AREA III
Optativas:
1
iteratura fantàstica
£
»
"Redacción práctica
»
4to. Semestre
Preparatoria Núm. 15
-H
4J
£
í j c o
o
w
r i . y w u
du
c
u u rt 1 3 CJ Oá
ni U
M
u C ri t u
ci 3 w
a
Î-t j
w
PN 5 6 . F34 L 5 1982
CO*» F
f
OPTATIVAS "LITERATURA
FANTASTICA" Y "REDACCION
PRACTICA".
Coordinadoras.
Celina Leal de Rodríguez. Diana A. Guerra de Muzza.
P a t r i c i a I . Barranco de González. Socorro Imelda Balderas Puente.
. F S i
m
¿ÎT-IZ i l
FONDO UNIVERSITARIO
INDICE GENERAL.
Pág
l a . P a r t e .
"LITERATURA FANTASTICA". I n d i c e de contenido
2a. P a r t e .
I N D I C E ,
( l a . PARTE).
Presentación.
Nota p r e l i m i n a r .
La c i e n c i a f i c c i ó n .
D e f i n i c i ó n ; v a l o r ; e v o l u c i ó n y p r e s t i g i o a c t u a l .
"Vendrán l l u v i a s suaves". (Ray Bradbury).
"El examen".
(Richard Matheson).
" M u l t i v a c " .
(Isaac Asimov).
Nota p r e l i m i n a r .
La l i t e r a t u r a de l o i n s ó l i t o .
Contenido; s i g n i f i c a d o e i m p o r t a n c i a .
"El miedo".
(Guy de Maupassant).
"El monte de l a s ánimas". (Gustavo A d o l f o Bécquer).
"La verdad sobre el caso del señor Valdemar" (Edgar A l i a n Poe).
2a. Parte.
CURSO DE REDACCION PRACTICA.
« «stsnrs
ta una c a r t a de ec ' nd ^n "p L ' n o " ' ^ " "
s o l i c i t u d e s de empleo! etc P c o n t r a t° s . Pagaré?
En base a l o a n t e r i o r , en seis c a p í t u l o s se e s t u d i a r á :
Pág. INTRODUCCION.
115 CAPITULO I .
LA CARTA, SU ESTRUCTURA. 1 1 7
ÇÛNIENIDO: Géñero l i t e r a r i o al q Ue pertenece l a c a r t a -d a c c S r %t 1 m?1 69í c<>- O b j e t i v o s de la r e - ' c S e n a SKa U X 1'1 Í a r e s- Recomenda! ciones para e s c r i b i r buenas c a r t a s Gruño«, en que se c l a s i f i c a la correspond ne a P e s t i l o y su c u a l i d a d más importante Las
t r
^ ^ t í o "
6^ "
1'
0"
e S C n t a d e ™ « r . CAPITULO I I .ESTRUCTURA V PARTES DE LA CART SU
REDAC-12 5
m m ™ . : f a c c i ó n y d i s p o s i c i ó n de las partes El p a p e l , el sobre y los s e l l o s . Ejemplos
CAPITULO I I I .
MENSAJES BREVES
CONVIDO: Memorándumes, i n f o r m e s , i n v i t a c i o n e s avisos ^ anuncios, t e l e g r a m a s ( t a r i f a s y s e r v i c i o s )
Pág. CAPITULO IV.
CARTAS SOCIALES. 157
CONTENIDO: F e l i c i t a c i ó n , agradecimiento, i n v i t a c i ó n , a c e p t a c i ó n , excusa, pésame o condolencia.
CAPITULO V.
CARTAS SOCIALES. (CONT.) 165
CONTENIDO: S o l i c i t u d de empleo, o f r e c i m i e n t o de s e r -v i c i o s (y c o n t e s t a c i ó n ) , p r e s e n t a c i ó n , i n f o r m a c i ó n , recomendación, censura o queja.
CAPITULO V I .
DOCUMENTOS COMERCIALES. 175
CONTENIDO: Recibos, c o n t r a r o s , pagarés y cheques. Modelos.
INDICE DE UNIDADES, ( l a . p a r t e ) .
PAG.
UNIDAD IX V I I
UNIDAD X XI
UNIDAD XI X I I I
UNIDAD X I I v XV
UNIDAD X I I I XIX
UNIDAD XIV XXI
UNIDAD XV X X I I I
NOTA: Las demás unidades se l o c a l i z a n en los o t r o s
4o. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD IX.
"VENDRAN LLUVIAS SUAVES" (Ray Bradbury).
INTRODUCCION:
Ray Bradbury es un e s c r i t o r noteamericano nacido en 1920. Su producción l i t e r a r i a e n t r a en el género de l a c i e n c i a f i c c i ó n . En sus obras se destaca una m a r a v i l l o s a v i s i ó n hacia el f u t u r o . Se deja l l e v a r por su imaginación y se r e -crea hasta hacernos ver l o que puede haber más a l l á de nues-t r a r e a l i d a d presennues-te.
En el cuento "Vendrán l l u v i a s suaves" este autor presa-gia l o que sucederá con el hombre s i continúa en su afán de guerra y a u t o d e s t r u c c i ó n .
OBJETIVOS:
1 . - Comprender y expresar conceptos generales acerca de l a c i e n c i a f i c c i ó n : bases, opiniones y j u i c i o c r i t i c o .
2 . - C l a s i f i c a r el r e l a t o : "Vendrán l l u v i a s suaves", según el género l i t e r a r i o a que pertenece, explicando sus ca_ r a c t e r i s t i c a s y rasgos s o b r e s a l i e n t e s .
3 . - Enunciar el tema.
4 . - E x p l i c a r brevemente el argumento.
5 . - C l a s i f i c a r a los personajes de acuerdo a su importancia y caracteres f í s i c o s y morales.
7 . - E x p l i c a r las ideas y contenido (en qué >e basa el a u t o r y por qué l o hizo a s í ) .
8 . - Expresar una o p i n i ó n p e r s o n a l .
PROCEDIMIENTO:
Estudia l a nota p r e l i m i n a r sobre l a c i e n c i a f i c c i ó n y lee muy cuidadosamente el r e l a t o de Bradbury; ambos l o s en-c o n t r a r á s en este l i b r o .
La i n t r o d u c c i ó n de esta unidad también te ayudará a com
prender mejor. —
ACTIVIDAD:
R e a l i z a , con base en los o b j e t i v o s , un comentario comp l e t o sobre este r e l a t o . Será el r e q u i s i t o compara compresentar -l a eva-luación y deberá ser entregado e-l -lunes a más t a r d a r .
Tu autoevaluación será este mismo comentario que t e ser v i r á para comprobar, j u n t o con el maestro, l o que a p r e n d i s t e en esta unidad.
RITMO DE TRABAJO:
l e r . d í a . - O b j e t i v o 1 y l e c t u r a del r e l a t o .
2o. d í a . - O b j e t i v o s 2 al 5.
3er. d í a . - O b j e t i v o s 6 al 8.
4o. d í a . Elaboración f i n a l y entrega del comentario; r e -paso general ( a u t o e v a l u a c i ó n ) .
4o. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD IX.
"VENDRAN LLUVIAS SUAVES" (Ray Bradbury).
INTRODUCCION:
Ray Bradbury es un e s c r i t o r noteamericano nacido en 1920. Su producción l i t e r a r i a e n t r a en el género de l a c i e j i c i a f i c c i ó n . En sus obras se destaca una m a r a v i l l o s a v i s i ó n
hacia el f u t u r o . Se deja l l e v a r por su imaginación y se r e -crea hasta hacernos ver l o que puede haber más a l l á de nues-t r a r e a l i d a d presennues-te.
En el cuento "Vendrán l l u v i a s suaves" este a u t o r presa-gia l o que sucederá con el hombre s i continúa en su afán de guerra y a u t o d e s t r u c c i ó n .
OBJETIVOS:
1 . - Comprender y expresar conceptos generales acerca de l a c i e n c i a f i c c i ó n : bases, opiniones y j u i c i o c r í t i c o .
2 . - C l a s i f i c a r el r e l a t o : "Vendrán l l u v i a s suaves", según el género l i t e r a r i o a que pertenece, explicando sus ca^ r a c t e r í s t i c a s y rasgos s o b r e s a l i e n t e s .
3 . - Enunciar el tema.
4 . - E x p l i c a r brevemente el argumento.
5 . - C l a s i f i c a r a l o s personajes de acuerdo a su importancia y caracteres f í s i c o s y morales.
7 . - E x p l i c a r las ideas y contenido (en qué se basa el a u t o r y por qué l o hizo a s í ) .
8 . - Expresar una o p i n i ó n p e r s o n a l .
PROCEDIMIENTO:
Estudia l a nota p r e l i m i n a r sobre l a c i e n c i a f i c c i ó n y l e e muy cuidadosamente el r e l a t o de Bradbury; ambos l o s en-c o n t r a r á s en este l i b r o .
La i n t r o d u c c i ó n de esta unidad también te ayudará a com prender mejor.
ACTIVIDAD:
R e a l i z a , con base en los o b j e t i v o s , un comentario comp l e t o sobre este r e l a t o . Será el r e q u i s i t o compara compresentar -l a eva-luación y deberá ser entregado e-l -lunes a más t a r d a r .
Tu autoevaluación será este mismo comentario que t e ser v i r á para comprobar, j u n t o con el maestro, l o que a p r e n d i s t e en esta unidad.
RITMO DE TRABAJO:
l e r . d í a . - O b j e t i v o 1 y l e c t u r a del r e l a t o .
