ANÁLISE DE RUÍDO E SIMULAÇO DE ENLACE
EM COMUNICAÇÕES ATRAVÉS DA TERRA
Sávio Oliveira de Almeida Neves
Brasília, julho de 2017
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
NEVES,SÁVIOOLIVEIRADE ALMEIDA
Análisede Ruídoe Simulação de Enlaeem Comuniações Atravésda Terra.
[Distrito Federal℄ 2017.
xv,58p., 297 mm(ENE/FT/UnB, Mestre, Engenharia Elétria,2017).
Dissertação de Mestrado - Universidadede Brasília.
Fauldade deTenologia.
Departamento deEngenharia Elétria.
1. ComuniaçõesAtravés daTerra 2. RuídoAtmosfério
3. RuídoAntrópio 4. Filtragemde Harmnios
I. ENE/FT/UnB II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NEVES., S. O. A. (2017). Análise de Ruído e Simulação de Enlae em Comuniações Através
da Terra. Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétria, Publiação PPGEE.DM-669/2017,
Departamento de Engenharia Elétria,Universidade deBrasília, Brasília, DF,58p.
CESSO DE DIREITOS
NOMEDOAUTOR: Sávio Oliveirade Almeida Neves.
TÍTULO DA DISSERTAÇO DE MESTRADO: Análise de Ruído e Simulação de Enlae em
ComuniaçõesAtravés daTerra.
GRAU /ANO: Mestre / 2017
É onedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir ópias desta dissertação de
mestradoeparaemprestar ouvendertaisópiassomenteparapropósitosaadêmios eientíos.
Oautorreservaoutrosdireitosdepubliaçãoenenhumapartedestadissertaçãodemestradopode
serreproduzida sema autorização por esrito doautor.
Sávio Oliveirade Almeida Neves
SHCGN714 Bloo FCasa 5,AsaNorte
Ao meu tio Claudio (in memorian), ao meu av Mario (in memorian) e à minha avó
Theodorina (in memorian), pois estarão felizes om a minha onquista onde se
enon-trarem.
Gostaria de agradeer primeiramente a Deus, por ter me dado forças paravener esta etapa,
prinipalmenteneste últimoanoe meio,emquenalizei omestradoenquantotrabalhava.
Gostariade agradeeràminha famíliaportodo apoioesuporte, auxiliando-me nastarefas
oti-dianas epela maneiraque vivemos, sempre alegre e simples. Agradeço àminha mãee ao meu
pai, Marisa e Swami, por todo arinho e por sempre me mostrarem que na vida é neessário
perseveraramde evoluir, nãosomente nolado prossional eaadêmio,mas prinipalmente,
no lado humano. Agradeço ao meu irmão, Swami Filho, por ser meu grande pareiro, pronto
paraumapalavraamiga ouparauma brona amiga. Agradeço àminha vó, Pura, eaos meus
padrinhos,Rosanae Glauber,portodaenergia positiva transmitidaatravés dasorações.
AgradeçoaomeuorientadorDr. AndréNoll,pormedeixarlivrenapesquisaientía,
possibili-tandoassim,aaprendizagemdediversosassuntos,epeloauxílionashorasneessárias. Também
agradeço aos professores Dr. JudsonBraga eDr. LeonardoAguayo,porsuas ideiasesugestões
duranteaduração domestrado.
AgradeçoaosamigosqueiniiaramoprojetodeomuniaçõesTTE omigo,LuasSilvaeJosua
Peña,porestarempresentesemtodososmomentos: naesritadeartigospelasmadrugadas,nos
estudosantes das provasouna horade somente jogarum PlayStation paradistrair e rir.
Agradeço aosamigosda Ativação deClientes daTelebras,Elizabeth Chiletto, RiardoVilanova,
MarlueMaedoeDaniloCastro,porsempreseremompreensíveisnasvezesemquemeausentei
parairareuniõesouresolverproblemas burorátiosdomestrado. Agradeço tambémao gerente
HenriquePrimoporser igualmente ompreensível e, prinipalmente, humano.
AgradeçoaosamigosdaTelebras,Thalesão,Rihard,MadMax,Danilove,Japa,Mozão,
Polaqui-nha,Diguinho,Israel,entretantosoutros,pelos almoçosdesontraídos,idasaoManéGarrinha
ehurrasosom Molejão,pois "bom éserfeliz omMolejão".
Agradeço ao meu grande amigo, João Eduardo, por estar sempre presente nas horas que mais
preiseie nosmomentos maisdifíeis.
Agradeço àminha namorada Mária Manuela (Manu) por todo arinho, ompreensão e apoio.
Obrigadopormeaompanhar nestajornadaquehamodevida. Pequena,obrigadoporestarao
meulado.
Agradeço a FINATEC, Instituto Tenológio Vale e CAPES pelo apoio naneiro, primordial
paraoperíodo iniial domestrado.
enfrentei,nãofosseporelas,eunão
teriasaídodolugar. Asfailidades
nosimpedemdeaminhar. Masas
rítiasnosauxiliammuito.
•
NEVES, S. O. A.; BARRETO, A. N.; BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; Análise de Ruído Antrópio emComuniações Através doSolo, emSimpósio Brasileirode Teleomuniações(SBrT), 2017,São Pedro (aeitoem12 de junhode 2017)
•
CARRENO, J. P.; SILVA, L. S. E.; NEVES, S. O. A.; AGUAYO, L.; BRAGA, A. J.; BARRETO, A. N.; GARCIA, L. G. U.; Through-The-Earth (TTE) Communiations forUnderground Mines, Journal of Communiation and Information Systems (Online), v. 31,
p. 164-176,2016
•
SILVA, L. S. E.; CARRENO, J. P.; NEVES, S. O. A.; BARRETO, A. N.; BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; Sistema de omuniação através-da-terra usando odiação de respostaparial, emSimpósio Brasileirode Teleomuniações (SBrT),2016,Santarém
•
NEVES, S.O.A.; BARRETO,A.N.;BRAGA,A.J.;AGUAYO, L.;Capaidade de Canal Restrita aEntradas BináriasparaRuídoAtmosfério,emSimpósioBrasileirodeTeleomu-niações(SBrT), 2016,Santarém
•
SILVA, L. S. E.; CARRENO, J. P.; NEVES, S. O. A.; BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; BARRETO, A. N.; Desaos para a transmissão de dados em um sistema deomunia-ção through-the-earth (TTE), em Simpósio Brasileiro de Teleomuniações (SBrT), 2016,
Santarém
•
NEVES, S. O. A.; SILVA, L. S. E.; FARIAS, M. C. Q.; BARRETO, A. N.; Image Res-toration forThrough-The-Earth Communiations, emIEEEWireless Communiations andNetworkingConferene (WCNC), 2016, Doha, Qatar
•
SILVA, L. S. E.; NEVES, S. O. A.; CARRENO, J. P.; AGUAYO, L.; BARRETO, A. N.; BRAGA,A. J.; GARCIA, L.G. U.; Comuniações em Minas Subterrâneas, em SimpósioBrasileirode Teleomuniações (SBrT),2015, Juizde Fora
•
BRAGA, A. J.; AGUAYO, L.; SILVA, L. S. E.; CARRENO, J. P.; NEVES, S. O. A.; BARRETO,A.N.;GARCIA,L.G.U.;ModelagemdeCanalparaSistemasdeComuniaçõesAtravés da Terra (TTE), em Simpósio Brasileiro de Teleomuniações (SBrT), 2015, Juiz
Estetrabalho apresenta a modelagemeanálisedoruído existenteemomuniaçõesatravésda
terra,do inglêsThrough-The-Earth (TTE), onsiderandomodelos analítiosemediçõesrealizadas
emminassubterrâneas.
A partir desta análise, veriamos que o ruído existente em omuniações através da terra
é omposto pelo ruído atmosfério e pelo ruído antrópio. O ruído atmosfério difere do ruído
Gaussiano tradiional, visto que ele é dado pela soma de uma omponente Gaussiana, gerada
a partir de desargas elétrias distantes ao reeptor, e de uma omponente impulsiva, gerada a
partir de desargas elétrias próximas ao reeptor. Já o ruído antrópio é proveniente de linhas
de transmissão de potênia ou de equipamentos existentes na mineração, sendo omposto por
harmnios,quepossuemsuaamplitude,fase efrequênia instantâneavariando pelo tempo.
Apósoestudo earaterização do ruídoexistenteemomuniaçõesatravésdaterra,
propuse-mosumltro digital adaptativo noth IIR,do inglês InniteImpulse Response, paraontornar a
variabilidadedafrequênia deoperaçãodosistemaelétrioedeseus harmnios,amde
possibi-litaramitigação destes harmniosde umaforma maiseaz, possibilitandoassim umamelhoria
nodesempenho de sistemasde omuniação através daterra.
