Comocitaresteartigo:SerraCruzR,etal.Compreendendoaslesõesdasraízesposterioresdosmeniscos:daciênciabásicaaotratamento.Rev
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
de
Revisão
Compreendendo
as
lesões
das
raízes
posteriores
dos
meniscos:
da
ciência
básica
ao
tratamento
夽
Raphael
Serra
Cruz
a,b,∗,
Marcio
Balbinotti
Ferrari
a,b,
Leonardo
Metsavaht
be
Robert
F.
LaPrade
a,caSteadmanPhilipponResearchInstitute,Vail,EstadosUnidos bInstitutoBrasildeTecnologiasdaSaúde,RiodeJaneiro,RJ,Brasil cTheSteadmanClinic,Vail,EstadosUnidos
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo: Recebidoem30dejunhode2016 Aceitoem14dejulhode2016 On-lineemxxx Palavras-chave: Traumatismosdojoelho Joelho/anatomia&histologia Instabilidadearticular Procedimentoscirúrgicos operatórios
Meniscos
r
e
s
u
m
o
Avariabilidadedasintomatologiaeofatodenãoseremfacilmentereconhecidasnos exa-mesde imagemtornamodiagnósticoe otratamentodaslesõesdasraízes posteriores dosmeniscostarefasdesafiadorasparaoortopedista.Nosúltimosanos,uma compreen-sãomaisprecisadaanatomiaedocomprometimentobiomecânicodaarticulac¸ãodojoelho nessaslesõestêmpossibilitadograndesavanc¸osnasabordagensterapêuticas.Estudosbem documentadosdemonstramqueoreparodessaslesõesofereceumamelhoriaclínicae fun-cionalsuperioràmeniscectomia.Entretanto,osresultadosdaprogressãodasalterac¸ões degenerativasarticularesemlongoprazoaindasãoconflitantes.
©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Understanding
posterior
meniscal
roots
lesions:
from
basic
science
to
treatment
Keywords: Kneeinjuries
Knee/anatomy&histology Jointinstability
Surgicalprocedures,operative Menisci
a
b
s
t
r
a
c
t
Thevariabilityofsymptomsandthefactthattheyarenoteasilyrecognizedinimaging studiesmakethediagnosisandtreatmentofposteriormeniscalrootslesionsachallenging tasktotheorthopedist.Inrecentyears,amorepreciseunderstandingoftheanatomyand biomechanicalimpairofthekneejointinthesecaseshasenabledgreatadvancesin thera-peuticapproaches.Well-documentedstudieshaveshownthattherepairoftheselesions presentssuperiorfunctionalandclinicalimprovementwhencomparedwithmeniscectomy.
夽TrabalhodesenvolvidoemparceriadoInstitutoBrasildeTecnologiasdaSaúde,RiodeJaneiro,RJ,Brasil,comoSteadman-Philippon
ResearchInstitute,Vail,EstadosUnidos.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mails:dr.serracruz@gmail.com,raphaemeduerj@yahoo.com.br(R.SerraCruz).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.07.001
0102-3616/©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccess sobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
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However,theprogressionofdegenerativejointchangesinthelong-termstillexhibits con-flictingresults.
©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Introduc¸ão
Previamente subdiagnosticadas e muitas vezes não reconhecidas, as lesões das raízes meniscais são atual-mentemelhorcompreendidasejáforambiomecanicamente comprovadas como fonte de sobrecarga na articulac¸ão do joelho.1–6 Estão possivelmente relacionadas ao
desenvolvi-mentoprecocedeosteoartrose.1,7–9Aprimeiradescric¸ãode
umalesãoderaizmeniscalpresentenaliteraturaéatribuída aPagnanietal.,10 que,em1991,descreveramumprocesso
de extrusãodo meniscomedialemum jogadorde futebol americano.Historicamente,essetipodelesãoeratratadopor meiodemeniscectomiaparcialoutotal,que,apesarde apre-sentarbonsresultadossubjetivosemcurtoprazo,revelaram ummaiorriscodedegenerac¸ãoarticularalongoprazo.11
Osmeniscosdesempenhampapéisimportantesnojoelho easuaintegridadeéessencialparao bomfuncionamento da articulac¸ão.1,12,13 Além de atuar como um
compartilha-dordecargas ereduzirapressãodecontatodaarticulac¸ão ao aumentar a superfície de contato entre o fêmur e a tíbia,12 outras func¸ões atribuídas aos meniscos são as de
propriocepc¸ão,14 estabilizac¸ão,15 lubrificac¸ão16enutric¸ãoda
cartilagemarticular.17Asraízesmeniscaissãoessenciaispara
queos meniscosmantenhamsuacapacidade de converter as cargas axiais em tensão circunferencial.1,5 Estudos
bio-mecânicos demonstram que lesões dessas estruturas são comparáveisaumameniscectomiacompleta.1
Comoaslesõesdasraízesposterioresdosmeniscossãoas maisfrequentesemaisrelatadasnaliteratura,18,19oobjetivo
desteartigoéforneceraocirurgiãoumarevisãoabrangente sobreessarelevantepatologia,afimdefacilitarsua compre-ensão,seudiagnósticoetratamento.
