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AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE DO CORANTE TARTRAZINA EM CULTURA DE LEUCÓCITOS HUMANOS

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Academic year: 2020

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(1)AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE DO CORANTE TARTRAZINA EM CULTURA DE LEUCÓCITOS HUMANOS. Jassana Moreira Floriano 1 Tais Fernanda Andrzejewski Kaminski 2 Fernanda Borgmann Reppetto 3 Elizandra Gomes Schmitt 4 Paola Ribeiro Motta 5 Luis Flávio Souza de Oliveira 6. Resumo: A atenção da comunidade científica tem aumentado em relação à toxicidade de corantes, especialmente os artificiais, pois, ainda há um número reduzido de trabalhos que atestem a segurança do uso de corantes alimentares, bem como as concentrações que sejam seguras. A Tartrazina, é um corante alimentar que confere a cor amarelo-limão em alimentos, com uso amplamente difundido na fabricação de inúmeros produtos alimentícios, além de produtos farmacêuticos e cosméticos. Assim, considerando o frequente consumo do corante Tartrazina e a necessidade de mais estudos na área toxicológica relacionada ao tema, este trabalho buscou contribuir com a avaliação preliminar da mutagenicidade do corante Tartrazina em cultura de leucócitos humanos, considerando que é um tipo celular considerado apropriado para testes toxicológicos dada sua responsividade a xenobiontes. O estudo foi realizado no Laboratório de Toxicologia Celular da UNIPAMPA, Campus Uruguaiana. A matriz biológica, é mantida no laboratório a partir de protocolo aprovado no CEP. As culturas foram preparadas utilizando 0,5 mL de cultura de leucócitos mantidas em laboratório (2 x 105leucócitos/mL), e transferido para o meio de cultura contendo 10 mL de meio RPMI 1640, suplementado com 10% de soro fetal bovino e 1% de estreptomicina/penicilina, após foram colocados em estufa de CO2 5% a 37ºC por 72 horas. O controle negativo continha 500 µL de tampão PBS 7,4 e o controle positivo 3 g/mL de bleomicina. Aos grupos testes foram adicionados 5, 17,5, 35 e 70 µg/mL de tartrazina, considerando a concentração de pico plasmático (35 µg/mL) e concentrações acima e abaixo. Todos os grupos foram ensaiados em triplicata. A mutagenicidade foi avaliada através do teste de micronúcleos, segundo a técnica descrita por SCHMID. As análises foram realizadas no software estatístico específico. Os dados foram avaliados por análise de variância (ANOVA) seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni. Os resultados foram expressos em percentual e foram considerados significativos os valores de p Palavras-chave: toxicologia, aditivo alimentar, mutagenico. Modalidade de Participação: Pesquisador. AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE DO CORANTE TARTRAZINA EM CULTURA DE LEUCÓCITOS HUMANOS 1 Aluno de pós-graduação. florianojassana@gmail.com. Autor principal 2 Outro. tais.kaminski@ufrgs.br. Co-autor 3 Aluno de graduação. fernandabreppetto@gmail.com. Co-autor 4 Aluno de graduação. dandaschmitt237@gmail.com. Co-autor 5 Aluno de pós-graduação. paolarmotta@yahoo.com.br. Co-autor 6 Docente. tcheluisoliveira@gmail.com. Co-orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE.

