• No se han encontrado resultados

Reutilizar o sistema corporativo do Estado Novo: reabilitação da Casa do Povo de Vieira do Minho

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Reutilizar o sistema corporativo do Estado Novo: reabilitação da Casa do Povo de Vieira do Minho"

Copied!
111
0
0

Texto completo

(1)

Fábio Teixeira Gonçalves

Reutilizar o sistema corporativo do Estado

Novo: Reabilitação da Casa do Povo de Vieira

do Minho

Fábio Teixeira Gonçalves

janeiro de 2019 UMinho | 2019 R eutilizar o sis tema cor por ativ o do Es tado No vo: R eabilit ação da Casa do P o vo de V ieir a do Minho

Universidade do Minho

Escola de Arquitectura

(2)
(3)

janeiro de 2019

Dissertação de Mestrado

Ciclo de Estudos Integrados Conducentes ao

Grau de Mestre em Arquitectura

Ramo de Conhecimento: Cultura Arquitetónica

Trabalho efetuado sob a orientação do

Professor Doutor Elisiário Miranda

Fábio Teixeira Gonçalves

Reutilizar o sistema corporativo do Estado

Novo: Reabilitação da Casa do Povo de Vieira

do Minho

Universidade do Minho

Escola de Arquitectura

(4)
(5)
(6)
(7)

vii R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

Ao Professor Doutor Elisiário Miranda pela disponibilidade, pelos conselhos e pela orientação, ao longo de todo este processo.

Agradecimento à Camara Municipal de Vieira do Minho e os seus diversos serviços pela disponibilidade e apoio na obtenção de informação para elaboração da dissertação.

A todos os meus amigos, destacando a Arquiteta Ana Vieira, a Arquiteta Eduarda Rocha e a amiga e companheira ao longo destes anos de curso, Raquel Alves.

Por m um a radecimento muito especial minha am lia pela paciência e apoio constante ao longo destes anos.

(8)
(9)

ix R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

RESUMO

Esta dissertação aborda a problem tica da intervenção nas anti as casas do povo Espalhadas pelo territ rio nacional comp em um patrim nio hist rico cultural constru do durante o re ime do Estado Novo ue perdura at aos dias de ho e No entanto com o m do corporativismo inerente ao re ime v rios edi cios oram dei ados para trás. Um exemplo são as casas do povo, que outrora se consideravam um dos pilares iniciais da or anização corporativa dos sistemas econ micos impostos pelo Estado.

ssim apresentam se os resultados de um pro eto ue procura devolver a identidade e utilidade a este tipo de edi cios que atualmente se encontram descaracterizados e devolutos. Dada a natureza de caracter stica muito particular a n vel ar uitet nico prop e se um pro rama ue re uali ue e devolva o usu ruto ao patrim nio constru do Para tal o ob eto de estudo a Casa do Povo de Vieira do Minho, situado na avenida Barjona de Freitas – a avenida mais importante da sede do concelho ue em tempos detinha um papel re erencial e de rande utilidade para os habitantes tualmente não um edi cio de interesse para a população uma vez ue apenas utilizado em ltimo recurso e de orma tempor ria Com este pro eto pretende se sensibilizar para a ur ncia de reabilitação desta tipolo ia edi cat ria pro rama proposto prev a continuação das instalaç es da academia de m sica Valentim Moreira de e acrescenta uma sala de espet culos de modo a ue este possa ser utilizado não s pela academia, mas também para por toda a comunidade.

Palavras chaves:

(10)
(11)

xi R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

ABSTRACT

his dissertation addresses the problem o intervention in old House of People (Casas do Povo). These buildings are spread all over the national territor and the are historical cultural herita e o the state regime. However, with the end of the this regime, several buildings ere le behind ne e ample is the ouses o the People hich in the past ere considered one o the initial pillars o the economic s stems imposed b the state

hus the aim o the pro ect is to restore the identit and utilit o these t pe o buildin s that are actuall eatureless and redevelopment iven the nature o a ver particular eature o the architectural level it is proposed a pro ram that re uali es and returns the value and usabilit o this t pe o buildin o this end the ob ect o stud is the ouse o People o Vieira do Minho located on venida ar ona de reitas the most important street o count n the past this buildin had a re erential and use ul role or the inhabitants oda it is not a buildin ith interest to the population since it is used on a temporar basis ith this pro ect it is intended to sensitise or an ur ent rehabilitation o this buildin t polo his acilit is actuall used b the Music cadem Valentim Moreira de he select pro ram predicts its continuation and added a sho room hich can be used onl b the academ but also b the communit

e ords:

(12)
(13)

xiii R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

ÍNDICE

Introdução Capítulo 01 | Enquadramento

r uitetura propa and stica do Estado Novo 2. Casas do povo

2.1. A origem das casas do povo r anização territorial Pro etos tipos

2.4. Mensários das casas do povo 2.5. Estado atual das casas do povo

Capítulo 02 | Diagnóstico

1. Caso de estudo | Enquadramento 1.1. Vila de Vieira do Minho

1.2. Casa do Povo de Vieira do Minho

Pro ramas antes e ap s o de abril de edi cio 2. Levantamento dimensional 2.1. Plantas 2.2. Cortes 2.3. Alçados evantamento oto r co Capítulo 03 | Proposta 1. Conceito 2. Metodologia 3. Programa ntervenção construtiva 5. Encerramento de vãos 5.1. Exteriores nteriores Considerações finais Bibliografia Índice de imagens 15 21 24 25 31 44 45 45 45 54 55 61 83 101

(14)
(15)

15 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

INTRODUÇÃO

A importância da reabilitação é, nos dias que corre, uma realidade muito presente tanto a n vel social e cultural como a n vel ambiental e econ mico Esta realidade tem ainda um maior impacto em edi cios ue se encontram muito de radados uase em ru nas colocando de parte a reabilitação de edi cios cu o o estado não de de radação total mas em ue os re uisitos m nimos não são os indicados uma vez ue não cumprem com a le islação Para não ca rem no es uecimento necess rio encontrar soluç es para ue os mesmo não se tornem casos extremos.

As casas do povo são uma das mais fortes marcas que o Estado Novo deixou na arquitetura em Portugal, e, atualmente, não existe uma estrat ia delineada para o aproveitamento desta rede de edi cios ue est espalhada ao lon o do pa s nicialmente oi pro etada a construção de uma casa do povo em cada freguesia, o que apontaria para cerca de uatro mil em todo o pa s em caso de uma completa e ecução No entanto nem todos estes pro etos se concretizaram

o lon o desta dissertação ser eita uma an lise hist rica resumida da rede de casas do povo dando especial atenção ao caso de estudo atrav s de uma observação do seu estado atual e da de nição das soluç es encontradas tanto a n vel pro ram tico como construtivo para a sua reativação ob etivo principal apresentar uma proposta de reativação e re uali cação da anti a casa do povo de Vieira do Minho num edi cio de uncionalidades interrelacionadas: uma sala de espet culos e uma escola de m sica sala de espet culos tem como ob etivo essencial devolver este espaço ar uitet nico população e a escola de m sica tem como ob etivo dar vida uotidiana ao edi cio numa relação simbi tica

No primeiro Cap tulo desta dissertação intitulado En uadramento eito um en uadramento eral desta tipolo ia de edi cios e a sua conte tualização hist rica dada a sua orte li ação a um re ime pol tico ssim disserta se sobre o crescimento das casas do povo sobre as raz es ue ori inaram a sua criação o seu modo de construção e ainda sobre o seu estado atual ob etivo deste cap tulo descrever a evolução hist rica e identi car as causas para estes edi cios terem ca do no es uecimento

No Cap tulo ia n stico realiza se o en uadramento do caso de estudo analisando a implantação do edi cio e as diversas ocupaç es do mesmo ao lon o do tempo Para al m do mais apresenta se o levantamento dimensional e oto r co assim como se e p e um

(16)

16

diálogo de aproximação aos moradores e informação recolhida no arquivo camarário da Vila.

