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Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos ao uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidos por agricultores familiares na região da rodovia transamazônica - oeste do Pará.

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EM PR ESA B R ASILEIRA DE PESQ U ISA A G R O P E C U Á R IA - A M AZÔ NIA O R IE N T A L

C U R SO DE M ESTR AD O EM A G R IC U L T U R A S F A M IL IA R E S E D ESE N V O L V IM EN TO SU ST E N T Á V E L

ANDERSON BO RG ES SERRA

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO EM

SISTEMAS ALTERNATIVOS AO USO DO FOGO, BASEADOS

NOS PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA, DESENVOLVIDOS

POR AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO DA

RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - OESTE DO PARÁ

Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Pará e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre. Orientadora: Profa. Dra. Tatiana Deane de Abreu Sá

BE LÉM 2005

(2)

Serra, Anderson Borges

Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos; ao )> uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidois por r ■ agricultores familiares na região da Rodovia Transamazônica / Anderrson ^\ Borges Serra; orientadora, Tatiana Deane de Abreu Sá - 2005

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, C e n tro ) Agropecuário, Programa de Pós-Graduação em Agriculturas A m azônicas, , Belém, 2005

1. Agricultura familiar - Rodovia Transamazônica (Brasil). 2. . Ecologia agrícola - Rodovia Transamazônica (Brasil). 3. Solos - Mamejjo - Rodovia Transamazônica (Brasil). I Título.

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EM PR ESA BRASILEIRA DE PESQUISA A G R O PE C U Á R IA - AM AZÔNIA O R IEN T A L

CURSO DE M ESTRADO EM A G R IC U LT U R A S FA M IL IA R ES E DESENVOLVIM ENTO SU STEN TÁ V EL

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO SOLO EM

SISTEMAS ALTERNATIVOS AO USO DO FOGO, BASEADOS

NOS PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA, DESENVOLVIDOS

POR AGRICULTORES FAMILIARES NA REGIÃO DA

RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - OESTE DO PARÁ.

Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Agriculturas Familiares ^ e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Pará e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre.

ANDERSON BORGES SERRA

Data de defesa: 25 de agosto de 2005.

Banca Exam inadora:

Dra. Tatiana Deane de Abreu Sá (orientadora) EM BRAPA A M A ZÔ N IA /O R IEN TA L

____________________________________________

^ v A d l l l l l l d U U I) ( ^

EM BRAPA AM A ZÔ N IA O R IEN TA L

Dra. _ ra)

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Denunciou esq u em a s de desvios de verbas da SUDAM Liderou p ro cesso de discussão sobre U H E-B elo M m te

A ssassinado em agosto de 2001.

Bartolom eu Morais da Silva - "Brasiia ” Agricultor de Castelo dos S o n h o s - A ltam ira - D irigente Sincical Denunciou trabalho escravo, grilagerm de terra e assassinato de agricultores

A ssassinado ju lh o de 2002

IDorothy Mãe Stang - “Irmã D orohy "

M issionáriía religiosa da Igreja católica no A rapu Liiderou resistência à grilagem de teiras, Idealizou modelo de asisentam ento para produtores fam iliires

A ssassinada fevereiro em 2)05 Almas genejrosas que eu tive o prazer de conhccer Lutavam por uma Tranisam azônica para todos e para sempre, Pelo deisenvolvim ento da agricultura familiar M as tiveram s u a s vidas interrom pidas pela barbirie

Dedicatória.

A Raí, m inha m ãe, pelos ensinamentos.

Ao Clóvis, meu pai, pelo exemplo de bom homem. A Oziane, m inha irm ã, pelo carinho que tem por mim.

Ao Raphael, m eu irmão, pelo companheirismo enquanto estive m orando em Belém. Ao M onteiro, m eu amigo, pelas lições de vida.

A Fabiana N unes, m inha namorada, pelo com panheirism to e amizade.

Aos agricultores de Medicilândia, pela iniciativa de ex p erim en tar os sistem as de Roça Sem Queimar.

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A CA PES, pela concessão da Bolsa de Estudos, que p erm itiu m inha estadia em Belém.

Ao m andato do Depu:ado Airton Faleiro, que m e c o n ce d eu apoio financeiro para com pa de reagentes e pagam ento de assessoria na realização d o s trabalhos de laboratório.

A Fundação V iver, Produzir e Preservar, pela ajuda logística e financeira para realizaçãc dos trabalhos de cam po, viagens para M edicilândia e Uruiará.

A Professora T atiana Deane de Abreu Sá, que desde) o início do curso tem m e orientado para os trabalhos e m e animado com votos de entusiasm o e perseverança.

Ao Dr. C láudio José Reis de Carvalho, em especial, pelo apoio em todo o processo de anilise dos dados, nas orientações do trabalho.

A os am igos Raimundo Parente, Bruno Serrão e Líviía V asconcelos, pelas orientações em odo o processo de construção do trabalho, nas an álises estatísticas e nas reflexões sobr: os resultados encontrados.

Ao Sr. M onteiro e Sr. Benvindo, de M edicilândia e Uíruará, respectivam ente, por concordaem em ceder suas propriedades para coleta de solos, e: na descrição das práticas adotadas nas áreas.

Aos Jovens A risteu e César, pelas contribuições mas coletas de solo, respectivam ente cm M edicilândia e Uruará.

Ao pessoal do laboratório da Embrapa, Ivanildo Trindade, Cleo M arcelo orientaçõ<s e contribuições na análise dos dados.

A Tereza Primo e Ronaldo Oliveira, em especial, pelai contribuição nas análises laboratoriiis. Ao Gabriel M edina, amigo de longas datas, pelo com panheirism o, enquanto estive em Behm. Aos am igos A llan M essias e Leandro Castro, com pam heiros de residência, pelos momento; de descontração em nossa residência aqui em Belém.

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transformação, que talvez leve a reverter o processo e as inércias que desemboracan no holocausto ecológico através da idéia do progresso e do crescimento sem limites. Para i.so, será necessário construir uma racionalidade am biental que incorpore um novo modeh de produção, fundado nos princípios da produtividade neguentrópica. Isso deverá de conduzr a uma regularização da vida que reverta a s inércias que estão levando para ima hiperurbanização. Para isso, a ciência e as técnicas da Agroecologia devem articular-se a uma nova teoria da produção e a novas técnicas produtivas; à construção de um mundcno / uai predom ine o ser das coisas sobre sua utilidade mercantil, onde se revalorize a terras o trabalho e onde o ser humano possa reconhecer-se em seus saberes e no sentido de sias

açõe

(7)

A agricultura é uma atividade antrópica essencial para toda e qualquer sociedde, independente do nível de desenvolvimento. A grande q u estão contem porânea é saber cmo m antê-la produtiva sem afetar drasticamente os diferenttes ecossistem as terrestres. O olo pode ser considerado a base de sustentação dos sistem as agrícolas. Assim, perdas ias propriedades, que reduzam a capacidade de sustentar o crescim ento vegetal ou que im pliqem riscos am bientais, causam impacto negativo de grande significação para as com uniddes rurais, com repercussões no meio urbano. Entre os fatores que tom am o solo insustentáveem term os produtivos e ambientais, está o uso do fogo co m o form a de lim peza das áreas paa a im plantação de cultivos agrícolas. O fogo. uma das mais an tig as tecnologias incorporadasios sistem as de produção, é utilizado até os dias atuais, por faicilitar a lim peza da área e por toiar os nutrientes da vegetação prontamente disponíveis para a fase de cultivo, através das cinas. A pesar disso, constitui grande problema devido aos seus; efeitos negativos. Foi dentro dsse contexto, que um grupo de agricultores familiares, so>b articulação de uma organizcão regional, a Fundação Viver, Produzir e Preservar, resolveu iniciar uma experiêcia objetivando testar práticas de implantação de sistem a agrícolas sem o uso fogo, pretendedo m anter a fertilidade do solo. Esses sistemas altemativo;s, que se convencionou chamai de "R oça Sem Q ueim ar”, são caracterizados pela implamtação de Sistemas Agrofloresais baseados nos princípios da agroecologia. O presente es.tudo busca entender de que fona esses “sistem as de roça sem queima", podem influenciar na m anutenção da sustentabilicide do solo, perpetuam ente sua capacidade de colheita e renovação da biom assa dos sisteras. Para tanto, foram estudados como indicadores de sustemtabilidade do solo alguns atribios ligados à M atéria Orgânica e a Biomassa M icrobiana do solo, por haver uma crescate percepção de considerá-los indicadores de sustentabilidade. Foram feitas coletas de soloios m unicípios de M edicilândia e Uruará, no final do período seco, janeiro de 2005, ias profundidades 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30. Os sistem as escolhidos para serem acom panhaos tinham com o com ponente principal o cacau, por ser um a cu ltu ra im portante econom icam ate na região Transam azônica e Xingu. Os resultados mostrairam que o estoque de serrapilhira no solo, a biom assa microbiana de carbono, os teores de carbono orgânico e nitrogênio tot;, a respiração basal e os índices derivados (relação carbono orgânico / nitrogênio total, relaão carbono m icrobiano / carbono orgânico e quociente m etabólico dores estudados mostraran se indicadores sensíveis às alterações ocorridas no solo n o s m anejos estudados. Os daos perm item dizer que os agroecossistemas de “roça sem queim ar”, são capazes de estear grandes quantidades de material orgânico, com tendência para estoque de carborn e m anutenção da fertilidade do solo, tornando-se, portanto, um a prática agrícola prom issra para o desenvolvim ento da agricultura familiar em bases sustentáveis.

