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CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DA ÁGUA ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICO QUÍMICOS NO ARROIO JAGUARI, LAVRAS DO SUL RS

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Academic year: 2020

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(1)CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DA ÁGUA ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICOQUÍMICOS NO ARROIO JAGUARI, LAVRAS DO SUL-RS. Mayra Kauany Rodrigues Cunha 1 Haline Dugolin Ceccato 2 Fabiano Garcia Madrid 3 Alisson Pereira Lopes 4 Cristiane Heredia Gomes 5. Resumo: Este trabalho foi uma pesquisa, do curso de geologia da Universidade Federal do Pampa, e foi desenvolvido ao longo de uma drenagem afluente do Arroio Jaguari, no interior do município de Lavras do Sul, em direção ao município de São Gabriel, a fim de analisar algumas amostras de água, que posteriormente foram submetidas a processos laboratoriais de análises físico-químicas. Esses processos foram baseados em uma Legislação Ambiental específica, a qual delimita parâmetros que devem ser seguidos a fim de deflagrar águas de qualidade. Dentro desses parâmetros de classificação da água qualitativamente e quantitativamente, estão a dureza, alcalinidade, temperatura, pH e condutividade elétrica. As análises revelaram que podem conter intervenções no ciclo hidrológico dado por diversas ações antrópica através da contaminação dos recursos hídricos com esgotos, atividade mineira e agrícola. Os resultados obtidos foram comparados com os valores propostos pela Resolução CONAMA 357/05 para a classificação das águas na Classe 2.. Palavras-chave: Água, Potabilidade, Alcalinidade. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DA ÁGUA ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICOQUÍMICOS NO ARROIO JAGUARI, LAVRAS DO SUL-RS 1 Aluno de graduação. cunha_mayrak@hotmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. haline.ceccato@gmail.com. Co-autor 3 Aluno de graduação. fabianomadrid.rs@gmail.com. Co-autor 4 Aluno de graduação. alissoncpv@yahoo.com.br. Co-autor 5 Docente. cristianegomes@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE.

(2) CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA DA ÁGUA ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS NO ARROIO JAGUARI, LAVRAS DO SUL-RS 1. INTRODUÇÃO A água está entre uma das maiores preocupações para o desenvolvimento sustentável, segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), na resolução nº 357/2005. Esta Resolução dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições padrões de lançamento de efluentes e outras providências. A qualidade da água é protegida por legislação Ambiental específica, baseada nos seguintes princípios: prevenção, preocupação, poluidor-pagador, usuário-pagador e integração. Estes princípios encontram-se na Constituição Federal de 1988, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 6.938/81). A poluição antrópica, isto é, aquela causada pelo homem, é um agravante. Ela mostra que muitas vezes o ser humano age sem se preocupar com o meio ambiente, gerando, desta forma, danos à natureza muitas vezes irreversíveis, até mesmo a própria saúde. Este estudo envolveu a análise de alguns parâmetros físico-químicos das águas, dentre eles: temperatura, pH, condutividade elétrica, alcalinidade e dureza. Os resultados obtidos foram comparados com os valores propostos pela Resolução CONAMA 357/05 para a classificação das águas na Classe 2. Trazendo para um contexto regional, preocupando-se com a qualidade deste recurso tão importante, foi realizado um estudo para avaliar a situação da água de uma drenagem afluente do arroio Jaguari, na área rural do município de Lavras do Sul. A detecção e determinação dos elementos presentes na água são de grande importância, não só como uma forma de estabelecer sua influência nos vários ecossistemas, mas também para monitorar e controlar as vias críticas pelas quais eles atingem a hidrosfera. 2. METODOLOGIA Para as coletas de água foram utilizados recipientes de polietileno de 500 ml. Estes recipientes foram previamente descontaminados com ácido nítrico (10%) por 48 horas e, então, foram lavados com água destilada e levados à estufa para secar (25°C). Foram coletadas oito amostras de água ao longo do arroio Jaguari, Lavras do Sul, RS. Todas as amostras foram preservadas e analisadas de acordo com os critérios específicos da FUNASA (2006). As análises foram realizadas no Laboratório de Química da Universidade Federal do Pampa, Campus Caçapava do Sul. Imediatamente após as amostras serem coletadas, o pH foi medido utilizando um ph metro no laboratório. A condutividade elétrica foi medida com o equipamento GEHAKA CG 1800. Para determinação da dureza total utilizou-se EDTA-Na como titulante e indicador eriocromo-T com o PH das amostras ajustado para 10 com tampão adequado (NBR 12621). Em paralelo procedeu-se a titulação de prova em branco utilizando água destilada-deionizada. A Equação 1, a seguir, indica o cálculo de determinação de dureza total:.

