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Avaliação das concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas e urinálise em gatos domésticos com Doença do Trato Urinário Inferior

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Medicina Veterinária, Recife, v.3, n.1, p.1-10, jan-mar, 2009 ISSN 1809-4678

Avaliação das concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas e urinálise em

gatos domésticos com Doença do Trato Urinário Inferior

1

(Evaluation in the seric concentration of the mineral, proteins, enzymes and urinalysis in

domestic cats with Lower Urinary Tract Disease)

“Artigo Científico/Scientific Article”

ER LimaA(*), AT VasconcelosB, EL AlmeidaA, MN TeixeiraA, EW RegoA, DG CoutinhoC, MA Rocha JuniorC

AÁrea de Clínica do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, 52171 900 Recife-PE/Brasil.

BHemope - Recife-PE/Brasil.

CBolsistas da área de Clínica do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, 52171 900 Recife-PE/Brasil.

Resumo

Foram utilizados 8 gatos, de ambos os sexos, sem raça definida, de 2 a 4 anos, divididos em 2 grupos, com 4 machos e 4 fêmeas, submetidos inicialmente à dieta exclusiva de ração seca industrializada, considerada como responsável de causar Doença do Trato Urinário Inferior (DTUI). Após o desenvolvimento dos sintomas desta enfermidade utilizou-se a ração seca industrializada para controle da DTUI. Os animais foram avaliados através das concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas e urinálise, mensalmente durante 6 meses. Nos resultados obtidos de acordo com a condição antes e depois da DTUI, os machos, apresentaram diferenças estatisticamente significativas para a creatinina, proteína total e pH urinário e as fêmeas, para o potássio, creatinina, proteína total, AST, magnésio, cálcio, uréia e pH urinário. Conclui-se que o uso da dieta terapêutica para DTUI teve influência nas concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas, na sintomatologia dos animais, com o desaparecimento da disúria, hematúria, cristalúria e diminuição do pH urinário.

Palavras-chave: DTUI, felino, proteínas, enzimas, minerais, urinálise. Abstract

There were used 8 cats, from both sex, of unknown breed, 2 and 4 years, divided in 2 groups, 4 males and 4 females, initially submitted to an diet industrialized dried food, considered as responsible for inducing Lower Urinary Tract Disease (LUTD). After the development of the clinical signs, it was used the therapeutic industrialized dried food recommended for the control of LUTD. The animals were mensally evaluated by seric concentration of the minerals, proteins, enzymes and urinary exam during 6 months. In the obtained results, in the agreement with the condition before and after LUTD, the males, presented significant statistic differences for the creatinina, total protein and urinary pH and the females, for the potassium, creatinina, total protein, AST, magnesium, calcium, urea and urinary pH. It may be concluded that the use of therapeutic diet for LUTD had influence in the seric concentrations of the minerals, proteins, enzymes, in the sintomatology of the animals, in the absence of the disúria, heamaturia, crystaluria and reduction of the urinary pH.

Key-words: LUTD, feline, proteins, enzymes, minerals, urinalysis.

(1)

Trabalho extraído da Tese de Doutorado da primeira autora apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

(*)Autor para correspondência/Corresponding author (evilda@dmv.ufrpe.br).

(2)

Introdução

A Doença do Trato Urinário Inferior

(DTUI) é uma enfermidade que compreende

vários transtornos do trato urinário inferior

dos

felinos.

Os

sinais

clínicos

mais

comumente apresentados pelos gatos são:

hematúria, disúria, polaquiúria, presença ou

não de obstrução uretral. Vários fatores de

risco estão associados à DTUI, como: idade,

sexo, sedentarismo, estresse, confinamento,

hereditariedade e dieta inapropriada que não

possui controle de minerais, de baixa

digestibilidade e/ou administrada em excesso.

A obstrução urinária gera anormalidades

clínicas e bioquímicas previsíveis que variam

com a duração e grau da obstrução. Contudo,

as anormalidades nos equilíbrios dos líquidos,

do estado ácido-básico e dos eletrólitos

causadas pela obstrução uretral provavelmente

ocorrerão independente da causa (NELSON e

COUTO, 2001; OSBORNE et al., 2004).

A obstrução uretral observada nos

machos

impede

que

os

rins

filtrem

adequadamente o sangue para eliminar as

substâncias tóxicas presentes. Por estarem os

rins impossibilitados de realizarem uma

correta filtração sanguínea, ocorre um

acúmulo de substâncias tóxicas como a uréia,

dificultando o equilíbrio iônico e ácido-básico

no organismo animal. Caso a obstrução esteja

presente começam a ser observados sinais de

uremia como anorexia, letargia, vômitos,

úlceras na boca, desidratação, depressão e

morte (CORNELL, 2003; OSBORNE et al.,

2004). Gatos que não têm obstrução completa

apresentam-se com hematúria, polaquiúria e

estrangúria (DIBARTOLA e BUFFINGTON,

1998). Os machos mostraram tendência ao

desenvolvimento da obstrução parcial ou

completa, devido ao fato de possuírem uretra

longa e estreita, favorecendo a instalação do

processo obstrutivo (CASE et al., 2002;

OSBORNE et al., 2004).

