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A PRESENÇA FEMININA NO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA: UM ESTUDO DE CASO

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Academic year: 2020

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(1)A PRESENÇA FEMININA NO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA: UM ESTUDO DE CASO. Vitória Nunes Magalhães 1 Vitoria Magalhaes 2 Andressa Soares Rodrigues 3 João Vitor Silva Fernandes 4 Claudete da Silva Lima Martins 5. Resumo: Tendo como foco a representatividade feminina na área das ciências naturais, este trabalho resulta de estudo de caso realizado em uma Universidade Federal Pública do Rio Grande do Sul no período de Agosto a Setembro de 2017, que tinha o objetivo de analisar os números de mulheres formadas em contraposição ao de homens, visando descobrir se na universidade pesquisada ocorre o mesmo que no cenário acadêmico geral, onde há uma predominância masculina na área de ciências exatas. Com base nos trabalhos de Barbosa e Bezerra 2016, alguns dados do Censo de Ensino Superior 2013 e registros acadêmicos do número de alunos formados entre os anos de 2010 e 2016 da Universidade pesquisada, foi conduzida uma análise a partir dos dados levantados e com isso feita uma discussão sobre os resultados junto ao referencial teórico. Refletimos que na Universidade pesquisada, o número de egressos femininos são sutilmente superiores aos masculinos.. Palavras-chave: REPRESENTATIVIDADE, FEMININA, LICENCIATURA, FÍSICA, EXATAS. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. A PRESENÇA FEMININA NO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA: UM ESTUDO DE CASO 1 Aluno de graduação. vitorianunesmag02@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. vitorianunesmag02@gmail.com. Apresentador 3 Aluno de graduação. rodrigues.andressasoares@gmail.com. Co-autor 4 Aluno de graduação. jvrkj001@gmail.com. Co-autor 5 Docente. claudetemartins@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE.

(2) A PRESENÇA FEMININA NO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA: UM ESTUDO DE CASO 1. INTRODUÇÃO A mulher, símbolo associado às tarefas domésticas é alvo de repressão contínua dentro da nossa sociedade, busca espaço no ambiente de trabalho e acadêmico por séculos. A conquista feminina de um papel na área científica, no Brasil ocorreu apenas no final do século XIX, e com maior ênfase em 1917 com Edwiges Maria Becker (BEZERRA e BARBOSA, 2016). Ao longo dos anos a inserção feminina neste cenário vem crescendo, contudo, num ritmo um pouco encabulado. Dentro da área de educação superior, mesmo que no mais recente Censo da Educação Superior, realizado em 2013, possa se notar uma majoritária presença feminina tanto nos ingressos, quantos nos egressos; não se encontra muitas mulheres que obtenham graduação na área de ciências naturais. Tal tema é alvo de diversas pesquisas (SILVA, RIBEIRO, 2014), (TEIXEIRA, COSTA, 2008), (SCHIEBINGER, 2008), (BORGES, IDE, DURÃES, 2010), que problematizam a presença feminina durante a educação e seus impactos, pois acabam gerando uma falta de modelos que provoquem um maior interesse de mulheres pela formação na área, perpetuando o atual cenário de pouca representatividade. Das várias pesquisas existentes sobre o tema, selecionamos algumas que melhor vem ao encontro com a realidade em que estamos inseridas para servir como embasamento teórico. O que levou a questionar a presença feminina na área foi perceber, dentro do escopo de discentes na área de Licenciatura em Física, uma falta de representatividade feminina no departamento de uma universidade, pois dos 21 docentes listados no site desta, apenas 7 são mulheres. Tal fato, gerou motivação para conduzir uma pesquisa que investigue a presença feminina dentro de uma Universidade Federal Pública do Rio Grande do Sul, usando o quantitativo de egressos como parâmetro investigativo. A presente pesquisa tem primeiramente como objetivo analisar os números de mulheres formadas em contraposição ao de homens, visando descobrir se na universidade pesquisada ocorre o mesmo que no cenário acadêmico geral, onde há uma predominância masculina na área de ciências exatas. E em uma segunda etapa a ser futuramente desenvolvida, buscar os motivos que criam esses índices. Portanto, a pesquisa justifica-se por uma necessidade de evidenciar ainda mais o problema objeto, e assim tem sua importância para a comunidade acadêmica evidente. A seguir, será descrita a metodologia utilizada ao longo do presente trabalho. 2. METODOLOGIA A pesquisa de cunho exploratório (GIL, 2009) e quantitativa foi desenvolvida em uma Universidade Federal Pública do Rio Grande do Sul no período compreendido entre os meses de Agosto e Setembro do ano de 2017. Esta foi realizada através de um levantamento de registros acadêmicos do número de egressos no curso de Licenciatura de Física dos últimos onze anos, cedidos pelo.