Anatomia
e
composic¸ão
Oconhecimentodaanatomiadasraízesmeniscaisé impor-tante não só para permitir um reparo preciso em casos de lesão, como também para prevenir danos iatrogênicos duranteprocedimentospróximosàsualocalizac¸ão,taiscomo a reconstruc¸ão do ligamento cruzado anterior (LCA) ou a inserc¸ãodehastetibialintramedular.Asraízesmeniscaissão definidascomoainserc¸ãodoscornosmeniscaisaoplatôtibial eestendem-seaumadistânciade 0,9mmapartirdolocal defixac¸ão.20Respeitando-sealgumasparticularidades,as
raí-zesdosmeniscossãobasicamenteformadasporumnúcleo de fibras densas rodeadas por fibras suplementares.1,21,22
Histologicamente, as raízes meniscais têm uma estrutura semelhanteaumaentesetípica,sendocompostaspor qua-trozonas:fibras meniscais, fibrocartilagem nãocalcificada, fibrocartilagemcalcificadaeosso.23
Além da anatomia qualitativa, é importante que o cirurgião, ao realizar procedimentos artroscópicos, esteja familiarizadocomasdescric¸õesquantitativasrelativasa mar-coscirúrgicosrelevantes.
Raizposteriordomeniscomedial(RPMM)
ARPMMtemfibrassuplementaresprimeiramentedescritas porAndersonetal.24comoasfibrasbrancasbrilhantes(FBB).
Essasfibrasaumentamaáreadefixac¸ãodomeniscomedialà porc¸ãoposteriordoplatô.Emumestudoquantitativo, Johann-senetal.22demonstraramqueaárearelativaàinserc¸ãodas
fibrasmaisdensasdaRPMMera,emmédia,de30,4mm2,oque
correspondeaumtúnelde6mmdediâmetroparareproduzir suaáreadefixac¸ãonativa.QuandoasFBBsforamincluídas namedic¸ão,aáreadeinserc¸ãoaumentoupara77,7mm2.No
mesmoestudo,osautoresdeterminaramasdistânciasdo cen-trodaRPMMaosprincipaismarcosartroscópicos.ARPMMfoi localizada9,6mmposteriore0,7mmlateralaoápiceda emi-nênciatibialmedial(marcomaisreprodutível);3,5mmlateral aopontodeinflexãodacartilagemarticulardoplatômedial; e8,2mmanterioràfixac¸ãotibialmaissuperiordoligamento cruzadoposterior(LCP)(fig.1).
Raizposteriordomeniscolateral(RPML)
Aáreadefixac¸ãodasprincipaisfibrasdaRPMLéde39,2mm2,
o que corresponde a umtúnel de 7mmde diâmetro para reproduzirsuazonadefixac¸ãonativa.22Essaáreanãoinclui
asfibrassuplementares,queseestendemaobordolateralda eminênciatibialmedial.Algunsautoresrelataramumaárea de115mm2paraaRPML.25Essadiscrepânciaemmedic¸ões
podeestarrelacionadaàconsiderac¸ãodasfibras suplemen-tarescomo partedaraiz.Johannsenetal.22 demonstraram
queocentrodaRPMLestálocalizado4,2mmmediale1,5mm posterioràeminênciatibiallateral;4,3mmmedialàmargem da cartilagem articulardo platôlateral;12,7mm anteriorà margemmaissuperiordainserc¸ãotibialdoLCP;10,1mm pos-terioraocantoposteromedialdainserc¸ãodaraizanteriordo meniscolateral;e10,8mmposterioràbandaposteromedialdo LCA.22
Uma considerac¸ão importante em relac¸ão à anatomia da RPML é a presenc¸a dos ligamentos menisco-femorais (LMFs),queligamaRPMLaocôndilofemoralmedial.26Esses
ligamentos podem desempenhar um papel importante na estabilizac¸ãodomeniscolateraleimpediroureduzira quan-tidadedeextrusãoemcasosdelesãodessaraiz.26
Biomecânica
Cercade50%a70%dacargatransmitidaatravésdojoelhoé suportadapelosmeniscosmedialelateral,respectivamente.12
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A
B
LCA Ápice da ETM Ápice da ETL Menisco medial Ponto de inflexão medial RPMM LCA RPML Menisco lateral Margem da cartilagem lateral FBB LCP 9,6mm RPMM FBB LCP Menisco lateral Posterior Menisco medial RPML 4,2mm 8,2 mm 1,5mm 0,7mm 10,1mmFigura1–Vistassuperior(A)eposterior(B)dasraízesmeniscaisposteriores,evidenciamsuasinserc¸õeserelac¸ões
anatômicas.