2o. d í a . - O b j e t i v o s 2 a l 5.
3er. d í a . - O b j e t i v o s 6 al 8.
4o. d í a . Elaboración f i n a l y entrega del comentario; r e -paso general ( a u t o e v a l u a c i ó n ) .
NOTA PRELIMINAR.
LA CIENCIA FICCION.
A menudo r e s u l t a d i f í c i l determinar s i un r e l a t o es de c i e n c i a f i c c i ó n o no. Para a c l a r a r conceptos diremos que no es necesario que un r e l a t o t r a t e de seres e x t r a t e r r e s t r e s o naves i n t e r p l a n e t a r i a s para que sea de c i e n c i a f i c c i ó n . No es n e c e s a r i o , ni tampoco s u f i c i e n t e , hacen f a l t a muchos o t r o s -elementos, algunos de l o s cuales serán mencionados a continua^ c i ó n .
Uno de los argumentos f a v o r i t o s de los que atacan l a c i e n c i a f i c c i ó n , como un género l i t e r a r i o a u t é n t i c o y v a l i o s o , c o n s i s t e en a f i r m a r que se t r a t a de un simple género "de eva-s i ó n " , de un c o n j u n t o de "cuentoeva-s de hadaeva-s" t e c n o l ó g i c o eva-s , en los que los duendes, magos y dragones han sido s u s t i t u i d o s -por r o b o t s , mutantes y monstruos e x t r a t e r r e s t r e s .
No se puede negar que l a c i e n c i a f i c c i ó n nos a l e j a de l a r e a l i d a d c o t i d i a n a , pero a l e j a r s e no s i g n i f i c a necesariamente e v a d i r s e . El p i n t o r se a l e j a del cuadro para l o g r a r una v i — sión de c o n j u n t o que l a excesiva proximidad no l e p e r m i t e . Los r e l a t o s de c i e n c i a f i c c i ó n pueden t r a s l a d a r sucesos actua^ l e s a un plano f a n t á s t i c o con el f i n de l o g r a r c i e r t o t i p o de d i s t a n c i a m i e n t o que, al sacarnos de l a r u t i n a , permita un aná^ T i s i s más acertado y o b j e t i v o de l a r e a l i d a d .
Otras veces l a c i e n c i a f i c c i ó n r e c u r r e a l a c a r i c a t u r a , y para poner de r e l i e v e las t a r a s y c o n t r a d i c c i o n e s de nues-t r o mundo, las l l e v a hasnues-ta sus ú l nues-t i m a s consecuencias, proyectándolas en el f u t u r o y mostrándonos las t e r r i b l e s s i t u a c i o nes a las que podemos l l e g a r s i p e r s i s t i m o s en determinados -e r r o r -e s . Hay r -e l a t o s d-e c i -e n c i a f i c c i ó n qu-e r -e v -e l a n l a incons i incons t e n c i a de c i e r t a incons ideaincons que damoincons por aceptadaincons g r a t u i t a -mente, solamente con mostrarnos sus p o s i b l e s consecuencias fu^
NOTA PRELIMINAR.
LA CIENCIA FICCION.
A menudo r e s u l t a d i f í c i l determinar s i un r e l a t o es de c i e n c i a f i c c i ó n o no. Para a c l a r a r conceptos diremos que no es necesario que un r e l a t o t r a t e de seres e x t r a t e r r e s t r e s o naves i n t e r p l a n e t a r i a s para que sea de c i e n c i a f i c c i ó n . No es n e c e s a r i o , ni tampoco s u f i c i e n t e , hacen f a l t a muchos o t r o s -elementos, algunos de l o s cuales serán mencionados a continua^ c i ó n .
Uno de los argumentos f a v o r i t o s de los que atacan l a c i e n c i a f i c c i ó n , como un género l i t e r a r i o a u t é n t i c o y v a l i o s o , c o n s i s t e en a f i r m a r que se t r a t a de un simple género "de eva-s i ó n " , de un c o n j u n t o de "cuentoeva-s de hadaeva-s" t e c n o l ó g i c o eva-s , en los que los duendes, magos y dragones han sido s u s t i t u i d o s -por r o b o t s , mutantes y monstruos e x t r a t e r r e s t r e s .
No se puede negar que l a c i e n c i a f i c c i ó n nos a l e j a de l a r e a l i d a d c o t i d i a n a , pero a l e j a r s e no s i g n i f i c a necesariamente e v a d i r s e . El p i n t o r se a l e j a del cuadro para l o g r a r una v i — sión de c o n j u n t o que l a excesiva proximidad no l e p e r m i t e . Los r e l a t o s de c i e n c i a f i c c i ó n pueden t r a s l a d a r sucesos actua^ l e s a un plano f a n t á s t i c o con el f i n de l o g r a r c i e r t o t i p o de d i s t a n c i a m i e n t o que, al sacarnos de l a r u t i n a , permita un aná^ T i s i s más acertado y o b j e t i v o de l a r e a l i d a d .
Otras veces l a c i e n c i a f i c c i ó n r e c u r r e a l a c a r i c a t u r a , y para poner de r e l i e v e las t a r a s y c o n t r a d i c c i o n e s de nues-t r o mundo, las l l e v a hasnues-ta sus ú l nues-t i m a s consecuencias, proyectándolas en el f u t u r o y mostrándonos las t e r r i b l e s s i t u a c i o nes a las que podemos l l e g a r s i p e r s i s t i m o s en determinados -e r r o r -e s . Hay r -e l a t o s d-e c i -e n c i a f i c c i ó n qu-e r -e v -e l a n l a incons i incons t e n c i a de c i e r t a incons ideaincons que damoincons por aceptadaincons g r a t u i t a -mente, solamente con mostrarnos sus p o s i b l e s consecuencias fu^
La c i e n c i a f i c c i ó n es fundamentalmente e s p e c u l a t i v a . Los r e l a t o s de c i e n c i a f i c c i ó n parten de unas premisas ima-g i n a r i a s y d e s a r r o l l a n sus consecuencias l ó ima-g i c a s , hasta l i e gar a conclusiones más o menos e x p l í c i t a s .
La c i e n c i a f i c c i ó n ha ganado, con el paso de los años, cada vez más c a l i d a d l i t e r a r i a por l a c o n t r i b u c i ó n al géne ro de e s c r i t o r e s b r i l l a n t e s y de e x t r a o r d i n a r i o t a l e n t o — c r e a d o r . Hoy l a c i e n c i a f i c c i ó n ya no es un m u e s t r a r i o de "aventuras e s p a c i a l e s " , con vaqueros v e s t i d o s de a s t r o n a u tas y p i e l e s r o j a s transformados en marcianos; hoy es una -ventana a b i e r t a al mañana, a t r a v é s de l a cual examinamos, en panorámica, l a c o n d i c i ó n del hombre, observamos los r a s gos p o s i t i v o s y negativos de l a c i v i l i z a c i ó n que éste ha -creado y efectuamos l a emocionante aventura hacia el f u t u r o de l a c a r r e r a que el Homo Sapiens i n i c i ó en las cavernas -p r e h i s t ó r i c a s con una herramienta de hueso en l a mano.
El aspecto humanístico de l a c i e n c i a f i c c i ó n , sus a s pectos s o c i o l ó g i c o s , o i n c l u s o a n t r o p o l ó g i c o s , j u n t o a su -contenido netamente l i t e r a r i o , en ocasiones i n c l u s o p o é t i c o , han i n f l u i d o enormemente en el afianzamiento de este género, e n t r e los l e c t o r e s de lengua c a s t e l l a n a .
" VENDRAN LLUVIAS SUAVES. "
Aquélla era una buena casa y había sido c o n s t r u i d a por las gentes que debían v i v i r en e l l a en el año 1980.
La casa era como muchas de aquel tiempo; alimentaba y e n t r e t e n í a a sus h a b i t a n t e s , les daba reposo y les p r o p o r c i o naba una vida agradable. El marido, l a esposa y sus dos h i -j o s v i v í a n desahogadamente, v i v í a n f e l i c e s i n c l u s o aquellos períodos en que temblaba el mundo. La casa contenía cuanto de r e f i n a d o había en l a v i d a , las cosas amables, l a música, l a poesía, los l i b r o s que hablaban, las camas que se c a l e n t a ban y se hacían s o l a s , el fuego de l a chimenea que se e n c e n -día por s í mismo al a t a r d e c e r ; en f i n , v i v i r a l l í era una coji t i n u a d e l i c i a .
Pasó e l tiempo y un día el mundo se estremeció. Se oyó una e x p l o s i ó n seguida de o t r a s diez m i l e x p l o s i o n e s , el c i e l o se e n r o j e c i ó , cayó una l l u v i a de cenizas y r a d i a c t i v i d a d que acabó con a q u e l l a época f e l i z .
La voz del r e l o j cantó en l a s a l a : tía-tac, la& 6iete, hona de levantante, como temeroso de que nadie l o escuchara. La casa estaba d e s i e r t a . El r e l o j p r o s i g u i ó hablando en el vacío de l a mañana.
Suspiró el horno en l a cocina y de su c á l i d o i n t e r i o r e_x t r a j o ocho huevos con resplandores dorados, doce l o n j a s de ja^ món, dos tazas de café y dos vasos de leche t i b i a . Loó ótete y nueve., liona del desayuno, la¿ ótete y nueve.
—Hoy es 28 de a b r i l de 1985 —anunció l a voz de un fonc5 g r a f o desde el techo de l a c o c i n a — . Hoy es el cumpleaños d¥ m í s t e r Featherstone. Hoy es el día de pago de las cuentas de los seguros, el gas, l a e l e c t r i c i d a d y el agua.
