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DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS INSPEÇÕES REALIZADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM ALIMENTOS DE ROSÁRIO DO SUL, RS

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Academic year: 2020

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(1)DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS INSPEÇÕES REALIZADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM ALIMENTOS DE ROSÁRIO DO SUL, RS. Renata Machado Castro 1 Vinicius Yuri da Fontoura Teixeira 2 Adelaide Townsend Nunes 3 Tatiana Margot Muller da Rosa 4 Cassia Regina Nespolo 5 Rutilene Jacondino Roll 6. Resumo: A Vigilância Sanitária (VISA) atua de modo a prevenir e gerenciar o risco sanitário, inclusive na área dos alimentos. Mais do que nunca, é necessário manter a fiscalização sobre os estabelecimentos que comercializam alimentos industrializados e in natura, bem como aqueles que servem refeições comerciais ou industriais. A adequação, a conservação e a higiene das instalações e dos equipamentos, os técnicos responsáveis pelos estabelecimentos, a origem e a qualidade das matérias primas e o grau de conhecimento e preparo dos manipuladores são imprescindíveis para garantir a segurança dos alimentos. A VISA no setor de alimentos segue como base as regulamentações de Boas Práticas e Boas Práticas de Fabricação aplicadas a serviços de alimentação e agroindústrias. O presente trabalho teve como objetivo verificar a atuação da Vigilância Sanitária em Alimentos no município de Rosário do Sul, RS, com base nos registros de inspeções realizadas durante 16 meses, como forma de conhecer a dinâmica de trabalho deste setor e a existência de eventuais limitações para sua atuação. Foi realizado um levantamento das fichas de inspeção disponibilizadas pelo setor de VISA - Alimentos do município de Rosário do Sul, na região Fronteira Oeste, RS. As fichas analisadas são referentes às inspeções efetuadas entre janeiro de 2017 e abril de 2018. Os dados foram coletados por integrantes do projeto de extensão "Gestão da qualidade e da segurança dos alimentos aplicados a serviços de alimentação e agroindústrias da região Fronteira Oeste, RS". A partir das informações obtidas nas fichas arquivadas foi possível sistematizar a distribuição mensal das inspeções realizadas pela VISA no período acima citado. O levantamento das fichas de inspeção permitiu constatar que havia 283 fichas de inspeções realizadas em estabelecimentos alimentícios no período avaliado, um volume grande de trabalho para a equipe que atua exclusivamente com este setor na Vigilância Sanitária. A maior concentração na distribuição mensal das inspeções ocorreu nos meses de março e abril de 2017, enquanto nos meses de janeiro e fevereiro de 2018 não houve inspeções. Foi observado que há dificuldades em manter a regularidade das ações da Vigilância Sanitária em Alimentos no município de Rosário do Sul, mas que o setor é bastante produtivo ao longo do ano. Pelo avaliado, as perspectivas de continuidade do projeto são promissoras, pois a divulgação das ações da vigilância sanitária propicia a formação de uma consciência coletiva, na qual o exercício da cidadania é fundamental.. Palavras-chave: Vigilância Sanitária; Alimentos; Rosário do Sul..

(2) Modalidade de Participação: Iniciação Científica. DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS INSPEÇÕES REALIZADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM ALIMENTOS DE ROSÁRIO DO SUL, RS 1 Aluno de graduação. reodacham@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. viniciusfontouratexeira@yahoo.com.br. Co-autor 3 Médica Veterinária. cnespolo@yahoo.com.br. Co-autor 4 Farmacêutica Bioquímica. cassianespolo_prof@yahoo.com.br. Co-autor 5 Docente. cassianespolo@unipampa.edu.br. Orientador 6 Técnica de Laboratório. rutiroll@gmail.com. Co-orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE.