(3) mg/L CaCO3 = ((V1 ± Vb) x fc x 0,01 x 100000)/Va. (1). Onde, V1 = Volume (mL) de solução de EDTA-Na gasto na titulação da amostra; Vb = Volume (mL) de solução de EDTA-Na gasto na titulação da prova em branco; fc = fator de correção volumétrica da solução de EDTA-Na; Va = Volume (mL) da amostra. A alcalinidade total (Equação 2) foi determinada através de titulação, empregando ácido sulfúrico, 0,01 mol/L como titulante e indicador misto verde de bromocresol/vermelho de metila (APHA). Não foi detectada alcalinidade devida a hidróxidos, pois as amostras não apresentaram coloração frente ao indicador fenolftaleína (NBR 12621/Set 1992). mg/L CaCO3 = (VH2SO4 x NH2SO4 x 50.000)/Va. (2). Onde, VH2SO4 = Volume (mL) de ácido sulfúrico gasto na titulação da amostra; NH2SO4 = Normalidade da solução de ácido sulfúrico usada; Va = Volume (mL) da amostra. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Todos os resultados de análise água foram comparados segundo Resolução CONAMA 357/05. Os níveis de dureza foram determinados para verificar possível potabilidade. A dureza é uma das características naturais da água que indica a concentração total de íons alcalinos terrosos presentes na água. É possível quantificar quando a água entra em contato com rochas calcárias e dolomitas, no qual o cálcio e o magnésio são dissolvidos. Estes sais são agregados de água com bicarbonatos (HCO3-), nitrato (NO3), cloretos (Cl) e sulfatos (SO4). A Portaria n° 1469/2000 do Ministério da Saúde limita a dureza em 500 mg/L CaCO3 como padrão de potabilidade. Este padrão não é muito restritivo, pois uma água com PJ / GH GXUH]D p FODVVLILFDGD FRPR ³PXLWR GXUD´ PDV SRU RXWUR Oado, uma restrição muito severa pode inviabilizar muitos abastecimentos públicos que utilizam água dura, por não disporem dos recursos necessários para a remoção da dureza ou abrandamento da água. Os resultados das análises de dureza total indicam que as amostras variaram entre água moderadamente dura a muito dura (Figura 1). As amostras 3 e 4, apresentaram dureza de 541,567 e 351,583 mg/L-1, respectivamente, sendo classificadas como água dura. As amostras 5 e 6 apresentaram dureza de 89,90 mg/L-1, sendo classificadas como água moderadamente mole. Por fim, a amostra 7 apresentou dureza de 177.39 mg/L-1, sendo classificada como levemente mole e a amostra 8, 221.19 mg/L-1, sendo classificada como água moderadamente dura. O pH é um parâmetro importante, de forma direta e indireta, no processo de análise de água. Desta forma, as restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas classes de águas naturais, pela legislação federal (Resolução n° 357 do CONAMA, de março de 2005), que permitem moderados afastamentos do valor de pH = 7,0, tomado como referência. O valor de pH é também um resultado relevante para a composição dos FKDPDGRV ³tQGLFHV GH TXDOLGDGH GH iJXDV´ sendo um padrão de potabilidade. A Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde recomenda que os valores estejam entre 6,0 e 9,5. Desta forma, o pH de todas as amostras ficou entre 7,3 a 7,88, apresentando um caráter levemente alcalino (Figura 2)..