- L a s ocho y uno, t i c - t a c , a l a escuela, al t r a b a j o , ra p i d o , rápido - t i c - t a c - , las ocho y uno.
Pero las puertas no se c e r r a r o n de g o l p e , las alfombras no r e c i b i e r o n las presurosas pisadas de los tacones de goma. Afuera l l o v í a .
En l a puerta p r i n c i p a l , l a voz del tiempo cantó lenta---« mente:
Lluevo., llueve, zapateó de. goma, ¿mpeimeable*... Y l a l l u v i a repiqueteó sobre el t e j a d o , estaban resecos. Un bra-zo de aluminio los a r r o j ó a l a p i l a y un remolino de agua ca
Mente los a r r a s t r ó hacia una garganta m e t á l i c a , que los d i -r i g i ó expulsándolos al ma-r d i s t a n t e .
Las nueve y cuanto - c a n t ó el r e l o j — , hola de la Ump-íeza.
Los pequeños ratones mecánicos s u r g i e r o n precipitadamen t e de sus e s c o n d r i j o s incrustados en las paredes. I n v a d i e -ron las habitaciones una m u l t i t u d de diminutos animales de goma y de m e t a l . A s p i r a r o n el polvo acumulado de todos luga res y regresaron a sus madrigueras.
La¿ cUez. Después de l a l l u v i a s a l i ó el s o l . La casa se alzaba s o l i t a r i a en una c a l l e l l e n a de escombros y c e n i -zas. Por l a noche, l a d e s t r u i d a ciudad e m i t í a un resplandor r a d i a c t i v o v i s i b l e a muchos k i l ó m e t r o s de d i s t a n c i a .
La¿ diez y cuaAto. El s u r t i d o r del j a r d í n saturó la sua-ve b r i s a matutina de ráfagas doradas. El agua, r o c i ó con de-l i c a d o murmude-lde-lo, de-los carbonizados muros dede-l oeste de de-l a casa, d e s p r o v i s t o s ya de p i n t u r a . Toda l a fachada era negra, s a l -vo en cinco s i t i o s . Aquí, l a s i l u e t a ( p i n t a d a de b l a n c o ) , de un hombre segando el césped. A l l í , una mujer se i n c l i n a b a p^a ra recoger f l o r e s . Un poco más a l l á , con sus imágenes g r a b a " das sobre l a madera en un i n s t a n t e t i t á n i c o , un niño con los brazos en a l t o . Más a r r i b a , la imagen de una pelota en el a i r e y , e n f r e n t e a é l , una niña con las manos extendidas para a t r a p a r una p e l o t a que nunca cayó.
Quedaban en l a pared aquellas cinco manchas de p i n t u r a : el hombre, l a m u j e r , l o s n i ñ o s , l a p e l o t a . El r e s t o era una delgada capa de carbón.
La l l u v i a suave del s u r t i d o r llenaba el j a r d í n con una luz en gotas.
Hasta aquel d í a , ¡qué pacíficamente había funcionado l a casal Con qué cuidado i n q u i r í a : "¿Quién está a h í ? " , y como no obtenía respuesta de las l l u v i a s , de los zorros e r r a n t e s y de los gatos p l a ñ i d e r o s , cerraba las ventanas y c o r r í a los visj^ l í o s . Si un g o r r i ó n rozaba los v i d r i o s las persianas c r u j í a n . ¡Sobresaltado, el pájaro se a l e j a b a 1 No, ni s i q u i e r a un p á j a -ro podía t o c a r l a casa.
Por dentro l a casa era como un a l t a r con nueve m i l servi_ c i a l e s r o b o t s , grandes y pequeños, s o l í c i t o s , a t e n t o s , en co-r o , aunque los dioses habían desapaco-recido y el co-r i t u a l caco-recía de s i g n i f i c a d o .
Un perro a u l l ó , estremeciéndose el porche.
La puerta p r i n c i p a l reconoció l a voz del perro y se a b r i ó . El animal e n t r ó v a c i l a n t e , f a t i g a d o , estaba en l o s huesos y c u b i e r t o de l l a g a s . Dejó h u e l l a s de lodo en l a a l -fombra. Tras é l zumbaron l o s enojados robots mecánicos moles^ tos por recoger l a suciedad y l a s h o j a r a s c a s , que a r r a s t r a r o n a sus r e f u g i o s para d e j a r l a s caer por el tubo que conducía a un i n c i n e r a d o r , asentado en un r i n c ó n oscuro como un maligno Baal.
El perro c o r r i ó escaleras a r r i b a y l a d r ó h i s t é r i c a m e n t e al atravesar las p u e r t a s . Arañó con v i o l e n c i a l a puerta de
l a c o c i n a . Tras e l l a e l horno preparaba p a s t e l i l l o s cuyo aro ma se extendió por toda l a casa.
El perro r e s p i r ó anhelante g i r a n d o , c o r r i ó s i n rumbo f i -j o y , mordiéndose l a c o l a , cayó muerto.
La una.
Al a d v e r t i r el o l o r casi i m p e r c e p t i b l e de l a descornposi c i ó n , los regimientos de ratones s a l i e r o n susurrando de l a s " paredes, suaves como hojas c a í d a s , con un f u l g o r en sus ojos e l é c t r i c o s .
La una y cuanto.
El perro había desaparecido.
El i n c i n e r a d o r del sótano resplandeció de pronto y un remolino de chispas se elevó por l a chimenea.
Laó tnes menos veinticinco.
Mesas de bridge s u r g i e r o n de las paredes del p a t i o . Vol a r o n Volas barajas y sobre Volas mesas cayó un d i Vol u v i o de c a r -t a s . En un banco de r o b l e aparecieron m a r -t i n i s .
Pero las mesas guardaron s i l e n c i o ; nadie tocó las c a r -tas .
A las c u a t r o y media v o l v i e r o n las mesas a las paredes.
Las ctnco. Las bañeras se l l e n a r o n de agua c l a r a y t i -b i a . Una máquina de a f e i t a r cayó en un r e c i p i e n t e l i s t a pa-ra ser usada.
Las ¿CAÁ, las siete, las ocho, las nueve..
La cena fue preparada, s e r v i d a , ignorada y r e t i r a d a ; el s e r v i c i o de mesa lavado; en el e s t u d i o l a tabaquera s i r v i ó un c i g a r r o con media pulgada de ceniza g r i s , humeante, e s p e -rando al fumador. Se animó el fuego del hogar, aunque i n ú t i l mente.
las nueve. Las camas empezaron a encender sus o c u l t o s c i r c u i t o s pues la noche era f r e s c a .
Un d i s c r e t o g o l p e c i t o en l a pared del e s t u d i o . Se oyó una voz por encima del hogar c r e p i t a n t e .
—Señora Mac C l e l l a n , ¿qué poema desea o í r esta noche?
La casa permaneció en s i l e n c i o .
Continuó l a voz:
—Ya que no expresa p r e f e r e n c i a , e l i g i r é un poema al
azar.
Una suave música s u r g i ó como fondo de l a voz.
— Sara Teasdale, su poema f a v o r i t o , me p a r e c e . . .
Vendndn lluvias suaves y clones de la .tlenna,
y golondrinas que ginandn con nesplandecientes tntnos. V nanas que en los estanquen cantandn dunante la noche, y los ciñuelos siZvestnes de blancuna temblonosa. V petinnojos que vestindn plumas de uego,
y sttbandn sus canctoneA en los aíambnes de las cencas. V nadie sabnd que hay guenna,
nadie se. pneocupand del {\in de la guenna.
A nadie le impontand, yU a los pdjanos, nt a los dnboles, si la huinantdad ewtena desapcuiece.
V cuando desptente nadiante la pnimavena al amanecen, apenas sabnd que hemos desapancctdo.
La voz concluyó el poema. Las s i l l a s vacías se e n f r e n t a ban e n t r e las paredes s i l e n c i o s a s y l a música p r o s i g u i ó .
A l a s d i e z l a casa comenzó a m o r i r .
Soplaba el v i e n t o . La rama de un árbol desarraigado rom pió los c r i s t a l e s de l a c o c i n a . El f r a s c o del detergente se e s t r e l l ó contra el horno.
Las bombas d i s p a r a r o n chorros de agua desde los techos Pero el d i s o l v e n t e se e x t e n d i ó por debajo de las p u e r t a s , i n flamándose, mientras daban la alarma a coro. ' ~
El c a l o r rompió las ventanas y el v i e n t o i r r u m p i ó en ayuda al fuego. Las e s c u r r i d i z a s r a t a s de agua, haciendo g i r a r sus ruedas de c o b r e , c h i l l a b a n desde las paredes, d i s p a -raban su agua y c o r r í a n a buscar más.
¡Demasiado t a r d e ! En algún l u g a r se paró una bomba. La l l u v i a del techo cesó de f l u i r . La reserva de agua se había agotado, t r a s l l e n a r las bañeras y l a v a r las v a j i l l a s , duran te muchos días s i l e n c i o s o s .
El fuego c r e p i t ó escaleras a r r i b a , se n u t r i ó de cuadros colgados, se meció perezosamente en los lechos y devoró t o -das las h a b i t a c i o n e s .
La casa se e s t r e m e c i ó , revelando sus huesos de r o b l e , con su esqueleto desnudo r e t o r c i d o por el fuego, sus a l a m -bres v i s i b l e s , como s i un c i r u j a n o l e hubiera arrancado la p i e l dejando al d e s c u b i e r t o las p a l p i t a n t e s a r t e r i a s en el a i r e escaldado. Unas voces g r i t a b a n : "¿Socorro, socorro'.
