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Tríade terrível do cotovelo: a influência do tratamento da cabeça do rádio

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w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Tríade

terrível

do

cotovelo:

a

influência

do

tratamento

da

cabec¸a

do

rádio

Lucas

Braga

Jaques

Gonc¸alves

a

,

Jorge

de

Almeida

e

Silva

Neto

a

,

Mario

Roberto

Chaves

Correa

Filho

a

,

Ronaldo

Percope

de

Andrade

a

,

Marco

Antônio

Percope

de

Andrade

b

,

Anderson

Humberto

Gomes

c

,

Thalles

L

Machado

d

e

José

Carlos

Souza

Vilela

c,∗

aServic¸odeOmbroeCotovelo,HospitalMadreTeresa,BeloHorizonte,MG,Brasil

bServic¸odeOrtopedia,HospitaldasClínicas,UniversidadeFederaldeMinasGerais(UFMG),BeloHorizonte,MG,Brasil cServic¸odeOrtopediaeMedicinadoEsporte,HospitalUnimed,BeloHorizonte,MG,Brasil

dHospitalUnimed,BeloHorizonte,MG,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo: Recebidoem16demaiode2013 Aceitoem30deagostode2013 On-lineem23dejunhode2014 Palavras-chave: Luxac¸ões Articulac¸ãodocotovelo Fraturasdorádio

r

e

s

u

m

o

Objetivo:testarahipótesenuladequeospacientescomatríadeterríveldocotovelo(luxac¸ão associadaafraturasdacabec¸adorádioedoprocessocoronoide)tratadoscomreduc¸ãoaberta efixac¸ãointernadacabec¸adorádiotêmresultadofinalcomparávelaospacientestratados comartroplastiaouressecc¸ãoparcialdacabec¸adorádio.

Métodos:foramavaliados,emmédiaaos23meses(16a36)apósacirurgia,26pacientes comatríadeterríveldocotovelooperadosporumúnicocirurgião.Eram17homensenove mulheres,commédiadeidadede41anos(±13,4).Asfraturasdacabec¸adorádioforam tra-tadascomosteossíntese(12pacientes),ouartroplastia(nove),ouressecc¸ãodeumfragmento pequenoounenhumtratamento(cinco).Fixac¸ãodoprocessocoronoide/cápsulaanteriorfoi feitaem21pacientes.Ocomplexoligamentarlateral(LCL)foireparadoemtodosos paci-entes,enquantoqueocomplexoligamentarmedial(LCM)foireparadoemtrêspacientes cujoscotovelospersistiaminstáveisapósotratamentodacabec¸adorádioedoLCL,mas semfixac¸ãodoprocessocoronoide.

Resultados:oarcofinalmédiodeflexãoeextensãofoide112◦.Apronac¸ãomédiafoide

70◦easupinac¸ão,de6◦.OescoreDash(DisabilitiesofArm,Shoulder&Hand)médiofoi de12eoMepi(MayoElbowPerformanceIndex)médiofoide87.DeacordocomoMepi,21 pacientes(80%)tiverambonseexcelentesresultados.Nãohouvediferenc¸aestatisticamente significativaentreosresultadosdospacientessubmetidosafixac¸ãodacabec¸adorádioe aquelessubmetidosaartroplastiaouressecc¸ãodeumfragmentopequeno.

Conclusão:nãohádiferenc¸aentreospacientestratadoscomaartroplastiadacabec¸ado rádiodaquelestratadoscomoutrastécnicas.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.

TrabalhodesenvolvidonosHospitaisMadreTeresaeUnimed,BeloHorizonte,MG,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:cirurgiadeombro@hotmail.com(J.C.S.Vilela). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.08.006

0102-3616/©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.

Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND

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Terrible

triad

of

the

elbow:

influence

of

radial

head

treatment

Keywords: Dislocations Elbowjoint Radialfractures

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: totestthenullhypothesisthatpatientswiththeterribletriadoftheelbow (dis-locationtogetherwithfracturesoftheradialheadandcoronoidprocess)whoaretreated withopenreductionandinternalfixationoftheradialheadhavefinalresultsthatare com-parablewiththoseofpatientstreatedwitharthroplastyorpartialresectionoftheradial head.

Methods: twenty-sixpatientswiththeterribletriadoftheelbowwhowereoperatedby a singlesurgeon wereevaluated onaverage 23months afterthesurgery (range:16 to 36months).Therewere17menandninewomenofmeanage41±13.4years.The frac-turesoftheradialheadweretreatedbymeansofosteosynthesis(12patients),arthroplasty (nine)orresectionofasmallfragmentornotreatment(five).Fixationofthecoronoid pro-cess/anteriorcapsulewasperformedin21patients.Thelateralligamentcomplex(LLC)was repairedinallthepatients,whilethemedialligamentcomplex(MLC)wasrepairedinthree patientswhoseelbowsremainedunstableaftertreatmentfortheradialheadandLLC,but withoutfixationofthecoronoidprocess.

Results: themeanfinalrangeofflexionandextensionwas112◦.Themeanpronationwas

70◦andsupination,6◦.ThemeanDASHscore(DisabilitiesoftheArm,Shoulder&Hand) was12 andmeanMEPI(MayoElbowPerformanceIndex)was87.AccordingtotheMEPI scores,21patients(80%)hadgoodandexcellentresults.Therewasnostatisticallysignificant differenceintheresultsbetweenthepatientswhounderwentfixationoftheradialhead andthosewhounderwentarthroplastyorresectionofasmallfragment.

Conclusion: therewasnodifferencebetweenthepatientstreatedwitharthroplastyofthe radialheadandthosetreatedwithothertechniques.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.

Introduc¸ão

Aslesõesque envolvema luxac¸ãodocotoveloassociada a fraturada cabec¸adorádio efraturadoprocesso coronoide são referidas como tríade terrível do cotovelo.1

Historica-mente,essalesãoapresentadificuldadesemsuaabordagem eresultadosinsatisfatóriosporcausadainstabilidade,artrose e/ou rigidez docotovelo.2,3 A dificuldade de setratar esse

padrãodelesão sedeviaà faltade conhecimentosobreos fatoresanatômicos deestabilizac¸ãodocotoveloede técni-cas cirúrgicas apropriadas. Pughete McKee4,5 descreveram

umaabordagem sistematizada parao tratamento cirúrgico datríadeterríveldocotovelo,queincluíaaosteossínteseou artroplastiadacabec¸adorádio,oreparodocoronoidequando possível e/ou da cápsula articular eo reparo docomplexo ligamentarlateral(LCL)docotovelo,demonstraram resulta-dosbonseexcelentesem80%dospacienteseapresentaram aindaumíndicede revisãode15%-25%.Apartir deentão, diversosautoresapresentaramresultadosbonseexcelentes (77% a100%) no tratamento cirúrgico da tríade terrível do cotovelo,deacordocomoprotocoloapresentadoporPughet etal.6–14

Esteestudotemporobjetivoavaliarosresultadosclínicos eradiográficos dospacientes operadosda tríadeterrível do cotovelodeacordocomoprotocolo.Nossahipóteseéqueos pacientessubmetidosàartroplastiadacabec¸adorádioterão resultadoscomparáveisaosdemais.

