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(AUTO)IMAGENS DOCENTE FRENTE A CONTEMPORANEIDADE NA EDUCAÇÃO, PERSPECTIVAS E DESAFIOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

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Academic year: 2020

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(1)(AUTO)IMAGENS DOCENTE FRENTE A CONTEMPORANEIDADE NA EDUCAÇÃO, PERSPECTIVAS E DESAFIOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. Jairo Conceição da Silveira dos Santos 1 Janine Bochi do Amaral 2. Resumo: : É nítida a preocupação, principalmente por grande parte dos professores, a respeito de como trabalhar com jovens e adultos que demonstram um domínio das tecnologias e os desafiam em suas metodologias de ensino. Deste modo, esta pesquisa moveu-se procurando compreender como este contexto da era atual influencia na (auto)imagem que os profissionais de educação desenvolvem. Para tanto, procuramos responder a seguinte questão: de que maneira os reflexos da contemporaneidade repercutem na (auto)imagem do docente? Esta indagação objetivou identificar as repercussões da contemporaneidade na (auto)imagem docente, bem conhecer os reflexos da contemporaneidade na (auto)imagem dos docentes do Instituto Federal Farroupilha; refletir as implicações da contemporaneidade na prática do profissional docente; fomentar espaços de discussão sobre a profissão docente e a educação na contemporaneidade. Tomamos como referência teórica, Michel Serres e o sociólogo Zygmunt Bauman. Foram sujeitos da pesquisa 12 (doze) professores. Como prévia das análises geradas no desenvolvimento deste instrumento, até o presente momento, é possível apontar que os professores demonstram insegurança e desconhecimento no modo de lidar com o jovem digital e as próprias ferramentas tecnológicas.. Palavras-chave: CONTEMPORANEIDADE; TECNOLOGIAS; ENSINO;. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. (AUTO)IMAGENS DOCENTE FRENTE A CONTEMPORANEIDADE NA EDUCAÇÃO, PERSPECTIVAS E DESAFIOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 1 Aluno de graduação. sjairosantos@gmail.com. Autor principal 2 Docente. janine.amaral@iffarroupilha.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(2) (AUTO)IMAGENS DOCENTE FRENTE A CONTEMPORANEIDADE NA EDUCAÇÃO, PERSPECTIVAS E DESAFIOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 1. O DESPERTAR DE UM PROCESSO DE PESQUISA Os reflexos da contemporaneidade repercutem no cenário da educação, no contexto escolar e principalmente na atuação docente. Através de conversas, percebe-se que no Instituto Federal Farroupilha ± Campus São Vicente do Sul (IFFar-SVS), há manifestações constantes, por parte dos docentes e gestores a respeito das situações cotidianas que têm sido dominadas pelas tecnologias e a transformação evidenciada na conduta dos estudantes que adentram a Instituição anualmente. É nítida a preocupação, principalmente por grande parte dos professores a respeito de como trabalhar com jovens e adultos que demonstram um domínio quase que natural das tecnologias e os desafiam em suas metodologias de ensino. Deste modo, esta pesquisa se moveu procurando a compreensão de como este contexto da era atual influencia na (auto)imagem que os profissionais da educação desenvolvem. Através de entrevistas semiestruturadas e individuais, buscou-se refletir a seguinte questão: De que maneira os reflexos da contemporaneidade repercutem na (auto)imagem docente. Bem como conhecer os reflexos da contemporaneidade na (auto)imagem dos docentes do Instituto Federal Farroupilha ± Campus São Vicente do Sul; Refletir as implicações da contemporaneidade na prática do profissional docente; fomentar espaços de discussão sobre a profissão docente e a educação na contemporaneidade. Tomou-se como referência teórica, Michel Serres (2013) autor da obra Polegarzinha, que apresenta o contexto do jovem atual, imerso na era digital, acarretando necessária mudança na forma como as instituições de ensino e os professores necessitam mediar a aquisição de conhecimento. Sunaga e Carvalho (2015), destacam que tradicionalmente a escola foi construída com o professor como o único detentor do saber, o especialista no conhecimento, quem iria preparar os estudantes para o resto de suas vidas. Entretanto com o evoluir das tecnologias, o surgimento cada vez mais constante de novas informações, e ferramentas para compartilhá-las, os docentes tem perdido seu posto de detentor do saber, e aos poucos tem se tornado um mediador do conhecimento. Esta nova posição que o docente assume, de mediar o conhecimento, e não o de repassar, Cortella (2015) denomina o professor atual de curador, o ser que está ali para auxiliar, zelar, pelo educando, fazendo com que ele consiga discernir as informações, o conhecimento presente em meio ao grande volume de dados contidos principalmente na internet, principal fonte de consulta da geração atual. Serres (2013), denomina a atual geração de Polegarzinhos, pois fazem uso apenas dos polegares para se comunicarem com o mundo através de seus equipamentos Smarts, principalmente os de uso pessoal, mobiles. Zygmunt Bauman (2009), oportunizou um olhar reflexivo sobre o contexto contemporâneo quando descreve a era atual como uma sociedade líquido-moderna.

