Calculo doEstimador de Estado . . . 40

4.8 Opc~oes de Simulac~ao . . . 44

4.8.1 Modulo Estudo . . . 44

4.8.2 Modulo Execuc~ao Automatica . . . 47

4.9 Esquema de Acionamentodos Bot~oes de Comando. . . 49

5 Exemplos de Aplicac~ao 53 5.1 Inicializac~ao . . . 53

5.2 Calculo doCaso Base . . . 55

5.3 Calculo doEstimador . . . 59

5.4 Execuc~aoAutomatica. . . 59

5.5 OutrasSimulac~oes . . . 61

5.6 Simulando noambienteWindows . . . 64

6 Conclus~oes 69 Refer^encias Bibliogra cas 71 A Tcl/Tk 75 A.1 Introduc~ao . . . 75

A.2 Iniciandoo Sistema . . . 76

A.3 Programandocom a linguagem Tcl . . . 77

A.3.1 Variaveis. . . 78

A.3.2 Listas . . . 78

A.3.3 Procedimentos . . . 78

A.3.4 Escopo . . . 79

A.3.5 Estruturas de Controle . . . 79

A.3.6 Processos . . . 79

A.4 Fundamentos doTk. . . 80

A.4.1 Breve introduc~aoaoSistema de Janelas . . . 80

A.4.2 Widgets . . . 81

A.4.3 NomeandoWidgets doTk . . . 82

A.4.4 Gerenciadores de Geometria . . . 85

A.4.5 Associando Comandos aEventos . . . 85

B Arquivos de Dados 87 B.1 Elaborac~aodos Arquivos de Dados . . . 87

B.1.1 Arquivos com Dados Topologicos . . . 87

B.1.2 Arquivos com Dados Din^amicos . . . 92

(11)

SUMARIO xi

C Divulgac~ao da Dissertac~ao 95

C.1 Artigo aceito no IEEE-PES / CSEE Intenational Conference on Power

(12)
(13)

2.1 Sistemasmodeladoeexterno. . . 6

2.2 Sistemasinterno,fronteira e externo. . . 6

2.3 Arquivosdo Bancode Dados . . . 12

2.4 Exemplo de Circuitos emuma subestac~ao . . . 13

2.5 Modelo do sistemade medic~ao . . . 15

4.1 Fluxo dos Dados . . . 30

4.2 Curvas de Carga - Subestac~ao2 - Quarta-feira . . . 35

4.3 Fluxograma de soluc~ao dosimulador . . . 36

4.4 Etapa 1: Inicializac~aodo simulador . . . 38

4.5 Etapa 2: Calculo docaso base . . . 41

4.6 Etapa 3: Calculo doestimador de estado . . . 43

4.7 Modulo Estudo . . . 45

4.8 Modulo Execuc~ao Automatica . . . 45

4.9 Execuc~ao Automatica . . . 48

5.1 Diagrama Uni lar doSistema . . . 54

5.2 Detalhe doDiagrama Uni lar do Sistema . . . 55

5.3 Diagrama Uni lar daSubestac~ao4 . . . 56

5.4 Resultados do Caso Base- Sistema Geral . . . 57

5.5 Resultados do Caso Base- Subestac~ao4 . . . 58

5.6 Detalhe daTela: Resultados doCaso Base - SistemaGeral . . . 59

5.7 Resultados do Estimador-Sistema Geral . . . 60

5.8 Detalhe daTela: Resultados doEstimador -Sistema Geral . . . 61

5.9 Resultados do Estimador-Subestac~ao 4 . . . 62

5.10 Execuc~ao Automatica . . . 63

5.11 Detalhe daTela: Execuc~ao Automatica . . . 64

5.12 Detecc~ao de Erro - Valores Medidos . . . 65

5.13 Detecc~ao de Erro - Valores Estimados . . . 66

5.14 Simulandono Windows . . . 67

A.1 Button . . . 82

A.2 Canvas . . . 82

A.3 Checkbutton . . . 82

(14)

A.6 Listbox . . . 84

A.7 Scale . . . 84

A.8 Text . . . 84

A.9 Gerenciadores de Geometria . . . 86

(15)

Introduc~ao

A area de sistemas de pot^encia foi uma das primeiras da engenharia a utilizar o

computador como ferramenta para a soluc~aode problemas e implantac~aode sistemas de

supervis~aoe controleem tempo real. Aolongo dos anos, essa depend^encia vemse

estrei-tando etomandonovaforma. Comoconsequ^encia, alemdeutilizar osrecursos oferecidos

pelatecnologia de informatica,os projetistas desses sistemas desenvolvem tecnicas e

sis-temas de computac~ao complexos, necessarios para o atendimento dos requisitos exigidos

pelaarea.

Atualmente,oplanejamento,aoperac~aoeocontroledesistemasdepot^enciaenfrentam

desa os impostospor: novaconjunturaecon^omicaetecnologica,utilizac~aodedispositivos

eletr^onicosinteligentesrapidoseinterligadosemrede,sistemasintegradosde supervis~aoe

controleemtemporeal,restric~oesambientais,regimesdeoperac~aomaisestressantes,entre

outros. Para superar taisdesa os, novos desenvolvimentosde hardware esoftware como,

por exemplo, em processamento paralelo e distribudo, computac~ao visual e intelig^encia

arti cial t^em sido largamente utilizados. Tudo isso leva ao tratamento de problemas

multidisciplinarescuja soluc~aose baseia nouso intensivoda tecnologia de computac~ao.

Dadaacomplexidadedaoperac~aoemtemporeal de sistemasde energiaeletrica,uma

ferramentamuitoutiltantonotreinamentodeoperadoresquantonoensinodeengenharia

eletrica e o simulador. Por anos os programas de simulac~ao por computador

desempe-nharam um papel importante ao permitir um melhor entendimento da operac~ao de um

sistema de pot^encia. Como resultado dos rapidos avancos em hardware e software, as

ferramentas educacionais de sistemas de pot^encia baseadas em computador passaram de

implementac~oesmuitosimples,fornecendo aousuariopoucomais queuma serie de sadas

numericasaterepresentac~oes muitodetalhadasdosistema depot^encia emuma complexa

interface gra ca com o usuario (GUI) [Over 95]. Exemplos de tais programas incluem

simuladores para treinamento de despachantes (DTS)para instruc~aodooperador.

(16)

de sistema de pot^encia com func~oes avancadas de analise de rede em tempo real para

treinamento e analise, com interface gra ca com o usuario baseada em Tcl/Tk (Tool

Command Language/Tool Kit).

No Captulo 2, inicialmente s~ao feitas algumas considerac~oes sobre a supervis~ao e

controle em tempo real de sistemas eletricos de pot^encia, o esquema geral de um centro

de controle, a estrutura de sistemas para analise de redes em tempo real, as bases de

dadosesuaestrutura. Aseguirs~aodescritas asfunc~oes deanalisede redeemtemporeal:

con guradorde rede eestimador de estado.

NoCaptulo3efeitaumaintroduc~aosobresimuladoreseaseguirs~aoapresentados

al-gunsexemplosdesimuladoresparatreinamentodesenvolvidos aolongodos anosecitados

em trabalhos publicados na area,com suas caractersticas, objetivos eexig^encias.

O Captulo 4 apresenta o desenvolvimento do simulador proposto, com as de nic~oes

feitas, arquivos de dados, caractersticas e algoritmo de soluc~ao. S~ao descritos os passos

trilhadosnaelaborac~aodoprograma que deu origem aosimulador.

No Captulo 5 s~ao apresentados exemplos de simulac~oes efetuadas com o programa

desenvolvido. As telas de sada s~ao mostradas para ilustrar as simulac~oes. As opc~oes

existentes de simulac~aos~aotambemapresentadas.

No Captulo 6 s~aoapresentadas as conclus~oes gerais.

Ao nal do trabalho encontram-se tr^es ap^endices: Ap^endice A, contendo uma breve

introduc~ao a linguagem de programac~ao Tcl/Tk; Ap^endice B, detalhamento sobre como

foram elaborados os arquivos de dados com alguns exemplos e o Ap^endice C, copia do

artigoaceitonoIEEE-PES /CSEEIntenationalConferenceonPowerSystemTechnology

(17)

Controle em Tempo Real de

Sistemas Eletricos de Pot^encia

2.1 Vis~ao Geral

2.1.1 Historico

A necessidade daintroduc~aode func~oes de analise de seguranca emsistemaseletricos

de pot^encia recebeu impulso ja em meados de 1960 devido em grande parte ao blecaute

na regi~aode New York em1965.