¡Fuego, c o r r e d : " Las ventanas se abrían y se cerraban v i o lentamente, como bocas i n d e c i s a s . ¡Fuego', corred'. Las v o ces e m i t í a n lamentos con una t r á g i c a cadencia de canción i n -f a n t i l y el candido coro g r i e g o se desvaneció al s a l t a r los cables de la i n s t a l a c i ó n . Más de un centenar de voces d e s -g a r i t a d a s se apa-garon, cuando las b a t e r í a s de emer-gencia se f u n d i e r o n .
En o t r o s lugares de l a casa, en el ú l t i m o i n s t a n t e bajo el alud de fuego, unos coros anunciaban la hora, el tiempo, d i l i g e n c i a s , mientras o t r o s tocaban música, r e c i t a b a n poemas en el a r d i e n t e e s t u d i o , mientras las puertas se abrían y se cerraban con brusquedad, y los paraguas aparecían y desapare-c í a n . Sudesapare-cedieron m i l desapare-cosas, desapare-como desapare-cuando en una r e l o j e r í a sue nan todos l o s r e l o j e s , a medianoche, como un c a r r u s e l c h i — ~
r r i a n t e , s u s u r r a n t e , i m p e t u o s o . . . Todo se acabó cuando los ro l í o s de p e l í c u l a se quemaron, los h i l o s se r e t o r c i e r o n y los c i r c u i t o s se consumieron.
En la c o c i n a , momentos antes del colapso f i n a l , el horno se puso a s i l b a r h i s t é r i c a m e n t e , preparando desayunos en p r o -porciones n e u r ó t i c a s : diez docenas de p a s t e l e s , s e i s docenas de hogazas en t o s t a d a s . . .
El derrumbre. El a l t i l l o a p l a s t ó l a cocina y los restos cayeron al sótano, luego al subsótano. La nevera, s i l l o n e s , camas, magnetófonos, se derrumbaron en montón informe.
Humo y s i l e n c i o .
La aurora apuntó lánguidamente por el Este. Entre las ruinas se erguía una pared s o l i t a r i a . De su i n t e r i o r una voz r e p e t í a una y o t r a vez, mientras el sol se elevaba sobre el montón de escombros, humeantes.
4o. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD X.
"EL EXAMEN" (Richard Mathesson).
INTRODUCCION:
Richard Mathesson es un e s c r i t o r norteamericano cuya creación l i t e r a r i a también se basa en l a c i e n c i a f i c c i ó n .
En su cuento: "El examen" nos presenta un aspecto de l a deshumanización. En un mundo en el que todo debe ser ú t i l , el sistema rechaza a los ancianos considerándolos como e l e -mentos no capacitados para seguir e x i s t i e n d o .
OBJETIVOS:
1 . - C l a s i f i c a r el r e l a t o : "El examen", según el género Mte
r a r i o a que pertenece, explicando sus c a r a c t e r í s t i c a s y rasgos sobresal i entes.
2 . - Enunciar el tema.
3 . - E x p l i c a r brevemente el argumento.
4 . - C l a s i f i c a r a l o s personajes de acuerdo a su importancia y c a r a c t e r e s f í s i c o s y morales.
5 . - E x p l i c a r l a e s t r u c t u r a y d e s a r r o l l o del r e l a t o , e s t a b l e ciendo sus d i v i s i o n e s .
6 . - E x p l i c a r las ideas y contenido (en qué se basa el a u t o r y por qué l o hizo a s í ) .
4o. SEMESTRE. AREA I I I . UNIDAD X.
"EL EXAMEN" (Richard Mathesson).
INTRODUCCION:
Richard Mathesson es un e s c r i t o r norteamericano cuya creación l i t e r a r i a también se basa en l a c i e n c i a f i c c i ó n .
En su cuento: "El examen" nos presenta un aspecto de l a deshumanización. En un mundo en el que todo debe ser ú t i l , el sistema rechaza a los ancianos considerándolos como e l e -mentos no capacitados para seguir e x i s t i e n d o .
OBJETIVOS:
1 . - C l a s i f i c a r el r e l a t o : "El examen", según el género Mte
r a r i o a que pertenece, explicando sus c a r a c t e r í s t i c a s y rasgos sobresal i entes.
2 . - Enunciar el tema.
3 . - E x p l i c a r brevemente el argumento.
4 . - C l a s i f i c a r a l o s personajes de acuerdo a su importancia y c a r a c t e r e s f í s i c o s y morales.
5 . - E x p l i c a r l a e s t r u c t u r a y d e s a r r o l l o del r e l a t o , e s t a b l e ciendo sus d i v i s i o n e s .
6 . - E x p l i c a r las ideas y contenido (en qué se basa el a u t o r y por qué l o hizo a s í ) .
PROCEDIMIENTO:
Lee atentamente el r e l a t o de Mathesson; l o encontrarás a c o n t i n u a c i ó n .
La i n t r o d u c c i ó n de esta unidad también t e ayudará a com prender m e j o r .
ACTIVIDAD:
R e a l i z a , con base en los o b j e t i v o s , un comentario com-p l e t o sobre este r e l a t o . Será el r e q u i s i t o com-para com-presentar l a evaluación y deberá ser entregado un día a n t e s .
Tu autoevaluación será este mismo comentario que t e ser v i r á para comprobar, j u n t o con el maestro, l o que a p r e n d i s t e en esta unidad.
RITMO DE TRABAJO:
l e r . d í a . - Lectura del r e l a t o .
2o. d í a . - O b j e t i v o s 1 al 4 .
3 e r . d í a . - O b j e t i v o s 5 al 7.
4o. d í a . - Elaboración f i n a l y entrega del comentario; re-paso general ( a u t o e v a l u a c i ó n ) .
NOTA: La evaluación c o n s i s t i r á en preguntas sobre el r e l a t o : "El examen", para comprobar su l e c t u r a y a n á l i -s i -s .
" EL EXAMEN."
En l a noche a n t e r i o r al examen, Less ayudaba a e s t u d i a r a su padre en el comedor. Jim y Tommy dormían ya en el piso de a r r i b a , y en l a sala de e s t a r , T e r r y cosía con r o s t r o i n e x p r e s i v o , mientras l a aguja se movía con p e r f e c t o r i t m o .
Tom Parker se hallaba sentado r í g i d a m e n t e , con el t r o n co erguido apoyando sobre l a mesa sus delgadas manos e n t r e l a zadas, en l a s que se destacaba el r e l i e v e azulado de las v e nas. Sus ojos de c o l o r azul p á l i d o se clavaban con i n t e n s i -dad en los l a b i o s de su h i j o como s i de aquella forma pudiese entenderle mejor.
Tenía 80 años y este era su cuarto examen.
—Está bien — d i j o Less, mirando hacia el impreso que les había entregado el d o c t o r T r a s k — . Repite las s i g u i e n t e s sucesiones de números.
—Sucesión de números... —murmuró Tom, intentando asimi_ l a r l o que escuchaba.
Pero las palabras ya no se asimilaban f á c i l . . . ni rápida^ mente. Parecían posarse sobre los t e j i d o s de su cerebro como
perezosos, l e n t o s insectos c a r n í v o r o s . . . R e p i t i ó de memoria una vez más las p a l a b r a s . . . "Sucesión d e . . . sucesión de núme-r o s " . . . , s í , eso e núme-r a . A c o n t i n u a c i ó n minúme-ró a su h i j o y espenúme-ró.
— ¿ B i e n . . . ? — i n t e r r o g ó impaciente t r a s una larga pausa de s i l e n c i o .
— P a p á . . . , ya te he dado l a primera — e x p l i c ó Less.
—Bueno... —murmuró el padre t r a t a n d o de h a l l a r l a s pa-labras adecuadas — . Por f a v o r , dame l a . . . ten l a bondad d e . . . d e . . .
—Ocho, c i n c o , once, s e i s .
Los v i e j o s l a b i o s temblaron. La oxidada maquinaria de l a mente de Tom comenzó a f u n c i o n a r lentamente.
—Ocho... c i n . . . c i n c o . . .
Los ojos c l a r o s del anciano parpadearon lentamente.
—Once... s e . . . s e i s . . . —terminó Tom, casi s i n r e s p i r a c i ó n .
Después i r g u i ó el cuerpo con o r g u l l o .
" S i -pensó- muy b u e n o . . . muy bueno". No c o n s e g u i r í a c o n f u n d i r l e al día s i g u i e n t e ; l o g r a r í a d e r r o t a r a sus c r i m i -nales l e y e s . Apretó los l a b i o s y c r i s p ó ambas manos sobre el blanco mantel.
— ¿Cómo...? -preguntó entonces, mirando f i j a e i r r i t a d a ^ mente a Less que acababa de d e c i r l e a l g o . ¡Habla más a l -t o . . . : ¡Más a l -t o !
—Acabo de d a r t e o t r a sucesión - r e p l i c ó Less con calma-. B i e n . . . , l a l e e r é o t r a vez.
Tom se i n c l i n ó hacia a d e l a n t e , forzando el o í d o .
—Nueve, dos, d i e c i s é i s , s i e t e , t r e s - r e p i t i ó Less.
Tom a c l a r ó l a garganta con un e s f u e r z o .
—Habla más despacio -rogó a su h i j o .