Como ontribuições originais neste trabalho, alulamos a apaidade restrita do anal
onsi-derandoentradas binárias equiprováveis e a presença do ruído atmosfério, veriando o impato
da omponente impulsiva. Além disso, analisamos a variabilidade da frequênia instantânea do
ruídoantrópioeomooambiente demineraçãopodeafetaromuniaçõesatravésdaterra. Epor
m,simulamos oenlae de omuniaçõesTTE, onsiderando ummodelo de analjá estabeleido
na literatura e a presença dos ruídos atmosfério e antrópio. Nesta simulação, implementamos
métodos estabeleidos na literatura para mitigação de harmnios e omparamos os resultados
omoltro digitaladaptativo proposto,alançando umamaior robustezàvariação dafrequênia
instantânea aoutilizar oltro adaptativo proposto.
ABSTRACT
This work presents the modeling and analysis of existingnoise inThrough-The-Earth (TTE)
ommuniations, onsidering analytial modelsand measurementsof underground mines.
From this analysis, we veried that theexisting noise inThrough-The-Earth ommuniations
isomposedofatmospherinoiseand man-madenoise. Atmospherinoisediersfromtraditional
Gaussian noise, sine it is given by the sum of a Gaussian omponent, generated from eletri
equipment inthe miningenvironment,beingomposedofharmonis,whih have theiramplitude,
phaseandinstantaneous frequeny varyingbytime.
After the study and haraterization of existing noise in Through-The-Earth
ommuniati-ons,we proposed anadaptive digital IIRnoth lter toirumvent thepowerline and harmonis
frequenyvariabilitybelongingtoman-madenoiseinordertoallowthemitigationofthese
harmo-nisinan eetive way, thus enabling an improvement intheperformane ofThrough-The-Earth
ommuniation systems.
Asoriginalontributionsinthiswork,wealulatetheonstrainedhannelapaityonsidering
equiprobable binary inputs and the presene of atmospheri noise, verifying the impat of the
impulsiveomponent. Inaddition,weanalyzetheinstantaneousfrequenyvariabilityofman-made
noise and how the mining environment an aet Through-The-Earth ommuniations. Finally,
wesimulatetheTTE ommuniationslink,onsidering ahannelmodelalreadyestablishedinthe
literatureandthepreseneofatmospheriandman-madenoise. Inthissimulation,weimplemented
methods establishedintheliteratureusedforharmoni mitigationand omparedtheresults with
the proposed adaptive digital lter, ahieving greater robustness to the instantaneous frequeny
1 Introdução... 1 1.1 Contextualização... 1 1.2 Definição do problema ... 3 1.3 Contribuições do trabalho ... 3 1.4 Apresentação do manusrito... 4 2 Revisão Bibliográfia... 5
2.1 Condições para a Comuniação em Minas Subterrâneas ... 5
2.2 Revisão quanto ao uso, ténias e equipamentos... 6
2.2.1 TTW: através do abo... 6
2.2.2 TTA: Através do ar... 7
2.2.3 TTE: Através da terra... 8
2.3 Propagação em Comuniação TTE... 9
2.3.1 Zonas de Campo... 10
2.3.2 Modelos de Campo Magnétio... 10
2.3.3 Modelagem do Canal e Frequênia Ótima de Operação... 11
3 Ruído Atmosfério... 14
3.1 Introdução ... 14
3.2 Ruído Atmosfério... 14
3.3 Parâmetros... 16
3.3.1 Soma dos Resíduos ao Quadrado... 16
3.3.2 R-quadrado... 16
3.3.3 Raiz do Erro Quadrátio Médio ... 16
3.3.4 Divergênia de Kullbak-Leibler... 17
3.4 Metodologia para Estimar a Capaidade Restrita do Canal ... 17
3.5 Avaliando a Aproximação da Função Densidade de Probabilidade... 19
3.6 Estimação da Capaidade Restrita do Canal... 23
4 Análise dos Ruídos Atmosfério e Antrópio em Sistemas de Comu-niação Através da Terra ... 25
4.1 Introdução ... 25
4.4 Análise de Ruído em Comuniações TTE ... 27
5 Ténias para Compensação do Ruído Antrópio... 35
5.1 Introdução ... 35
5.2 Algoritmos para Estimação de Harmnios... 36
5.2.1 Estimação da Frequênia Instantânea ... 36
5.2.2 Estimação de Amplitude e Fase de Harmnios Utilizando Algo-ritmo LMS ... 37
5.3 Explanação sobre Controle Linear dos Coefiientes... 39
5.4 Simulação de Enlae de umSistema de Comuniação TTE... 46
6 Conlusões... 53
1.1 Produção mineral brasileira embilhõesdedólares. Fonte: [1℄... 1
1.2 Representaçãoesquemátiadomeio parasistemasdeomuniação atravésdaterra, operandoem downlink. Asdimensões típias dasantenas sãoda ordem de dezenas de metros. ... 2
2.1 Telefone demagneto. Fonte: [2℄... 6
2.2 Leaky Feeder. Fonte: [3 ℄... 7
2.3 Geometria para álulo de ampo entre duas antenas loop irulares. O ângulo
α
formado pelos vetores ortogonais aos planos determinados pelas duas antenas é resultante da omposição de rotaçõesnoseixosx
ˆ
′
ey
ˆ
′
... 123.1 Canal de omuniação om ruídoatmosfério... 17
3.2 Funções densidade deprobabilidade para
a
= 1
,γ
2
= 10
−
5
e RSR=
−
10
dB... 193.3 Capaidade restrita pela RSR,onsiderando ruído Gaussianoe dois asos de ruído atmosfério. ... 23
3.4 Impulsividade pelaapaidade restrita, onsiderando doisasos de RSR... 24
4.1 Função densidade deprobabilidade dafrequênia instantânea... 26
4.2 Função deautoorrelação da frequênia instantânea. ... 27
4.3 Antenaloop passiva detrês eixos. Fonte: [4℄... 27
4.4 Série temporal e densidade espetral de potênia do ruído de omuniações TTE parasituação 1,onsiderando oeixo X daantena... 28
4.5 Série temporal e densidade espetral de potênia do ruído de omuniações TTE ampliados parasituação 1,onsiderandoo eixo X daantena. ... 29
4.6 HistogramadomódulodoruídodeomuniaçõesTTEparasituação1,onsiderando o eixo Xda antena. ... 29
4.7 Funçõesdedistribuição umulativaexperimentale teóriaparasituação1, onside-randoo eixo X daantena... 31
4.8 Espetrograma do ruídoparasituação 1,onsiderando oeixo X daantena... 32
4.9 Espetrograma do ruído para situação 1 om ampliação nas baixas frequênias, onsiderando o eixo Xda antena. ... 32
4.10 Espetrograma do ruídoparasituação 2,onsiderando oeixo X daantena... 33
4.11 Espetrograma do ruído para situação 2 om ampliação nas baixas frequênias, onsiderando o eixo Xda antena. ... 33
4.13 Espetrograma do ruído para situação 3 om ampliação nas baixas frequênias,
onsiderando o eixo Xda antena. ... 34
5.1 Diagrama de bloos representativo de ltros de ordem superior onsiderando uma
série deseçõesbiquadrátias... 39
5.2 Médiadosoeientesdonumeradordoltro dequartaordemonsiderando