ETL,eminênciatibiallateral;ETM,eminênciatibialmedial;FBB,fibrasbrancasbrilhanteslocalizadasnocornoposterior
domeniscomedial;LCA,inserc¸ãodoligamentocruzadoanterior;LCP,inserc¸ãodoligamentocruzadoposterior;RPML,
inserc¸ãodaraizposteriordomeniscolateral;RPMM,inserc¸ãodaraizposteriordomeniscomedial;.Reproduzidocom
apermissãodeJohannsenetal.22
Osmeniscossãocapazesdeconverteracargaaxialem ten-são circunferencial (hoop stress) e ajudam a conferir uma distribuic¸ãouniforme dopeso pela articulac¸ão, aumentam a superfície de contato ediminuem o pico de pressão no compartimento.1 Issoépossívelporqueasraízesmeniscais
atuamcomoâncorasparaoscornosmeniscais, lhes permi-tindoresistiràtendênciadeextrusãogeradaapartirdaforc¸a axial.1,5
Danosaessecomplexopodemcomprometersuafunc¸ão.1–6
Biomecanicamente,comprovou-sequealesãodaRPMMreduz asuperfície de contatoeeleva o picode pressão do com-partimento ipsilateral do joelho, devido à perda de tensão circunferencialcausadapelarupturadessasfibras.Oefeito biomecânicoprovocadoporessalesãoésemelhanteaoque ocorre em um joelho submetido a meniscectomia total.1
Portanto,aintegridadedasraízesmeniscaisédesuma impor-tância para preservar a cinemática do joelho e prevenir alterac¸õesdegenerativasdaarticulac¸ão.1,7–9
Osmeniscostambémdesempenhamumpapelna estabili-dadedojoelho,especialmentenocontextodeumaruptura ligamentar,quando eles aumentamsua importânciacomo restritoressecundários.27Allaireetal.1demonstraramquea
lesão da RPMMresultouno aumento da rotac¸ãoexterna e translac¸ãolateraldatíbia.AlesãodaRPMLtemmenor reper-cussãonaestabilidadearticular supostamentepelofatode omeniscolateralter odobroda mobilidadeemrelac¸ãoao medial.2,5,25
Os cornos posteriores de ambos os meniscos são mais suscetíveisalesõesquandocomparadoscom osanteriores. Issopodeserexplicado devidoaofatodesuportaremmais carga e serem menos móveis do que os seus homólogos anteriores.4,28 Asmesmasrazõespodemexplicarporquea
RPMM émais susceptível a lesão quandocomparada com aRPML.2,5,25,28
As lesões das raízes meniscais correlacionam-se com extrusãomeniscal,definidacomoodeslocamentodomenisco comrelac¸ãoàmargemdoplatôtibial.29Heinetal.13
demons-traramquealesãodaRPMMresultaemdeslocamentomedial do menisco e formac¸ão de uma lacuna (gap) no local da inserc¸ãosignificativamentemaiorquandoascargas compres-sivassãoaplicadasaojoelho.Issoprejudicaatransmissãode forc¸adetensãocircunferencial,levaàinsuficiênciafuncional naabsorc¸ãodechoquee,consequentemente,aumdesgaste articularacelerado.13,25,29
Emumestudobiomecânico,Ellmanetal.21 definiramas
propriedades estruturaisdasraízesmeniscais, comparando raízesintactas com raízesdissecadas desuas fibras suple-mentares. Eles concluíram que,exceto para araiz anterior domeniscolateral (RAML), asfibras suplementaresda raiz anteriordomeniscomedial(RAMM),daRPMMedaRPMLsão responsáveisporumaumentosignificativonamédiada ten-sãomáximaresistidaporsuasraízesesugeriuqueastécnicas atuaisdefixac¸ãonãosãocapazesdereproduzir biomecanica-menteasfibrassuplementaresdasraízesmeniscaisnativas. Emseuestudo,atensãomáximaresistidapelasraízes menis-caisposteriores foi de513,8Npara aRPMMe509Nparaa RPML.25
A maioria dos estudos que analisam as consequências biomecânicas das lesões de raízes meniscais sobre a área eapressãodecontatotibiofemoralconcentra-senasraízes posteriores.1,2,4–6,8,13,30–34 Allaireetal.1 demonstraramquea
pressão de contato seeleva com a diminuic¸ão da área de contatonocompartimentomedialapóslesãodaRPMM.Eles relataram um aumento no picoda pressão de contato de 25,4%,comparávelaumameniscectomiatotal.Recentemente, LaPradeetal.34analisaramosefeitosdeumalesãodeRPMM
