O USO DO CELULAR COMO RECURSO PEDAGOGICO

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(1)O USO DO CELULAR COMO RECURSO PEDAGOGICO. Graciane Marchezan do Nascimento Lopes 1 Luciano Marchezan 2 Fernando Junges 3. Resumo: Muitos produtos educacionais que estão surgindo relacionam o uso da tecnologia com o conteúdo desenvolvido em sala de aula. Estes recursos proporcionam ao docente uma nova ferramenta para poder desenvolver a sua prática. Como um bom exemplo de TIC, temos os celulares e smartphones. Desta forma optou-se por realizar uma pesquisa sobre o uso do celular ou smartphone como recurso educativo e criar um aplicativo educacional. A presente pesquisa tem como problema: "Como os alunos, do oitavo ano de uma escola do município de Alegrete, estão utilizando os recursos tecnológicos para auxiliar nos estudos?" Neste projeto optou-se por desenvolver um aplicativo educacional para smartphone. O aplicativo trata sobre os alimentos e seus nutrientes.. Palavras-chave: celular aplicativo ensino de ciências. Modalidade de Participação: Pesquisador. O USO DO CELULAR COMO RECURSO PEDAGOGICO 1 Aluno de pós-graduação. gracimarchezan@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. lucianomarchezan@alunos.unipampa.edu.br. Co-autor 3 Docente. fernando.junges@unipampa.edu.br. Co-orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(2) O USO DO CELULAR COMO RECURSO PEDAGOGICO 1. INTRODUÇÃO Os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. Muitos estudantes já estão familiarizados com aparelhos digitais, o que torna favorável associar recursos tecnológicos ao ensino. Segundo as diretrizes de políticas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 81(6&2 SDUD D DSUHQGL]DJHP PyYHO S ³Existem mais de 3,2 bilhões de assinantes de telefonia celular em todo o mundo, tornando o telefone celular a tecnologia de informação e comunicação (TIC) interativa mais amplamente usada no SODQHWD´ Estes aparelhos costumam reter a atenção dos estudantes. Desta forma optou-se por realizar uma pesquisa sobre o uso do celular ou smartphone como recurso educativo e criar um aplicativo educacional. A presente pesquisa tem como problema a seguinte questão: ³Como os alunos, do oitavo ano de uma escola do município de Alegrete, estão utilizando os recursos tecnológicos para auxiliar nos estudos?´. 'H DFRUGR FRP /HLWH S ³UHFXUVos didáticos digitais são todos os objetos de aprendizagem, produzidos com o uso das tecnologias digitais, que DX[LOLDP QR SURFHVVR GH DSUHQGL]DJHP GR LQGLYtGXR´ 2V UHFXUVRV GLJLWDLV YLVDP auxiliar no processo de ensino e aprendizagem e para isso devem ser inseridos no planejamento das aulas, ou de propostas pedagógicas colocadas pelo professor. Uma atividade habitual para quem tem acesso a internet é baixar diversos aplicativos, como: jogos, músicas, línguas estrangeiras, saúde e clima. Por ser algo de fácil acesso, os aplicativos podem ser utilizados como recurso educacional. A criação e o uso de aplicativos com fins didáticos são um meio que precisa ser explorado pelos professores. 'H DFRUGR FRP 0RUDQ HW DO S ³$V tecnologias cada vez mais estarão presentes na educação, desempenhando muitas GDV DWLYLGDGHV TXH RV SURIHVVRUHV VHPSUH GHVHQYROYHUDP´ As tecnologias móveis podem ser incluídas dentro do planejamento do professor como recurso para pesquisa de um determinado conteúdo, o que torna a aula mais atrativa para o aluno. Conforme estudo realizado por Bottentuit Junior (2012) as tecnologias móveis apresentam vantagens para serem usadas em sala de aula como a possibilidade de acesso a imagens, consulta ao dicionário, resolução de tarefas, acesso a conteúdos, entre outros. Os objetivos do projeto proposto são reconhecer quais recursos tecnológicos os alunos do 8º ano utilizam para auxiliar no seu aprendizado e criar um aplicativo educacional sobre o conteúdo dos alimentos e seus nutrientes que possa ser utilizado por estas turmas do 8º ano. 2. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa quantitativa. Os dados foram coletados em duas turmas do oitavo ano de uma determinada escola estadual no município de Alegrete, no primeiro semestre do presente ano. As turmas continham um total de 47 alunos que participaram da pesquisa. Os alunos responderam a um formulário contendo 8 perguntas sobre o uso de TIC..