peque-nosdesvios de frequênia... 41
5.3 Média dosoeientes do denominadordo ltro de quarta ordem onsiderando
pe-quenos desvios de frequênia... 41
5.4 Diagrama de bloosrepresentativo doltro digital adaptativo... 42
5.5 Sinal apósltrodigital eltro digitaladaptativo,frequênia dosinaliguala
1746
Hz. 43 5.6 Densidadeespetraldepotêniaapósltrodigitaleltrodigitaladaptativo,frequên-ia dosinaligual a
1746
Hz... 43 5.7 Sinal apósltrodigital eltro digitaladaptativo,frequênia dosinaliguala1752
Hz. 44 5.8 Densidadeespetraldepotêniaapósltrodigitaleltrodigitaladaptativo,frequên-ia dosinaligual a
1752
Hz... 44 5.9 Sinal após ltro digital e ltro digital adaptativo, variando frequênia do sinal de1746 para1754 Hz... 45
5.10 Densidade espetralde potênia apósltro digital e ltro digital adaptativo,
vari-ando frequênia dosinalde 1746 para 1754 Hz... 45
5.11 Espetrograma apósltro digitale ltro digital adaptativo, variando frequênia do
sinalde 1746 para1754 Hz... 46
5.12 Diagrama de bloosda simulaçãode enlae de umsistemadeomuniação TTE... 46
5.13 Função detransferênia normalizada do analTTE... 47
5.14 Taxa de erro de bit onsiderando os harmnios om umdesvio da frequênia
no-minale umataxa de 5kbps,om
γ
2
= 10
... 50
5.15 Taxade erro de bit onsiderando os harmnios em suafrequênia nominal e uma
taxa de 6,75kbps,om
γ
2
= 10
... 50
5.16 Taxa de erro de bit onsiderando os harmnios om umdesvio da frequênia
no-minale umataxa de 6,75kbps,om
γ
2
= 10
... 51
5.17 Taxade erro de bit onsiderando os harmnios em suafrequênia nominal e uma
taxa de 6,75kbps,om
γ
2
= 10
−
5
... 51
5.18 Taxa de erro de bit onsiderando os harmnios om umdesvio da frequênia
no-minale umataxa de 6,75kbps,om
γ
2
= 10
−
5
2.1 Zonasde ampo no váuo e emmeio ondutor... 11
3.1 ParâmetrosparaavaliaraproximaçõesonsiderandodiferentesvaloresdeRSR:
a
= 1
eγ
2
= 10
−
5
... 20
3.2 ParâmetrosparaavaliaraproximaçõesonsiderandodiferentesvaloresdeRSR:
a
= 1
eγ
2
= 10
... 20
3.3 Divergênia deKullbak-Leibler paradiferentes valoresdeRSR:
a
= 1
eγ
2
= 10
−
5
... 21
3.4 Divergênia deKullbak-Leibler paradiferentes valoresdeRSR:
a
= 1
eγ
2
= 10
... 21
3.5 Resultadodaintegralparatodosvaloresdafunção densidadedeprobabilidade
on-junta onsiderando diferentes valoresdeRSR:
a
= 1
eγ
2
= 10
−
5
... 22
3.6 Resultadodaintegralparatodosvaloresdafunção densidadedeprobabilidade
on-junta onsiderando diferentes valoresdeRSR:
a
= 1
eγ
2
= 10
... 22
4.1 Quadro Comparativo -
a
eγ
... 31 4.2 Quadro Comparativo -R
eR
0
... 31H
Campo Magnétioµ
Permeabilidade Magnétiaε
Permissividade Elétriaσ
CondutividadeElétriaΩ
Frequênia Angularem Tempo Contínuoδ
Profundidade Peliularλrocha
Comprimento de OndaemMeioMineralv
rocha
Veloidadede Propagação emMeioMineralλ
0
Comprimento de Ondano Váuor
Distâniaentre DoisPontosµ
0
Permeabilidade Magnétia no Váuomd
Momento Magnétio de Antena LoopN
tx
Quantidade deVoltas do Loop TransmissorItx
Corrente Elétria TonalnosFilamentos daAntenaTransmissoraStx
Áreado Loop TransmissorP
tx
Potênia DissipadapeloTransmissorRtx
Resistêniado Loop TransmissorH
qe
Campo Magnétio Quase-estátioθ
Ânguloentreo Ponto Indutore oPonto queSofrea Induçãoˆ
r
Vetor Unitáriona Direção RadialemCoordenadas Esfériasˆ
θ
Vetor Unitáriona Direção Elevaional emCoordenadas Esfériaskrocha
Número deOndaem MeioMineralT
Alane NormalizadopelaProfundidade PeliularZ
(Ω)
Impedâniade Transferênia Fasorial entreLoopsItx
(Ω)
Corrente Tonal Fasorialno Loop TransmissorV
rx
(Ω)
TensãoInduzida Fasorial nosTerminaisda Antena ReeptoraSrx
Áreado Loop ReeptorNrx
Quantidade deVoltas do Loop Reeptorϕ
Ânguloentreo CampoMagnétio e oEixo do Loop Ortogonal aseuPlanoH
r
Componente do Campo Magnétio emr
H
θ
Componente do Campo Magnétio emθ
ˆ
x
Vetor Unitárioemx
emCoordenadas Cartesianasˆ
x
′
ˆ
y
Vetor Unitárioemy
emCoordenadas Cartesianasˆ
y
′
Vetor AuxiliarCriadopor Rotação
θx
Ângulode Rotaçãoemˆ
x
′
θy
Ângulode Rotaçãoemy
ˆ
′
m
d
(Ω)
Momento Magnétio FasorialZ
(
T
)
Impedâniade Transferênia em Função doAlane NormalizadoI
tx
(
T
)
Corrente Tonal emFunção do Alane Normalizadono Loop TransmissorVrx
(
T
)
TensãoInduzidaemFunçãodoAlaneNormalizadonosTerminaisdaAntena ReeptoraG
tx
r
GanhoNormalizado daAntenaTransmissora emr
G
rx
r
GanhoNormalizado daAntenaReeptora emr
G
tx
θ
GanhoNormalizado daAntenaTransmissora emθ
G
rx
θ
GanhoNormalizado daAntenaReeptora emθ
Fr
Função de Transferênia do Canal dePropagação emr
F
θ
Função de Transferênia do Canal dePropagação emθ
PN
VariávelAleatória da Magnitude doFasorRuídoAtmosférioΞ
Variável Aleatória da Componente Gaussiana da Magnitude do Fasor Ruído AtmosférioΥ
Variável Aleatória da Componente Impulsiva da Magnitude do Fasor Ruído Atmosférioξ
Amostrada VariávelAleatóriaΞ
R
2
0
Potênia Média da Componente GaussianadaMagnitude do Fasor Ruído At-mosférioυ
Amostrada VariávelAleatóriaΥ
R
VariávelPresente na Função Densidade de Probabilidade da Componente Im-pulsivada Magnitude doFasorRuídoAtmosférioa
VariávelPresente na Função Densidade de Probabilidade da Componente Im-pulsivada Magnitude doFasorRuídoAtmosférioΓ(
.
)
Função GammaE
{
.
}
OperadorEsperançavar
{
.
}
OperadorVariâniaρn
Amostrada VariávelAleatóriaPN
γ
2
Impulsividade
s
Sériea serAproximada paraCalular Parâmetros Estatístiosˆ
s
Aproximação daSérie paraCalular Parâmetros EstatístiosΨ
QuantidadedeElementosdaSérieaserAproximadaparaCalular Parâmetros Estatístios¯
s
MédiadaSérie a serAproximada para Calular Parâmetros EstatístiosDKL
(
.
||
.
)
Divergêniade Kullbak-LeiblerQ
1
(
q
)
FunçãoDensidadedeProbabilidade aserAproximadaparaCalular Divergên-iade Kullbak-LeiblerQ
2
(
q
)
AproximaçãodaFunçãoDensidadedeProbabilidadeparaCalularDivergênia deKullbak-LeiblerM
Entrada doCanal paraCalular Capaidade Restrita doCanalRAT M
SaídadoCanal paraCalular CapaidadeRestrita do CanalI
(
.
;
.
)
Informação MútuaINi
SímboloPertenente aoAlfabetopara Calular CapaidadeRestrita doCanalP r
(
.
)
Função Probabilidadep
.|.
(
.
|
.
)
Função Densidadede Probabilidade CondiionalL
Cardinalidadedo Alfabetopara Calular CapaidadeRestrita do Canalp.,.
(
., .
