1 0 2 0 1 3 0 3 0 1
üwturaa y A p u n t a Eitmiraa II
España
#tglna XV, XVI g XVII
V 5
Lecturas y a p u n t e s literarios II A u t o r e s :
Revisión: A p u n t e s Mecanografieos:
D i b u j o s : C u i d a d o s de la edición:
I m p r e s i ó n : Distribución:
H o m e r o F d o . Villarreal Alanís L y d i a Solís Ortegón
Cecilia N i e t o de Rangel Los autores
José S. Villarreal Alanís I r m a M a r t í n e z Subealdea L o s autores
l a . E d i c i ó n , E n e r o , 1 9 7 8 Librería del Maestro
F O N D O UNIVERSITARIO
M E N S A J E
U n a vez más, nos e n c o n t r a m o s u n i d o s a n t e ese gran p r o b l e m a que es el proceso enseñanza-aprendizaje; en esta ocasión q u e r e m o s brindarte la o p o r t u n i d a d de c o n o c e r las aportaciones literarias de la Madre Patria ya q u e así advertirás la influencia directa de España en el c o n t e x t o histórico-literario de n u e s t r o país.
N o s o t r o s c o m o amigos y maestros t u y o s te invitamos a p r o f u n d i -zar en el c o n o c i m i e n t o de España, sus h o m b r e s y el p e n s a m i e n t o e m a n a d o d e ellos q u e le dieron grandeza universal.
C o n la lectura de La Celestina y El Q u i j o t e , conocerás dos de las j o y a s literarias españolas que han t e n i d o proyección a través de los
si-glos.
C o n la lectura de los líricos españoles observarás la i m p o r t a n c i a que adquiere el h o m b r e c o m o t e m a central de sus obras y te percatarás del e n r i q u e c i m i e n t o de nuestro-idioma.
La novela, el t e a t r o y la lírica, reunidas te darán u n a imagen gene-ral de lo que es España, t o m a n d o en c u e n t a la diversidad de p u e b l o s y culturas q u e la c o n f i g u r a r o n .
J o v e n a l u m n o , esperamos q u e los t e m a s seleccionados para este curso sean de tu agrado y al m i s m o t i e m p o te e x h o r t a m o s a lograr ca-da u n o de los objetivos p l a n t e a d o s de a n t e m a n o .
Estudia siempre con afán de superarte.
O B J E T I V O S G E N E R A L E S El a l u m n o :
I C o n o c e r á la Península Ibérica, su historia y geografía.
II Distinguirá los p u e b l o s que sentaron las bases de la u n i d a d étnica española.
III Advertirá la influencia lingüística que a p o r t a r o n los p u e b l o s que p e n e t r a r o n a la p e n í n s u l a .
IV Acrecentará su c o n o c i m i e n t o sobre e | s e n t i d o de hispanidad. V O b t e n d r á un p a n o r a m a general de la España de los siglos XV y
XVI.
VI Observará el origen y desarrollo del t e a t r o en España.
VII C o m p r e n d e r á la i m p o r t a n c i a de la creación española a través de la Celestina.
VIII Ampliará su c o n o c i m i e n t o sobre los iniciadores de la prosa narra-tiva en España.
IX Ubicará al p i c a r o y a la novela picaresca c o m o u n a creación ge-n u i ge-n a m e ge-n t e española.
X Engrandecerá su emotividad con la p r o d u c c i ó n lírica de influen-cia italianizante.
XI Apreciará el desarrollo histórico de España y el florecimiento del Barroco.
XII Captará las características peculiares del T e a t r o Nacional. XIII Precisará la grandeza teatral de L o p e y Cervantes.
XIV C o m p r e n d e r á la importancia de Cervantes c o m o novelista univer-sal.
XV A p r e n d e r á la enseñanza moral que transmiten las Novelas Ejem-plares.
ä l
S g •s?
Z s
« ? -ë
s a
I s h i
-i l
1 -s
S ! S .2 s
•s a S ° 1 1 ? ~ i s O D
•M
I I l ! 5 § ; s . s I ? I o « P.
S
- o -a5 5 2
- "S a
1 1 «8 I H Í
s s s S "
-«»3 a o ai Qj JT J® -SI -V -si i z -: 3I 1 1 1 S I
f l ^ l i
I l
Il 1
SS ! 8 J I S ii l l <«•5
.s g <3 I I
•S I
t § I
* n si
I l î
. ~
-s -s I ë l 5
n r>
S 1
y
«35«
•m >
i l
I I <5
H
s s
•si f 1
J £ £ 5
-Si Œ S -s
s .
— r o
I I* II I
SJ t | S - i i I l 5 f 1 1 1 1 s 13
II
•S-I 3
g S g -S 2
[ — o
! u T.
£ - 3
- S I « 3 «
i ¡ I I
¡« «5 1 I I
s g 15
i. 5 •3 ¿-ë -«
i
S 2 Í
S 1
I ! s
s 5 l i
Ss
li!
m " ' [ § ! G S "
I I I
f i i l
il
I « s'i
Unidad
España Generalidades
I UNIDAD
" La grandeza de España esta m u y p o r encima de sus d e f e c t o s " Isabel T E M A 1
E S P A Ñ A . - GENERALIDADES.— SITUACION G E O G R A F I C A Observando un mapa del C o n t i n e n t e E u r o p e o , advertiremos que en el suroeste del mismo se encuentra una Península con f o r m a apro-ximada de un c u a d r a d o . Esta Península es llamada " Ibérica anti-guamente recibió el n o m b r e de Hispania y en la actualidad es la región d o n d e se e n c u e n t r a n España, Portugal y A n d o r r a . Limita al n o r t e con el Mar C a n t á b r i c o . Al sureste y este con el Mar Mediterráneo. Al oeste y suroeste es babada la Península por las aguas del O c e á n o Atlántico. Su ú n i c o límite terrestre es al noreste con Francia. La Península Ibéri-ca. abarca una superficie un p o c o m e n o r de 6 0 0 , 0 0 0 k m . 2 de los q u e solo España c o m p r e n d e 5 0 5 , 0 2 0 km. 2.
En su aspecto orográfico, la Península Ibérica está e s t r u c t u r a d a por varios sistemas: Cantabro—astúrico, Central, Ibérico y Penibético, cuenta con varias elevaciones d e importancia, e n t r e ellas: Los m o n t e s Pirineos, La Sierra de G u a d a r r a m a , La Sierra Morena, La Sierra Nevada y/el Pico de Mulhacén cuya cima alcanza una altura de 3 , 4 8 1 m e t r o s sobre el nivel del mar.
La Hidrografía de la región está f o r m a d a por varios ríos que atra-viesan la península de este a oeste, nacen en España, cruzan Portugal y desembocan en el Océano Atlántico, es el caso del D u e r o , T a j o , Gua-diana, Guadalquivir, etc. El único r í o que atraviesa la región del n o r t e a sureste d e s e m b o c a n d o en el Mar Mediterráneo, es el Ebro.
El clima es variado, p r e s e n t a n d o paisajes boscosos al n o r t e , seco v y e r m o en el c e n t r o y verde y fértil en el sur. Sus producciones espe-ciales son: castaños, pastizales, gramíneas, cítricos, olivos y viñedos.
C o m o ya c o m e n t a m o s , La Península Ibérica, está f o r m a d a por España, Portugal que se independiza en 1 6 4 0 y Andorra un p e q u e ñ o principado de los Pirineos.
T E M A II
Base é t n i c a e s p a ñ o l a .
Existe la hipótesis de q u e los m á s a n t i g u o s p o b l a d o r e s de la p e n í n s u l a ibérica f u e r o n los ligures, p e r o la o p i n i ó n general es q u e los p r i m e r o s p u e b l o s q u e llegaron a E s p a ñ a f u e r o n los í b e r o s .
Se cree q u e eran f u e r t e s , m o r e n o s , de talla m e d i a n a , q u i e n e s lle-garon p r o c e d e n t e s de A f r i c a y se e s t a b l e c i e r o n en la costa de L e v a n t e .
O t r o s f u e r o n los tartesios, p u e b l o s c u y o origen se d e s c o n o c e , se a s e n t a r o n en la p a r t e baja de A n d a l u c í a y sur de P o r t u g a l p o r el a ñ o 1 0 0 0 a de C. F u e r o n un p u e b l o c u l t o y p r ó s p e r o e n r i q u e c i d o p o r las m i n a s de plata.
Los Celtas llegaron del sur de A l e m a n i a en el siglo VI A . d e C. y se establecieron en Sierra M o r e n a .
Eran rubios, a l t o s y valientes, vivían, en r e c i n t o s f o r t i f i c a d o s cu-y o s restos se e n c u e n t r a n en N u m a n c i a , se f u s i o n a r o n c o n los i b e r o s cu-y f o r m a r o n la raza c e l t í b e r a .
Los fenicios y los griegos llegaron a tierras españolas en su a f á n de colonizar las costas del m e d i t e r r á n e o e i n f l u y e r o n s o b r e los habi-t a n habi-t e s de Iberia ( n o m b r e d a d o p o r los griegos ) a Hispania ( Spanija, tierra de c o n e j o s , de origen p ú n i c o ).
Los fenicios f u n d a r o n G a d i r ( h o y C á d i z ) y la presencia de los griegos n o s la m u e s t r a n los vestigios de su c o l o n i z a c i ó n e n c o n t r a d o s en A m p u n a s .