Outro

aspecto

que

deve

ser

considerado na DTUI é a dieta que esses

animais

consomem.

A

maioria

dos

proprietários de gatos os alimentam com

produtos comerciais, que estão disponíveis

sob as formas secas, enlatada e semi-úmida.

Os alimentos na forma seca utilizam

ingredientes de baixa umidade, a sua

desidratação excessiva ou incorreta pode

originar uma diminuição na porcentagem de

nutrientes, inclusive a sua perda total. Os

alimentos secos possuem menor densidade

energética, induzindo a um maior volume

fecal, menor volume urinário e aumento da

concentração de substâncias calculogênicas na

urina (CASE et al., 2002; OSBORNE et al.,

2004).

As concentrações bioquímicas séricas

apresentam mensurações que podem ser

afetadas por fatores metabólicos. Os valores

normais para adultos na espécie felina,

segundo Meyer et al. (1999) compreendem:

magnésio 2 – 4mg/dl; cálcio 8,0 – 10,7mg/dl;

fósforo 1,8 – 6,4mg/dl; sódio 141,0 –

153,0mEq/l; potássio 3,8 – 5,8mEq/dl; cloreto

108,0 – 127,0 mEq/l; proteína total 5,4 –

7,8g/dl; albumina 2,1 – 3,9g/dl; colesterol

90,0 – 205,0mg/dl; creatinina 0,8 – 1,8mg/dl;

uréia 10,0 – 30,0mg/dl; fosfatase alcalina 10,0

– 80,0UI/l; ALT 10,0 – 80,0UI/l; AST 10,0 –

80,0UI/l. Valores referênciais similares são

citados por Coles (1984), Nelson e Couto

(1994; 2001), Wingfield et al. (1998), Bush

(1999).

A elevação dos valores séricos do

cálcio são afetados pela concentração sérica

da albumina e com a filtração glomerular na

insuficiência renal aguda ou distúrbios

metabólicos. A concentração plasmática do

sódio é a mais comumente alterada como

resultado de uma alteração do mecanismo de

equilíbrio hídrico. Uma anormalidade no

potássio plasmático é reflexo dos mecanismos

fisiológicos envolvidos na homeostase do

soluto plasmático. Os pacientes com doença

renal podem reter potássio e desenvolver uma

hipercalemia. A composição de cloreto no

corpo varia inversamente com a concentração

de

bicarbonato

e

as

deficiências

de

bicarbonato podem ocorrer com o avanço de

distúrbios renais. Da mesma forma, a

habilidade de reter o sódio é frequentemente

perdida em doenças renais crônicas (MEYER

et al., 1999; OSBORNE et al., 2004). A

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Medicina Veterinária, Recife, v.3, n.1, p.1-10, jan-mar, 2009

podem estar relacionadas com a acidose

tubular renal e a urólitos de fosfatos de cálcio

ou de estruvita (OSBORNE et al., 2004).

A mensuração total de proteínas

reflete uma combinação entre a albumina e as

globulinas. A albumina representa cerca da

metade do total das proteínas (MEYER et al.,

1999). A uréia representa o principal produto

do catabolismo das proteínas nas espécies

carnívoras (NELSON e COUTO, 1994;

OSBORNE et al., 1999; NELSON e COUTO,

2001; OSBORNE et al., 2004). O nível de

uréia pode ser aumentado nos carnívoros com

um aumento no consumo dietético de

proteína. A velocidade de excreção é

influenciada

por

qualquer

anormalidade

orgânica e a sua mensuração no soro é feita

para avaliar a função renal. A creatinina,

formada

durante

o

metabolismo

da

musculatura esquelética, não é influenciada

pela dieta. Com uma redução da taxa de

filtração glomerular, aumenta a concentração

sérica de creatinina. Os mesmos fatores

pré-renal, renal e pós-renal que influenciam a

uréia, afetam a creatinina sérica (MEYER et

al., 1999).

As

aminotrasferases,

alanina-aminotransferase

(ALT)

e

aspartato-aminotranferase (AST) têm distribuição ampla

no organismo, estando presentes no soro em

pequenas quantidades, como resultado de

destruição de tecidos e liberação das enzimas.

A AST não é específica para lesões hepáticas

em gatos. No entanto, a ALT é importante

para

esta

espécie.

O

aumento

dessa

transaminase é específico de destruição

celular e uma elevação discreta tem sido

observada em casos de uremia (COLES,

1984; MEYER et al., 1999).