Com o crescimento na dimens~ao e complexidade dos sistemas devido a contnua

in-terligac~ao de sistemas antes isolados, houve melhorias no que se refere a garantia de

continuidade de fornecimento, per l de tens~oes, etc., resultando porem, em um sistema

de grandeporte,distribudoe de operac~aocomplexa [Garc93].

Osprimeiroscentros computadorizadossurgiram basicamente realizandoapenas uma

func~aodecontrolequeeocontroledagerac~ao. Essecontroleenvolveocontroleautomatico

da gerac~ao e o despacho econ^omico. Para a execuc~ao dessas func~oes os requisitos de

informac~oesdosisteman~aos~aomuitoelevados. Bastampraticamentesinaisproporcionais



a frequ^encia, ao interc^ambio entre areas (empresas) e informac~oes sobre os custos de

operac~ao das usinas. Inicialmente essa func~ao foi realizada atraves de computadores

analogicospassando mais tardea ser realizadaviacomputadores digitais.

Em seguida surgiram os centros de supervis~ao, que realizam o controle supervisorio

do sistema. Nesse caso ja se necessita de um volume muito maior de informac~oes, tais

comoestado(aberto/fechado)dedisjuntores/chavesnosistema,medidasanalogicas(MW,

(18)

se de um sistema caro, com requisitos de con abilidade bem de nidos, e a cada certo

intervalodetempo,daordemdesegundos,permitequeasinformac~oesestejamdisponveis

noCentrode Controle. Permiteainda o telecomandode disjuntores, reguladores de taps

de transformadores, bancosde reatores/capacitores, etc.

A inclus~ao das func~oes de controle em tempo real (Analise de Seguranca), uma das

justi cativas para a implantac~ao de um centro de controle, e uma extens~ao do controle

supervisorio. O processamento e a qualidade das informac~oes (medidas) est~ao em um

nvelbemmais elevado. Envolvemtodoum trabalhode modelagemdosistema,de

deter-minac~ao do estado atual do sistema e de possveis ac~oes de controle que permitamque,

caso ocorram eventos inesperados (mas previstos) {conting^encias, osistema ainda opere

respeitandodeterminadasrestric~oes.

2.1.2 Esquema geral de um Centro de Controle

Um sistema moderno de supervis~ao e controle de sistemas eletricos de pot^encia e

composto basicamente de:

 Sistemade aquisic~aode dados;

 Sistemade computac~ao;

 Software basico eavancado.

Osistemade aquisic~aode dadosecompostode estac~oes remotas(UTR), responsaveis

pela captac~ao da medida, da convers~ao analogica/digital (A/D), e pelo envio ao centro

de controle via canal de comunicac~ao.

O sistema de computac~ao evoluiu muito. Inicialmente era composto basicamente de

doiscomputadorescentrais,operandodemaneira\dual",umdelessendoresponsavelpelo

processamento e o outro candocomo backup. Nos sistemas atuais e composto por uma

rede de estac~oes de trabalhode altodesempenho (sistema distribudo).

2.2 Estrutura de sistemas para analise de redes em tempo real

Comojamencionadoanteriormente,realizaraanalisedesegurancaeumdosprincipais

objetivosdeumcentrode operac~ao. Nessaanaliseprocura-sedeterminarseosistema,em

um dado instante, esta operando de modoseguro ou n~ao. Alem daanalise de seguranca

existem outras func~oes, n~ao menosimportantes, de supervis~aodo COS.

(19)

adeterminac~aodoestadodosistema. Oestadoecompostopelostapsde transformadores

e pelas magnitudes e fases (^angulos) das tens~oes complexas dos nos eletricos. Com o

estado disponvel,todas as demais informac~oes do sistema podem ser obtidas atraves de

calculos. Osdados disponveiss~ao:

 informac~oes sobre a topologia de todas as subestac~oes monitoradas;

 dados dos modelos de todos osdispositivosdessas subestac~oes e de linhas de

trans-miss~ao;

 estado dos disjuntores (aberto/fechado){ medidaslogicas;

 medidas analogicas (injec~oes e uxos de pot^encia ativa e reativa em barras e

li-nhas/transformadores, e magnitudes de tens~oes de barras, uxos de corrente nas

linhas, taps de transformadores).

Em geral ha redund^ancia de informac~oes, ou seja, essas medidas s~ao realizadas em

um numero bem maior que o mnimo necessario para se calcularo estado. Isso permite

que se obtenha o estado mais provavel correspondente a um determinado instante (o da

realizac~aodas medidas) de maneiramais precisa. Nesse processo de obtenc~aodo estado,

erros grosseiros s~ao eliminadosdoconjuntode medidas.

Deumaformamuitosimpli cada,pode-sesepararaobtenc~aodomodelonas seguintes

etapas:

con gurac~ao darede eletrica;

 estimac~ao de estado (que na verdade e composta por analise de observabilidade e

estimac~aode estadopropriamentedita);

obtenc~aodo modelo darede.

Obtem-se o estado apenas da parte da rede em que isso e possvel (parte observavel

do sistema). Osistema observavel pode sealterar de um momentopara outro, dado que

tanto o conjunto de medidas como a topologia do sistema pode se alterar. Isso pode

representar um problema se n~ao for tratado de forma adequada. 

E comum existir uma

regi~aode interesse para o qual se deseja obter o modelo (sistemamodelado, sendo que o

restantedo sistemae osistema externo { verFig. 2.1).

O estado do sistema modelado e sempre obtido, seja utilizando dados de tempo

re-al (medidas realmente realizadas) ou ent~ao utilizando tambem outros dados (como de

previs~aode carga,ou davarredura anterior,etc.).

(20)

subsis-Sistema Sistema

Modelado

Externo

Figura2.1: Sistemasmodelado eexterno.

Sistema Sistema Interno Externo Fronteira SistemaModelado

Figura 2.2: Sistemas interno,fronteirae externo.

se ligam ao sistema externo e (se existirem) as ligac~oes entre elas. Com esta divis~ao o

sistema cariarepresentado como mostrado naFig. 2.2 [Mont79].

De maneira geral,as func~oes de analise de redesde um centrode controle s~ao:

 Con gurador

 Estimadorde estado

 Modelagemda rede

 Analise de seguranca

 Fluxo de pot^encia otimo

(21)

Oesquema padr~aode execuc~ao dessas func~oes eo seguinte [Garc 93]:

Con gurador: a cada alterac~ao da topologia do sistema (abertura ou fechamento de

disjuntores e chaves), ou atraves de solicitac~ao do operador do centro de controle,

o processo seinicia pelocon gurador, que eresponsavel pelaconstruc~aodomodelo

da rede (quantos e quais s~ao os nos eletricos do sistema; onde est~ao localizadas as

medidas,etc.).

Estimador: o resultado do con gurador e utilizado pelo estimador de estado, que, na

realidade e composto (na maioriadas implementac~oes) de 3 fases:

 Observador: determinaqualaparte dosistemaeobservavel,ouseja,para qual



epossvela obtenc~aodoestado (magnitudese^angulos das tens~oes das barras);

 Estimador: obtemoestado para a parte observavel do sistema;

 Processamentode erros grosseiros: veri ca sehaeidenti caerros grosseiros no

sistema. Emcaso a rmativoo estadoereestimado.

Modelagem da Rede: usando o estado estimado obtido pelo estimador, e utilizando

dados da rede externa { parte n~ao observavel do sistema, constroi-se um modelo

para o sistema externo, que reproduza seu comportamento para, por exemplo, o

caso de simulac~aode conting^encias. Tendo todos os dados fornecidos pelas func~oes

anteriores, ajustam-se as injec~oes de pot^encia, nas barras (nos) de fronteira. O

resultado nal e um modelo da rede em tempo real, ajustado para a realizac~ao de

estudos, analises, etc.

Analise de Seguranca: a analise de seguranca consiste basicamente na simulac~ao de

um elenco de conting^encias e a veri cac~ao de limites operativos. Normalmente e

produzida uma lista (em tempo real ou em modo o -line) de conting^encias mais

crticas, dadasas restric~oes de tempo de simulac~ao.

Fluxo de Pot^encia 

Otimo: tendoomodelodaredepara oinstantenoqualforam

rea-lizadasasmedidas(basicamenteummodelode uxodecarga),podemserrealizados

estudos visando obter um ponto de operac~ao para o qual uma func~ao objetivo

se-ja minimizada. S~ao determinadas quais ac~oes de controle devem ser tomadas de

modo que o sistema seja levado ao ponto de operac~ao desejado. As restric~oes que

esse problema tratas~ao tantode operac~ao(limitesoperativos), quantorestric~oes de

seguranca.