No Cap tulo intitulado Proposta traçam se as soluç es de reabilitação dos problemas dia nosticados então apresentado o programa escolhido, o conceito e a metodologia projetual. Esta apresentação vai desde a escala de implantação do edi cio at ao pormenor do mapeamento dos vãos. A metodologia desta fase está relacionada com o principal ob etivo a reanimação do espaço apresentando sempre um pro eto ar uitet nico undamentado e a pormenorização das soluç es da proposta

(17)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(18)
(19)

ENQUADRAMENTO

é feito um enquadramento geral desta tipolo ia de edi cios e a sua conte tualização hist rica dada a sua forte ligação a um re ime pol tico

(20)

20

1. Arquitetura do Estado Novo

(21)

21 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

1.1. Arquitetura propagandística do Estado Novo

Estado Novo dei ou marcas do re ime na ar uitetura do pa s nomeadamente em pontes universidades est dios tribunais casas do povo r mios e monumentos ue uardam a mem ria desta época. A maior parte deles ainda está presente nos dias de hoje. Este re ime servia se da ar uitetura para mani estar o seu poder e a udar a promover a autoridade do Estado, levando a uma credibilização e tornando o intemporal o o assistiu se construção de in meros edi cios p blicos uase sempre com uma apar ncia monumental1

“O Estado, pelo seu cariz totalitário, controla todas as manifestações resultantes da atividade humana. A arquitetura, sendo uma arte coletiva, é um instrumento privilegiado e rentável de manipulação ideológica enquanto desenho, pela dimensão, pela durabilidade, pelo uso obrigatório enquanto obra construída. Seja um edifício, uma cidade, um jardim. A

arquitetura é um veículo de propaganda por excelência.”2

l uns desses edi cios ainda ho e t m uma rande import ncia para o pa s l uns e emplos são o Est dio Nacional o Padrão dos escobrimentos e o Museu de rte Popular Est dio Nacional inau urado a de unho de por liveira alazar com capacidade para cerca de pessoas oi criado para promover a pr tica desportiva Este recinto tem sido palco de in meros acontecimentos desportivos espet culos musicais e diversos tipos de eventos Padrão dos Descobrimentos e o Museu de Arte Popular são dois dos diversos edi cios da E posição do Mundo Portu u s realizada em e ue ho e constituem um marco muito importante a n vel tur stico no pa s

Em a publicação da Constituição Pol tica da Rep blica Portuguesa e do Estatuto do Trabalho Nacional, estabeleceram o que desi nado pelo sistema corporativo do Estado Novo em vi or entre e Conse uentemente o Estado construiu uma s rie de redes de instituiç es desde o litoral at ao interior do pa s ambição era abran er todas as classes sociais e todas as atividades econ micas Estes edi cios uncionavam como ob etos sociais econ micos e culturais necess rios para impor uma orça undamental compuls ria à sociedade, tais como os grémios rurais, casas dos pescadores, casas

P Marta Ra uel Pinto r uitectura como nstrumento na Construção de uma ma em do Estado Novo p

(22)

22

do povo, sindicatos, entre outros 3 Estado atrav s destes edi cios

ambicionava reproduzir a pir mide corporativa ideal ver ilustração 4 “Na base da pirâmide ideal, classificados como primários, foram criados organismos com competências económicas e sociais: grémios obrigatórios, grémios facultativos, grémios da lavoura, sindicatos nacionais, casas do povo e casas dos pescadores. Eram os organismos mais numerosos, que, quase sempre,

exerciam funções no âmbito da freguesia ou do concelho.”5

Muitos dos e uipamentos ue partiram deste re ime pol tico se uiram atrav s de um modelo o cial como orma de implementar uma apar ncia nica e por isso mais acilmente reconhec vel como cada tipo de instituição6

E sabel r uitetura e Mem ria do Estado Novo ao de bril p RE RE ulce ERRE R Nuno Estevão R R E na Mar arida p RE RE ulce ERRE R Nuno Estevão R R E na Mar arida p E sabel r uitetura e Mem ria do Estado Novo ao de bril p

C RP R E E ER E E N E E R M E ER E E N E E N C E ER E E N E E C P V R M R R R M C V R M V R N C N C N C P V C PE C RE lustração Pir mide corporativa idealizada pela Estado Novo

(23)

23 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

“As casas do povo podiam e deviam ser o foco de toda a vida rural. Os senhores da terra, as pessoas abastadas das aldeias de Portugal de-viam exercer largamente em relação a elas o seu patronato social,

pro-tegê-las, fortalecê-las, animá-las por todos os meios ao seu Alcance.”7

António de Oliveira Salazar

(24)

24

2. Casas do Povo

lustração lição de alazar lustração ue retrata a di erença da povoação com e sem a casa do povo.

(25)

25 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

2.1. A origem das Casas do Povo

Em atrav s do decreto lei n : de de etembro deu se a criação das casas do povo destinadas implementação dos alicerces da or anização corporativa em Portu al com tr s princ pios

undamentais:

a Previd ncia e assist ncia Respons vel por asse urarem a proteção e au iliar os s cios em caso de doença desempre o inabilidade e velhice;

b nstrução Ensinar os s cios e os lhos desporto divers es e cinema educativo

c Pro ressos locais Cooperação nas obras publicas serviço de águas e higiene publica; 8

iniciativa da criação das Casas do povo pode partir dos particulares interessados e de reconhecida idoneidade das untas de re uesia ou de ual uer autoridade administrativa a cu a urisdição este a submetida a re uesia rural onde se pretende a criação da Casa do Povo Com este decreto passaram a reconhecer se estas instituiç es de orma le tima pois e istiam casas do povo espalhadas pelo pa s atrav s da iniciativa local

Este regulamento rege também aquelas que são as compet ncias destas instituiç es nomeadamente a criação de pe uenas bibliotecas de escolas ou postos de ensino destinados a educar os s cios e os seus lhos l m disso procura desenvolver a cultura sica dos seus associados atrav s de desportos e su eição a uma scalização m dica utras compet ncias são o orte car ter cultural e educacional utilizando como instrumento principal o cinema atrav s de tas ue contribu ssem para esse prop sito e e cluindo todas a uelas ue ossem opostas aos bons costumes na tica overnamental s entradas para estes espetáculos eram, regra geral, pagas, mas a um preço muito reduzido de modo a abran er o maior n mero poss vel de pessoas s hor rios destes espet culos eram escolhidos de orma a que não prejudicassem o normal funcionamento do horário laboral.

Para além do mais, no seguimento das ideias expostas na secção estas instituiç es tiveram ue en rentar a limitação e o controlo do Estado, uma vez que estes organismos não podiam, de maneira nenhuma utilizar a sua sede ou os seus meios de ação para ual uer esp cie de atividade pol tica ou social contr ria aos interesses

8 MALDONADO, Vanda, 2016, p.105 ecreto lei n : de etembro de

(26)

26

da Nação e constituição do Estado 10 .