(3) órgão responsável pela Universidade, o qual solicitamente nos proveu acesso a eles. Além da análise dos dados providos pela Universidade, buscou-se referenciais teóricos para fundamentar a pesquisa. O principal referencial que foi utilizado é o VHPLQiULR ³0XOKHUHV QD )tVLFD 3RU TXH WmR SRXFDV" 3RU TXH WmR OHQWDPHQWH" %$5%26$ H ³0XOKHUHV QD )tVLFD QR %UDVLO´ %(=(55$ H %$5%26$ Além de utilizar esse referencial, foi realizada uma recolha de dados do Censos da Educação Superior (BRASIL, 2013) que enfatiza o perfil dos indivíduos que acessam a Universidade Federal Pública. Todavia nos dados do Censo não havia a área de formação dos discente, somente o gênero. Para compreensão e desenvolvimento do presente resumo foi feito uma análise do número de egressos femininos e de egressos masculinos no curso de Licenciatura em Física na Universidade Federal Pública pesquisada, e com isso aberta uma discussão sobre o papel feminino na área de exatas. Visando observar se nesta universidade há uma defasagem perante os dados das universidades brasileiras. O presente resumo foi desenvolvido com base na aula de Organização Escolar e Trabalho Docente, que tinha como tema principal o ³7UDEDOKR 'RFHQWH´ $ pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo que a segunda está em desenvolvimento e os resultados serão apresentados em eventos posteriores. No próximo tópico serão apresentados os resultados e discussões referentes à investigação e análise de conteúdo (BARDIN, 2009). 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO A mulher no campo das ciências naturais do ensino superior ainda é desvalorizada e pouco aparente (BARBOSA e BEZERRA, 2016). Um dos pontos declarados é visto no cotidiano de discentes e posto em pauta no debate sobre representatividade feminina nas áreas exatas, mais especificamente no campo de Licenciatura em Física. A discussão referida anteriormente instigou os pesquisadores do presente resumo a investigar o número de egressos mulheres em uma Universidade Federal Pública. A análise dos dados pesquisados foi organizada em gráficos, sendo esses referidos como 1 e 2, e explicitam o número de egressos no curso de Licenciatura em Física desde a fundação da universidade pesquisada, e uma amostra gráfica dos percentuais entre homens e mulheres nesta área de formação. O gráfico 1 abaixo mostra de forma ampla os egressos no curso:.

(4) Gráfico 1- Quantitativo de formandos de 2011 a 2016 Os dados obtidos do registro junto ao órgão administrativo da Universidade Pública, mostram a quantidade de formados entre os anos de 2010 a 2016, comparando homens e mulheres na área em Licenciatura em Física . Como podemos observar no ano de 2010/2, 2012/1 e 2016/1/2 a lista de egressos foi de 100% de formandos homens. Visto que, nos anos citados anteriormente foi de 100% de egressos masculino, o número de formandos em Licenciatura em Física obteve um crescimento sutil nos anos de 2011/2, 2014/2 e 2015/1 em relação a presença feminina, nesses anos citados obteve-se 100% de formandos mulheres. Já nos anos de 2011/2 e 2013/1, o número de egressos ocorreu de forma parelha, ou seja, do total de formados no ano de 2013, 66,66% foram mulheres, enquanto 33,34% foram homens, pode-se concluir que houve uma queda no número de egressos masculinos, comparado ao ano anterior e um crescimento nos egressos femininos comparado ao mesmo ano. Nos anos de 2013/2 e 2015/2 os egressos totais foram de mesma quantidade, ou seja, proporcionais, 50% feminino e 50% masculino. O próximo gráfico mostra as porcentagens de gênero de acordo com os dados coletados no momento da pesquisa.. Gráfico 2 - Egressos Universidade Pública do RS.

