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O PARADOXO DA FORMAÇÃO INICIAL CONTINUADA E A PRÁXIS DOCENTE

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Academic year: 2020

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(1)O PARADOXO DA FORMAÇÃO INICIAL CONTINUADA E A PRÁXIS DOCENTE.. Alex Sandro Gomes Leão 1 Edward Frederico Castro Pessano 2. Resumo: Nossa proposta faz parte de um projeto de pesquisa que esta sendo realizada com um grupo de professores do ensino básico na cidade de Itaqui-RS, e que busca a partir de um curso de formação, trabalhar com diferentes Metodologias de Ensino da Matemática. Para nós, ensinar é um desafio que perturba todos que pensam a educação, em partes por que "(...) não existe uma receita pronta que se aplique, com sucesso, em toda e qualquer situação"(Geweher, et al, 2016), pois cada ser é único e o que interessa a um, pode não interessar a outro. O processo de ensinar e aprender torna-se então complexo e intrigante. Complexo, pois o professor precisa em cada situação, criar estratégias diferentes, e intrigante, por que por mais que assim o faça, nem sempre suas estratégias surtirão o efeito desejado. Recentemente pesquisas realizadas por nós mostram que o professor desenvolve seu trabalho em sala de aula procurando seguir com rigor o que lhe foi ensinado em sua formação inicial. Cabe então nos questionar: o que lhe foi ensinado em sua formação inicial foi suficiente para desencadear diferentes tipos de estratégias metodológicas a fim de estimular cada ser envolvido na busca do pensar? Como formador de futuros professores, entendemos que nem sempre essa situação se faz possível, não para todos alunos, pois como já afirmamos acima, cada ser é único. Sendo assim, a formação continuada se faz primordial no processo de aprimoramento docente, podendo proporcionar momentos de reflexões e re/construções de novos processos de ensino. Cursos de formação continuada de professores não são novidade. Vários são os autores que apresentam discussões sobre esta temática e ressaltam sua relevância para os profissionais do ensino, Candau (1997), Nascimento (2000), Pimenta (2002), entre outros. A formação continuada de professores tem sido entendida como um processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional, realizado após a formação inicial, com o objetivo de assegurar um ensino de melhor qualidade aos educandos (CHIMENTÃO, 2009). Nesta proposta buscamos compreender se A formação continuada de professores contribui para a mudança da prática docente e para a melhoria dos processos de ensino? No entanto os rumos de nossa investigação inicialmente nos permitem concluir que a formação inicial ainda é mais significante e duradoura para a constituição dos profissionais da educação, do que a formação continuada, a qual praticamente não tem colaborado para a transformação da prática docente, mesmo esta, sendo considerada positiva pelos educadores..

(2) Palavras-chave: Formação continuada de professores; Ensino; Matemática.. Modalidade de Participação: Pesquisador. O PARADOXO DA FORMAÇÃO INICIAL CONTINUADA E A PRÁXIS DOCENTE. 1 Docente. profaleao@gmail.com. Autor principal 2 Docente. edwardpessano@unipampa.edu.br. Co-orientador. Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.

(3) O PARADOXO DA FORMAÇÃO INICIAL CONTINUADA E A PRÁXIS DOCENTE. 1. INTRODUÇÃO. Ensinar é um desafio que perturba todos que pensam a educação, em partes SRU TXH ³ QmR H[LVWH XPD UHFHLWD SURQWD TXH VH DSOLTXH FRP VXFHVVR HP WRGD H TXDOTXHU VLWXDomR´(Geweher, et al, 2016), pois cada ser é único e o que interessa a um, pode não interessar a outro. O processo de ensinar e aprender torna-se então complexo e intrigante. Complexo, pois o professor precisa em cada situação, criar estratégias diferentes, e intrigantes, por que por mais que assim o faça, nem sempre suas estratégias surtirão o efeito desejado. Recentemente pesquisas realizadas por nós mostram que o professor desenvolve seu trabalho em sala de aula procurando seguir com rigor o que lhe foi ensinado em sua formação inicial. Cabe então nos questionar: o que lhe foi ensinado em sua formação inicial foi suficiente para desencadear diferentes tipos de estratégias metodológicas a fim de estimular cada ser envolvido na busca do pensar? Como formador de futuros professores, entendemos que nem sempre essa situação se faz possível, não para todos alunos, pois como já afirmamos acima, cada ser é único. Sendo assim, a formação continuada se faz primordial no processo de aprimoramento docente, podendo proporcionar momentos de reflexões e re/construções de novos processos de ensino. Cursos de formação continuada de professores não são novidade. Vários são os autores que apresentam discussões sobre esta temática e ressaltam sua relevância para os profissionais do ensino, Candau (1997), Nascimento (2000), Pimenta (2002), entre outros. A formação continuada de professores tem sido entendida como um processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional, realizado após a formação inicial, com o objetivo de assegurar um ensino de melhor qualidade aos educandos (CHIMENTÃO, 2009). Durante o ano de 2017 iniciamos uma pesquisa com os 14 professores de matemática que trabalham nas escolas municipais de Itaqui-RS no ensino básico. Nossas inquietações nos levaram a tentar compreender inicialmente as necessidades de formação continuada desses profissionais. Nossa investigação nos levou a revisões bibliográficas onde procuramos aprofundamento no assunto, a fim de conduzir durante o segundo semestre de 2017 e o ano de 2018 um projeto de extensão de formação continuada para esse público. Hoje essa proposta faz parte de uma análise de uma pesquisa profunda, que se desenrolará durante esses dois anos, e buscará compreender se A formação continuada de professores contribui para a mudança da prática docente e para a melhoria dos processos de ensino? Como mencionado anteriormente é um trabalho que terá seu desenvolvimento durante dois anos, porém nossa hipótese aponta que devido a complexidade do processo de ensino, da falta de valorização dos profissionais da área e da falta de políticas públicas que incentivem tal fenômeno, esta mudança não é efetivamente significativa na prática..