Em atrav s do decreto lei n : divul a se a regulamentação do funcionamento das casas do povo. Este decreto acrescenta um ob etivo para al m da ueles tr s ue oram criados inicialmente nomeadamente a representação de todos os trabalhadores nelas inscritos como s cios e etivos 11.

Estes edi cios possu am um car cter muito corporativista direcionado para a sociedade e para as suas necessidades. Tinham como nalidade o en uadramento institucional das zonas rurais especialmente adaptadas aos modos de ser e estar das pessoas do campo sto permite re etir sobre o impacto ue alazar ueria causar com a criação destes novos edi cios Contudo estas casas tinham outro m: eram ve culo de propa anda overnamental s bibliotecas apenas disponibilizavam livros ornecidos por entidades do Estado e os cinemas como oi re erido apenas reproduziam tas de acordo com a mentalidade que queriam impor à população.

“(...) devem utilizar o cinema como instrumento de cultura e de educação popular (...) O filme pode ser um agente desnacionalizador, um meio de propaganda de costumes, sentimentos e ideias

contrárias ao nosso ideal de nacionalidade”. 12

Com isto pretende se ue a população encare esta atividade como meio cultural e recreativo de maneira ue não altere a mentalidade popular e não se torne em actor contraproducente 13.

No entanto, em consequência da Revolução de 25 de Abril de as casas do povo começaram a ser e tintas ou trans ormadas semelhança do ue aconteceu com outras instituiç es criadas pela ditadura p s este acontecimento o overno estabeleceu a eliminação do sistema corporativo ocorrendo uma renovação da estrutura administrativa para responder aos ob etivos das novas instituiç es p blicas14

s diversas trans ormaç es no conte to pol tico e social levaram a ue estas instituiç es dei assem de ser necess rias uma vez ue as unç es para a ual oram inicialmente concebidas não serviam. Também podemos relacionar este facto com o despovoamento dos centros rurais e com a evolução do modo como as pessoas viam a sua vida pro ssional

10 ecreto ei n : de etembro de 11 ecreto lei n : de ulho de 12 ecreto lei n : de etembro de 13 CCP Povo p

(27)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

Em atrav s do decreto de lei n de de unho estas instituiç es são reconhecidas e inte radas num novo re ime ur dico em ambiente democr tico atentos sua lon a tradição as casas do povo podem desempenhar um papel preponderante enquanto centros dinamizadores das populaç es contribuindo assim para a melhoria do bem estar das pessoas 15.

(28)
(29)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

Estes edi cios como re erido anteriormente podiam ser re uisitados por particulares interessados ou por autoridades administrativas com urisdição sobre a re uesia 16. Além disso, também

não era autorizada a construção de mais de uma casa do povo por freguesia 11 plano overnamental apontava para a completa e ecução

da construção destes edi cios ue rondaria as uatro mil em todo o pa s no entanto a realidade cou a u m do dese ado

“(...) consoante adaptações, restrições ou extensões (...) aconselhando a agrupar freguesias limítrofes ou a permitir a constituição dos organismos em localidades que não sejam sedes de freguesias rurais.”

No se uimento desta norma apresentada em o Estado dispensou a criação de uma casa do povo nas freguesias de menor dimensão e ou população re erindo ue a mesma casa do povo poderia servir e cazmente re uesias vizinhas Esta medida levou a uma desaceleração no crescimento desta rede e assim evitou edi cios desnecessários. Apesar desta vontade de diminuir o crescimento da rede de casas do povo nos meados de oram criadas casas do povo nas anti as col nias portu uesas mas em menor n mero ue no territ rio nacional18

No distrito de Braga é evidente uma alta densidade de casas do povo em comparação à escala nacional. Foi neste distrito que o movimento de criação de casas do povo se revelou mais acelerado e pro ressivo ue em se contabilizam uase uma centena

penas no distrito de ra a e istem Casas do povo muitas delas abandonadas e outras ocupadas provisoriamente.

16 ecreto lei n : de etembro de CCP Povo p

18 ME aniel p PERE R Nat lia p

(30)
(31)

31 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

2.3. Projetos tipos

As casas do povo, enquanto equipamento do Estado Novo, oram desenvolvidas se undo um pro eto tipo da autoria do ar uiteto or e e urado 20.

necessidade da utilização de pro etos tipo ou se a a obri ação da construção se undo modelos o ciais parte da necessidade de implementar uma ima em nica ao serviço do re ime e uma vez ue se pretendia a construção de uma rede de numerosos edi cios era imperioso a redução de custos desta operação.

intenção de dar um novo rosto aos edi cios overnamentais à semelhança do que aconteceu com outros modelos deste tempo, não oi tão r ida nas casas do povo Nestas e istiu al uma e ibilidade para a execução do projeto consoante a sua implantação e as necessidades de cada local ssim sendo veri cou se a implementação do pro eto modelo em várias sedes, mas também uma grande heterogeneidade ar uitet nica em tantas outras diversidade ar uitet nica decorrer do pressuposto de se tratar de uma iniciativa local e não pr concebida natureza com a qual converge o facto deste equipamento poder corresponder a diversos pro ramas educação sa de ustiça etc 21

s desenhos dos pro etos tipos apresentam um edi cio de um s piso Este pode variar se undo duas perspetivas consoante a localização e distribuição Na perspetiva da localização as casas do povo localizadas a sul do pa s t m uma ar uitetura mais modernista com uma cobertura plana, inclusive no alpendre, e uma chaminé muito discreta no alçado os edi cios localizados no norte t m uma arquitetura mais tradicional, com as coberturas inclinadas no telhado, utilizando pilastras e uma chamin com realce no alçado 22 Ver uras

4 e 5)

20 or e de lmeida e urado de utubro de de Novembro de lho do en enheiro oão Em lio e urado estudou no iceu Pedro Nunes Em inscreveu se no curso Preparat rio da Escola de elas rtes de isboa e em terminou o curso de

r uitetura ma das suas primeiras obras de desta ue oi o iceu lio enri ues em Coimbra Nos anos realizou tamb m dois dos mais importantes pro etos em parceria com nt nio Varela: o iceu ilipa de encastre e o Edi cio da Casa da Moeda

in ERN N E os p 21 R M esica p 22 R M esica p

(32)

32

“Convém que todos os edifícios das Casas do Povo - possuindo embora traços comuns nos aspectos dominantes da arquitectura – apresentam características regionais que resultem da harmonia das suas linhas com a paisagem, da escolha dos

materiais de construção, do estilo artístico de tradição local.”23

Esta diversidade tamb m not ria pela escolha dos materiais optando se uase sempre por pedra da pr pria re ião s ima ens dos cunhais tamb m t m e press es distintas entre as duas vers es Para os pro etos do Minho ouro r s os Montes e eiras a solução apresentada em pedras de ranito ormando uma dobra em do edi co destacada. Já a sul, contêm uma expressão mais moderna, uma vez que os cunhais não e istiam Relativamente cai ilharia estas vers es parecem muito semelhantes relativamente ao n mero de olhas e ao espaçamento dos pin zios Numa perspetiva distributiva o pro eto tem duas vers es destintas rande di erença entre as duas vers es reside na colocação de um corredor que dá acesso aos diferentes compartimentos do corpo onde se encontram os serviços en uanto que na versão sem corredor esta transição é efetuada diretamente pelo grande salão.24