(3) Com relação ao aplicativo, o processo de desenvolvimento foi divido nas quatro fases mencionadas a seguir: análise, projeto, implementação e testes. Na fase de análise foi utilizada uma ferramenta denominada Pencil. Esta é uma ferramenta utilizada para a criação de protótipos de tela. Durante a fase de projeto foi usado o Astah (ferramenta de modelagem de software). Nas fases de implementação e teste foi empregado o AndroidStudio, este é um IDE (Integrated development environment) termo que traduzido significa ambiente de desenvolvimento integrado para o desenvolvimento de aplicativos em Android. As tecnologias devem ser incluídas nas aulas e o professor deve estudar meios para que isso ocorra, assim como procurar conhecer as ferramentas tecnológicas que lhes são disponíveis e as suas funções. 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO No formulário entregue aos alunos, a primeira pergunta foi sobre se costumam utilizar algum recurso tecnológico para estudar em casa. E em caso de resposta afirmativa, foram questionados sobre qual recurso tecnológico mais utilizam para estudar. As respostas foram as seguintes: 89% dos alunos responderam que possuem o costume de usar meio tecnológico para estudarem. Destes, 72% afirmaram usar o smartphone para auxiliar no estudo, 13% marcaram como resposta o uso do notebook e 4% o tablet. O número de alunos que responderam não fazer uso de aparelho tecnológico para estudar foi de 11%. O uso de recurso tecnológico para auxiliar nos estudos está presente no cotidiano da maior parte dos alunos que responderam a pesquisa, sendo o celular o aparelho mais utilizado. Quando questionados sobre o acesso a internet nas residências, 98% dos alunos responderam que possuem acesso em suas casas e 2% disseram não ter. Sobre utilizar o celular como instrumento de auxilio nos estudos, 89% responderam que sim e 11% disseram que não utilizam para fins educativos. Os 89 % que responderam afirmativamente, marcaram alternativas sobre como mais fazem uso do celular para auxiliar nos estudos: 49% disseram assistir a vídeos educativos, 6% marcaram que utilizam jogos educativos, 6% estudam por aplicativos que tratam do conteúdo escolar, 15% utilizam para escreverem trabalhos, 13% usam somente como pesquisa de conteúdos na internet. Os vídeos educacionais, os aplicativos e os jogos proporcionam aos alunos aprenderem de uma forma lúdica, onde estes podem escolher quantas vezes vão rever o assunto, acessar o conteúdo ou jogar. Alguns alunos somente fazem pesquisas em sites, por desconhecerem ou não terem o hábito de estudarem através de jogos ou outros aplicativos. Quando questionados sobre o uso de aplicativos educacionais, 23% disseram já terem usado (destes, a metade citou aplicativos da área de matemática) e 77% responderam que não utilizam. Sobre o uso do celular como instrumento para de pesquisa durante as aulas de Ciências, 40% dos estudantes responderam que já realizaram pesquisas nas aulas de ciências por meio do celular. Enquanto que 60% responderam não fazerem uso. Também foram questionados sobre se gostariam de utilizar algum aplicativo educacional no celular para estudarem determinado conteúdo, 83% responderam que sim e 17% disseram que não. A maioria dos alunos tem interesse em estudar utilizando uma ferramenta tecnológica por ser algo presente no seu cotidiano, de fácil acesso e o conteúdo fica disponível para o aluno estudar a qualquer momento. Através dos resultados deste formulário foi possível obter algumas características das turmas no que se refere ao uso de TIC como recurso educacional. Foi criado um aplicativo com objetivos educacionais, que trata.

(4) sobre os alimentos e seus nutrientes. O aplicativo foi disponibilizado aos alunos participantes da pesquisa e denominado de NutrientesBio. A versão do aplicativo está apresentada nas figuras abaixo. A interface inicial contém os tópicos: dicionário, questões e rótulos (FIGURA 1). Ao clicar no dicionário aparecem termos e palavras encontrados em rótulos de alimentos ou palavras que estejam relacionadas à alimentação e saúde. Ao escolher a palavra, surge sua definição e informações referentes ao item escolhido. O tópico rótulos traz um modelo de tabela nutricional proposto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que deve estar presente nas embalagens dos alimentos (FIGURA 2). As informações sobre a tabela nutricional também fazem parte de umas interfaces do aplicativo (FIGURA 3). O aplicativo possui 4 problemas com respostas a serem selecionadas sobre os alimentos e seus nutrientes (FIGURA 4).. Figura 1. Interface inicial..

(5) Figura 2. Tabela nutricional.. Figura 3. Informações detalhadas da tabela nutricional..

(6) Figura 4. Problema1. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por se tratar de um recurso que os estudantes conhecem e fazem uso, os aplicativos podem ser incorporados ao meio educacional. Desde que ocorra um planejamento adequado para este fim. O professor deve utilizar os recursos tecnológicos a seu favor, podem servir de meio para pesquisa, ou como reforço de um conteúdo já visto em aula. E como os conteúdos e atividades que estarão disponíveis no aplicativo serão selecionados e revisados, o professor poderá planejar as aulas de acordo com o perfil da turma e fazer o uso destes. 5. REFERÊNCIAS BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista. Do computador ao tablet: vantagens pedagógicas na utilização de dispositivos móveis na Educação. Revista: educaonline, vol. 6, n° 1, p. 125-149, jan-abr 2012. Disponível em: <https://goo.gl/XcBuq8>Acesso em: 25 de jul. 2016. LEITE, Bruno Silva. Tecnologias no Ensino de Química: teoria e prática na formação docente. 1ª ed. Curitiba: Appris, 2015. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21ª ed. São Paulo: Papirus, 2013. UNESCO. Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277/227770por.pdf>. Acesso em: 16 out. 2016..

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