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INFLUÊNCIA DE ROUPAS COMPRESSIVAS NA CINÉTICA E CINEMÁTICA DE SALTOS E ATERRISSAGENS

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Academic year: 2020

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(1)INFLUÊNCIA DE ROUPAS COMPRESSIVAS NA CINÉTICA E CINEMÁTICA DE SALTOS E ATERRISSAGENS. Andressa Lemes Lemos 1 Christielen Segala dos Santos 2 Morgana Alves de Britto 3 Felipe Pivetta Carpes 4. Resumo: Lesões em ligamentos articulares ocorrem com certa frequência em esportes como o futebol e o voleibol, acontecendo bastante durante a execução de saltos e aterrissagens.Uma lesão bastante comum, tanto em atletas profissionais como em atletas recreacionais, é a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento esse que tem a função de dar estabilidade anterior e rotacional para a articulação do joelho.A utilização de roupas compressivas pode reduzir a oscilação muscular na aterrissagem de um salto e também podem aumentar a altura atingida no salto vertical, demonstrando um efeito no desempenho de atividades esportivas. Entre os possíveis efeitos das roupas compressivas estão: diminuição na dor muscular relatada, redução na amplitude de movimento de flexão de quadril durante um protocolo de saltos, recuperação mais rápida da função muscular e manutenção da produção de força durante tarefas repetidas de saltos. Neste estudo determinamos a influência de uma roupa compressiva sobre variáveis cinéticas e cinemáticas relacionadas com fatores de risco de lesão de LCA em mulheres fisicamente ativas.. Palavras-chave: Salto; Lesão; Joelho; LCA. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. INFLUÊNCIA DE ROUPAS COMPRESSIVAS NA CINÉTICA E CINEMÁTICA DE SALTOS E ATERRISSAGENS 1 Aluno de graduação. andressallemos@gmail.com. Autor principal 2 Outro. chris.segala.94@gmail.com. Co-autor 3 Outro. britto.mo@gmail.com. Co-autor 4 Docente. felipecarpes@gmail.com. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(2) INFLUÊNCIA DE ROUPAS COMPRESSIVAS NA CINÉTICA E CINEMÁTICA DE SALTOS E ATERRISSAGENS 1. INTRODUÇÃO Lesões em ligamentos articulares ocorrem com certa frequência em esportes como o futebol e o voleibol, acontecendo bastante durante a execução de saltos e aterrissagens (KIRIALANIS.,2003). Algumas variáveis associadas com essas lesões são o impacto durante a aterrissagem e a posição do corpo durante a aterrissagem (BRITTO et al.,2017). Uma lesão bastante comum, tanto em atletas profissionais como em atletas recreacionais, é a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA). Esse ligamento tem a função de dar estabilidade anterior e rotacional para a articulação do joelho (BODEN et al., 2000). O mecanismo mais comum de lesão de LCA é o de não contato (GRAY et al., 1985). Mulheres têm um maior risco de sofrerem essa lesão do que homens devido a diferenças na técnica de aterrissagem, como a predominância da aterrissagem com joelho em valgo (PAPPAS et al.,2017) e a maior ação dos músculos extensores do joelho em comparação com os músculos flexores (CHAPPELL et al.,2007). Assimetrias também representam riscos para a lesão de LCA (HEWETT et al.,2010). A lesão de LCA se torna um grande problema para os atletas devido ao alto custo e longo tempo de reabilitação, além de favorecer o aparecimento de osteoartrite precoce (LOHMANDER et al,.2007). A utilização de roupas compressivas pode reduzir a oscilação muscular na aterrissagem de um salto e também podem aumentar a altura atingida no salto vertical, demonstrando um efeito no desempenho de atividades esportivas. Entre os possíveis efeitos das roupas compressivas estão: diminuição na dor muscular relatada (DOAN,. 2003) redução na amplitude de movimento de flexão de quadril durante um protocolo de saltos (BERNHARDT,.2005), recuperação mais rápida da função muscular (HILL et al.,2013) e manutenção da produção de força durante tarefas repetidas de saltos (KRAEMER et al.,1996). Contudo, ainda não há evidências sobre os efeitos das roupas compressivas em tarefas de salto e aterrissagens. Neste estudo determinamos a influência de uma roupa compressiva sobre variáveis cinéticas e cinemáticas relacionadas com fatores de risco de lesão de LCA em mulheres fisicamente ativas..