PALAVRAS CH AV ES: Alternativa ao uso do fogo. Indicadores de sustentabilidade do s<o. M atéria orgânica do solo.

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A griculture is a hum an activity essential for society, fo r ali levei of developm ent. 'h e big question today is how to keep it productive w ith o u t dram atically affecting the various terrestrial ecosysfems. Soil can be cons.idered the basis for sustairing agricultural system s. Thus, losses in properties, w h ich reduce the ability to susain plant growth o r that involve risks, negative im p a c t o f great significance to riral com m unities, with repercussions on the urban environm ent. Among the factors hat m ake the land productive and unsustainable in envinonm ental terms, is the use offire as a w ay o f cleaning the areas for implementation o f agricultural crops. The fire, me o f the oldest technologies incorporated into productiion system s, is used to this cay, for easy cleaning o f the area and make the nutrients readily available to :he vegetation stage o f cultivation, through the ashes. N evertheless, it is m ajor probem due to its negative effects. It was within this context th a t a group o f farm ers under he articulation o f a regional organization, the Foundation Live, Produce and Presen/e, decided to begin an experiment aimed at te stin g practical im plem entation o f agricultural system without using fire, intending to m aintain soil fertility . Thtse alternative system s, so-called "Roca W ithout B urning," are characterized by he im plem entation of agroforestry systems based on th e principies o f agroecology. T iis study seeks to understand how these "systems o f fa rm w ithout burning, can influeice the m aintenance o f sustainability of the soil, its a b ility to perpetually harvest ;nd renewal o f biom ass systems. For both, were studied as indicators of sustainability o f some attributes related to soil organic m atter and soil m icrobial biomass, becaise there is a grow ing perception considerthem indicators o f sustainability. Soil sampes were m ade in the municipalities of Medicilândia U ruará and at the end of the Iry season, January 2005, at depths 0-5, 5-10, 10-20 and 20-30. The systems w<re chosen to be m onitored as the main com ponent o f cocoa to be an econom icilly im portant crop in the Tran-region. The results show ed that the stock of litter in :oil m icrobial biom ass carbon, soil organic carbon and total nitrogen, basal respiraton and derived indices (ratio organic carbon / total nitrogen, com pared microbial carton / organic carbon and metabolic quotient pain indicators studied are not sensitiveto changes in soil management system. The d a ta support the idea that he agroecosystem s o f "slash without burning," are capable of storing large a m ountsof organic m aterial, w ith a tendency for carbon storage and m aintenance of fertility s>il, making it th e re fo re a promising agricultural practice fo r the developm ent of fanily farm ing on a sustainable basis.

KEYW O RDS: A lternative to Slash and burn. Indicators o f soil sustainability. Soil organic m atter.

(9)

FIGURA 01: Mapa da região Transam azônica e Xiingu, municípios de atuação d aF V P P .

6 FIGURA 02: Broca da área e plantio de legum inosa ((m ucuna-preta) no 1°. A no 7 FIGURA 03: Roço em trilha e plantio da cultura defiinitiva (cacau) no 2o. Ano 7 FIGURA 04 Derrubada e trituração manual da área ((facão, foice e m otossera) 7 FIGURA 05 D errub ad a e trituração m anual d a área (fa c ã o , f f o ic e e m o to ss e r a ) (b). 7 FIGURA 06 M apa de localização das áreas onde foram feitas as coletas de

campo. Município de Uruará e M edicilíândia

■9

FIGURA 07 Tem peratura e umidade nos municípioss de Uruará e M edicilândia 0 FIGURA 08 Área preparada sem fogo - “entrelinha «da cultura” 1 FIGURA 09 Área preparada sem fogo - local sob> a “ projeção da copa” do

cacau

3 FIGURA 10 Área preparada com fogo - “entrelinha da cultura” ,4 FIGURA 11 Área preparada com fogo - local sob? a “projeção da copa” do

cacau

:4 FIGURA 12 Área preparada sem fogo - vista panorâim ica do sistem a (a) :4 FIGURA 13 Área preparada sem fogo - vista panorâim ica do sistem a (b) ;4 FIGURA 14 Coleta de serrapilheira e interface do so>lo (a) .•6 FIGURA 15 Coleta de serrapilheira e interface do so>lo (b) .“6

FIGURA 16 Coleta de solos (a) as

FIGURA 1 7 Coleta de solos (b)

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C E PL A C - Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira C m ic - C arbono da Biomassa Microbiana

C org - C arbono orgâiico do solo

C Q -T R - Á rea com queima em solo terra roxa DA - D ensidade Aparente

ES - Estoque de serrapilheira F - Fum igado

FE - Fum igação Exxição FI - Fum igação Incubação

FVPP - Fundação Viver, Produzir e Preservar. ha - H ectares

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reform a A gçrária Kg - Q uilogram a

M-LA - Á rea de ma:a em solo latossolo amarelo. MOS - M atéria orgânica do solo

M PST - M ovim ento Pela Sobrevivência da T ransam azônicca e X ingu MT - Estado do Mato Grosso

M T-D NIT - Ministério dos Transportes - D epartam ento N aacional de Infra-estrutura M-TR - Área de mata em solo terra roxa

PA - Estado do Pará NF - N ão-fum igado

Ntotal - N itrogênio total do solo

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SAF - S istem a Agroflorestal

SQ - LA - Á rea sem queima em solo latossolo amarelio SQ -T R - Á rea sem queim a em solo terra roxa

STR - Sindicato de Trabalhadores Rurais.

TR B M - T axa de respiração específica da biom assa miicrobiana pg - M icro gram a

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2 O BJETIV O S 1

2.1 O BJETIV O G ERA L 1

2.2 O BJETIV O S ESPECÍFICO S 1

3 R EVISÃ O DE L ITER ATU R A 1

3.1 D ESEN V O LV IM EN TO SUSTENTÁVEL, A M A ZÔ N IA E A G R IC U L T U R A FA M ILIA R - UM RETR O SPEC TO NECESSÁRIO

1'

3.2 A G R IC U LTU R A FAM ILIA R COM O BASE PARA O D E SE N V O L V IM E N T O SU STEN TÁ V EL DA A M AZÔNIA

2

3.3 0 SU R G IM EN TO DO PROJETO ROÇA SEM Q U EIM A R NA TR A N SA M A ZÔ N IC A E XINGU

2.

3.4 PRO JETO ROÇA SEM QUEIM AR: UMA EX PERIÊN CIA À LUZ D OS PRINC ÍPIO S DA A GRO ECO LO G IA

3.4.1 Form as e práticas para preparo da área em sistem a de roça sem queim a.

3<

3. 3.5 IN DICA D ORES DE SUSTENTABILIDADE DO SO LO NO C O N T E X T O DO PRO JETO ROÇA SEM QUEIM AR

r

3.5.1 Estoque de serrapilheira no Solo M

3.5.2 M atéria O rgânica do Solo

3.5.3 C arbono da Biom assa M icrobiana do Solo \]

3.5.4 A tividade M icrobiana - Respiração Basal 3.5.5 C arbono O rgânico do Solo

3.5.6 N itrogênio Total do solo u

3.5.7 índices derivados

3.5.7.1 Relação Carbono M icrobiano / Carbono orgânico k

3.5.7.2 Relação Carbono Orgânico / N itrogênio total k

3.5.7.3 Q uociente m etabólico - Taxa de respiração específica k

4 M ÉTO DO S V,

4.1 D ESCRIÇÃ O DA AREA

4.1.1 Localização u

4.1.2 Clima Vi

4.1.3 V egetação e Solo 18

4.2 C aracterização e histórico das parcelas estudadas iC

4.2.1 A presentação visual das áreas estudadas. il

4.3 COLETA E PREPA RO DAS AM OSTRAS NO C A M PO i3

(13)

4.4.3 M atéria orginica

4.4.4 C arbono orjânico do solo 4.4.5 N itrogênio t*tal do solo

4.4.6 C onversão dos dados para estoque / área (M OS, CCorg, N total). 4.4.7 C arbono Buraassa Microbiana do solo

4.4.8 R espiração lasal da biomassa microbiana do solo>

c

c.

c,

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5.1 SOLO DE MEDICILANDIA (AREA SEM Q U E IM A I SQ-TR, COM Q U EIM A t CQ-TR E M ATA M-TR).