O

aparecimento

de

cristais

de

estruvita em gatos está na dependência do

grau de saturação da urina com cristalóides

calculogênicos e principalmente do pH

urinário. Em pH urinário menor que 6,

dificilmente ocorre formação desses cristais

(CASE et al., 2002). A urina alcalina pode

conter fosfatos triplos, amorfos e carbonato de

cálcio. A urina ácida favorece a uratos

amorfos, ácido úrico e oxalato de cálcio. A

presença de cristais no sedimento urinário não

reflete, necessariamente, cristalúria, e não se

deve excluir a participação dos cristais na

formação dos tampões (OSBORNE et al.,

2004).

Em geral a reação ácida-alcalina (pH)

para gatos quando normal, é ácida (6 a 7).

Esse dado serve para revelar informações

relativas ao estado metabólico do indivíduo e

como indicadores de condições sistêmicas

(COLES, 1984; MEYER et al., 1999). A

proteinúria

é

importante

quando

está

associada a cilindros. A proteinúria sem

cilindrúria sugere que seja de origem

pós-renal. A proteinúria renal ocorre na nefrite,

em consequência da maior permeabilidade

glomerular (COLES, 1984). A hematúria

acompanhada de disúria e/ou polaciúria indica

enfermidade do trato urinário inferior em

felinos (MORRIS e ROGERS, 2004).

Devem-se considerar a dieta, pH urinário e

conservação da amostra antes da interpretação

desses resultados. Diante da necessidade de

estudos laboratoriais da DTUI, o objetivo,

neste

trabalho,

foi

a

avaliação

das

concentrações séricas dos minerais, proteínas,

enzimas e urinálise em gatos adultos de

ambos os sexos com DTUI.

Material e Métodos

Esta pesquisa foi desenvolvida no

Hospital Veterinário do Departamento de

Medicina Veterinária da Universidade Federal

Rural de Pernambuco, Dois Irmãos, Recife –

PE e na Fundação HEMOPE. Foram

utilizados 8 oito animais, de 2 a 4 anos de

idade, sem raça definida, divididos em dois

grupos, de acordo com o sexo. O grupo I foi

constituído por quatro machos e o grupo II

constituído por quatro fêmeas. Antes de ser

realizada a fase experimental, o projeto foi

submetido à apreciação da Comissão de Ética

do DMV/UFRPE, cujo parecer foi favorável a

realização desta pesquisa.

Foram pesquisados os alimentos

industrializados considerados causadores da

DTUI, disponíveis no comércio especializado

do Recife, através de um processo de

amostragem aleatória simples, bem como os

3

(4)

alimentos industrializados indicados como

dieta específica para controle da DTUI. Os

animais do Grupo I e II receberam

inicialmente ração seca industrializada de

marca popular, considerada pelos clínicos

como causadora da DTUI. Os animais que

desenvolveram manifestações clínicas da

DTUI foram submetidos a esta dieta

específica e avaliados, tendo como parâmetros

o desaparecimento dos sintomas e o resultado

das análises laboratoriais.

Os animais foram confinados em

boxes de 6,0 m x 4,0 m, onde recebiam água e

ração seca industrializada de marca popular,

ad libitum. Essa ração foi considerada pelos

clínicos veterinários como causadora da

DTUI, cuja composição básica fornecida pelo

fabricante era a seguinte: Farinha de peixe,

farinha de subprodutos de frango, farelo de

glúten de milho, milho integral moído, farelo

de soja, quirera de arroz, levedura seca de

cervejaria, miúdos de aves hidrolizados,

gordura animal estabilizada com tocoferóis

(Fonte de vitamina E). Dmetionina,

L-lisina, cloreto de sódio, cloreto de potássio,

fosfato bicálcico, taurina, ácido fosfórico,

cloreto de colina, premix vitamínico, premix

mineral. Os níveis de garantia fornecidos pelo

fabricante foram os seguintes: Umidade

(máx.) 12,00%; Proteína bruta (min.) 30,00%;

Extrato etéreo (min.) 8,00%; Matéria fibrosa

(máx.) 4,50%; Matéria mineral (máx.) 9,00%;

Cálcio (máx.) 1,90%; Fósforo (min.) 0,90%;

Lisina (min.) 0,75%; Metionina (min.) 0,57%.

