• No se han encontrado resultados

Doença inflamatória intestinal em felinos: revisão de literatura

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Doença inflamatória intestinal em felinos: revisão de literatura"

Copied!
5
0
0

Texto completo

(1)

Doença inflamatória intestinal em felinos: revisão de literatura

Inflammatory bowel disease in felines: literature review

Recebimento dos originais: 05/06/2018 Aceitação para publicação: 19/08/2018

Andréa Maria Carneiro de Melo

Graduada em medicina veterinária pelo Centro Universitário Cesmac Instituição: Centro Universitário Cesmac

Endereço: Rua Leonêncio Novais de Castro,94, Conjunto Santo Eduardo, Poço Maceió, Alagoas, Brasil

E-mail: andreac.melo@uol.com.br Roberta Simone Rodrigues Carneiro

Graduada em medicina veterinária pelo Centro Universitário Cesmac Instituição: Centro Universitário Cesmac

Endereço: Rua Severino Ferreira de Lima, 124, Centro, Colônia de Leopoldina, Maceió, Alagoas, Brasil

E-mail: robertasrcarneiro.medvet@gmail.com Giovana Patrícia de Oliveira e Souza Anderlini

Mestre em Biociência Animal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco Instituição: Centro Universitário Cesmac

Endereço: Avenida Doutor José Sampaio Luz, 327, apartamento 103, Ponta verde, Maceió, Alagoas, Brasil

E-mail: giovana.souza@cesmac.edu.br

Priscilla Nogueira de Melo Omena

Graduada em medicina veterinária pelo Centro Universitário Cesmac Instituição: Centro Universitário Cesmac

Endereço: Rua do Dema, 61C, São Jorge Maceió, Alagoas, Brasil E-mail: priscillanogueira@hotmail.com

Karyna Alves Cunha de Paiva Lima

Especialista em Saúde Pública pelo Centro Universitário Cesmac Instituição: Centro Universitário Cesmac

Endereço: Rua Joel Vieira dos Anjos, 512, Feitosa Maceió, Alagoas, Brasil E-mail: kacveterinaria@gmail.com

RESUMO

A doença inflamatória intestinal felina descreve um conjunto de doenças intestinais crônicas que acometem a lâmina própria da mucosa pelo infiltrado difuso de células inflamatórias. As teorias sobre as causas potenciais incluem doença imunomediada, defeitos de permeabilidade do trato gastrointestinal (TGI), intolerância ou alergia dietética, influência genética, influência psicológica e

(2)

doença infecciosa. Os fatores predisponentes da DII incluem infecções bacterianas (Campylobacter sp.), quadros parasitários (Giardia sp.), neoplasias (linfoma), e quadros alérgicos ou de intolerância alimentar sitiados no TGI, bem como, pancreatite, colangiohepatite e hipertireoidismo. O diagnóstico consiste na realização de alguns exames laboratoriais como hemograma, perfil bioquímico, dosagem de hormônio tireoideano, urinálise, coproparasitológico, coprofuncional e citologia fecal. O tratamento inclui o controle dietético, a suplementação com fibras e administração de drogas anti-inflamatórias e imunossupressoras. A prednisolona tem sido o fármaco de eleição no tratamento inicial da DII e sua a dose inicial é 1-2mg/Kg a cada 12 horas, com redução da mesma a cada duas a quatro semanas. O prognóstico é bastante variável, apresentando baixas taxas de mortalidade, e altas taxas de morbidade, apresentando boa resposta às terapias instituídas, com controle dos processos em 80% dos casos. A doença inflamatória intestinal em felinos não tem cura, porém é possível manter o animal com qualidade de vida e controlando os sinais com manejo alimentar adequado e com terapia imunossupressora. Objetivou-se com esse estudo abordar os sinais clínicos, diagnósticos e tratamento da doença inflamatória intestinal (DII), sendo esta a mais presente na rotina clínica veterinária.

Palavras-chave: Doença inflamatória intestinal; Felinos; TGI; Manejo alimentar.