(4) 2. METODOLOGIA. Para tentar responder nossas inquietações, nos disponibilizamos a investigar um grupo de professores de matemática, que vem ao longo do segundo semestre de 2017 e ao decorrer do ano de 2018, participando conosco de um projeto de H[WHQVmR GHQRPLQDGR ³Professor reflexivo em formação continuada: construindo novas perspectivas metodológicas HP XP DPELHQWH GH VDOD GH DXOD´, que busca a partir dos pressupostos teóricos do Arco de Maguerez desenvolver um processo de reflexão e desenvolvimento pedagógico. Nestes encontros estão sendo trabalhadas atividades focadas na problematização e no uso de diferentes metodologias ativas do ensino da matemática. Durante este processo, procuramos investigar qual a real aplicabilidade do que esta sendo desenvolvido no curso, e sua aplicação na sala de aula pelos professores participantes da pesquisa. Com efeito, presente proposta metodológica procura nortear e encaminhar a pesquisa, de modo que seus objetivo sejam alcançados, pois ao final deste estudo pretendemos ter resposta para nossas inquietações: A formação continuada de professores tem contribuído para a mudança da prática docente e para a melhoria dos processos de ensino? Para tal, se faz necessário que as concepções metodológicas assumidas, as quais embasaram tal trabalho, orientem para procedimentos que possibilitassem sua realização, de forma a atender aos princípios básicos da investigação científica, sendo assim, optamos por fazer uso de uma metodologia de natureza qualitativa e interpretativa, visto que para obtenção e análise dos dados serão empregados instrumentos como observação participante, entrevistas semi-estruturadas e aplicação de questionários com os professores participantes. Sendo assim, trata-se de uma pesquisa inserida no paradigma construtivista, cuja abordagem utilizada será o Estudo de Caso. Em outras palavras, é uma pesquisa empírica em que se investiga um fenômeno dentro do seu contexto, sendo que os limites entre fenômeno e contexto não são claramente definidos. Nesse viés, a escolha do estudo de caso para a realização da pesquisa justifica-se por seu caráter de profundidade e detalhamento, SRLV FRPR UHVVDOWD *LO S R HVWXGR GH FDVR p FDUDFWHUL]DGR ³SHOR HVWXGR profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita seu DPSOR H GHWDOKDGR FRQKHFLPHQWR´ Como afirma André (2013), quando os estudos de caso são empregados como método em pesquisas na área educacional, podem se tornar uma importante estratégia de coleta de dados, acompanhamento e análise do contexto. 3. RESULTADOS e DISCUSSÃO. Precisamos lembrar que nossa pesquisa esta se iniciando, e levando em consideração os dados coletados até o presente momento alguns pontos podem ser discutidos. Para dar início a nossas discussões apresentamos uma tabela tabulada com partes relevantes de nosso levantamento. Tabela 1: Tabulação dos dados do questionário. Questão Como são suas aulas?. Resposta Tradicionais Difersificada/Dinâmica. Percentual 35,72 67,28.