Os

machos

desenvolveram

manifestações clínicas da DTUI após 2 meses

de consumo e foram submetidos a uma ração

de

qualidade

cuja

composição

básica

fornecida pelo fabricante era a seguinte:

Fígado de ave, farinha de subprodutos de ave,

carne de ave, ovo em pó, farinha de peixe,

polpa de beterraba desidratada, subprodutos

de carne de aves, farinha de arroz, proteínas

pré-digeridas de aves, gorduras de aves,

cloreto de potássio, DL-metionina, cloreto de

colina, levedura de cerveja desidratada, sal,

vitamina E, óxido de zinco, niacina, ácido

ascórbico, sulfato de manganês, acetato de

vitamina A, biotina, lecitina, pantotenato de

cálcio, mononitrato de tiamina, hidrocloreto

de piridoxina (vitamina B6), sulfato de cobre,

vitamina B12, riboflavina, inositol, vitamina

D3, ácido fólico, iodeto de potássio, carbonato

de potássio. Os níveis de garantia fornecidos

pelo fabricante foram: Proteína bruta (mín.)

32,000%; Gorduras (mín.)15,500%; Fibra

bruta (máx) 2,500%; Umidade (máx.)

10,000%; Cinzas (máx.) 7,200%; Magnésio

(máx.) 0,099%; Taurina (mín.) 0,150%;

Ácidos graxos ômega-6 (mín.) 2,350%;

Ácidos graxos ômega-3 (mín.) 0,280%.

As

fêmeas

desenvolveram

manifestações clínicas da DTUI após 3 meses

de consumo e foram submetidas a uma ração

de qualidade cuja composição básica e níveis

de garantia fornecidos pelos fabricantes foram

os seguintes: Carnes de aves desidratada,

arroz, glúten de milho, milho, gorduras de

aves, fibra de ervilha, fígado de aves

hidrolisado, sais minerais, fibra de milho,

polpa de beterraba, óleo de peixe,

fruto-oligossacarídeos (FOS), óleo vegetal, cloreto

de cálcio, ovo em pó, caseinato de sódio

(caseína),

DL-metionina,

oligoelementos

(dentre

eles,

oligoelementos

quelados),

taurina. Os níveis de garantia fornecidos pelo

fabricante foram: Proteína 30,00%; Gorduras

5,00%;Omega-6/ Omega-3 5,10%; Fósforo

0,68%; Magnésio 0,08%; Cálcio 0,83%;

Sódio 1,00%; Cloro 2,30%; Potássio 1,00%;

pH urinário 5,8–6,2; Energia metabolizável

3950kcal/kg.

Para as análises das concentrações

séricas foram realizadas, em cada animal seis

coletas de sangue durante seis meses por

punção venosa e transferido para um tubo de

ensaio de 10 mL, sem anticoagulante, para

obtenção de soro. Procedeu-se às dosagens de

proteína total, albumina, creatinina, uréia,

fosfatase alcalina, ALT e AST mediante

utilização de Kits comerciais da Marca

CELM, com leitura em analisador bioquímico

semi-automático Modelo SB – 190 CELM. E

as análises de magnésio, cálcio, fósforo,

sódio, potássio e cloreto foram efetuadas

através do seletor de íons CHARIN. As

amostras de urina foram colhidas por micção

espontânea, mensalmente, durante seis meses

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Lima et al. Avaliação das concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas e urinálise em gatos domésticos...

Medicina Veterinária, Recife, v.3, n.1, p.1-10, jan-mar, 2009

e processadas imediatamente após a colheita,

avaliadas

através

das

Tiras

Reagentes

MULTISTIX SG. O sedimento urinário foi

obtido por meio de centrifugação da urina em

1000 rpm durante 5 minutos. A seguir, o

sobrenadante foi desprezado e o sedimento

examinado em microscópio óptico em

aumento de 400X.

A análise estatística dos dados

quantitativos

obtidos

para

variáveis

relacionadas com as concentrações séricas dos

minerais, proteínas e enzimas e urinálise (pH)

realizou-se através da análise de variância

(ANOVA) considerando as fontes de variação

antes e depois do tratamento dietético para

DTUI, machos e fêmeas, separadamente, uma

vez que as médias referenciais para essas

variáveis diferem quanto ao sexo, e a

comparação entre as médias das variáveis

contínuas estudadas, foi feita através da

Diferença Mínima Significativa (DMS),

calculada através do Teste t.

Resultados e Discussão

Os animais dos Grupos I e II antes de

apresentarem a sintomatologia da DTUI,

recebiam ração seca industrializada de marca

popular, considerada como a causadora da

DTUI. Os achados clínicos avaliados nessa

pesquisa foram: obstrução urinária, disúria,

hematúria,

lambedura

da

genitália

e

polaciúria. Os machos apresentaram maior

tendência ao desenvolvimento da obstrução

uretral, parcial ou completa, presumivelmente

devido ao fato de terem a uretra mais longa e

estreita. Esses achados concordam com as

descrições de que a maior ocorrência de DTUI

nos machos deve-se à conformação anatômica

da uretra, favorecendo a instalação do

processo obstrutivo (CASE et al., 2002;

OSBORNE et al., 2004).