)
Função Densidadede Probabilidade ConjuntaXN
VariávelAleatória da Componente doRuído Atmosfério emx
x
n
Amostrada VariávelAleatóriaX
N
YN
VariávelAleatória da Componente doRuído Atmosfério emy
yn
Amostrada VariávelAleatóriaYN
Θ
N
VariávelAleatória da Fasedo Fasor RuídoAtmosférioθn
Amostrada VariávelAleatóriaΘ
n
gaprox
(
ρn
)
FunçãoUtilizadaparaAproximação daFunção DensidadedeProbabilidade da Magnitudedo Fasor RuídoAtmosfériocn
1
Primeiro CoeientedoNumerador daFunçãogaprox
(
ρn
)
c
n
2
Segundo Coeiente doNumerador daFunçãog
aprox
(
ρ
n
)
cn
3
TereiroCoeiente doNumerador daFunçãogaprox
(
ρn
)
cn
4
Quarto Coeiente doNumerador daFunçãogaprox
(
ρn
)
cn
5
Quinto Coeiente do Numeradorda Funçãogaprox
(
ρn
)
cn
6
SextoCoeiente doNumerador daFunçãogaprox
(
ρn
)
c
d
1
Primeiro CoeientedoDenominador daFunçãog
aprox
(
ρ
n
)
cd
2
Segundo Coeiente doDenominador da Funçãogaprox
(
ρn
)
c
d
3
TereiroCoeiente doDenominador da Funçãogaprox
(
ρn
)
cd
4
Quarto Coeiente doDenominador da Funçãogaprox
(
ρn
)
cd
5
Quinto Coeiente do Denominador da Funçãogaprox
(
ρn
)
c
d
6
SextoCoeiente doDenominador da Funçãog
aprox
(
ρ
n
)
ax
Parâmetroa
paraMedidas doEixo X daAntenaay
Parâmetroa
paraMedidas doEixo Y daAntenaa
z
Parâmetroa
paraMedidas doEixo Zda Antenaγx
Parâmetroγ
paraMedidasdo Eixo Xda Antenaγy
Parâmetroγ
paraMedidasdo Eixo Yda Antenaγ
z
Parâmetroγ
paraMedidasdo Eixo Zda AntenaRx
ParâmetroR
paraMedidas doEixo X daAntenaR
y
ParâmetroR
paraMedidas doEixo Y daAntenaRz
ParâmetroR
paraMedidas doEixo Zda AntenaR
0
x
ParâmetroR
0
paraMedidas doEixo X daAntenaR
0
y
ParâmetroR
0
paraMedidas doEixo Y daAntenas
1
(
t
)
SinalCossenoidalA
Amplitudedo Sinal Cossenoidalφ
Fasedo SinalCossenoidalfs
Taxade Amostragems
1
[
k
]
SinalCossenoidal Disretoω
Frequênia Angularem Tempo Disretof
inst
Frequênia InstantâneaE
Variávelque DeterminaoTamanhodosVetoresColunaS
1
k
,S
−
1
k
eS
+
1
k
S
1
k
Vetor Coluna omAmostras des
1
[
k
]
S
1
−
k
Vetor Coluna omAmostras des
1
[
k
]
S
1
+
k
Vetor Coluna omAmostras des
1
[
k
]
s
ζ
(
t
)
Sinalde Harmniosζ
Quantidade deHarmniosPresente no Sinalsζ
(
t
)
Ai
(
t
)
Amplitudedo i-ésimoHarmnio no Sinals
ζ
(
t
)
Ω
0
Frequênia Angularde Operação doSistema Elétrio emTempoContínuoφi
(
t
)
Fasedo i-ésimoHarmniono Sinalsζ
(
t
)
η
(
t
)
RuídoPresente noSinals
ζ
(
t
)
sζ
[
k
]
Sinalde HarmniosDisretoAi
[
k
]
Amplitudedo i-ésimoHarmnio Disretaω
0
Frequênia Angularde Operação doSistema Elétrio emTempoDisretoφi
[
k
]
Fasedo i-ésimoHarmnioDisretaη
[
k
]
RuídoPresente DisretoX
H
[
k
]
Vetor Coluna Utilizado no AlgoritmoLMSW
[
k
]
Vetor Coluna Utilizado no AlgoritmoLMSe
[
k
]
Erroentre Sinal aser Estimadoe Estimativa dada pelo AlgoritmosLMSκ
Fatorde Passo do AlgoritmoLMSH
(
z
)
Função de Transferênia de FiltroDigitalψ
Quantidade deSeçõesBiquadrátiasb
0
i
Primeiro Coeiente do Numerador da i-ésima Seção Biquadrátia do Filtro Digitalb
1
i
Segundo Coeiente do Numerador da i-ésima Seção Biquadrátia do Filtro Digitalb
2
i
Tereiro Coeiente do Numerador da i-ésima Seção Biquadrátia do Filtro Digitala
1
i
Primeiro Coeiente doDenominador dai-ésimaSeçãoBiquadrátia doFiltro Digitala
2
i
Segundo Coeiente doDenominador dai-ésimaSeção Biquadrátia doFiltro DigitalHi
(
z
)
Função de Transferênia da i-ésimaSeçãoBiquadrátia do FiltroDigitalz
0
i
Zerosda Função de Transferênia da i-ésimaSeçãoBiquadrátia doFiltro Di-gitalωc
FrequêniaAngularCentraldaSeçãoBiquadrátiadoFiltroDigitalemTempo Disretofc
FrequêniaCentraldaSeçãoBiquadrátiadoFiltroDigitalemTempoContínuo∆
ω
LarguradeBandadaSeçãoBiquadrátia doFiltroDigital emTempoDisretoG
2
B
Ganhode 3-dBda SeçãoBiquadrátia do Filtro Digitalωnominal
Frequênia Angulardo Harmnio emTempo Disretoβ
Fatorde Roll-ofcarrier
Frequênia daPortadoraRb
Taxade Transmissão de Bitsfopt
Frequênia Ótimado Canal TTEAh
Variávelque Controla Amplitudesdo SinalHtotal
[
k
]
E
b
Energia por BitN
0
DensidadeEspetralde Potênia doRuídoH
total
[
k
]
SinalInterferente de HarmniosUtilizado naSimulaçãoH
1
[
k
]
PrimeiraComponente doSinal Interferentede HarmniosUtilizadona Simu-laçãoH
2
[
k
]
Segunda Componentedo Sinal Interferentede HarmniosUtilizado na Simu-laçãoTTE Through-The-Earth
IIR Innite ImpulseResponse
IBRAM Instituto BrasileirodeMineração
TTW Through-The-Wire
TTA Through-The-Air
RF Radiofrequênia
VHF Very High Frequeny
UHF Ultra High Frequeny
WiFi Wireless Fidelity
RFID Radio Frequeny Identiation
TDMA-TDD Time Division MultipleAess - Time Division Duplexing
GEAR Geographial Energy Aware Routing
DSDV Destination-Sequened Distane Vetor
AODV Ad ho On-DemandVetor
OLSR Optimized LinkState Routing
IEEE Institute of Eletrial andEletroni Engineers
RSSI Reeived Signal StrengthIndiation
NIOSH National Institute for Oupational Safety andHealth
SSB Single Side Band
PSK Phase-Shift Keying
FSK Frequeny-Shift Keying
PED Personal Emergeny Devie
SDR Software Dened Radio
MSK Minimum-Shift Keying
RSR Relação Sinal Ruído
ANC Adaptive Noise Canellation
MLD Maximum-Likelihood Detetion
DAFB Deision-Aided Feedbak
RMS RootMean Square
SRQ SomadosResíduos aoQuadrado
RQ R-quadrado
REQM Raizdo ErroQuadrátio Médio
FIR Finite ImpulseResponse
LMS Least Mean Squares
RCOS Raised Cosine
RTS Request to Send
CTS Clear toSend
Introdução
Este apítulo apresenta os aspetos prinipais do
trabalho,ontextualizandooproblemapropostono
âmbito de omuniações através da terra. Além
disso,destaamosamotivaçãoeasontribuições,
e apresentamosaestrutura detodoomanusrito.
1.1 Contextualização
A indústria de mineração possui um grande impato eonmio mundial, visto a quantidade
de produtos que possuem algum tipo de minério omo matéria prima, desde produtos simples e
utilizados no otidiano das pessoas até omponentes mais omplexos e sostiados utilizados em
aparelhoseletrnios. Vistoisso,élaroqueaextraçãomineraltambémpossuiumaaltarelevânia
paraa eonomiabrasileira, onformepodemos vernaFigura1.1,a qualilustraa somaembilhões
dedólaresda indústria extrativa mineralbrasileira, exluindo a produção depetróleoe gás.
Ar:
µ
0
, ǫ
0
Meio ondutor 1:σ
1
Meio ondutor 2:σ
2
H
Figura 1.2: Representação esquemátia do meio para sistemas de omuniação através da terra,
operandoem downlink. Asdimensõestípias dasantenas sãoda ordem dedezenas de metros.
Todavia, paraseproporionarobomfunionamentodasatividadesdemineração, é neessário
aexistênia de serviços auxiliares, dentre eles, podemos itar serviçosde omuniações. Tais
ser-viçosde omuniações podemser utilizados para: proporionar a omuniação entre funionários
queestãonamina realizandoatividadesorriqueiras, automatizar proessosexistentesna
minera-ção (esavações ou detonações), possibilitar omuniações em situações de resgate, dentre outras
possibilidades.
Levando essa neessidade deomuniação emonsideração, temosimplementados sistemasde
omuniação baseados em transmissão através de abos, do inglês Through-The-Wire (TTW),
ou baseados na propagação através do ar, do inglês Through-The-Air (TTA), nas atuais minas
subterrâneas [5 ℄. Todavia, estes sistemas neessitam de uma infraestrutura omplexa, para a
passagem dos abosou para a instalação de bases repetidoras, e omo o ambiente de mineração
é arrisado e propíio a aidentes, devemos veriar a possibilidade da implementação de um
sistemamaisrobusto,amdesetornarpossívelumaomuniaçãoeienteesegura,possibilitando
tomadasdedeisãode forma assertivaatémesmo emsituaçõesrítias.