naáreaepressãomédiadecontatoa0◦,30◦,60◦e90◦deflexão dojoelho.Elesencontraramumadiminuic¸ãomédianaáreade
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Tabela1–Classificac¸ãodaslesõesderaizmeniscal
Classificac¸ão Característica Frequência(%)
Tipo1 Lesãoestávelparcialdentrode9mmdocentrodafixac¸ãodaraiz 7
Tipo2 Lesãoradialcompletadentrode9mmdocentrodafixac¸ãodaraiz 67,6
2A 0-3mmdocentrodafixac¸ãodaraiz 38
2B 3-6mmdocentrodafixac¸ãodaraiz 16,9
2C 6-9mmdocentrodafixac¸ãodaraiz 12,7
Tipo3 Alc¸adebaldecomdeslocamentocompletodentrode9mmdafixac¸ãodaraiz 5,6
Tipo4 Padrãocomplexooblíquodentrode9mmdafixac¸ãodaraiz 9,9
Tipo5 Fraturaavulsãodaraizmeniscaldoplatôtibial 9,9
contatode57%,considerandoosângulosdeflexãotestados,a maiorquedafoiobservadafoia90◦(64%)eamenorem exten-sãototal(45%).Emrelac¸ãoàspressõesdecontatomédia,os mesmosautoresrelataramumaumentomédiode106%como maioraumentoa90◦(126%)eomenoraumentoemextensão total(79%).34
Noladolateral,Schillhammeretal.6avaliaramasáreasde
contatoeospicosdepressãodecontatonocompartimento tibiofemoralduranteciclosdamarchasimuladosapóssecc¸ão docornoposteriordomeniscolateral.Elesdescobriramque essalesãogeraumaumentosignificativonopicodepressãodo compartimentolateral,de2,8MPapara4,2MPa(50%),euma diminuic¸ãosignificativa(32,6%)daárea máximadecontato (de451mm2noestadointactopara304mm2apósasecc¸ãodo
cornoposteriordomeniscolateral).6LaPradeetal.5relataram
seusresultadosdeacordocomcincoângulosdeflexão testa-dos(0◦,30◦,45◦,60◦e90◦)edescobriramqueumaavulsãoda RPMLdiminuiuaáreadecontatoem34%,emmédia,coma maiordiminuic¸ãorelatadaa90◦(40%)eamenordiminuic¸ão relatadaemextensãototal(23%).Aavulsãodaraizfoi associ-adaaumaumentomédiodapressãodecontatode56%,com omaioraumentoa90◦(83%)eomenoraumentoemextensão total(29%).5
A RPML tem umaparticularidade biomecânica: as con-sequênciasdalesãodessaraizpodemvariardeacordocomo estadodosLMFs,umavezqueessesdesempenhamumpapel importantenatransmissãodecargadocompartimento tibio-femorallateralenaprevenc¸ãodeextrusãomeniscal.32Forkel
etal.,33emumestudoemmodelosuíno,concluíramqueum
aumentosignificativonapressãodecontatotibiofemoral late-ralsomenteéesperadoemlesõescombinadasdaRPMLedos LMFs.Brodyetal.,26emumestudodeimagempor
ressonân-ciamagnética(RM),descreveramumaprevalênciade14%de extrusãodomeniscolateralemcasosdelesãodaRPMLcom LMFsintactosede60%noscasosdelesõescombinadas.
Classificac¸ão
LaPradeetal. desenvolveramumsistemadeclassificac¸ão20
quepodeserusadoparaambasaslesõesdasraízes posteri-ores(tabela1)equefacilitaadocumentac¸ãoderesultadose desfechosdospacientes.Essesistematambémpodeserusado paraestabelecerumprognósticoeacondutaterapêuticamais adequada.A figura2demonstrao sistemade classificac¸ão paraaslesõesdasraízesmeniscaisposteriores.Éinteressante notarque,nesseestudo,osautoresrelataramumavariantena qualosLMFspermaneceramintactosapesardalesãodaraiz, possivelmenteadicionaramumcertograudeestabilidadee
preveniramaextrusãoexcessivadomeniscolateral.Todosos casosemqueessa variantefoiobservadaforamreportados naslesõestipo2(completas).20
Epidemiologia
e
fatores
de
risco
O conhecimento das características epidemiológicas, tais como acronologia das lesões ou aspatologias associadas, podeajudarnodiagnóstico deumalesãode raizmeniscal. Todasasquatroraízesmeniscaisestãosujeitasalesões,mas asposterioressãoasmaisafetadas.4,18,28
LesõesdaRPMMsãoasmaisfrequentes,comprevalência de10-21%dentretodasascirurgiasmeniscais.28A
porcenta-gemdetodasaslesõesdemeniscomedialqueselocalizam naraizposteriorpodechegara21,5%.19Elassãomais