(2) AVALIAÇÃO DA MUTAGENICIDADE DO CORANTE TARTRAZINA EM CULTURA DE LEUCÓCITOS HUMANOS 1. INTRODUÇÃO A utilização dos corantes em alimentos vem sendo empregada pelo homem desde a antiguidade, onde eram usadas especiarias em condimentos a fim de colorir e os tornar mais atrativos. Porém, com o avanço da indústria alimentícia, grande parte dos corantes naturais foi substituída por corantes artificiais na produção de produtos industrializados (MENDA et al., 2011; MORAES et al., 2015). Desde então, os aditivos alimentares têm sido incoporados à criação de novos produtos no setor da indústria alimentar, com o intuito de melhorar a aparência dos produtos (SCHUMAN, POLÔNIO & GONÇALVES 2008, MORAES et al., 2015). A atenção da comunidade científica tem aumentado em relação à toxicidade de corantes, especialmente os artificiais em detrimento dos naturais. Contudo, ainda há um número reduzido de trabalhos na literatura que atestem a segurança de uso de corantes alimentares, bem como as concentrações de uso que sejam seguras. O monitoramento dos teores de corantes artificiais em alimentos tem, continuamente, contribuído para alertar para um consumo consciente desses produtos alimentícios. Deste modo, se abre um campo de estudo necessário e interessante, onde há muito o que se esclarecer a respeito, mas que, até o momento, apesar de reconhecer sua necessidade, é limitado quanto a seu aspecto quantitativo (KOBYLEWSKI & JACOBSON, 2012; PRADO & GODOY, 2003; NINNI, 2015). A Tartrazina, codificada como INS 102 (Figura 1), é um corante alimentar que confere a cor amarelo-limão em alimentos. Usualmente descrita na forma de sal de sódio, sendo autorizados também os sais de potássio e de cálcio (LIDON & SILVESTRE, 2007). Trata-se de um corante artificial com uso amplamente difundido e está presente na fabricação de inúmeros produtos de padaria, bebidas, laticínios, licores, pós para sobremesas e sucos, doces, cereais, gelatinas, alimentos para animais, dentre outros alimentos, além de produtos farmacêuticos e cosméticos (KOBYLEWSKI & JACOBSON, 2010; CAMPOS, 2014).. Figura 1: Estrutura química do corante tartrazina (FREITAS, 2012)..

(3) Assim, considerando o frequente consumo do corante Tartrazina em produtos alimentícios e a necessidade de mais estudos na área toxicológica relacionada ao tema, este trabalho buscou contribuir com a avaliação preliminar da mutagenicidade do corante Tartrazina em cultura de leucócitos humanos, considerando que é um tipo celular considerado apropriado para testes toxicológicos dada sua responsividade a xenobiontes. 2. METODOLOGIA O estudo foi realizado no Laboratório de Toxicologia Celular TOXCEL da UNIPAMPA, Campus Uruguaiana. A matriz biológica, leucócitos humanos, é mantida no laboratório a partir do protocolo aprovado no CEP, sob o número 27045614.0.0000.5323. As culturas de leucócitos foram preparadas utilizando 0,5 mL de cultura de leucócitos mantidas em laboratório (2 x 10 5leucócitos/mL), e imediatamente transferido para o meio de cultura contendo 10 mL de meio RPMI 1640, suplementado com 10% de soro fetal bovino e 1% de estreptomicina/penicilina, conforme descrito em trabalho prévio (SANTOS MONTAGNER et al.,2010). Os frascos de cultura celular foram colocados em estufa de CO 2 5% a 37ºC por 72 horas. O controle negativo continha apenas 500 µL de tampão PBS 7,4 e o controle positivo apenas 3 g/mL de bleomicina. Aos grupos testes foram adicionados 5, 17,5, 35 e 70 µg/mL de tartrazina, considerando a concentração de pico plasmático (35 µg/mL) e concentrações acima e abaixo. Todos os grupos foram ensaiados em triplicata. A mutagenicidade foi avaliada através do teste de micronúcleos, segundo a técnica descrita por SCHMID (1975). Neste ensaio, as lâminas foram analisadas em microscópio com 1.000X de ampliação. A contabilização das células com presença de micronúcleos levou em consideração a leitura de 500 células por lâmina. Todas as análises foram realizadas no software estatístico específico. Os dados foram avaliados por análise de variância (ANOVA) seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni. Os resultados foram expressos em percentual e foram considerados significativos os resultados com valor de p<0,05. 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO A figura 2 apresenta o percentual de células com micronúcleos (MN) após exposição a diferentes concentrações de tartrazina. As concentrações analisadas (5 a 70 µg/mL) demonstram que não houve processo mutagênico nos leucócitos humanos em cultura, considerando o percentual de micronúcleos encontrado no controle negativo..