Tendoemvistaestaneessidadedeumsistemamaisrobusto,surgeapossibilidadedautilização
do sistema de omuniação através da terra, do inglês Through-The-Earth (TTE). Este sistema
realizaaomuniaçãoatravésdeinduçãomagnétiaomfrequêniasdeoperaçãoabaixode30kHz,
umavez que o anal de omuniação é omposto por diferentes tiposde minérios, água e outros
materiaisdeondutividadeelétria nãodesprezível, eéprinipalmenteutilizadoparasituaçõesde
resgate, em que mineradores presos na mina subterrânea onseguem omuniar om uma equipe
de resgate que está fora da mina subterrânea. A Figura 1.2 ilustra o meio para sistemas de
omuniação através daterra.
Sendo assim, ao veriarmos os atuais produtos desenvolvidos para omuniações através da
terra,notamos queessespossibilitam enlaesponto a ponto om taxasde transmissão baixas, no
máximode1kbps,emdistâniasdeaté450m,sendopossívelrealizar atransmissãodemensagens
de voz ou dados [6, 7℄. Todavia, estes esquemas de transmissão ainda possuem possibilidades
paramuitas melhorias, devido àarêniade estudosrealizados emomuniações atravésda terra,
Alguns pontos que ausam esta diuldade intrínsea na omuniação através da terra e que
preisamser investigados sãoosseguintes:
•
A severaperdadepropagação;•
Oanal banda estreita quelimita a taxade transmissão;•
A presença do ruído atmosfério quenão é puramente Gaussiano, sendoomposto por uma omponente impulsiva eumaomponente Gaussiana;•
A presençadoruídoantrópioqueéompostoporharmnios geradosapartir demáquinas utilizadas namineração ou daslinhasde transmissãode potênia;•
A limitação na potênia de transmissão no enlae de subida por questõesde segurança dos mineiros.1.2 Denição do problema
Visto que a literatura em omuniações através da terra é muito esassa, e por se tratar de
umsistemade omuniação utilizado emsituaçõesrítiasemum ramode produção om grande
impatoeonmio,surgeaneessidadedenovosestudosaeradoassunto. Estadissertaçãotrata
oestudo aerado ruído emomuniaçõesatravésdaterra (atmosfério e antrópio). No asodo
ruído atmosfério, veriamos omo sua omponente impulsiva pode modiar o desempenho do
sistemaeenontramoslimiaresdaapaidaderestritadoanal. Jáparaoruídoantrópio,zemos
análises quanto à variabilidade da frequênia instantânea dos harmnios e omo o ambiente de
mineração,omposto por diversosequipamentos, podeaumentar este sinalinterferente.
Além disso, visto que um dos problemas enfrentados por omuniações através da terra é a
variabilidade dafrequênia instantâneadosharmnios presentes noruído antrópio, propusemos
umltrodigitaladaptativodotipoIIRnoth ontroladolinearmenteparaontornaresteproblema
etornaroreeptordosistemadeomuniaçãoatravésdaterramaisrobusto. Apósrealizarmosestes
proedimentos, realizamossimulaçõesde enlaeutilizando umdeisordemáxima verossimilhança
paraoruídoatmosférioeomparamosténiasdeestimaçãoeltragemdeharmniosomoltro
digital adaptativo ontrolado linearmente proposto para mitigação do ruído antrópio, podendo
assimveriarodesempenho do sistemadeomuniação atravésdaterra emdiferentes situações.
1.3 Contribuições do trabalho
Asontribuições destetrabalho são:
•
Estimação do valorda apaidade restrita do analonsiderando entradas binárias equipro-váveis pararuídoatmosfério;•
Implementação de ténias desritasna literatura para mitigação de harmnios (ruído an-trópio);•
Propostadeltrodigital adaptativoIIRnoth ontroladolinearmente,amdeseontornar a utuaçãoda frequênia instantânea;•
Veriação do desempenho de um enlae de omuniações através da terra, onsiderando ruído atmosférioe ruído antrópio.1.4 Apresentação do manusrito
Orestantedestadissertaçãoestáorganizadodaseguinteforma. NoCapítulo2,realizamosuma
revisãoaeradeoneitosbásiossobreminas. Alémdisso,fazemosumlevantamentobibliográo
dotipodeténiasutilizadasparaomuniaçãoemambientesdemineração. Porm,desrevemos
omodelo deanal depropagação utilizado nassimulações.
Em seguida,noCapítulo 3,explanamosomodelomatemátioutilizado paradesreveroruído
atmosférioe, posteriormente, revisamos rapidamenteos parâmetros utilizados paraveriarmos
asaproximaçõesdafunçãodedensidadedeprobabilidadedoruído. Apósarevisãodosparâmetros,
expliamosa metodologia adotadapararealizar a estimação daapaidade restrita doanal para
oruídoatmosfério,seguidadaavaliaçãodaaproximaçãodafunçãodedensidadedeprobabilidade
baseado nos parâmetros itados anteriormente. Por m, os resultados da apaidade restrita do
analsãoexplanados.
Por suavez, o Capítulo 4 explia suintamente a origem do ruído antrópio. Posteriormente,
eluidamos as metodologias para analisar a frequênia instantânea de harmnios e as medições
realizadas exibindoosresultados de ambasanálises.
OCapítulo5ilustraténiasutilizadaspara: estimarafrequêniainstantâneadeumharmnio
eestimarosparâmetrospertenentesaoharmnio,amplitudeefase. Posteriormente,expliamosa
téniadeontrole lineardosoeientes doltrodigitaladaptativoIIRnoth elaborada, levando
em onsideração o enário de sistemas de omuniação através da terra. Após a expliação da
ténia elaborada, expliamos a onguração da simulação de enlae e, por m, ilustramos os
Revisão Bibliográa
Neste apítulo, apresentamos aspetos gerais
aera da omuniação emambientes de
minera-ção. O modelo de propagação em omuniações
TTE adotado neste trabalho também é
apresen-tado.
2.1 Condições para a Comuniação em Minas Subterrâneas
A denição adotada de mina é a seguinte: uma massa individual de substânia mineral ou
fóssil,em lavra, que está na superfíie terrestreou no interior da terra om um valor eonmio
[8℄. Geralmente,minassubterrâneassãosigniativamenteúmidas,algumasvezeshegandoauma
umidadede
90%
ou mais. Poeira, águaorrosivae gases explosivosou tóxios, omo por exemplo dióxido de arbono e metano, são elementos que não somente afetam o bem estar de operários,masprejudiam tambémosequipamentos de mineração eomuniação (vidaútil e regulagem).
Um aspeto importante a ser notado em minas subterrâneas é a expansão dessa em função
da retirada de minério e detritos. Ao se veriar este aspeto sob a visão de teleomuniações,
usualmente, neessita-se de umaumento da infraestrutura para sepossibilitar a omuniação no
ambientedemineração[5℄,sendonotávelaoseutilizar omuniaçõesTTAqueutilizamoaromo
meio de propagação. Outro fator que inuenia omuniações TTA é a forma e o tipo de aesso
damina,poisesavaçõesqueformamminasabertassustentadasporpilarespossuemondiçõesde
propagaçãodiferentesde minasemtúneis quetendem aterumefeitode guiade onda,ombaixo
índie deperdade propagação.
Aoanalisar asaraterístias elétrias do meio, minasdiferementre sipelomaterial extraído,
omoporexemplo,ferro,obre, arvão,et,etambémpelarazãodestetipodeminérioemrelação
a outros materiais, omo os que ompõem o apeamento que separa o orpo útil de minério da
superfíie. A perda de propagação no anal é inueniada signiativamente pela variação da
ondutividade elétria do meio, que oorre pela razão dos tipos de minérios, sendo deisiva para
aesolha dosequipamentose onguraçõesde funionamento emsistemas de omuniação TTE.
Paraosasosqueseutilizamomuniaçõesemradiofrequênia(RF),omoemTTAealgunstipos
2.2 Revisão quanto ao uso, ténias e equipamentos
Disutimos a seguir as três prinipais maneiras de omuniação em ambientes de mineração,
TTW,TTAe TTE.
2.2.1 TTW: através do abo
OssistemasTTWutilizammeiosguiados[5 ℄paraaomuniaçãonointeriordaminaetambém
paraaomuniação entre mina esuperfíie. Otelefone demagneto [2℄, ilustradona Figura2.1, é
umexemplodeomuniaçãoTTW,sendoumdosmeiosdeomuniaçãomaisantigos assoiadosà
omuniaçãoemminaseérealizadoparaomuniaçãodevozemlinhaabeada. Seufunionamento
oorreatravésdeumgeradordemagneto,queéompostoporímãs,sendoaionado manualmente
por uma alavana a mde gerar orrente alternada, que após a transmissão pelo abo aiona os
sinosdos telefonesonetados. Ao seestabeleera onexão,baterias garantem a alimentação dos
equipamentos.