2.3 As bases de dados e sua estrutura

As func~oes de aquisic~aode dados atualizama parte emtempo real dabase de dados,

(22)

import^anciadesuamanutenc~ao. Estafunc~aoeresponsavelpelaformatac~ao,carregamento

eatualizac~aode todososarquivosde dadosestaticosnecessarios atodasasoutrasfunc~oes

[Gaus 87].

Duranteafasedeprojetodabasede dadosdeve-se ter,principalmente, comoobjetivo,

osseguintes pontos [Russ 79]:

 organizar a base de forma a otimizar o acesso aos dados pelos programas que a

utilizam;

 otimizar sua edic~ao para mudancas que ocorram rotineiramente no ambiente de

operac~ao;

 otimizarsua gerac~aoe manutenc~ao para que novos equipamentos, bemcomo novas

func~oes possam ser acomodados.

Uma das considerac~oes mais importantes noprojeto dabase de dados eque ela deve

prover meios e cientes para armazenamento e recuperac~ao de informac~oes.

Os sistemas de computadores hoje em dia empregados nos centros de controle ja

re-solvem empartevariosproblemas relativosaoprojeto dasbases de dados,mas ainda s~ao

severas aslimitac~oesimpostaspelotempode acessoaos dados. Assim,deve-se considerar

com atenc~aoo numerode acessos adisco necessarios a realizac~aode uma dada tarefa.

Outro fatorrelevantede projetoe ocompromisso que sempreexistira entre o grau de

generalizac~ao da base de dados e a velocidade de operac~ao, isto e, bases de dados

alta-mentegeneralizadasfrequentemente apresentam excessivo custo computacionaladicional

resultante dodesempenho de uma operac~ao que n~aoediretamente produtiva no

proces-so em que aparece, o que as tornam inadequadas para utilizac~ao em tempo real crtico

[Zaga 95].

A aquisic~aode dados e feita de forma periodica. A maioria dos sistemas usados para

aquisic~aode dadosemconcessionarias de energia,consistemnatransmiss~aodedados das

UTRs para o computador mestre, tambem chamado de master station, somente quando

ocorre uma requisic~ao do mestre para a UTR. Existem duas maneiras com as quais as

UTRs podem responder assolicitac~oes do computador mestre: uma seria devolvendo ao

mestre os valores reais ou o estado do ponto ou grupo de pontos desejados, outra seria

devolvendo ao computador mestre somente o ponto ou grupo de pontos onde tiverem

ocorrido mudanca de estado ou variac~ao no seu valor superior a um limite pre-de nido

desde a ultima requisic~ao. Esta opc~ao e conhecida como \transmiss~ao por excec~ao". A

transmiss~ao por excec~ao tem como grande vantagem a reduc~ao no custo computacional

resultantedodesempenhodeumaoperac~aode processamentonocomputadormestre.

(23)

Segundo [Gaus 87], o processo de aquisic~ao de dados pode ser considerado como um

processocoletivoformadoporvariossubprocessosespecializadosealtamenterelacionados.

Esses subprocessos podemincluir:

 varredura interna eatualizac~aorapida dabase de dadosinternada UTR;

 consulta periodica docomputador mestre aUTR;

 transmiss~aodo conjunto de dados requeridos pelaUTRpara aestac~ao mestre;

 detecc~aode erros de transmiss~aoatraves de confer^encia de dados;

 convers~ao dos dados emunidades de engenharia;

 sobreposic~aode estadosnovos ouvalores anteriores nabase de dados.

2.4 Modelagem da rede supervisionada { Con gurador

2.4.1 Introduc~ao

Amodelagemdarededeveser talquepermitaarepresentac~aocompletadascondic~oes

atuais de operac~aoda rede, ouseja, inclui conhecimento dos par^ametros, da topologia e

doestado(magnitudese^angulosdastens~oes) daredetantodapartesupervisionadacomo

da rede externa (ou de seu equivalente).

Dados utilizados

 Estado (aberto/fechado) de disjuntores e chaves

 Medidas analogicas

 Dados estaticos da base de dados (par^ametros de linhas de transmiss~ao e

transfor-madores).

2.4.2 Componentes do sistema eletrico

(24)

Representac~ao do sistema em tempo real

Osdados para o problema de supervis~aoe controle de sistemas de pot^encia s~ao:

 par^ametros das linhas de transmiss~aoe transformadores;

 caractersticas dos medidores;

 dados topologicos (forma de conex~aoentre osdiversos elementosdo sistema).

S~ao consideradas conhecidas (ou ent~ao e necessario o conhecimento de) todas as

li-gac~oes de disjuntores, esquemas de conex~ao, localizac~ao de medidores, etc. Esses dados

devem constar de um Banco de Dados (ou de mais de um Banco) de forma tal que o

acesso aele sejarapido e con avel.

Obancode dadospode, agrossomodo,ser divididoemdois: oEstaticoeoDin^amico.

Nobancoestaticodevemconstartodasasinformac~oesanteriormentereferidasecuja

alte-rac~ao/atualizac~aosedademaneiraesporadica(rara)esomentepelaatuac~aodooperador

dosistema. Dobancodin^amicoconstamasinformac~oesques~aoatualizadaspeloSCADA

ou a cada varredura ou a cada certo numero de varreduras (depende do sistema

insta-lado). Normalmente o estado dos disjuntores/chaves (aberto/fechado) s~ao atualizados a

cada varredura (de 2 a 5 segundos) e as medidas analogicas (MW, MVAr, kV, A) s~ao

atualizadas com um perodomaior.

OsdadosconstantesdoBancode Dadoss~aoatualizadosviaoperador(estatico)ouvia

sistema de aquisic~aode dados (din^amico). Uma parte do banco de dados deve ser

reser-vada tambem a dados que n~ao s~ao medidos diretamente no sistema mas sim calculados,

estimados atravesda func~ao estimac~ao de estado.

Normalmente, na construc~ao do banco de dados devem ser tomados os cuidados de

praxe: cuidar para que a consist^encia dos dados possa ser veri cada de maneira facil e

rapida,e a interface com o usuariodeve ser amais amigavelpossvel.

Os elementosdo sistemas~ao divididosem tr^es tipos:

disjuntores, circuitos e medidores.

Disjuntores s~ao todas as chaves existentes, que podem operar tanto de forma

manu-al,automatica ou telecomandada. S~aodenominados circuitostodos os demaiselementos

do sistema: linhas de transmiss~ao, barramentos, cargas, capacitores shunt, reatores,

ge-radores, transformadores e segmentos de interligac~ao. Um disjuntor so pode interligar

(25)

As unicas informac~oes din^amicas que o Con gurador utiliza em seu algoritmo s~ao os

estados(aberto/fechado)dos disjuntores,ques~aoatualizadosconstantemente. Asdemais

medidas s~aoapenas agrupadas e fornecidasao estimador (observador) { fase seguinte ao

con gurador, de uma maneiraconveniente.

So ha necessidade de acionar o con gurador quando houver uma alterac~ao do estado

de algumdisjuntor darede, ouseja, sea topologiada rede sealterar. Ainda, sohaa

ne-cessidade de recon gurarassubestac~oes relacionadascom aalterac~aotopologicaocorrida

[Frei 92].

2.4.3 Organizac~ao do banco de dados

Normalmente os bancos de dados s~ao orientados por subestac~ao (S/E). Isso permite

que se proceda a Con gurac~ao apenas da S/E onde houve a alterac~ao na topologia. A

seguir, prop~oe-se uma estrutura dobanco de dados (hipotetica) parapermitirapresentar

um possvel algoritmodocon gurador.

O banco de dados acessado pelo con gurador e composto de arquivos. Um esquema

possvele a adoc~ao de arquivos inter-relacionados por apontadores. Para efeito didatico

vamos imaginarobanco de dadosdado a seguir, onde setem 6 arquivos:

 Arquivode subestac~oes

 Arquivode circuitos

 Arquivode disjuntores

 Arquivode medidores

 Arquivode par^ametros de circuitos

 Arquivode par^ametros de medidores

O acesso aos dados desses arquivos e realizado por apontadores e um esquema bem

simpli cado esta mostrado na Figura2.3.

Para acessarmos todos os circuitos de uma S/E qualquer, por exemplo a S/E \i",

deveremos seguir os passos dadosa seguir:

ip=apontador de circuitos da S=E\i 00

(26)

Parâmetros

SUBESTAÇÕES

Medidas (variáveis)

Chaves e Disjuntores

Circuitos

Parâmetros

Figura2.3: Arquivosdo Banco deDados

...

ip=proximo circuito

ENDDO

onde a variavel ici assume os valores dos circuitos da S/E (assume-se que o ultimo

circuitoe identi cadopor proximo circuito=0).