Este pro eto tipo apresenta uma planta em orma de : dois corpos perpendiculares entre si, onde o volume de menor dimensão est destinado zona de serviços da instituição e o volume de maior dimensão ao grande salão. A zona de menor dimensão é subdividida em pe uenos compartimentos destinados arrecadação abinete da direção abinete de consultas m dicas e casa de banho rande salão um espaço aberto destinado a con er ncias espet culos sess es de cinema etc Este espaço pensado tamb m para ue possa ser subdividido em tr s repartiç es com divis rias m veis para a realização de outras atividades como leitura ou sala de aula Este pensamento promove a polivalência do espaço sem um programa espec co25

l m disso poss vel veri car uma pre er ncia pela orientação do alçado principal a nascente e na zona norte a existência de um campo de o os No alçado principal situa se a entrada para ambos os volumes E istiam ainda mais tr s sa das no rande salão uma vez ue este previa a capacidade de concentrar um rande n mero de pessoas26

23 CCP Povo p

24 R M esica Maria de liveira VE R Carla arrido de liveira p 25 R M esica p

(33)

33 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

tema am lia era tamb m de rande import ncia na construção destes edi cios uma vez ue se encontrava e pl cito na presença de uma lareira num dos topos do grande salão de modo a dar a sensação de conforto a quem a frequentava.

Expetativa vs. Realidade

Em edi cios como escolas correios liceus entre outros oi poss vel criar uma ima em nica ue acilita o reconhecimento de cada um deste tipo de edi caç es Contudo esta vontade de homogeneidade não foi totalmente alcançada nas casas do povo, o ue nos leva a pensar no motivo para esse acto ma das raz es para este acontecimento poder estar relacionada com as ortes cr ticas a ue estes pro etos tipo oram su eitos Estas cr ticas advinham dos mensários das casas do povo, que defendiam sempre que as casas do povo eram do povo e por esse motivo deviam ser o re e o de cada local e de cada população privile iando as iniciativas e vontades da mesma utra razão porventura evidente era o acto de os pro etos tipo não apresentarem propostas para todos os pro ramas para o ual

oram inicialmente criados or e e urado ao compor o pro eto tipo não estabelece uma compartimentação para cada atividade pre erindo antes a polivalência de cada espaço. Podemos relacionar esta polival ncia com a hetero eneidade de unç es previstas inicialmente traduzindo bem a multiplicidade de vocaç es ue estas instituiç es podiam ter: representação pro ssional educação e instrução previdência e assistência. Em consequência desta imensa variedade de pro ramas poderiam e istir diversas combinaç es espaciais Nestes modelos o ciais importante ressalvar ue não se veri ca a totalidade destas combinaç es ssim o resultado são pro etos d spares adotados por cada freguesia, uma vez que cada uma escolhia e adaptava o edi cio s necessidades do seu local utro ator importante o acto destes edi cios serem contru dos atrav s da iniciativa local e não governamental, como é o caso dos equipamentos essenciais na estruturação do pa s educação ou sa de por e emplo traduzindo se em al uma liberdade da e ecução dos pro etos tipos das casas do povo.28

R M esica p 28 R M esica p

(34)

34 132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE WC MULHERES CASA DO POVO GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC MULHERES WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE 132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES CASA DO POVO N

lustração Pro eto tipo para a re ião sul do Pa s

132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE WC MULHERES CASA DO POVO GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC MULHERES WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE 132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES CASA DO POVO N

(35)

35 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho 132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE WC MULHERES CASA DO POVO GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC MULHERES WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE 132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES CASA DO POVO N

lustração Pro eto tipo para a re ião norte do Pa s

132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE WC MULHERES CASA DO POVO GABINETE DE DIREÇÃO ARRECADAÇÃO WC MULHERES WC HOMENS PRIMEIROS SOCORROS EXPEDIENTE 132 LUGARES SENTADOS SALA CONFERÊNCIAS ESPETÁCULOS SESSOES CASA DO POVO N

(36)
(37)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

2.4. Mensários das casas do povo

Mensários das casas do povo era um jornal mensal administrado pela unta Central das casas do povo com publicaç es de diversa utilidade para todos como m sica lavoura decoração (manifestando os cuidados com a apresentação) e arquitetura. Estas revistas acompanhavam de perto as atividades das casas do povo tendo como p blico alvo tanto os diri entes como a população rural e serviam como propa anda do Estado Novo s mens rios aliciam a sociedade sobretudo com imagens, uma aparência cuidada e com uma escrita simples de modo a cativar a eneralidade da população partir da edição de publicaram uma nova cr nica dentro deste ornal denominada uadros de onra ue servia para destacar as casas do povo que eram consideradas como modelos de honra, destacando uma por distrito todos os meses Entre e oram destacadas casas do povo.

Um dos comentadores destas revistas era o arquiteto Raul ino ue assina sete arti os em tr s rubricas diversas ue mani estam cuidados com a apresentação das casas do povo: spectos ue alam ue aspectos havemos de dar s Casas do povo e pontamentos sobre a planta Em outubro de na r brica ue aspectos havemos de dar s Casas do povo Raul ino su ere a utilização de pavimento de la edo ti oleira ou sobrado tetos de madeira vista se unda as tradiç es mobili rio unicamente de madeira e a utilização de tecidos da ind stria local ar uiteto de ende tamb m ue o interior deve ser trabalhado unicamente por artesãos locais e diferenciado dependendo das tradiç es de cada re ião Na rubrica pontamentos sobre a planta tal como o ar uiteto or e e urado su eriu nos pro etos tipo Raul ino defende que cada casa do povo tem como importante condicionante a localização eo r ca Cada localidade tem as suas pr prias tradiç es e costumes e é importante que se crie uma diversidade do norte ao sul do pa s e undo ele não seria coerente construir um edi cio semelhante em pontos opostos do pa s 30. No entanto, acrescenta, discordando

neste ponto com o ar uiteto dos pro etos tipo ue as casas do povo para al m da sua localização são do povo e ue estas devem re etir aquilo que eles necessitam e aquilo que eles são, e que, por isso, não devem estar su eitas a um pro eto tipo

N Ra l : Mens rio das Casas do povo no 18, p. 13.

(38)
(39)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

2.5. Estado atual das casas do povo

o lon o deste e tenso percurso estas instituiç es passaram por diversas trans ormaç es de relevo ue marcaram um lon o historial cultural mas tamb m por alteraç es pol ticas muito marcantes no pa s ruto da Revolução de de bril de ue levou ueda do re ime ditatorial sur iram pro undas alteraç es no prop sito das casas do povo p s esta marca hist rica muitas destas instituiç es podiam ter simplesmente encerrado devido s alteraç es pol ticas e a intenção de eliminar o sistema corporativo outrora em vi or Contudo al uns destes conse uiram sobreviver s trans ormaç es por serem necessário para a população local, mesmo que já não cumprissem as mesmas unç es31

o e em dia uma rande parte destes edi cios encontra se descaracterizada e esquecida, pelo abandono ao longo do tempo. A maioria serve apenas de apoio a instituiç es ue os utilizam durante curtos espaços de tempo sem lhes dar um c acter pr prio sem ue e ista uma re ormulação espacial do edi cio e sem ue e ista uma articulação da orma do edi cio com o pro rama e istente Muitas dessas entidades são ho e em dia aut nomas e independentes de ual uer outro or anismo sendo al umas aliadas e urança ocial untas de re uesias e outras instituiç es pertencentes a entidades particulares tualmente as casas do povo são ainda um mecanismo de proximidade, principalmente no meio rural, na vertente cultural ranchos olcl ricos e encontro para estas assistencial in ant rio e administrativa associada unta de re uesia ou e urança ocial 32

Apesar de algumas casas do povo ainda manterem este contacto de proximidade, a maioria apenas o mantém temporariamente, por isso a maioria destes edi cios nunca so reram uma reabilitação pro unda apenas super cial o ue leva a ue muitos destes edi cios se encontrem devolutos.