Los cartagineses llegaron a E s p a ñ a y c o n q u i s t a r o n el país,
pe-Numai C O n r r f n ° S , e n V a - • ^e r r a Pú n i c a y c o n la t o m a de
N u m a n c i a ( 1 3 4 ) d e f e n d i d a v a l i e n t e m e n t e p o r sus m o r a d o r e s , España q u e d o en p o d e r de los r o m a n o s . De este h e c h o h i s t ó r i c o t o m ó Cervan-tes la crónica y c o m p u s o la c o m e d i a d r a m á t i c a El C e r c o de N u m a n c i a .
f n m n N, ° SC P "c d t¡ .h a b , a r » " a u n i d a d é t n i c a e s p a ñ o l a p e r o t o m a n d o
c o m o base a los hgures, se p u e d e n c o n s i d e r a r a los í b e r o s , celtas,
feni-« ¿ S dVruS
"a
Crn
°a,
l0S^ ^ * —
Los r o m a n o s d o m i n a r o n E s p a ñ a y g o b e r i f t r o n desde el sigjo II A. de C. hasta el siglo V D de C.
La r o m a n i z a c i ó n d e la p e n í n s u l a se llevó a c a b o gracias a la reli-gión cristiana, a la lengua latina y al e s t a b l e c i m i e n t o d e u n sistema ju-r í d i c o , llogju-rando, le e s t a m a n e ju-r a , i m p o n e ju-r la c u l t u ju-r a q u e ellos h a b í a n a d q u i r i d o de los griegos.
La d o m i n a c i ó n r o m a n a t e r m i n ó c u a n d o v á n d a l o s suevos y alanos, p u e b l o s belicosos, atravesaron los Pirineos en b u s c a de e x p a n s i ó n te-rritorial. Más t a r d e llegaron los visigodos, éstos, m á s civilizados, lo-graron restablecer el o r d e n h a s t a el a ñ o 7 1 1 c u a n d o llegaron los m o r o s del A f r i c a por el e s t r e c h o de G i b r a l t a r .
Los árabes, f a n á t i c o s de las d o c t r i n a s de M a h o m a , p e n e t r a r o n y • d e r r o t a r o n f á c i l m e n t e a los visigodos y lograron consolidarse en Espa-ñ a ; C ó r d o b a se c o n v i r t i ó en c e n t r o p o l í t i c o y cultural de O c c i d e n t e . Una p a r t e de la p o b l a c i ó n a d o p t ó la religión y la lengua de los árabes y a b u n d a b a n los m o z á r a b e s , cristianos q u e residían c o n los m o r o s ; y los m u d é j a r e s , árabes q u e r e s i d í a n c o n los cristianos.
Persistió la tolerancia e n t r e los g r u p o s y el p r e d o m i n i o de los ára-bes en la P e n í n s u l a f u e a b s o l u t o hasta c o m i e n z o s del siglo XI.
L o s árabes hicieron g r a n d e s a p o r t a c i o n e s en E s p a ñ a ; i n t r o d u -j e r o n el papel y la industria textil e n t r e otras. E d i f i c a r o n m e z q u i t a s
y palacios y su i n f l u e n c i a cultural f u e grande d e b i d o a su afición por la l i t e r a t u r a , la f i l o s o f í a y d e m á s ciencias,
Los h i s p a n o - r o m a n o s se o r g a n i z a r o n y l u c h a r o n d u r a n t e siglos por la R e c o n q u i s t a de su t e r r i t o r i o .
Estos h e c h o s h i s t ó r i c o s f u e r o n material para los literatos de los siglos XII y XIII - F u e hasta a fines del siglo XV c u a n d o lograron desa-lojar a los árabes y al unirse los reinos de Castilla y Aragón se f o r m ó lo q u e se p u e d e c o n s i d e r a r la u n i d a d española.
T E M A 111
LA L E N G U A E S P A Ñ O L A
Hablar de la lengua de España significa recordar la presencia de los distintos p u e b l o s q u e con u n o s u o t r o s fines llegaron a la Penínsu-la; pueblos aborígenes c o m o los llirios, Ligures y A m b r o n e s , dieron la base natural o a u t ó c t o n a de los Hispanos-, pueblos inmigrados c o m o los Iberos y los Celtas, p u e b l o s colonizadores c o m o los Tartesios, Carta-gineses, Griegos, Fenicios, etc. pueblos invasores c o m o los R o m a n o s , los Bárbaros y los Arabes. Cada p u e b l o c o n t r i b u y ó con vocablos q u e enriquecieron la lengua de la Península.
Los n o m b r e s de lugares, ciudades, p u e r t o s y personas son mues-tras tangibles de la influencia lingüística de esos pueblos. N o h a b í a unidad lingüística entre los h a b i t a n t e s de España, u n a lengua se habla-ba en casa y o t r a en la calle, u n a se usahabla-ba oralmente y otra p u r escrito.
La conquista de la Península por los R o m a n o s f u e lenta y n o se llevó a c a b o sin resistencia, h u b o pueblos q u e a c e p t a r o n r á p i d a m e n t e la romanización, sin e m b a r g o , Castilla y la región Vasca f u e r o n reacias a la'invasión. La estancia de los r o m a n o s f u e de casi siete siglos, llega-ron en el m o m e n t o o p o t u n o y a q u e Hispania no t e n í a un idioma consolidado así que i n t r o d u j e r o n e n la Península aparte de el L a t í n vulgar, su religión, su espíritu militar, u n a a r q u i t e c t u r a grandiosa y m u c h o s aspectos más. P r o n t o Hispania f u e u n a de las provincias roma-nas más señaladas en el Imperio.
Palabras c o m o : grandis ( t a m a ñ o ), magnus ( cualidades mora-les ), ludus ( juego ), j o c u s ( burla ), aurícula ( oreja ) son muestra de la presencia latina en n u e s t r o idioma.
Es de mencionarse que el l a t í n vulgar llevado p o r los r o m a n o s a la Península, se e n c o n t r ó en c a d a región con diferentes lenguas, unas más arraigadas q u e otras, de esta m a n e r a se mezcló el l a t í n con las dis-tintas lenguas habladas en E s p a ñ a y en o t r o s lugares ^ u e después for-marían el I m p e r i o R o m a n o y así aparecieron las Lenguas R o m a n c e s llamadas también Neolatinas. Ellas son: Español, Francés, Italiano, Gallego, Portugués, Catalán, Provenzal, Sardo, R é t i c o , Dálmata y Ru-m a n o .
Los Bárbaros también dejaron huella lingüística de su estancia en España, a pesar de que los Alanos, Suevos y Vándalos eran pueblos de-vastadores, tuvieron la ventaja de que sus h e r m a n o s los Visigodos, eran más preparados y organizados y p u d i e r o n influir positivamente en la Península.
El sufijo ing-engo en vocablos c o m o abadengo, realengo, abolen-go, términos c o m o wardja ( guardia ), spaiha ( espía ) y voces de la Onomástica c o m o : A l f o n s o de all ( t o d o ) y f u n s ( p r e p a r a d o ) y Fer-n a Fer-n d o de F r i t h u s ( paz, aliaFer-nza ), y Fer-n a Fer-n t h ( atrevido ) soFer-n vivos ejem-plos de la influencia bárbara en la Península. Su presencia fue casi de tres siglos d a n d o paso a la invasión m u s u l m a n a que d u r ó del siglo VIII al XV D. C. Estos últimos se a p o s e n t a r o n el c e n t r o y sur de España d a n d o a conocer su gran cultura, su arte, su buen gusto en la decora-ción, en las comidas, en el vestuario, etc.
Los árabes dejaron más de 4 , 0 0 0 palabras a n u e s t r o idioma y si no lograron superar en su c o n q u i s t a a los R o m a n o s f u e p o r cuestión de épocas y situaciones históricas. Vocablos t o m a d o s del árabe son: atala-ya ( centinela ) alférez ( caballero ) y m u c h a s voces de la agricultura, matemáticas, vivienda y c o n s t r u c c i ó n , c o m o : acequia, alberca, algo-d ó n , arriate, zaguán, a z o t e a , a l m o h a algo-d a , albañil, álgebra, aritmética.
Al terminar el siglo XV, concluye la última d o m i n a c i ó n de impor-tancia en España y es de suponer que desde esc siglo a la fecha, la len-gua española ha evolucionado bastante y ha sido i n f l u i d a lingüística-mente por t o d o s los países q u e tienen c o n t a c t o con ella.
A d j u n t a m o s un resumen en d o n d e se oberva la participación en la lengua española de los distintos países relacionados hasta fines de la Edad Medig.
T E M A IV El sentido de Hispanidad
C o m o t o d a a u t e n t i c a nación hay en España cierta afinidad de raza entre sus c o m p o n e n t e s h u m a n o s , u n idioma c o m ú n , u n territorio, un pasado y u n porvenir c o m ú n . Esta u n i d a d se manifiesta en la adhe-sión q u e cada español t r i b u t a al p a s a d o , al presente y al porvenir de España y el estilo está presente, en cierto " m o d o de ser " que t o d o s o s t e n t a n , en sus h e c h o s y sus producciones, sin e m b a r g o " definir " el estilo hispánico es empresa difícil, sólo nos limitaremos a m o s t r a r l o mediante s í m b o l o s que lo m a n i f i e s t e n .
H e m o s e s t u d i a d o en p á r r a f o s anteriores la colonización, inmigra-ción y c o n q u i s t a s por las q u e pasó España y esa mezcla de culturas vie-nen a p r o d u c i r u n a manera d i f e r e n t e y unitaria a la vez. Cada región, cada provincia ofrece características distintas, por ese m o t i v o suele lla-marse el t e r r i t o r i o hispánico el " mosaico español ".
P e r o , ¿ C ó m o p o d r e m o s f o r m a r n o s u n a idea mas clara de lo q u e es el estilo hispánico ?
L o m e j o r q u e p o d r í a m o s hacer es convivir p e r m a n e n t e m e n t e con ese estilo. Estudiar su historia en f o r m a a t e n t a . R e c o r r e r la Península. C o n t e m p l a r sus paisajes tan maravillosamente diferentes. Visitar sus ciudades, sus pueblos, sus aldeas. Conversar con sus habitantes. Admi-rar el A r t e , los c u a d r o s q u e han p i n t a d o , las estatuas q u e han labrado y los edificios que han c o n s t r u i d o . Leer las obras de su literatura; escu-char sus cantos, disfrutar su música. Admirar sus bailes. En fin, sumer-girse conviviendo con la vida pasada y presente del p u e b l o español. Y al cabo d e esa larga convivencia t e n d r í a m o s en n u e s t r o espíritu u n a noción clara, precisa, a u n q u e inefable e indefinible del estilo español.