(3) DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS INSPEÇÕES REALIZADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM ALIMENTOS DE ROSÁRIO DO SUL, RS 1 INTRODUÇÃO A Vigilância Sanitária (VISA) atua de modo a prevenir e gerenciar o risco sanitário, inclusive na área dos alimentos (MELO et al, 2013). Mais do que nunca é necessário manter a fiscalização sobre os estabelecimentos que comercializam alimentos industrializados e in natura, bem como aqueles que servem refeições comerciais ou industriais. Supermercados, açougues, mercearias, peixarias, avícolas, frutarias e feiras livres, entre outros, devem obedecer às normas e padrões previstos em leis e decretos no âmbito dos três níveis da administração pública. O mesmo se aplica para refeitórios de indústrias, creches e escolas, restaurantes, bares, lanchonetes, fast-food, padarias e sorveterias, etc. A adequação, a conservação e a higiene das instalações e dos equipamentos, os técnicos responsáveis pelos estabelecimentos, a origem e a qualidade das matérias primas e o grau de conhecimento e preparo dos manipuladores são imprescindíveis para garantir a segurança dos alimentos (MADEIRA & FERRÃO, 2002). A Vigilância Sanitária no setor de alimentos segue como base as regulamentações de Boas Práticas e Boas Práticas de Fabricação aplicadas a serviços de alimentação e agroindústrias (BRASIL, 2002; BRASIL, 2004; RIO GRANDE DO SUL, 2009). A segurança dos alimentos se refere à prática de medidas que permitam o controle da entrada de qualquer agente que promova risco à saúde ou à integridade física do consumidor (DA SILVA & RAU, 2017). A identificação de fatores de risco, compreendidos como as circunstâncias do ambiente ou características das pessoas que conferem maior ou menor probabilidade de acometimento de danos à saúde, é fundamental no reconhecimento da VISA como um conjunto de ações de Saúde Pública, voltadas para a promoção e proteção da saúde, mediante o controle sanitário dos processos, produtos e serviços de interesse da saúde, do meio ambiente e dos ambientes de trabalho (ENAP, 2017). Entre os fatores que reduzem a efetividade das ações de controle sanitário são citados, com frequência: atribuições pouco definidas das instâncias de governo; abordagem fragmentada do campo de atuação; pouca articulação intra e interinstitucional; insuficiência de recursos humanos; baixa qualificação técnica dos profissionais; sistema de informações insuficiente, além de despreparo para utilização dos dados existentes; interferência políticopartidária; falta de apoio político, assim como desmobilização e desinformação da sociedade (PIOVESAN et al, 2005). O presente trabalho teve como objetivo verificar a atuação da Vigilância Sanitária em Alimentos no município de Rosário do Sul, RS, com base nos registros de inspeções realizadas durante 16 meses, como forma de conhecer a dinâmica de trabalho deste setor e a existência de eventuais limitações para sua atuação. 2 METODOLOGIA Foi realizado um levantamento das fichas de inspeção disponibilizadas pelo setor de VISA ± Alimentos do município de Rosário do Sul, na região Fronteira Oeste, RS. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município pode ser classificado como de médio porte, de acordo com a população estimada de cerca de 40.000 habitantes, em 2018 (IBGE, 2018). As fichas analisadas são referentes às inspeções efetuadas entre janeiro de 2017 e abril de 2018. O levantamento abrange fichas referentes a primeira inspeção para emissão de alvará sanitário, renovação de alvará, inspeção de rotina, averiguação de denúncia e situações de irregularidades em estabelecimentos do setor de alimentos. Os estabelecimentos inspecionados foram trailers, lanchonetes, sorveterias, mercearias, armazéns, bares, Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) fornecedores de alimentos, padarias, fábricas de alimentos prontos, açougues, restaurantes, dentre outros. Os dados foram coletados no período de abril a julho de 2018, por integrantes do projeto GH H[WHQVmR ³*HVWmR GD TXDOLGDGH e da segurança dos alimentos aplicados a serviços de DOLPHQWDomR H DJURLQG~VWULDV GD UHJLmR )URQWHLUD 2HVWH 56´ $ SDUWLU GDV LQIRUPDo}HV REWLGDV nas fichas arquivadas foi possível sistematizar a distribuição mensal das inspeções realizadas pela VISA no período acima citado. Os dados constantes nas fichas de inspeção foram transcritos para o programa Microsoft Excel 2013 e organizados por tipo de inspeção e categoria do estabelecimento. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO O levantamento das fichas de inspeção permitiu constatar que havia 283 fichas de inspeções realizadas em estabelecimentos alimentícios, no período avaliado, um volume grande de trabalho para a equipe que atua exclusivamente com este setor na Vigilância Sanitária. A maior concentração na distribuição mensal das inspeções ocorreu nos meses de março e abril de 2017, enquanto nos meses de janeiro e fevereiro de 2018 não houve inspeções (Figura 1). A maior parte das inspeções realizadas foi classificada como inspeção de rotina ou de renovação de alvará, o que indica que a principal demanda do setor de Vigilância Sanitária em Alimentos de Rosário do Sul é manter a regularização dos alvarás sanitários. A distribuição irregular das atividades de inspeção também foi observada em um estudo com um município do Recôncavo Baiano, no qual foi concentrada nos três primeiros meses do ano e teve uma queda vertiginosa a seguir, chegando inclusive a ser nula nos últimos meses do ano. Os autores salientaram vários