Figura2.1: Telefone demagneto. Fonte: [2℄
Outro exemplo de omuniação TTW é a bra óptia que permite a transmissão de dados
omaltas taxas,hegandoa grandes distâniassemneessidade de regeneraro sinal. Por teralta
apaidade de transmissão, usualmente é usada para monitorar em tempo real as atividades da
mina[10℄.
Porm,hátambémumsistemahíbridoTTAeTTWqueéoLeakyFeeder,ilustradonaFigura
vez de se utilizar uma malha protetora. Todavia, é neessário possuir ampliadores espaçados
entre 350 me 500 mde distânia, tipiamente, devido à perda ao longo do abo. É interessante
ressaltarqueestesabosperfuradostemafunção deumaantenabidireionale atuamnasbandas
VHF,doinglêsVery High Frequeny, eUHF,do inglêsUltra High Frequeny, usualmente[3 ℄.
Figura2.2: Leaky Feeder. Fonte: [3℄
2.2.2 TTA: Através do ar
Aoseompararsistemassemo(TTA)omsistemasTTWparaomuniaçãodentrodeminas,
os primeiros são mais vantajosos quando os aspetos avaliados são a failidade para instalação
e adaptação às neessidades da mina. Atualmente, os sistemas TTA utilizados em minas são,
majoritariamente, adaptaçõesdesistemasdeomuniaçãosemodeurtoalane: Zigbee, WiFi,
RFID,et. [11℄. ComoosequipamentosderádiousadosnãotrazemnovidadesemsuapartedeRF,
estasubseçãosefoanosprotoolosde aessoao meioeprotoolos deroteamento paraambientes
demineração enontrados na literatura.
Diversostrabalhosindiamautilizaçãoderedesadhoaoonsideraremafaltadeinfraestrutura
em minas e a disposição dos nós, sendo um dos prinipais pontos estudados o desempenho de
protoolos. No âmbito de protoolos de aesso ao meio, o trabalho [12℄ realiza uma análise do
desempenho do protoolo MINECOM, que é baseado em múltiplo aesso por divisão no tempo
e duplexação por divisão de tempo, do inglês Time Division Multiple Aess - Time Division
Duplexing (TDMA-TDD), no qualosusuários disputamslots de tempo.
Ao onsiderar protoolos de roteamento, Jing [13 ℄ riou umprotoolo híbrido de roteamento,
baseadono protoolo GEAR,do inglêsGeographial Energy Aware Routing, paranós móveis. No
aso, o autor utiliza a distânia e direção do movimento entre os nós móveis para restringir a
omuniação de algunsdeles, aumentandoassim otempode vida dessesnósmóveis.
Por sua vez, [14℄, [15℄ e [16 ℄ analisam o desempenho dos protoolos de roteamento DSDV,
do inglêsDestination-Sequened Distane Vetor, e AODV,do inglês Ad ho On-Demand Vetor,
onsiderando o atraso m a m, a taxa de perda de paotes e o throughput em transmissões de
vídeo. Já [17 ℄ estuda omo o protoolo de roteamento OLSR, do inglês Optimized Link State
Routing,e opadrãoIEEE 802.11npodemprovertransmissão de vídeo evoz emminas,sendo que
bonsresultados de latênia, throughput ejitter sãoenontrados.
onsiderando a métria RSSI, do inglês Reeived Signal Strength Indiation. A m de avaliar o
protoolo,otransmissorMG2455daRadioPulsefoiutilizadoparaarealizaçãodetestes. Jiangem
[19℄elaboraumprotooloderoteamentolevandoadisposiçãodostúneisemminasemonsideração,
emque há um túnel prinipal e alguns ramos. Ao analisar a disposição dosnós e a formação de
lusters entreeles nostúneis-ramos,o autorsugereumarealoaçãodenóspara adaluster am
deequilibrar arede.
Porm,Zhengem[20℄levantaonsideraçõesparaautilizaçãoderedesdesensoressubterrâneas,
asdiuldadesinerentesdoanalsemosubterrâneoeexpliitaasoportunidades(desaoseáreas
depesquisa)paraada umadasamadas derede,levandoemonsideraçãoumaabordagem
ross-layered omo ummitigador dosdesaos existentesemredes subterrâneas.
2.2.3 TTE: Através da terra
ApósariaçãodoMINERAt, quefoiumaregulamentaçãoriadapeloongressonorte
ameri-anoamdepromoversistemasdeomuniaçãoonáveisemminassubterrâneas,oórgãoNIOSH
(NationalInstituteforOupationalSafety andHealth)apoiouariaçãodediversastenologiasde
rastreamento eomuniaçãoemminassubterrâneas[6℄. Cinoempresasdesenvolveramprotótipos:
Ultra Eletronis,Stolar,Lokheed Martin,E-SpetrumTehnologies eAlertek. Dessesprotótipos,
quatrosebaseiamna deteçãoa partirde amposmagnétios aoseutilizar antenasloope umem
amposelétrios.
Os protótiposdesenvolvidos eram apazes de proveromuniação de voz e de texto
unidirei-onalmente, eem algumassituaçõesbidireionalmente, atingindoprofundidadesde até300 mpara
voze600mparatexto. Paraserealizaratransmissãodevoz,osequipamentosutilizaram
frequên-ias de 3150 Hz a 4820 Hz. Além disso, alguns equipamentos possuíam um modo de loalização
baseadoemtriangulaçãoomatransmissãodeumtomnoenlaedesubidaeutilizandoreeptores
situadosnasuperfíie,erapossívelestimaroposiionamento dotransmissoratravésdotratamento
dosinalreebido.
Aoanalisaramodulaçãodesinais,osprotótiposutilizarammodulaçãoanalógiaSSB,doinglês
Single Side Band,ou modulação digital PSK, do inglês Phase-Shift Keying, e/ou FSK, do inglês
Frequeny-Shift Keying. Tambémimplementaram-se téniasde anelamento deruídoemalguns
equipamentos [6℄. É importanteressaltar quealgumas empresas transformaram seus projetos em
produtosomeriais[21℄,omoresultadodoapoioàpesquisadoNIOSHoudeformaindependente.
Oequipamento FlexAlert, desenvolvido pela empresa anadense Mini-Radio Systems, é
utili-zado para omuniação unidireional entre a superfíie e galerias subterrâneas, sendo usado para
dar suporte na evauação dos trabalhadores em aso de emergênia. Além disso, utiliza ampo
magnétioembaixafrequêniaparatransportarinformaçãoaumreeptornoapaete dos
minei-ros. Neste sistema, há umaantena loop de 10 a 120 m de omprimento loalizada sobre a mina,
e ao oorrer uma situação de emergênia, umsinal é transmitido da superfíie para os mineiros,
funionaunidireionalmente, possibilitandoa transmissãodetextopara funionários queestãono
interiordeumamina. Nesteequipamento sóérealizadaaomuniaçãosuperfíie-mina,porém,há
apossibilidadede seutilizar umLeakyFeeder para serealizar aomuniação no enlae desubida
[10℄. Além do mais, o sistema é utilizado também para detonação remota e ontrole remoto de
equipamentos.
Depois derealizar testesem onjunto omoNIOSH,a empresaLokheed Martin omerializa
oproduto Magnelink MCS,que atuabidireionalmente e é autossuiente, suportando voz, texto
e loalização, sendo baseado em ondas magnétias de baixa frequênia. A empresa validou as
apliações de voz e texto ao realizar testes de 500 metros de profundidade, em que uma antena
de 130 m de omprimento e outra om múltiplas voltas foram usadas na superfíie e na mina,
respetivamente.
Por suavez,a empresaanadense Vital Alert [22℄ fabriou reentemente osistemaCanary de
rádioque ébidireional e utilizado paraomuniação dedados evoz. Oreeptor éreongurável
paraoperarentrefrequêniasde300 Hza9 kHz,umavez queéimplementado emSDR,doinglês
Software Dened Radio. O equipamento também suporta modulação adaptativa om taxas que
variamde 9bps a1 kbps.
Porm,aoanalisarproessamentodesinais,[23℄indiaamodulaçãoMSK,doinglês
Minimum-Shift Keying, omo ténia om a menor taxa de erro bit para uma relação sinal ruído (RSR).