Pero ese c a m i n o es largo e impracticable para la m a y o r í a de las personas; t e n d r e m o s que buscar u n s í m b o l o . Una solución ofrece la figura del Cid C a m p e a d o r , otra la de D o n Quijore y S a n c h o , así c o m o la figura del c u a d r o de Velázquez d e n o m i n a d o Las lanzas. T a m b i é n el r e t r a t o del G r e c o c o n o c i d o b a j o el n o m b r e de El caballero de la m a n o al p e c h o .
T o d a s estas figuras t o m a d a s del tesoro a r t í s t i c o d e España n o s llevarían a c o n o c e r u n a figura p e r o n o u n estilo en sí, u n m o d o . Ne-cesitamos u n h o m b r e , en suma q u e represente las m i s í n t i m a s
aspira-ciones del alma española. Pero, n o s iremos má&Jejos. Más que u n a figu-ra se necesita simbolizar la hispanidad; u n t i p o ideal, el diseño de un h o m b r e que individual y c o n c r e t o n o lo sea para con los demás, un h o m b r e que viviendo en nuestra m e n t e con t o d o s los caracteres de la realidad viva, n o sea, sin embargo ni éste, ni aquél, ni de ¿ste lugar, ni de tal hechura ni de cual condición social o profesional; u n h o m b r e q u e represente en suma las mas í n t i m a s aspiraciones del alma española, el sistema t í p i c a m e n t e español de las preferencias q u e en el f o n d o de su alma t o d o español quisiera ser.
R e a l m e n t e es difícil definirlo, sin embargo i n t e n t a r e m o s " mos-trarlo " mediante s í m b o l o s q u e lo manifiesten y que ustedes d u r a n t e el curso p o d r á n utilizar. Estas " figuras " encajan unas u otras en t o d o p e n s a m i e n t o descripción o narración emanada de un escritor español.
Simbolización del Caballero español
Paladin: Defensor de u n a causa es el Caballero español, deshace-dor de e n t u e r t o s e injusticias que va por el m u n d o s o m e t i e n d o toda realidad, cosas y valores al imperativo de valores supremos e incondi-cionales.
Grandeza c o n t r a m e z q u i n d a d : Grandeza es el sentimiento de per-sonal valía, es el a c t o por el cual d a m o s un valor a lo que somos sobre lo q u e tenemos. Mezquindad es j u s t o lo c o n t r a r i o . El a c t o de prefe-rencia por lo que se tiene a lo que somos. El Caballero español tiene de si m i s m o un valor infinito y e t e r n o . Vale por lo que es y n o por lo que tiene.
A r r o j o : La valentía del Caballero español deriva de la p r o f u n -didad de sus convicciones y de la superioridad inquebrantable de su propia esencia y valía. De nadie espera y de nadie teme. Cifra t o d a su vida en sí mismo, en su p r o p i o esfuerzo personal. Cree en lo que pien-sa y pienpien-sa lo q u e cree.
elocuencia. El Caballero español es silencioso y aún t a c i t u r n o , grave en su postura, p e r o c u a n d o hay ocasión, o m o m e n t o de p u n z a n t e emo-ción alza la voz y se e n c u m b r a en f o r m a s de elocuencia y retóricas, sabe gritar y gritar con fuerza.
C u l t o del h o n o r : E x p r e s i ó n y manifestación e x t r e m a d e estima-ción superior a su personalidad individual. H o n r a es t o d a manifesta-ción externa que alienta al h o m b r e en su afán y p r o p ó s i t o de per-fección o c u l t a n d o en lo posible el a b i s m o e n t r e la maldad real y la b o n d a d ideal. La h o n r a , el h o n o r es, pues, ese r e c o n o c i m i e n t o e x t e r n o del valor interior de la p e r s o n a .
Idea de la m u e r t e : L a vida del caballero español n o vale la pena o vale solo en t a n t o q u e se p o n e al servicio del valor e t e r n o . Esta vida n o es lugar d e estar sino tránsito a la e t e r n i d a d .
Religiosidad del Caballero: En t o d o m o m e n t o quiere hacer él la vida y la Historia, en vez de ser h e c h o p o r la vida y p o r la Historia. Sin e m b a r g o p o d r e m o s señalar en este p u n t o que la p o s t u r a hispánica a n t e la vida es e m i n e n t e m e n t e senequista ( explique el m a e s t r o este concep-t o ) y su religiosidad es m o concep-t i v o de serio esconcep-tudio.
Impaciencia de e t e r n i d a d : El Caballero siente en su alma un a n h e l o palpitante de e t e r n i d a d q u e n o puede, ni esperar siquiera, el t é r m i n o de la breve vida.
Personalidad: T o d a s las cualidades anteriores van en resumidas cuentas a u n a característica f u n d a m e n t a l : La afirmación enérgica de la personalidad individual. Es regularmente una personalidad f u e r t e , n o cede, n o se doblega, n o se s o m e t e . A f i r m a su y o con orgullo, con alti-vez, con tesón, a veces con testarudez p e r o siempre con nobleza, es decir, con la h o n r a d a estimación de la propia valía.
C u l t o del h o n o r :
" Maté a tu padre J i m e n a , p e r o n o ha desaguisado m a t é h o m b r e y h o m b r e d o y y aqui estoy a tu c u i d a d o "
2 ç»
Ht
I
S
<
'Z O. v> WJ Ul
o <
o a z o O
Rio Tormes en Salamanca
Rio Tormes en Salamanca
II U N I D A D
Verdad q u e me c u m p l e avivar el o j o y avisar, pues solo soy, y
pensar c o m o me sepa valer " . Lazarillo T E M A 1
M A R C O SOCIAL H I S T O R I C O DE LOS SIGLOS XV y XVI E D A D MEDIA Y R E N A C I M I E N T O
C o m p r e n d e la Edad Media desde el siglo V al XV D. C. a u n q u e los albores literarios en España son en el siglo XII D.C.
Los tiempos son d e luchas y problemas, prosigue la R e c o n q u i s t a , los árabes pierden su poder en la Península, existe pugna e n t r e los reyes y los señores feudales; la burguesía y el p u e b l o en general a p r o -vechan el m o m e n t o para ganar libertades y derechos.
Así se integra una nueva conciencia: la Nación Española. El ma-t r i m o n i o de Isabel de Casma-tilla y F e r n a n d o de Aragón agluma-tina inma-tereses pero no se acaba del t o d o el p o d e r feudal. Castilla o c u p a un lugar pre-p o n d e r a n t e en el reino espre-pañol.
D e n t r o de este m a r c o de agitación nacen y se desarrollan las letras, aparecen c o n v e n t o s y claustros en d o n d e se manifiestan las artes y t o d a clase de cultura, p o c o a p o c o se van f u n d a n d o bibliotecas y universidades y son los nobles en las cortes quienes protegen la publi-cación de las obras escritas.
La iniciación literaria coincide con el nacimiento del castellano; desde el siglo VIII se maneja lo que se llama un 44 r o m a n c e ", pero
co-m o ya se dijo es hasta el siglo XII c u a n d o se inicia la literatura usándo-se con más insistencia el castellano. Ya para el siglo XV la literatura llevaba un c a m i n o a m p l i a m e n t e recorrido t a n t o en el genero épico c o m o en el género lírico, en el siglo XIII y XV se dan muestras teatra-les, apareciendo el género d r a m á t i c o y en el siglo XIII y XV surgen obras críticas y moralizantes d a n d o lugar al género didáctico.
En las cortes aparece un nuevo t i p o de caballero: el c o r t e s a n o y aparece en España una nueva clase social: la burguesía, c o m p u e s t a de comerciantes, financieros e industriales.
Idea de la m u e r t e :
" R e c u e r d e el alma d o r m i d a , avive el seso y despierte c o n t e m p l a n d o
c ó m o se pasa la vida, c ó m o se viene la m u e r t e tan callando "
J o r g e Manrique Impaciencia de la e t e r n i d a d :
" Vivo sin vivir en m í y tan alta vida espero, y t o d a manera espero que m u e r o p o r q u e m u e r o "
primero en Italia y después en t o d o s los países e u r o p e o s . Este movi-m i e n t o significó un despertar del ser h u movi-m a n o , un darse c u e n t a de la importancia del h o m b r e mismo, el hecho de que t o d a actividad reali-zable tuviera c o m o meta el h o m b r e , un gustar del espíritu clásico d e los griegos y romanos, imitar y recrear sus obras. En esto radica real-mente Ta esencia del h u m a n i s m o y no solareal-mente en el estudio de las letras grecorromanas. O
Un hecho de importancia r e f o r z ó el arraigo de las nuevas ideas: el descubrimiento de América. En la literatura a b u n d a n las obras q u e por primera vez se editan, las traducciones de autores italianos ( Dante y Petrarca ) y de o t r o s países. Se deja de usar el p o e m a épico, el roman-ce y la copla, para ser s u s t i t u i d o s por la novela, el s o n e t o y el madri-gal. Es ya en el siglo XVI c u a n d o el t e a t r o adquiere un verdadero valor literario.
En esta época, principios del siglo XVI, es c o r o n a d o Carlos 1 c o m o rey de España, quien en Alemania gobernaba con el n o m b r e d e Carlos V, es un p e r í o d o de m a t r i m o n i o s por conveniencias, r e p a r t o de territorios y la colonización de posesiones americanas. En 1 556, se ini-cia el reinado de Felipe III. En m a n o s de estos reyes se f u e concen-t r a n d o el poder hasconcen-ta que devino en absoluconcen-tismo.
En síntesis, p o d e m o s decir que para m u c h o s autores literarios, la Edad Media fue una época de obscuridad, el R e n a c i m i e n t o de elaridez y el Siglo de O r o de esplendor.