Como exemplo tomemos os circuitos de uma subestac~ao de um sistema interligado,

mostrados naFigura2.4. Osnumerosentre par^enteses representam oscircuitos. Os

qua-dradoscomosnumerosinseridosmostramarepresentac~aodos disjuntores. Osret^angulos

tracejadosindicam asoutras subestac~oes que comp~oem o sistema.

2.4.4 Algoritmo do Con gurador

A con gurac~aodo sistemae realizadaporsubestac~oes.

O esquema geral(bemsimpli cado)e o seguinte [Garc 93]:

i escolhe-se uma S/E a ser con gurada;

ii cria-seum vetor temporariocontendoos numerosde todos os circuitosdaS/E;

iii percorre-se todos os disjuntores da S/E, e para aqueles cujo estado se apresenta

fechado,altera-seonumeroassociadoaoscircuitos, deacordocomumadeterminada

regra. Porexemplo, o de numeromaior ca com o mesmo numerodo menor;

iv repete-sea regradada acimaatequen~aohajamais alterac~aode numerosassociado

acircuitos;

v Os circuitos que tiverem o mesmo numero associado constituir~ao um no eletrico.

(27)

transforma-1

2

3

4

9

10

11

12

5

6

7

8

13

15

17

14

16

18

19

20

21

S/E QUATRO

S/E TRES

S/E DOIS

CARGA 1

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

(7)

(8)

(9)

(10)

(11)

(12)

(13)

(2)

(6)

(8)

(12)

(1)

(4)

(5)

(28)

vi seexistirem mais S/E a serem con guradas, escolhe-se outrae retorna-se a ii

Como resultado do algoritmo do con gurador, tem-se um conjunto de circuitos

for-mandoumnoeletrico. Para asfunc~oes seguintes (estimac~aode estado, uxo depot^encia,

etc.), as informac~oes necessarias s~ao: quantos s~ao os nos eletricos e como est~ao ligados

entre si (topologia).

Percorrendoosnoseidenti candooscircuitospelotipo(linhadetransmiss~aoou

trans-formador),monta-seaestruturadedadosqueserequer. Alemdisso,enecessariotambem

con gurarosistemademedic~ao. Umavez con guradaaS/E,asmedidasrealizadasnessa

S/E devem ser associadas ou aos nos (no caso de medidas de magnitude de tens~ao, ou

injec~ao de pot^encia ativa e reativa) ou aos ramos ( uxos de pot^encia ativa e reativa e

magnitude de corrente).

2.5 Estimac~ao de Estado

2.5.1 Introduc~ao

Aestimac~aode estadotemcomoobjetivoaobtenc~aodoestado(magnitudese^angulos

das tens~oes das barras) dosistema a partir de medidasrealizadas emtodo o sistemae a

partir domodelo (circuitoequivalente) montado pelo Con gurador.

Algumas das grandezas ( uxos, injec~oes e tens~oes) n~ao s~ao medidas diretamente no

sistemaemesmoasqueos~aopodemcontererrosinaceitaveis(errosgrosseiros {baddata).

O numero de medidas e maior que o mnimo necessario para se obter o estado do

sistema(redund^ancia), oque pode permitir,adetecc~ao,a identi cac~aoe aeliminac~aode

medidascom erros. Grandezas estimadas (calculadascom o estado estimado) podem ser

mais con aveis que asmedidas.

O modelo da rede e composto de circuitos equivalentes das linhas de transmiss~ao e

transformadores.

A topologia da rede e determinada pelo con gurador (que deve ser executado a cada

alterac~aode topologia).

Na formulac~ao convencional, assume-se que n~ao ha erros nem de topologia nem de

par^ametros,ouseja,assume-se queocircuitoeletricoequivalentedosistemasejaperfeito.

As medidas realizadas nosistema s~ao:

(29)

-injec~oes de pot^enciaativa e reativa nas barras;

-magnitude das correntes nos ramos.

Deste conjunto de medidas, a imensa maioria dos estimadores de estado n~ao utiliza

me-didas de corrente.

2.5.2 Metodo dos mnimos quadrados ponderados [Mont 83b , Garc 93]

O estado darede, omodelo,os erros aleatorios e asmedidas est~ao relacionadospor:

z =h(x

v

)+w (2.1)

onde,

z -vetor de medidas (m1);

h(:) -vetor de func~oes n~ao lineares(m1);

x

v

-vetor do estadoverdadeiro (n1) {(inacessvel);

w -vetor de erros de medidas(m1);

m -numero de medidas;

n -numero de variaveis de estado.

- -? Errosde medida z Medida Modelo do sistema Estadoverdadeiro h(x v ) x v w

Figura 2.5: Modelo dosistema de medic~ao

Ovetor de estado e: x= 2 6 4 t  3 7 5 -taps de transformadores -^angulos

(30)

Oconjunto de medidaspode ser particionado: z = 2 6 6 6 6 6 4 P med kl P med k Q med kl Q med k V med 3 7 7 7 7 7 5

- uxo de pot^encia ativa

- injec~ao de pot^encia ativa

- uxo de pot^encia reativa

- injec~ao de pot^encia reativa

- magnitudede tens~ao

(2.2)

onde medrepresenta medido.

O grau de redund^ancia globaldo sistema()e:

 = m n = m 2N B 1 (2.3) onde N B

enumero de barras dosistema.

Obtem-se uma estimativa de x

v

encontrando um x^ tal que uma determinada func~ao

objetivo seja minimizada. A func~ao objetivo mais utilizada e a de mnimos quadrados

ponderados:

J(x)=[z h(x)] 0

W[z h(x)] (2.4)

onde W e uma matriz de ponderac~oes e ( 0

) representa transposic~ao. W e considerada

diagonal: W = 2 6 6 6 6 6 4 1= 2 1 0 0 ::: 0 0 1= 2 2 0 ::: 0 0 0 1= 2 3 ::: 0 ::: ::: ::: ::: ::: 0 0 0 ::: 1= 2 m 3 7 7 7 7 7 5 (2.5) onde  2 k 

e a vari^anciada medidak.

O mnimo de J(x) {equac~ao (2.4),eobtido encontrando x^ talque:

rJ(^x )= 2H 0

(^x)W[z h(^x )]=0 (2.6)

onde H 0

(^x)ea matrizjacobiana de h(x) calculada noponto x:^

H(^x)=@h(^x)=@x (2.7)

A soluc~ao de (2.6) so e possvel de ser encontrada atraves de um processo iterativo.

Linearizandoh(x) emtorno de um ponto x k temos: h(x)h(x k )+H(x k )x k (2.8)

Substituindoem (2.6) tem-sea recorr^encia:

[H(x k ) 0 WH(x k )]x k =H(x k )W[z h(x k )] (2.9)

De nindo amatriz ganho G(x k

):

(31)

tem-se: 8 > < > : G(x k )x k =H(x k )W[z h(x k )] x k+1 =x k +x k (2.11)

O processo de obtenc~aodasoluc~aoseinicia com k=0,considerando conhecidoum valor

inicial para o estado(x 0

) eerepetido ate que jx

i

jj para i=1;::;n.  e atoler^ancia

ee xada apriori.

2.5.3 Processamento de erros grosseiros [Garc 93]

Fontes de errosgrosseiros: afalhaoudescalibrac~ao(polarizac~ao)de medidores,falhas

na transmiss~aode dados, falhasnos transdutores, etc.

Partedos errosgrosseiros s~aoeliminadosemuma faseanterioraoestimador, chamada

pre-processamento ou pre- ltragem , onde medidas com erros absurdos s~ao eliminados.

Porexemplo, podem ser feitostestes do tipo:

 comparar valoresnominais com asmedidas;

 comparar com dados precedentes (da ultimaamostra);

 testes de consist^encia { Leide Kirchho ;

 outros.

Parte desseprocessamentopode ser realizadonolocaldamedida(nas estac~oes remotas),

signi cando um alvio nacarga computacionaldocentrode operac~ao.

2.5.4 Observabilidade do sistema

A parte observavel de um sistema e aquela na qual e possvel obter (calcular) todos

os uxos nos ramos (linhas e transformadores), a partir das telemedidas disponveis. A

determinac~ao do sistema observavel e realizada pela func~ao observador, que e realizada

logoaposaexecuc~aodocon gurador. Enquantoocon guradordeterminaatopologiada

rede eletrica, o observador manipula tanto essa topologia como informac~oes do sistema

de medic~ao(numeroe localizac~aodas medidas).

