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Artigo
original
Tratamento
cirúrgico
minimamente
invasivo
das
fraturas
instáveis
da
falange
proximal:
parafuso
intramedular
夽
Marcio
Aurélio
Aita,
Paulo
Augusto
Castro
Mos,
Gisele
de
Paula
Cardoso
Marques
Leite,
Rafael
Saleme
Alves,
Marcos
Vinicius
Credídio
e
Eduardo
Fernandes
da
Costa
∗FaculdadedeMedicinadoABC(FMABC),SantoAndré,SP,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo: Recebidoem21desetembrode2014 Aceitoem15dedezembrode2014 On-lineem3deagostode2015 Palavras-chave: Fixac¸ãodefratura Fixac¸ãointernadefraturas Fraturasdafalangeproximal
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Analisarosparâmetrosclínico-funcionaiseaqualidadedevidadepacientes sub-metidosaotratamentocirúrgicominimamenteinvasivodasfraturasextra-articularesda falangeproximalcomusodoparafusointramedular(Acutrak®).
Métodos:Umestudoprospectivofoifeitodejaneirode2011asetembrode2014eincluiu 41pacientese48dedosacometidoscomfraturadafalangeproximalextra-articulare instá-velsubmetidosaotratamentocirúrgicominimamenteinvasivocomparafusointramedular (Acutrak®).Essespacientesforamavaliados12mesesapósacirurgiapormeiodo
questio-nárioDASHdequalidadedevida,escaladedorVAS,arcodemovimento(admemgraus)e avaliac¸ãoradiográfica.
Resultados:Todosospacientesobtiveramreduc¸ãoadequadaeconsolidac¸ãodasfraturas. Houvemelhoriaestatisticamentesignificativadaqualidadedevida(DASH),escaladedor (VAS)earcodemovimento.
Conclusão:Atécnicaminimamenteinvasivanotratamentodasfraturasinstáveise extra--articularesdafalangeproximalcomoparafusointramedularAcutrak®éeficazesegurae
apresentaresultadosclínico-funcionaissatisfatórios.
©2015SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
Minimally
invasive
surgical
treatment
for
unstable
fractures
of
the
proximal
phalanx:
intramedullary
screw
Keywords:
Fracturefixation Internalfacturefixation
Fracturesoftheproximalphalanx
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective:Toanalyzetheclinical-functionalparametersandqualityoflifeofpatients under-goingminimallyinvasivesurgicaltreatmentforextra-articularfracturesoftheproximal phalanx,usinganintramedullaryscrew(Acutrak®).
Methods:Between January 2011 andSeptember 2014, a prospective study was conduc-tedon 41 patients (48 fingers) with unstable extra-articular fractures ofthe proximal
夽TrabalhodesenvolvidonaDisciplinadeOrtopediaeCirurgiadaMão,FaculdadedeMedicinadoABC(FMABC),SantoAndré,SP,Brasil. ∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:eduardo.fcosta42@gmail.com(E.F.daCosta). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.12.001
phalanx,whounderwentminimallyinvasivesurgicaltreatmentusinganintramedullary screw(Acutrak®).Thesepatientswereevaluated12monthsafterthesurgerybymeansof
theDASHquality-of-lifequestionnaire,VASpainscale,measurementofrangeofmotion (ROM,indegrees)andradiographicassessment.
Results: Allthepatientsachievedadequatereductionandconsolidationoftheirfractures. TherewerestatisticallysignificantimprovementsinqualityoflifeontheDASHscale,pain ontheVASscaleandrangeofmotion.
Conclusion: Theminimallyinvasivetechniquefortreatingunstableextra-articularfractures oftheproximalphalanxusinganintramedullaryscrew(Acutrak®)iseffectiveandsafe,and
itpresentssatisfactoryclinical-functionalresults.
©2015SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Asfraturasdefalangessãolesõesfrequenteserepresentam 6%detodasasfraturas.1,2 Afraturadefalangeproximaléa
maisincidenteemrelac¸ãoàsfalangesmédiasoudistais.3,4
Aindicac¸ãodetratamentocirúrgicodessasfraturasdeve levar emconsiderac¸ão o tipo do trac¸o fraturário,o desvio entre os fragmentos e a dificuldade de manter a reduc¸ão incruentadafratura.3Essetratamentovisaprincipalmenteà
restaurac¸ãodaanatomiaedafunc¸ãododedoacometido.4,5
As técnicas descritas variam de uma estabilidade rela-tiva ao princípio de estabilidade absoluta. Por vezes, uma combinac¸ãodemétodosénecessária6eissodependeda
natu-rezadotrac¸ofraturário,dadisponibilidadedeimplanteseda preferênciadocirurgião.