ABSTRACT

A doenca feline intestinal inflammatória descreve um set of doenças intestinais crônicas that acometem to the lamina propria gives mucous hair diffuse infiltrated inflamatórias cells. As theories about the causes potency incluem imunomediada doença, defects of gastrointestinal tract permeabilidade (TGI), intolerance or dietary allergy, genetic influence, psychological influence and infectious doença. The predisposing factors of DII include bacterial infections (Campylobacter sp.), parasitic parasites (Giardia sp.), neoplasms (lymphoma), allergic or food intolerance squares besieged not TGI, bem as, pancreatite, cholangiohepatite and hyperthyroidism. The diagnosis consists of performing some laboratory tests, such as blood count, biochemical profile, dosage of thyroid hormone, urinálise, coproparasitological, coprofunctional, and fecal cytology. Or treatment included dietary control, supplementation with fibers and administration of anti-inflammatory drugs and immunosuppressants. A prednisolone has been or drug of eleição no initial treatment of DII and sua to initial dose é 1-2mg / Kg to every 12 hours, com redução da mesma to each duas to quatro weeks. Or prognosis and quite varied, presenting low mortality rates, and high rates of morbidity, introducing boa resposta às therapies instituted, com control two processes in 80% two cases. A doença inflamatória intestinal in felinos não tem cure, porém é possível manter or animal com qualidade de vida e controlling the sinais com handling alimentatar adequado e com imunossupressora therapy. Objective: To study the clinical synais, diagnosis and treatment of intestinal inflammation (DII), being present in a veterinary clinic rotina.

Keywords: Inflammatory bowel disease; Cats; TGI; Food management.

1 INTRODUÇÃO

A doença inflamatória intestinal felina descreve um conjunto de doenças intestinais crônicas que acometem a lâmina própria da mucosa pelo infiltrado difuso de células inflamatórias (linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, neutrófilos e macrófagos) (TAMS, 2005). É classificada de acordo com o tipo de célula inflamatória infiltrada na parede gastrintestinal e as mais comuns são a enterite

(3)

linfocitária plasmocítica (ELP), a enterite linfocítica e a colite linfocítica plasmocítica. Os sinais clínicos mais frequentes são vômitos e diarreia crônica, perda de peso, alterações no apetite e hematoquezia (RICART, 2012; TAMS, 2005). Devido ao grande número de afecções do trato gastrointestinal em felinos, objetivou-se com esse estudo abordar os sinais clínicos, diagnósticos e tratamento da doença inflamatória intestinal (DII), sendo esta a mais presente na rotina clínica veterinária

2 REVISÃO DE LITERATURA

As teorias sobre as causas potenciais incluem doença imunomediada, defeitos de

permeabilidade do trato gastrointestinal (TGI), intolerância ou alergia dietética, influência genética, influência psicológica e doença infecciosa segundo Crystal (2006). E de acordo com Junior (2003) os fatores predisponentes da DII incluem infecções bacterianas (Campylobacter sp.), quadros parasitários (Giardia sp.), neoplasias (linfoma), e quadros alérgicos ou de intolerância alimentar sitiados no TGI, bem como, pancreatite, colangiohepatite e hipertireoidismo.

Segundo Junior (2003) os processos inflamatórios situados nas alças tornam-se permanentes através da perda de integridade da mucosa, com consequente alteração de permeabilidade, o que permite que microrganismos da própria microbiota entérica e antígenos (proteínas da dieta) adentrem a lâmina própria, estimulando e intensificando as respostas imunes já iniciadas.

O diagnóstico consiste na realização de alguns exames laboratoriais como hemograma, perfil bioquímico, dosagem de hormônio tireoideano, urinálise, coproparasitológico, coprofuncional e citologia fecal (JUNIOR, 2003).

O exame fecal é parte importante no diagnóstico de afecção intestinal, devendo ser rotineiro em qualquer paciente com distúrbios do TGI (BURROWS et al., 2004).

O tratamento inclui o controle dietético, a suplementação com fibras e administração de drogas anti-inflamatórias e imunossupressoras. É importante que a escolha da terapêutica a ser aplicada no paciente seja individual, com base na correlação entre os sinais clínicos apresentados, achados laboratoriais, alterações histológicas, resposta à terapia escolhida, bem como gravidade e variedade dos efeitos colaterais das drogas, aceitabilidade das mesmas pelo paciente, cooperação do proprietário e custos gerais do tratamento (JUNIOR, 2003).

A prednisolona tem sido o fármaco de eleição no tratamento inicial da DII e sua a dose inicial é 1-2mg/Kg a cada 12 horas, com redução da mesma a cada duas a quatro semanas. Em alguns pacientes a redução pode chegar a uma manutenção terapêutica a cada 48 horas, ou até a eliminação total da medicação (RICART et al., 2012). O acetato de metilprednisolona na dosagem de 20mg/gato por via intramuscular também é uma alternativa (ANDRADE, 2008).