S~ao comuns casos em que o sistema se divide em diversas Ilhas Observaveis devido

(32)

Metodos de analise de observabilidade [Garc 93]

Umade nic~aosimplesdeAnalisedeObservabilidadee: seconseguirmosobteroestado

de uma rede, ent~ao elaeobservavel.

Normalmenteos metodos de analise de observabilidades~aodivididos emduas

catego-rias: numericos e topologicos. No caso dos metodos topologicos,trabalha-se apenas com

informac~oescomoexist^enciaoun~aodamedidaemumdeterminadolocal. N~aosetrabalha

compar^ametrosdosistema. Procura-sedeterminarorankdamatrizH(eporconseguinte

damatriz ganhoG) atraves de analise baseada emteoria de conjuntos, grafos, etc.

Osmetodosditosnumericospartemdade nic~aodadanoinciodesteitem: Seamatriz

Gtiverinversaosistemaeobservavel. Mostrou-se [Mont92]quemesmosistemasques~ao

topologicamente observaveis, podem ter matrizes ganhos singulares. Uma determinada

combinac~aodos valores dos par^ametros das matrizes levama singularidade. Alemdisso,

umaoutragrandevantagemdeummetodonumericoequetodooprocessamentorealizado

nafatorac~aodasmatrizes,paradeterminarseosistemaeoun~aoobservavel,eaproveitado

noprocesso de obtenc~aodoestado estimado. Isson~aoacontece nos metodos topologicos.

Ilhas observaveis

Comoresultado daanalise de observabilidade,tem-se osistemaobservavel (que pode

estardividido emilhas) eosisteman~aoobservavel. Nocaso deosistema serapenas uma

ilha, ent~ao a parte n~ao observavel e tratada como o sistema n~ao monitorado (sistema

externo). No caso de o sistema ser formado por Ilhas Observaveis, separados por Ilhas

N~aoObservaveis, ent~aohaanecessidadede secombinaressasIlhasparaformarumunico

sistema. Essa tarefapodeser feitaporumafunc~aoespec ca ouent~aopode ser maisuma

tarefa do uxo de pot^encia on-line. Na combinac~aodessas ilhas normalmenteseutilizam

medidasdescartadas noprocesso de estimac~ao de estado, medidasprevistas (previs~ao de

(33)

Simuladores de Operac~ao em Tempo

Real

3.1 Introduc~ao

Desdeosanos90,aindustria deenergiaeletricatemencaradodesa osnacon abilidade

da operac~ao e na economia da operac~ao que s~ao muito mais exigentes do que quaisquer

desa os do passado. Alem da complexidade dos sistemas de pot^encia, mudancas diarias

que ocorrem narede tornam os tradicionais estudos de planejamento da operac~ao quase

sem utilidade,uma vez que eles s~aobaseados emuma con gurac~ao espec ca do sistema

de pot^encia,geradores e dos equipamentos darede [Vadar 95].

Como resultado das raz~oes mencionadasacima, as concessionarias necessitam de

fer-ramentasque ir~ao ajuda-las a treinar seus despachantes a:

 Realizar melhorsuas tarefas normais. Isto pode ser acompanhado atraves de:

{ Pratica repetitiva

{ Reforconos procedimentos operacionais

 Saber como o seu sistema reagiria caso ocorresse algumaemerg^encia no sistema de

pot^encia. Alguns dos objetivos aquis~ao:

{ Como detectar se ocorreu uma emerg^encia

{ Como tirar o sistemade pot^enciada situac~aode emerg^encia

{ Como prevenir a ocorr^encia de uma emerg^encia

(34)

simu-estudantes de engenharia, engenheiros e analistas de sistema de pot^encia, fornecendo a

eles uma poderosa ferramenta para um melhor entendimento da operac~ao de sistema de

pot^encia [Over95].

Dentro do universo dos simuladores de sistema de pot^encia, um grupo considerado

bastante signi cativoe o chamado simuladores de treinamento. O numero de trabalhos

publicadosnestaareatemcrescidoaolongodosanos. Variaspropostasde

desenvolvimen-tos de simuladoresparatreinamentov^emsendoapresentadas, tornando-seextremamente

difcil realizar um estudo completo das propostas de forma a de nir as mais adequadas

e e cientes. Entretanto,pretende-se tracar um esbocodas principaisexistentes vistas na

literatura,de formaadar uma ideiageralde como est~aoaspesquisas ja desenvolvidas na

 area.

3.2 Simuladores de Treinamento - Uma breve introduc~ao

A operac~aodossistemasde pot^enciaatuaissetornout~aocomplexaquee

praticamen-te impossvelpara um despachante/operador prever com exatid~ao os efeitos de possveis

ocorr^encias (por exemplo, contig^encias). A situac~ao se apresenta sempre que a rede n~ao

esta na sua con gurac~ao \normal", devido a chaveamentos de manutenc~ao ou falha de

algum equipamento. Por esse motivo simuladores como o Simulador de Treinamento de

Despachante (DTS - Dispatcher Training Simulator) ou o Simulador de Treinamento de

Operador (OTS - Operator Training Simulator) s~ao considerados excelentes ferramentas

que podem ser usadas para ensinar os despachantes/operadores a reagir sob essas

con-dic~oes, alem de outras aplicac~oes.

Para maior facilidade convencionou-se, neste trabalho, que os DTS's e OTS's ser~ao

chamados simplesmentede simuladores.

O fen^omeno fsico e dados do sistema de pot^encia podem ser mais facilmente

en-tendidos caso as informac~oes sejam apresentadas aos usuarios em janelas gra cas ao

inves de formularios com tabelas numericas. Muitos pacotes gra cos com a

apresen-tac~ao das sadas baseadas em sistemas de janelas (por exemplo Windows), foram

de-senvolvidas com o proposito educativo e de treinamento na area de sistema de pot^encia

[Chow 92,Li 93,Yu 95,Shin 99].

O simuladorpara treinamentoecomposto normalmentepor tr^es subsistemas maiores

seguintes [Mill93]:

 Modelo do centro de controle (MCC): 

E uma replica do ambiente do centro de

controledeenergia. 

Eapartedosimuladorcomaqualotraineeinterage. OMCCe

compostoporvariasareasrelacionadasdesimulac~ao. Demodoasatisfazerocriterio

(35)

de Controle (CCC), de nido como um conjunto inteiro de sistemas de hardware e

software que juntos formam o sistema real de centro de controle do trainee. Inclui

primariamenteosistemaSCADA,ainterfacehomem-maquina, controle automatico

de gerac~ao e aplicac~oes de segurancade rede.

 Modelo do sistema de pot^encia (MSP): Este subsistema simula os componentes da

rede eletrica e as respostas din^amicas do equipamento do sistema de pot^encia. O

MSP e composto por varias areas relacionadas de simulac~ao. A primeira e mais



obvia area concerne os modelos matematicos da rede eletrica fsica, incluindo suas

caractersticas estaticas e din^amicas. Esta rede fsica inclui o sistema de pot^encia

controlado diretamente assim comoos sistemas externosafetados indiretamente. O

MSP deve ter a capacidade de agir t~ao bem quanto reagir com o trainee. 

E esta

capacidade de reac~ao que altera fundamentalmente as caractersticas dos modelos

matematicosde seus metodosnormaisde uso. Astecnicasde modelagemdevemser

expandidasparaprocessaremummodointerativoatravesdomonitorcomotrainee.

Na segunda area de simulac~aoo MSP deve prover as necessidades de simulac~aodo

pessoal da operac~ao que interage com o operador. Este pessoal inclui n~ao somente

opessoal de campoquedaassist^encia naoperac~aodosistemaeletrico,mas tambem

opessoal envolvidocom osistemaexterno. Esta representac~aoeparte daporc~aoda

posic~aodoinstrutordoMSP.AterceiraareaincludanoMSPeasimulac~aodedados

coletados da rede eletrica eent~ao apresentados aotraineeatraves de seu sistemade

centro de controle. Esta area inclui a recepc~ao e processamento de comandos de

controle como iniciadoatraves dosistema de centrode controle.

 Posic~aodoinstrutor(PI): Estesubsistema usa programasemostradorespara

moni-torar e controlar as sess~oes de treinamento. Esta e a posic~ao primariado instrutor

que opermiteajustar os cenarios de treinamento.

3.2.1 Objetivos do simulador

[Vadar 95]cita osseguintes objetivospara justi caro desenvolvimentode um

simula-dor de treinamento:

 Objetivos operacionais

Com a exist^encia de um novo COS o despachante tem a disposic~ao um novo

con-junto de ferramentaspara ajuda-lo na monitorac~aoe controle da rede de pot^encia.

