Nota-se que os orientadores da temática de RecuperaçãodaInformação se encontram tematicamente mais homogêneos e consolidados, enquanto que, os orientadores dos temas confluentes a comportamento informacional se encontram dispersos e heterogêneos entre os termos afins, apesar do consenso parcial em relação aos termos pertinentes ao estudo da temática comportamento informacional, não há um termo representativamente unânime. Somente nos casos dos termos Tomada de Decisão e Estudo de Usuários observasse uma estabilidade maior, que pode ser apurada com maior detalhe na Figura 2. Como foi apontado anteriormente, o termo Tomada de Decisão foi o mais citado nos títulos dos trabalhos, e Estudo de Usuários o segundo mais citado nas palavras-chave, ficando abaixo somente de RecuperaçãodaInformação.
Resultados. Os resultados demonstraram que o arquivo público, embora venha se modernizando, incrementando em suas práticas algumas características dos paradigmas descritos pela Ciência daInformação, a grande maioria dos fazeres arquivísticos é sustentado pelos paradigmas oriundos da Arquivologia. Portanto, dos sete pontos paradigmáticos identificados, cinco são oriundos da Arquivologia que são: foco no documento; atenção à custódia; acervo histórico e institucional; produção de documentos secundários; e, pouca preocupação com o usuário. Dois paradigmas são viabilizados pela Ciência daInformação, a saber: preocupação com a recuperaçãodainformação e forte tendência à informatização. Conclusões. Evidencia-se que a preocupação com o acervo, suporte e tratamento técnico são paradigmas das ciências documentárias, os quais estão em consonância com o paradigma físico existente na área da Ciência daInformação, o que deduz ser a Ciência daInformação uma evolução das ciências documentárias. Essa inferência remete ao desenvolvimento de estudos futuros, a fim de gerar conclusões mais científicas.
Segundo [9], um Sistema de Recuperação de Informação (SRI) é capaz de armazenar, recuperar e gerenciar informação. Apesar da forma de um objeto em um SRI ser diversa, o aspecto textual tem sido o único tipo de dado que permite um processamento funcional completo. O objetivo de um SRI é minimizar o custo de um usuário localizar a informação desejada, partindo do pressuposto que o usuário poderia localizar a informação analisando todos os documentos de uma coleção, manualmente. O custo pode ser entendido como o tempo gasto pelo usuário para completar a tarefa de recuperaçãodainformação relevante.
Traçando a história da CI, que é institucionalizada nos anos de 1960 e tem seu foco na recuperaçãodainformação, Ørom (2000) percebe que a CI deve ser vista por uma perspectiva holística e interdisciplinar. Ressalta que o contexto social é especialmente relevante para a CI por dois motivos: o primeiro é que o seu objeto está sujeito a mudanças históricas, e o segundo é que a análise da disciplina por uma perspectiva científica é valiosa para o entendimento da sua natureza. Reforçando que as mudanças de concepção da estrutura e do conteúdo da disciplina foram determinadas pelas mudanças sociais, o autor apresenta algumas abordagens: concepção pré-guerra, vendo a biblioteca como uma instituição social; aspectos pós-guerra, trazendo uma visão cognitiva; paradigma físico: a recuperaçãodainformação; a escola cognitiva, que diz que o conhecimento é relativo na medida em que é alterado por processos cognitivos e sociais.
Desse modo, a ESDEP confere cursos de atualização, atividades de capacitação funcional, além de estimular o intercâmbio com organizações oficiais e entidades da sociedade civil. Sua missão compreende, como um de seus principais aspectos, o estímulo à preparação da carreira de seu quadro profissional, visando à disposição de informações atualizadas para o desenvolvimento profissional e institucional. Somente entre os anos de 2009 e 2010, a ESDEP estimulou a participação de mais de 100 membros e de 40 servidores em mais de 30 eventos em âmbito nacional e internacional. Estes beneficiários participam de palestras, cursos, congressos, workshops, dentre outros, criando uma rede de relacionamentos (network) e de contextos de apreensão de conteúdos informacionais sobre as áreas defensoriais e afins.