T E M A II El T e a t r o Medieval
El T e a t r o en España tiene su origen en la épica medieval en las principales ceremonias litúrgicas. El m i s m o p r o c e d i m i e n t o de creación y desarrollo en la Antigüedad Clásica viene a suceder en el T e a t r o espa-ñol.
co-m o a los claustros de los C o n v e n t o s . F u e r o n t o co-m a n d o luego teco-mas di-versos c o m o la vida de los santos, parábolas del Nuevo T e s t a m e n t o y se agregaron " villancicos " con t o n a d a s populares.
Así nació el T e a t r o español. Mas tarde salió a la plaza pública m o n t a d a s las representaciones en a m p l i o t a b l a d o y al aire libre con escenografías r u d i m e n t a r i a s convirtiéndose en un T e a t r o e n t e r a m e n t e popular y h u m o r í s t i c o .
El T e a t r o Religioso se agrupa en d o s temas:
I.- Ciclo de Navidad: T e m a del n a c i m i e n t o d e Cristo, P r o f e c í a s y adoración d e los reyes y pastores.
II.- Ciclo de la Pasión: T e m a de la m u e r t e . M u e r t e de Cristo, epi-sodios de R e d e n c i ó n , llanto y soledad de María.
El A u t o de los Reyes M a g o s . - El mas antiguo de los t e x t o s q u e se c o n o c e n data del siglo XIII y a u n q u e m u t i l a d o n o s sirve para cono-cer el espíritu ingenuo y sencillo de la época. La trama sigue el Evange-lio de S. Mateo con escasas modificaciones. M e n c i o n e m o s t a m b i é n el Misterio de Elche también del siglo XIII y q u e todavía se representa.
T e a t r o Religioso Medieval: Misterios y Moralidades.
El Misterio: R e p r e s e n t a la vida de J e s ú s o de los S a n t o s y suele llamarse A u t o historia. Este t i p o de T e a t r o da lugar a las llamadas C o m e d i a s de Santos.
Las Moralidades: T e a t r o simbólico, c u y o s personajes son abstractos, c o m o el bien, la h o n r a d e z , la disciplina, el a m o r , etc. y se p r o d u -cen en f o r m a de párabolas y alegorías llamadas A u t o s alegóricos q u e da lugar m á s tarde, en los Siglos de O r o a los A u t o s Sacramentales.
T e a t r o satírico y p r o f a n o . - Paralelo al T e a t r o Religioso se va a crear un T e a t r o de carácter p o p u l a r q u e se llamó " j u e g o s de escar-nio " , farsas y m o n ó l o g o s de carácter p r o f a n o , satírico y h u m o r í s t i c o llamado por ellos " d e v e r g o n z a d o " . El T e a t r o p r o f a n o es juglaresco y los c o n s t i t u y e r o n las Disputas ( del agua y el vino, del alma y el cuer-p o , Elena y María, etc.) L o s j u e g o s de escarnio y las Farsas, eran recuer-pre- repre-sentadas el d í a de los inocentes. La existencia de Juglares, Mimos e Histriones en esa é p o c a y la p r o h i b i c i ó n de A l f o n s o el Sabio en sus
Partidas de escenificar este t i p o de representación en las iglesias, nos dan t e s t i m o n i o de su existencia, ya q u e las obras n o se han conserva-d o , p e r o las m e n c i o n e s a b u n conserva-d a n en crónicas y leyes.
Las danzas de la Muerte.— Originales del n o r t e de E u r o p a partici-pan del Misterio, de la Moralidad y de la Sátira. Tienen e l e m e n t o s religiosos, p r o f a n o s , filosóficos y populares. Eran piezas en que la m u e r t e invita a d a n z a r en su c o r o al Papa y al Emperadoi^al Cardenal y al R e y ; al patriarca y al d u q u e ; al n i ñ o y al m e n d i g o .
En el diálogo y la danza se a p r e n d e q u e a n t e la m u e r t e t o d o en vano, que las j e r a r q u í a s m u n d a n a s y la vanidad del h o m b r e es inútil. El tema de la m u e r t e impera en el arte y la literatura e u r o p e o s el Siglo XIX.
" A la Danca m o r t a l venit los nascidos
Quex en el m u n d o soes d e cualquiera estado, El q u e n o quisiere a fuerca c a m i d o s ,
Facerle he venir m u y tosté p a r a d o Pues q u e ya el f r a y r e b o s ha p r e d i c a d o Que t o d o s bayacs a fascr p e n i n t e n c i a , El q u e n o n quisiere poner diligencia Por mi n o m p u e d e ser mas esperado " .
A medida q u e n o s a d e n t r a m o s en el S. XV la m u t a c i ó n teatral va t e n i e n d o lugar. Las nuevas corrientes literarias van i m p e r a n d o en lo que antes era p r o f a n o y religioso, se t r a n s f o r m a n en un teatro humanista, p r o d u c t o del c a m b i o o p e r a d o en Italia que llega luego a España: El R e n a c i m i e n t o , c o r r i e n t e q u e va a t r a n s f o r m a r a la socie-dad i m p e r a n t e .
Por algún t i e m p o los a u t o r e s oscilan e n t r e las dos corrientes y sus obras se representan con igual acogida.
Prclopistas
J u a n del E n c i n a . - Nació en Encina de San Silvestre en 1469 es-tudió en Salamanca. E s t u v o al servicio del D u q u e de Alba c o m o músi-co. Vivió en R o m a d o n d e f u e c a n t o r de la Capilla pontificia. Fue a Jerusalén y regresó a España d o n d e m u r i ó en 1 5 2 9 .
a u t o r un p e r í o d o que abarca a T o r r e s N a b a r r o , Gil V i c e n t e , L o p e de R u e d a y o t r o s . Dos a m b i e n t e s se reflejan en su o b r a , el p o p u l a r o medieval y el c u l t o o r e n a n c e n t i s t a . E n su o b r a se f u n d e n a r m o n i o s a m e n -te e l e m e n t o s paganos y cristianos, asi c o m o la vida del c a m p o y la vida citadina.
Gil V i c e n t e . - Nació en 1 4 7 0 f u é p o r t u g u é s , sólo s u p e r a d o por C a m o e n s el que con su obra l o s Lusiadas fijó el idioma de Portugal. C o m p u s o Gil Vicente A u t o s d e Navidad siguiendo a J u a n del E n c i n a t o m a n d o los d o s c a m i n o s el religioso y p o p u l a r a la vez. Su p r o d u c c i ó n es a b u n d a n t e y en ella censura los vicios de los clérigos c u y a c o r r u p -ción originó la R e f o r m a d e la Iglesia en el Concilio d e T r e n t o y la Re-f o r m a P r o t e s t a n t e .
P r o d u j o Gil Vicente solo t e a t r o c o r t e s a n o para los q u e gustaban de esa manifestación artística.
L o p e de Rueda.— F u n d a d o r del t e a t r o m o d e r n o , logró hacer del t e a t r o u n espectáculo i n d e p e n d i e n t e y r e t r i b u i d o , a p a r t a d o p o r vez primera, de la Iglesia y el A y u n t a m i e n t o , con t e m a s populares.
Se conservan: C u a t r o comedias, tres c o l o q u i o s pastoriles, once Pasos y un A u t o .
Están escritos la m a y o r p a r t e en prosa con giros castizos,refranes tan populares siempre en España y proverbios. El i n g e n u o realismo, u n a f u e r z a cómica natural y a g u d ^ gracia p o r a r r o b a s y un diálogo per-f e c t o .
L o s Pasos c u y o s n o m b r e s son: L o s criados, Pagar y n o pagar, Las Aceitunas, C o r n u d o y c o n t e n t o , El rufián c o b a r d e , El convidado, La generosa paliza. La tierra de J a u j a , Los lacayos ladrones, son los m á s -interesantes y los más c o n o c i d o s y populares hasta ahora. Los
persona-jes son d e condición h u m i l d e c o m o la gitana, el b o b o , el l a c a y o , etc. J u a n de la Cueva.— Nació en Sevilla en 1 5 5 0 c o n s i d e r a d o c o m o el que i n t r o d u j o ert la d r a m á t i c a española, la épica p o p u l a r .
Las tradiciones heroicas de los t i e m p o s antiguos f u e r o n llevados a la escena por primera vez t e n i e n d o un é x i t o e x t r a o r d i n a r i o con el público de entonces, asi el p o e m a del Cid, L o s I n f a n t e s de Lara, Ber-n a r d o de Carpió pasaroBer-n a la esceBer-na española.
J u a n de la Cueva marcó un camino q u e Lope de Vega posterior-m e n t e t o posterior-m ó , al dar vida a héroes legendarios inspirados en la historia ' de España.
R o m p i ó con la tradición clásica en la unidad de t i e m p o y espa-cio, c a u s a n d o gran escándalo en los conocedores y el aplauso del públi-c o . Publipúbli-có públi-c u a t r o públi-cartas al estilo de Horapúbli-cio propúbli-clamando la libertad teatral y señalando el d e r e c h o q u e tienen el público de complacerle an-tes q u e acatar reglas clásicas.
Iniciador de un t e a t r o con temas nacionales y amplia libertad pa-ra representarse, tiene seguidores tan i m p o r t a n t e s c o m o Lope de Vega y Tirso de Molina las dos figuras mas grandes del T e a t r o de los Siglos de Oro.