Os animais do Grupo II sem obstrução

apresentaram hematúria, polaquiúria, disúria,

sintomas citados por Dibartola e Buffington

(1998). Provavelmente, esse fato pode estar

relacionado com a maior ingestão do

alimento, quando comparados com rações

para controle da DTUI. Essas observações

concordam com as descrições de Case et al.

(2002) e Osborne et al. (2004), que os

alimentos secos possuem menor densidade

energética, induzindo a um maior volume

fecal, menor volume urinário e aumento da

concentração de substâncias calculogênicas na

urina. Os sintomas foram mais severos nos

machos, mas as fêmeas também foram

acometidas. A obstrução uretral completa

impede que os rins filtrem o sangue para

eliminar as substâncias tóxicas. Desta forma,

ocorre acúmulo de substâncias tóxicas

levando ao desequilíbrio ácido-básico e o

animal pode morrer em 24 a 48 horas

(CORNELL, 2003; OSBORNE et al., 2004).

Os resultados estatísticos obtidos para

os gatos do sexo masculino (Tabela 1),

apresentaram

diferença

estatisticamente

significativa quanto a creatinina (P < 0,001),

evidenciando diferenças entre a condição

antes (A) e depois (D) do tratamento dietético,

enquanto a proteína total apresenta diferença

estatisticamente significativa (P < 0,01). As

demais variáveis, porém, não apresentaram

diferenças significativas (P > 0,05) entre as

condições antes (A) e depois (D) do

tratamento dietético.

As concentrações séricas do cálcio,

fósforo, sódio, potássio, cloreto, proteína total,

uréia e fosfatase alcalina apresentaram valores

elevados antes (A) e depois (D) do tratamento

dietético, exceto o potássio e a proteína total

que apresentaram valores normais após o

tratamento dietético. As concentrações séricas

do magnésio, albumina, creatinina, AST e

ALT estão dentro dos parâmetros de

normalidade de acordo com Coles (1984),

Nelson e Couto (1994; 2001), Wingfield et al.

(1998), Bush (1999), Meyer et al. (1999). É

possível que as alterações nas concentrações

séricas da proteína total e do colesterol

estejam relacionadas com o tipo da ração

consumida, com tendências ao excesso de

consumo, pelo confinamento, estresse e

sedentarismo.

A

variação

ocorrida

na

creatinina reflete uma redução funcional ou

orgânica da função do nefron, mas, os seus

valores médios estão dentro da normalidade

segundo relatos descritos por Meyer et al.

(1999).

(6)

Tabela 1- Valores médios das variáveis quantitativas relacionadas com os minerais, proteínas e enzimas,

quadrados médios e coeficientes de variação em machos, de acordo com a condição, antes e depois da Doença do Trato Urinário Inferior.

Condição Variável

Antes (A) Depois (D)

Geral (A+D) Quadrados médios Coeficientes de variação (%) Magnésio (mg/dl) 4,0 ± 0,4a 2,9 ± 1,8a 3,3 ± 1,5 4,27ns 45,45 Cálcio (mg/dl) 11,3 ± 1,6a 10,8 ± 3,3a 11,0 ± 2,8 0,93ns 25,45 Fósforo (mg/dl) 6,6 ± 0,6a 7,2 ± 1,0a 7,0 ± 0,9 1,52ns 12,86 Sódio (mEq/l) 170,8 ± 7,3a 166,9 ± 6,9a 168,0 ± 6,9 61,36ns 4,11 Potássio (mEq/l) 6,1 ± 0,7a 5,5 ± 0,6a 5,7 ± 0,7 1,44ns 12,29 Cloreto (mEq/l) 133,0 ± 4,6a 133,8 ± 14,3a 133,5 ± 11,8 2,25ns 8,84 Proteína total (mg/dl) 7,9 ± 0,9 a 5,7 ± 1,4b 6,4 ± 1,6 18,49** 25,31 Albumina (g/dl) 2,6 ± 0,4a 2,6 ± 0,83a 2,6 ± 0,6 0,32ns 24,65 Creatinina (mg/dl) 1,0 ± 0,1b 1,5 ± 0,2a 1,4 ± 0,3 0,97*** 21,99 Uréia (mg/dl) 54,0 ± 20,9a 56,3 ± 15,0a 55,6 ± 16,6 21,78ns 29,85 Fosfatase Alcalina (UI/l) 101,7 ± 45,8 a 95,0 ± 29,7a 97,2 ± 34,6 177,78ns 35,58 ALT (UI/l) 53,2 ± 32,3a 66,8 ± 44,9a 62,3 ± 40,7 747,11ns 65,32 AST (UI/l) 41,0 ± 9,7a 57,1 ± 19,7a 51,7 ± 18,4 1034,69ns 35,58

Para uma mesma variável, médias seguidas de letras iguais, na linha, não diferem estatisticamente ao nível considerado. ns – não significativo(P > 0,05). *Significativo (P < 0,05). **Significativo (P < 0,01). ***Significativo (P<0,001). ALT – Alanina-aminotransferase. AST – Aspartato-aminotranferase.

