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UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE SEDLOG NA ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA FORMAÇÃO SERRA DOS LANCEIROS, BACIA DO CAMAQUÃ

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Academic year: 2020

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(1)UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE SEDLOG NA ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA FORMAÇÃO SERRA DOS LANCEIROS, BACIA DO CAMAQUÃ. Eduarda Pedroso 1 Robert Sauer 2 Ezequiel Galvão 3. Resumo: A Bacia do Camaquã está localizada sobre terrenos metamórficos e ígneos do Escudo Sul-Riograndense, a sudeste do estado do Rio Grande do Sul. É preenchida pelo Supergrupo Camaquã, o qual é composto da base para o topo pelo Grupo Maricá, Grupo Bom Jardim, Formação Acampamento Velho, Grupo Santa Bárbara, Grupo Guaritas e Suíte Intrusiva Rodeio Velho. O Supergrupo Camaquã aflora em três sub-bacias distintas (Camaquã Ocidental, Central e Oriental), separadas por altos do embasamento. O Grupo Santa Bárbara ocorre nas três sub-bacias e é composto da base para o topo, na Sub-Bacia Camaquã Ocidental,pelas Formações Estância Santa Fé, Seival, Serra dos Lanceiros e Pedra do Segredo.A Formação Serra dos Lanceiros compreende arenitos fluviais e ritmitos areno-pelíticos lacustres, representando a progradação de um sistema fluvial entrelaçado distal sobre um sistema lacustre raso. O objetivo deste trabalho foi identificaras variações do nível de base estratigráfico, a partir de padrões de empilhamento, empregando técnicas de levantamento estratigráfico, analise de fácies litoestratigráficas e correlacionando com o emprego do software SedLog. Com isso, este trabalho interpretou o empilhamento estratigráfico como sendo composto por um ciclo retrogradacional (transgressivo) onde a base é composta por arenitos mais grossos, relacionados a períodos de enxurradas nos quais inundações representadas por depósitos fluviais alcançavam esta região e períodos de estiagem onde o registro de sedimentos finos marca períodos de seca, registrados nas rochas sedimentares expostas na região.A partir do emprego do software se torna mais fácil a visualização do perfil vertical de fácies, que representa as espessuras das camadas sobrepostas,bem como as litologias presentes, os padrões de empilhamento (granulometrias decrescentes e/ou crescentes) e o detalhamento de estruturas sedimentares das rochas. O emprego do software SedLog para representação ilustrativa de levantamento e correlação estratigráfica é uma ferramenta útil que tende a acrescentar em futuras pesquisas, mesmo que ainda padeça pela falta de alguns recursos específicos, como utilização de cores.. Palavras-chave: BACIA DO CAMAQUÃ, ESTRATIGRAFIA, SEDLOG.