No contexto de uma síntese de alguns métodos e técnicas de avaliação de serviços en- contrados na literatura sobre o assunto, este artigo relata a experiência da aplicação da técnica de cliente oculto, ou mystery shopping, para a avaliação de atendimento ao público numa rede de bibliotecas públicas no interior do estado de São Paulo, Brasil. Detalha- se como a técnica foi aplicada e os resultados tabulados são apresentados. Excluindo o grupo de controle, 60% das bibliotecas avaliadas conseguiram uma avaliação de “exce- lente” para a variável “informar”, que se refere à capacidade do funcionário atendente em resolver as perguntas e as pesquisas dos usuários, resultado esse muito satisfatório. Em relação à forma com a qual os “clientes ocultos” foram atendidos, a avaliação glo- bal foi igualmente boa, tendo 50% das bibliotecas alcançado o valor “excelente” para a função “acolhimento”. A aplicação da técnica se deu no contexto da oferta da disciplina de “Serviço de Referência e Informação” no curso de graduação em Biblioteconomia e Ciência daInformação de uma universidade federal brasileira, com os alunos da supra- citada disciplina agindo como “clientes ocultos” dos serviços prestados aos usuários nas bibliotecas públicas avaliadas. Nesse sentido, espera-se que o exercício contribua para a formação de profissionais bibliotecários reflexivos que possam futuramente propor ações baseadas em evidências.
Como esclarece Vieira (2006), o fluxo de informação é uma sequência de eventos que transita de um ponto de partida a outro de chegada, ou seja, tem uma fonte de emissão e outra de recepção. O ponto de partida é a fonte emissora, que dinamizada por uma objetivação provoca um fluxo no tempo-espaço (trânsito), chegando ao ambiente de objetivação, onde se opera o processamento pela interação dialética entre a informação, a inteligência e a comunicação. Obtêm-se, então, os resultados desejados, promovendo-se a disseminação. O fluxo informacional deve ser encarado não de forma hierarquizada, mas como um processo de mão dupla que tem começo, meio, mas não pode ter fim (STAREC, 2006). Um fluxo informacional pode ser um canal, constituído pela circulação de informações que fluem de uma determinada origem, geralmente um suporte/indivíduo, em sentido a um destino de armazenamento/ processamento, podendo ocorrer a reversão desse fluxo até que os objetivos inicialmente estabelecidos sejam atingidos (GARCIA; FADEL, 2010).
Uma vez que os objetivos e o alcance do projeto estejam documentados, é hora de começar a determinar as necessidades de informações do usuário. Para fazer isto, as empresas tipicamente dependem de uma equipe de projetistas. Essa equipe precisa compreender as decisões que estão sendo tomadas e implementadas pelos usuários. Isso, requer uma compreensão de quais informações se encontram disponíveis ou ainda se fazem necessárias para que se possam tomar decisões que sejam eficientes, assim como também, a quantidade de tempo necessário para identificar um problema ou oportunidade e para tomar ou implementar decisões. A esta altura, é aconselhável expandir a equipe de projeto de modo a incluir representantes da comunidade de usuários. Este tipo de filosofia pode resultar em um grande número de conflitos dentro das equipes de projeto, mas grande parte destes conflitos internos podem ser sobrepujados pela compreensão e eficiência da liderança de um coordenador de projeto que esteja ciente das necessidades dos diversos departamentos de usuários e que esteja familiarizado com os objetivos da empresa a longo prazo.
O Boletim da Pecuária, no seu ano de criação (2014), era composto por oito páginas onde eram distribuídos os seguintes itens: Indicadores rurais (bovinocultura de corte, ovinocultura, relações de troca, insumos pecuários, insumos veterinários), FROXQD ³'LUHWR DR SRQWR´ Produtor Rural em Foco e Noite da Pecuária. No espaço ³Noite da pecuária´, era disponibilizado aos participantes um resumo das palestras do evento Noite da Pecuária do mês anterior à publicação. O informativo era impresso e disponibilizado durante o evento de extensão Noite da Pecuária, realizado mensalmente no município de Uruguaiana e região, organizado pelo CTPEC.
Então, o que a fenomenologia faz por meio de sua doutrina da Intencionalidade é superar o desvio cartesiano contra a publicida- de da mente, os desvios das realidades das coisas, ou seja, é contra as alucinações ou imaginações que impedem um sujeito de che- gar à realidade da manisfestação das coisas. Em acréscimo, para a fenomenologia não existe uma mera aparência, e nada é só um aparecimento, os aparecimentos são reais, eles pertencem ao ser. Palavras, retratos, objetos vistos ou leis são todos reconhecidos co- mo sendo capazes de aparecer de acordo com seus próprios mo- dos de ser. Considere como essencial o pensamento sobre o modo como as coisas aparecem a si mesmas (Sokolowski 2004).