Em conclusão as casas do povo passaram por tr s per odos distintos: uma altura inicial em ue eram utilizados para o uso para o ual oram criados direcionados para o povo e para o au lio da vida rural o se undo per odo lo o ap s o de bril em ue por car ncia de edi cios contru dos oram reaproveitados e inseridos no novo modelo pol tico embora sempre li adas a entidades terceiras e por m o terceiro e atual per odo onde estes edi cios estão a ser abandonados e substitu dos por edi cios novos constru dos de raiz ou

31 R M esica p 32 R M esica p

(40)

40

por edi cios renovados com melhores condiç es

s casas do povo ainda ho e ativas apesar de estarem inseridas num novo conte to pol tico e pro ram tico são de lon e in eriormente num ricas s ue e istiam em l m disso localizam se de orma dispersa apesar de na zona norte do pa s se veri car uma maior concentração.33

(41)

41 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(42)
(43)

43

DIAGNÓSTICO

realiza se o en uadramento do caso de estudo, analisando a im plantação do edi cio e as diver sas ocupaç es do mesmo ao lon go do tempo. Para além do mais, apresenta se o levantamento di

mensional e oto r co

(44)

44

1.1. Caso de Estudo | Enquadramento

lustração Casa do Povo de Vieira do Minho de abril de lustração Casa do Povo de Vieira do Minho de abril de

(45)

45 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

1.1. Vila de Vieira do Minho

Vieira do Minho (conhecida frequentemente apenas como Vieira uma vila portu uesa com cerca de habitantes localizada no distrito de ra a re ião do norte e sub re ião do ve 34.

Este concelho tem sofrido, como a maior parte do interior, uma redução populacional para o centro urbano, o que acentua a degradação de edi cios patrimoniais ue em tempos assumiam um papel importante na sociedade preservação do patrim nio edi cado de e trema import ncia a n vel cultural e hist rico mas para isso necess ria uma sensibilização e consciencialização da população, assim como uma pol tica capaz de captar investimento para estas re i es ao n vel da reabilitação de modo a ue as eraç es uturas possam partilhar culturalmente e historicamente das mesmas. Neste momento, nenhuma das cinco casas de povo do concelho se encontra em utilização nem com uso concreto.

Pro ramas antes e ap s o de bril de

Para compreender e estudar uma reabilitação desta tipolo ia de edi cios recorre se ao caso de estudo da Casa do Povo de Vieira do Minho inau urada a de ezembro de pelo Ministro das Corporaç es Pro onçalves Proença 35 nicialmente esta casa do

povo teve um grande impacto na população, uma vez que foi o primeiro edi cio com a nalidade de reunir a população do concelho para confraternização.

princ pio eram realizadas sess es de cinema com entrada ratuita para al m das estas comemorativas de Natal Em de ulho de oi realizado um curso de ormação amiliar rural e em de outubro de deu se a inau uração dos trabalhos desse curso e a criação de uma biblioteca, que dependia fundamentalmente dos livros

34 re uesias h ps: cm vminho pt Consultado em de aneiro de 35 VE Maria p

(46)

46

enviados por entidades do Estado36

Mais tarde e ap s o de bril uando este edi cio era independente do sistema, abrigou o jardim de infância da vila. Em numa no cia publicada a uando da inau uração do novo espaço in antil o site municipal deu especial n ase necessidade de responder às novas exigências.

“Este novo equipamento vai responder às novas exigências de qualidade do ensino e representa uma oportunidade de acesso a um espaço de dimensão adequado ao sucesso educativo.”

e urança ocial tamb m uncionou neste edi cio Em Maio de 2015, data da sua mudança, o autarca apontou que a principal causa para o abandono deste edi cio oi a alta de condiç es necess rias para o uncionamento da uele serviço 38 admitindo ue o edi cio precisava

de uma intervenção esde de setembro de encontra se temporariamente ocupado pela cademia de M sica Valentim Moreira de p lo de Vieira do Minho resultado de uma parceria entre a ociedade Musical de uimarães e a C mara Municipal Esta parceria e respetiva ocupação dura at aos dias de ho e sem ue ha a um uturo de nido

36 VE Maria p

Presidente da Rep blica nau ura Centro Escolar omin os de breu h ps: cm vminho pt inde php oid op all Consultado em de aneiro de

38 C eresa Munic pio de Vieira do Minho d espaço e urança ocial h ps: correiodominho pt noticias municipio de vieira do minho da espaco a se uranca social

Consultado em de aneiro de Inauguração da Casa do Povo 1966 Fim da Casa do Povo (25 de Abril de 1974) 1974 Inauguração do Jardim de Infancia 1975 Inauguração da Escola de Musica 2016 Inauguração da Segurança Social 2009 Fim do Jardim de Infancia 2012 Fim da Segurança Social 2015 2019

(47)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

cademia de M sica Valentim Moreira de Vieira do Minho p lo do conservat rio em Vieira do Minho nasceu de uma parceria entre a C mara Municipal de Vieira do Minho e a ociedade Musical de uimarães em vista como uma e tensão da sua academia, para apoiar culturalmente e pedagogicamente os seus estudantes e a restante população da região do Alto Ave. Neste momento, estão inscritos neste p lo cerca de alunos e pro essores

“O Conservatório de Guimarães (previamente designado por Academia de Música Valentim Moreira de Sá) possui autonomia pedagógica e tem celebrado com o Ministério da Educação um contrato de Patrocínio. É frequentado atualmente por cerca de meio milhar de alunos e meia centena de professores em

Guimarães e no Polo de Vieira do Minho.”39

Esta academia oferece a possibilidade de iniciação instrumental a crianças a partir dos anos de idade e de cursos livres de di erentes instrumentos, como guitarra, viola d´arco, trompa, acordeão, tuba,

auta transversal trompete sa o one clarinete violino e piano edi cio

edi cio um s mbolo de um per odo pol tico muito marcante para o pa s Para al m desse simbolismo um testemunho material de viv ncias dos tempos anti os tendo sido um dos pioneiros a dar vila um espaço cultural.

Em relação ao pro eto tipo elaborado por or e e urado o edi cio da casa do povo de Vieira do Minho est muito distante do mesmo. Apenas podemos encontrar alguns pontos comuns, como, por e emplo o p dio ue delimita o edi cio e ue o separa do espaço p blico a utilização da pedra a delimitar os vãos e teriores os pilares no alçado principal e a salientar o p dio anteriormente re erido e as coberturas inclinadas. Também em termos volumétricos se pode encontrar semelhanças – nomeadamente, os dois volumes perpendiculares e a existência de um extenso corredor na sua interseção. Para além destas pequenas semelhanças, a verdade é que este é bastante diferente do pro eto tipo ma das usti caç es o acto de este edi cio ter sido projetado de forma a abrigar diversos programas que não estavam previstos nos pro etos tipos iniciais e o acto do terreno de implantação

presentação h p: sm uimaraes pt inde php conservatorio de uimaraes apresentacao Consultado em de aneiro de

(48)

48

ter uma diferença de cotas muito acentuada.