5.1.1 Estoque de serapilheira (ES) - Matéria Orgânicaa do Solo (M OS). t 5.1.2 C arbono orgânico do solo (Corg) - N itrogênio total do solo (N total) - Relação C arbono orgânico e Nitrogênio total (Corg / Ntttotal).

6 5.1.3 C arbono da biomassa microbiana (Cmic) - Relaçç:ão C arbono m icrobiano e carbono orgâni:o (Cmic / Corg) - Respiração Basssal (Resp ) - Q uociente metabólico (qC02).

6

5.2 SOLO DE URUARÁ - (ÁREA SEM QUEIMA - S Q ^-L A , E Á REA DE M A TA 7 - M-LA)

5.2.1 Estoque de íerrapilheira (ES) - Matéria orgânica i do solo (M OS).

5.2.2 C arbono or'ãnico do solo (Corg) - Nitrogênio total do solo (N total) - Relação C arbono >rgânico e nitrogênio total (Corg/Nto*ttal)

5.2.3 C arbono da biomassa microbiana (Cmic) - Relaçç:ão C arbono m icrobiano e carbono orgâni:c (Cmic / Corg) - Respiração Bass:al (Resp ) - Q uociente metabólico (qC 02). 7 7 7 6. CONCLUSOES 7 REFERENCIAS BELIOGRAFICAS 7

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1. IN T R O D U Ç Ã O

A agriculiua é uma atividade antrópica esseneiical para to d a e qualquer socndle, independente do ivel de desenvolvimento. A grande quiaestão contem porânea é saber cao m antê-la produtvi sem afetar drasticamente os (cdiferentes ecossistem as tern^es (G U A L B E R T O e: d , 2003).

O desem ovm ento da agricultura nos am bierm tes tropicais evolui à cusaia d eteriorização progessiva dos recursos naturais, em fíu m ção da p erda da biodiverade associada à remocã) da vegetação original e conseqüentes; degradação do solo, em fur.çída

redução da fertilidaie e aumento da erosão. A definição ( de um m anejo sustentável recu o entendim ento do òncionamento do ecossistema em respcoosta às p ráticas agrícolas utilkais, tanto no que diz res>eito à produção, quanto no que en v o h w e o am biente.

O solo poJ< >er considerado a base de sustentaççção dos sistem as agrícolas. Asai, perdas nas propneiices, que reduzam a capacidade de sussfctentar o crescim ento vegetal oi ie im pliquem riscos inibientais, causam impacto negativreo de g ran d e significação paais com unidades ruras com repercussões no meio urbano». Por outro lado, a melhcralo am biente edáfico em efeitos positivos sobre todo o>> am biente, revestindo de gale im portância o conhccimento da qualidade do solo e sua qiuuantificação via indicadores :í:i<s. quím icos e biológicos (REICHERT et al., 1990).

São vários <s fatores que contribuem para a depggradação das propriedades :í:i<s. quím icas e biológcas do solo, como por exemplo, i i) retirada da vegetação n;tül

(M A R CH IO R I JLMOR; MELO, 2000); ii) cultivo co n n tín u o e intensivo (PAIV A e .. 2001); iii) retirada (os nutrientes do sistema pelas colheiittas sucessivas (A L V IN , 1989;/) sistem as de cultivc com revolvimento do solo (G O N ÇA L7W ES; C E R E T T A , 1999); v) jioia m ecanização (ALV/RENGA; DAV1DE. 1999).

(15)

(FE A R N SID E . ]®3; HOMMA, 1998; NEPSTAD et al.,.„ 1999).

O fogo. ma das mais antigas tecnologias incorjrrporadas aos sistem as de produço utilizado até os das atuais, por facilitar a lim peza d a a i área e p o r to m ar os nutrient6 vegetação pronUnente disponíveis para a fase de cultiviwo, através das cinzas. A pesar cs constitui grandepoòlem a devido aos seus efeitos negatniw os (CERR1 et al., 1985; EMBR\J A M A ZÔ N IA OF.ENTAL, 2002; KATO; fCATO, 1999).')).

Para a agrcultura, os principais efeitos negativoojs da q ueim a da vegetação durat< fase de preparo d: área para o plantio são as perdas d d le nutrientes retidos na biom asa vegetação, que aiigem valores de 96% do nitrogênio, 4777% do fósfofo, 48% do p o tássio ,>5 do cálcio, 40% cb<r.agnésio e 76% do enxofre, com prom m etendo a sustentabilidade do sissi de produção da apcultura familiar (EMBRAPA AMAZCÍÔNIA O R IE N T A L , 2002).

Na regiã) Amazônica, o uso do fogo além do im ediato com prom etim enti fertilidade do sexo ganha maior repercussão pelo impaiaacto am biental causado, pois ccn desm atam ento qu o antecede, contribui para a dim inuiuição da bio d iv ersid ad e da fios: am azônica (F E A ^ S ID E , 2003), e é responsável pela em m issão de gases form adores do ee estufa, quando da tueima do material vegetal restante (NCÍOBRE, 2002).

Foi d e n tn desse contexto, que na região da BBiR-230, R odovia T ransam azônia Estado do Pará, n> município de Medicilândia, uma grçrrupo de agricultores familiares,s> articulação de un; organização regional, a Fundação Vv^iver, P roduzir e Preservar, rescv iniciar uma experitncia objetivando testar e d esen v o lverrr práticas de im plantação de sistr

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Esses siíttnas alternativos, que se convencionoun cham ar de Roça Sem Queimai i

caracterizados ptl; implantação de sistemas ag ro flo im estais baseados nos princípio agroecologia (FIN)AÇÃO VIVER, PRODUZIR E PREE2ISERVAR, 2000).

Os sistem;s agroflorestais - SAFs, são form as c cde uso e m anejo da terra nas <u árvores ou arbusto são utilizados em associação com cccmltivos agrícolas e/ou com arim n u m a m esm a área <e maneira simultânea ou numa seqüêücmcia tem poral (V IA N A et al., 19(

Os sistem; agroflorestais além de fornecer produtos úteis para o a g rid t preenchem tambénam papel importante na m anutenção c (da fertilidade do solo (VIANA e ; 1996). Os SA Fsv;n sendo, em especial nas duas últimasss décadas, apontados com o opçõs uso agrícola da era preferenciais, principalmente ptaaira regiões tropicais, pelo elea potencial que ofenisriam para aumentar o nível de suste;em tabilidade no uso d a terra, quait( aspectos ag ro n ô n o s, sociais, econômicos, e ecológic:c<os (A L V IM , 1989; FERNANIE SER R Ã O , 1992 ajul SÁ, 1994; VERGARA, 1987).

A agroecob;ia é uma abordagem que fornece umiaía estrutura m etodológica de trahl para a compreen ã) mais profunda tanto na naturezíaai dos agroecossistem as como d princípios segund» os quais eles funcionam. Trata-se ucde um a no va visão que integr princípios agronòncos, ecológicos e socioeconômicos ààài com preensão e avaliação do es das tecnologias SJ»r; os sistemas agrícolas e a sociedade ic c o m o um todo (A LTIER I, 2 0 0 .)

Uma abordijem agroecológica incentiva os pesquiiiiisadores a penetrar no conhecim r e nas técnicas « s agricultores e a desenvolver agroecccossistem as com um a depencòt m ínim a de insuim; agroquímicos e energéticos extermmos. O objetivo é trabalhar con

In fo rm a ç ã o lívaitada através d e en trev ista sem i-estru tu ra d a t tetn n o v e m b r o d e 2 0 0 4 , c o m o sen h or F r a n c isc o M o n te ir o dt A>sis. T écn ico a g ríco la , agricultor fa m ilia r. F a a a iz p arte d a d ir e ç ã o d o S in d ic a to d e T r a b a lh a d o re s Rurais (eM ed icilând ia e foi um d o s id e a liz a d o s d o P r c o o j e t o R o ç a S e m Q u e im a r .