(5) O gráfico 2 demonstra o total de egressos do curso de Licenciatura em Física dividido por gênero. Como pode ser observado acima, a porcentagem de egressos mulheres é ligeiramente superior à quantidade de egressos homens, diferentemente do esperado quando os dados foram solicitados à Universidade, pois são contrários do que é indicado pelas referências do presente trabalho. A universidade alvo de pesquisa segue na contramão do que é o panorama atual dos quantitativos encontrados na educação superior, o que é um fato muito positivo. O próximo tópico tratará das conclusões feitas a partir da discussão dos resultados aqui expostos. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base no objetivo de investigar o número de egressas em contraposição ao de egressos em uma Universidade Federal Pública do RS, na área de ciências naturais, conclui-se que os resultados encontrados são satisfatórios, ainda que discrepantes do esperado. Esta primeira etapa da pesquisa de cunho exploratório mostra que na Universidade investigada o número de egressos mulheres é sutilmente superior que homens, porém demonstra equilíbrio entre os gêneros, equilíbrio este que é o ideal a ser alcançado. Esse resultado, que claramente entra em choque com estudos feitos pelo autores citados neste resumo e o senso comum, expõe que nesta Universidade a questão de gênero nas exatas não é um problema quando analisada sob a perspectiva de números. Há mulheres e homens se formando igualmente. Para a segunda etapa vindoura, pretende-se analisar se há discriminação vivida por discentes prováveis formandas ao longo do curso. Essa análise será feita realizando entrevistas com as mesmas, além de utilizar como base o estudo da pesquisa deste resumo. Até o encerramento deste resumo, o que foi possível concluir desta investigação, é que a universidade investigada apresenta números de egressos que demonstram igualdade de gênero, a despeito do que o seu quadro de professores mostra. Será este um indicador de que estamos caminhando para um futuro com maior igualdade? 5. REFERÊNCIAS BARBOSA, M. C. Mulheres na Física: Por que tão poucas? Por que tão lentamente? Seminário Produção Acadêmica na Universidade: Dinâmica e Desafios, Apub, UFBa, abril, 2015. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009. BEZERRA, G.; BARBOSA, M. C. Mulheres na Física no Brasil. SBF, Sociedade Brasileira de Física - 50 anos. Páginas 130-133. Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/arquivos/SBF-50-anos.pdf> Acesso em: 21/09/2017. BORGES, K. F. C.; IDE, M. H. S.; DURÃES, S. J. A. Mulheres na educação superior no Brasil: estudo de caso do Curso de Sistema de Informação da Universidade Estadual de Montes Claros (2003/2008). VII Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero. Curitiba, 2010. CUNHA, M. B.; PERES, O. M. R.; GIORDAN, M.; BERTOLDO, R. R.; MARQUES, G. Q.; DUNCKE, A. C. As mulheres na ciência: o interesse das estudantes brasileiras pela carreira científica. Educ. Quím. vol.25 n.4. México, 2014. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2008..

(6) KOVALESKI, N. V. J.; TORTATO, C. S. B.; CARVALHO, M. G. As relações de gênero na História das Ciências: a participação feminina no Progresso Científico e Tecnológico. Revista Emancipação, vol. 13 nº3. Ponta Grossa, 2013. LETA, J. As mulheres na ciência brasileira: crescimento, contrastes e um perfil de sucesso. Estud. av. vol.17 no.49 Sept./Dec. São Paulo, 2003. MIZHARI, S. S. Mulheres na Física: Lise Meitner. Rev. Bras. Ensino Fís. vol.27 no.4. São Paulo, 2005. RISTOFF, D. A trajetória da mulher na educação brasileira. Folha de São Paulo. São Paulo, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/202264937351/5710-sp-1216879868> Acesso em: 21/09/2017. SCHIEBIGER, L. Mais mulheres na ciência: questões de conhecimento. Hist. cienc. saúde. vol.15 suppl.0. Rio de Janeiro, 2008. SANTOS, M. B. A participação das mulheres no ensino superior. Revista Três Pontos, vol. 11 nº1. Minas Gerais, 2014. 6,/9$ ) ) 5,%(,52 3 5 & 7UDMHWyULDV GH PXOKHUHV QD FLrQFLD ³VHU FLHQWLVWD´ H ³VHU PXOKHU´ &LrQF HGXF YRO QR %DXUX TEIXEIRA, R. R. P.; COSTA, P. Z. Impressões de estudantes universitários sobre a presença das mulheres na ciência. Ens. Pesqui. Educ. Ciênc. vol.10 no.2. Belo Horizonte, 2008..

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Gráfico 1- Quantitativo de formandos de 2011 a 2016

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