A hiperpotassemia ou hipercalemia

observada nesta pesquisa pode ter ocorrido

pelo desvio do potássio intracelular para o

espaço extracelular e a sua excreção ser

prejudicada

pela

disfunção

renal,

especialmente pela obstrução uretral ou

acidose metabólica, favorecendo o aumento

do nível sérico de potássio e a disfunção renal

na eliminação do eletrólito e a hipernatremia

pode ocorrer em animais quando perdem água

no organismo, ou em excesso de sódio

(MEYER et al., 1999; OSBORNE et al.,

2004).

As concentrações séricas do cloreto,

antes (A) e depois (D) do tratamento dietético,

permaneceram inalteradas. A concentração

sérica do fosfato se encontrava elevada e os

valores aumentaram após o tratamento

dietético, o que evidencia um possível

desequilíbrio renal ou insuficiência renal

aguda resultante da obstrução, e que necessita

de outros recursos terapêuticos além do

tratamento

dietético.

A

elevação

da

concentração sérica da uréia deve-se à

diminuição do fluxo sanguíneo renal e à

redução da excreção de urina como na

obstrução uretral (NELSON e COUTO, 1994;

2001; OSBORNE et al., 1999, 2004) que

resultará em diminuição da excreção de uréia

e consequente aumento na concentração

sérica, como foi observado nos animais antes

e depois do tratamento dietético. Os

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Lima et al. Avaliação das concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas e urinálise em gatos domésticos...

Medicina Veterinária, Recife, v.3, n.1, p.1-10, jan-mar, 2009

7

resultados estatísticos obtidos para as fêmeas

na

Tabela

2,

apresentaram

diferenças

estatisticamente significativas (P < 0,001)

quanto ao potássio e a creatinina. As dosagens

da proteína total e AST apresentaram

diferença estatisticamente significativa (P <

0,01) e o magnésio, cálcio e uréia, diferenças

estatisticamente significativas (P < 0,05),

evidenciando que entre as condições, antes

(A) e depois (D) do tratamento dietético,

existem diferenças nos resultados obtidos

dessas

variáveis.

As

demais

variáveis

analisadas

não

apresentaram

diferenças

estatisticamente significativas (P > 0,05).

Tabela 2 - Valores médios das variáveis quantitativas relacionadas com os minerais, proteínas e enzimas,

quadrados médios e coeficientes de variação em fêmeas de acordo com a condição, antes e depois da Doença do Trato Urinário Inferior.

Condição Variável

Antes (A) Depois (D)

Geral (A+D) Quadrados médios Coeficientes de variação (%) Magnésio (mg/dl) 2,9 ± 1,1a 1,6 ± 1,6b 2,3 ± 1,5 11,21* 65,22 Cálcio (mg/dl) 9,2 ± 0,5a 6,8 ± 3,6b 8,0 ± 2,8 32,43* 35,00 Fósforo (mg/dl) 5,7 ± 0,6a 5,1 ± 2,1a 5,4 ± 1,5 2,47ns 27,78 Sódio (mEq/l) 165,7 ± 6,7a 161,3 ± 8,5a 163,0 ± 7,8 117,0ns 4,79 Potássio (mEq/l) 6,1 ± 0,2a 5,4 ± 0,4b 5,7 ± 0,5 2,73*** 8,77 Cloreto (mEq/l) 130,8 ± 4,9a 128,7 ± 9,3a 129,7 ± 7,3 26,04ns 5,63 Proteína Total (mg/dl) 7,1 ± 1,1 a 5,3 ± 1,4b 6,2 ± 1,5 19,27** 24,75 Albumina (g/dl) 1,9 ± 0,3a 2,0 ± 0,3a 2,0 ± 0,3 0,29ns 14,50 Creatinina (mg/dl) 0,9 ± 0,2b 1,2 ± 0,2a 1,0 ± 0,3 0,70*** 23,92 Uréia (mg/dl) 55,4 ± 8,0a 48,4 ± 6,2b 51,9 ± 7,9 294,06* 15,12 Fosfatase alcalina (UI/l) 46,2 ± 19,4 a 42,9 ± 12,8a 44,5 ± 16,2 63,42ns 36,25 ALT (UI/l) 29,3 ± 11,3a 28,3 ± 11,7a 28,8 ± 11,3 5,08ns 39,14 AST (UI/l) 35,2 ± 12,1b 37,1 ± 15,6a 36,1 ± 13,7 22,41** 37,91

Para uma mesma variável, médias seguidas de letras diferentes, na linha, diferem estatisticamente no nível considerado. ns – Não significativo (P > 0,05). *Significativo (P < 0,05). **Significativo (P < 0,01). *** Significativo (P < 0,001). ALT – Alanina-aminotransferase. AST – Aspartato-aminotranferase.