A Casa do Povo de Vieira do Minho está situada numa zona privile iada do centro da vila entrada az se pelo o alçado nordeste atrav s da venida ar ota de reitas edi cio implanta se entre duas ruas ue variam de orma si ni cativa a n vel de altitude e ue se caraterizam pela diferença de importância que têm. A rua a nordeste é uma das ruas mais movimentadas da vila, ao contrário da rua a sudoeste, ue uma rua sem sa da e ue serve apenas para os moradores da mesma o n vel do piso t rreo a entrada pode ser e etuada de duas maneiras distintas mas sempre atrav s da rua a nordeste ma das opç es a entrada ue d acesso a um corpo de escadas ue li a os dois pisos se unda opção um acesso a outras repartiç es deste piso. Este, com 354 m2, ainda se encontra com a mesma disposição do

projeto original. De momento, a usufruir temporariamente de alguns dos compartimentos deste piso est a unta de re uesia de Vieira do Minho, uma vez que a sua sede se encontra em obras. Anteriormente, este piso oi utilizado para alber ar o ardim de in ncia e a e urança

ocial

espaço e terior com cerca de m2 encontra se a sudoeste

do edi cio pesar da sua rande rea este espaço uase nunca oi aproveitado, exceto quando se encontrava em funcionamento o jardim de in ncia ue o utilizava como espaço de recreio

se undo piso com m2, ao contrário do piso inferior, já

apresenta algumas diferenças na disposição em relação ao projeto inicial Em de modo a conse uir alber ar a escola de m sica oi necess rio compartimentar o anti o salão de estas uma vez ue o n mero de salas dispon veis era insu ciente

pesar destas mudanças a n vel pro ram tico e uncional estas alteraç es nunca tiveram rande impacto oram apenas intervenç es de menor escala uma vez ue o edi cio nunca oi pensado para um pro rama a lon o prazo ap s a revolução do de bril

(49)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(50)
(51)

51 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho 1.2.2.1. Estrutura

estrutura do edi cio em alvenaria de pedra e em betão armado odo o per metro e terior do edi cio são paredes estruturais ue desempenham um papel importante relativamente sua estabilidade maior parte das paredes divis rias não desempenham nenhuma função estrutural, à exceção da parede que divide os dois corpos e das paredes ue delimitam os acessos verticais s restantes paredes divis rias apenas servem para a compartimentação dos di erentes espaços interiores Este edi cio tem dois tipos de la es distintas: a la e ali eirada nos dois pisos do corpo e a la e maciça no corpo ver lustração s la es ali eiradas são suportadas por vi as com um espaçamento de 2,5 metros entre elas. No primeiro piso estas vigas são suportadas por pequenos pilares ao longo da sua extensão.

A cobertura é realizada através de uma estrutura de madeira. Esta estrutura é realizada através de uma subestrutura que suporta a leira e atrav s desta ue se azem as pendentes da cobertura p s essa camada são utilizadas varas ue suportam as ripas perpendiculares camada in erior revestimento da cobertura em telha de meia cana.

(52)
(53)

53 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

reabilitação de edi cios nos dias ue correm um tema ue tem merecido bastante atenção na pr tica da ar uitetura e apresenta se como uma oportunidade de melhoria do desenvolvimento não s cultural e social como tamb m a n vel econ mico Este desenvolvimento s poss vel com a salva uarda dos valores culturais e patrimoniais ue estes edi cios t m na criação de uma siner ia e ciente com as necessidades atuais da sociedade. Para tal, é necessário um estudo apro undado do edi cio em causa bem como das e i ncias re ulamentares e istentes para o pro rama ue se prop e

compreensão do edi cio permite um melhor aproveitamento e potencialização das suas capacidades memorab lia do con unto ar uitet nico uma uestão undamental na aborda em do mesmo e neste ponto de vista deve se recorrer preservação de elementos pr e istentes no sentido de perpetuar parte do seu valor hist rico

Para iniciar o processo indispens vel um dia n stico muito preciso ssim o primeiro passo elaborar um re isto oto r co do edi cio e todas as suas componentes e de se uida a medição dos elementos pr e istentes Este trabalho de campo permite não s o registo do estado atual para a posteridade, antes da sua renovação, como tamb m uma perceção eral imprescind vel para uma reabilitação bem sucedida.

No levantamento oto r co ue se apresenta de se uida constatamos ue o edi cio não se encontra em de radação total e a sua estrutura encontra se em boas condiç es apar ncia de radada das super cies para al m do des aste natural dos anos deve se maioritariamente m aplicação dos revestimentos aplicados posteriormente.

Para al m do levantamento oto r co das patolo ias construtivas atrav s do di lo o com um dos respons veis da escola de m sica oi poss vel perceber ue o edi cio tem tamb m problemas de humidade tanto a n vel das paredes e teriores como na cobertura o ue não poss vel veri car pelo levantamento oto r co dado ue o edi cio oi pintado numa tentativa de esconder essas patolo ias

(54)

54

2.Levantamento dimensional

(55)

55 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

2.1. PLANTAS

Planta de coberturas 3.50 3.50 3.50 2.15 -0.3 0.68 0.68 1 0 1.2 N A A` D D` B E E` B` C C` F F` 3.50 2.15 -0.3 0.68 0.68 1 1.2 R rmãos ir es Av.Barjona de Fr eitas

(56)

56 Planta piso1 0 0 0 -0.3 0.68 0.68 1 0 1.2

(57)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho 3.50 3.50 3.50 2.15 -0.3 0.68 0.68 1 0 1.2 N Planta piso2 A A` D D` B E E` B` C C` F F` 3.50 3.50 3.50 2.15 -0.3 0.68 0.68 1 0 1.2

(58)

58

Corte transversal

Corte transversal

(59)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho A A` D D` B E E` B` C C` F F` Corte transversal

2.2. Cortes

A A` D D` B E E` B` C C` F F` Corte transversal

(60)

60 Alçado sudoeste Alçado sudeste Alçado nordeste DO CASA POVO

(61)

61 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho DO CASA POVO

2.3. Alçados

Alçado noroeste A A` D D` B E E` B` C C` F F` DO CASA POVO

(62)

62

3. Levantamento fotográfico

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

(63)

63 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

3.1. Exterior

7 8 9 10 11 12 13

(64)

64 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 11 10 13 14 16 17 18

(65)

65 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

3.2. Piso 1

10 11 12 13 14 15 16 17 18

(66)

66 3 4 5 1 2 6 7 8 9 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

(67)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

3.3. Piso 2

10 11 12 13 14 15 16 17

(68)
(69)

PROPOSTA

traçam se as soluç es de reabil itação dos problemas diagnos ticados então apresentado o programa escolhido, o conceito e a metodologia projetual. Esta apresentação vai desde a escala de implantação do edi cio at ao pormenor do mapeamento dos vãos.