(4)

Outra droga é o clorambucil na dose de 2mg/m² a cada 24 horas, por causar menos efeitos adversos, tendo praticamente a mesma eficácia. A ciclosporina, utilizada via oral, na dosagem de 10 mg/kg, a cada 12 horas, também apresenta bom efeito imunossupressor nesses pacientes (CRISTAL,2006; WILLARD, 1999).

Em relação a antibiótico, o metronidazol na dose de 10 a 15 mg/kg a cada 12 horas, tem uma excelente ação em bactérias anaeróbicas e protozoários, além de apresentar efeito imunomodulador. Nos pacientes com doença inflamatória, pode ser benéfico (ZORAN, 2000).

Os ácidos graxos ômega 3 tem efeito antinflamatório no trato digestivo, sendo um substrato de ótima qualidade causando menos reações adversas (TAMS, 2005).

O prognóstico é bastante variável, apresentando baixas taxas de mortalidade, e altas taxas de morbidade, apresentando boa resposta às terapias instituídas, com controle dos processos em 80% dos casos (JUNIOR, 2003).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A doença inflamatória intestinal em felinos não tem cura, porém é possível manter o animal com qualidade de vida e controlando os sinais com manejo alimentar adequado e com terapia imunossupressora. Infelizmente não será possível de se evitar as recidivas ou aparecimento de eventuais sinais clínicos.

A importância do estudo é a capacidade de eliminar todas outras possibilidades de diagnósticos diferenciais, para então obter sucesso no tratamento de escolha, tanto medicamentoso, como alimentar, e também para um melhor prognóstico do paciente.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, S.F., Manual de Terapêutica Veterinária. 3ª ed. São Paulo: Roca Ltda., 2008.

BURROWS, C. F. et al. Tratado de Medicina Interna Veterinária. Moléstias do cão e do gato. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v.2, p.1618-1705, 2004..

CRYSTAL, M. A. Doença Intestinal Inflamatória. In: NORSWORTHY, G. D., O Paciente Felino –

(5)

JUNIOR, A. R. Doença Intestinal Inflamatória Crônica. In: SOUZA, H. J. Coletâneas em Medicina

e Cirurgia Felina, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: LF Livros de Veterinária, 2003. cap. 12, p.

155-164.

RICART, M.C. et al. Doença intestinal inflamatória – atualização. Revista Clínica Veterinária, n.101,p. 44-54, 2012.

TAMS, T. R. Doenças crônicas do intestino delgado. In:__ Gastroenterologia de pequenos animais. 2.ed. São Paulo: Roca, cap. 7, p. 207- 245, 2005.

WILLARD, M. D. Feline inflammatory bowel disease: a review. Journal of feline medicine and

surgery, v. 1, n. 3, p. 155-164, 1999.

ZORAN, D. L. Is this IBD? Managing inflammatory disease in the feline gastrointestinal Tract.

Referencias

Documento similar

Obteve ainda em 2015 a acreditação, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), do Sistema Interno de Garantia da Qualidade (SIGQ) por um ano com

Vale salientar que a as- sociação entre maiores níveis de ativação com a menor presença de sintomas pode ser uma explicação para que pacientes em HD sejam menos ativados, pois

Conclusões: A partir dos dados obtidos, conclui-se que a Atividade Física acarreta diversos benefícios para os pacientes com Doença de Alzheimer, tanto física

Os dois materiais didáticos em multimídia (CD-ROM) foram elaborados, em 2007 e 2008, em três etapas, quais sejam: a) planejamento inicial; b) desenvolvimento do conteúdo c)

As minicenouras tratadas em suspensão contendo 4 % de amido, não apresentaram sintomas visuais de esbranquecimento durante todo o armazenamento (Figura 1B), porém, apresentaram

Formosinho e Ferreira, 1952), parecendo possível admi- tir que se trata de espólios recolhidos numa necrópole. Em território alentejano, o litoral é, por ora, parco em material

Em Portugal foi a reforma da Intendência Geral da Polícia, iniciada em janeiro de 1780, completada com a nomeação de Pina Manique e com a criação da Casa Pia de Lisboa, em Maio

Das nossas interrogações sobre esta problemática e da dificuldade que temos manifestado, em diversas ocasiões, em compreender as razões deste desfasamento entre a