T E M A III La Celestina
En 1499 aparece en Burgos la tragicomedia de Calixto y Melibea. Novela dialogada o T e a t r o en prosa. La primera edición c o n t a b a con 16 actos. Apareció con el t í t u l o de " Comedia de Calixto y Melibea " y en Sevilla 1501 aparece una nueva edición con 21 actos y un prólogo asi c o m o versos acrósticos en cuyas iniciales se lee " El Bachiller Fer-n a Fer-n d o de Rojas a c a b ó comedia de Calixto y Melibea eFer-n Puebla de Montalbán
Añadiremos que F e r n a n d o de Rojas nació en Puebla de Montal-bán y se estableció en Talavera de la Reina, era jurista y varios años f u é Alcalde Mayor. Allí m u r i ó en 1 5 4 1 . Se conserva el t e s t a m e n t o asi c o m o una lista de libros q u e p o s e y ó y f u e r o n m u y numerosos. Unos investigadores consideran que era j u d i o otros, que n o f u e ni j u d i o ni converso sino hidalgo y cristiano.
a u t o r un p e r í o d o que abarca a T o r r e s N a b a r r o , Gil V i c e n t e , L o p e de R u e d a y o t r o s . Dos a m b i e n t e s se reflejan en su o b r a , el p o p u l a r o medieval y el c u l t o o r e n a n c e n t i s t a . E n su o b r a se f u n d e n a r m o n i o s a m e n -te e l e m e n t o s paganos y cristianos, asi c o m o la vida del c a m p o y la vida citadina.
Gil V i c e n t e . - Nació en 1 4 7 0 f u é p o r t u g u é s , sólo s u p e r a d o por C a m o e n s el que con su obra l o s Lusiadas fijó el idioma de Portugal. C o m p u s o Gil Vicente A u t o s d e Navidad siguiendo a J u a n del E n c i n a t o m a n d o los d o s c a m i n o s el religioso y p o p u l a r a la vez. Su p r o d u c c i ó n es a b u n d a n t e y en ella censura los vicios de los clérigos c u y a c o r r u p -ción originó la R e f o r m a d e la Iglesia en el Concilio d e T r e n t o y la Re-f o r m a P r o t e s t a n t e .
P r o d u j o Gil Vicente solo t e a t r o c o r t e s a n o para los q u e gustaban de esa manifestación artística.
L o p e de Rueda.— F u n d a d o r del t e a t r o m o d e r n o , logró hacer del t e a t r o u n espectáculo i n d e p e n d i e n t e y r e t r i b u i d o , a p a r t a d o p o r vez primera, de la Iglesia y el A y u n t a m i e n t o , con t e m a s populares.
Se conservan: C u a t r o comedias, tres c o l o q u i o s pastoriles, once Pasos y un A u t o .
Están escritos la m a y o r p a r t e en prosa con giros castizos,refranes tan populares siempre en España y proverbios. El i n g e n u o realismo, u n a f u e r z a cómica natural y a g u d ^ gracia p o r a r r o b a s y un diálogo per-f e c t o .
L o s Pasos c u y o s n o m b r e s son: L o s criados, Pagar y n o pagar, Las Aceitunas, C o r n u d o y c o n t e n t o , El rufián c o b a r d e , El convidado, La generosa paliza. La tierra de J a u j a , Los lacayos ladrones, son los m á s -interesantes y los más c o n o c i d o s y populares hasta ahora. Los
persona-jes son d e condición h u m i l d e c o m o la gitana, el b o b o , el l a c a y o , etc. J u a n de la Cueva.— Nació en Sevilla en 1 5 5 0 c o n s i d e r a d o c o m o el que i n t r o d u j o en la d r a m á t i c a española, la épica p o p u l a r .
Las tradiciones heroicas de los t i e m p o s antiguos f u e r o n llevados a la escena por primera vez t e n i e n d o un é x i t o e x t r a o r d i n a r i o con el público de entonces, asi el p o e m a del Cid, L o s I n f a n t e s de Lara, Ber-n a r d o de Carpió pasaroBer-n a la esceBer-na española.
J u a n de la Cueva marcó un camino q u e Lope de Vega posterior-m e n t e t o posterior-m ó , al dar vida a héroes legendarios inspirados en la historia ' de España.
R o m p i ó con la tradición clásica en la unidad de t i e m p o y espa-cio, c a u s a n d o gran escándalo en los conocedores y el aplauso del públi-c o . Publipúbli-có públi-c u a t r o públi-cartas al estilo de Horapúbli-cio propúbli-clamando la libertad teatral y señalando el d e r e c h o q u e tienen el público de complacerle an-tes q u e acatar reglas clásicas.
Iniciador de un t e a t r o con temas nacionales y amplia libertad pa-ra representarse, tiene seguidores tan i m p o r t a n t e s c o m o Lope de Vega y Tirso de Molina las dos figuras mas grandes del T e a t r o de los Siglos de Oro.
T E M A III La Celestina
En 1499 aparece en Burgos la tragicomedia de Calixto y Melibea. Novela dialogada o T e a t r o en prosa. La primera edición c o n t a b a con 16 actos. Apareció con el t í t u l o de " Comedia de Calixto y Melibea " y en Sevilla 1501 aparece una nueva edición con 21 actos y un prólogo asi c o m o versos acrósticos en cuyas iniciales se lee " El Bachiller Fer-n a Fer-n d o de Rojas a c a b ó la comedia de Calixto y Melibea eFer-n Puebla de Montalbán
Añadiremos que F e r n a n d o de Rojas nació en Puebla de Montal-bán y se estableció en Talavera de la Reina, era jurista y varios años f u é Alcalde Mayor. Allí m u r i ó en 1 5 4 1 . Se conserva el t e s t a m e n t o asi c o m o una lista de libros q u e p o s e y ó y f u e r o n m u y numerosos. Unos investigadores consideran que era j u d i o otros, que n o f u e ni j u d i o ni converso sino hidalgo y cristiano.
Calixto y Melibea víctimas de las malas artes de esta m u j e r , vieja perversa que vive de arreglar entrevistas de e n a m o r a d o s , hace q u e Calixto, e n a m o r a d o p e r d i d a m e n t e de Melibea y s a b i e n d o q u e los pa-dres de la joven se o p o n e n a su a m o r hace q u e seduzca a la j o v e n c o n su ayuda.
Despues de m u c h a s hazañas C a l i x t o m u e r e y Melibea, desespera-da p o r la m u e r t e d e su a m a d o , se suicidesespera-da en presencia d e sus padres.
La tesis a p a r e n t e deí libro es m o s t r a r a los j ó v e n e s los peleigros d e q u e los m o z o s bien nacidos,consulten sus a s u n t o s í n t i m o s c o n criados y gentes de baja c o n d i c i ó n .
Sin e m b a r g o la verdadera filosofía del libro es p r o f u n d a epicúrea y pesimista.
A p a r t e del valor filosófico ésta n o s o f r e c e u n a serie d e c u a d r o s de c o s t u m b r e s d e la España d e ésa época descritas con veracidad..
La lengua alcanza en este libro su m a d u r e z en escencia.
El arte del diálogo empieza en E u r o p a con esta obra. A s í c o m o u n o de los libros capitales d o n d e atesora el r e f r a n e r o incalculable del pueblo español.
La Celestina es una obra d r a m á t i c a q u e ha influido en el t e a t r o en prosa del S. XVI así c o m o en la novela picaresca.
Se p r e s e n t ó en Paris y en México y a c t u a l m e n t e se llevó al cine con gran é x i t o .
Para que tengas u n a idea de los caracteres d e los personajes, las situaciones creadas en f o r m a d r a m á t i c a , de la variedad del lenguaje según quien habla, dada su c o n d i c i ó n social, a c o n t i n u a c i ó n te ofre-c e m o s u n a síntesis de la obra.
T R A G I C O M E D I A DE C A L I X T O Y M E L I B E A LA C E L E S T I N A
de F e r n a n d o Rojas. P E R S O N A J E S :
Calixto: m a n c e b o Melibea: doncelja
S e m p r o n i o y P á r m e n o : Criados d e Calixto Celestina: vieja alcahuete
Lucrecia: criada de Melibea Elicia y Areusa: hijas de Celestina C e n t u r i o : maleante
Pleberio: padre de Melibea
CASA D E C A L I X T O .
C A L I X T O . - ( e n t r a n d o ) . - S e m p r o n i o ! S E M P R O N I O . - ¡ Señor !
CALIXTO.— D a m e acá el laúd S E M P R O N I O . - A q u í está
CALIXTO.— ¿ Cuál d o l o r p u e d e ser tal q u e se iguale con mi mal? S E M P R O N I O . - Ese laúd esta d e s t e m p l a d o .
CALIXTO.— ¡ Qué grande es mi dolor y q u e p e q u e ñ a es la pie-dad de quien inspira mi c a n t o .
S E M P R O N I O . - ¿ T ú eres cristiano ?
CALIXTO.— ¿ Y o ? Yo Melibeo soy y a Melibea a m o . En Meli-bea creo y a MeliMeli-bea adoro.
C A L I X T O . - P o r q u e a m o a aquella a n t e quien tan idigno me hallo, q u e n o la espero alcanzar ?
SEMPRONIO.— ¡ O h pusilánime ! Desesperado estas por alcan-zar a u n a m u j e r , c u a n d o muchas de ellas sucumbieron ante laca-y o s laca-y príncipes.
C A L I X T O . - ¡ Maldito seas necio ! ¡ Que bruteces dices !
S E M P R O N I O . - Te lastimo ? lee la historia-, estudia los filósofos, mira los poetas. ¿ Quién te contará sus mentiras, sus trafagos, su livinidad, sus lagrimillas, su engaño, su soberbia, su desdén, su miedo, supresunción, su alcahuetería.
C A L I X T O . - Nada d e eso va con Melibea! ¿ Conoces los hilos de o r o de Arabia ? Más bellos son sus cabellos largos hasta el postrer asiento de sus huellas y a t a d o s con fino listón, c o m o ella se los peina, que no hay más para convertir a los h o m b r e s en esclavos. S E M P R O N I O . - ¡ Será un idiota !
C A L I X T O . - Los ojos verdes, e n t o r n a d o s , las pestañas largas, la nariz mediana, la b o c a p e q u e ñ a , los dientes m e n u d o s , los labios colorados, el pecho alto, la piel lisa, suave. ¿ Q u é se puede pedir m e j o r de u n a diosa ?