(3) 2. METODOLOGIA Participaram desse estudo 27 mulheres fisicamente ativas. Para serem incluídas no estudo, as participantes deveriam: estar dentro da faixa etária definida (16 a 35 anos); ser do sexo feminino e praticar atividade física no mínimo 2 vezes por semana durante, no mínimo, 45 min cada sessão, sem treinamento específico em tarefas de salto e aterrissagem e sem histórico de lesão em membros inferiores nos últimos 6 meses. No dia da avaliação as participantes eram preparadas para a avaliação cinética e cinemática durante a execução de diferentes tarefas de salto e aterrissagem, em duas condições, com uma bermuda compressiva e com uma bermuda esportiva sem compressão. Para a avaliação cinética foram utilizadas duas plataformas de força (OR62000 AMTI Inc., Watertown, EUA) instaladas no nível do solo, com uma frequência de amostragem de 1200 Hz. Para a execução dos saltos sobre as plataformas de força as participantes deveriam aterrissar sempre com um pé em cada plataforma. Para a avaliação cinemática foi utilizado um sistema de cinemetria (Vicon Motion System, Oxford, Inglaterra), com 15 câmeras operando com taxa de amostragem de 100 Hz. Cada participante realizou 3 séries de 5 tipos de saltos com a bermuda compressiva e com a bermuda sem compressão. Os saltos realizados foram salto vertical, envolvendo um semi-agachamento, saltar o mais alto que fosse possível e aterrissar com um pé em casa plataforma; salto para baixo a partir de uma caixa de 20 cm de altura com contra-movimento; salto para baixo a partir de uma caixa 40 cm com contra-movimento; salto para frente; e salto para frente com contra movimento. A ordem de uso da bermuda compressiva ou sem compressão foi alternada entre as participantes, sendo que a ordem das tarefas de salto foi randomizada para cada participante. As variáveis de interesse foram extraídas através do programa Nexus 1.8.5 (Vicon Motion System, Oxford, Inglaterra). Para verificar a distribuição de todos os dados, foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk. Para as variáveis com distribuição paramétrica foram utilizados testes t pareados para verificar a diferença entre as condições de vestimenta. Para as variáveis que não apresentaram distribuição paramétrica, foi utilizado o teste de Wilcoxon. O nível de significância considerado foi de 0,05..

(4) 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO Para as variáveis cinéticas não foram encontradas diferenças significativas entre os efeitos do uso da bermuda compressiva e da bermuda sem compressão. Para as variáveis cinemáticas de altura máxima do salto e distância horizontal entre os joelhos não foram encontradas diferenças significativas entre as condições de vestimenta. Porém, para as variáveis cinemáticas relacionadas ao ângulo de flexão do joelho e valgo do joelho foram encontradas diferenças significativas revelando menores magnitudes na condição de compressão. Tabela 1: Resultados estatísticos da comparação entre as condições de vestimenta, bermuda compressiva e bermuda sem compressão, para as pernas direita e esquerda, nos saltos para frente e vertical. Comparação com teste t pareado ou teste de Wilcoxon (-).. Tabela 2: Resultados estatísticos da comparação entre as condições de vestimenta, bermuda compressiva e bermuda sem compressão, para as pernas direita e esquerda, nos saltos para frente com contramovimento, de queda de 20 cm com contramovimento e de queda de 40 cm com contramovimento. Comparação com teste t pareado ou teste de Wilcoxon (-)..