Métodos

Entremarc¸ode2007edezembrode2009foramdiagnosticados 32pacientescomatríadeterríveldocotoveloesubmetidos a tratamento cirúrgico por um mesmo cirurgião (LBJG) no HospitalMadreTeresa(HMT)enoHospitalUniversitário Riso-letaTolentinoNeves(HURTN).Seispacientesforamexcluídos, quatronãoforamlocalizadosedoisnãoseguiramo acompa-nhamentopós-operatório. Restaram26 paraaavaliac¸ão,17 homensenovemulheres,commédiadeidadede41anos(± 13,4).Trêseramcanhotose23eramdestros.Omecanismode lesãofoiquedadealturaem13casos,acidentemotociclístico em10,atropelamento,quedadebicicletaeacidente automo-bilísticoumcada.Oscotovelos foramoperados,emmédia, nove(±5,93)diasapósotraumainicial.Oladoesquerdofoi afetadoem17(65%)pacienteseodireitoemsete(35%).

Asfraturasda cabec¸adorádioforamclassificadascomo tipo 4, de acordo com a classificac¸ão de Mason modifi-cadaporJohnston.15Emseisfraturasfoiidentificadoapenas

um fragmento e em quatro dessas havia um fragmento anterior,menordoque20%dasuperfíciearticular, extrema-mentecominuído,sempossibilidadedefixac¸ão.Cincofraturas tinhamdoisfragmentos,sete,trêseoito,maisdetrês.

As fraturas do processo coronoide foram classificadas segundoO’Driscoll,16queseparaasfraturas,deacordocom

ocortecoronaldatomografiacomputadorizada,emtrêstipos principais:tipo1,asfraturasdotopodoprocessocoronoide, Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND

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Figura1–Umamulherde56anosquesofreuquedadaprópriaaltura.A,Radiografiaemperfileanteroposteriorpréviaà reduc¸ãoquedemonstraluxac¸ãoposteriordocotoveloefraturadacabec¸adorádiotipo2comumfragmentoanterior cominuído.B,Radiografiaemperfileanteroposteriorpós-tratamentocirúrgicoquedemonstraareduc¸ãoconcêntricado cotoveloapesardaressecc¸ãodofragmentoanteriordacabec¸adorádio.

1Acomfragmentoaté2mme1Bcomfragmentosmaioresdo que2mm.Asfraturastipo2sãoanteromediaiseastipo3,da basedoprocessocoronoide.Em19pacientesforam identifica-dasfraturasdoprocessocoronoidetipo1Aenosdemaissete, tipo1B.

Emtodosospacientesfoiidentificadaalesãodocomplexo ligamentarlateralporavulsãoemsuaorigemnocôndilo late-ral.Areinserc¸ãofoifeitapormeiodesuturatransósseaoude âncorametálica4.0(HexagonInd.eCom.deAparelhos Orto-pédicosLtda.,Campinas,SP)comfioEthibondn◦2(Johnson& JohnsondoBrasilLtda.,SãoJosédosCampos,SP).Areinserc¸ão docomplexoligamentarmedialfoifeitaemapenastrês paci-entespormeiodeâncorasmetálicas4.0efioEthibondn◦2, queapresentaraminstabilidaderesidualapós otratamento da fraturada cabec¸a dorádioe doLCL.Nessestrês casos, oprocessocoronoide/cápsulaanteriornãofoifixadoporqueo cirurgião,duranteaavaliac¸ãopré-operatória,osconsiderou lesõesdiscretasquenãocontribuíamparaainstabilidadedo cotovelo.

Setepacientesapresentavamoutrasfraturasnomembro superior ipsilateral,duas dorádio distal,uma do estiloide ulnar,umadocôndilolateral,umalesãodeStennernopolegar, umafraturademetacarpoeumalesãodomanguitorotador doombro.Àexcec¸ãodalesãodomanguitorotador,todasas outrasforamfixadasnomesmoatocirúrgico,paraacelerara reabilitac¸ãodocotovelonoperíodopós-operatório.