Também há a sugestão para utilização de ténias para ombater o ruído atmosfério e para
uso de ódigos orretores de erros, gerando maior robustez ao sistema. Para o aso de ombate
ao ruído atmosfério, o autor arma melhorar a RSR de 10 a 30 dB após araterizar o ruído
om múltiplas antenas ortogonais e a apliação das seguintes ténias: anelamento adaptativo
de ruído, do inglês adaptive noise anellation (ANC), deteção de máxima verossimilhança, do
inglês maximum-likelihood detetion (MLD), e deisão auxiliada por retroalimentação, do inglês
deision-aided feedbak (DAFB). É importante ressaltar quea falta de estudos mais reentes em
proessamento de sinaisparasistemas TTE pode indiarumaáreade pesquisaa serrealizada.
2.3 Propagação em Comuniação TTE
De aordo om as propriedades intrínseas do solo, a penetração de ondas de rádio em meio
ondutor é dada pela equação de difusão
∇
2
H
=
µσ∂
H
/∂t
emvez da equação de onda
∇
2
H
=
µε
(
∂
2
H
)
/
(
∂t
2
)
, sendoH
o ampo magnétio,µ
a permeabilidade magnétia,ǫ
a permissividade elétria,σ
a ondutividade elétria do meio et
o tempo. Nota-se que o ampo deai exponeni-almente em função da frequênia de operação, distânia e ondutividade elétria do meio. Paraum bom ondutor,
σ/
(
ε
Ω)
>>
1
(sendoΩ
a frequênia angular em tempo ontínuo), o grau de deaimento é dado pelaprofundidade peliularδ
=
p
2
/
(Ω
µσ
)
,a qual,por ser inversamente pro-porionalàraizquadrada dafrequênia,inviabilizaautilizaçãode frequêniasaltas,superior a30kHz. Todavia, as antenas deveriam ter dimensão físia da ordem de quilmetros para radiar de
transferêniade potênia reativaviaindução magnétia(ouelétria)éresponsávelporquasetoda
potênia transmitida. Algumas propriedades básias da onda são alteradas pela propagação em
meio ondutor ou dielétrio, omo o omprimento de onda
λ
rocha
e a veloidade de propagaçãovrocha
. Parabonsondutores, a ontribuição da permissividade real pode serdesonsiderada e se pode modelar o omprimento de onda que atravessa as rohas da mina omoλ
rocha
= 2
πδ
. Ao onsideraraomuniaçãoTTE operandoa10 kHzomsolodeσ
= 10
−
3
S/m , resultanaredução
em30vezesdo omprimento deonda emrelação aoar.
2.3.1 Zonas de Campo
Classiamente, pode-se dividir aszonas de ampo para transmissão no váuo ou no ar omo:
ampo próximo reativo, ampo próximo radiante, zona de transição e ampo distante. Para as
duasprimeiras zonas, o ampo é gerado a partir da interferênia de ondas de diversospontos da
antena, omosefossemvários pequenosdipolos auxiliando naformação do ampo. Para oampo
distante, onde osampos magnétio e elétrio possuem uma relaçãoxaentre si e estão emfase,
pode-severaantenatransmissoraomoumponto radianteeseuampo omoumafrentedeonda
plana. Paraazonadetransição,osdoisomportamentossãoobservados. Paraummeio ondutor,
Gibson[24 ℄ propsuma subdivisãodiferenteparaaszonas deampo.
Pararegiõesmuito próximas àantenatransmissora, oampo possuiumaaraterístia
quase-estátia,apesardavariaçãonotempo,seguindoassimleisdaestátiaomoaatenuaçãopeloinverso
do ubo da distânia. A partir do ampo próximo, assim omo em quase-estátio, onde inexiste
radiação,o meio ondutoromeça a olaborar omaatenuação de ampo. Em ampo distante,o
amposeguealeideatenuaçãoominversolineardadistânia,apesardasperdasdevidoaomeio.
No aso, ampo distante não signia que a radiação parte da antena diretamente, mas sim pela
indução de orrentes de Fouault no meio ondutivo geradas pelo ampo magnétio da antena,
asquais geram novos ampos. Finalmente, a zona de transição é uma região arbitrária entre os
ampospróximoe distante.
A Tabela 2.1relaiona aszonas de ampoitadas anteriormente esuas ondiçõesparaosdois
tiposde meio. Ao onsiderarum sistemaoperando noespaço livre em10 kHz(
λ
0
=30 km) eom umadistânia,r
,entreantenasde300m,eleseenontraemampopróximoreativo(λ
0
/
2
π
≈
4775
m). Já para ummeio ondutor omσ
= 10
−
3
S/m e
µ
=
µ
0
,λrocha/
2
π
=
δ
≈
160
m<
300
m . Assim,trata-se de zona de transição,estando mais próximo doampo distantedo que do ampopróximo.
2.3.2 Modelos de Campo Magnétio
Omomento magnétio
m
d
=
N
tx
I
tx
S
tx
deantenasloop mostraaforçadetransmissãoindutiva emfunção dosatributosdotransmissor,noqualNtx
éaquantidade devoltasdolooptransmissor,Itx
é ovalorRMS (do inglêsRootMean Square) de umaorrenteelétria tonal noslamentosda antenatransmissoraeS
tx
éaáreadoloop. Observa-sequeoaumento domomento magnétiogeraVáuo
Campo próximoreativo
r < λ
0
/
2
π
Campo próximoradianteλ
0
/
2
π < r < λ
0
Zona de transiçãoλ
0
< r <
2
λ
0
Campo distanter >
2
λ
0
Meioondutivo
Quase estátio
r << λrocha/
2
π
Campo próximo
r
2
<<
(
λ
rocha
/
2
π
)
2
Zona de transição
r
≈
λrocha/
2
π
Campo distanter >> λrocha/
2
π
Tabela 2.1: Zonasde ampo nováuo e emmeio ondutor.oaumento da potênia dissipada emalor(
P
tx
=
R
tx
I
2
tx
),e valelembrarque aresistênia doloop transmissor,Rtx
, aumenta omNtx
e/ouStx
. Todavia, esta potênia dissipada, e não irradiada, implia no valor de orrente usada na geração do ampo magnétio, assoiando assim, de formaindireta, aumapotênia detransmissão.
A maneira mais simples de se aproximar o ampo magnétio gerado por uma antena loop
eletriamente pequena é onsiderar o váuo omo meio homogêneo innito, ignorando assim, as
ondiçõesde ontorno [25℄,esupor uma distribuiçãouniforme daorrenteno loop. Ao onsiderar
umadistâniamuitopróximaàfonte(
r << λ/
2
π
),aintensidadedeumampomagnétioquevaria notemposeassemelhaadeumampoestátioaluladapelaleideBiot-Savart[26℄. Considerandoaoperaçãonováuoa10kHz,estadistâniaalançaovalordealgumasentenasdemetros. Assim,
oampo magnétio quase-estátio,
H
qe
,deuma antenaloop é aproximadopor:H
qe
=
md
2
πr
3
{
cos(
θ
)ˆ
r
+ 0
.
5 sin(
θ
)ˆ
θ
}
,
(2.1) emqueθ
é o ângulo entre oponto indutor e o ponto que sofre a indução,r
ˆ
é ovetorunitário na direçãoradialeθ
ˆ
éovetorunitárionadireçãoelevaionalemoordenadasesférias. Amodiação domodelodeplanoinnitonováuo[25 ℄paraummeioinnitoondutivoérealizadaaosemodiaronúmero deonda,quenomeio ondutivoéexpresso por
k
rocha
= (1
−
j
)
/δ
. Estaaproximaçãodo ampo paraosenlaes desubida e desida édada, emsuaforma fasorial,por [24 ℄:H
=
m
d
4
πr
3
e
−jT
e
−T
{
2 cos
θ
(1 + (1 +
j
)
T
)ˆ
r
+ sin
θ
(1 + (1 +
j
)
T
+ 2
jT
2
)ˆ
θ
}
,
(2.2) em queT
=
r/δ
=
r
p
µσ
Ω
/
2
é o alane normalizado pela profundidade peliular e traz a ontribuição de perdas no solo. Além disso, o parâmetroT
pode ser ompreendido omo uma frequêniaespaial normalizado paraumdeterminado alaner
.2.3.3 Modelagem do Canal e Frequênia Ótima de Operação
Éusualseusartensãoeorrenteparaaparametrização dequadripolose,por onsequênia,os
parâmetrossãobaseadosemimpedânia,parasistemasqueoperamemfrequêniasmoderadamente
omenergia epotênia,araterizando osquadripolosom parâmetros dedispersão. Éadotadoo
oneitode impedânia de transferênia,
Z
(Ω)
,entre os loops para analisar modelos de anal de propagaçãoemfrequêniasabaixode100kHz. Assim,onsiderandoasversõesfasoraisdaorrentetonalnoloop transmissor,
Itx
(Ω)
,edatensãoinduzidanosterminaisdaantenareeptora,Vrx
(Ω)
,Z
(Ω) =
Vrx
(Ω)
/Itx
(Ω)
.