Na verdade cada revolução, ou cada nova inovação, traz no seu bojo a questão da exclusão. Quando Guten- berg inventou a imprensa, trouxe novas condições para aperfeiçoar a produção cultural, educacional e científi- ca. Ao mesmo tempo surgiram os analfabetos e iletra- dos que jamais tiveram acesso à inovação de Gutenberg. A revolução tecnológica, apesar dos inúmeros benefíci- os trouxe também a questão dos excluídos da sociedade dainformação. Todo esse processo acabou validando, cada vez mais, a questão da alfabetização informativa que hoje, em muitos países é considerada tão importan- te quanto a alfabetização educacional.
É importante enfatizar, também, o enriquecimento recíproco das áreas de administração e ciência dainformação no conceito da GI. O conceito é fundamental para as duas disciplinas, porquanto seu entendimento sobre administração difere na ciência dainformação. Na administração, abrange o processo de coleta, armazenamento, tratamento e disseminação dainformação no ambiente organizacional. Já na ciência dainformação, a gestão dainformação abrange os aspectos e as aplicações dainformação em geral, pois o ciclo informacional inclui as questões inerentes a partir da identificação das necessidades de informação dos usuários até a etapa de uso dainformação (Alves e Duarte, 2015). Portanto, parafraseando Choo (2003, pp. 27-29), a informação é intrínseca a quase todo o fazer organizacional. O autor compreende que esse tipo de ambiente usa a informação estrategicamente para dar sentido às mudanças do ambiente externo, gerar novos conhecimentos através do aprendizado e tomar decisões. Infere-se que a GI e suas etapas giram em torno de um elemento complexo, subjetivo, dinâmico e essencialmente pessoal, que é a identificação de necessidades informacionais. Assim, com o intuito de colaborar para o alcance do estado de definição dessas necessidades, buscamos ascender caminhos que orientem os indivíduos organizacionais, por meio da abordagem integrada com os estudos de usuários.
Por outro lado, embora sejam poucos, há professores vão além de aulas expositivas, e buscam integrar novas formas de mostrar aos alunos o conteúdo ministrado. Percebe-se que é principalmente em disciplinas que têm carga horária prática. Nessas disciplinas os professores relataram que utilizar tecnologias, como softwares demonstrativos, vídeos para demonstração da aplicabilidade de conceitos, vídeos de estudo de caso, reportagens sobre determinado tema abordado. Tudo que possa tornar a disciplina mais atrativa e aproximar os conceitos da realidade prática.
Inconscientes da importância das informações armazenadas e sem parâmetros para estimar o seu valor, muitos responsáveis por arquivos desconhecem o que é um programa de gestão documental e de gestão dainformação, não dando ao documento o devido tratamento arquivístico (Carvalho e Longo, 2002, p. 115). Fidelis, Ferreira e Lima (2013) apresentam um relato de experiência sobre os serviços de informação do Hospital Paraibano. Neste caso, o termo gestão dainformação aparece incidentalmente uma única vez ao longo do texto. Os autores consideram de grande “importância o fluxo e acondicionamento das informações, indispensáveis à avaliação do desempenho hospitalar, sua organização, recursos e metodologia de trabalho” (Fidelis, Ferreira e Lima, 2013, p. 114). Defendem, portanto, a implantação da gestão documental, como ferramenta potencializadora do fluxo de informações do Hospital.
Essa área, assim como as demais, consistia em uma feição erosiva de cabeceira, cuja recuperação envolveu obras de ma- crodrenagem. Porém, esta se deu através da retificação do ca- nal, sem a canalização do mesmo; e em associação, foram dispostos drenos subsuperficiais e estruturas de encaminha- mento da água de escoamento pluvial, com saídas para o canal principal. Além disso, no entorno do canal, foi construída uma pista para caminhada, bancos, brinquedos, e outras estruturas sob a forma de um parque. Na Figura 15, observa-se o perfil geológico desta Área, com a distribuição dos materiais geoló- gicos, e a representação da configuração do relevo.