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proteção das culra; (ALTIERI, 1987).

A s un idaisd e Roça Sem queimar articulam 11 fases consecutivas de “preparo de a\ com m anejo de «iências florestais da vegetação originária da área, e “ im plantaçãt i

sistem as” com rcremento principalmente de legum im inosas entre outras espécies arbir^ am bos com o otytvo de promover a fertilidade dooo solo, pela m anutenção da cobertua> solo e pela procuêo de biomassa vegetal, que serááá incorporada ao solo (C A M PO S, X

SERRA , 2004; V IK E , 2003).

Partindo cbssa perspectiva, o presente estuuudo busca entender de que form a 2S “sistem as de rocasim queim a”, que combina sisteeem as agroflorestais e agroecologia,p: influenciar na nantenção da sustentabilidade do solo, perpetuam ente sua capacidate: colheita e renovado da biom assa dos sistemas.

Para tanb serão estudados como indicadooores de sustentabilidade do solo ag: atributos ligados àMatéria Orgânica do solo e Biom nnassa M icrobiana do solo, por havei u crescente percep;;o de considerá-los indicadores ddde sustentabilidade (D O R A N ; PARC 1994), m uito enb»n sabendo, que a sustentabilidaddde dos solos tam bém depende de oit fatores (REICHERT 2003).

Uma das ;<rccterísticas afetadas no processo ddde degradação do solo é o teor de m;U orgânica do sok MOS), que normalmente decresccce com os cultivos convencionais. E constatação torm rraior importância em solo maisiss intem perizados, nos quais, a m;tc orgânica tem m ao participação nos fenômenos de atititividade superficial dos seus constitur. (BURLE et al., 1)<5).

A m atérií irgânica do solo é a chave para suuua fertilidade e produtividade, e el; t uma parte prepailerante em todos os aspectos ddda fertilidade do solo, isto é, quím

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Por suav<z a biomassa m icrobiana é um com njponente crítico de todos os ecossistií. n atirais ou m aiialados pelo homem, porque é o ag^esnte regulador da taxa de decom po;ã da m atéria orginta e da ciclagem dos elementos, ;atuando, portanto, como fonte e cai (“ source” e “;iik’) dos nutrientes necessários adao crescim ento das plantas. Já fai corstatadas rekçics estreitas entre a biom assa microM:b)iana e a produtividade das plantas, x de imonificaçã*,Uxa de decomposição de resíduos wv^egetais e a biom assa dos níveis tróc superiores (R E L íiR T , 2003).

A hipótcs: orincipal desta pesquisa é a de q u u ie nos sistem as de “roça sem queirr' existe m aior po:sb lidade da manutenção dos níveis cdke fertilidade e sustentabilidade.

a) Nos sistemas en solo tipo terra roxa, o sistema sesrrm queim ar contribui para a m anuteã da íustentabilidicedo solo, pois traz menos impacto u m a im plantação do cultivo agrícola,t

tendência para dançar os índices encontrados na áreaai de vegetação natural.

b) Nos sistemasen solo tipo terra roxa, o uso do foge») traz im pacto negativo para a fertilid e qialidade do sdo, diminuindo suas condições d c sustentabilidade, com parativam enta sistema com vejeacão natural.

c) No sistema er solo tipo latossolo amarelo, o sistteesma sem queim ar, m antêm os meso níveis de sustenaii idade que em uma área de mata, | jpois o m anejo adotado contribui p£ m aiutenção de heices desejáveis de fertilidade do solde®.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO (RAL

Este estuobjetiva entender a partir da análiasse de indicadores de sustentabidJe relacionados à mtria orgânica e a biomassa m icrobiaaana do solo, a influência no S)1 os

manejos que forai dotados dentro dos princípios do P rrro jeto Roça Sem Queimar.

Os indicdces de sustentabilidade estudados ssserão: a) Estoque de serrap iltaaio solo. b) Matéria e p ic a do solo, c) Carbono orgânico ccÜo solo, d) Nitrogênio total do >cod) Carbono da Bioiasa Microbiana do solo, e) Relação* en tre Carbono orgânico e nitxtêio total do solo, f ielação entre Carbono da b iom assssa e Carbono orgânico do so),g) Respiração basdnQ uociente metabólico.

2.2 OBJETIVOSÍPECÍFICOS

a) Estudar nas árasle maior fertilidade natural, em soMJo tipo terra roxa estruturada eitotca - município de Netcilândia, se existe diferença no sobllo pelo manejo adotado, companio um sistema preprao a partir dos princípios do projetoo) roça sem queimar, com um ii:eia preparado pelo mtdo tradicional de corte e queim a, c o rim uso do fogo.

b) Estudar em so) e menor fertilidade natural, em solillo tipo latossolo amarelo d i s t n t i - muniwípio de Urur; os efeitos do manejo sem queim a cccom parativam ente ao um sistem cm vegetação natural

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3. REVISÃO II LITERATURA

3.1 DESENYLVIM ENTO SUSTENTÁVEL, ANvMIAZÔNIA E AGRlCULTÜiA

F A M IL IA R -IN NECESSÁRIO RETROSPECTO

O Deseiv> vimento em bases sustentáveis, a irrregião am azônica e a agriaitira 2

farnü ar enquait' categoria de análise são temas que se rrccelacionam e são “a bola da vj;”na agenda do debítt acadêmico, das organizações da socieccodade e do poder público en|iaito ação política.

Obviamine. essa não é a oportunidade m ais adequada para se d.scuti cim profindidade tas emas. Não é esse o propósito deste trabíotalho. N o entanto, é necessáropilo meios um esclacim ento e embasamento conceituai, fazeeecndo um a tentativa de relacionros resulados desteetudo, mesmo que específicos tratando u c d a fertilidade do solo, mas ue Je alguna maneira pia análise de índices de sustentabilidadeeee, contribui para avaliar uma m tca que fretende serenais sustentável” e desenvolvida pela agçrçrricultura fam iliar, possnilitaicoie tal ai)do, o “des:ivolvimento sustentável no m eio am azôm iiiico”.

O conceicde desenvolvimento sustentável emerg^giiu recentem ente num esforçi rsa

aboxar os prcoemas ambientais causados pelo cresss6cimento econôm ico. Há mias interpretações dfrentes do desenvolvimento sustentáveeeel, m as seu objetivo princpil é descrever um pxcesso de crescimento econôm ico q u e :; não cause destruição amlioial (BAKERJEE, 2 0 ).

Vários citnistas, de diversas áreas do conhecimentoooj, buscaram entender e explim lo p o n i de vista teíico, o que viria a ser o desenvolvimentcoco sustentável. E possível disnris

A agriculun fam iliar p o d e ser ca ra cteriza d a da segu in n u tite forma: a direção d o s traballo lo e s t a le e c im e m o é e e c id a p e lo produtor; o trabalho fa m ilia r é superiooDor ao trabalho c o n tr a ta d o (G U A N Z K X I et a l. 1001).

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coreepções desse rntores em dois segmentos. No prim einrro deles incluem -se os que ên ?or b a s;o conceito ol:ial, apresentado pelo Relatório Brundtlttland, e tentam , de váriis mavias, dar-lhe plausibi.iiale teórica, quer seja redefinindo ou annm pliando seus significados. Nlntro segrento, vão s:r encontrados aqueles que edificam sssu as análises sob a base ce una concepção crítio; do conceito. Na verdade, este grupppo não considera o mocbl» de Deseivolvimentasistentável como um novo modelo de ddiesenvolvim ento, como se fizcer. Sua> análises se p o c u p a m , principalmente, em entender ooos arranjos ideológicos e poltixs e as r;lações de pote que orientam o discurso do desenvolw vim ento sustentável no contixcda novi ordem ecoiunica mundial (FERNANDES, 2003).