(2.3)Deaordoom alei de Faraday,a tensão induzida por umampo magnétio nosterminaisde
umondutor de malha fehada depende da variação temporal do uxo magnétio que adentra a
malha em sentido ortogonal a seuplano [26℄. Portanto, a tensão induzida nos terminais de uma
antenaloop emfunção do ampo magnétio édada por
V
rx
(Ω) =
−
j
Ω
µN
rx
S
rx
cos(
ϕ
)
H
,
(2.4) em queS
rx
eN
rx
são a área e a quantidade de voltas do loop reeptor, respetivamente, eϕ
é o ângulo entre o ampo magnétio e o eixo do loop ortogonal a seu plano. Observa-se em (2.4)que, apesar do ampo sofrer atenuações em alta frequênia, o reeptor infringe ao sinal de saída
atenuaçõesembaixasfrequênias. Paraoordenadasesférias,
ϕ
=
θ
asoosplanos dosdois loops sejamparalelos. Assim,Vrx
(Ω)
emfunçãodosamposH
r
eH
θ
nasdireçõesˆ
r
eθ
ˆ
,respetivamente, édada porVrx
(Ω) =
−
j
Ω
µNrxSrx
[
H
r
cos(
θ
−
θx
) cos(
θy
)
−
H
θ
sin(
θ
−
θx
) cos(
θy
)]
,
(2.5) emqueθx
eθy
sãoângulosderotaçãodoseixosx
ˆ
′
e
y
ˆ
′
que,porsuavez,sãoeixosauxiliaresriados
pelarotação de
φ
−
90
◦
doeixo
z
ˆ
. A Figura2.3ilustra ageometria em questão.b
x
y
z
ˆ
z
′
φ
θ
r
α
Figura 2.3: Geometria para álulo de ampo entre duas antenas loop irulares. O ângulo
α
formado pelos vetores ortogonais aos planos determinados pelas duas antenas é resultante daomposição de rotaçõesnoseixos
x
ˆ
′
e
y
ˆ
′
.
Omomento magnétio fasorial
md
(Ω) =
NtxStxItx
(Ω)
india a forçaomplexa de umaantena transmissora para dada frequênia onsiderando uma orrente tonal no transmissor. Assim, aoadaptar as equações de ampo e adotando o oneito da impedânia de transferênia
Z
(
T
) =
Vrx
(
T
)
/Itx
(
T
)
na frequênia espaialnormalizadaT
,tem-seZ
(
T
) =
NtxNrxStxSrx
p
G
tx
r
G
rx
r
F
r
+
q
G
tx
θ
G
rx
θ
F
θ
(2.6)equivalenteàimpedâniadetransferênia,emqueosganhosnormalizadosdasantenasde
transmis-sãoe reepção ompolarizações nasdireções
r
ˆ
eˆ
θ
sãoG
tx
r
= cos
2
(
θ
)
,G
rx
r
= cos
2
(
θ
−
θx
) cos
2
(
θy
)
,G
tx
θ
= sin
2
(
θ
)
eG
rx
θ
= sin
2
(
θ
−
θx
) sin
2
(
θy
)
, eFr
eFθ
são funções de transferênia do anal de propagaçãodadas, respetivamente, porFr
=
T
2
πσr
5
e
−T
p
1 + 2
T
+ 2
T
2
e
j{
tan
−
1
(
T
1+
T
)
−T
−
π
2
}
(2.7) eFθ
=
T
2
2
πσr
5
e
−T
p
(1 +
T
)
2
+ (
T
+ 2
T
2
)
2
×
e
j{
tan
−
1
(
T
+2
T
2
1+
T
)
−T
+
π
2
}
.
(2.8)Ruído Atmosfério
Neste apítulo, eluidamos o modelo matemátio
utilizado para desrever o ruído atmosfério e,
posteriormente, revisamos rapidamente os
parâ-metros utilizados para veriar as aproximações
dafunçãodedensidadedeprobabilidade doruído.
Após,expliamosametodologiaadotadapara
rea-lizar a estimação da apaidade restrita do anal
parao ruídoatmosfério, seguidadaavaliaçãoda
aproximação da função de densidade de
probabi-lidade baseado nos parâmetros itados
anterior-mente. Por m, osresultados da apaidade
res-trita doanal são explanados.
3.1 Introdução
Neste apítulo, analisamos o ruído atmosfério, optando por ummodelo probabilístio dentre
ospresentes na literatura. A partirdeste modelo, iremosveriarqueo ruído atmosférioé
om-postoporumaomponente Gaussianaeumaomponenteimpulsiva. Apartir destainformação, é
interessanteveriarqualseriaaapaidaderestrita doanalonsiderandoentradasbinárias
equi-prováveis destetipo de ruídoefazer aomparação omaapaidade restrita do ruídoGaussiano,
amde analisarmos omoa omponenteimpulsiva pode afetara apaidade restrita.
3.2 Ruído Atmosfério
O ruído atmosfério pode ser araterizado a partir de diversos modelos onforme desrito
em [27℄. Neste trabalho, utilizamos o modelo de [28 ℄, assim omo em [27℄, para equaionar a
distribuiçãodeprobabilidadedemagnitude,poisestemodeloépreisoematematiamentesimples.
Omodelo onsiderao ruído desritoomo umfasor ea suamagnitude, expressa pelavariável
aleatória
PN
, é a soma de duas omponentes: a omponente Gaussiana, expressa pela variável aleatóriaΞ
,e aomponenteimpulsiva,expressa pelavariávelaleatóriaΥ
. Aprimeiraomponenteompostapor desargasatmosférias próximas aoreeptor [28℄[29 ℄.
Afunção densidade deprobabilidade damagnitudeda omponenteGaussianaéadistribuição
deRayleigh[28 ℄, dadapor
p
Ξ
(
ξ
) =
2
ξ
R
2
0
exp
−
ξ
2
R
2
0
, ξ
≥
0
,
(3.1) emqueR
2
0
éa potênia médiade ruído. A distribuiçãodeWeibull(tambémdesritanaliteratura omoPower-Rayleigh) desreve a magnitudeda omponenteimpulsiva [28℄,dada porp
Υ
(
υ
) =
aυ
a−
1
R
a
exp
h
−
υ
R
a
i
, υ
≥
0
,
(3.2)emque
R
ea
dependemdaenergia médiaemΥ
. Avariávela
assumevaloresentre0e2,e quanto menoro valor dea
,maiora probabilidade deΥ
tervaloresde ruídoimpulsivo grandes[28℄.Umavezqueoruídoatmosférioédado por
PN
= Ξ + Υ
,afunçãodensidade deprobabilidade resultanteé aonvolução dasfunções(3.1) e(3.2) [28 ℄:pP
N
(
ρn
) = 2
Z
∞
0
aυ
a−
1
R
a
exp
h
−
υ
R
a
i
ρ
n
−
υ
R
2
0
exp
−
(
ρ
n
−
υ
)
2
R
2
0
dυ.
(3.3)A seguir, seguem osmomentos de interesse davariávelaleatória [28 ℄, quesão obtidos a partir
daintegração direta de (3.3):
E
{
PN
}
=
R
Γ
1 +
1
a
+
R
0
√
π
2
,
(3.4)E
{
P
N
2
}
=
R
2
Γ
1 +
2
a
+
R
0
R
√
π
Γ
1 +
1
a
+
R
2
0
,
(3.5)var
{
PN
}
=
R
2
Γ
1 +
2
a
−
Γ
2
1 +
1
a
+
R
2
0
1
−
π
4
,
(3.6)emque
Γ(
.
)
é afunção Gamma,E
{
.
}
éo operador esperança evar
{
.
}
éo operadorvariânia. A distribuiçãode probabilidade de magnitudeé dada por [28℄P rob
(
PN
> ρn
) =
Z
∞
ρ
n
pP
N
(
ρn
)
dρn
=
exp
h
−
ρn
R
a
i
+
Z
ρ
n
0
aυ
a−
1
R
a
exp
h
−
υ
R
a
i
exp
−
(
ρn
−
υ
)
2
R
2
0
dυ,
(3.7)e,portanto, suafunção de distribuiçãoumulativa ésimplesmenteo seuomplemento.
Por m, é importante introduzir o parâmetro
γ
2
, que relaiona a razão da energia entre a
omponenteimpulsiva ea omponente Gaussianado ruído. Oparâmetroé dado por