(5) Para as variáveis relacionadas à amplitude de movimento apresentadas no estudo, quando houve diferença significativa, o efeito da bermuda compressiva foi sempre de diminuição da amplitude de movimento em comparação com a bermuda sem compressão. Isto vai ao encontro do efeito de diminuição da amplitude de movimento do quadril previamente encontrado na literatura (DOAN,. 2003). Um. Comentado [FC1]: Mencionar a referencia. diferencial de nossos resultados é que foi encontrada diminuição na amplitude de movimento para a articulação do joelho, e não apenas no plano sagital (como demonstra a flexão de joelho), mas também no plano frontal (como demonstra o ângulo valgo do joelho), o que serve de forma preventiva contra a lesão de LCA, já que o risco de tensão do LCA é menor quando o desvio em valgo do joelho é reduzido. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso de uma bermuda compressiva por mulheres fisicamente ativas realizando diferentes tarefas de salto e aterrissagem levou à diminuição da amplitude de movimento relacionada a ângulos de flexão do joelho no plano sagital, e a ângulos valgos do joelho no plano frontal, contribuindo para a diminuição do valgo do joelho, um fator de risco conhecido para a lesão de LCA. 5. REFERÊNCIAS 1. BERNHARDT, T.; ANDERSON, G. S. Influence of moderate prophylatic compression on sport performance. J Strength Cond Res, v. 19, n. 2, p. 292-7, 2005.. Comentado [FC2]: Checar normas.

(6) 2. BODEN, B. P. et al. Mechanisms of anterior cruciate ligament injury. Orthopedics, v. 23, n. 6, p. 573-8, Jun 2000 3. CHAPPELL, J. D. et al. Kinematics and electromyography of landing preparation in vertical stop-jump: risks for noncontact anterior cruciate ligament injury. Am J Sports Med, v. 35, n. 2, p. 235-41, Feb 2007 4. DE BRITTO, M.A. et al. Effects of Compressive Garment on Kinemactis of Jump ± Landing Tasks. Journal of Strength & Conditioning. V. 31, 2017. 5. DOAN, B. K. et al. Evaluation of a lower-body compression garment. J Sports Sci, v. 21, n. 8, p. 601-10, Aug. 2003. 6. GRAY, J. et al. A survey of injuries to the anterior cruciate ligament of the knee in female basketball players. Int J Sports Med, v. 6, n. 6, p. 314-316, Dec. 1985 7. HEWETT, T. E. et al. Understanding and preventing ACL injuries Current biomechanical and epidemiologic considerations - Update 2010. N Am J Sports Phys Ther, v. 5, n. 4, p. 234-251, 2010 8. HILL, J. et al. Compression garments and recovery from exercise-induced muscle damage: a meta-analysis. Br J Sports Med, Jun 20 2013. 9. KIRIALANIS, P. et al. Occurrence of acute lower limb injuries in artistic gymnasts in relation to event and exercise phase. Br J Sports Med, v. 37, n. 2, p. 137-9, Apr. 2003. 10. KRAEMER, W. J. et al. Influence of compression garments on vertical jump performance in NCAA division I volleyball players. J Strength Cond Res, v. 10, n. 3, p. 180-183, 1996. 11. LOHMANDER, L. S. et al. The long-term consequence of anterior cruciate ligament and meniscus injuries: osteoarthritis. Am J Sports Med, v. 35, n. 10, p. 1756-69, Oct. 2007. 12. PAPPAS, E. et al. Biomechanical differences between unilateral and bilateral landing from a jump Gender differences. Clin J Sport Med, v. 17, n. 4, 2007..

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Tabela 1: Resultados estatísticos da comparação entre as condições de vestimenta,  bermuda  compressiva  e  bermuda  sem  compressão,  para  as  pernas  direita  e  esquerda,  nos  saltos  para  frente  e  vertical

Referencias

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