Emtodosospacientesfoifeitaumaincisãoposterior uni-versalaocotovelocomrebatimentosubcutâneolateralatéa completaexposic¸ãolateraldocotovelo.OintervalodeKocher foiexplorado comousodointervalojádefinidopelalesão ligamentarlateralparaobter-seacessoàarticulac¸ãodo coto-velo.Umavezexpostaaarticulac¸ão,oprocessocoronoidefoi abordadoinicialmente.Em12pacientesfoifeitaumasutura transóssea,tipopull-out,queincluiuacápsulaarticular ante-rioreofragmentodoprocessocoronoide,eemumpaciente asuturafoifeitapormeiodeâncorametálica4.0inseridana ulnaproximal.Emoitopacientes,todoscomfraturastipo1B doprocessocoronoide,foifeitaaosteossíntesedofragmento ósseofraturadodoprocessocoronoidecomousodeparafuso canuladoisoladoemdoiscasos,parafusocanuladoefiosde Kirschner(fios-k)emdoiscasos,parafusocanuladoesutura

transósseadacápsulaemumcaso,fios-kesuturatransóssea emdoiscasosefios-kisoladosemumcaso.Emcinco pacien-tesnãosefezqualquerreparoaoprocessocoronoide,umavez que,duranteaavaliac¸ãopré-operatória,ocirurgião conside-roulesõesdiscretasquenãocontribuíamparaainstabilidade docotovelo.

A abordagem da cabec¸a do rádio foi feita a seguir. Em quatropacientesqueapresentavamumfragmentoanterior, menordoque20%dasuperfíciearticular,cominuídoesem possibilidadedereconstruc¸ão,optou-sepelaressecc¸ão sim-plesdosfragmentos,umavezquenãotinhahavidoprejuízo naestabilizac¸ãodocotovelo(fig.1).Emseisfraturasfoifeita aosteossíntesecomparafusosdeHerbert.Emquatrocasos houveoacréscimodefiosdeKirschneraosparafusosde Her-bert.Emdoispacientesforamusadosparafusoseplacas.Em oitopacientesfoifeitaaartroplastianãocimentadadacabec¸a dorádiocomprótesemonobloco (MetaBio IndustrialLtda., RioClaro,SP)comtrêsvariac¸õesdetamanho,referentesao comprimentodocolo(9mm,12mm,19mm).Emumpaciente foifeitaaartroplastiacomprótesemoldadaem metilmetra-crilato,quefoiremovidaapósoitosemanas.Emumpaciente queapresentavadesviodiscretoafraturanãofoisubmetidaà osteossíntese.

Por último,foi feita areinserc¸ão docomplexo ligamen-tar lateral do cotovelo em seu ponto isométrico, seja por meio de âncoras metálicas ou de sutura transóssea. A estabilidadedocotoveloeratestadacomaextensãopassiva completadocotoveloemneutro.Emseguidaerafeitaaflexão passivaassistidadocotovelo,comoobjetivodeuma estabili-dadeconcêntricaemtodooarcodemovimento(ADM).Emtrês pacientesfoiobservadaumasubluxac¸ãoposteriorresidual,foi feitooreparodocomplexoligamentarmedialcomâncora4.0 efiosEthibondn◦2efoirestabelecidaaestabilidadearticular emtodooADM.Ousodofixadorexternoarticuladonãofoi necessárioemqualquerpaciente.

Apósacirurgia,oscotovelosforamimobilizadosporuma semanaem90◦ deflexão eempronac¸ãocomtalagessada. Depoisdaremoc¸ãodaimobilizac¸ão,ospacienteseram orien-tadosainiciarumprogramadomiciliarparaganhoprecocede ADM,queconsistianaflexãoenaextensãoativadocotovelo, essaúltimacomocotovelopronado,alémdapronossupinac¸ão

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Figura2–Umamulherde54anosquesofreuquedadaprópriaaltura.A,Radiografiaemperfilpréviaàreduc¸ãoque demonstraluxac¸ ¯aoposteriordocotoveloefraturadacabec¸adorádio.B,Radiografiaemperfilpós-reduc¸ãoquedemonstra fraturacominutivadacabec¸adorádioefraturadacoronoide.C1eC2-RadiografiasemAPeperfilquedemonstramreduc¸ão concêntricadocotoveloedaprótesedacabec¸adorádioedaâncorametálicalateral.D1,D2,D3,eD4-Resultadoclínico apósseguimentofinal.