(2) Modalidade de Participação: Iniciação Científica. UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE SEDLOG NA ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA FORMAÇÃO SERRA DOS LANCEIROS, BACIA DO CAMAQUÃ 1 Aluno de graduação. eduardapedroso.geo@gmail.com. Autor principal 2 Estudante de graduação. rsauer17@gmail.com. Co-autor 3 Docente. ezequiel.geol@gmail.com. Orientador. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(3) ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS DA FORMAÇÃO SERRA DOS LANCEIROS, GRUPO SANTA BÁRBARA, BACIA DO CAMAQUÃ: UM ESTUDO DE APLICAÇÃO DO SOFTWARE SEDLOG PARA ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA 1 INTRODUÇÃO A Bacia do Camaquã está localizada sobre terrenos metamórficos e ígneos do Escudo Sul-Riograndense, a sudeste do estado do Rio Grande do Sul. É preenchida pelo Supergrupo Camaquã, o qual é composto da base para o topo pelo Grupo Maricá, Grupo Bom Jardim, Formação Acampamento Velho, Grupo Santa Bárbara, Grupo Guaritas e Suíte Intrusiva Rodeio Velho. O Supergrupo Camaquã aflora em três sub-bacias distintas (Camaquã Ocidental, Central e Oriental), separadas por altos do embasamento (FAMBIRNI, 2003). O Grupo Santa Bárbara ocorre nas três sub-bacias e é composto da base para o topo, na Sub-Bacia Camaquã Ocidental, pelas Formações Estância Santa Fé, Seival, Serra dos Lanceiros e Pedra do Segredo (FAMBIRNI et al., 2006). A Formação Serra dos Lanceiros compreende arenitos fluviais e ritmitos areno-pelíticos lacustres, representando a progradação de um sistema fluvial entrelaçado distal sobre um sistema lacustre raso (OLIVEIRA, 2012). O objetivo deste trabalho foi identificar as variações do nível de base estratigráfico, a partir de padrões de empilhamento, empregando técnicas de levantamento estratigráfico, análise de fácies litoestratigráficas e correlacionar com o emprego do software SedLog. 2 METODOLOGIA Este trabalho teve três etapas definidas para sua realização. Inicialmente, na etapa précampo, foi feita a discussão da área de estudo, bem como a definição dos intervalos estratigráficos de interesse com a ajuda de cartas e imagens de satélite. Após, na etapa de campo, foram realizados os métodos clássicos de levantamento litoestratigráfico (Fig. 1), como medição das espessuras dos pacotes de rocha e representação gráfica à mão das superposições.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(4) Figura 1 ± Afloramento do Perfil 1 mostrando a espessura de camada com escala no martelo.. Para isso foi necessário o uso de ferramentas essenciais de geologia, como trena métrica, martelo petrográfico, bússola geológica e GPS. Foi feita a medição de propriedades estruturais das camadas de rocha, como direção e mergulho, e medidas de paleocorrentes através de estruturas sedimentares primárias, como ripples e estratificações cruzadas (Fig. 2). Figura 2 ± A) Ripples de corrente, com lapiseira indicando sentido de paleocorrente; B) Estratificação cruzada.. A. B. Na etapa pós-campo, foi feita a organização final do levantamento no software SedLog, o qual gerou a visualização gráfica do empilhamento estratigráfico. Com o software, foi possível também determinar intervalos sem preservação do registro sedimentar, representando hiatos deposicionais. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(5) 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO A partir do emprego do software se torna mais fácil a visualização do perfil vertical de fácies, que representa as espessuras das camadas sobrepostas, bem como as litologias presentes, os padrões de empilhamento (demarcados a partir das granulometrias decrescentes e/ou crescentes) e o detalhamento de estruturas sedimentares das rochas. Com isso, este trabalho interpretou o registro estratigráfico como sendo composto por um ciclo retrogradacional (transgressivo), relacionado a vários períodos de enxurradas. A base é composta por arenitos médios intercalados com lentes de areia grossa, correspondendo ao transporte de sedimentos em mais alta energia e diretamente ligado à queda do nível de base estratigráfico. As inundações são representadas pelos ritmitos areno-pelíticos da parte mais superior da seção, evidenciando um aumento do nível de base estratigráfico. Figura 3 ± Seções colunares dos perfis 1 e 2 do Arroio dos Lanceiros.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

(6) 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O emprego do software SedLog para representação ilustrativa de levantamento e correlação estratigráfica é uma ferramenta útil que tende a acrescentar em futuras pesquisas, mesmo que ainda padeça pela falta de alguns recursos específicos, como utilização de cores. Mas, neste caso, outros programas ainda podem suprir a falta destes recursos, que de maneira nenhuma comprometem a interpretação geológica. Portanto, este trabalho trouxe contribuição para o conhecimento das geociências, no que diz respeito à pesquisa na área de geologia sedimentar e estratigrafia e comprovou a eficácia da tecnologia aliada à geologia de campo. REFERÊNCIAS FAMBRINI, G. L.; ALMEIDA, R. P. DE.; FRAGOSO-CESAR, A. R. S. Estratigrafia e Evolução Paleogeográfica do Grupo Santa Bárbara (Ediacarano) na Sub-Bacia Camaquã Ocidental, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Geociências, volume 36 (3), 2006. FAMBRINI, G. L. O Grupo Santa Bárbara (Neoproterozoico III) da Bacia do Camaquã, Rio Grande do Sul. Tese de Doutoramento. USP, Instituto de Geociências. São Paulo, 2003. OLIVEIRA, C. H. E. DE. Evolução Tectono-Estratigráfica das Bacias Santa Bárbara e Guaritas, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado, nº 306. Brasília, 2012.. Anais do 10º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa œ Santana do Livramento, 6 a 8 de novembro de 2018.

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Figura 1 ± Afloramento do Perfil 1 mostrando a espessura de camada com escala no martelo
Figura 3 ± Seções colunares dos perfis 1 e 2 do Arroio dos Lanceiros.

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