(3) no sentido de que as mudanças ocorrem em um tempo tão veloz que impossibilita a manutenção de atos, de rotinas, de modos de agir. Isto significa que a função da escola e do professor necessita de redimensionamento já que as influências de condutas voláteis passam a fazer parte do cotidiano vivido. Segundo Bauman (2009) a contemporaneidade requer a estes atores, escola/professor, incitar a dúvida, estimular a imaginação, desafiando um consenso prevalecente, o que significa assumir a prática de pedagogia crítica. Esta constatação, em geral percebida pelos professores gera influências no seu modo de pensar e agir, a partir deste ponto de vista que o projeto intitulado µ(Auto)imagens docente frente a contemporaneidade na Educação %iVLFD 7pFQLFD H 7HFQROyJLFD¶, visa desvendar como o professor atual se sente frente a todas estas transformações constantes no cotidiano escolar. 2. OS METODOS DE UM PROCESSO INVESTIGATIVO A investigação está sendo desenvolvida no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Memória, cadastrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil- Lattes. Essa pesquisa constitui se em uma pesquisa-formação, uma vez que entendemos que é possível produzir conhecimento a partir da análise e reflexão sobre a nossa própria prática. Para a efetivação da pesquisa-formação, realizamos minuciosa revisão bibliográfica em relação à temática, sendo que esse processo aconteceu durante todos os meses dedicados à investigação. Foram sujeitos da pesquisa 12 (doze) professores do Ensino Médio Integrado, representantes da área básica e da área técnica dos diferentes eixos tecnológicos: Informação e Comunicação, Gestão e Negócios, Recursos Naturais e Produção Alimentícia. No contato inicial com os professores foi realizado o convite através da apresentação da intenção de pesquisa. O primeiro critério de inclusão foi o aceite formal por meio de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Tomamos como referência a metodologia de Histórias de Vida proposta por Josso (2004), faz-se uso do conceito experiencial, possibilitando manifestar a particularidade de cada sujeito. Realizamos uma entrevista oral semiestruturada com os sujeitos da pesquisa. Essa entrevista oral, foi gravada, transcrita e enviada aos sujeitos, para que pudessem realizar alterações ou acréscimos na narrativa. Após a devolutiva da entrevista revisada pelo sujeito para o pesquisador, foi preenchida uma carta de cessão, onde o sujeito concordou em sua publicação. A partir deste momento se deu início a produção de textos para cada entrevista, destacando os pontos principais em relação ao cenário educacional contemporâneo. 3. UMA PRÉVIA DOS ACHADOS NO PROCESSO DE PESQUISA O século XXI foi projetado pela sociedade, de um modo geral, como uma era de fabulosos avanços tecnológicos e científicos, grandes e positivas perspectivas. Neste exato momento, o planeta vivencia esta etapa, enfrentando os benefícios oriundos da comunicação em rede, favorecedora de grandes fusões empresariais, econômicas e sociais. Ao mesmo tempo, convive com o abismo entre as economias limítrofes e aquelas que detêm o monopólio do mundo tecnológico..