Entendend»-jue a discussão acerca do desenvolvinrm ento sustentável não e umdibite supcndo, e nem tí< pouco existe unanimidade para o ternrm o (com preendendo tambén <u; a unaiinidade empdrece o conceito, e por princípio, sendddo alcançada, será a suprem;cade umi nsão em detánento de outras), o conceito de desen^iw olvim ento que tom o para nir, e que for conseguitc, orienta minha prática acadêmica e maoeu ativism o político (numa eatão diahtca), é aquebonde os interesses de homens e m ulhhieres devem ser garaiiidos. sam corroas m ais divtnas fonnas de manifestação cultural. N ^Jesse conceito de deser.volvneito sust:rtável, o sisteia econômico vigente deverá ter como 11 lim ite m ínim o a satisfação cob:m esta- 4e todos os lonens e mulheres e como limite m áxim m o, que os m eios de produçàede projredade não sqan apropriados sob poderes absolutistaass, m as sim de form a cemocntci e soli(á‘ia com as gtrtções presentes e futuras. Sobre o meioo) am biente e natureza, acredtc cue as ftm as de proiicão devem garantir a manutenção da nrm esm a base do patrimônio iau'al exiseite (suprimiid) o conceito de recurso natural), para u as gerações futuras. Para taio é precs) que a relaçlo homem-natureza seja fundamentada ( >em novos valores, onde o bncm devt.íer entendid )oomo parte da natureza, aquele que incluuasive desenvolveu consciênca

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A A m azôu tem sido palco de um amplo debatittie sobre projetos voltadas pari 5eu desíivolvim ento /á ria s questões relativas à Amazzzcônia têm sido interp-etadas, ;»m freeüincia, a paiti de visões completamente irreais eee: m uitas vezes m itológcas quet:m preuiicado esptcilm ente as políticas públicas vollltttadas ao desenvolvimento repial (KKAM URA, 159).

Entre as céadas de 50 e 90 a integração - focoirçada e m esm o manu >r.ilitari da Am iiônia às ecoioiias externas, nacional e internacionaaíal, seguiu o velho modelo do hoiem agruola: substitui;o de sua floresta por campos de pastaaaigem, culturas comerciais, cultivsde sub:i:tència e quiluer outra forma das já conhecidasss; de abertura de frontara, con sua “ faini" acom panlate de estradas de rodagem, cidades, 11 hiidrelétricas e outros (PINTO, 203).

Essa fantá:t;a incorporação de recursos naturais s; não reaiizou os sonhos de progífso da hnteira, onde etá a maior reserva de recursos biolddcógicos do planeta. O s resultadicas inai; ecentes afciõ es dessas quatro décadas m ostram m i que a A m azônia ficou exataur.te igua 10 Brasil niasintigo, ou pior. O Atlas do Desenvoo^Uvimento hum ano, lançído em 3(3, m osn que a Ama^nia cresce menos do que as outras rexeegiões brasileiras, de onde parei as frene; de expansíono rumo norte, e o produto da ativi'i iídade produtiva é partiliado pj u n númíD cada vez n a o r de pessoas (PINTO, 2003).

Ocorre que >s programas oficiais de desenvoblltvim ento regional, orgirizadcs em contcvertidos pregim as de ocupação e colonização, subsidiadores de empiesndinioDs empe;ariais voltade. à exploração dos recursos florestaniiiis, m inerais hídricos e £gro-pa>trs, deninstraram q u e p u c o contribuiu à melhoria do padrâããto de vida das populações loca: io contáio, geraran evastação ambiental, desagregaçãcco) de m odos de vida seculamrte orgaikados e c o n lo social. Em outras palavras, se dddeesencadearam progresso econòtioo para una fatia m iroitária de grandes e médios empresáánrrios e criaram fontes al em ati'a de arreucação estatal p r outro deixaram as massas populaacc;ionais às m argens dos teneficc da

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"n d e m iz a ç ã o ” . i:sas, expropriadas de suas terras.;,;,, expulsas de seu habitat, sjiordimdis a ncvis padrões depedução em relação aos quais, qiuuiando não é excluída, é traisbrm auiem mic-ce-obra de b;i:íssimo custo, vêm sofrendo um jj j progressivo processo de errpibrecininto ac lirgo dos últincs anos, a exemplo dos segmentos-sss majoritários da população basileianas derais regiões dopiis (M ELLO, 1994).

T odavia, nisultimas décadas, graças a um a ssssistemática atividade científia (Bioojia, S c a b g ia , Econm ia, Antropologia e outras ciênccc^ias) sobre o m eio am bierti amazmco v á is dessas visõe; - tais como de sua hom ogeneíi;iidade, de riqueza fácil, de gande /;zio derug-áfico, da cilnra nativa como sinônim a de atrnrraso - vêm sendo derrubadis perm tiido unapircepção máí objetiva do seu meio am biente t te também m ostrando as pcsibilidaits e linisí para um de;cnvolvimento sustentável (KITANVW1URA, 1994).

A região am zônica tem se caracterizado aixnmda por uma nova co n fig u ^ ão vdtida paao seu desenvd/im ento em bases sustentáveis; ] políticas descentralizadas, nvalori:a;ão da Gcala local, nlverização de projetos de finaaaanciamentos, cooperação ir.emacoial, inCrmexão de eicilas (do local ao global), m ultifpfplicação dos atores de desiivolvineito (og n zaçõ es popdtres, Ongs, igrejas, redes diversaaaas) circuitos com plexos de fiiancianeito (L ilA, 2002).

Em linhas gerais, as fonnas produtivas d a Amazônia, que são o suseitácu-o da eem nia, se caracenzam por uma grande div ersidad ld ie de atividades e estão moit.das a >a1ir da)st do patrim ôiiJ natural existente na região. O s ;} meios de produção vão d e s i a exta:ão d irt ia tloresta t rios (aproveitam ento madeireirccoo, coleta de castanha-do-paá, exta:ão aminla, copaíba, ;ascas, fibras e óleos, pesca artessssanal, pesca com ercial etc.) ixtraçíoda b a sn n e ra l (apro\e:tamento das reservas de ouro, tésecrro-gussa, bauxita, cassitert;), passudo peksaividades agropecuárias (criação extensiva dJdle gado, criação de pequtnts animis, culua: perenes, cilturas anuais), chegando até o prcccocessamento desses produt) de org*m

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vígtá e anim al (igroindústrias do leite, filetageeesm de peixes, laminadoras de rruceira, sitcúgicas, etc).

Um dos sijeitos importantes que se destt;tíaca nesse processo são os procuores fa n ire s rurais (agricultores, extrativistas, pescaaatdores anesanais, populações indignas, enr >utros). O papel relevante desse segm ento produtivo está relacionado ao nínero elcvd) de unidades fam iliares que intervém no m eiidáo rural e o im pacto que isso pode ;;usar tait 10 equilíbrio com o no desequilíbrio de eccceossistemís, solos, recursos a q u á to s e flerets (FALEIRO. 2001).

3.1 XRICULTURA FA M ILIA R COM O BASE PA\A\RA O DESENVOLVIM ENTO RUIAL

DavÍÍAZÔNIA

Trabalhos acadêmicos das mais variadas origjgçens demonstram, de forma definitivi, as enrne vantagens da agricultura familiar com paratiitnvam ente às grandes propriedades nrais. Aí-uiades familiares, a par de atenderem m elhor : aos inteiesses sociais do País, sãc nais pndtvas, asseguram m elhor a preservação am lbbbiental e são economicamente viíveis (ttO i/F A O , 2000).

iem exceção, todos os países desenvolvidddeos tiv eran na agricultura ramilia- um suactculo do seu dinam ism o econômico e de uma saudável distribuição da riqieza naiicu. T odos eles, em algum mom ento da históÒDDria, pro n o v eram a refo n m agránae a vabeção da agricultura fam iliar (INCRA/FAO, 20C0C00).

Jo Brasil, vários estudos foram produzidos 1 buscando dar visibilidade à agricutura faniaj destacando o seu papel central como p ro d iu u ito ra de ilim entos, geradora de renla e im m inadora do desenvolvim ento local, p articu lan m m en te nos m unicípios com característcas runi u seja, fundam entalm ente aqueles com até 20 > i > mil habiiantes (TO RRES, 2001).

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Um levantinento recente revelou que, entre 1989 ee; 1999, as propriedades com nenos de 0) hectares ajnsentaram taxa de crescim ento anuaald m édio do rendim ento físico da pr*aição na ordem <e 5,80% contra 3,29% n a agriculturraa patronal. A taxa anual m eda d e crtsim ento da qualidade produzida na agricultura familLliar no m esm o período, por )utro lato b i de 3,79% ai), contra 2,60% na agricultura patronaaal (PÁ D U A , 2003).

O domínio disse setor na produção de alimentccos de consum o básico inteno é evd rte, sendo resxnsável, por exemplo, por 84% da maaandioca, 67% do feijão e 49,/o do m ib produzidos. M js m esm o nas lavouras de exportação.),', a produção familiar é expreisiva, rejrstntando 32% di soja, 33% do algodão e 25% do caaafé produzidos. Segundo os cados coeacos em 199f-l°96, a agricultura familiar era responsssável por 37,9% do valor bruo da pndição e em pregixa 13,8 milhões de trabalhadores, apooesar de receber apenas 25,3t/o do fínicum ento tota^ ic;rca de 938 milhões de reais) (P Á D IW A , 2003).