S E M P R O N I O . - Pues éste sigue t e r c o .
C A L I X T O . - Las m a n o s pequeñas, envueltas sus dulces carnes que parecen rubíes e n t r e perlas.
S E M P R O N I O . - ¿ Has t e r m i n a d o ? C A L I X T O . - Lo más breve que p u d e .
S E M P R O N I O . - Puesto que t o d o eso es verdad, por ser hombre t ú , eres más digno.
C A L I X T O . - ¿ En qué ?
S E M P R O N I O . - Ella es imperfecta por eso te desea. Recuerda lo que dijo el filósofo: Así c o m o la materia apetece a la forma, así la mujer al varón
C A L I X T O . - ¿ Y c u á n d o veré eso entre Melibea y y o ?
S E M P R O N I O . - Es posible. Y a ú n más; que la aborrezcas igual q u e ahora la adoras.
C A L I X T O . - ¿ C ó m o ?
S E M P R O N I O . - Alcalizándola y viéndola con otros ojos, libres del engaño que a h o r a los cubre.
CALIXTO.— ¿ A h o r a c ó m o la veo ?
S E M P R O N I O . - C o n una mirada que hace que lo p o c o parezca m u c h o . Pero n o desesperes que me encargaré de cumplir tus deseos.
CALIXTO.— ¿ C ó m o piensas lograrlo S e m p r o n i o ?
SEMPRONIO.— Hace t i e m p o que c o n o z c o a una vieja que se lla-m a Celestina. Es una hechicera q u e conoce todas las lla-maldades que en el m u n d o h a y , hasta a las piedras las puede provocar a la lujuria y al pecado.
C A L I X T O . - ¿ D ó n d e p u e d o verla ?
SEMPRONIO.— Le diré que venga aquí. Aguarda. Mientras iré a verla ya contarle tu pena y ella te dará el remedio.
C A L I X T O . - ¿ Tardarás m u c h o ?
S E M P R O N I O . - Enseguida vuelvo. ¡ Q u e d a t e con Dios ! (SALE) C A L I X T O . - Y que vaya contigo. ¡ Oh, Dios T o p o d e r o s o , te rue-go q u e guíes a S e m p r o n i o de tal f o r m a que convierta mi pena en gozo y y o p u e d a vivir sin merecerlo.
LA ESCENA EN CASA DE C E L E S T I N A C E L E S T I N A . - ¿ Quién toca ?
C E L E S T I N A . - ( Mala peste lo m a t e y a q u e b u e n a h o r a llega el picaro ) . . . Espera, h i j o , ya v o y . . . ¡ Elicia ! ¡ Elicia !
ELICIA.— ( D E N T R O ) . - ¿ Q u é m a n d a s t í a ?
C E L E S T I N A . - Ven p r o n t o q u e a q u í está S e m p r o n i o . ( E N T R A S E M P R O N I O ) Hijo m í o ! E s t o y tan t u r b a d a q u e ni p u e d o hablar. Ven acá, d a m e u n abrazo. T r e s días q u e n o venías. Parece menti-ra. ¡ Elicia ! ¡ Elicia ! Míralo.
E L I C I A . - ¿ A quién ?
C E L E S T I N A . - ¿ C ó m o q u e a quien ? A S e m p r o n i o . E L I C I A . - ¡ Oh ! S e m p r o n i o en casa !
S E M P R O N I O . - ¿ P o r q u é te e s p a n t a s ? A q u í vive siempre m i corazón p o r t í .
CELESTINA.— ¡ Miralo Elicia !
E L I C I A . - ¡ T r a i d o r ! ¡ Ojalá te m u e r a s !
S E M P R O N I O . - ¿ Por qué estás e n o j a d a ? S i e m p r e te h e q u e r i d o más que a las niñas de mis ojos.
E L I C I A . - Tres días han p a s a d o sin verte y dices q u e m e quieres. ¡ Ay de mi ! y y o q u e te d i t o d o mi cariño.
S E M P R O N I O . - N o te acongojes, Elicia. ¿ Crees q u e el f u e g o d e mi a m o r se apaga con el agua de tan breve ausencia. D o quiera q u e e s t o y , estás c o n m i g o .
C E L E S T I N A . - ¡ Déjala n o le hagas caso, q u e tu presencia la tur-ba y sólo dice locuras.
E L I C I A . - Calla, t í a que d e saber c u á n t o lo q u i e r o se desvanece-rá.
SEMPRONIO.— Bien desvanecido me tienes. C E L E S T I N A . - Dime, hijo, ¿ a q u e d e b o tu visita ?
S E M P R O N I O . - Ah, te lo diré y verás q u e pienso t a n t o en tu bien c o m o en el m í o .
CELESTINA.— Dios te lo pague ya q u e te acuerdas de ésta vieja pecadora.
S E M P R O N I O . - Has de saber q u e C a l i x t o mi a m o , se m u e r e de a m o r por Melibea. Necesita de tus hechicerías, y p o d e m o s apro-vechar su locura.
CELESTINA.— Veo claro lo que p r e t e n d e tu a m o , y me alegro t a n t o c o m o los médicos se alegran de que existan e n f e r m o s . SEMPRONIO.— Pues mi a m o está m u y e n f e r m o y morirá d e a m o r si n o lo curas, pasa las noches sin d o r m i r n o m b r a n d o e n t r e suspiros a su ingrata Melibea. No c o m e , ni sabe en q u e d í a vive, ni piensa en nada q u e n o sea Melibea.
CELESTINA.— Mientras más ciego, mejor para nosotros. Su ceguera le impedirá ver n u e s t r o lucro.
SEMPRONIO.— Eres lista, he h e c h o bien con t o m a r t e c o m o socia en este negocio. Arréglate que v a m o s a casa de mi Sr.
CELESTINA.— ¿ Yo a casa de Calixto ? Elicia, mi mantilla. ELICIA.— A q u í la tienes, tía.
CELESTINA.— V a m o s hijo, q u e se hace tarde,-Elicia si viene la moza que me r e c o m e n d ó el padre, la despachas. ¡ Ah ! Y dile q u e n o deje de pagar su diezmo.
E L I C I A . - Descuida, tía. Y o me encargaré S E M P R O N I O . - Adiós paloma m í a .
( SALEN C E L E S T I N A Y S E M P R O N I O )
CASA DE C A L I X T O C A L I X T O . - ¡ P a r m c n o !
C A L I X T O . - ¿ No oyes s o r d o ? P A R M E N O . - ¿ Q u é , señor ?
C A L I X T O . - Están l l a m a n d o a la p u e r t a ¿ Q u i é n es ?
P A R M E N O . - Es S e m p r o n i o y u n a vieja alcahueta.
C A L I X T O . - Calla, q u e es mi t í a .
PARMENO.— Y tú crees q u e es vituperio decirle c o m o la llamé.
En t o d a s partes la c o n o c e n c o m o lo q u e es, una alcahueta y
con-seguidora.
C A L I X T O . - ¿ Y c ó m o la c o n o c e s ?
P A R M E N O . - C u a n d o era p e q u e ñ o , mi m a d r e q u e vivía en la vecindad de Celestina, me dió a ella p o r sirviente, a u n q u e n o me
recordará pues le serví p o c o t i e m p o . C A L I X T O . - ¿ En q u e le servías ?
P A R M E N O . - Le llevaba de comer d e la plaza y la a c o m p a ñ a b a . T e n í a en la cuesta del r í o u n a casa en d o n d e se r e u n í a n m u c h a s mozas con el p r e t e x t o de lavar o r e m e n d a r camisas. C o m o era m u y amiga de estudiantes y m o z o e abades y despenceros n u n c a f a l t a b a quien le llevara trigo, harina o j a r r o de vino para q u e le pusiera en c o n t a c t o con alguna de las mozas.
C A L I X T O . - Gracias por decírmelo.
( E N T R A N C E L E S T I N A Y P A R M E N O )
C E L E S T I N A . - ¿ O h , n o b l e señor ? Sere gocija t o d a esta in-digna p o b r e z a con tu gentil persona.
C A L I X T O . - T a m b i é n mis ojos se c o m p l a c e n con tu presencia. Quiera dios q u e mi alma se alegre con tus deseadas promesas. C E L E S T I N A . - Cuáles son tus deseos que y o haré lo imposible por complacerte.
C A L I X T O . - Puede ser verdad lo que dices, pero eso n o va con Melibea.
C A L I X T O . - Escucha. T e n g o en el p e c h o aguijones, calma, paz. guerra, enemistad, injurias, sospechas. . . y t o d o p o r una causa. T a n grande es mi fuego.
C E L E S T I N A . - Yo lo apagaré. C A L I X T O . — T e m o q u e no puedas. C E L E S T I N A . - ¿ Por q u é lo d u d a s ?
CALIXTO.— P o r q u e soy indigno de ella y j a m á s podré alcanzar-la.
CELESTINA.— Observa y verás q u e el m é d i c o de tu dolencia es el que necesitas.
C A L I X T O . - Habla, pues, q u e te escucho con ansia.
C E L E S T I N A . - Melibea es hermosa, tú, franco. No te dolerá gastar, ni a m í a y u d a r t e . Ustedes los ricos ponen el dinero, los pobres d a m o s el ingenio. Iré a casa de Pleberio y a u n q u e su hija Melibea se muestre brava y o sabré c o m o humillar su orgullo. C A L I X T O . - ¿ Podrás ?
CELESTINA.— Los a m a n t e s imaginan q u e las mujeres son c o m o las crean en sus locos sueños. ¡ Cuán equivocados están ! Del m i s m o Barro son que Ustedes. Se cautivan del primer abrazo, ruegan a quien les rogó, llorar a quien lloró, conviértense en sier-vas de quien eran señoras, dejan el m a n d o para ser mandadas, r o m p e n paredes, abren ventanas, fingen e n f e r m e d a d e s y final-mente, son más atrevidas q u e los h o m b r e s más atrevidos.