Os resultados obtidos no Grupo II

(fêmeas) estão dentro dos parâmetros de

normalidade, as concentrações séricas do

magnésio, cálcio, fósforo, proteína total,

creatinina, fosfatase alcalina, ALT e AST de

acordo com Coles (1984), Nelson e Couto

(1994), Wingfield et al. (1998), Bush (1999),

Meyer et al. (1999), Nelson e Couto, (2001).

As dosagens séricas do sódio, potássio,

cloreto e uréia apresentaram valores elevados

nas fêmeas com DTUI e após o tratamento

dietético o potássio normalizou. No entanto,

o sódio, o cloreto e a uréia permaneceram

com os níveis elevados e a albumina

apresentou os níveis abaixo dos valores

normais.

(8)

O magnésio, albumina e o cálcio

reduziram seus valores de acordo com os

parâmetros de normalidade. A diminuição da

concentração sérica do magnésio depois (D)

do tratamento dietético, provavelmente está

relacionada com a dieta consumida pelos

animais. A hipoalbuminemia pode estar

relacionada com a glomerulopatia, e os

valores

de

cálcio

são

afetados

pela

concentração da albumina (MEYER et al.,

1999; OSBORNE et al., 2004). O cálcio

sérico total diminui em animais que

apresentam hipoalbuminemia, o que justifica

as alterações observadas nas fêmeas. Os

níveis elevados do sódio, cloreto e uréia, nas

fêmeas com DTUI, antes (A) e depois (D) do

tratamento dietético, podem refletir as

alterações metabólicas. As concentrações dos

íons cloreto no organismo tendem a seguir as

concentrações de sódio em pacientes com

nefropatias, e a perda de sódio ocorre na

tentativa

orgânica

de

manutenção

do

equilíbrio hídrico (MEYER et al., 1999;

OSBORNE et al., 2004). A uréia é

influenciada pelos fatores catabólicos, o que

não ocorre com a creatinina, e a velocidade de

excreção

é

influenciada

por

qualquer

anormalidade orgânica (MEYER et al., 1999).

A Tabela 3 apresenta o exame

qualitativo do sedimento urinário realizado no

grupo dos machos com DTUI, antes do

tratamento dietético, e mostra que as 8 (100%)

urinálises

dos

animais

apresentaram

cristalúria, sendo que 4 (50%) apresentaram

exclusivamente cristais de estruvita, 2 (25%)

estruvita associada a carbonato de cálcio, 1

(12,50%) fosfato de cálcio e 1 (12,50%)

fosfato

amorfo.

Depois

do

tratamento

dietético, todas as urinálises foram negativas

quanto à presença de cristais. As urinálises do

grupo das fêmeas, com DTUI (n = 12) antes

do tratamento demonstraram que 9 (75%) das

amostras apresentaram cristalúria, sendo que 8

(66,66%) possuíam exclusivamente cristais de

estruvita, 1 (8,33%) estruvita com fosfato

amorfo e 2 (16,66%) não apresentaram

cristalúria. Depois do tratamento dietético,

todas as amostras foram negativas quanto à

presença de cristais. As urinálises dos machos

e das fêmeas evidenciaram que 100%

apresentaram hematúria e proteinúria antes de

serem submetidos ao tratamento dietético.

Após o tratamento não foi observada

hematúria nos machos e fêmeas. No entanto, a

proteinúria foi evidenciada em todos os

machos

após

o

tratamento

dietético,

possivelmente

como

consequência

do

processo obstrutivo nos distúrbios renais.

Tabela 3 - Frequência absoluta (N) e relativa (%) do exame qualitativo da urinálise de machos e fêmeas com

Doença do Trato Urinário Inferior do grupo experimental antes do tratamento dietético.

Machos Fêmeas Especificação N % N % Hematúria 8 100,00 12 100,00 Proteinúria 8 100,00 12 100,00 Cristalúria 8 100,00 9 75,00 Cristais de estruvita 4 50,00 8 66,66

Estruvita + carbonato de cálcio 2 25,00 - -

Estruvita + fosfato de cálcio 1 12,50 - -

Estruvita + fosfato amorfo 1 12,50 1 8,33

Sem cristalúria - - 2 16,66

Ainda por meio da urinálise,

detectou-se nos machos com DTUI, antes (A) e depois

(D) do tratamento, um pH médio de 7,3 ± 0,4

e 6,5 ± 0,5, evidenciando-se diferença

estatisticamente significativa (P < 0,01) entre

o tempo (antes e depois). Nas fêmeas com

DTUI antes do tratamento o pH urinário

médio foi de 7,3 ± 0,9 e depois do tratamento

(9)

Lima et al. Avaliação das concentrações séricas dos minerais, proteínas, enzimas e urinálise em gatos domésticos...