Na estratéga modemizadora adotada no Brraasil e em outros países em de.evolvim ento, as propriedades patronais foram consBiõderadas m ais adequadas paa a irm lnação do pad*ào convencional. A agricultura fam illi.iar foi relegada à segundo pano, priicpilmente, no qac se refere a incentivos e acesso a crédddito (E H L E R S , 1999).

M esm o assirr, dados recentes da FAO e do INCRA i mostram que essas propriedaíes - qut b e ocupam 25% de área cultivada no B rasil - superannm as propriedades patronais - que ocipn 75% da área - no que se refere à oferta agropecuárivia de qu inze im portantes proditos; canisaína e de aves. leite, ovos, batata, trigo, cacau, bam nana, café, milho, feijão, algídão, tonai, m andioca e aranja. A agricultura patronal só supeucra a fam iliar no abastecim eno de cam tnvina, cana-de-açúcar, arroz e soja (EH LER S, 1999).).).

Ma região anazônica, a agricultura fam iliar mesr.r.mo tendo 85,4% no núm en de estibhcim entos, e estando distribuídos em apenas 37,5% dida área total, respondem por 5Í,3% do ;o' bruto total da produção agropecuária. Em term os f fifundiários, apesar de ter em nédia

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a j m 57 ha, c o n tn l 008 ha da agricultura patronal, a aggg^iciltura familiar é re>ponsá\e por 82.5 o do pessoal oum do (INCRA/FAO, 2000).

Pelos númeioi ípresentados acima, a agricultura fffaam iiar deve ser pauta prioritau de poícis públicas \o tid a s para o desenvolvimento rurahhll. Ações que integren um a inpla reord agrária, po ltca de crédito e de preços, melHhHiora de estradas e ;ondiçce: de esionento, armazenunento dos produtos, estratégias de ' \ 'valorização cultural, eiucaçãt ural dieíiciada, assistém ii técnica e pesquisa agropecuária eee;ficente e gratuita, sã) entre ntros taitG,mecanismos qic irão contribuir para um sustentáveebll desenvolvimento da igricultin na Anzcnia.

N esse conjunt) de medidas para uma agricultura 1 i Ifam liar sustentável, t fundanintal aiid. orm as de prcdu;ão que mantenham índices d esejá w w en de produtividade io soloedos ectsisemas a ele ie!acionados. E dentro desse conteeeextc que este trabaüo se ii«re, pntoen do de algurra form a verificar se o sistem a “roçaaai sen queim ar” que nío usa < ogo p aa) preparo de área, contribui de fato para a m a n u tem n ç ã) da sustentabilidide d o ssd o s agiols.

3.3(SJR G IM E N T O DO PROJETO ROÇA SEM QUEM N V IAt N A T R A N S A M \Z Ô N C \ E XN»l

A região aqui denom inada Transam azônica < t ie Xingu compreendi 11 Oize) mmiípos ao longo ca rodovia BR-230 e da bacia do rrmmédD e baixo rio Xin;u, na e;ião O e tio Pará. Os municípios do eixo da rodovia são > > originários e ainda nfluenüidos dintainte pela dinâmica da colonização oficial do INC(KCR\. que, no início los ams 70, pronvu um a migração em massa de pequenos agricultt<tcore> do Centro-Sul e N ordeíi do paí e.tro da geopolítica de ocupação territorial da AWvmaíônia (BRASIL. ’004). 5:ses

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mincpios são: Pacají. Anapu, Brasil Novo, Medicilááândia, Jruará, Placas e Rurópolis. Os mincpios da margen Jo Xingu são - Altamira, VitóSíria do Kingu, Senador José Porfírio e Potice M oz. Estes, possuem ocupação que remonta O) final d) século XIX e início do seculo X ', ocupados na época da colonização do Rio Amazonas, por grupos econônicos intrcsados nos proditos da floresta e dos rios (extraaação da seringa, pesca peixe-boi. :aça ariaiu e gato do matt etc.) (BRASIL, 2003).

Figuail Mapa da região Transamazônica e Xingu, municíppoios de atuação da FVPP - Destaque em verrclo- Uruará e Medicilândia (municípios onde foi realizzzada a psquisa), e municípios em azul - Senac .osé Porfírio, Anapu e Pacajá (municípios que fazzcem pare do Pólo do ProAmbienle na Tranaiaônica). Fonte: Laboratório de Sensoriamento Remotoo i - FVPl-Altamira.

''te décadas de 80 e 90, na região Transamazôniccca e Xiigu deflagrou-se uma série de maa'etições populares e de organizações de classe ermi tomo da reivindicação de políticas púbb;, para que os governos estadual e federal ippudesson dar suporte a produção agroeairia, atendimento aos serviços básicos de saúúáde e educação, entre outras ações voltdí í amparar o enorme contingente de pessoas que Hnaviarmido deslocadas para a região no iruode ocupá-la, mas estavam desamparadas pelo pcojder pú)lico.

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sse processo culminou, em 1992, com a cria«,ção do M P ST - M ovim ento Pela Soo;\ência da Transamazônica, que aglutinava organi:2zaçies de trabalhadores do campo e da cie, entidades dc classe, pessoas da sociedade civil em geral (professores, profissionais libiii.intelectuais, estudantes, servidores públicos, etcc;). (oncom itantem ente foi criada a F \P Fundação Viver, Produzir e Preservar, cormio íitid ad e ju ríd ic a voltada para admirar projetos que colocassem em prática ações v'coltalos p ara o desenvolvim ento da Traraizônica e Xingu, e que seriam executados pelo rrmovmento social em parceira com o podi plico.

FVPP possui hoje 115 (cento e quinze) entidaderss filadas, de todos os 11 m unicípios da laamazônica e Xingu, que são de sua área de atiuiaço, e desde sua criação vêm se idenfindo como a principal organização articuladora <ddosmovimentos sociais e do poder públcm ações e propostas voltadas para o desenvco)lvinento regional de sua área de atuiic

;sse sentido, a FVPP a partir dc discussões com sstuasentidades filiadas e com setores do pdoúblico, municipal, estadual e federal, tem elabo>rrad< um P lano de D esenvolvim ento R ejh que prevê ações e metas de desenvolvim ent(o) p ra a região T ransam azônica e X itg !sse plano está montado em 04 (quatro) eixis: Eixo 01 - Políticas de desevíimento social; Eixo 02 - Infra-estrutura de su p o rrte . produção e a prom oção social, Eixo).- Ordenamento territorial e gestão am biental; IEiixc 04 - Estratégias Produtivas e Desev^imento Econômico.

i que se refere o eixo das estratégias produtiv;ais, ; FV PP desde o início de suas intennes e discussões, resolveu enfrentar o problermia <os agricultores fam iliares que tinia i decréscimo no rendimento de suas roças, comi o sicessivo uso do fogo, usado no pro;tsie limpeza da área (Fundação Viver, Produzir e P ^resrvar, 2000).

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Fmsx) de Assis Monteiro, para participar de umtai capaciação voltada para técnicos que a ta ia Amazônia. N esta capacitação foram aborcdhados o. princípios da Agroecologia e reitise experiêncãs desenvolvidas em outras rejg iiô es d( país. Ela foi prom ovida pela encd: ecumênica \le m ã “ Pão para o M undo”, im;a Chajada do G uim arães, Estado do M tinsso.

V partir dos assuntos vistos na capacitação, no> .ano de 1997, o Sr. M onteiro im plantou en si propriedade, no m unicípio de M edicilândia, uirrma áreapara testar form as de implantar a Dt, em uso do fogo, baseado nos princípios da aiigroecoltgia. Foram constatados alguns reald>s positivos e isso m otivou vizinhos e outrco>s agriciltores ligados ao Sindicato de Trbhidores Rurais a im plantarem tam bém áreas de IR o ça Sen Q ueim ar.

Diante dos resultados considerados “surpreenidlientes ep rom issores” de M edicilândia, en 1)*, a FVPP conseguiu apoio financeiro do Go\v/(emo Ftderal do Brasil - M inistério do M ic/m biente - Secretaria de Coordenação dai Am azm ia, e resolveu expandir as exeírcias de “ Roça Sem Q ueim ar” para todos os rmiumicípics de sua base de atuação. Desta fon txecutou-se o que se convencionou cham arr de Prqeto Roça Sem Q ueim ar, que ob:tara expandir as experiências de M edicilândliiia para os dem ais 10 m unicípios da Trasruzônica e Xingu. O projeto foi desenvolvido jp*ar 03 (tês) anos, de 2000 a 2002, e por 15< eito e cinqüenta) agricultores e agricultoras ffiamilians distribuídos nos respectivos muioDS.