obser-vadasemumcenáriocrônico,geralmenteemmulheresde meia-idade,comsintomasmaissutis,padrãodegenerativoe, muitasvezes,semumahistóriabemdefinidadetrauma.19,35
Quandoobservadasnoquadroagudo,asrupturasdaRPMM estão usualmenterelacionadasàslesões multiligamentares e aos danos na cartilagem classificados como Outerbridge 2oumais.18OutrosfatoresrelacionadosàslesõesdaRPMM
incluemíndicedemassaCorporal(IMC)elevado,eixo mecâ-nicoemvaroebaixoníveldeatividadefísica.19Maiorriscode
osteonecroseespontâneadojoelhotambémfoidescritoem associac¸ãocomlesõesdaRPMM.36
As lesões da RPML são mais observadas nos quadros agudos, em associac¸ão com lesões do ligamento cruzado anterior (LCA), especialmenteempacientes jovensdosexo masculino.32,37 Até8%daslesões deLCAtêm umaruptura
deRPMLassociada,enquantoessalesãoocorresomenteem 0,8%dospacientesquetêmLCAíntegro.38
Melloetal.,39emumestudoretrospectivo,analisarama
epi-demiologiadaslesõesmeniscaisassociadasàrupturadoLCA. Osautoresconcluíramquealesãodomeniscolateralfoimais frequentenosquatroprimeirosmesesapósarupturadoLCA eque,quantomaistardiaacirurgiadereconstruc¸ão,maior éaincidênciadelesãomeniscal,especialmentedomenisco medial.
Lesõesdas raízesanteriorestambémpodemocorrerem uma situac¸ão traumática, mas a maioria dos estudos as descrevecomoresultado deumalesãoiatrogênica,durante aperfurac¸ãodeumtúnelparareconstruc¸ãodoLCAoupara aintroduc¸ãodeumahastetibialintramedular.28,40
Mathenyetal.18descreveramumaassociac¸ãoentreotipo
delesãoeacronicidadedoproblema.Emseuestudo,todas aslesõesclassificadascomotipos3e5foramobservadasem
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Tipo 1
Tipo 2
Tipo 3
Tipo 5
Tipo 4
CF CF CF CF CF Lesãoparcial da raiz Lesão completa da raiz Lesão oblíqua da raiz Lesão em alça de balde Fratura-avulsão
Figura2–Simulac¸ãoartroscópicaeilustrac¸ãodosdiferentestiposdelesãoderaizmeniscalclassificadoscombasena
morfologia:lesãoderaizparcialestável(tipo1);lesãoradialcompletadentrode9mmemrelac¸ãoàfixac¸ãoposteriorno
platô(tipo2);lesãoemalc¸adebaldecomdesprendimentocompletodaraiz(tipo3);lesãolongitudinalouoblíquacomplexa
comtotaldesprendimentodaraiz(tipo4);efraturaósseaporavulsãodaraizmeniscal(tipo5).
CF,Côndilofemoral.
Fotografiaoriginalereproduc¸ãoparcialdeimagem,comapermissãodeLaPradeetal.20
umquadroagudo,enquantoostipos1,2e4foram observa-doscomfrequênciassemelhantesnasapresentac¸õesagudas ecrônicas.18
Característicascomportamentais relacionadas aculturas orientais,comoajoelhareagachar,tambémpodemteruma associac¸ãocomlesõesdaraizposterior,41masesseaspecto
nãoestábemdefinidonaliteratura.28
Diagnóstico
Comoasintomatologiadaslesõesderaízesmeniscaisémuito variável,fazeressediagnósticopodeserumdesafioerequer umelevadoíndicedesuspeic¸ão,bemcomooconhecimento dosfatoresderiscoassociadoselesõescomumente relacio-nadas.
Avaliac¸ão
clínica
Lesões da RPMM não são necessariamente relacionadas aumeventotraumático.Cercade70%dospacientesreferem umeventorotineiro(comoagachar-se),enquantooutrosnão referem qualquer evento específico.25,42 Os sintomas mais
comunsderupturadasraízesposterioresdosmeniscossão dorposteriornojoelhoedornainterlinhaarticular,quesão inespecíficos.32 Sintomas mecânicos, como bloqueio, são
menoscomuns.Derramearticularestápresenteemapenas 14,3%eotestedeMcMurrayépositivoemapenas57,1%dos
pacientes.43Seiletal.44 descreveramumtesteparadetectar
lesão da RPMMbaseadonaextrusãomeniscal. Essa mano-braconsiste emaplicarumestresse emvarocomo joelho emextensão completaenquanto palpa-se alinha articular anteromedial.Éconsideradopositivo quandoaextrusãodo meniscopodeser palpadaedesaparecequandoo joelhoé levadodevoltaaoalinhamentonormal.