C A L I X T O . - Bienaventurada t ú b o c a q u e tales dichas p r o m e t e . N o sé c ó m o r e c o m p e n s a r t e . . . ¡ T e daría la casa ! R e c i b e ahora la h u m i l d e r e c o m p e n s a de quien con ella te o f r e c e la vi-da. ( LE DA U N A BOLSA )
C E L E S T I N A . - Dios te dé larga vida, Sr. Te agradezco m a s t u f o r m a gentil de liberalidad, más q u e la dádiva. ( S A L E )
L A E S C E N A EN C A S A DE M E L I B E A L U C R E C I A . - ¿ Quién llama ?
C E L E S T I N A . - La paz sea en esta casa !
L U C R E C I A . - Celestina, m a d r e , seas bienvenida. ¿ Q u é te t r a j o p o r estos barrios q u e n o a c o s t u m b r a s ?
C E L E S T I N A . - Mi a m o r , hija. El verlos. T r a e r t e nuevas d e Elicia y t a m b i é n ver a tu Sra.
L U C R E C I A . - ¿ Saliste a eso ? Me maravillas, ya q u e n o tienes c o s t u m b r e hacerlo, ni das u n paso sin sacar p r o v e c h o .
C E L E S T I N A . - Quieres más p r o v e c h o q u e cumplir mis deseos ? Pero c o m o a las viejas n u n c a nos faltan necesidades, m á s a m í que tengo q u e m a n t e n e r hijas ajenas. A n d o v e n d i e n d o este hilo. L U C R E C I A . - E s t o y segura de q u e t ú n u n c a m e t e s aguja, p e r o mi señora Melibea está u r d i e n d o u n a tela y quizá te la c o m p r e . Aguarda ( S A L E Y A P A R E C E D E S P U E S CON M E L I B E A ) C E L E S T I N A . - Dios te bendiga ! ¡ Eres hermosa ! Dios quiera que goces m u c h o s años t u noble y florida j u v e n t u d . Coge las flores de t u florida primavera q u e p r o n t o viene la vejez.
M E L I B E A . - Hablas d e la feria c o m o te ha ido en ella ? C E L E S T I N A . - De t o d o h u b o en la viña del Sr.
M E L I B E A . - ¿ Sientes pena por la j u v e n t u d perdida ? ¿ Volve-rías a vivirla ?
CELESTINA.— Loco es el c a m i n a n t e q u e después del t r a b a j o del día, quiere estar al principio de la j o r n a d a .
MELIBEA.— Por la esperanza de vivir más, sería b u e n o vivir otra vez la edad m o z a .
CELESTINA.— Tan p r o n t o se van ? señora, el carnero c o m o el c o r d e r o . Nadie es tan viejo que n o pueda vivir un a ñ o ni tan joven que n o p u e d a morir h o y .
MELIBEA.— Creo que te c o n o z c o . Eres Celestina, la q u e vivía j u n t o al r í o ?'
CELESTINA.— Esa misma soy.
MELIBEA.— T u s razones me han parecido buenas. Discreta eres. T o m a el dinero de tu hilo y ve con Dios, que me parece que n o has p r o b a d o b o c a d o .
CELESTINA.— ¡ Oh angelical imagen ! ¡ O h perla preciosa ! C u á n t o gozo me dan tus palabras. Y ya que te muestras tan acce-sible, si me permites te diré la causa de mi visita.
M E L I B E A . - ¿ Cuál es ?
CELESTINA.— Es el caso hermosísima Melibea, que a c a b o de dejar a un e n f e r m o de m u e r t e , el cual, con una sola palabra t u y a , sanaría.
MELIBEA.— Dime, por favor, quién es ese d o l i e n t o ?
CELESTINA.— Haz de saber que en esta ciudad vive un gentil caballero llamado Calixto. . .
o t r o día con el p r e t e x t o d e buscar un halcón; m e vió y c o m e n z ó a desvariar conmigo dándoselas de galán ¡ Dile que si pensó fácil la conquista se equivocó de c a b o a rabo.
¡ Lucrecia, échala de mi casa p r o n t o ! ¡ No quiero ver a esa mala mujer !
C E L E S T I N A . - ( A P A R T E ) En mala hora vine ¡ Pobre d e m í en la que me he m e t i d o !
M E L I B E A . - Te atreves a hablar e n t r e dientes ? Así que para dar vida a un loco p r e t e n d c í s mi h o n o r ? ¿ Desonrar mi fama para mejorar la tuya ? ¡ R e s p o n d e traidora ! ¿ C ó m o te has atrevido a tanta osadía ?
C E L E S T I N A . - T u s palabras me causan t e m o r quisiera discul-parme.
M E L I B E A . - ¿ Disculpas ? Pero crees q u e haya disculpas para t u proceder. . . Venir a hablarme de Calixto. . . de esc " Saltapa-redes " .
C E L E S T I N A . - Otras más bravas las he a m a n s a d o ( A P A R T E ) M E L I B E A . - ¿ Qué dices mala m u j e r ? ¡ Habla claro para oirtc ! C E L E S T I N A . - Si es grande tu enojo. . . ¿ C ó m o podré hacerlo? M E L I B E A . - ¡ Habla ! ¡ Y 110 me enojaré !
CELESTINA.- Señora mi mensaje era para pedirte una oración de Santa Polonia que tú tienes, para sanar el mal de muelas que tiene Calixto. Y además solicitarte el c o r d ó n que ciñes a tu cintura, el cual ha t o c a d o las reliquias de R o m a y Jcrusalen. El Caballero que os dije pena y muere por ellas. Pero ya que te muestras tan airada, pues que padezca y muera el infeliz por ellas.
M E L I B E A . - Aguarda, si eso era t o d o por q u e no lo dijiste sin ro-deos ? ¿ Y que tiempos hace que padece ?
C E L E S T I N A . - Desde hace o c h o días, p e r o por su palidez, pare-ce un año. . . Sólo se consuela con sus dulpare-ces canciones. ¡ Oh si las oyeras ! ¡ Qué voz de ángel tiene ! Las avecillas se posan en
las rejas de su casa para oirle T o d a m u j e r queTo ve agradeceT)íos el haberlo h e c h o p e r f e c t o . Dime si acaso n o t e n g o razón al solici-tar tu ayuda.
MELIBEA.— Casi m e arrepiento de mi impaciencia. Me dejé lle-var por mi cólera, p e r o n o q u i e r o ser juzgada mal. T e daré de b u e n a gana el c o r d ó n , n o quiero guardar la pena de haber p o d i d o ayudar a un desvalido, t e n i e n d o y o el remedio. Si acaso el c o r d ó n n o basta ven por la oración.
C E L E S T I N A . - V e n d r é , Pero n o se enoja tu padre si me ve ? MELIBEA.— Ven d i s c r e t a m e n t e y nos veremos.
L U C R E C I A . - ( A P A R T E ) . - Pobre de mi ama si habla en secre-t o con Celessecre-tina, le dará algo más que la oración.
M E L I B E A . - Qué dices Lucrecia ? L U C R E C I A . - Q u e ya es tarde, señora.
M E L I B E A . - Es cierto, vete ya, Celestina, y no cuentes nada de lo que a q u í a pasado a ese caballero, que tal vez me jusgue mal. ( S A L E MELIBEA )
C E L E S T I N A . - O y e Lucrecia, ven, tengo que decirte una cosa. L U C R E C I A . - Habla que d e b o ir con mi señora.
C E L E S T I N A . - Ven a mi casa y te daré un j a b ó n para que her-mosees esos cabellos, q u e parecerán de oro.
L U C R E C I A . - ¿ De O r o ?
C E L E S T I N A . - Y te daré también u n o s polvos para que te huela a ámbar la boca. No hay cosa q u e más agrade a los h o m b r e s que el buen aliento.
predis-pongas a tu señora en c o n t r a m í a , y ya verás. . . y a verás. . . lo q u e p u e d o hacer p o r tí, Ya verás. ( S A L E N )
C A S A DE C A L I X T O P A R M E N O . - ¡ S e ñ o r , señor !
C A L I X T O . - ¿ Q u é pasa loco ?
P A R M E N O . - S e m p r o n i o y Celestina vienen p o r la calle.
C A L I X T O . - ¿ Y qué esperas ? L o s ves venir y n o c o r r e s a abrir la p u e r t a . ( E N T R A N C E L E S T I N A Y S E M P R O N I O ).
C E L E S T I N A . - ¡ O h , mi señor C a l i x t o ! ¡ oh mi n u e v o d u e ñ o d e la hermosa Melibea ! ¿ Con qué pagarás a esta vieja q u e h o y se ha j u g a d o la vida p o r servirte ?
C A L I X T O . - Por Dios Señora, d e c i d m e ¿ Q u é hacía ? ¿ Q u é ves-t i d o ves-tenía ? ¿ En q u e p a r ves-t e de la casa esves-taba ? ¿ Q u é cara m o s ves-t r ó al principio ?
C E L E S T I N A . - La q u e suelen p o n e r los bravos t o r o s c o n t r a los q u e lanzan agudas espadas es el coso.
C A L I X T O . - Reina y señora m í a , si n o quieres q u e desespere de-cidme b r e v e m e n t e si accedió a tu d e m a n d a .
C E L E S T I N A . - La m a y o r gloria del secreto oficio de la abeja, q u e los discretos d e b e n imitar, es que lo q u e ellas tocan lo con-vierten en otra cosa m e j o r . De manera q u e d e t o d a s las zahareñas razones y esquivas de Melibea lo traigo c o n v e r t i d o en miel y su ira en m a n s e d u m b r e .
C A L I X T O . - Ahora señora q u e m e das b u e n a s razones, d e c i d m e q u e r e s p o n d i ó a la d e m a n d a de la oración.
CELESTINA.— ¡ Q u é de b u e n agrado la d a r í a ? C A L I X T O . - ¡ O h , gracias a Dios !
CELESTINA.— Pero le p e d í más.