Medicina Veterinária, Recife, v.3, n.1, p.1-10, jan-mar, 2009

9

dietético 5,9 ± 0,3, evidenciando-se diferença

estatisticamente significativa (P < 0,001) entre

o tempo (antes e depois), como mostra a

Tabela 4.

Tabela 4 - Valores médios da variável quantitativa relacionada com o pH urinário, quadrados médios e

coeficientes de variação em machos e fêmeas, de acordo com a condição antes e depois da Doença do Trato Urinário Inferior.

Condição Sexo

Antes (A) Depois (D) Geral (A + D) Quadrados médios

Coeficientes de variação (%)

Macho 7,3 ± 0,4a 6,5 ± 0,5b 6,8 ± 0,6 3,06** 9,25

Fêmea 7,3 ± 0,9a 5,9 ± 0,3b 6,6 ± 1,0 11,4*** 14,47

Para o mesmo sexo, médias seguidas de letras diferentes, na linha, diferem estatisticamente no nível considerado. **Significativo (P < 0,01).

***Significativo (P < 0,001).

Foram constatados nas urinálises pH

alcalino e cristalúria, com cristais de estruvita.

Provavelmente,

esse

fato

pode

estar

relacionado com a maior ingestão do

alimento, quando comparados com rações de

marca de qualidade. Essas observações

concordam com as citações de Nelson e Couto

(2001), Case et al. (2002), quando afirmou

que os alimentos secos possuem menor

densidade energética, induz a um maior

volume fecal, menor volume urinário e

aumento da concentração de substâncias

calculogênicas na urina. O tipo de dieta e a

frequência com que o animal a recebe,

também podem interferir diretamente no pH

urinário. Animais alimentados com dietas

ricas em proteína animal tendem a produzir

urina com pH urinário ácido (COLES, 1984;

MEYER et al., 1999). E os gatos que se

alimentam com dietas ricas em cereais e

vegetais, de um modo geral, tendem a formar

urina alcalina (CASE et al., 2002). Os

resultados encontrados nesta pesquisa, nos

felinos com DTUI do sexo masculino e

feminino antes do tratamento com um pH

médio 7,3 ± 0,4 e 7,3 ± 0,9, justificam as 6

(100%) e 9 (75%) amostras de urina dos

machos e das fêmeas respectivamente, com

cristais de estruvita associados, ou não, a

outros tipos de cristais. No entanto, depois do

tratamento dos machos e fêmeas, o pH

urinário foi de 6,5 ± 0,5 e 5,9 ± 0,9 de forma

que esse valor para um pH urinário não

favorece a formação de cristais de estruvita, o

que de fato ocorreu, pois em 100,0% dos

machos e fêmeas, não foi observada

cristalúria das amostras de urina destes

animais.

A cristalização está na dependência

do grau de saturação da urina com cristalóides

calculogênicos, principalmente do pH urinário

(COLES, 1984; MEYER et al., 1999; CASE

et al., 2002). A ocorrência da cristalúria pode

ter acorrido porque o pH urinário alcalino

tenha favorecido a precipitação de cristais

(OSBORNE et al., 2004). A urinálise dos

animais

do

experimento

evidenciou

proteinúria em 100% das amostras analisadas,

a qual pode ter colaborado para a formação de

tampões uretrais, embora esta pesquisa não

tenha realizado qualquer análise dos tampões

uretrais dos animais com DTUI. A proteinúria

sem cilindrúria sugere que seja de origem

pós-renal. A presença de cilindros na urina indica

uma alteração patológica renal podendo ser

transitória. A hematúria acompanhada de

disúria e/ou polaciúria indica enfermidade do

trato urinário inferior dos felinos (OSBORNE

et al., 2004; MORRIS e ROGERS, 2004).

Este fato foi observado nos animais do

experimento, antes de serem submetidos ao

tratamento dietético, apresentaram hematúria,

disúria, polaciúria e/ou obstrução uretral e

depois do tratamento dietético observou-se o

desaparecimento dos mesmos.

Conclusão

Baseando-se nos resultados obtidos e

nas condições em que esta pesquisa foi

realizada pode-se concluir que: em gatos com

(10)

Doença do Trato Urinário Inferior (DTUI), a

utilização da dieta para controle da DTUI,

proporcionou o desaparecimento dos sintomas

(disúria, hematúria e diminuição do pH

urinário) nos animais, bem como, alterou

alguns parâmetros nos machos (creatinina e

proteína total) e nas fêmeas (creatinina,

proteína total, magnésio, cálcio, potássio,

uréia,

aspartato-aminotransferase)

contribuindo para o restabelecimento dos

animais.

Referências

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OSBORNE, C.A. et al. Doenças do trato

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medicina veterinária. Porto Alegre: Artmed,

Referencias

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