Dentre as complicac¸ões cirúrgicas destacam-se: rigidez articular,aderênciae/ourupturadotendãoextensor,1perda
funcionaldodedo2ou,ainda,consolidac¸ãoviciosa,
pseudoar-troseeosteomielite.5-7
Essas complicac¸ões são frequentemente causadas pelo poucoconhecimentodabiomecânicadesseórgão,pelacrenc¸a infundadadequetodasasfraturasdamãoserãoresolvidas comotratamentoconservadoroupelapoucacooperac¸ãodos pacientes.8
Nabuscademinimizaressascomplicac¸ões,descrevemos deformainéditaoprincípiodetutorinternointramedular9-11
comousodeumparafusocônicodecompressão(Acutrak®)
inseridodeformapercutânea.Esseprocedimentoapresenta comovantagemanãoabordagemdotendãoextensorafimde evitaraaderênciatendinosaearigidezarticular.
O objetivo foi analisar os resultados clínico-funcionais dospacientes comdiagnósticode fraturaextra-articularda falangeproximalcomdesvio,redutíveleinstável,queforam submetidosaotratamentocirúrgico pelatécnicade osteos-síntesepercutâneaeminimamenteinvasivacomoparafuso Acutrak® para evitando a abordagem do tendão extensor
dessededo.
Material
e
métodos
Dejaneirode2011asetembrode2014foramavaliados41 paci-entese48dedosacometidosatendidosnosambulatóriosdo
GrupodaMãoeMicrocirurgiadanossainstituic¸ão.Foifeito um estudoprospectivoque incluiu todosos pacientes que apresentavam diagnósticodefraturas redutíveiseinstáveis dafalangeproximaldosdedosdamãosubmetidosaoexame físicoearadiografiassimplesposteroanterior(PA)eoblíqua damãoePAeperfil(P)dodedoacometido.
Oscritériosde inclusãoforampacientesadultosde18a 65anosdeambosossexoscomdiagnósticoclínicoepor ima-gemdefraturasredutíveiseinstáveisdafalangeproximaldos dedosdamãoequepreencheramoTermodeConsentimento Voluntário,LivreeEsclarecidoeoprotocolodeconflitode inte-resses,conformeComitêdeÉticaemPesquisadainstituic¸ão númeroCAAE:12759813.4.0000.0082.
Os critérios de exclusão foram pacientes que tinham doenc¸asassociadasnamão,doenc¸asosteometabólicas, paci-entessubmetidosaqualquerprocedimentocirúrgicoprévio namãoequeapresentavamafecc¸õescrônicasqueacometiam asmãosbilateralmente.
Aavaliac¸ãofuncionalfoifeitaporprofissionais doSetor de TerapiaOcupacionalde MãodoHospital. Amensurac¸ão clínico-funcionalfoiexecutadapelaporcentagemdamedida (emgraus)dosarcosdemovimento(adm)dodedonormal ver-susoacometido,comgoniômetroúnicoeespecífico.Aanálise clínicadadorfoifeitapelaescalaVAS(VisualAnalogueScale) dezeroaté10,paraaavaliac¸ãosubjetiva.
Aavaliac¸ãodaqualidadevidafoifeitapormeiodo Ques-tionário DASH (anexo 1), que corresponde ao instrumento validadoparaavaliac¸ãodomembrosuperior.
Aavaliac¸ãoradiográficadaconsolidac¸ãodafraturafoi ava-liadasubjetivamentepelaequipemédica.
Ospacientesforamsubmetidosaosteossíntesedefratura defalange,semabordarotendãoextensor.Todosforam ope-radospelatécnicaminimamenteinvasivaepercutâneacomo usodoimplanteparafusoAcutrak®,comoprincípiodetutor
intramedular,paraaestabilizac¸ãodafraturadafalange pro-ximal.