A representação ideal dainformação, a pureza cristalina alme- jada na seleção de descritores, as técnicas mais robustas de ma- peamento e rastreamentos das ações dos usuários na web, ainda não atingiram sua plenitude. O modo como os resultados de bus- ca dainformação se apresentam na Web geram a ilusão do encon- tro pleno das intencionalidades, se pensadas em uma perspectiva mental. Neste contexto, pressupomos então que as ações de inde- xação social de conteúdos na rede são resultado dos encontros de intencionalidades, mas que outras formas de se compreender as intencionalidades precisariam ser assumidas, para podermos en- tender os limites e alcances destes encontros. Assim, vislumbra- mos que, se compreendermos minimamente esta força motriz, a intenção que desencadeia esta ação coletiva de indexação, pode- remos pensar futuramente sobre como melhorar a Encontrabili- dade, a Perversividade, a Ubiquidade, ou melhor, a mediação dos sistemas de informação. Adotamos um posicionamento de defesa da validação das ações dos usuários enquanto orquestradores dos conteúdos na web e este capítulo, de modo indireto, tem o obje- tivo de reforçar esta defesa.
Quanto à Ética, partamos já da ideia básica de que se trata de outro ramo ou disciplina filosófica, cujo sentido nuclear podemos entreabrir pela via etimológica: a palavra vem do grego ethos, que significa modo de ser, carácter; no latim, mos ou mores (plural) significa costumes e daí derivou o termo moral. Ética e moral confundem-se em nível semântico, mas também não tem faltado quem as ouse distinguir. E entre várias distinções possíveis trazemos, pela sua razoabilidade, uma à colação: a Ética trata/estuda o que é bom para o indíviduo e para a sociedade, tendo em vista qual a natureza dos deveres na interacção pessoa e sociedade; a Moral é o conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes e valores que guiam a conduta do indivíduo dentro do seu grupo social. A Moral é normativa, enquanto a Ética é teórica, procurando explicar e justificar os costumes de uma sociedade, bem como ajudar na resolução dos seus dilemas mais comuns. E, se é possível distinguir Ética de Moral, mais fácil e necessário se torna distingui-la da lei, embora esta tenha por base, natural e frequentemente, princípios éticos. Decorre, desta distinção, outra, que é subsequente: Ética não é deontologia e muito menos código deontológico, mas este será tanto melhor e oportuno, quanto mais e fundas raízes tiver na Ética. Fernando Savater, na sua Ética para um jovem (Ética para Amador, na versão espanhola e original), quase a finalizar o capítulo cinco, sintetiza bem o que, aqui, importa
4. Ariluci Goes Elliott. Doutorado em Ciência daInformação pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP-Marília-SP). Mestre em Ciência daInformação pela Universi- dade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Educação de Jovens e Adultos pela Universidade de Brasília (UNB) e Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Do- cente do Curso de Biblioteconomia e do Programa de Pós-Graduação em Biblioteconomia (PPBG) da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Juazeiro do Norte, Ceará – Brasil. ariluci.goes@ufca.edu.br
A tomada de decisões necessita estar embasada em informações atuais e confiáveis, especialmente, nos ambientes jurídicos. No Brasil, as mudanças na legislação são constantes motivadas principalmente pelas promulgações de medidas provisórias. Neste sentido, faz-se necessário conhecer bem as fontes e as mudanças para satisfazer as necessidades dos usuários da área jurídica. Por isso, através de uma pesquisa exploratória, cujo objetivo foi realizar um estudo de usuários, especialistas na área jurídica, na biblioteca da Procuradoria Regional da República da 5ª Região (Brasil), que é uma unidade que pertence ao Ministério Público Federal do Brasil, usando o questionário como ferramenta de coleta de dados. Os resultados mostraram que os usuários dainformação jurídica são exigentes e específicos em suas pesquisas, realizando buscas em diferentes fontes de informação, uma vez que suas necessidades apresentam um grau elevado de dificuldade.
Hoje, o meio organizacional vivencia mundialmente uma concorrência acirrada e extrema, frente a um novo perfil de cliente exigente e com pouco teor de fidelização, justamente pelo grande número de opções de produtos e serviços que as organizações disponibilizam. Desta maneira, a informação ganha um espaço cada vez maior no contexto empresarial e se torna um recurso estratégico de valor, capaz de influenciar todos os setores de uma organização. Para Dias y Belluzzo (2003), as organizações atualmente necessitam de informação que vão além daquelas oferecidas para fins educativos, pois neste momento elas buscam aquelas informações que propiciam a maximização dos processos de produção e o seu desenvolvimento empresarial.