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APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE ERGONÔMICA RULA EM UMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS

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Academic year: 2020

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(1)APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE ERGONÔMICA RULA EM UMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS. Wanderson Lombardy Pereira 1 Paolla Polla Pontes do Espirito Santo 2 Carla Beatriz Da Luz Peralta 3. Resumo: Diversos são os acidentes de trabalho percebidos em dado ambiente laboral, porém, nem sempre estes são associados a quedas e incidentes com equipamentos, muitas vezes o problema encontra-se na demanda postural adotada pelos funcionários durante o expediente de trabalho. O seguinte trabalho objetiva utilizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) em setor de uma indústria de cosméticos localizada na região central da cidade de Bagé, Rio Grande do Sul, onde são preparados shampoos e cremes hidratantes para cabelos, comercializados em estabelecimento próprio e para terceiros. Esta análise baseou-se no acompanhamento da rotina de uma das colaboradoras em um dos processos desenvolvidos em seu turno de trabalho, o envase. O estudo foi baseado em pesquisa bibliográfica e estudo de caso através da utilização de fotografias registradas pelo acompanhamento in loco do serviço realizado pelas colaboradoras da empresa. Após a coleta dos dados, realizou-se aplicação do método RULA. "O método foi desenvolvido para investigar a exposição dos trabalhadores aos fatores de risco associados aos distúrbios dos membros superiores" (CARDOSO JUNIOR, 2006). O processo produtivo divide-se em: pesagem, produção, quarentena para envase, envase, rotulagem e loteamento; e tem duração superior a 48h. Através de um controle de tempos foi possível identificar que a aplicação do estudo se daria no processo de envase, por ser a atividade com maior labor time, no qual pelo menos 39% do tempo total do processo. A partir da análise das imagens obtidas no processo de coleta de dados, selecionou-se o software "Ergolândia" para avaliar cada parte do corpo. Baseado na NR17, apresentou-se sugestões de melhorias com o objetivo de evitar problemas causados pelo tipo de atividade realizada. Avaliações ergonômicas podem ser facilmente realizadas com o auxílio do software Ergolândia utilizado neste estudo, pois o mesmo aplica de forma simples os métodos anteriormente citados e ferramentas como esta são úteis na orientação do trabalho a ser desenvolvido, bem como na priorização das ações a serem tomadas pela empresa em questão. Conclui-se que é importante um estudo de demandas posturais nas empresas para evitar possíveis problemas e doenças que o colaborador pode vir a desenvolver..

(2) Palavras-chave: industria; RULA; ergonomia; análise ergonômica do trabalho.. Modalidade de Participação: Iniciação Científica. APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE ERGONÔMICA RULA EM UMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS 1 Aluno de graduação. wandersonlombardy@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. paolla.polla@gmail.com. Co-autor 3 Docente. carlaperalta@unipampa.edu.br. Orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(3) APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE ERGONÔMICA RULA EM UMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS 1. INTRODUÇÃO Diversos são os acidentes de trabalho percebidos em dado ambiente laboral, porém, nem sempre estes são associados a quedas e incidentes com equipamentos, muitas vezes o problema encontra-se na demanda postural adotada pelos funcionários durante o expediente de trabalho. Segundo SANTOS (2015, S ³(P PXLWDV GHVVDV LQG~VWULDV D SUHVFULomR UtJLGD GH SURFHGLPHQWRV SDVVRX D exigir maior destreza das mãos, que apesar de demandar um esforço relativamente leve, seus movimentos rápidos e repetitivos, aliados a uma postura estática por tempo prolongado e a sobrecarga dos segmentos do corpo, contribuem significativamente para o desenvolvimento de distúrbios osteomusculares UHODFLRQDGDV DR WUDEDOKR '257 ´ A proposta de melhorias através de estudos ergonômicos tem a finalidade de minimizar os riscos aos quais os trabalhadores são submetidos, proporcionando a eles uma melhor condição de trabalho, satisfação e incentivo no que se refere aos níveis de produtividade. (FLAVIO et all, 2015) O seguinte trabalho objetiva utilizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) em setor de uma indústria de cosméticos localizada na região central da cidade de Bagé, Rio Grande do Sul, onde são preparados shampoos e cremes hidratantes para cabelos, comercializados em estabelecimento próprio e para terceiros. Esta análise baseou-se no acompanhamento da rotina de uma das colaboradoras em um dos processos desenvolvidos em seu turno de trabalho, o envase. 2. METODOLOGIA O estudo foi baseado em pesquisa bibliográfica e estudo de caso através da utilização de fotografias registradas pelo acompanhamento in loco do serviço realizado pelas colaboradoras da empresa. Em sua fase inicial, foram realizadas visitas pré-agendadas a empresa para conhecimento de suas instalações e processos. Baseado na definição de análise ergonômica do trabalho, a figura 1 abaixo apresenta a ideia central de cada uma das etapas aplicadas..