Técnicaoperatóriadaosteossíntesecomparafuso Acutrak®
Aabordagempercutâneafoifeitanabasedafalangeproximal pormeiodeumaincisãode0,5cmsobafacelateraldo ten-dãoextensoremsuaregiãodorsal,comabordagemmínimae percutâneadocapuzextensoracometido.Posteriormente,foi
Figura1–Visualizac¸ãodopontodeentradadoparafusona basedorsaldafalangeproximalquemostraapreservac¸ão dacartilagemarticulardabasedafalangeproximal nametacarpofalangeana.Dissecc¸ãodecadáver.
feitaareduc¸ãoincruentadafraturadafalangeproximal,com oauxíliodatrac¸ãoaolongododedo,mantendoa interfalan-geanaproximaledistalestendidas.Essareduc¸ãofoifeitasob visãoindireta,comoauxíliodaradioscopia.Seguiu-secoma passagemdofioguiadafacedorsaldafalange,emseuápice, cruzandoofocofraturário,emdirec¸ãoàregiãodistale pal-mardoosso até cruzar essa cortical,com preservac¸ãodos côndilos.Após isso,foifeita amensurac¸ãodotamanho do implantecommedidoreafresagemdocanalmedular,com ousodebrocacônicaeespecífica.OparafusoAcutrak® foi
entãoinseridonaintramedularabaixodacorticaldorsal,na regiãoproximaldafalangeejuntoàcorticalpalmardesseosso (fig.1).Dessaforma,foipossívelacompressãoeestabilizac¸ão dofocofraturário,pormeiodoauxíliodaradioscopia,afim demanteroparafuso emsuaposic¸ãoideal.Nofim do pro-cedimentoforamfeitasasuturaporplanosearadioscopiae radiografiapós-operatóriadamãoparacontrolepós-cirúrgico (figs.2e3).
Análiseestatística
Usamos a planilha eletrônica MS-Excel, em suaversão do MS-Office 2010, para a organizac¸ão dos dados e o pacote estatísticoIBMSPSS(StatisticalPackageforSocialSciences), emsuaversão 22.0,paraaobtenc¸ãodosresultados.Foram
Figura2–Aspectoradiográficopós-operatórioemperfil dopaciente27.
adotadoscomoníveldesignificânciavalorescomp<0,005e intervalodeconfianc¸ade95%.
Medidas de tendência central(média,mínimo,máximo, desviopadrãoepercentis)foramtomadaseposteriormente comparadaspormeiodoTestedosPostosSinalizadosde Wil-coxon(tabela1),comointuitodeverificarpossíveisdiferenc¸as entreasvaríaveiscontínuasparacadavariáveldeinteresse.
Figura3–Aspectoradiográficopós-operatório emanteroposteriordopaciente27.
Tabela1–Distribuic¸ãoepidemiológicaeseguimentopós-operatóriodospacientes
Número Idade(anos) Dedoafetado Seguimento(meses) Retornoaotrabalho Complicac¸ões
1 36 2QDD 12 antesde6meses Não
2 36 3QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
3 48 4QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
4 26 2QDD 12 outraocupac¸ão Sim
5 23 4QDE 12 outraocupac¸ão Não
6 19 4QDE 12 mesmaocupac¸ão Não
7 29 5QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
8 36 1QDE 12 outraocupac¸ão Não
9 21 3QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
10 24 2QDD 12 outraocupac¸ão Sim
11 24 3QDD 12 outraocupac¸ão Não
12 36 4QDE 12 mesmaocupac¸ão Não
13 48 2QDE 12 outraocupac¸ão Não
14 41 3QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
15 21 5QDD 12 mesmaocupac¸ão Sim
16 30 2QDD 21 mesmaocupac¸ão Não
17 32 3QDD 20 outraocupac¸ão Não
18 25 3QDD 20 mesmaocupac¸ão Não
19 28 5QDD 20 mesmaocupac¸ão Não
20 19 3QDD 18 mesmaocupac¸ão Não
21 23 1QDD 18 outraocupac¸ão Não
22 25 2QDE 17 mesmaocupac¸ão Não
23 25 3QDE 17 mesmaocupac¸ão Não
24 29 5QDE 17 mesmaocupac¸ão Não
25 32 5QDE 17 outraocupac¸ão Não
26 30 5QDE 17 mesmaocupac¸ão Não
27 25 2QDD 15 mesmaocupac¸ão Não
28 47 4QDD 16 mesmaocupac¸ão Não
29 19 5QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
30 28 5QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
31 28 4QDD 12 mesmaocupac¸ão Não
32 23 5QDD 12 outraocupac¸ão Sim
33 28 3QDD 12 outraocupac¸ão Não
34 28 4QDD 12 outraocupac¸ão Não
35 28 5QDD 12 outraocupac¸ão Não
36 25 3QDD 33 mesmaocupac¸ão Não
37 29 5QDD 32 mesmaocupac¸ão Não
38 46 1QDD 32 mesmaocupac¸ão Não
39 29 4QDE 32 mesmaocupac¸ão Não
40 51 5QDD 31 mesmaocupac¸ão Não
41 38 1QDE 31 mesmaocupac¸ão Não
42 29 2QDD 23 mesmaocupac¸ão Não
43 29 3QDD 23 mesmaocupac¸ão Não
44 36 5QDD 20 mesmaocupac¸ão Não
45 42 5QDD 20 mesmaocupac¸ão Não
46 21 3QDE 19 mesmaocupac¸ão Não
47 36 5QDE 19 mesmaocupac¸ão Não
48 19 2QDD 19 mesmaocupac¸ão Não
Fonte:Arquivodoservic¸o.