CALIXTO.— ¿ Q u é b u e n a m u j e r ?
C E L E S T I N A . - Un c o r d ó n q u e ceñía su cintura, diciéndole que sería p r o v e c h o s o para tu dolencia, T ó m a l o q u e si n o m e m u e r o , y o te daré a su dueña.
C A L I X T O . - ¡ O h , b i e n a v e n t u r a d o c o r d ó n que pudiste t e n e r el m e r e c i m i e n t o de ceñir su cintura, aquel c u e r p o q u e y o n o soy digno de servir !
S E M P R O N I O . - Señor, Por el c o r d ó n n o olvidéis a Melibea. CALIXTO.— ¿ Q u é dices loco desvariado ?
S E M P R O N I O . - N o lastimes tu llaga cargándola de m á s deseo. No es del c o r d ó n del que d e p e n d e tu r e m e d i o .
C A L I X T O . - Bien lo sé, pero no tengo s u f r i m i e n t o para abaste-nerme de adorar a tan alta empresa.
C E L E S T I N A . - ¿ Empresa ? Aquella empresa de b u e n a gana es dada, pero ya sabes lo que hizo p o r a m o r a Dios, por sanar tus muelas, n o para cerrar las Hagas d e tu a m o r ; p e r o si tu pena no cesase, m a ñ a n a iré por la oración.
C A L I X T O . - ¿ César ? ¿ E n t o n c e s d e b o ceder a su crueldad ? C E L E S T I N A . - Señor por h o y baste. No te fatigues, q u e más aguda es la lima que tengo, que fuerza guarda la cadena q u e te a t o r m e n t a . Yo la cortaré para que q u e d e s suelto. A h o r a d a m e licencia, que es t a r d e ; deja retirarme.
C A L I X T O . - P a r m e n o , a c o m p a ñ a a esta b u e n a señora a su casa y le a c o m p a ñ e la felicidad y alegría, q u e c o n m i g o q u e d a la triste-za y la soledad.
( S A L E N P A R M E N O Y C E L E S T I N A ) ACTO S E G U I D O
P A R M E N O . - ( E n t r a ) ¡ Señor !
C A L I X T O . - ¿ Es m u y n o c h e ? ¿ Es hora d e acostarme ? P A R M E N O . - Señor ya es tarde para levantarse.
C A L I X T O . - ¿ Que dices ? ¿ Ya transcurrió la n o c h e ? P A R M E N O . - Y b u e n a p a r t e del día
C A L I X T O . - Dime, S e m p r o n i o , ¿ Es verdad lo que dice esta des-variada ?
S E M P R O N I O . - Señor, si olvidas un p o c o a Melibea, verás la realidad.
C A L I X T O . - Creo que llaman a misa. D a d m e mis ropas. Iré a ro-gar a Dios q u e ayude a Celestina para q u e consiga que Melibea ponga fin a mis tristes días.
SEMPRONIO. - T e a c o m p a ñ a m o s , Señor ?
C A L I X T O . - ¡ No iré solo y n o regresaré hasta que n o me digáis q u e ya está de vuelta Celestina.
S E M P R O N I O . - Señov, deja eso, deja ya las canciones y c o m e algo para que puedas vivir.
C A L I X T O . - Sea c o m o te parece, mi b u e n criado Sempronio. T a n t o tienes a mi servicio que quieres t a n t o mi vida c o m o la tu-ya. ( S A L E )
S E M P R O N I O . - ( R E M E D A N D O L O ) . - " Quieres t a n t o mi vida c o m o la t u y a " ¡ J a , ja, !
P A R M E N O . - ¡ J a , ja, ja ( SALEN LOS DOS )
C A S A DE M E L I B E A ( E N T R A N D O )
M E L I B E A . - Nada sospecha mi padre. ¡ O h , si él conociera mi es-t a d o d e á n i m o ! ¡ I n f o r es-t u n a d a de m í ! ¡ C u á n es-t o m e pesa la hipó-crita violencia de m í primer r e c h a z o hubiera sido mejor acceder desde un principio a las pretenciones de Calixto. E n t r e cadenas esta mi corazón desde que escuché su n o m b r e . ¿ Qué ansia es está que abraza mis sentidos en n o se que si suaves y crueles llamas.
¡ Oh, gentil Calixto ! Sus palabras, sus palabras dulces c o m o la miel, sus miradas. . . Flechas q u e a q u í q u e d a r o n para siempre clavadas en mi corazón. Acaso, desdén, ha p u e s t o sus ojos en una doncella m e n o s cruel que y o ? ¿ Acaso hubiera sido mejor mi o f r e c i m i e n t o f o r z o s o , q u e mi p r o m e t i m i e n t o negado ? ¿ Qué pensará de m í Lucrecia ? ¿ Q u é pensará de m í honestidad ?. . . Pero n o i m p o r t a . ¡ Q u e venga Calixto ! Que n o m e desprecie que sepa q u e Melibea es suya.
L U C R E C I A . - ( E N T R A N D O ) . - T í a . espera un m o m e n t o que entraré a ver con quién está h a b l a n d o mi señora ?
M E L I B E A . - ¡ Y m u e r a luego !
LUCRECIA.— ¡ E n t r a ! ¡ Entra ! habla consigo misma. ( E N T R A C E L E S T I N A )
CELESTINA.— ¿ Cuál es tu mal, señora, que muestra tu rostro las señas de tu t o r m e n t o .
M E L I B E A . - ¡ Madre m í a , mi corazón es devorado por serpientes d e n t r o de mi c u e r p o ! .
C E L E S T I N A . - ( A P A R T E ) . - Así quería yo.
MELIBEA.— Cuál crees, al verme así, q u e sea la causa de mi mal. CELESTINA.— Desconozco la calidad de tu mal, n o p u e d o adi-vinar la cuasa.
se-n o izquierdo y de a h í a t o d o e í c u e r p o . N u se-n c a imagise-né q u e use-n dolor p o d r í a privar el e n t e n d i m i e n t o , c o m o éste lo hace. Me sien-t o sien-t u r b a d a , sin apesien-tisien-to, n o p u e d o d o r m i r ; ninguna risa q u i e r o oir. La causa de mi mal q u e m e p r e g u n t a s n o lo sabré decir.
C E L E S T I N A . - Sin r o m p e r t e t u s vestidos se lanzó c o n t r a tu pe-c h o el amor. No lape-ceraré tus pe-carnes para pe-curarte.
M E L I B E A . - C ó m o llaman a este dolor que se a e n s e ñ o r e a d o en lo mejor de mi c u e r p o ?
C E L E S T I N A . - ¡ A m o r dulce !
M E L I B E A . - Eso es, el sólo oirlo me alegró.
C E L E S T I N A . - Es un fuego escondido, u n a agradable llaga, u n sabroso veneno, u n a dulce amargura, u n a s o p o r t a b l e dolencia, una dulce herida, un alegre t o r m e n t o , una* suave m u e r t e . Más t u j u v e n t u d , te ayudará. C u a n d o Dios d a la llaga, envía j u n t o el
re-medio. Yo c o n o z c o , en este m u n d o , u n a flor q u e de t o d o eso te puede librar.
M E L I B E A . - ¿ C ó m o se llama ? C E L E S T I N A . - N o p u e d o decirlo. M E L I B E A . - Dílo, n o temas. C E L E S T I N A . - ¡ Calixto !
M E L I B E A . - ¡ Calixto ! ( SE D E S M A Y A )
C E L E S T I N A . - ¡ O h , por Dios señora ! Que os pasa ! ¡ O h , mez-quina soy ! ¡ Alza la cabeza ! ¡ O h , desventurada vieja ! ¡ En ésto acabaré ! Si m u e r e , m u e r t o soy. ¡ Señora m í a ! ¡ Melibea qué has sentido ? ¿ D ó n d e está tu graciosa habla ? tu alegre color ? Abre los ojos ¡ Lucrecia ! ¡ Lucrecia !. Tu señora se ha desmayado trac agua rápido.
M E L I B E A . - Calma, calma. Ya me r e c o b r o . N o hagas escándalo
C E L E S T I N A . - Qué te ha sucedido, perla m í a ?
MELIBEA.— Mi h o n e s t i d a d se q u e b r ó y cedió mi vergüenza. Hace t a n t o s días q u e ese caballero me h a b l ó de a m o r , q u e e n t o n -ces su idea me e n o j o , t a n t o c o m o m e alegra ahora que lo vuelvas a n o m b r a r . En mi c o r d ó n le llevaste envuelta mi libertad. Su do-lor de muelas era mi m a y o r t o r m e n t o . Alabo tu s u f r i m i e n t o , tu osadía, tu agradable hablar, tu sabiduría, tu solicitud, tu i m p o r t u -nidad. M u c h o te debe ese señor. . . y y o más, has sacado de mi p e c h o lo que j a m á s a nadie pensé descubrir.
CELESTINA.— C u é n t a m e , señora, tus deseos, que y o haré cum-plir los t u y o s y los Calixto.
MELIBEA.— ¡ O h , mi Calixto, mi señor ! Mi dulce alegría ! Si tu corazón siente lo que el m í o , n o imagino c ó m o puedes vivir. O h / amiga y señora haz que luego le p u e d a hablar y te daré mi vida. C E L E S T I N A . - Ver y aún hablarte.
M E L I B E A . - Imposible.
CELESTINA.— Imposible n o hay para un h o m b r e e n a m o r a d o . MELIBEA.— Dime, pues, c ó m o ?
CELESTINA.— Por e n t r e las puertas de tu casa. MELIBEA.— ¿ C u a n d o ?
C E L E S T I N A . - Esta noche
MELIBEA.— A qué hora, gloriosa señora C E L E S T I N A . - A las doce.
MELIBEA.— Ve mi señora y leal amiga y dile a mi señor que ven-ga, que y o lo estaré aguardando la hora que ordenaste.
( S A L E C E L E S T I N A ) UNA C A L L E