Anda no âmbito das "estratégias produtivas e idesenvdvim ento econôm ico”, previsto noPn» de D esenvolvim ento Regional da FVPP.’,, existe um a outra linha de ação, a corcdição do Program a P ROAM BI ENTE.

0 PRO AM BIEN TE é um program a de d liesen v o fim en to rural socioam biental dirciiaio aos produtores fam iliares da A m azônia paima a proaição em Sistem as equilibrados

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c o n u e jo integra dos recursos naturais em toda aaaa u n id ack e >ndução (PR O A M B IEN TE, 2012

a região Transam azônica e X ingu exKÚiiiste um *dc Pioneiro do Program a PR3.ÍBIENTE, eivolvendo 364 famílias d e agricccuiultores, ic nunicípios de Pacajá, A napu e Síicr José Porfrio.

iis tipos de serviços am bientais estão sendo}}) trabalhais 10 program a: desm atam ento evia)seqüestro ce carbono atmosférico, restabeeeellecim enD ds funções hidrológicas dos ecxsstnas, conseivação e preservação da biodivecccrsidade, ;osrvação dos solos e redução d a naabilidade dis paisagens (TURA, 2002).

Uma perspectiva geral, os sistem as implannnnitados roânbito do projeto Roça Sem Quíiadâo condições em term os técnico-agronômititidico d e “casilcar” as práticas sem uso do fog>xio “positivas" em se tratando dos s e r w w iç o s ante.tiis do PR O A M B IEN TE, priioaiente - seqüestro de carbono atm o sfécn rrico , p rtsra;ão da biodiversidade e corscvião dos solos, que seriam viabilizados a pam nrttir do tram nto e m anejo que é feito no sisfcn loça Sem Queimar".

frtanto, a consolidação das experiências >de sisten sfro d u tiv o s em Roça Sem Quúasão vistas com especial interesse pelo Proggggram a PLOV.BIENTE, pois proposta é quceesistem as alternativos ao uso do fogo, portannmnto “pronjares” em term os de serviços amlitts, sejam adotados nas propriedades de agriccccu lto res <u a:em parte do ProA m biente (JumCsta3 - Informação verbal).

M e sentido, é de relevante importância que jj ; se realizei s:udos e acom panham entos sistmtDS e de processo das experiências de “ ‘ ‘‘'R oça &n Queima”, com o forma de ideitic. quais as lim itações e possibilidades não SGGeomente faa ua viabilidade agronôm ica,

lorm ação lev a n ta d a a t r a \é s de en trev ista se m i-estrtrtn ru tu r a d a e n n v e m b r o d e 2004, c o m o se n h o r Jurai a ia C o s ta . A gricultor fa m ilia r e m M e d ic ilâ n d ia , partrtrtrt:icipou da ;o r e ia ç à o d as a tiv id a d e s d o P ro jeto Roçí si 'teim ar em sua im plem entação.

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príicefinanceira ds implantação e sustentabilidade (e por conseguinte ser difundido entre of- çrutores da Tiaisamazônica e Xingu), com o tam bém para serem usadas com o objetivo dt srrcom o sisteim que atende aos serviços am bientais do ProAm biente (sendo usado não sotín 10 Pólo Traniamazônica, como também nos dem ais pólos na Amazônia).

3.1 DJETO ROÇASEM QUEIMAR: UMA EX PER IÊN C IA À LUZ DOS PRINCÍPIOS DAVRDECOLOGlA

) m o visto anteriormente, o objetivo do Projeto Roça Sem Queim ar foi desenvolver u m ptca altem ativi ao uso do fogo, como form a de plantio de culturas agrícolas, a partir deuiiD que agroewlógico.

v Agroecologia tem sido reafirmada com o uma ciência ou disciplina científica, ou sea u campo de conhecimento de caráter m ultidiciplinar que apresenta um a série de prnipi, conceitos c metodologias que nos perm item estudar, analisar, dirigir, desenhar e avilinjroecossistenias (ALTIERI, 2001; CA PORA L, 2002; GUZM ÁN, 2001; LEFF, 20)1

n essência, o Enfoque agroecológico corresponde à aplicação de conceitos e prmps da Ecologia, da Agronomia, da Sociologia, da A ntropologia, da ciência da Caur,a;ão, da Economia Ecológica e de tantas outras áreas do conhecim ento, no rece;io e no manejo de agroecossistemas que querem os que sejam mais sustentáveis atrivso tempo. Trata-se de uma orientação cujas pretensões e contribuições vão além de asjeu neram ente tecnológicos ou agronômicos da produção agropecuária, incorporando dinesis mais am plas e complexas, que incluem tanto variáveis econôm icas, sociais e ecdqis como variáveis culturais, políticas e éticas (CA PO RA L, 2002).

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( processo dt criação do Projeto Roça Sem Queimar, teve como em basam ento ccneiul, os principia da Agroecologia. E nesse sentido, duas questões foram centrais. A (ondução pcls agricultores do processo de experim entação - A condução dos a g iitc e s no procsso de execução do Projeto é conceituada como “agricultura pal33dva”, que premde fazer um desenvolvim ento participativo de tecnologias agrícolas, cor) 'nntação que prmite fortalecer a capacidade local de experim entação e inovação dos propisigricultores, om os recursos naturais específicos de seu agroecossistema. Trata-se, p a s ecriar e avalif tecnologias autóctones, articuladas com tecnologias externas que, medatto ensaio e a ílaptação, possam ser incorporadas ao acervo cultural dos saberes e ao siacn e valores prprios de cada com unidade (FU N D A ÇÃ O VIVER, PRODUZIR E PFBIVA R, 2002).

A partir desíí princípio, buscou-se ao máximo envolver os agricultores ex)riiatadores na fases de execução do projeto. Este envolvim ento se m ítriliada/efetivadaem reuniões para decidir o calendário do projeto durante o ano, na deinçode quantos e quais os locais usados para os “dias de cam po” e principalm ente, na libiriaeque os agríultores tinham para “recom binar” form as de plantio das roças, “iroad” em suas tnidades experimentais. A coordenação do projeto contribuía na oriíraã dos principies da Agroecologia e na apresentação de com o foram feitas as práticas "btn uedidas de Nedicilândia”. A partir daí, os agricultores im plantavam em seus resicVG lotes, da forna que fosse conveniente para cada realidade.

a) 'tocupação c*m o manejo do solo - Existia um a atenção voltada para a m aittço da cob ertu a do solo, seja com o material orgânico da vegetação originária da árei.qe ra m antida e nanejada, como também pela implantação de leguminosas, que eram implmds, principalmente feijão de porco e mucuna-preta.

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i adição de :oberturas ao solo pretende aum entairr a infiltração, reduzir a perda de rm tn orgânica d( solo, além de estimular o desenw voH m ento dos m icroorganism os bm.fiG à fertilidadi do solo (FUNDAÇÃO VIVER, P R O ))D lZ IR E PR ESER V A R , 2002).

Lses eram ts dois pressupostos fundamentais dlco projeto Roça Sem Q ueim ar; a lifedd dos agriculores na gestão de seus experim entos,, e í preocupação na m anutenção e rmrej a fertilidadi do solo. Destaque para este últim o)j, qie m otivou a realização deste tn b lb le pesquisa.

b) k sp eito ao on h ecim en to empírico de cada agrriicutor/experim entador - D eu-se litedd< para que os agricultores inovassem na irrm pljitação das roças em seus esia>e;unentos, obetivando o resgate, valorização e aippereiçoam ento do conhecim ento enpnoí da experiêjcia de vida que cada agricultor possuiída.

c) Vativar o jnt-*rcâmbio das experiências - Foram reaizados ‘'dias de cam po”, onde toco s gricultores preparavam juntos uma área de “Roç;ca &m Q ueim ar” . A idéia era que esfadiáiica proporciona-se uma interação e envolvimemtito ;ntre os agricultores, para que elesodssem d is c u t i conjuntam ente os resultados que teelesestavam alcançando em seus lotíi >iporcionando uma reciprocidade e intercâm bnào das práticas e experiências de:evbdas.

d) 3nservação da biodiversidade existente na áirrea - Prim ava-se pelo m anejo e vabizço da vegetação existente na área onde foram iir.mpantadas as roças. G eralm ente fo ra rservadas as espécies de interesse diverso (m ediiocm l, frutos, m adeireiro, óleos e cascsfira, alim entação, m anutenção da sombra, produçàãão (e biom assa vegetal). Segundo dedfcà de alguns agricultores (FUNDAÇÃO V IV E R li, IRODUZIR E P R ESER V A R , 20(2, S2 foi um dos grandes benefícios da "Roça Sem <(Quàmar”, tendo em vista que no sisetu tidicional “corte e queim a”, não há como selldecimar e preservar as espécies exiitnsia área.