Resultados
Todosospacientesmantiveramareduc¸ãoobtidanoato ope-ratórioeaconsolidac¸ãodafratura.
Todos apresentaram melhoria dos parâmetros clínico--funcionaise houve melhoria dos resultados das variáveis ADM(arcodemovimento)(fig.4),DASH(DisabilityArm Shoul-der Hand) e VAS (Value Analogue Score) (tabela 2). Todos os pacientes melhoraram a qualidade de vida, retornaram ao trabalho, com diminuic¸ão significativa dos valores do
questionário DASH (fig. 5). Ocorreu melhoria da dor, com diminuic¸ãodosvaloresdaescalaVAS(fig.6).
Aocomparamos osresultadosclínicos-funcionais como ladonãoacometido(arcodemovimento,DASH,VAS), obser-vamosquenãohouvediferenc¸aestatísticasignificativaentre osvaloresanalisados,oquemostraarecuperac¸ãofuncional dosdedosacometidos.
O índice de complicac¸ões foi de 8,33%. O paciente 4, com lesões abrasivas nos dedos, apresentou infecc¸ão pós--operatória com exposic¸ão do implante, que foi removido
Tabela2–Comparac¸ãodasvariáveisdeinteressenosmomentosdeobservac¸ãopréepós-operatório Pardevariáveis n Média Desviopadrão Mínimo Máximo Percentil25 Percentil50
(mediana) Percentil75 Sig.(p) ADMnormal 48 100,0 0,00 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 0,002 ADM1ano 48 97,02 7,02 65,0 100,0 96,25 100,0 100,0 DASHnormal 48 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,002 DASH1ano 48 3,56 7,00 1,00 45,0 1,00 1,00 4,00 VASnormal 48 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,002 VAS1ano 48 1,52 1,11 1,00 6,00 1,00 1,00 1,75
Fonte:Arquivodoservic¸o.
100,50 100,00 99,50 99,00 98,50 98,00 ADM 97,50 97,00 96,50 96,00 95,50 ADM Normal 100,00 Fonte: Arquivo do serviço
1 ano 97,02
Figura4–Comparac¸ãodavariávelADM(arco demovimento)dedonormalededoafetado(%). Fonte:Arquivodoservic¸o.
apósaconsolidac¸ãodafratura.Ospacientes10,15e32 evo-luíram com dorna MF, talvez pelocomprimento longo do parafuso,tambémremovidoapósaconsolidac¸ãodafratura, quandomelhorou ador. Otempo deseguimento foi de17 meses,mínimode12emáximode36.Aidadefoi,emmédia, 30anos,mínimode19emáximode51.
4,00 3,50 3,00 2,50 D ASH DASH 1,00
Fonte: Arquivo do serviço
Normal 3,56 1 ano 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00
Figura5–Comparac¸ãodavariávelDASH:ladonormal eladoafetado.
Fonte:Arquivodoservic¸o.
Discussão
Aevoluc¸ãonotratamentoda fraturadafalangeproximalé umanecessidadeemnossomeio,nãosomentepeloaumento da incidênciadessa fratura emnosso meio como também pelosresultadosnãoconvincentesdemétodosconvencionais deosteossíntese.7-10Abuscadetécnicasmenosinvasivasvisa
a um procedimento que atue na estabilidade do implante associadaaumamobilizac¸ãoprecocedodedoecommenor taxadecomplicac¸ões.11-14
Para esse fim foram desenvolvidos diversos instrumen-tos,comoasnovasplacasbloqueadaseespecíficasde1,5ou 2mmcomaespessuramínima de2ou3mmassociadaao instrumentalcomguiasepinc¸asdereduc¸ãoextremamente precisas. O parafuso de autocompressão Acutrak®,
previa-mentedesenhadoparaotratamentodafraturadoescafoide equeatualmenteéusado paraofêmurproximal,osossos dopéedotornozeloeatédefalangesproximais,usadocomo princípiodetutorintramedular,comodescritonesteestudo, permiteaestabilidadeadequadanecessárianasfraturasde falangeproximal.