(4) Neste cenário paradoxal, nasce a geração digital, crianças e jovens que manipulam ferramentas complexas com tamanha desenvoltura, como se fosse algo inato. Entretanto, a instituição escolar e os agentes de ensino, os professores, oriundos da era moderna, continuam sendo responsáveis pela formação desta população que cultiva novas experiências, expectativas e leitura do mundo. São os sujeitos da Pós-Modernidade/Modernidade Líquida, definida segundo Bauman (2011), como a modernidade menos as suas ilusões, isto é, uma era em que não se constroem projetos para uma vida toda e com prazo fixo, mas cada projeto, demanda a necessidade de reformulações e mudança de rumos se for necessário. A educação para o século XXI precisa ser pensada como algo útil e SHUPDQHQWH LVWR p SURPRYHU QRV HVWXGDQWHV VHX ³FDSDFLWDPHQWR´ DWR GH VH capacitar, obter capacitação). Para Bauman (2009, p.162),. R ³FDSDFLWDPHQWR´ H[LJH D FRQVWUXomR UHFRQVWUXomR GH YtQFXORV interpessoais, a vontade e a habilidade de se engajar com outras pessoas num esforço contínuo para transformar a convivência humana num ambiente hospitaleiro e amigável para a cooperação mutuamente enriquecedora de homens e mulheres que lutam pela autoestima, pelo desenvolvimento de seu potencial e pelo uso adequado de suas habilidades.. Aos docentes e à escola, apresenta-se o desafio de destruir criativamente seu repertório moderno para projetar, mesmo que provisoriamente, novas perspectivas educativas. No contexto da escola contemporânea, ensinar constitui-se num ato de criação, de reflexão, de mediação para o acesso ao saber e a construção da inteligência. Deste modo, faz-se necessário que os docentes se reconheçam como profissionais individuais e coletivos, em constante auxílio mútuo e formação contínua, a fim de trilharem os caminhos incertos da educação neste século. Como resultado parcial da pesquisa, buscamos perceber o aceite dos docentes do IFFar-SVS quanto ao uso das tecnologias, ferramentas digitais, durante suas aulas, assim como identificar como estas influenciam suas (auto)imagens. Podemos perceber ao longo da primeira etapa da pesquisa, que há um inquietamento quanto ao uso das ferramentas digitais, muitos educadores buscam se inserir no contexto atual, favorecendo a integração das ferramentas digitais ao cotidiano. Ao decorrer da pesquisa está sendo possível perceber que muitos educadores estão receosos ao uso de equipamentos eletrônicos durante suas aulas, devido a distração que eles causam, principalmente os mobiles, pois, o docente não tem um controle sobre o que o discente está fazendo online. Ao mesmo tempo os equipamentos mobiles enriquecem as aulas, devido a facilidade de consulta a informações, e a possibilidade de trazer novos tópicos as aulas. Assim como podem surgir novos tópicos, os educandos têm acesso a informações mais atualizadas, podendo ocorrer situações onde ele confrontará o docente sobre determinado tema, fazendo com que o professor saia de sua situação de conforto, assim como alguns docentes relataram ao longo das entrevistas semiestruturadas. Principalmente os Smartphones presentes em sala, fazem com.

(5) que o docente busque se atualizar frente aos conteúdos que terá de trabalhar, proporcionando um melhor ensino aprendizado ligado ao cotidiano do educando. 4. TECENDO ALGUMAS REFLEXOES SOBRE O PROCESSO DE PESQUISA Com esta primeira fase da pesquisa-formação foi possível obter dados in loco, verificando-se uma proximidade em relação às leituras tomadas como base para a fundamentação teórica desta e a fala dos sujeitos. A pesquisa possibilitou visualizar como é o cotidiano dos docentes nesse ambiente de ensino frente às novidades tecnológicas. Muitos professores ainda demonstram grande resistência frente à tecnologia presente no Instituto Federal Farroupilha- Campus São Vicente do Sul. Segundo alguns professores durante a aula não é o momento adequado para o uso dessas ferramentas, pois acaba tanto o professor quanto o aluno, perdendo o foco nos conteúdos ali tratados. Todavia, alguns afirmam permitir o uso desses equipamentos de forma moderada, utilizando: para pesquisas sobre o tema que está sendo abordado, para a visualização de um livro online, para acessar vídeos, jogos ou aplicativos educativos, alguns docentes destacam que estas ferramentas podem contribuir positivamente para o ensino aprendizado, tornando as aulas mais atrativas, empolgantes e participativas. A pesquisa está tendo continuidade, através da construção de textos sobre a história de vida e formação de cada sujeito da pesquisa, baseados em relatos gravados e logo após transcritos, considerando a importância de aprofundar a discussão dos dados obtidos. Nesse sentido, trabalhar com a história de vida poderá enriquecer a discussão sobre a formação, através da reflexão, conhecer sua história e ter consciência dela pode ser um caminho para o desenvolvimento pessoal. A metodologia de História de vida é uma abordagem que utiliza a narrativa das vivências do sujeito para levá-lo a um processo de transformação. Segundo Josso (2004, p.9). Ou seja, constituirá um momento singular na pesquisa/formação, favorecendo a observação de vários ângulos, possibilitando perceber como ocorreu a (re)construção da (auto)imagem dos docentes participantes da pesquisa. 5. REFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. Vida Líquida. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar,2009. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. CORTELLA, Mario Sergio. A Era da Curadoria. O que importa é saber o que importa! (Educação e formação de pessoas em tempos velozes). Mario Sergio Cortella, Gilberto Dimenstein. Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2015. SUNAGA, Alexsandro. CARVALHO, Camila Sanches. As Tecnologias Digitais no Ensino Híbrido. In: BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (Orgs). Ensino Híbrido, Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. SERRES, Michel Serres. Polegarzinha. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013..

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