(4) Figura 1: Gráfico com valores de dureza (mg/L).. Figura 2: Gráficos com valores de pH, mostrando o caráter levemente alcalino. A condutividade refere-se à capacidade que a água tem de transmitir corrente elétrica devido aos cátions (cargas positivas) e aos ânions (cargas negativas) presentes nela, a partir da dissociação de outras substâncias. Esta propriedade varia com a concentração total de substâncias ionizadas na água, temperatura, mobilidade iônica, valência iônica e a concentração real e relativa de cada íon. Quanto maior a quantidade de íons dissolvidos, maior é a condutividade elétrica da água. A condutividade elétrica é uma medida indireta da concentração de poluentes. Níveis acima de 100 µS/cm3 indicam impactos ambientais, mas não indicam a quantidade relativa dos vários componentes. Além disso, valores elevados podem indicar características de água corrosiva (CETESB, 2015). Sendo assim, os resultados de condutividade variam de 149,8 a 180,9 µS/cm³. Os elevados valores obtidos podem estar relacionados a ações antrópicas presentes na área de estudo, como a atividade mineira e agrícola..

(5) Figura 3: Gráfico com valores de condutividade (µS/cm³). A alcalinidade mede a capacidade da água em neutralizar os ácidos. Os principais componentes da alcalinidade são os sais do ácido carbônico, ou seja, bicarbonatos, carbonatos, e os hidróxidos. Além disso, a alcalinidade não é um risco potencial para a saúde pública. No entanto, valores elevados estão associados diretamente com os processos químicos de meteorização (hidrólise parcial ou total) e, também, podem resultar em águas de degustação desagradáveis. A medida da alcalinidade é de fundamental importância durante o processo de tratamento de água, pois é em função do seu teor que se estabelece a dosagem dos produtos químicos utilizados (FUNASA, 2006). As amostras apresentaram um valor de alcalinidade variando de 46,64 a 180,2 µS/cm³. Assim, todas as amostras permaneceram dentro desse intervalo de 0-800 mg/L, que equivale a rios de água doce.. Figura 4: Gráfico contendo valores de Alcalinidade (µS/cm³). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados análises das amostras de água do arroio Jaguari, apresentam dureza variando de água moderadamente dura a muito dura, sendo que apenas a amostra 3 apresentou-se acima do padrão de potabilidade para consumo humano estabelecido pelo Brasil (2011). Todas as amostras apresentaram um pH de acordo com os padrões estabelecidos por Brasil (1990; 2011)..

(6) Todas as amostras analisadas quanto à condutividade elétrica apresentaram valores acima de 100 µS/cm-1, o que sugere impactos ambientais ou águas corrosivas. Isto pode estar correlacionado com a deposição de estéreis e rejeitos em locais inapropriados na região. Além disso, pode também, estar associado a agricultura que é bastante intensa na área. Desta forma, aponta-se a necessidade de novos estudos e estudos mais aprofundados em termos de quantidade de amostras e elementos analisados para um melhor entendimento do processo antrópico que pode estar ocorrendo na área do arroio Jaguari. 5. REFERÊNCIAS ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas- / NBR 12621/Set 1992. Brasil. Lei da Política Nacional do Meio Ambiente. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.Disponível em: http://www.bvambientebf.uerj.br/arquivos/edu_ambiental/popups/lei_federal.htm l Acesso em: 19 junho 2017. Brasil. Panorama Lavrense. Geologia e Mineração; 20 out. 2009 [internet] [acesso em 24 jun 2017]. Disponível em: http://www.panoramalavrense.com.br/geologia.html CONCEIÇÃO, G. Distribuição de elementos-traço em sedimentos superficiais do Rio Itajaí-Mirim em Santa Catarina. Universidade Regional de Blumenau, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Blumenau-SC, 2004. Dissertação de Mestrado, 108p. GIUSTI, D.D. Uso da Técnica de Espectrometria de Fluorescência de Raios-X por energia dispersiva na investigação de concentrações de elementos no solo e suas relações em Lavras do Sul/RS.43f.2017. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pampa, Caçapava do Sul, 2017. CONAMA - Conselho Nacional De Meio Ambiente. 2005. Resolução Conama no 357 de 17 de março de 2005. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf Acesso em: 19 junho 2017. PESTANA, M.H.D.; Lechler, P.; Formoso, M.L.L.; Miller, J. Mercury in sediments from gold and copper exploitation areas in the Camaquã River Basin, southern Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 2000, n. 13, p. 537-547..

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Figura 1: Gráfico com valores de dureza (mg/L).
Figura 3: Gráfico com valores de condutividade (µS/cm³).

Referencias

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