Imagem
A ressonância magnética é o exame não invasivo mais indicado.4,25,38 Porém,algunsautorespostulamqueaúnica
maneiradeconfirmarumalesãoderaizmeniscalposterioré porartroscopia.32Aquantidadedelesõesradiaisadjacentes
àRPMMquenãosãodiagnosticadasemexamedeRMpode chegaraumterc¸odototal.9,25AcapacidadedaRMde
detec-tarumarupturaderaizmeniscalposteriorédependenteda qualidadedaimagemedahabilidadedoradiologista.25
Geral-mente,assequênciasponderadasemT2sãoasmaisindicadas paraavaliaraslesõesderaizmeniscal.25Noentanto,um
pro-tocolocomsupressãodegordura(FS3DVISTA)recentemente divulgadotemapresentadoummelhordesempenho diagnós-ticodessaslesões.28
Normalmente,asraízesmeniscaisposteriorespodemser visualizadas emduasimagenscoronais consecutivascomo umabandadefibrocartilagemqueancoraocornoposteriordo meniscoaoplanaltotibial.25Idealmente,asimagenscoronal, sagitaleaxialdevemserexaminadas.38
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Figura3–ImagemderessonânciamagnéticaponderadaemT2deumjoelhoesquerdocomlesãodaraizposterior
domeniscomedial.Demonstra:A)cortesagitalqueevidenciaosinaldofantasma(ghostsign–setaamarela);B)corte
coronal,noqualépossívelobservaraextrusãodomeniscomedial(setaamarela),eC)corteaxialquedemonstraum
aumentodesinalnaáreadeinserc¸ãoposteriordomeniscomedialeindicaumalesãoradialdestaraiz.
Quandoumalesão deraizmeniscal posteriorocorre,os doissinaisradiológicosmaisreportadosemestudosde RM sãoaextrusãomeniscaleosinaldofantasma(ghostsign),4,25,29
quepodemserobservadosnafigura3.
Aextrusãodomenisco,definidacomoodeslocamentodo mesmoemrelac¸ãoàmargemdoplatôtibial,29temsido
alta-mentecorrelacionadacomapresenc¸adeumalesãodaraiz meniscal.Extrusõesmaioresdoque3mmtêmsidoassociadas comadegenerac¸ãodacartilagemarticularedomenisco.29,45
Osinaldofantasma(ghostsign)édefinidocomoaausência deummeniscoidentificávelnoplanosagitaloucomoumalto sinalquesubstituiobaixosinaldomenisconormal,seguida porimagensdemeniscocomumsinalnormalnassequências imediatamenteadjacentes.4,29
Indicac¸ões
de
tratamento
e
opc¸ões
Otratamento das rupturas de raízesmeniscais posteriores requerumaavaliac¸ão criteriosa de cada paciente. Os fato-resquedevem serconsideradosaoescolher umaopc¸ãode tratamentoincluem,masnãoestãolimitadosa:oestadoda cartilagemarticularedotecidomeniscal,alinhamento mecâ-nico, IMC, expectativa do paciente e vontade de aderir ao protocolodereabilitac¸ão.
O tratamento não cirúrgico pode seruma opc¸ão razoá-velparapacientesidosos,46pacientescomcondic¸õesclínicas
quecontraindiquemacirurgiaeaquelescomdanoarticular avanc¸adonocompartimentoipsilateral(Outerbridge3ou4). Essesdevemsermanejadoscomalíviosintomático,pormeio dousodeanalgésicose/oubraces.
Opc¸ões cirúrgicas incluem meniscectomia parcial e o reparo da raiz meniscal. Osteotomias podem ser indica-das isoladamente ou emadic¸ão a outro procedimento em casosselecionadospara trataro maualinhamentodoeixo mecânico.31
Antesdoconhecimentodasconsequênciasbiomecânicas edegenerativaspara aarticulac¸ão edoadvento das técni-casdepreservac¸ãomeniscal,ameniscectomiacostumavaser amplamenteexecutadacomoumaopc¸ãodetratamentopara
essas lesões.1,7 Atualmente, pacientes selecionadospodem
beneficiar-sedesseprocedimento,taiscomoosportadoresde osteoartrosequenãorespondemaotratamentonãocirúrgico epersistemcomqueixasdedoresintomasmecânicos. Paci-entescomlesãoparcial(tipo1)podemobterbonsresultados comumameniscectomiaparcial.47
Indicac¸ões para o reparo meniscal incluem pacientes com história aguda que tenham cartilagem de aspecto normal ou próximo do normal, bem como pacientes com sintomas crônicos sem osteoartrose significativa preexistente.25,35,42Contraindicac¸õesincluemlesõescondrais
difusasdegrau3e4,maualinhamentonãocorrigido,lesões de raiz com degenerac¸ão meniscal definitiva e obesidade (IMC>30).25,35,48
Astécnicasdereparodasraízesmeniscaispodemvariar emrelac¸ãoaabordagemcirúrgica,tipoefiodesutura, dispo-sitivousadoetécnicadefixac¸ão.