Contudo,oqueodespachantetambemnecessitaeotreinamentocorretoparaoperar

este novo sistema. As novas ferramentas devem permitirtambemaodespachante,

1. controlar asituac~ao para evitar um problema ou

(36)

 Objetivosde treinamento

Uma vez que as novas capacidades das ferramentas analticas de programac~ao

es-tejam entendidas e dominadas, e necessario treinar e periodicamente retreinar o

despachanteem possveis cenarios doequipamento afetado.

Este tipo de treinamento n~ao pode ser executado durante o trabalho diario com o

COS operando. Conting^encias de porte elevado,

{ n~ao ocorrem com frequ^encia su ciente para haver treinamento regular para os

despachantes e

{ podem ser vistos porum despachante emum turno somente. Os outros

despa-chantes podem precisarser treinados neles.

O simulador deve ter a capacidade de recriar os eventos do COS e permitir o

trei-namentodos despachantes.

 Objetivosde engenharia/analise

Nocursonormaldas atividadesde operac~aoexistempapeisde suportesigni cativos

onde o pessoal de engenharia atua para ajudar o despachante do sistema executar

bem suas tarefas. S~ao elas:

{ planejar asadade equipamento. Usualmente ocorre um dos seguintes:

 pre-planejamentodotrabalhonosistemadetransmiss~aoqueestapara

ocor-rer noproximodiaou

 ajudanaavaliac~aodaseveridadede umaconting^enciaqueesteja ocorrendo

no momento.

O simulador e uma excelente plataforma para este proposito. Esta analise de

engenharia fornece melhores resultados quando o estudo e feito utilizando-se

um modelode sistema de transmiss~aoqueinclua mudancas natopologiaatual.

{ analisar a precis~ao do modelo do sistema de pot^encia: esta tarefa tenta

ba-sicamente responder a quest~ao - qu~ao bom e o modelo que esta sendo usado

para a simulac~ao? Precis~ao do modeloe fundamentalpara se obter resultados

aceitaveis da simulac~ao. Para responder isto, as concessionarias tentam

plane-jarmeios de \testar ouchecar razoavelmente" o simuladorcontraeventos reais

gravados.

Se oCOS pode gravareventosreais quando acionadopara tal m, osimulador

pode ent~ao ser inicializado para recriar o estado do sistema e ent~ao executar

adiantenotempopara \simular"oeventoreal. Osresultados dasimulac~ao

po-deriamsercomparadosent~aocomoseventosreaisgravadoseosbancosdedados

dosimulador emodelagemdarede poderiamser modi cados caso necessario.

(37)

 Restaurac~ao dosistema

 Servicos normais

 Situac~oes emergenciais

 Novos equipamentos/procedimentos

 Estudo propriodo operador

 Outros estudos

 Introduc~aodo COS anovos operadores

 Demonstrac~ao

Benefcios associados com otreinamentoutilizandosimulador:

 Treinamento da operac~ao sob situac~oes de emerg^encia. O simulador propicia

co-nhecimento pratico durante condic~oes restaurativas ede bleclaute; exp~oe trainees e

operadores experientes auma variedade maior de situac~oes crticas.

 Ajuda novos operadores aadquirir conhecimento ehabilidade.

 Treinamento pode ser feito de maneiraregular dentrodas atividades desenvolvidas

pelo operador;desenvolvimentode comportamentoe senecessarioefetuar correc~ao;

demonstrac~ao de atuac~aocomo indivduo ecomo equipe.

 O operador pode observar diferentes soluc~oes para o mesmo problema e os riscos e

benefcios de cada soluc~ao;testaros metodos para aliviarconsequ^enciasde eventos.

 O simuladore uma ferramenta de reforco.

 Avaliaaatuac~ao dopessoal operador.

 Pode testar novosprogramas de computadores (softwares)e banco de dados.

 Treinamento para ouso de novoCOS.

 Efetua demonstrac~oes dosistema de pot^enciapara pessoal tecnicoassim comopara

o publico.

3.2.3 Requisitos do Simulador

Uma vez que um sistema eletrico de pot^encia comumente opera no seu estado

nor-malseguro,algumas conting^enciassimples podem leva-loaoperar numa regi~aoinsegura,

(38)

segu-emerg^encia,geralmentes~aocausadas porconting^encias multiplasgraves. Neste estado,o

sistemapode sofrer um colapso,onde grandeparte dosistemainterligadopode ser

afeta-do, necessitando de controles de emerg^encia e de restaurac~ao pelas ac~oes integradas dos

centrosdecontroledasempresasafetadas,sendoprimordialaintervenc~aocorretapor

par-te dos operadores. Por se trataremde eventos que raramente ocorrem e pelas mudancas

queest~aoacontecendo no setor eletrico,onde o enfoque principaleo rejuvenecimento de

seu quadro funcional, pode-se a rmar que atualmente os operadores possuem pouca ou

nenhuma experi^encia para enfrentar os estadosde emerg^encia ede restaurac~ao.

Uma vez quee inviavel utilizar o sistema de pot^encia real para criar esses problemas

operacionais, o simulador se torna o meio mais e caz para prover as oportunidades de

treinamentonecessarias. Ousoprimariodosimuladoreacelerareaumentaraexperi^encia

dooperador naoperac~aodoseu proprio sistema.

Uma vez que a faixa de exig^encia que podem ser especi cadas para um simulador e

numerosae complexa,em[DyLi83], porexemplo, osautoresescolheram especi carduas

exig^enciasgerais:

 Osimulador deve ser realstico e representar as propriedades estaticas e din^amicas

dosistema de pot^encia dotrainee.

 A interface homem-maquina deve ser exata da mesmamaneira que o mostrador do

monitor,osmesmosconsoleseosmesmoscontrolesques~aousadosnum sistemareal.

Essas exig^encias devem ser satisfeitas de modo a fornecer o treinamento necessario

para preparar adequadamente o despachante para uma operac~ao efetiva e e ciente. O

simulador deve ser capaz de apresentar cenarios para o ensino do basico de operac~ao de

sistemadepot^encia,assistirotraineeemaprendercomoseusistemaresponde acada tipo

de conting^encia eporqu^e eleresponde de talmaneira. Osimuladordeveproverosmeios

de apresentar novos problemas ao operador, mesmo que n~ao seja possvel simular toda

conting^encia e combinac~ao de conting^encias que possam ocorrer no sistema de pot^encia.

O simulador deve ser capaz de operac~ao realstica a ponto de representar comunicac~oes

com o pessoal externo para o centro. Isto implica na necessidade de instalac~oes para o

instrutor para permitir a ele trabalhar com o trainee, servindo como um controlador do

cenarioefazerumaavaliac~aoposteriordasess~aodetreinamento. Finalmente,osimulador

deve apresentar o mesmo sistema de pot^encia. Se o trainee aprende procedimentos de

operac~ao de emerg^encia em um sistema diferente ou generico, n~ao ha garantias que ele

irareconhecer o mesmoproblema quando apresentado em seu proprio sistema.

3.3 Exemplos de Simuladores

(39)

objetivos. Diversos artigos t^em sido publicados na literatura especializada, relatando

experi^encias no uso de simuladores para treinamento. Alguns trabalhos signi cativos

neste contexto ser~aobrevemente comentados aseguir.

[Prais 89a] e [Prais 89b] s~ao refer^encias constantemente citadas em trabalhos

publi-cados, em que s~ao feitas considerac~oes sobre os algoritmos de soluc~ao, sobre os modelos

representativos dos componentes (modelo de carga, modelo de rele de protec~ao, modelo

de transformador, modelo de gerador e modelo HVDC multiterminal) e s~ao comentados

resultados de testes realizados.

Em [Bucc 91] s~ao apresentados resumos de considerac~oes, cujo foco de atenc~ao s~ao

as areas de problemas que as concessionarias est~ao encontrando na utilizac~ao de

simu-ladores de treinamento de despachantes como parte de programas de treinamento de

despachantes. Cada resumo enfoca um aspecto diferentedo treinamentode despachante

e utilizac~aode simulac~ao de sistemade pot^encia no currculo de treinamento. S~ao feitas

considerac~oes sobre a justi cativa do uso de um simulador de treinamento, s~ao

descri-tos problemas experimentados com o uso de um simulador, e desenvolvido uma serie de

criteriosparaestabelecerumconjuntode treinamentoadequadoparadar suporte no

trei-namentousandoumaferramentade simulac~aode sistemadepot^enciae nalmentetem-se

uma explicac~ao sobre os desa os em se estabelecer um meio que seja adequado para o

treinamentode despachantes.