passivadocotoveloem90◦deflexão.Esseprogramaera man-tido porseis semanas, períodono qual os pacientes eram orientadosa não fazer a abduc¸ão do ombro acima de 60◦ ouaabduc¸ão com oombro fletido em90◦, afim de evitar estresseemvarosobreareconstruc¸ãoligamentar,conforme preconizadoporDuckworthetetal.17Apósseissemanas,os

pacienteseramencaminhadosparaafisioterapiaeiniciadaa reabilitac¸ãodomembrooperadosobsupervisão.

Oscontroles pós-operatórios foramfeitosna 1a, 2a e6a semanas e no 3◦, 6◦ e 12◦ meses. Foi avaliada a dor por meioda EscalaVisual Analógica,aADMpormeiodo goni-ômetro, a estabilidade, clinicamente (teste de Pivot Shift eGaveta)eradiograficamente,por meio daconstatac¸ão de reduc¸ãoconcêntricanasimagensemanteroposterior(AP)e perfil.Avaliaram-setambémaconsolidac¸ãodasfraturasea presenc¸adeossificac¸ãoheterotópicaealterac¸ões degenerati-vas.

A avaliac¸ão final dos pacientes foi feita por um espe-cializando em cirurgia do ombro e cotovelo devidamente treinado econsistia naaplicac¸ão dosquestionários Dash18

e Mepi,19 mensurac¸ão da ADM, avaliac¸ão da estabilidade

articular, pesquisa de complicac¸ões e outras cirurgias no mesmocotovelo, além da avaliac¸ãode radiografias em AP eperfilpara pesquisa de calcificac¸ões perinsercionais liga-mentares,ossificac¸ãoheterotópicaealterac¸õesdegenerativas do cotovelo, essas últimas classificadas de acordo com o critériodeBrobergeMorrey:19grau0(ausência,cotovelo

nor-mal);grau1(levediscretoestreitamentoarticularemínima formac¸ãodeosteófitos);grau2(moderado,moderado estrei-tamentoarticularemoderadaformac¸ãodeosteófitos);grau3 (severoestreitamentoedestruic¸ãoarticular).

AsvariáveisforamanalisadascomotestedeFischere con-sideradosvaloressignificativosquandop<0,05.

Resultados

Aavaliac¸ãofinalfoi feitaemmédiade23meses (12-36).A contraturaemflexãofinalmédiafoide20◦(±13,70◦),variac¸ão de0◦a40◦(fig.2).Aflexãofinalmédiafoide132◦(±13,20◦), variac¸ãode90◦a150◦.OarcofinaldeADMmédiofoide112◦ (±24,29◦).Apronac¸ãomédiafoide70◦(±18,34◦),variac¸ãode 0◦ a80◦. Asupinac¸ão médiafoi de63◦ (± 19,92◦),variac¸ão de0◦a80◦.

O Dashmédiofoi de12 (±15,36), variac¸ãode 0a44.O Mepimédiofoide87(±14,34),variac¸ãode50a100.Aanálise individualdoMepidemonstra12resultadosexcelentes,nove bons,quatroregulareseumruim,ouseja,80%dospacientes apresentaramumresultadosatisfatório.Aavaliac¸ão radiográ-ficademonstrouaausênciadealterac¸õesdegenerativasem 14pacientes(54%),enquantonoveapresentavamalterac¸ões grau1,umgrau2enenhumgrau3.Emdoispacientesnãofoi possívelfazerestudoradiográficoatualizado.