(70)
(71)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

1. Conceito

pro eto escolhido para este trabalho de investi ação tem como principal ob etivo a reabilitação de um dos edi cios mais marcantes da vila de Vieira de Minho. A escolha do programa teve como inspiração uma das iniciais vocaç es destas instituiç es: educação e instrução Por isso o pro rama principal da reabilitação consiste na continuação do pro rama atual: a academia de m sica Valentim Moreira de Para al m disso acrescenta se uma sala de espet culos de modo a ue esta possa ser utilizada não s pela academia mas tamb m por toda a comunidade Com esta proposta dese a se melhorar a ualidade de ensino e o n vel de cultura da população permitindo ao edi cio receber variadas atividades culturais

A proposta de reabilitação assenta na existência de dois pro ramas com uncionamento simult neo mas arantindo ue estes possam uncionar tamb m separadamente Prop e se tamb m ue a escola de m sica aumente a sua rea devido rande a u ncia ue tem demonstrado nos ltimos tempos e necessidade de criação de novas salas de aulas e de um espaço administrativo Por isso necess rio adaptar todo o edi cio para ue este consi a dar resposta a essas necessidades.

p s esta an lise poss vel cimentar esta proposta em dois pontos essenciais: a rentabilização do edi cio e istente e a construção de novos elementos espaciais.

No presente projeto, existe uma vontade de manter e recuperar os elementos ori inais ado ue se veri ca uma car ncia nas reas constru das para azer ace ao pro rama proposto oi necess rio proceder ampliação do per metro do edi cado possibilitando melhores condiç es para o novo pro rama Esta ampliação oi realizada atrav s da utilização de uma parte do espaço vazio do lote preenchendo o com um volume compacto ao ual se subtra ram os espaços necess rios para a abertura de p tios ue asse uram a iluminação e ventilação do pro rama Como a mem ria um ator importante oi essencial manter os elementos constru dos asse urando assim ue no uturo se necess rio se possam reverter as alteraç es e etuadas

(72)

s caracter sticas do lote tamb m marcaram o pro eto Este prop e um espaço de transição um percurso de car cter p blico ue permite li ar o desn vel entre duas ruas criando assim uma maior pro imidade do edi cio com a população

(73)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(74)

lustração onometria da proposta Piso E EN : RECE C E E PE C FOYER E E PE C C M R N RECE E C E M C E M N R C E N P E EV R

(75)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

Um dos temas principais é a forma como estes dois programas se vão conciliar de modo a ue possam uncionar por vezes em separado e outras vezes em con unto utro ponto bastante importante oi conse uir estabelecer um con unto de soluç es ar uitet nicas ue arantam a acessibilidade de todos os cidadãos ao edi cio sem ue se percam as suas caracter sticas e o valor ar uitet nico

No primeiro piso a disposição das reas destinadas ao p blico geral foi pensada de modo a oferecer um acesso mais direto através da rua principal principal acesso e etuado atrav s do alçado nordeste destinado ao p blico dos espet culos Esta entrada d acesso direto ao

foyer onde se encontra o balcão de receção da sala de espetáculos e é

a partir do foyer que se dá a entrada para a sala de espetáculos. Nesta sala com capacidade para lu ares sentados são imediatamente vis veis os percursos laterais ue a circundam e ue posteriormente dão acesso a um espaço privado. Este espaço é dividido em dois camarins individuais com casas de banho tamb m privativas ma vez ue esta sala oi pensada para receber diversas atividades culturais o elemento da parede ue d pro undidade ao palco oi plani cado como uma estrutura retr til Esta alternativa possibilita sala de espet culos receber diversos tipos de atividades de car cter mais espec co Por este ser um espaço com bastante luz natural necess ria a utilização de cortinas de veludo nas suas laterais Para al m de resolver esse problema s cortinas são tamb m particularmente ben cas para o conforto sonoro do espaço, oferecendo um elevado poder de absorção do som.

Com o aumento do per metro da rea de implantação do edi cio oi poss vel dar um cariz mais privado ao acesso da escola de m sica atrav s do percurso pedonal criado ue li a as duas ruas a partir desta entrada ue se encontra o balcão de receção untamente com a sala de administração Estes dois elementos possuem um p tio privativo de modo a dar maior privacidade administração e promover a iluminação natural nestes espaços. Este piso foi pensado para albergar todos os espaços dedicados aos serviços da academia, deixando assim o piso superior unicamente para salas de trabalho.

s instalaç es sanit rias de todo o edi cio estão tamb m situadas neste piso num s tio estrat ico de modo a ue possam ser utilizadas por ambos os pro ramas ma vez ue a sala de espet culos apenas vai estar aberta ao p blico pontualmente não e iste necessidade de aumentar a rea dedicada a este m

(76)
(77)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(78)

lustração onometria da proposta Piso E EN : RR M E PR C N V E PR C N E E R C E E R P

(79)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

Em planta, o espaço desta sala de espetáculos e da escola de m sica separado atrav s de um p tio trian ular promovendo assim a iluminação e ventilação em ambos os elementos

e modo a reaproveitar ao m imo o pr e istente oram reutilizados os elementos verticais ue dão acesso ao piso superior uma vez que se encontram em perfeito funcionamento, e apenas foi necessário acrescentar um elevador, principalmente para os estudantes ou professores com capacidade motora reduzida.

se undo piso destinado unicamente a espaços de trabalho da escola de m sica disposição deste piso oi idealizada de modo a oferecer luz natural a todas as salas. Neste piso podemos encontrar as cinco salas para aprendiza em individual tr s salas para dois tr s alunos uma sala de ensaios em rupo e ainda uma sala de aula te rica s salas individuais e a sala te rica t m uma relação privile iada com o exterior, podendo usufruir da vista da avenida principal da vila como cenário. De modo a que este piso receba na totalidade luz natural, as paredes divis rias entre as salas de rupos e o corredor são constitu das por um lon o envidraçado interior arantindo ue a luz natural ue as salas recebem é transportada para o restante espaço.

Neste piso existe também um espaço exterior, do qual os alunos podem usufruir nos intervalos das suas aulas. Para além destes espaços mencionados e iste ainda uma secção destinada a arrumos

(80)

80

(81)

81 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(82)
(83)

83 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

4. Intervenção construtiva

Uma vez que se trata de um projeto de reabilitação, preservar os elementos do pr e istente tornou se numa aborda em undamental para manter a identidade deste edi cio utro elemento bastante importante o acto de se tratar de um pro rama muito espec co o ue re uer uma ac stica apropriada ssim sendo preciso balancear o con orto ac stico com o t rmico e o luminoso

No ue respeita ao edi cio pr e istente este não apresenta problemas estruturais No entanto com a intenção de trazer o audit rio para o piso inferior, foi necessário proceder à eliminação de pequenos pilares. Para esta intervenção foi indispensável um reforço das vigas e istentes atrav s de per s met licos PE ue a udam a descarre ar as cargas nas paredes estruturais exteriores. No novo elemento, é utilizada uma estrutura em betão armado em todo o seu per metro

s paredes divis rias são constitu das por ti olo t rmico ac stico de cen metros e acabado com reboco de cen metros per azendo uma espessura total de cen metros escolha deste ti olo deve se s suas carater sticas undamentais: bai o peso e in rcia ac stica40

Para as salas de aulas optou se por outro sistema construtivo uma vez que é essencial uma boa qualidade sonora para o desenvolvimento musical dos alunos Para ue essa necessidade se a resolvida utilizou se uma parede formada por uma estrutura metálica de canais horizontais ados la e in erior e la e superior e montantes verticais encai ados nos canais esta estrutura são a adas em ambos os lados placas de esso cartonado per urado de cen metros e no espaço sobrante entre os montantes verticais aplicado o isolamento com unção t rmico e ac stico de modo a conse uir um elevado ndice de absorção ac stico controlo de ecos e reverberaç es41 Nos pavimentos utiliza se soalho de

madeira com cai a de ar uncionando como cai a ac stica ue diminui as vibraç es sonoras

s revestimentos dos pavimentos são porpostos em dois tipos de materiais: nos corredores de acesso e nas reas comuns são utilizadas la etas polidas de m rmore No interior das salas de aulas na sala da administração nos camarins e no audit rio utilizado o acabamento em soalho revestimento do audit rio em madeira de castanho material muito utilizado na re ião Minho e ue apresenta um ndice de dureza e resist ncia muito positivo para um espaço ue vai