Algunscirurgiõespreferemabordar essaslesõesporum portal posteromedial e ocasionalmente associar um portal posterolateralparafacilitarassuturas.42,48,49Diferentesfiosde
suturasforamrelatadosnaliteratura,incluindopolidioxanona (PDS)N◦ 1(Ethicon,Somerville,NJ);EthibondN◦ 2(Ethicon, Somerville,NJ)eFiberWireN◦0eN◦2(Arthrex,Naples,FL).48
Amaioriadosestudosdescreveousodedoistipos específi-cosdedispositivos:umganchocurvoparasutura35,42,43,49 e
umapinc¸aartroscópicacarregadacomagulhaparaperfuraro tecidomeniscaleimplantarofiodesutura.50,51
Osestilosdesuturarelatadosnaliteraturaincluemsutura única;suturadupla;lac¸adassimples;lac¸adasbloqueadas; Kes-slermodificadoeMason-Allenmodificado.52,53,54
Afixac¸ãopormeiode umpull-out transtibialeousode âncoras são as técnicas mais comumenterelatadas.2,5,34,54
Opull-outtranstibialpodeserfixadoàfaceanteriordatíbia proximalpormeiodousodeposte(parafusoearruela), dispo-sitivocorticalouponteóssea(quandoseusaumatécnicade doistúneis).43,49
Atécnicapreferidausadapeloautorsênior(RFL)envolve o usode umapinc¸a artroscópica carregadacom uma agu-lhaparaperfurarotecidomeniscal.Duassuturassimplessão aplicadasàraizmeniscalepassadaspordoistúneisnatíbia
Comocitaresteartigo:SerraCruzR,etal.Compreendendoaslesõesdasraízesposterioresdosmeniscos:daciênciabásicaaotratamento.Rev Lesão radial a 3mm da raiz Tecido remanescente da raiz meniscal Túneis da sutura Dispositivo de fixação cortical
Figura4–Técnicaparafixac¸ãodelesãodaraizmeniscal
posteriorpormeiodesuturatranstibialfixadaaumbotão
nafaceanteromedialdatíbia.Énecessárioum
posicionamentoanatômicodafixac¸ãopararestaurara
tensãocircunferencialdomenisco.
ReproduzidocomapermissãodePadaleckietal.2
proximal.Afixac¸ãoàface anteriordatíbiaéfeitacom um dispositivocortical(fig.4).
Reabilitac¸ão
pós-operatória
Oprotocolodereabilitac¸ãousadopeloautorsênior(RFL)leva emconsiderac¸ãoaanatomia,biomecânica,osresultadoseo julgamentoclínico,édivididaemdiferentesfasesetemsua progressãobaseadaemcritérios.
Fase1
Baseada na protec¸ão do reparo cirúrgico e em restaurar a amplitude demovimento(ADM).O suportede carganão é permitidoduranteasprimeirasseissemanasafimdeevitar tensãonomenisco.Amovimentac¸ãopassivaéimediatamente executada,limitadaa90◦deflexãoporduassemanas,seguida pela recuperac¸ão completada ADM passiva. A articulac¸ão patelofemoral, o quadríceps e o tendão patelar também são imediatamente mobilizados para evitar aderências de tecido cicatricial. Para avanc¸ar à fase 2, uma ADM com-pleta (comparada com o membro contralateral), mínimo derramearticularetemperaturanormaldojoelhodevemser alcanc¸ados.
Fase2
Apartirdasétimasemana,atividadespré-marchasão inici-adas.Épermitidoapoiode25%dopesocorporalemaiores cargassãoliberadasdeacordocomatolerânciadopaciente.
Opacientedevesentir-seconfortávelaocaminharpelomenos 25minutosparaprogredirparaaFase3.
Fase3
Exercíciosbaseadosemmaiornúmeroderepetic¸õese peque-nosperíodosderepousosãofeitosparapromoverresistência muscular.Exercícioscomasduaspernasprogridempara exer-cíciosdepernaúnica.Agachamentossãoprogredidosaté70◦, conforme tolerância. Na semana 12, bicicleta ergométrica, natac¸ãoestilolivreecaminhadanaesteirasãopermitidos. Fase4
Fortalecimentodoquadrícepséfeitoparaalcanc¸arpelomenos 80%deforc¸aemrelac¸ãoaomembronãoafetado.Exercícios multiplanaressãoiniciadosparapermitircontrole neuromus-cular.