Dosoitopacientesqueusaramaprótesedacabec¸adorádio, quatro(50%)apresentaramumarcodeflexão-extensão(AFE) menordoque100o. Nogrupode17 pacientesque tiveram ascabec¸asdorádioreconstruídas,apenastrês(17%)tinham umAFEmenordoque100◦.Mastaisvaloresnãoforam esta-tisticamente significativos (p=0,159). O Mepi no grupo da artroplastiafoiinferiora75emtrês(37%)pacientesetambém emtrês(17%)pacientesnogruposubmetidoàosteossíntese. Noentanto,osvaloresnãoforamestatisticamente significati-vos(p=0,208).Nestaavaliac¸ão,opacientequefoisubmetido àartroplastiada cabec¸adorádio comprótesemoldadaem metilmetacrilato e posteriormente retirada foi excluído da análisecomparativa,apesardedemonstrarumMepide85◦ eumAFEde150◦.

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Complicac¸ões

Nenhum paciente apresentou infecc¸ão, deiscência da ferida operatória ou lesões neurovasculares. Cinco tive-ramcomplicac¸õesquenecessitaramdetratamentocirúrgico. Umapresentounecroseavascularepseudoartrosedacabec¸a dorádioefoisubmetido àremoc¸ãodomaterialde síntese juntamentecom osfragmentos ósseosda cabec¸adorádio, três meses após a cirurgia index. Quatro desenvolveram rigidez articular do cotovelo. Desses, dois apresentavam ossificac¸ãoheterotópicaanterioretrêshaviamsido submeti-dosàartroplastiadacabec¸adorádio.Todosforamsubmetidos àliberac¸ãocirúrgicadocotoveloassociadaàretiradada pró-tese da cabec¸ado rádio e da ossificac¸ãoheterotópica, nos casosemqueelasestavampresentes.Emumpacienteforam feitasduas liberac¸õesosteocapsularesdocotovelo. Umdos pacientes desenvolveu sinostose radioulnar proximal após a retirada da prótese e foi, posteriormente, submetido ao procedimentodeKaminemi-Morrey,20masnãohouveganho

depronossupinac¸ão,porcausadaneoformac¸ãodasinostose. Elerecusounovacirurgia.

Discussão

Historicamente,aspublicac¸õesdotratamentodatríade terrí-veleramesparsas,apresentavampequenassériesdecasose comdistintasabordagenscirúrgicasouconservadoras. Apre-sentavam,emcomum,mausresultadonotratamentodesse tipodelesão.2,3,19

Recentemente,diversosestudosepesquisaspropiciaram ummelhorentendimentodabiomecânicaedaestabilidade docotoveloedainterac¸ãoentreelas21–28econtribuírampara

apublicac¸ãodemelhoresresultadoscirúrgicosdessalesão. Pughetetal.4,5 descreveramumaabordagem sistematizada

paraotratamentocirúrgicodatríadeterríveldocotovelo,que incluíaaosteossínteseouaartroplastiadacabec¸adorádio, o reparo do coronoide se possível e/ou da cápsula articu-lare oreparo docomplexo ligamentar lateral docotovelo, além de fazer o reparo doligamento colateral medial eo usodofixador externodo cotoveloemcasos selecionados. Eles demonstraram resultados bons eexcelentes na maio-riadospacienteseapresentaramaindaumíndicederevisão de 15%-25%. Posteriormente, diversostrabalhos apresenta-ramresultadosconsistentesereprodutíveisdeacordocom amesma abordagemsistematizada, comíndicesdebons e excelentesresultadosde77%a84%.6,9,13

Nossoestudoconfirmaosresultadosdessestrabalhosmais recentesereforc¸aareprodutibilidadederesultados satisfa-tóriosempacientes submetidosà abordagem propostapor Pughetetal.Dosnossospacientes,80%apresentaram resul-tadosbonseexcelentes,comumMepimédiode87pontose umDashmédiode12.Aindaassim,38%apresentaramalgum graudealterac¸õesdegenerativas,mesmoqueamaioriatenha sido dealterac¸õesleves, oque apoiaa persistênciade um grausutildeinstabilidadearticular,queacarretariaummau funcionamentodaarticulac¸ãoeconsequenteinícioprecoce dealterac¸õesdegenerativasemalgunsdessescotovelos.Um períodomaiordeseguimentoserianecessárioparaavaliara

progressãodessasalterac¸õesdegenerativasesuaseventuais repercussõesclínicas.

