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RÁDIO E SEUS OUVINTES: AS CARACTERÍSTICAS DE UM PÚBLICO EM SÃO BORJA

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Academic year: 2020

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(1)RÁDIO E SEUS OUVINTES: AS CARACTERÍSTICAS DE UM PÚBLICO EM SÃO BORJA. Luciano Coletto 1 Marco Antonio Bonito 2. Resumo: O presente trabalho tem como objetivo identificar os ouvintes de rádio e compreender os motivos que os levam a ouvir. Para a realização da pesquisa foi levado em conta as características do ouvinte, entre elas a idade, para poder verificar se é um fator que pode influenciar a escolha pelo veículo de comunicação. Ao fazer esse levantamento enquadrando-o no contexto de São Borja, o artigo pretende obter uma melhor compreensão sobre as características da audiência. Além disso, este trabalho tem como base autores que fundamentam e ajudam a explicar os motivos que levam os jovens e idosos a ouvirem determinadas rádios. Sendo assim, tem como finalidade pesquisar o tema, identificar os públicos e comparar os resultados com artigos já realizados. Entretanto, a metodologia aplicada não foi suficiente para atender às expectativas, em relação ao perfil do público ouvinte de rádio em São Borja, visto que existem nove rádios na cidade e a metodologia precisaria ser mais aprofundada e/ou aplicada por mais tempo.. Palavras-chave: Rádio, Ouvinte, São Borja/RS. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. RÁDIO E SEUS OUVINTES: AS CARACTERÍSTICAS DE UM PÚBLICO EM SÃO BORJA 1 Aluno de graduação. lucianopcoletto@gmail.com. Autor principal 2 Docente. marcobonito@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(2) RÁDIO E SEUS OUVINTES: AS CARACTERÍSTICAS DE UM PÚBLICO EM SÃO BORJA Introdução No presente artigo, será tratada a questão das características de um público ouvinte da rádio na cidade de São Borja/ RS 1 e as motivações dos mesmos para continuar ouvindo rádio perante os diversos meios de comunicação que a sociedade dispõe sobre ele. Como foco, foi levado em conta o contexto das pessoas que escutam para poder compreender de onde vem a escolha pelo rádio. Justificativa Este trabalho tem como propósito saber qual é o público que ouve e acompanha as rádios de São Borja e por qual motivo elas escutam. Segundo Bonin “Enfrentamos questões do tipo: qual a importância da nossa pesquisa para o campo da Comunicação? Em relação ao estado de conhecimentos existentes sobre a questão investigada, que contribuição ela trará?” (BONIN, 2011, p.3). Sendo assim, essa pesquisa é relevante porque trata de identificar os ouvintes e contribui também como base para a programação das rádios locais, pois as mesmas saberão o que serve de utilidade para esses públicos e o que eles gostam de escutar. Objetivo Este trabalho tem como objetivo expor as principais razões que levam uma pessoa a ouvir rádio diariamente, essas causas podem ser motivadas pela curiosidade de saber notícias do seu município, esportes, política, cultura, entre outras. Deve-se levar em conta também as características do ouvinte, para poder verificar se a idade é um fator que podem influenciar a escolha pelo veículo de comunicação. Portanto, o objetivo é de pesquisar o tema, identificar os públicos e comparar os resultados com artigos já realizados. Metodologia Para a composição e o desenvolvimento do artigo, foram utilizados autores que contribuem com a pesquisa bibliográfica a partir dos artigos: “Memória radiofônica – a trajetória da escuta passada e presente de ouvintes idosos” (BIANCHI, 2009), “A fidelidade do ouvinte de rádio” (PRATA,2002), “O livro de ouro da comunicação” (GONTIJO,2004). Além disso, foi feito uma pesquisa exploratória com as seguintes perguntas aos ouvintes de rádio: a) tem o costume de ouvir rádio? ; b) qual a idade; c) outros meios de comunicação que utiliza e d) por que ouve rádio, essas perguntas foram essenciais para ter uma noção de quem são os públicos e o por qual motivo acompanham esse meio e o que faz gostar de ouvir determinado tema. Desenvolvimento. 1. São Borja é uma cidade de aproximadamente 61 mil habitantes e está localizada no interior do estado do Rio Grande do Sul, na fronteira oeste, com divisa na Argentina. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) A história da rádio no Brasil surgiu oficialmente em nosso país dia 7 de setembro de 1922, na comemoração do Centenário da Independência. Porém, em junho de 1900 o padre Landell de Moura 2, inventou um instrumento que transmitiu sem ajuda de fios da Avenida Paulista e o bairro de Sant’ana por onda eletromagnética. No entanto o foco deste trabalho é na cidade de São Borja/RS e na rádio local, atualmente, a cidade comporta 9 emissoras de rádio, sendo 2 delas comunitárias, 1 AM, e outras 7 FM, são elas: rádio Cultura AM, rádio Fronteira FM, rádio Líder FM, Radio Navegantes FM, Gospel Liberdade FM, radio Querência São Borja, rádio Web Minuano, rádio viva com Cristo, radio Web radio Dumassa e rádio Cultura AM; Em relação aos ouvintes, é importante destacar que para as emissoras de rádios continuarem com seu público é significativo os mesmos fidelizarem a sua audiência. Nair Prata, relata em seu artigo “A fidelidade do ouvinte de rádio” que a fidelidade nada mais é que o consumidor se interessar pelo produto, neste caso, o rádio: Desde os pequenos negócios até os grandes conglomerados têm como objetivo conquistar o cliente fiel, isto é, aquele consumidor que adquire os produtos, retorna, compra novamente, não aceita outro produto similar, rechaça os concorrentes. Este é o sonho dourado de qualquer empresa. (PRATA,2002, pg. 3). Essa citação feita pela Nair Prata vai de acordo com a pesquisa de campo que foi realiza neste artigo, no questionamento feito pelos mesmos, foi perguntado aos entrevistados sobre se costuma ouvir rádio diariamente, idade e porque ouve rádio. O trabalho em questão analisou dois tipos de faixa etária: jovens entre 18 e 25 anos, e idosos de 60 a 75 anos de idade. Foi feito essa “separação” para poder compreender melhor qual a finalidade da rádio para ambos os grupos. Ao total, foram entrevistadas 30 pessoas, 15 jovens e 15 idosos. O resultado da pesquisa realizada foi o seguinte: jovens entre 18 e 25 anos, usam a rádio mais para ouvirem música e entretenimento, enquanto os idosos usam a rádio para informação. Vale ressaltar que durante a saída de campo, os anciões normalmente mencionaram que ouvem somente uma rádio, pois se sentem mais “seguros” ouvindo a rádio que foi levada de geração em geração. Já os jovens gostam da rádio pelo fato do imediatismo, ou seja, ao ligar o rádio e ouvir o locutor informar, por exemplo, sobre um desastre aéreo que acabou de acontecer, é muito provável que o ouvinte corra à internet para ter maiores detalhes sobre o ocorrido. Ainda sobre a citação de Prata e o resultado da pesquisa, podemos observar que os idosos têm uma rádio favorita e por este motivo são ligados mais a informação, pressupondo que confiam mais na credibilidade do locutor da emissora. O que é diferente dos jovens, que migram continuamente de rádio, em busca de algo que os agrada mais. De encontro com a pesquisa realizada, Prata cita alguns fatores que influenciam a fidelidade dos ouvintes, são eles: Emissoras voltadas para um público mais adulto; A pessoa na maturidade tende a ser conservadora em seus hábitos, suas amizades e seus relacionamentos. Com o ouvinte de rádio não é diferente. As emissoras voltadas para o público jovem, por exemplo, registram grande oscilação de audiência, pois quem é mais novo está sempre à procura de tudo 2. Landell de Moura nasceu em Porto Alegre, em 1861, mas a maior parte de seus estudos avançados se deu no exterior. Embora sua carreira científica tenha começado na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, foi em Roma, na Itália, que ele se formou em física e química, além de teologia, sendo ordenado padre em 1886. De volta ao Brasil, prosseguiu nos estudos iniciados na Europa e no final do século 19 já fazia demonstrações notáveis de seus inventos. (SUPERINTERESSANTE,2013) Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) o que é diferente, até mesmo uma programação de rádio. Assim, trabalhar com um público mais maduro é buscar um ouvinte conservador que, se gostar do que está ouvindo, se transformará numa pessoa fiel àquela determinada programação. (PRATA,2002, pg. 5). Graziela Bianchi em seu artigo cita que a maioria dos idosos preferem música ao invés de notícia, esse argumento é oposto a pesquisa realiza em São Borja, vale ressaltar que a pesquisa de Bianchi foi feita em Porto Alegre/RS e um grande percentual de entrevistados eram mulheres, já na pesquisa realizada no município de São Borja a maioria dos entrevistados eram homens, o que pode haver modificações na escolha pelo estilo de programa favorito. Bianchi ainda cita que esse número massivo de pessoas que preferem programa musical pode estar ligado a dois aspectos, do som como presença para preencher espaço e como distração: Onde o rádio, com um destaque especial para a música, exerce pelo menos dois papéis: o de preencher o ambiente, ou seja, o som como uma presença, como um elemento de quase corporificado; e outra é a música como distração, como a possibilidade de abstrair, de desvincular, mesmo que momentaneamente, da realidade, representando também uma oportunidade de relaxamento. (BIANCHI, 2009, pg.7 e 8). Um dos principais motivos que os idosos ouvem rádio, é o fato deles terem sempre ouvido rádio, um termo utilizado por esse grupo de pessoas é “nasci ouvindo rádio”, essa expressão evidencia que a rádio esteve presente em toda sua vida. Quando questionados sobre seus hábitos de ouvinte de rádio, a metade dos entrevistados mencionaram que acordam já ouvindo rádio e ficam durante o dia (quando possível) ouvindo. Falando um pouco dos jovens, eles sejam o futuro do rádio, tanto web como hertzianas 3, pois os mesmos não deixaram de ouvir rádio, apenas utilizam para outros fins, não exclusivamente para notícia, como era anteriormente. Os veículos de comunicação têm que começar a observar o comportamento desse grupo para poder se adequar da melhor maneira possível, visando que eles serão os futuros ouvintes da empresa. O artigo realizado por Diego Weigelt “Os Jovens e o Rádio: Usos e modos de ouvir na Era da Comunicação Móvel e Digital”, comprova com dados de acordo com a pesquisa deste artigo realiza. Na pesquisa de Weigelt, foram entrevistados 80 jovens em uma escola e 81% deles, relataram que o conteúdo que ouviram nas rádios era música. Na pesquisa realizada em São Borja, foram entrevistados 15 jovens, porém o resultado foi parecido, dos 15 entrevistados, 11 comentaram o mesmo aspecto. Considerações Finais Portanto podemos perceber durante o artigo disposto, que há uma diferença entre as características e as motivações que levam as pessoas dos grupos selecionados a ouvir rádio. Os idosos preferem algo com mais tempo no ar, talvez por certo receio de não acreditar nas mídias atuais, ou somente gosto pessoal mesmo, enquanto os jovens migram frequentemente de rádio. Após analisar as pesquisas realizadas pelo autor deste trabalho e as pesquisas apontadas no artigo, podemos perceber uma luta entre o presente e o passado, talvez isso cause uma certa dúvida nas emissoras de rádio, pois as mesmas não querem perderem o público já fidelizado,. 3. Designativo das ondas eletromagnéticas empregadas na telegrafia sem fio. (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2017) Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) porém também querem aumentar sua audiência, causando assim um desconforto nos veículos midiáticos. Para futuras pesquisas nessa área, aconselho a fazer uma saída de campo mais ampla, ou seja, com mais pessoas entrevistadas, tendo em vista que a cidade possui mais de 60 mil habitantes. A metodologia aplicada não foi suficiente para atender às expectativas, em relação ao perfil do público ouvinte de rádio em São Borja, visto que existem nove rádios e a metodologia precisaria ser mais aprofundada e/ou aplicada por mais tempo Porém, se observarmos as pesquisas já citadas no decorrer do artigo, podemos perceber que elas não saem do resultado obtido neste artigo. Para finalizar, esse artigo pode servir como base para as empresas de comunicação na cidade, onde podem redirecionar sua temática de programação voltada às características dos ouvintes. Referências BIANCHI, Graziela Soares. Memória radiofônica – a trajetória da escuta passada e presente de ouvintes idosos. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Curitiba PR, v. XXXII, p. 1-15, set. 2009. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/premios/2009/Bianchi.pdf>. Acesso em: 06 set. 2018. SUPERINTERESSANTE. História roberto landell de moura. Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/roberto-landell-de-moura/#>. Acesso em: 06 set. 2018. WEIGELT, Diego; PARMEGGIANI, Brenda. Os Jovens e o Rádio: Usos e modos de ouvir na Era da Comunicação Móvel e Digital. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Foz do Iguaçu, PR, v. XXXVII, p. 1-14, set. 2014. GOLTIJO, Silvana. O livro de ouro da comunicação. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. 355 p. BONIN, J. Revisitando os bastidores da pesquisa: práticas metodológicas na construção de um projeto de investigação, Metodologias de pesquisa em comunicação. Porto Alegre: Editora Sulina, 2011.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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