(5) Como os alunos estão chegando no ensino básico? Na sua opinião, sua formação inicial contribuiu para a didática que você aplica hoje em sala de aula? Você considera importante os cursos de formação continuada?. Cada vez mais despreparados. 100. Contribuiu muito Pouco. 71,43 28,57. Sim Às vezes. 92,86 7,14. Quando você usa estratégias e Sim metodologias apreendidas em Nunca apliquei cursos de formação continuada Não responderam você percebe melhora no rendimento/aproveitamento dos estudantes?. 64,29 21,43 14,29. De posse dos resultados de nosso levantamento inicial, é fácil perceber que 35,71% dos professores descrevem suas aulas focadas na memorização e repetição de exercícios, o que nos faz pensar que sua formação inicial tem se preocupado pouco com estratégias de ensino, pois a grande maioria dos professores afirmam que desenvolvem suas aulas da forma que aprenderam na graduação. Em outro viéz, 64,28% se descrevem como dinâmicos, com aulas diversificadas, fazendo uso de materiais e recursos diversificados como celulares, softwares e cartazes em suas aulas. Porém, cabe compreender em que momento esses recursos são usado e de que forma são trabalhados. O fato de os professore serem unânimes quanto aos alunos chegarem cada vez menos preparados para enfrentar o ensino básico, reflete a situação do ensino hoje, onde cada etapa do ensino acusa a etapa que a antecede pela causas do fracasso escolar. Um fato a ser destacado esta que a grande maioria dos professores afirmaram que a sua formação inicial contribuiu muito para a didática utilizada hoje por eles em sala de aula, chegando a ressaltar que ensinam como aprenderam na academia. No entanto, a grande maioria afirma, que 60% do que foi ensinado na graduação é aproveitado por eles hoje. Porém um professor ressalta que apenas 20% do que lhe foi ensinado é aproveitado por ele em sala de aula, pois segundo este ³foram trabalhadas muitas teorias não o preparando para a prática da sala de aula´. Nesta mesma linha 13 dos 14 professores entrevistados consideram importante os cursos de formação continuada, segundo eles, favorecem a atualização, o aperfeiçoamento, a troca de experiência e o uso de novas metodologias. Apenas 1 professor ressaltou a não importância, explicando que são cursos muito teóricos e pouco práticos, esse mesmo professor ressaltou que nada do que é ensinado nos cursos que ele participou foi aproveitado em sua práxis, 4 professores estipularam que menos de 30% é aproveitado por eles, 2 disseram ser 50% é aproveitado e os outros acreditam ser mais de 70%. Porém nos intrigamos quando 64,29% dos professores acreditam que o rendimento da turma melhora quando diferentes metodologias de ensino são utilizadas. Esta questão precisa ser examinada, pois realmente se o rendimento da turma melhora, porque essas metodologias são ainda pouco utilizadas por eles? E em que momento do desenvolvimento do conteúdo elas estão sendo utilizadas?.

(6) .. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Nossas pesquisas continuam e muito temos a investigar, pois embora muitos professores afirmem trabalhar com diferentes metodologias precisamos compreender em que contexto elas são utilizadas e de que maneira são elaboradas e aplicadas. Precisamos analisar, como essas questões são entendidas por esses professores, e se eles têm consciência de sua correta aplicação para um bom aproveitamento da mesma. Estas questões iniciais nos forneceram dados para repensarmos nossa proposta de formação, sendo que ao decorrer do curso iremos inserindo novas propostas a partir dessas reflexões e das situações levantadas durantes o desenvolvimento da atividades propostas e da análise das falas dos professores, afim de perceber se os cursos de formação continuada realmente contribuem para a práxis docente do professor de matemática. Portanto, e até o momento os resultados permitem concluir que a formação inicial ainda é mais significante e duradoura para a constituição dos profissionais da educação, do que a formação continuada, a qual praticamente não tem colaborado para a transformação da prática docente, mesmo esta, sendo considerada positiva pelos educadores. 5. REFERÊNCIAS. Monografias, Dissertações e Teses LIMA, M. S. L. A formação contínua dos professores nos caminhos e descaminhos do desenvolvimento profissional. 2001. Tese (Doutorado em Educação) ± Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2001b. Periódicos técnico-científicos. GEWEHR. D. STROHSCHOEN.A. A.G. MARCHI. M.I. MARTINS. S. N. SCHUCK. R. J. Metodologias ativas de ensino e de aprendizagem: uma abordagem de iniciação à pesquisa. Revista Ensino & Pesquisa, v.14 n.01 p.225-246 jan/jun 2016. LIMA, M. S. L. Memorial de formação. Fortaleza: UECE ± Centro de Educação, 2001 a. SAVIANI, Dl. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, v. 14 n. 40 jan./abr. 2009.. Livros Referencias IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004. KOSIK, K. Dialética do concreto. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001..

(7) McBRIDE, Rob (ed.). The In-Service Training of Teachers. Lewes: The Falmer Press, 1989. NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. 1992. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/12424596.pdf. Acesso em 21/07/2017. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? São Paulo: Cortez, 1994. ___________. Didática como Mediação na Construção da Identidade do Professor ± Uma Experiência de Ensino e Pesquisa. In: ANDRÉ, M; , M. R. (Org). Alternativas doensino de Didática. Campinas: Papirus, 1997. ___________. GUEDIN, Evandro; FRANCO, M. A.(orgs.) Santoro. Pesquisa em Educação: alternativas investigativas com objetos complexos. São Paulo: Loyola, 2006. ______. (Org.). Didática e Formação de Professores: percursos e perspectivas no Brasil e Portugal. São Paulo, Cortez, 1997b. ______. Formação de professores: Identidade e saberes da docência. In: PIMENTA, S. G. ______. (org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2006. ______. (Org.) Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2000a. _______; ANASTASIOU, Léa G. C. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002 VAZQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. ..

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Referencias

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