No había captado bien l o s números. ¿Cómo era p o s i b l e que a q u e l l a gente esperase que a l g u i e n r e t u v i e r a tan r i d i c u -l a s a r t a de números?
—¿Cómo... cómo? -preguntó Tom nuevamente y un t a n t o en
c o l e r i z a d o , cuando Less l e y ó los números o t r a vez.
—Papá, el examinador l e e r á las preguntas con mucha más rapidez que y o . Tienes q u e . . .
—Estoy enterado de eso l e i n t e r r u m p i ó Tom con r i g i -d e z - . . . perfectamente entera-do. Y permíteme r e c o r -d a r t e . , . , esto no es un examen. Es un e s t u d i o . . . estamos estudiando. Es una estupidez tener que e s t u d i a r todo e s t o . . . todo el exa-men. . .
Tom parecía e n c o l e r i z a d o , y miraba a su h i j o con gesto de enfado a l a vez que se indignaba consigo mismo porque las palabras parecían h u i r de su mente.
Less se encogió de hombros y leyó de nuevo el impreso.
—Nueve, dos d i e c i s é i s , s i e t e , t r e s - r e c i t ó lentamente.
—Nueve, dos, s e i s , s i e t e . . .
— D i e c i s é i s , s i e t e . . . papá.
—Eso d i j e .
—Has dicho s e i s , s i e t e , papá.
— ¿Acaso crees que no sé l o que d i j e ?
Less c e r r ó l o s ojos durante un momento.
— Está b i e n , papá -murmuró.
— B u e n o . . . , ¿vas a l e e r l o o t r a vez o no? -preguntó Tom con voz c h i l l o n a .
Less v o l v i ó a l e e r los números; mientras escuchaba a su padre tartamudear l a sucesión, d i r i g i ó su mirada a l a sala de e s t a r , hacia T e r r y .
"Está bien -se d i j o Less como s i e s t u v i e r a hablando con e l l a - . Está b i e n , sé que está muy v i e j o y totalmente i n ú t i l . ¿Quieres que se l o diga cara a cara y l e c l a v e así un c u c h i -l -l o por -l a espa-lda? Tú y yo sabemos que no pasará e-l examen. Por l o t a n t o permíteme esta pequeña comedia. Mañana se h a -brá cumplido l a s e n t e n c i a . No hagas que l a pronuncie yo es-ta noche y mate el v i e j o de un d i s g u s t o " .
—Creo que esto está bastante c o r r e c t o . . .
Less oyó la calmosa voz de su padre y miró su r o s t r o f l a c o surcado por m i l a r r u g a s .
— S í , creo que está bien -murmuró con p r e c i p i t a c i ó n .
Less lamentó su lamentable t r a i c i ó n cuando los l a b i o s de su padre esbozaron una l i g e r a s o n r i s a . "Le estoy engañan d o " , pensó.
— Pasemos a o t r a cosa -oyó d e c i r a su padre.
Less examinó rápidamente a l a hoja que tenía d e l a n t e . "¿Qué s e r í a f á c i l para el v i e j o ? " , ' p e n s ó , despreciándose a sí mismo ante t a l idea.
— Vamos, L e s l i e - d i j o el padre con tono d é b i l - . No po-demos perder tiempo.
Tom v i o cómo su h i j o examinaba o t r a s hojas que t e n í a ante s í , y c r i s p ó los puños. Su vida se h a l l a r í a en p e l i g r o al día s i g u i e n t e , y su h i j o examinaba tan t r a n q u i l o a q u e l l o s impresos de examen como s i al día s i g u i e n t e no fuese a s u c e -der nada i m p o r t a n t e .
Vamos.. , vamos... —murmuró con impaciencia.
Less tomó un l á p i z al que había atado un f i n o cordel y t r a z ó sobre una hoja de papel un c í r c u l o de media pulgada de diámetro.
—Tienes que sostener la punta del l á p i z sobre el c í r c u lo durante t r e s minutos — e x p l i c ó .
De pronto temió haber e l e g i d o una prueba d i f í c i l . Había v i s t o más de una vez cómo temblaban las manos de su padre al t r a t a r de abrocharse l o s botones de su ropa, o al i n t e n t a r co r r e r alguna c r e m a l l e r a .
Tragando s a l i v a nerviosamente, Less tomó de encima de l a mesa un cronómetro, hizo una señal a su padre y l o puso en marcha.
Tom h i z o un esfuerzo para r e s p i r a r profundamente cuando se i n c l i n ó sobre el papel y sustuvo el l á p i z sobre el c í r c u l o . Less se f i j ó cómo su padre se apoyaba sobre un c o d o . . . , algo que no se l e p e r m i t i r í a hacer durante el e x a m e n . . . , pero no d i j o nada.
Permaneció inmóvil en su a s i e n t o mirando a Tom. El ancia no p a l i d e c í a poco a poco. Less observaba claramente cómo se destacaban en sus p á l i d a s m e j i l l a s l a s f i n í s i m a s l í n e a s traza^ das por los vasos sanguíneos. Luego e s t u d i ó a q u e l l a p i e l se-ca, arrugada, un t a n t o oscura, cuyas manchas evidenciaban un mal funcionamiento del hígado. "Ochenta años de edad-pensó-. ¿Cómo se s e n t i r á un hombre a l o s ochenta años?"
Una vez más Less miró a T e r r y . Durante un i n s t a n t e l a mirada de l a mujer se cruzó con l a suya. Pero ninguno de l o s
dos s o n r i ó ni h i c i e r o n ningún g e s t o . Luego, Terry bajó sus o j o s , clavándolos de nuevo en su l a b o r .
—Creo que ya han pasado l o s t r e s minutos - d i j o Tom con voz tensa.
Less c o n s u l t ó e l cronómetro.
—Minuto y medio, papá - r e s p o n d i ó , mientras se pregunta-ba s i no debía haber mentido nuevamente.
Less miró l a punta del l á p i z que temblaba ostensiblemen t e , y tuvo l a impresión de que todo a q u e l l o era i n ú t i l , y que nada podría hacerse para s a l v a r l a vida de su padre.
"Al menos - p e n s ó - , los exámenes no los hacemos noso- — t r o s . . . los h i j o s e h i j a s que hemos votado en f a v o r de l a l e y " . Por l o menos no t e n d r í a que estampar aquel negro s e l l o con l a c a l i f i c a c i ó n "INCORRECTO" en el examen de su p a -dre ni pronunciar l a s e n t e n c i a .
El l á p i z o s c i l ó de nuevo sobre el borde del c í r c u l o y se apartó de él al mover Tom ligeramente el brazo sobre la mesa, movimiento que l e d e s c a l i f i c a r í a automáticamente en a q u e l l a prueba.
— iEse r e l o j funciona m a l . . , demasiado despacio', - e x c l a mó Tom, súbitamente e n f u r e c i d o .
Less contuvo l a r e s p i r a c i ó n y c o n s u l t ó una vez más el r e l o j . Dos minutos y medio.
—Tres minutos - d i j o , deteniendo el cronómetro.
Tom dejó caer el l á p i z sobre l a mesa con un ademán de i r r i t a c i ó n .
— iVaya', -exclamó- ¡Ahí l o t i e n e s 1 . . . Otra prueba es-t ú p i d a que no demueses-tra n a d a . . . , absolues-tamenes-te nada de nada.
— ¿Quieres probar alguna o t r a cosa, papá?
—¿Están ahí l a s o t r a s pruebas del examen? -preguntó Tom con tono de sospecha, examinando por sí mismo los impre-sos.
—Sí - m i n t i ó Less sabiendo que su padre t e n í a l a v i s t a demasiado d é b i l para ver a l g o , aunque siempre se negó a adrrn t i r el uso de g a f a s - . ¡ O h . . . , espera un momentol -añadió Less con v i v e z a Hay o t r a prueba antes de e s o . . . , t e p e d i -rán que digas l a hora.
-Otra prueba estúpida -murmuró Tom-. ¿Qué e s l o q u e . . . ?
Se i n c l i n ó sobre l a mesa y tomó el r e l o j para examinarlo, añadiendo:
—Las d i e z y c u a r t o .
Sin pensarlo dos veces Less repuso:
— ¡Si son l a s once y c u a r t o , papá!
Durante un momento el anciano permaneció inmóvil como s i hubiera r e c i b i d o una bofetada. Luego v o l v i ó a tomar el r e l o j y l o examinó, avanzando ambos l a b i o s , y Less tuvo l a impre
-sión de que Tom iba a i n s i s t i r en que eran l a s diez y c u a r t o .
—Bien, eso es l o que quería d e c i r d i j o Tom r e p e n t i n a -mente-. Me has entendido mal. Desde luego que son las once y c u a r t o . Cualquier estúpido podría v e r l o . Las once y
cuar-t o . Escuar-te r e l o j no es nada bueno. Los números escuar-tán demasia-do cerca unos de o t r o s . Debes p r e s c i n d i r de é l . . . , v e r á s . . .
Tom i n t r o d u j o una mano en el b o l s i l l o de su chaleco y ex t r a j o de él su p r o p i o r e l o j de o r o .
—He aquí un verdadero r e l o j - d i j o con o r g u l l o - . ¡Marca l a hora exacta desde h a c e . . . sesenta años! Este s í que es un r e l o j . . . y no é s e . . .
Y t r a s pronunciar estas ú l t i m a s palabras a r r o j ó sobre l a mesa el r e l o j de Less. El c r i s t a l se quebró en m i l pedazos.
—Mira eso - d i j o Tom rápidamente, t r a t a n d o de o c u l t a r su embarazo. Ya v e s . . . , es un r e l o j que no soporta el más p e -queño golpe.