Em[Mill93]tem-seadescric~aodousodeumsimulador,ascon gurac~oesmaiscomuns

de um DTS,asexperi^encias nouso do DTSe apossvelintensi cac~ao nouso doDTS de

modo afacilitaro aprendizado. S~ao apresentadas as estrategias e procedimentos de

trei-namentoutilizadas,con gurac~aoutilizada,descric~aodosistemamodelado,caractersticas

do DTSdesenvolvido, considerac~oes sobre o treinamento e experi^encia adquirida.

Em [Raja 94] tem-se o resumo do projeto e implementac~ao do simulador avancado

de treinamento de operador (OTS) baseado no OTS desenvolvido para o Electric Power

Research Institute (EPRI). S~ao feitas varias considerac~oes sobre o OTS, os principais

componentes que constituem um simulador para treinamento, sobre o modelamento do

sistema de pot^encia, os requisitos para entrada de dados, s~ao feitas comparac~oes com o

OTSdesenvolvidoparaoEPRI,ainicializac~aocom osdadosemtemporealecomentada,

assim como a determinac~ao do caso base a partir dos dados de inicializac~ao. S~ao feitas

considerac~oes tambem sobre acomunicac~aoentre os subsistemasque comp~oem o

simula-dor. Finalmentes~aorelatadas asexperi^enciasqueforamadquiridascomaimplementac~ao

e utilizac~ao do simulador, tanto pelos responsaveis pelaaplicac~ao do treinamento, como

pelos participantes das sess~oes de treinamento.

A motivac~ao para o desenvolvimento do programa descrito em [Over 95] foi a de se

ter um programa de simulac~ao de sistema de pot^encia proprio para instruir alunos de

graduac~aoepessoal semconhecimentotecnicoespec conaarea. Istonecessitou ousode

umainterfacegra caamigavelcomousuariotalqueosestudantes pudessemdispordeseu

(40)

apenasaprendendocomousaroprograma. Conceitosbasicosprecisaramserapresentados

de maneirasimples,poremoprograma necessitoudetalhessu cientes paramanter o

inte-resse e proporcionar desa o aoestudante de engenharia avancado. A principalinvestida

doprogramainclui uxo depot^enciabasicoemumarede,comocontrolesdosistema(tais

como ponto de ajuste MW/tens~ao do gerador, transformadores LTC, sada de linhas e

transac~oes de pot^encia) afetam o uxo de pot^encia e conceitos de controle de area tais

como erro de controle de area, controle automatico de gerac~ao edespacho econ^omico.

Em [Okap96] s~aodescritos o projeto e a operac~ao de um prototipo de um pacote de

programa de computador baseado em realidade virtual usado para treinar operadores.

Demonstratambema exequibilidadedo sistemade treinamento de operadorbaseado em

realidade virtual natentativa de direcionar esses resultados no ambiente do operador do

sistema.

Em[Shin 99]osautoresapresentamumpacotegra cointerativobaseadoemWindows,

desenvolvido para ns educativos e de treinamento de operac~ao, analise e modelagem de

sistema de pot^encia. Possui interface gra ca amigavel com o usario e sistema visual

de gerenciamento de banco de dados. Podem ser citadas as seguintes caractersticas do

pacote: editor gra co para editar visualmenteo diagramadosistema de pot^encia,banco

de dados dosistema de pot^encia baseado emWindows para gerenciar interativamenteos

dados, representac~oes gra cas, esquemas de interrupc~ao e animac~ao. Os programas de

aplicac~ao includos no pacote desenvolvido s~ao: calculo de uxo de pot^encia, analise de

estabilidade transitoria, analise de faltas, despacho econ^omico e controle automatico de

(41)

Simulador Proposto

4.1 Desenvolvimento

O simulador proposto apresenta duas partes distintas: uma que apresenta ainterface

gra ca, desenvolvidacom a linguagem Tcl/Tk e outra queengloba asfunc~oes avancadas

(aplicativos) de analise de rede com os programas desenvolvidos na linguagem Fortran.

A interac~ao entre as partes e feita atraves de arquivos de dados que s~aocompartilhados

e frequentementeatualizados. Para o desenvolvimento doprograma principal,escritoem

Tcl/Tk no ambiente Unix, das estac~oes de trabalho Ultra 1, da Sun Microsystems, que

deu origem ao simulador de treinamento para sistemas de pot^encia pretendido, foram

seguidas varias etapas que s~ao descritas a seguir.

 De nic~aodosistema a ser estudado

Optou-se por um sistema ctcio composto por quatro subestac~oes interligadas de

forma a compor um sistema fechado. O sistema exemplo foi escolhido de modo a

poder expor didaticamente os objetivos propostos. Embora o sistema base para o

desenvolvimento sejaum sistema ctcio,de dimens~oes reduzidas, todo oprograma

foiescritodeformaaserfacilmenteexpandidoouadaptadoparaoutrodedimens~oes

diferentes,bastandoacriac~aodearquivosemformatoadequadoeatualizaronumero

de subestac~oes.

 Determinac~aoda topologia fsica de cada subestac~ao

Cada subestac~ao foi especi cada com um nvel de detalhamento elevado, com as

barras existentes (operac~ao, manutenc~ao e transfer^encia, dependendo do caso), os

disjuntores, as cargas, representac~ao de transformadores e geradores e ainda, sua

topologia.

(42)

como circuito todo elemento que n~ao seja chave seccionadora ou disjuntor. Fazem

partedessadenominac~aodecircuito: asbarras,aslinhasde transmiss~aoeostapsde

transformadores de cada subestac~ao. A de nic~ao dos circuitos de cada subestac~ao

e feita uma unica vez e n~ao foi seguida regra alguma de formac~ao, com excec~ao

dos numeros dos circuitos que foramsequenciais para cada subestac~ao. Caso haja

alguma modi cac~ao posterior em cada uma das subestac~oes, deve ser efetuada a

revis~ao dos circuitos existentes, acrescentando ou retirando circuitos.

 Elaborac~aodos arquivosde dados

Aelaborac~aodosarquivosdedadosfoiaetapaseguinte. Foifeitaaopc~aodequepara

cada subestac~ao existiria arquivos de dados correspondentes, com as informac~oes

necessarias.

4.2 Ferramenta de auxlio

Durante o desenvolvimento do diagrama uni lar das subestac~oes e do sistema geral,

foi utilizada a ferramenta gra ca Visual Tcl [Alle 97] para auxiliar na correta alocac~ao

dos elementos na tela de sada. vTcl e um ambiente de desenvolvimento de aplicac~ao,

para plataformas Unix, Windows e Macintosh, disponvel aos usuarios sem custo. Foi

escritointeiramenteemTcl/Tkegera codigo puramenteemTcl/Tk. Suas caractersticas

s~ao[Macd97]:

 n~ao necessita bibliotecas externas, utilizandosomente Tcl/Tk;

 importa codigos Tcl/Tk pre-existentes;

 interface gra ca para amaioria dos aspectos dodesenvolvimento doTcl/Tk;

 suporte extensivopara gerenciador de geometriae widget.

4.3 Arquivos de Dados

Os bancos de dados s~ao as bases onde cam armazenadas as informac~oes sobre o

sistema eletrico, requeridas pelas func~oes de analise de rede. No presente trabalho,

tem-se tambem arquivos de dados necessarios para a parte de interface gra ca ao usuario

comasinformac~oesexigidaspelalinguagemTcl/Tk. Algunsarquivoss~aocompartilhados

pelas func~oes avancadas escritas em Fortran e pelo programa desenvolvido em Tcl/Tk.

A elaborac~aodo banco de dados euma etapa importanteque requer que sejam tomados

certos cuidados. Para as func~oes de analise de rede, s~ao necessarios basicamente dois

(43)



e o caso dos par^ametros de linhas e de transformadores. Os dados de alta frequ^encia de

atualizac~aos~ao armazenadosem um banco de dados din^amico,como eo caso de valores

de magnitudede tens~ao, uxo de pot^enciaem linhasde transmiss~ao,estados de chaves e

disjuntores (aberto/fechado).

Osbancosdedadosemtemporeals~aoconstitudospelosdadosdescritivosdosistema,

em conjunto com os modelos da rede e os resultados obtidos pelas varias func~oes e t^em

porobjetivo nal atender os requisitosde operac~aodo sistema.

No presentetrabalho, osarquivos de dados foramdivididos nas seguintes categorias:

 arquivos com dados topologicos

 arquivos com dados din^amicos

 arquivos com dados auxiliares

 arquivos com dados temporarios

Os arquivos topologicos forampor sua vez subdivididos em:

 arquivoscom osdadostopologicosde con gurac~aodosistemaedas subestac~oes que

fazem parte do sistema

 arquivos com os par^ametroseletricos dos componentes das subestac~oes

Na gura 4.1 pode ser vista de maneira simpli cada o uxo dos dados entre os

pro-gramas de interface gra ca (Tcl) e as func~oes de analise de rede escritas na linguagem

Fortran. As setas indicamo caminhopermitidopara o uxo dos dados.