Fase5
Essafasevariadeacordocomademandadospacientes.Na semana22,ospacientessãoencorajadosaretornaràs ativi-dadesdecorrida,agilidadeedemudanc¸adedirec¸ão.Retorno totalaosesportessãoindividualmentebaseadosna capaci-dadedopaciente.55
Avaliac¸ão
dos
desfechos
Acomparac¸ãodedesfechosclínicosentreasdiferentes téc-nicasusadasparatratamentodaslesõesderaízesmeniscais tem resultados conflitantesdevido ao fato da maioria das publicac¸õesapresentaramostraspequenas,diferentes crité-riosdeinclusão,faltadegrupocontroleeumbaixonívelde evidência.
Meniscectomiaparcial
Amplamente usada no passado como a forma principal de tratamento dessas lesões, osresultados de meniscecto-miana literaturasãoconflitantes.Ozkoc etal.9 analisaram
70meniscectomiasparciaisemumaamostranaqual apro-ximadamente 80% dos pacientes apresentavam mais de 50 anos e eram obesos. O escore Lysholm56 melhorou de
53para67pontos.Noentanto,apesardasatisfac¸ãodos paci-entes,asradiografiasdecontroleevidenciaramprogressãoda artrose.9
Naavaliac¸ãode46casosdemeniscectomiaparcialcomum seguimentomínimodecincoanos,Hanetal.8 encontraram
sinaisradiográficosdealterac¸õesdegenerativasem16casose somente56%relatarammelhoriadador,emboraoescorena escaladeLysholmtenhamelhoradosignificativamente. Reparo
Leeetal.43analisaramosresultadosclínicoseradiográficos
emcurtoprazode21lesõesdeRPMMtratadaspelatécnicade pull-outtranstibialeencontraramumamelhoriasignificativa, tantonoescoreLysholmquantonaescalaHSS.Apenasumdos
Comocitaresteartigo:SerraCruzR,etal.Compreendendoaslesõesdasraízesposterioresdosmeniscos:daciênciabásicaaotratamento.Rev
joelhosdemonstrouprogressãodasalterac¸õesdegenerativase emtodosos10joelhosemquesefezumarevisãoartroscópica foiobservadacicatrizac¸ãocompletadalesão.43
Comrelac¸ão àstaxas decuraapósatécnica depull-out, Choetal.49encontraramquatrolesõescompletamente
cica-trizadaseoitolesões parcialmentecuradas, dos13 joelhos submetidosàrevisãoartroscópica.AescalaLysholm aumen-toude34,7para75,6eoescoreHSSmelhoroude33,5para 82,2.49
Chung et al.30 fizeram uma metanálise para avaliar os
resultadosclínicosdoreparodelesõesdaRPMMe encontra-ramumamelhoriasignificativapelaescalaLysholm,poréma extrusãomeniscalnãomelhoroueaprogressãoda osteoar-trosefoiinevitável.
Emumarecenterevisãosistemática,todososseteestudos queavaliaram172pacientestratadosporpull-outtranstibial demonstrarammelhoriafuncionalapósoprocedimento.Dos queforamsubmetidosaumarevisãoartroscópica48%tiveram asualesãocompletamentecurada,42%obtiveramcura par-ciale10%falharam.Agravamentoradiológicodepelomenos umestágionaclassificac¸ãoKellgren-Lawrencefoiverificado em16% dos76pacientes avaliadosquantoàprogressãoda osteoartrose.48
Aocompararafixac¸ãodaraizmeniscalatravésde ânco-rasvs. atécnica de pull-out, Kim etal.42 nãoencontraram
diferenc¸assignificativasnosescoresIKDC,57,58LysholmeHSS,
assimcomo nograu dedegenerac¸ãoarticularentreosdois grupos.
Comparac¸ãoentremeniscectomiaparcialetécnicas dereparac¸ão
Maiorpontuac¸ãonosescoresLyshomeIKDCemenorestaxas de progressãodas alterac¸õesdegenerativasforam observa-dasempacientescomlesõesdeRPMMtratadoscomreparo tipopull-outemcomparac¸ãoaossubmetidosa meniscecto-miaparcial.35 Resultadossemelhantesforamdemonstrados
porChungetal.:31dos20pacientesqueforamsubmetidosa
meniscectomia,setenecessitaramdeartroplastiatotaldo joe-lho,enquantodos37pacientestratadoscomfixac¸ãodaraiz, nenhumobteveessaindicac¸ão.
Considerac¸ões
finais
Osestudossugeremquepacientessubmetidosaoreparodas raízes posteriores dos meniscos, seja por âncoras ou pela técnicadepull-outtranstibial,têmbenefíciosclínicose fun-cionais emcomparac¸ão aos pacientes meniscectomizados. No entanto, mais estudoscom elevado nível de evidência sãonecessáriosparaestabelecerarelac¸ãoentreousodessas técnicaseataxadeprogressãoparaosteoartroseemlongo prazo.
Conflitos
de
interesse
Dr.RobertF.LaPradeéconsultortécnicodaArthrex,Össure Smith&Nephew.Osoutrosautoresdeclaramnãohaver con-flitosdeinteresse.
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f
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