40 i olo rmico e c stico h ps: preceram pt termico php Conusltado em de aneiro de

41 Paredes nau com estrutura met lica h ps: nau pt sistemas paredes estru tura metalica html Conusltado em de aneiro de

(84)

84

albergar diversos eventos culturais.

acabamento e terior na ampliação realizado em betão vista e no edi cio e istente mantido o acabamento de reboco de cen metros sobre a pedra cobertura do novo elemento tem um acabamento em lajetas de betão de forma a tornar o novo volume homogéneo, dando a sensação de um volume compacto de betão. A cobertura do edi cio e istente prev uma recuperação da estrutura de madeira existente, acrescentando uma camada de subtelha de modo a precaver problemas uturos de in ltraç es telha utilizada telha canudo 45x20 igual à de origem.

isolamento com cen metros de espessura aplicado no interior em todo o per metro do edi cio e istente e no interior das salas de aulas de orma a prote er o n vel sonoro destes espaços escolha recaiu em lã de rocha devido ao acto das especi caç es desta serem os mais aconselhados para o pro rama proposto estaca se para al m do e celente n vel de isolamento t rmico pelo e celente desempenho ac stico dando resposta a situaç es de elevada e i ncia não s pela rande capacidade de absorção ac stica como tamb m pela capacidade de controlo da transmissão do som entre espaços.42 Na

ampliação o isolamento e etuado em P no interior das paredes exteriores, de modo a evitar pontes térmicas, e na laje superior.

42 ene cios nicos em h p: roc ool pt sobre nos bene cios da la de ro cha Conusltado em de aneiro de

(85)

85 R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

(86)

86 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H1 H2 H3

lustração VE evantamento e proposta Planta Escala lustração VE evantamento e proposta Corte Escala

H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H1 H2 H3

(87)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho

5. Encerramento de vãos

epois de uma an lise dos vãos e istentes oi poss vel che ar à conclusão de que estes não correspondem às necessidades atuais – quer os interiores quer os exteriores. Assim sendo, é proposta uma substituição de todas as cai ilharias Para respeitar a lin ua em das cai ilharias do pr e istente mantida a utilização da madeira nos diversos vãos do edi cio orientação e o m todo das aberturas dos vãos foram pensados para dar resposta às necessidades funiconais nos espaços em que estão inseridos.

5.1. Exteriores

5.1.1. Vão Exterior 1

VE um dos mais importantes do edi cio localizado no audit rio mas tamb m em al uns vãos do alçado oeste em um orte impacto no que diz respeito ao alçado, uma vez que está em comunicação com a rua principal. Para manter esta linguagem foi necessário fazer uma reinterpretação do vão ori inal e trans orm lo de orma a ue corresponda s necessidades atuais de transmissão t rmica e ac stica Para responder a estas necessidades utilizado vidro duplo de mm e 8mm separados por uma caixa de ar de 6mm. Esta janela de madeira com a altura de m pintada e teriormente de cor do vão ori inal e emoldurada por pedra no seu e terior Pelo interior envernizada e possui um pequeno aro de madeira de modo a criar um realce na parede de gesso cartonado.

V1 V2 V3 V1 V2 V3 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4

(88)

88 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4

lustração VE evantamento e proposta Planta Escala lustração VE evantamento e proposta Corte Escala

H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4 H1 H2 H3 H4

(89)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho 5.1.2. Vão Exterior 2

VE est presente no alçado principal nomeadamente na sala te rica e nas cinco salas de aula pr ticas individuais cai ilho em madeira é semelhante ao VE1, mas com o acréscimo de umas pequenas olhas basculantes na parte superior processo de reinterpretação do vão original é o mesmo que o vão anterior com a eliminição dos pinázios e substituido o vidro simples por duplo

H1 H2 H3 H4 V1 V3 V4 V2 H1 H2 H3 H4 V1 V3 V4 V2

(90)

H1 H2 H3 H1 H2 H3 H1 H2 H4 H1 H2 H4

lustração VE evantamento e proposta Planta Escala lustração VE evantamento e proposta Corte Escala

(91)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho 5.1.4. Vão Exterior 3

VE est presente no alçado sudeste nomeadamente no o er e nas salas de aula pr ticas de alunos cai ilho em madeira é também semelhante ao VE1 com a alteração do sistema de divisão em 3 folhas de abrir para dentro para um sistema de 2 folhas também de abrir para dentro processo de reinterpretação do vão ori inal o mesmo ue o vão anterior com a eliminação dos pin zios e substitu do o vidro simples por duplo.

V1 V2 V3 H2 H3 H1 V1 V2 V3 H2 H3 H1

(92)

H1 H2 H1 H2 H3 H1 H2 H1 H2 H3

lustração VE Proposta Planta Escala lustração VE Proposta Corte Escala

(93)

R eutiliz ar o sis tema c orpor ativ o do Es tado No vo: R eabilit aç ão da Casa do P o vo de Vieir a do Minho 5.1.3 Vão Exterior 4

VE permite a passa em entre o e terior e o interior do edi cio precisamente na entrada ue d acesso escola de m sica Este vão é de madeira, com uma linguagem muito simples para ir ao encontro do restante volume. A madeira de Castanho foi a escolhida devido s caracter sticas ue oram mencionadas Para cumprir re uisitos de proteção da pr pria madeira são aplicadas barras de alum nio com mil metros de espessura ssim res uardam a madeira do vão e permitem uma relação visual com o betão à vista na fachada com o acabamento em jato de areia.

V1 V4 H1 H2 H3 V1 V4 H1 H2 H3

(94)

H1

H2

H3

Referencias

Documento similar

Entre os resultados destacamos a deterioração política da capacidade do estado brasileiro em construir um sistema eficaz de proteção aos direitos dos povos indígenas,

Este trabajo pretende aproximar el cálculo d e la infiltración d e lluvia útil me- diante la aplicación del método de Thornthwaite utilizando datos d e temperatura

Tendo em conta que estamos a falar de um sistema informático, há que ter em consideração a qualidade do sistema, que por sua vez para realizar as suas funcionalidades têm que

A ênfase que nossa autora imprime em suas ações sempre foi ancorada em um olhar feminista que se faz necessário em um país no qual as conquistas das pessoas do sexo feminino

O discurso do rio Capibaribe traduz toda uma dialética em tono da criação literária uma vez que na semântica fundamental do seu discurso , partindo do mais concreto para

Para o desenvolvimento da sistemática identificou-se, dentro dos 2 anos de projeto de implementação do sistema VMI com a empresa foco e seus distribuidores, 4

O objetivo foi propor uma sistematização de controles para melhorar o fluxo de materiais de um equipamento de movimentação vertical de materiais em uma obra de médio porte, que

Resumo: Em Itália existem, à data de hoje, cinco traduções do Livro do Desassossego, cada uma apresentando um texto bem diferente: ou porque a edição de base da qual cada tradu-