Tem-searquivosde dados exclusivos paraasrotinasTcl, assimcomoarquivos

exclusi-vosparaosaplicativosderede. Tem-setambemarquivosdedadosques~aocompartilhados.

As rotinasTcl geram arquivos de dados que servir~ao como dados de entrada para as

ro-tinas de analise de rede. Os resultados das rotinas de analise de rede, por sua vez s~ao

armazenadosem arquivosde dadosque aposas devidasmanipulac~oespara adequac~aode

formato, servir~ao de dados de entrada para oprograma de interface gra caTcl.

A gura mostra tambem que o usuario tem permiss~ao de atuar nos conjuntos de

arquivos de dados denominados: dados topologicos, dados din^amicos e dados auxiliares.

Essa atuac~ao pode ser de maneira direta, ou seja, nos proprios arquivos de dados, ou

ent~ao indiretamente, istoe,o usuarioatua atraves dainterface gra ca. Deve-se observar

que o proprio programa reconhece quando as modi cac~oes s~ao efetuadas via teclado,

(44)

Arquivo

de

Dados

T C L

Arquivo

de

Dados

Arquivo

de

Dados

Arquivo

de

Dados

DE

ANÁLISE

REDE

Arquivo

de

Dados

Usuário

Usuário

Usuário

TOPOLÓGICOS

DADOS

AUXILIARES

DADOS

DINÂMICOS

DADOS

TEMPORÁRIOS

DADOS

(45)

4.3.1 Arquivos com Dados Topologicos

Neste conjuntode dadosse encontram osdados necessarios para a con gurac~aofsica

dos diagramasuni lares das subestac~oes, dosistema geral edos elementosquecomp~oem

as subestac~oes. De acordo com o tipo do elemento a ser representado na tela de sada,

s~aofornecidososdados adequados. Para maiordetalhamentonaelaborac~aodos arquivos

de dados ver Ap^endiceB. Ostiposde elementospodem ser:

 Elementos que s~ao desenhados:

{ linha de transmiss~ao

{ barramento

{ textos em geral

{ gerador

{ transformador

 Elementos com variaveis associadas:

{ tens~ao

{ uxo ativo

{ uxo reativo

{ gerac~ao de pot^encia ativa

{ gerac~ao de pot^encia reativa

{ carga ativa

{ carga reativa

{ tap de transformador

{ disjuntor

 Arquivoscom especi cac~oes dos par^ametros eletricos dos elementos

Variasinformac~oesqueser~aoutilizadastantopelosaplicativosquantopeloprograma

Tcl/Tk est~aocontidas nestesarquivos. Osgruposde informac~oes s~aoseparados por

indicadores pre-de nidos. Os grupos s~ao:

{ circuitose elementos associados

Os circuitos de nidos est~ao aqui especi cados. Cada circuito esta associado a

umelementoquedeacordocomotipodevepossuirdeterminadasespeci cac~oes,

que descrevem os par^ametros necessarios para obter o desempenho eletrico da

rede. Os tipospossveis e asinformac~oes necessarias s~ao:

(46)

 resist^encia da linha

 reat^anciada linha

 admit^ancia shunt dalinha

 limite maximo

 barramento:

 nvelde tens~ao

 identi cac~aoda variavelassociada

 segmento:  nvelde tens~ao  transformador:  resist^encia  reat^ancia  tap nominal  tap mnimo  tap maximo

 limite ativo maximo

 gerador:

 nvelde tens~ao

 reat^anciado gerador

 pot^encia ativamaxima

 pot^encia reativa mnima

 pot^encia reativa maxima

 identi cac~aodo gerador

 carga:

 nvelde tens~ao

 carga ativa

 carga reativa

{ disjuntores ecircuitos associados

Cada disjuntor deve possuir:

 os numerosdos circuitos associados antes e apos odisjuntor

 o nome davariavelque representa cada disjuntor

 os numerosdos circuitos

{ variaveis dosistema

Neste grupo, de acordo com o tipo da variavel existe um indicador associado.

As informac~oes necessarias s~ao:

 tipo(V, MW ouMVAr)

 valormedidoou valorcalculado

(47)

 numerodo circuitoassociado

 valorda variavel

Uma vez que os arquivos contendo os dados acima descritos s~ao do tipo texto, cuja

formac~aodetalhadapodeserveri cadanoAp^endiceB,nadaimpedequesejadesenvolvida

nofuturoumarotinaquecrieautomaticamenteessesbancosdedadosdemaneiradesejada

pelo usuario. A preocupac~ao com a modularizac~ao dos arquivos, de modo a facilitar a

posterioralterac~aodearquivos,foiumaconstanteduranteodesenvolvimentodoprograma

proposto.

4.3.2 Arquivos com Dados Din^amicos

Os arquivos que contem dados din^amicos do sistema s~ao aqueles que s~ao criados

ao longo da simulac~ao, pelas proprias rotinas do programa Tcl/Tk. A formac~ao desses

arquivos pode ser feita de duas maneiras:

 os dados s~ao obtidos apartir das telas de sada de cada subestac~ao

Neste casoosdadosrepresentam oestadoatualde cadavariavelquepodem tersido

modi cados ou n~ao pelousuario.

 os dados s~aoresultantes dos calculosefetuados pelos programas de calculo do uxo

de cargaou estimador de estado.

Durante a elaborac~ao dos arquivos de dados, optou-se pela criac~ao de arquivos para

cada subestac~ao que comp~oe o sistema em estudo, visando facilitar novas inclus~oes ou

retiradas futuras,ver Ap^endiceB.

Osarquivoscom os dados din^amicos que representam o estado atual das variaveisde

cada subestac~aoecomposto pelas seguintes informac~oes:

 estado dos disjuntores (aberto oufechado)

 tens~ao nas barras

 uxo de pot^encia ativanos linhasde transmiss~ao

 uxo de pot^encia reativa nas linhas de transmiss~ao

 pot^encia ativados geradores

(48)

 consumo reativo das cargas

 posicionamentodos taps dos transformadores

No caso onde os arquivos de dados s~ao formados a partir dos resultados dos calculos

efetuados, e feita uma selec~ao dos dados atraves de rotinas (procedures) do proprio

pro-gramaprincipalescritonalinguagemTcl, paracada subestac~ao,osdadosnecessarios s~ao

devidamente tratados, podendo ser mostrados diretamente na tela de sada ou copiados

emarquivos correspondente a cada subestac~ao para uso posterior.

A principal caracterstica dos arquivos de dados chamados din^amicos e a de que a

cadanovasimulac~aoessesarquivoss~aocriadoseapagados,podendoent~aoter seusvalores

modi cados durante a execuc~ao da simulac~ao.

4.3.3 Arquivos com Dados Auxiliares

Neste caso est~ao includos os arquivos que s~ao criados durante a simulac~ao, onde

o usuario efetua o salvamento de tantas quantas forem as con gurac~oes que julgar

ne-cessarias para estudo posterior. No momento que o usuario desejar o caso em estudo

pode ser guardado, podendoser acessado novamentedepois aqualquer instante.

Neste tipodearquivotem-setambemosarquivosquerepresentamascurvasdecargas

dasinjec~oesquefazempartedosistemaemestudo. Essesarquivosdevemserdevidamente

preparadose adequados para autilizac~ao. Podendo, portanto ser modi cadosa qualquer

momento pelo usuario. A gura 4.2 mostra um exemplo de curvas de carga utilizadas

para comporobancode dados. Tomou-secomo exemploascurvasde cargasdas injec~oes

ativase reativas dasubestac~ao 2em uma quarta-feira,detalhes ver Ap^endiceB.

4.3.4 Arquivos com Dados Temporarios

Durantea simulac~aoalguns arquivosde dados s~aocriados temporariamentepara

uti-lizac~ao emdeterminado momento,n~aosendo mais necessarios apos uso. Como acriac~ao

destetipode arquivo estadiretamenterelacionadacomaexecuc~aodoprograma de

simu-lac~ao,o usuarion~ao tem permiss~aode modi caresses dados, que s~aocriados/destrudos

aolongo dasimulac~ao,como mostraa gura 4.1.

A cada novo incio de uma determinada simulac~ao esses arquivos s~ao devidamente

preparados. Neste tipo de arquivo podem ser citados como exemplos os arquivos que

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