(4) Figura 2: Avaliação mutagênica de todas as concentrações de tartrazina testadas a partir do teste de micronúcleo em comparação ao controle negativo e positivo. Os dados estão expressos em média de percentual ± desvio padrão. As letras sobre as barras representam diferenças significativas entre os grupos; CN=controle negativo; CP=controle positivo.. O teste de micronúcleo (MN) fornece um índice confiável que representa perdas ou quebras cromossômicas. O micronúcleo é expresso em células no processo de divisão, as quais possam conter quebras cromossômicas com falta de centrômeros (fragmentos acêntricos) e/ou cromossomos inteiros, porém, que não são capazes de migrar para os polos durante a mitose (FENECH, 2000). Os testes de mutagenicidade, como o teste de micronúcleo, são empregados, na maioria das vezes, para prever o desenvolvimento de câncer, pois uma das teorias de carcinogênese química indica o desenvolvimento de uma mutação como evento inicial deste processo. Assim, os testes de mutagênese têm sido utilizados como triagem no intuito de prever o potencial carcinogênico das substâncias; entretanto, apenas avaliam as substâncias que produzem câncer por mecanismos genotóxicos, isto é, que interagem diretamente com o material genético (LOUREIRO et al., 2002).. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de nossos resultados não terem demonstrado mutagenicidade, há necessidade de verificar a concentração que possa iniciar o processo de lesão, como o mutagênico. Adicionalmente, há necessidade de confirmação dos resultados obtidos com outros testes de avaliação de mutagenicidade..

(5) 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, P. R. P. Desenvolvimento e validação de um método de quantificação de corantes em amostras de suco artificial em pó. Tese (doutorado) ± Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Programa de Pós Graduação em Química. Natal, 2014. 168p. FENECH, M. The in vitro micronucleus technique. Mutation Research, v. 455, p. 8589, 2000. FREITAS, A. S. Tartrazina: Uma revisão das propriedades e análises de quantificação. Acta Tecnológica, v.7, n.2, p. 65-72, 2012. KOBYLEWSKI, S.; JACOBSON, M. F. Toxicology of food dyes. International Journal of Occupational and Environmental Health, v. 18, n. 3, p. 220-246, 2012. LIDON, F.; SILVESTRE, M. M. Indústrias Alimentares - Aditivos e Tecnologia. 1ª Ed. Editora Escolar: 2007. 380p. LOUREIRO, A. P. M.; DI MASSIO, P.; MEDEIROS, M. H. G. Formação de adultos exocíclicos com bases de DNA: implicações em mutagênese e carcinogênese. Química Nova, v. 25, n. 5, p. 777-793, 2002. MENDA, M.; MARTINHO, L. A. P.; MONTEIRO, A.; MASSABNI, A. C. Corantes e Pigmentos. Química Viva, Conselho Regional de Química IV Região. 2011. 4p. MORAES, A. C. de A; KAPP, A. P.; MILANI, F.; IWAZAKI, M. M. Presença de Corantes em Alimentos Consumidos com Frequência pelo Publico Infantil. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição). Universidade Municipal de São Caetano do Sul. 2015. 32p. NINNI, K. Alergias, rinite, hiperatividade e tumores são possíveis males da exposição aos corantes. Química no dia a dia, p. 40-41, 2015. PRADO, M. A.; GODOY, H. T. Corantes Artificiais em Alimentos. Alimentos e Nutrição. v.14 n. 2, p. 237-250. 2003. SANTOS MONTAGNER, G. F. F. et al. Toxicological effects of ultraviolet radiation on lymphocyte cells with different manganese superoxide dismutase Ala16Val polymorphism genotype. Toxicol in Vitro, v. 24, n.5, p. 1410-1416, 2010. SCHIMID, W. The Micronucleus Test. Mutation Research, n. 31, p. 09-15, 1975. SCHUMANN, S. P. A.; POLÔNIO, M. L. T.; GONÇALVES, E. C. B. A. Avaliação do consumo de corantes artificiais por lactentes, pré-escolares e escolares. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 3, p. 534-539, 2008..

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Figura 2: Avaliação mutagênica de todas as concentrações de tartrazina testadas a  partir  do  teste  de  micronúcleo  em  comparação  ao  controle  negativo  e  positivo

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