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e) lersificação de espécies, cultivo e plantio seq ü ien cial - Além da d iv ersidade e riqiet isada pelo manejo das espécies que são mantidas-; na área pelo não uso do fogo, do inciee principalm ente de leguminosas para m anutenção) da cobertura do solo, os sistem as fonnequecidos também pelo plantio de diversos cultiivos (anual - feijão, arroz, sem i- pertn -anana, milho, e perene - cacau, café), além dco plantio de árvores d e interesse divtn adeireiro, medicinal etc). Isso tudo dentro de ujm a seqüência tem poral (rotação, seqié;e espacial (S A F 's com distribuição lógica e interaativas das espécies).

f) Iiinuição do uso de insumos externos - Uma reggra rigorosa havia de ser cum prida peltsgultores, a de que não usassem agrotóxicos de ntenhum tipo. Isso era inegociável. Nãc jdam ser usados, para nenhum fim, produtos sintétticos de origem agroquím ica, nem conoiizante, nem para com bate a infestação de plantas da regeneração natural ou insetos e m ocm ism os indesejáveis. A proposta era desenvolvesr um sistem a com auto-regulação trófc(:ulação biótica, com aumento de agentes de co^ntrole natural), e com utilização sorree recursos provenientes da propriedade. Foram tesfctados alguns biofertilizantes (com uso ierco e outros somente com plantas), para aumento* da fertilidade do solo, e algum as “c a llfra proteger as plantas atacadas por fungos, bactérrias e insetos.

3.4. jias e práticas para preparo da área em sistem a i de roça sem queim a.

S istem as de Roça Sem Queimar, como dito, forram im plantados seguindo vários prin:ío; estratégias agroecológicas, refletindo diretam esnte num a grande d iv ersidade de sisters e foram im plantados pelos agricultores.

ietanto, tomando como base as avaliações da cooordenação técnica do projeto em conjin m os agricultores, na oportunidade de um semináario de avaliação do projeto,

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pode-se dize <u- luas forra as form as de preparo de área, i m a s q u a d ra m encontrados resultados m ais ponsíores.

a) Tp« Abafad» - Consiste em im plantar na área jlatis de cobertura com bom potencil e produçfc» de biom assa vegetal, para abiaaafar o mcrial oriundo da vegetação origina la ;rea. Foam utilizados quatro sistem as ;; a p a r tr è espécies diferentes e da com binqi eitre ela:.

1- >stna com íanana (M usa sp)4.

2- >stna com V.ucuna-preta (Stizolobium aten rrrim u m , >atante conhecida na região )d(s;u potetttfl de produção de biom assa5.

3- >Btna com Mamona (Ricinus com m unis).

4- íi;tna Diversificado - Outra possibilidade errara implxia duas ou m ais espécies ao n:sn tempo

N esse ‘ ipilafado’-, 3 área é prepara em duas etapas, id diescrits í eguir;

I a E t a p - h z e r a loçagem da área com foice, fac:âãão, e aul; de m otoserra. A s árvores maiore;s.oJdxadas. Operação conhecida na região com rm o “b n a\

2a E ta p - \) ó s a bioca, é realizada a sem eadura oui u planti» ls espécies de cobertura no prim eir a*, no segundo ano, são implantadas as culttitiuras deiiiivas6.

V »aacira foi escolh id a p e lo seu c r e s c im e n to rá p id o i e e e f o r m a a td so m b r a cerra d a , q u e a te n d e à s n e c e s s id a e o oafar os galh os e tr o n c o s oriu n d o s d a c a p o e ir a ( S il.I I L V A , 2 '0 )

^ n m a preta 5e d e s e n v o lv e b em nas c o n d iç õ e s d e s t o o o l o da r q io lo g o d e p o is da s e m e a d a c r e s c e rap id am ettaiu n d o toda a área, fo r m a n d o , se g u n d o o s a g r ic u lto in n r e s u m “jp t v e r d e ” ( S I L V A , 2 0 0 3 ) .

Vseitvas d e fin i-iv a s sã o e m geral cu ltu ras p e r en e s . N a s s-i e x p e r iè c is J e s e n v o lv id a s n o p r o je to , fo r a m im p lan taosb iiom en te c íc a u , c u p u a çu , p im e n ta -d o -r e in o e c a fé.

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Fi>ira: oca da área e plantio de leguminosa (mucunannnna) no 1°. Aio Fi gur aLc o em trilha e plantio da d efin itiv a (cacau) no 2°. Ano. Destaque para a t t t a regenera çi< t mantji a egetação natural da ánalonderson Serra.

b) ’i Picadinho - Este forma de preparo d ( ( cde área paie dos prníios desenvolvidos pec actor Emest Gosth, que prestou assessoiooooria ao projeto no au e 2000. Parte dos mtsn mcípios do abafado, mas com algumnrrrmas modificações ru fialização. Após a derbaa vegetação existente na área, os galaaaalhos e troncos são pcdos com facão e m*t>sasão deixados sobre o solo. Em seguidalddda, são impiaitadas ai Uuras definitivas a s e e i ifntadas na roça. Nesse sistema, a culturannrra definitiva é implaitd logo no primeiro an> leeiro da área.

Figia e : Derrubada e tritu ração manual da área (fa&ftfaacão, foice tnctosstra) leiaque para o solo |ue fica coberto com material vegetal. Foto: A ::. Anderson ferra.

ítema de “Roça sem Queimar” segue a li 11 1 lógico do: sistemas d ultivos em faixas, coihco mbém como “alley croping”, sistema o 11 de pousio contínuo oi pusio simultâneo, orne í pcura reproduzir, na área cultivada, i , . efeitos s:nelhaite; 16 de um pousio sueiâociclagem de nutrientes, diversificaçãoíááao do ecojs.stema, wtção do solo). A

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subliiic da área en faixas de produção de matériaaai or;âii;a e faixas de culturas de remiieto perm iten ransferir nutrientes das prim eiras, uccan aiaid o -o s de form a concentrada par; a íiias de c u lro (ROSA et al., 2000).

òserva-se dí forma geral nas experiências deseeeiravoM s pelo projeto, um a grande heteqeeidade quaro às condições nas quais as roçaaass ex>rinentais foram im plantadas. Rehoacio a; a) ve^tação original da área - vegetação >> prinái; e secundária, desta últim a, em lbnr.es período le pousio, b) tipos de solo - solos cddle mi<r; de m enor fertilidade, terra rox; ctiturada eutrof ca, latossolo vennelho-am arelo disss;trófcc mtre outros.

Lrtro da di/ersidade de com binações das espce im plantadas nas roças, preunian entre is espécies florestais, o mogno (((ÍS w ito a m acrophila), a copaíba (Co)aêj sp.) o Ipê Amarelo (Tabebuia Chrysotrichaai));, a G sanha-do-Pará (B erthollitia excüs)£htre as ciliuras perenes, estão o cacau (Theec(o>bron ;acao), a pim enta-do-reino (Pip:riirum), o cupt-açu (Theobrom a grandiflorim ) e ■ uo> caécmillon (C offee C anephora) (FUUl^AO V IV E I PRODUZIR E PRESERV A R, 200(0)2).

Eiritanto, observou-se também que apesar de lu u im a li’csidade na com binação de espé:n tentadas ao n esm o tempo ou de form a seqüenccciiada a oças foram im plantadas na lóg ialihiv er um a espécie como com ponente principooaid, qiaD à produção vegetativa e consiaete retom o econômico da atividade.

NJiti quadro de diversidade dos sistem as de roççpía senqieimar, quando estiv e n n o s trataiü o sistem a Cacau, que é objeto de enfoque para n e e s te suio, estam os nos referindo a um íieia A groflorestal com posto por esp écies arbórecaais, fbcsais e com outros cultivos (anuáü/uperenes) com diferentes interesses, que tem ccccom oxroonente principal a cultura do c;ca.) critério para considerá-lo com o cultura princripipal psú com o dito anteriormente, pelo nesse de produção e retomo econôm ico da esppp>écic em com o desdobram ento prátiiojmar as outras espécies do sistem a com o foo3)rma à contribuir para o m elhor

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