aspectos como causas disso, tais como estrutura de transporte deficitária, realização de ações de vigilância sanitária e epidemiológica paralelamente, além da dificuldade diante das demandas emergentes dos setores de saúde que levaram a não priorização das atividades de vigilância (TIBÚRCIO & VIDAL JÚNIOR, 2013). Outro estudo avaliou a estrutura e funcionamento de 53 vigilâncias sanitárias de municípios de Goiás e foram observadas deficiências na estrutura legal, física, administrativa e operacional e de gestão de pessoas, o que acarreta a não execução pelos municípios de ações básicas e representa risco sanitário à população (MELO et al., 2013). A falta de autonomia, conflitos de interesse entre gestão e estabelecimentos, aumento da demanda, discordância entre a equipe, falta de articulação com outros setores para ações educativas e Código Sanitário ultrapassado foram dificuldades levantadas para atuação da Vigilância Sanitária, em um estudo realizado em três municípios mineiros de médio e pequeno porte (LIMONGI et al., 2017). Esse panorama de dificuldades parece ser compartilhado por municípios em diferentes regiões do Brasil, inclusive pelo avaliado no presente trabalho. Figura 1- Distribuição mensal das inspeções realizadas pelo setor de vigilância sanitária do município avaliado.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) Fonte: Autores, 2018.. O Setor de VISA de Alimentos tem como objetivos coordenar, supervisionar e normatizar as ações da vigilância sanitária de alimentos, a fim de eliminar ou minimizar os riscos à saúde associados à produção e à manipulação destes produtos (RIO GRANDE DO SUL, 2018). Para tanto, é necessária uma estrutura mínima de recursos humanos e recursos materiais, como veículo para locomoção até os locais de inspeção e confecção de material didático para orientação aos manipuladores e aos locais de industrialização de alimentos. O aprofundamento sobre quais são os principais pontos que precisam receber aporte para que a Vigilância Sanitária, especialmente no setor de Alimentos, melhore sua atuação precisam ser estudados, visto que não há dados sobre o panorama situacional da região Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos, têm sido utilizadas ferramentas como as boas práticas de fabricação e manipulação dos alimentos, mas a implementação destes programas deve contar com o auxílio de programas de educação em saúde envolvendo todos os elos da cadeia de produção de alimentos, visando a capacitação e conscientização dos mesmos para a promoção da higiene, da saúde e da segurança alimentar. O levantamento inicial realizado indicou que há dificuldades em manter a regularidade das ações da Vigilância Sanitária em Alimentos no município de Rosário do Sul, mas demonstrou que o setor é bastante produtivo ao longo do ano. Pelo avaliado, as perspectivas de continuidade do projeto são promissoras, pois a divulgação das ações da vigilância sanitária propicia a formação de uma consciência coletiva, na qual o exercício da cidadania é fundamental. A área de alimentos, particularmente, representa uma verdadeira estratégia de segurança alimentar e nutricional, afinal uma alimentação de má qualidade afeta diretamente a saúde da população. REFERÊNCIAS Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(6) BRASIL. Resolução n. 275, de 21 de outubro de 2002. Dispões sobre o Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 06 novembro 2002. BRASIL. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 setembro 2004. DA SILVA, J. T. T. T.; RAU, C. Importância do controle sanitário de alimentos no Brasil. Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Disponível em: <http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SAUDE%20E%20BIOLOGICAS/IMPO RT%C3%82NCIA%20DO%20CONTROLE%20SANIT%C3%81RIO%20DE%20ALIMEN TOS%20NO%20BRASIL.pdf>. Acesso em: 12 set. 2018. ENAP. Escola Nacional de Administração Pública. Introdução à Vigilância Sanitária: A vigilância sanitária no SUS e o sistema nacional de vigilância sanitária. Brasília: ENAP, 2017. 46p. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil em Síntese: Rosário do Sul. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rosario-do-sul/panorama>. Acesso em: 12 set. 2018. LIMONGI, J. E. et al. Estrutura e processos da Vigilância em Saúde em municípios mineiros: uma análise qualiquantitativa. Cadernos Saúde Coletiva, v. 25, n. 1, p. 31-44, 2017. MADEIRA, M.; FERRÃO, M.E.M. Alimentos conforme a lei. 1. Ed. Rio de Janeiro, Manole, 2002. MELO, M. A. de S. et al. Estrutura e funcionamento da Vigilância Sanitária de municípios goianos. Revista de Administração da UEG, Goiás, v. 4, n. 3, p. 1-22, nov. 2013. PIOVESAN, M.F. et al.Vigilância Sanitária: uma proposta de análise dos contextos locais. Rev Bras Epidemiol. 2005; 8(1): 83-95. RIO GRANDE DO SUL. Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Alimentos. Disponível em: <https://cevs.rs.gov.br/alimentos>. Acesso em: 12 set. 2018. RIO GRANDE DO SUL. Portaria nº 78, de 28 de janeiro de 2009. Aprova a Lista de Verificação em Boas práticas para Serviços de Alimentação, aprova Normas para Cursos de capacitação em Boas Práticas para Serviços de Alimentação e dá outras providências. Diário Oficial do RS, Porto Alegre, RS, 30 jan 2009. TIBÚRCIO, C. L. C.: VIDAL JÚNIOR, P. O. Avaliação das ações de vigilância sanitária em um município do Recôncavo da Bahia. Vigilância Sanitária em Debate, v.1, n.3, p.19-26, 2013.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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