A abordagem minimamente invasiva e percutânea,14-17
comousodoparafusodecompressão,comoprincípiodetutor internoesemaabordagemdotendãoextensor,diminui signi-ficativamenteoriscodaaderênciadotendãoaoimplante.Isso éexplicadopelofatodenãohavercontatodotendão exten-sorcomosimplantes.Dessaforma,hámenorriscoderigidez articulardessesdedos,poisométodoaplicadonesteestudoé
1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 VA S VAS 1,00
Fonte: Arquivo do servico
Normal
1,52
1 ano
Figura6–Comparac¸ãodavariávelVAS:ladonormalelado afetado.
estávelsuficientementeparapermitiramobilidadearticular da metacarpofalangeana e interfalangeanas desde o pós--operatórioimediato.Asdeformidadessãomínimas,devido à facilidade na reduc¸ão da fratura eà manutenc¸ão dessa, duranteoseguimento,quandoestemétodoéaplicado.16-18
Ao analisarmos os parâmetros radiográficos, todos os pacientes mantiveram a reduc¸ão inicial obtida da fratura e demonstraram que ambos os implantes usados neste estudo são seguros e estáveis e permitem uma adequada consolidac¸ãoóssea.
Quando comparamos horizontalmente os resultados clínicos-funcionaiscomoladonãoacometido(arcode movi-mento, DASH, VAS), observamosque não houve diferenc¸a estatísticasignificativa,oquemostraarecuperac¸ãofuncional dosdedosacometidos.
Nossos valores clínico-funcionais (ADM) obtidos foram superioresaosdadosdapesquisadeItaderaetal.,17emqueos
pacientesforamtratadoscomtécnicaminimamenteinvasiva comfiosintramedularesequenãoobtevereduc¸ões anatômi-casporessemétodo.
Held et al.,18 que usaram o tratamento conservador
comórteseespecifica,apresentaram91%damanutenc¸ãoda reduc¸ãodafratura.Emnossoestudo,acreditamosqueo trata-mentocirúrgicofoimaiseficaz,comresultadospróximosde 100%,semelhantesaoutrosestudospublicados.11,12,16,19
Ao avaliar as complicac¸ões, os estudos de Yan et al.16
evidenciaram piores resultados funcionais e maior taxa de complicac¸ões nospacientes tratadoscom técnicas con-vencionais. Dentre as complicac¸ões destacaram-se edema, pseudartrose,rigidezarticular einfecc¸ãopós-operatóriano sítiocirúrgico.Esseeventofoiobservadoem8,33%dos pacien-tesemnossoestudoefoitratadocomaretiradadoimplante, curativosseriadoseantibioticoterapiacommelhoriado qua-droapósa sextasemana dacirurgia. Segundooestudode revisãodeGastóneChadderdon,20aabordagemcirúrgicaideal
das fraturas instáveis da falange proximal ematletas é o
tratamento minimamente invasivo associado a implantes com maior resistência,afim depermitir a mobilidade eo retornoprecoceaoesporte,conceitoesseaplicadoneste pre-sente estudo, que mostra resultados satisfatórios, como o DASHde3,56eoíndicedecomplicac¸õesde8,33%.
Acomparac¸ãodetutoresintraouextramedulares,feitano estudodeOzeretal.14notratamentodasfraturasdiafisárias
dofêmur,datíbiaedoúmero,demonstrousuperioridadeda hastefresada21,22 (tutorintramedular)nofêmurenatíbiae
apresentoumenorestaxas decomplicac¸ões.Entretanto,em relac¸ãoaoúmerohásuperioridadedotratamentoconservador edaplacapercutânea(emponte),queapresentammenores taxasdecomplicac¸ões.23
Neste estudo, procuramos abordar a diáfise da falange pormeiodatécnicaminimamenteinvasivadeforma seme-lhanteàabordagemdeoutrosossosdescritosnaliteratura. Deforma análoga, usamosahaste(o parafusoAcutrak®)24
comoumtutorintramedular,paraotratamentodasfraturas extra-articularesdafalangeproximal.
Observamosqueacurvadeaprendizadoépequena,essa técnicaésegura,mantémadequadamentereduc¸ãoinicialda fraturaobtidanacirurgiacomresultadossatisfatóriose apre-sentabaixoíndicedecomplicac¸ões(8,33%).
Conclusão
Atécnicaminimamenteinvasivanotratamentodasfraturas instáveis eextra-articulares dafalange proximalcom para-fusoAcutrak®foieficazeseguraeapresentoubaixoíndicede
complicac¸ões.Osimplantesmantiveramareduc¸ãoadequada dafratura.
Conflitos
de
interesse
r
e
f
e
r
ê
n
c
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