Ahipótesenulafoicorroborada.Apesardediversosartigos reforc¸aremaimportânciadesetentarreconstituir anatomica-menteouomaispróximopossívelaarticulac¸ãoradiocapitelar, nãoháestudosquecomparemosresultadosdaartroplastiada cabec¸adorádiocomoutrastécnicasnotratamentodatríade terrível.Van Glabbeeketetal.29 descreveramaimportância

darestaurac¸ãodocomprimentodorádioapósartroplastiada cabec¸adorádioemcotoveloscomlesãodoLCM.Osautores recomendamqueasubstituic¸ãodacabec¸adorádiodevaser feita comamesmaacuráciaereprodutibilidadenaposic¸ão doscomponentescomoemqualqueroutraartroplastia. Cha-ralambousetetal.30 sugeremqueaosteossíntesedacabec¸a

dorádioempacientescomlesãodoLCMapresenta resulta-dossuperioresàartroplastiaeàexcisãodacabec¸adorádiono queconcerneàestabilidadeemvarodocotovelo.Aprótese decabec¸adorádiodequedispomosémodular,comapenas trêsvariac¸õesnotamanho,todasrelacionadasaocolo:9mm, 12mm,19mm.Nãohávariac¸õesdetamanhodacabec¸aradial, dahasteoudabipolaridade.Sendoassim,essaprótesetem afunc¸ão primáriade funcionarcomo umespac¸adore per-mitir acicatrizac¸ãoadequadadas partesmoles noperíodo pós-operatório. Imaginávamos que embora essa prótese não conseguisse restabelecer de forma mais precisa a articulac¸ãoradiocapitelareradioulnarproximal,ospacientes submetidosàartroplastiadacabec¸adorádioteriam resulta-dossemelhantesàquelessubmetidosaoutrostratamentos. Aocompararessesgrupos,nãoencontramosresultados esta-tisticamentesignificativos.Assim,acreditamosqueumavez escolhida,aressecc¸ãodacabec¸adorádiodevesersubstituída porumespac¸adorrígido,sejaumaprótesemetálicaouuma cabec¸adorádiomoldadaemmetilmetacrilato,comofoifeito emumdenossospacientes,atéaadequadacicatrizac¸ãodas partesmoles.Evidentementequeessaéumaconclusãode umcurtoseguimentoecomumgrupopequenode pacien-tes,oqueenfraqueceaanáliseestatística.Énecessárioum seguimento maislongoparademonstrarseareconstruc¸ão “nãoanatômica”dacabec¸adorádiopodecausaralguma con-sequênciaaocotovelo.

Este estudo apresenta algumas limitac¸ões. Trata-se de um estudoretrospectivo, observacional ecom curto segui-mentomédio(23meses).Essepequenotempodeseguimento impossibilitaaavaliac¸ãocorretadaincidência,progressãoe repercussãoclínicadaosteoartrosedegenerativasecundária, umadascomplicac¸õestardiasmaistemidasededifícil tra-tamento. O pequeno número de pacientes emcada grupo avaliado tambémtornamaisfraca aanálisefinal denossa hipótese.

Conclusão

Otratamentocirúrgicodatríadeterríveldocotovelofornece resultadossatisfatóriosereprodutíveisnamaioriados pacien-tes,independentementedométododetratamentodafratura dacabec¸adorádio.Nãohouvediferenc¸asentreospacientes tratadoscomosteossíntesedacabec¸adorádiodaqueles tra-tadoscomartroplastiadacabec¸adorádioouressecc¸ãodeum fragmento.

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Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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s

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