(4) Figura 1: Etapas da EAT adaptado de Guérin et al., (2001) Após a coleta dos dados, realizou-VH DSOLFDomR GR PpWRGR 58/$ ³2 PpWRGR foi desenvolvido para investigar a exposição dos trabalhadores aos fatores de risco DVVRFLDGRV DRV GLVW~UELRV GRV PHPEURV VXSHULRUHV´ &$5'2SO JUNIOR, 2006). O método avalia as demandas posturais baseado em tabelas e diagramas, e para a aplicação do mesmo utilizou-VH D IHUUDPHQWD FRPSXWDFLRQDO ³(UJROkQGLD´ TXH ao receber os dados coletados apresenta baseada em um score qual o grau de atenção necessária para a atividade em questão. A Figura 2 apresenta os níveis de ação em função das medidas que devem ser tomadas conforme os resultados.. Figura 2: Medidas conforme nível de ação adaptado McAtamney, & Corlett (1993 apud CARSOSO JUNIOR, 2006). 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO O processo produtivo divide-se em: pesagem, produção, quarentena para envase, envase, rotulagem e loteamento; e tem duração superior a 48h. Através de um controle de tempos foi possível identificar que a aplicação do estudo se daria no processo de envase, por ser a atividade com maior labor time, no qual pelo menos 39% do tempo total do processo, a posição adotada é a mostrada na figura 3. Em relação à análise da atividade, o processo de envase é realizado em um local amplo e higienizado, e as colaboradoras são totalmente instruídas e corretas quanto ao uso dos EPIs, estes que são obrigatórios.. Figura 3: Colaboradora no processo de envase por autores (2017).

(5) A partir da análise das imagens obtidas no processo de coleta de dados, selecionou-se o VRIWZDUH ³(UJROkQGLD´ SDUD DYDOLDU FDGD SDUWH GR FRUSR %DVHDQGRVH QD ILJXUD DV SDUWHV GR FRUSR VHOHFLRQDGDV QR VRIWZDUH ³(UJROkQGLD´ SRGHP VHU visualizadas na figura 4.. )LJXUD. $YDOLDomR FRUSRUDO DWUDYpV GR VRIWZDUH ³(UJROkQGLD´. Os trechos avaliados dividiram-se em 6 partes: braço (1), antebraço (2), punho (3), tronco (4), pescoço (5) e rotação do punho (6). Para os itens antebraço (2), tronco (3) e pescoço (5), foram adicionados respectivamente movimentos opcionais representados como A, B e C na figura 5, estes somam-se na formulação do score.. )LJXUD. 0RYLPHQWRV DGLFLRQDLV DWUDYpV GR VRIWZDUH ³(UJROkQGLD´. Na última etapa de análise do software, divide-se a atividade em dois grupos, e para cada grupo verifica-se o peso das cargas suportadas, indicados respectivamente na figura 6.. )LJXUD. $QiOLVH GD DWLYLGDGH HP JUXSRV GR VRIWZDUH ³(UJROkQGLD´. Os resultados obtidos podem ser verificados na figura 7. O score obtido para o estudo é 4, representando que devem ser necessárias algumas mudanças na atividade analisada..

(6) )LJXUD. 5HVXOWDGRV DWUDYpV GR VRIWZDUH ³(UJROkQGLD´. A NR17 apresenta na seção 17.3.5, que para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas, a partir desta norma pode-se sugerir neste tópico para a prevenção de problemas por trabalho do tipo, que ao trabalhar no envase a colaboradora tenha um banco ajustado e alto que permita o controle da máquina e não prejudique na agilidade dos braços para a pega das embalagens a serem levadas até a máquina e que estes ainda sirvam para uma pausa de 10 minutos de descanso a cada 50 minutos trabalhados. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo aplicou uma análise ergonômica no processo de envase e através do método RULA e identificou-se que se faz necessária uma intervenção ergonômica na empresa. Baseado na NR17, apresentou-se sugestões de melhorias com o objetivo de evitar problemas causados pelo tipo de atividade realizada. Avaliações ergonômicas podem ser facilmente realizadas com o auxílio do software Ergolândia utilizado neste estudo, pois o mesmo aplica de forma simples os métodos anteriormente citados e ferramentas como esta são úteis na orientação do trabalho a ser desenvolvido, bem como na priorização das ações a serem tomadas pela empresa em questão. Conclui-se que é importante um estudo de demandas posturais nas empresas para evitar possíveis problemas e doenças que o colaborador pode vir a desenvolver. Quanto a empresa, com a aplicação destes métodos na busca de eficiência de seus processos, os benefícios estarão refletidos em melhorias na produtividade. 5. REFERÊNCIAS CARDOSO JUNIOR, Moacyr Machado; Avaliação Ergonômica: Revisão dos Métodos para avaliação Postural. Revista Produção Online, Florianópolis, v.6, n.3, p133-154, set/dez.,2006. FLAVIO, P. C. F; RAFIH, N; BANDEIRA, D. F; ZANATTA, T. F; CIONEK. C. A. Avaliação dos movimentos posturais de operadores de uma produção de blocos de concreto pelo método RULA. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2015, Fortaleza, CE. Anais do XXXV ENEGEP SANTOS, Viviana Maura; SANTOS, Jose Wendel; ALSINA, Odelsia Leonor Sanchez; MONTEIRO, Luciano Fernandes. Análise de fatores de riscos para.

(7) distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho no setor de envasamento de uma indústria química. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 35, 2015, Fortaleza, CE. Anais do XXXV ENEGEP..

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Figura 2: Medidas conforme nível de ação adaptado McAtamney, & Corlett (1993  apud CARSOSO JUNIOR, 2006)

Referencias

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