A Dios g r a c i a s e l l a no t e n í a que pasar por examen de ninguna c l a s e , p e n s ó . . . , al menos se había e v i t a d o t a l cosa. A Tom jamás se le había o c u r r i d o pensar que la muerte a c c i -dental de Mary, sobrevenida a l o s cincuenta y s i e t e años de edad, hubiese sido un hecho a f o r t u n a d o , pero a q u e l l o había o c u r r i d o antes de i n s t a u r a r s e l o s exámenes.
Cerró el r e l o j y l o dejó sobre l a mesa, al mismo tiempo que decía:
—Déjame ese r e l o j esta n o c h e . . . , me preocuparé de que mañana te pongan un buen c r i s t a l .
— Está b i e n , p a p á . . . , s í , t i e n e s r a z ó n , es un r e l o j v i e j o .
—Así e s . . . , así es -murmuró Tom-, Déjamelo y haré que l e pongan un buen c r i s t a l , un c r i s t a l que no se rompa f á c i l -mente. S í , d é j a m e l o . . .
Tom respondió luego a preguntas de orden m o n e t a r i o , y despúes a o t r a s como, por ejemplo: "¿Cuántas monedas de v e i n t i c i n c o centavos hay en un b i l l e t e de cinco dólares? y "Si r e s t o t r e i n t a y s e i s centavos de un d ó l a r , ¿qué cambio me queda?"
Casi todas e l l a s eran formuladas por e s c r i t o , y Less permaneció todo el tiempo sentado f r e n t e a su padre, c o n t r o -lando el tiempo que tardaba en c o n t e s t a r l a s . La casa estaba sumida en el s i l e n c i o . Todo parecía normal y c o r r i e n t e . . . , los dos hombres a l l í sentados, y Terry cosiendo en l a sala de e s t a r .
Y esto era precisamente l o t e r r i b l e .
La vida seguía como siempre. Nadie hablaba de m o r i r . El Gobierno enviaba c a r t a s , se efectuaban los exámenes, y a q u e l l o s que fracasaban r e c i b í a n l a orden de presentarse en el c e n t r o gubernamental para que se les a d m i n i s t r a r a n las in yecciones. La l e y funcionaba como una máquina p e r f e c t a , el
í n d i c e de m o r t a l i d a d era normal, y se ponía freno al p r o b l e ma del aumento de p o b l a c i ó n . . . , todo l l e v a d o a cabo o f i c i a l
-mente, de forma impersonal, f r í a , s i n un lamento ni una l á g n ma.
Pero eran persogas queridas l a s que morían.
—No vale l a pena de que pierdas el tiempo observando ese cronómetro - d i i o Tom-. Puedo r e s o l v e r estas prguntas s i n t u a y u d a . . . y s i n que mires tan f i j a m e n t e ese m a l d i t o r e l o j .
—Papá, l o s examinadores harán l o que yo hago ahora.
—Los examinadores son e s o . . . , examinadores - r e p l i c ó Tom con enfado-. Pero t u no l o e r e s .
—Papá, estoy i n t e n t a n d o a y u d a r t e . . .
— B i e n , entonces ayúdame..., ayúdame de verdad. No te quedes ahí sentado contemplando ese r e l o j .
—Eres t ú quien ha de examinarse y no yo - c o n t e s t ó Less, s i n t i e n d o que l a i r a e n r o j e c í a sus m e j i l l a s - . Y s i t ú . . .
— S i . . . , mi examen... ¡mi examen, s í ! - r e p l i c ó Tom súb2 tamente e n f u r e c i d o - . Todos os habéis preocupado, ¿verdad?
¡Todos os habéis p r e o c u p a d o . . . !
Las palabras l e f a l l a r o n o t r a v e z , y en su cerebro se acumularon una s e r i e de f u r i o s o s pensamientos.
—No t i e n e s por qué g r i t a r , papá.
— ¡No estoy g r i t a n d o !
— ¡ P a p á . . . , l o s niños están durmiendo! -exclamó Terry desde l a sala de e s t a r .
— ¡No me importa q u e . . . ! - g r i t ó Tom.
—¿Quieres c o n t i n u a r , papá? - i n t e r r o g ó Less conteniendo su nerviosa c ó l e r a .
—No pido mucho -murmuró Tom para s i - . No pido mucho a l a v i d a .
— P a p á . . . , ¿continuamos?
Tom se i r g u i ó y r e p l i c ó lentamente, con tono de herido orgul1 o.
—Si para t i no es perder el t i e m p o . . . , si no conside— ras que pierdes t u t i e m p o . . .
Less examinó una vez más los impresos, que en aquel momento sostenía con dedos c r i s p a d o s . ¿Preguntas de t i p o p s i -cológico? No, no podía h a c é r s e l a s . ¿Cómo iba a preguntar a su anciano padre l o que opinaba sobre el sexo, a aquel padre de ochenta años para quien l a observación más inocente era
"obscena"?
— B i e n . . . -murmuró Tom en a c t i t u d de espera.
— Parece que no queda más d i j o Less. Hace casi c u a -t r o horas que es-tamos -t r a b a j a n d o .
—¿Y esas hojas que t i e n e s en l a mano?
—Casi todas e l l a s se r e f i e r e n . . . a l a c u e s t i ó n f í s i c a , papá.
Vio cómo los l a b i o s de su padre se crispaban y durante un momento temió que Tom f u e r a a i n s i s t i r , pero todo cuanto el anciano d i j o f u e :
—Un buen a m i g o . . . , un m a r a v i l l o s o amigo.
Less se detuvo. No v a l í a l a pena de hablar más sobre a q u e l l o . Tom sabía perfectamente que el doctor Trask no pod r í a f i r m a r un c e r t i f i c a pod o pode buenas conpodiciones f í s i c a s , -como h i z o ya en los t r e s exámenes a n t e r i o r e s .
Less también sabía l o atemorizado y ofendido que se sen-t i r í a Tom, cuando sen-t u v i e r a que d e s v e s sen-t i r s e y permanecer ensen-tera mente desnudo ante l o s médicos, que l o examinarían y l e h a r í a i preguntas o f e n s i v a s . Tampoco ignoraba Less el miedo que Tom sentía al ser observado por un o r i f i c i o mientras se v e s t í a , -para anotar en un g r á f i c o el tiempo que empleaba en v e s t i r s e y cómo l o hacía. Sin c o n t a r el hecho de que, al comer en l a c a f e t e r í a del Gobierno, durante el descanso concedido en el l a r g o día del examen, unos ojos l e contemplarían de nuevo, -a t e n t o s , si dej-ab-a c-aer el tenedor o l -a cuch-ar-a»tropez-ab-a con el vaso de agua o se ensuciaba l a camisa con alguna gota de grasa.
—Te pedirán que f i r m e s y escribas después tu d i r e c c i ó n — e x p l i c ó Less, con el deseo de que su padre o l v i d a s e el examen f í s i c o , pues sabía l o o r g u l l o s o que se s e n t í a Tom de su -c a l i q r a f í a . ^
Simulando obrar de mala qana, el anciano recogió el l á -piz y se puso a e s c r i b i r . "Les engañaré", pensó, mientras el l á p i z se movía sobre el papel con fuerza y seguridad.
"Míst.er Thomas Parker — e s c r i b i ó — . 2.719, B r i g h t o n S t r e e t , B l a i r t o w n , New Y o r k " .
— Y l a f e c h a . . . —añadió Less.
El anciano e s c r i b i ó : " 1 7 de enero de 2003". Después s i n -t i ó que algo muy f r í o se movía en su i n -t e r i o r .
Al día s i g u i e n t e era el examen.
Yacían en el lecho uno al lado del o t r o , pero s i n dormir Apenas habían hablado al desnudarse, y cuando Less se i n c l i n ó para d a r l e un beso y l a s buenas noches, e l l a murmuró algo -i n a u d -i b l e para é l .
—¿Dormido? —preguntó e l l a suavemente.
—No.
Less no d i j o nada más. Esperó a que hablase e l l a . Pero al cabo de unos momentos Less d i j o :
— Creo que esto e s . . . el f i n a l .
Sus ú l t i m a s palabras fueron muy d é b i l e s porque no l e gustaban. Sonaban r i d i c u l a m e n t e melodramáticas.
T e r r y nada d i j o . Luego, como s i pensara en voz a l t a , -murmuró:
—¿Crees que e x i s t e alguna p o s i b i l i d a d d e . . . ?
Less tensó todos l o s músculos de su cuerpo, porque sa-bía l o que e l l a l e estaba preguntando.
—No — r e s p o n d i ó — . Jamás superará l a prueba.
Oyó cómo Terry tragaba s a l i v a . "No me l o digas —pensó desesperadamente—. No me digas que durante quince años he estado d i c i e n d o l o mismo. Lo d i j e porque sabía que era ciej^
t o " .
Súbitamente deseó haber firmado años antes l a Demanda -de E l i m i n a c i ó n . Los dos necesitaban -desesperadamente verse l i b r e s de Tom, por el bien de sus h i j o s y de s í mismos. Pero ¿cómo se e x p l i c a b a a q u e l l a necesidad con p a l a b r a s , s i n -s e n t i r l a impre-sión de cometer un crimen? No -se podía d e c i r : "Espero que el v i e j o f r a c a s e . Espero que l e maten p r o n t o " . Y, s i n embargo, todo cuanto se pudiera d e c i r con o t r a s p a l a -bras no era más que un eufemismo, un h i p ó c r i t a sucedáneo de a q u e l l a s p a l a b r a s . . . , porque a q u e l l a s palabras eran las que expresaban exactamente l o que se s e n t í a .
Terminología médica, p e n s ó . . . , g r á f i c o s de cosechas -i n s u f -i c -i e n t e s , bajos n -i v e l e s de v -i d a , hambre, y n -i v e l de sal u d d e f i c i e n t e . . . : habían empsaleado todas aquesalsalas pasalabras -para apoyar l a promulgación de l a l e y . M e n t i r a s . . . , mentiras
Si al menos pudiese o l v i d a r el pasado y c o n s i d e r a r a su padre como lo que era en aquel momento..., un anciano i n ú t i l y agotado que estaba arruinando sus v i d a s . Pero era muy d1fí_ c i l o l v i d a r cuánto había amado y respetado a su padre, o l v i -dar los buenos r a t o s pasados con él en el campo, l a s excursio^ nes de pesca, l a s largas conversaciones nocturnas, muchas co-sas que él y su padre habían compartido.
Aquél era y había sido el motivo por el cual nunca había tenido ánimos para f i r m a r l a p e t i c i ó n . Bastaba con l l e n a r un impreso, algo mucho más s e n c i l l o que aguardar l o s exámenes quinquenales. Pero eso hubiera s i g n i f i c a d o f i r m a r l a senten-c i a de muerte de su padre. Pudo s o l i senten-c i t a r al Gobierno que d i s p u s i e r a del v i e j o como s i se t r a t a r a de un d e s p e r d i c i o .
Pero ahora su padre tenía ochenta años y , pese a haber r e c i b i d o una educación basada en s ó l i d o s p r i n c i p i o s morales y c r i s t i a n o s , t a n t o él como T e r r y temían que el v i e j o Tom l o g r a se aprobar el examen y seguir v i v i e n d o con e l l o s o t r o cinco años m á s . . . , o t r o s cinco años gruñendo por toda l a casa, con-t r a v i n i e n d o las i n s con-t r u c c i o n e s dadas a los n i ñ o s , rompiendo cc) sas, deseando ayudar s i n ser más que un e s t o r b o , y haciendo de la vida una continua guerra de n e r v i o s .
—Será mejor que duermas —murmuró T e r r y más t a r d e .
Less l o i n t e n t ó , pero no pudo c o n s e g u i r l o . Permaneció inmóvil en l a o s c u r i d a d , mirando hacia el oscuro techo de l a h a b i t a c i ó n , e intentando h a l l a r una respuesta s i n r e s u l t a d o .
El despertador sonó a las s e i s . Less no t e n í a que levar^ tarse hasta las ocho, pero deseaba ver a su padre. Abandonó el lecho y se v i s t i ó silenciosamente para no despertar a T e -r -r y .
Pero T e r r y despertó y l e miró desde l a almohada. Tras una pausa se apoyó sobre un codo, mirándole aún con gesto so-ñ o l i e n t o .
—No te preocupes — r e p l i c ó Less—. Puedes quedarte en
cama.
—¿No q u i e r e s que me levante?
—No te m o l e s t e s , c a r i ñ o . . . , quiero que descanses. T e r r y se t e n d i ó y se v o l v i ó hacia el o t r o lado para que Less no v i e s e su c a r a . No sabía el m o t i v o , pero había empe-zado a l l o r a r en s i l e n c i o ; ignoraba s i era porque no quería que Less viese a su padre, o porque en aquel momento se acor dó del examen. Pero no podía d e j a r de l l o r a r . Todo cuanto pudo hacer fue permanecer en extrema t e n s i ó n hasta que se ce r r ó la puerta del d o r m i t o r i o .
Entonces temblaron sus hombros, y un f u e r t e s o l l o z o que^ bró l a b a r r e r a que e l l a misma había alzado.
La puerta de l a h a b i t a c i ó n de su padre estaba a b i e r t a al acercarse Less. Miró hacia el i n t e r i o r y v i o a Tom senta-do en el borde de l a cama, i n c l i n a d o hacia d e l a n t e , atánsenta-dose
los cordones de los zapatos. Vio cómo los sarmentosos dedos t r a t a b a n de hacer el l a z o .
—¿Todo va b i e n , papá? —preguntó Less.
El hombre l e miró muy s o r p r e n d i d o .
— ¿Qué haces aquí a estas horas? —preguntó.
—Pensé en desayunar c o n t i g o — d i j o Less.
Durante un momento ambos se m i r a r o n en s i l e n c i o . Luego, su padre v o l v i ó a i n c l i n a r s e sobre los zapatos.
—Eso no es necesario —murmuró el anciano.
— B i e n , de todas formas habrá que desayunar algo — d i j o Less v o l v i é n d o s e para que su padre no pudiera d i s c u t i r .
— ¡ O h . . . !
Less se v o l v i ó .
—Confío en que no o l v i d e s ese r e l o j — d i j o Tom—. Lo l l e v a r é hoy a l a j o y e r í a para que l e pongan un c r i s t a l decen-t e . . . , un c r i s decen-t a l que no se rompa con f a c i l i d a d .
—Papá, ese r e l o j es muy v i e j o — r e p l i c ó Less — . No va-l e ni cinco centavos.
Tom a s i n t i ó lentamente con un movimiento de cabeza, a l -zando, una mano y haciendo con e l l a un gesto como s i t r a t a r a de e v i t a r toda p o s i b l e d i s c u s i ó n .
— De todas formas — i n s i s t i ó — , t r a t a r é d e . . .
—Está b i e n , papá, está bien. Lo d e j a r é sobre l a mesa de l a c o c i n a .
Tom se incorporó y miró a Less durante un momento s i n que en sus ojos se r e f l e j a r a expresión alguna. Luego, como
si obedeciese a un segundo pensamiento, v o l v i ó a i n c l i n a r s e sobre sus zapatos.
Less contempló los g r i s e s c a b e l l o s del anciano y a d v i r -t i ó que sus dedos -temblaban más que nunca. Después se v o l v i ó .
El r e l o j seguía sobre l a mesa del comedor. Less l o reco^ • gió para d e j a r l o sobre l a mesa de l a c o c i n a . Pensó que quizá
el v i e j o estuvo pensando en el r e l o j durante toda l a noche. De l o c o n t r a r i o no l e hubiese hablado de él tan p r o n t o .
Puso agua en l a c a f e t e r a y o p r i m i ó l o s botones que c o -rrespondían a dos raciones de huevos con t o c i n o . Luego se s i r v i ó dos vasos de jugo de naranja y tomó a s i e n t o ante l a me sa.
%
— S i é n t a t e , papá — d i j o Less—, t e s e r v i r é yo.
—No soy un i n ú t i l — r e p l i c ó Tom—. Quédate donde e s -tás .
Less s o n r i ó y d i j o :
—He preparado huevos con t o c i n o .
—No tengo a p e t i t o — r e p l i c ó Tom.
—Necesitas desayunar b i e n , papá.
—Jamás he desayunado f u e r t e — c o n t e s t ó Tom secamente s i n a p a r t a r los ojos de l a c a f e t e r a — . No c r e a s . . . , no es bueno para el estómago.
Less c e r r ó los ojos durante un momento y en sus f a c c i o -nes se r e f l e j ó una t e r r i b l e desesperación. "¿Para qué me bré molestado en madrugar? —se preguntó—. Lo único que ha-cemos siempre es d i s c u t i r . "
"No." Less tensó todos los músculos de su cuerpo. Tenía que mostrarse alegre aun a costa de un enorme e s f u e r z o .
— ¿Dormiste b i e n , papá? —preguntó.
— Desde luego que dormí bien —respondió su padre—. Siempre duermo b i e n . Muy b i e n . ¿Acaso crees que no d o r m i -r í a po-r culpa de u n . . . ?
El anciano se detuvo y se v o l v i ó mirando a Less con ade man acusador.
— ¿Dónde está ese r e l o j ? —preguntó.
Less lanzó un hondo suspiro y a l z ó el r e l o j que había dejado antes sobre l a mesa. Su padre avanzó trabajosamente sobre el l i n ó l e o , tomó el r e l o j con una mano y l o contempló durante un i n s t a n t e , avanzando ambos l a b i o s con gesto despre-c i a t i v o .
—Un t r a b a j o v u l g a r . . . —contestó en voz b a j a — . Muy v u l g a r . . .
Guardó el r e l o j en uno de los b o l s i l l o s de su chaqueta, añadiendo t r a s una l i g e r a pausa:
—Te conseguiré un c r i s t a l d e c e n t e . . . , uno que no se rom
pa.
Less a s i n t i ó con un movimiento de cabeza y respondió:
—Eso será m a g n í f i c o , papá.
El café ya estaba hecho y Tom s i r v i ó dos tazas. Less abandonó su a s i e n t o y apagó l a p a r r i l l a automática. Tampoco él en aquellos momentos tenía el más mínimo a p e t i t o , pensó.
Luego se sentó f r e n t e al ceñudo padre y bebió c a f é , agra^ deciendo el r e c o n f o r t a n t e c a l o r que se deslizaba por su g a r -ganta. El café tenía un sabor h o r r i b l e , pero Less sabía que aquella mañana l o s mejores manjares del mundo t e n d r í a n el mis^ mo sabor amargo para é l .
—¿A qué hora t i e n e s que e s t a r a l l í , papá? —preguntó, para romper el s i l e n c i o .
—A las nueve en punto —respondió Tom.
—¿No quieres que te l l e v e en el coche?
No, n o . . . , nada de eso — d i j o Tom como s i estuviese h a -blando con una c r i a t u r a — . I r é en metro. Me l l e v a hasta a l l í con s u f i c i e n t e tiempo.
—Está b i e n , papá — a s i n t i ó Less, contemplando el café que restaba aún en su t a z a .
Less humedeció los l a b i o s con l a punta de l a lengua, ocultando su pánico t r a s l a taza. Charlamos de coches y de metros, p e n s ó . . . , cuando el v i e j o podía ser sentenciado a muerte aquel mismo d í a .
Lamentó haberse levantado. Hubiese sido mejor d e s p e r -t a r s e por la mañana y d e s c u b r i r que su padre se había ido ya. Deseaba que todo sucediera de aquel modo... "permanentemente". Siempre había deseado despertar una mañana y h a l l a r vacío el d o r m i t o r i o de su p a d r e . . . , no ver sus t r a j e s , sus zapatos os euros, sus ropas de t r a b a j o , sus pañuelos, sus l i g a s , sus ti_ r a n t e s , sus c a l c e t i n e s , el equipo de a f e i t a r . . . , todas aque-l aque-l a s mudas pruebas de una vida que había desaparecido.
Pero no o c u r r i r í a a s í . Una vez f r a c a s a r a Tom en el exa^ men, pasarían unas semanas antes de que se r e c i b i e r a l a cita" c i ó n , y luego o t r a semana o dos antes de l a n o t i f i c a c i ó n que f i j a b a l a fecha. Un l e n t o y espantoso proceso de cesión de e f e c t o s personales, de comidas y cenas en común, de c h a r l a s nerviosas un día y o t r o d í a , hasta el v i a j e en coche hasta el c e n t r o gubernamental, y luego el s i l e n c i o s o ascensor has-t a . . .
¡Santo Vio¿'.
Less se d i o cuenta de que estaba temblando s i n remedio, y por un momento temió echarse a l l o r a r .
Luego alzó l a cabeza, con gesto de asombro, cuando su padre se puso en p i e .
—Tengo que irme —anunció Tom.
Los ojos de Less se f i j a r o n en el r e l o j de pared.
—No son más que las s i e t e menos c u a r t o — d i j o en t e n -s i ó n — . No n e c e -s i t a -s t a n t o tiempo para i r a . . .
—Me gusta l l e g a r antes de l a hora — r e p l i c ó Tom con f i r meza.
—Pero, por D i o s , papá, sólo se tarda una hora en l l e g a r a l a c i u d a d . . . — i n s i s t i ó Less con un d o l o r o s o nudo en el es-tómago.
Su padre movió l a cabeza negativamente, hasta que Less comprendió que no l e había o í d o .
—Es temprano, papá — d i j o Less, alzando más l a voz tem-b l o r o s a .
—Aun así — c o r t ó su padre.
—No has comido nada, papá.
—Jamás he desayunado f u e r t e . . . , no es bueno para e l . . .
Less no escuchó el r e s t o . . . , porque l a s palabras de su padre eran l a s mismas de siempre, una r e p e t i c i ó n de las f r a -ses que expresaban todos los hábitos de una l a r g a v i d a , que los desayunos f u e r t e s no eran buenos para el estómago, e t c . , e t c . ¿Cuántas veces l e habría oído d e c i r l o mismo? Less s i i i t i ó de pronto que l e i n v a d í a el t e r r o r , l a t e n t a c i ó n de abra-zar al v i e j o y d e c i r l e que no se preocupara por el examen poj^ que no i m p o r t a b a . . . . , que e l l o s l e querían y que siempre cuida^ r í a n de é l .
Pero no pudo h a c e r l o . Permaneció sentado mirando a l vit? j o , abrumado por una sensación de temor que l e i n m o v i l i z a b a . Ni s i q u i e r a pudo hablar cuando su padre se v o l v i ó en el um— b r a l de l a c o c i n a , d i c i e n d o con l a s ú l t i m a s fuerzas que l e quedaban:
—Te veré esta noche, Less.
La puerta se c e r r ó , levantando una l i g e r í s i m a bocanada de a i r e que, t r a s t o c a r l a s m e j i l l a s de Less, avanzó g l a c i a l -mente hasta su corazón.
— ¡ P a p á . . . !
Tom se detuvo y miró hacia a t r á s , s o r p r e n d i d o , al mismo tiempo que Less atravesaba el comedor contando mentalmente sus p a s o s . . . , uno, dos, t r e s , c u a t r o , c i n c o . . .
Se detuvo ante su padre y , con un enorme e s f u e r z o , esbo zó una s o n r i s a .
—Buena s u e r t e , papá — d i j o — . T e . . . t e veré esta n o -che.
Había estado a punto de d e c i r . " E s t a r é ansioso por t í . . . ' pero no l o h i z o .
Tom a s i n t i ó con un l i g e r o movimiento de cabeza, sólo una vez, un movimiento c o r t é s como el de un c a b a l l e r o que es presentado a o t r o .
—Gracias — r e s p o n d i ó , volviéndose nuevamente.
Cuando l a puerta se c e r r ó , fue como s i , de r e p e n t e , se hubiera c o n v e r t i d o en un obstáculo impenetrable que su padre jamás podría f r a n q u e a r .
Less se acercó hasta l a ventana y v i o cómo el anciano r e c o r r í a lentamente el sendero, para luego g i r a r a l a i z -quierda en d i r e c c i ó n a l a acera. Observó cómo penetraba en l a c a l l e , alzando el b u s t o , echando hacia a t r á s l o s hombros, con paso l i g e r o bajo l a l u z g r i s de l a mañana.
Al p r i n c i p i o Less creyó que estaba l l o v i e n d o . Pero lúe go se d i o cuenta de que l a b r i l l a n t e humedad que nublaba sus ojos no procedía de l a ventana.
No pudo i r a t r a b a j a r . Telefoneó d i c i e n d o que estaba enfermo y no se movió de casa. Terry l l e v ó los niños a l a escuela. Luego desayunaron j u n t o s y Less ayudó a Terry a re t i r a r los p l a t o s de l a mesa y a c o l o c a r l o s en el f r e g a d e r o . T e r r y no hizo el menor comentario al ver que Less permanecía en casa. F i n g i ó que era normal que Less se quedara en casa un día de t r a b a j o .
Less pasó l a mañana y l a s primeras horas de l a t a r d e en eí t a l l e r del yaraye, e n t r e t e n i d o en s i e t e t r a b a j o s d i s t i n t o s , que no tardaba en abandonar.
Alrededor de l a s c i n c o Less e n t r ó en l a cocina para t o -mar una j a r r a de cerveza mientras T e r r y preparaba l a cena. No d i j o nada a su esposa. Luego comenzó a pasear por l a s a l a , acercándose de vez en cuando hasta l a ventana.
—Me pregunto dónde se habrá metido —comentó Less al v o l v e r a l a c o c i n a .
—Regresará pronto —respondió T e r r y .
Less f r u n c i ó el ceño creyendo c a p t a r una nota de disgus-to en l a voz de su mujer. Dio un profundo s u s p i r o y r e l a j ó los músculos de su cuerpo, seguro de que l a imaginación l e es^ taba jugando una mala pasada.
Cuando se v i s t i ó , después de ducharse, eran l a s cinco y cuarenta minutos. Los niños estaban en casa. Todos tomaron asiento ante l a mesa. Less a d v i r t i ó que Terry había puesto un p l a t o en el l u g a r que siempre ocupaba Tom, y se preguntó s i su esposa no hacía a q u e l l o para c o n s o l a r l e .
No pudo comer nada. Se e n t r e t u v o cortando l a carne en trozos cada vez más pequeños y en mezclar m a n t e q u i l l a con l a s patatas c o c i d a s , pero no probó un solo bocado.
—¿Qué dices? —preguntó cuando Jim l e habló.
—Papá, s i el abuelo no pasa el examen, aún l e queda un mes, ¿verdad?
Less miró a su h i j o mayor mientras l o s músculos de su es tómago se tensaban. "Aún l e queda un mes, ¿ v e r d a d . . . ? " , l a s ú l t i m a s palabras de Jim se r e p e t í a n en su cerebro con mil ecos d i f e r e n t e s .
•—Mi l i b r o de Derecho C í v i c o d i c e que los v i e j o s aún disponen de un mes de vida después de suspender el examen, ¿no es así?
—No, ni hablar — t e r c i ó Tommy—. La abuela de Harry Senker r e c i b i ó su c a r t a al cabo de dos semanas.
—¿Cómo l o sabes? —preguntó Jim a su hermano de nueve años—. ¿Viste t ú esa c a r t a ?
—Ya está b i e n . . . —exclamó Less.
— ¡No tuve que v e r l a ! — g r i t ó Tommy—. Terry me d i j o q u e . . .
— ¡Basta!
Los dos chicos contemplaron el p á l i d o r o s t r o de su pa— ; d r e .
—No tenemos por qué hablar de eso —murmuró Less t r a s una pausa.
— P e r o . . .
—¡Jimmy! — a d v i r t i ó Terry con severidad.
El niño miró a su madre y d e v o l v i ó su atención a l a ce-na. Reinó el s i l e n c i o .
"La muerte de su abuelo s i g n i f i c a muy poco para e l l o s . . . —pensó Less amargamente—, no s i g n i f i c a nada en a b s o l u t o . " Tragó s a l i v a e hizo un esfuerzo para r e l a j a r l a t e n s i ó n de su cuerpo. " B i e n , ¿y por qué había de s i g n i f i c a r algo para e l l o s ? —se d i j o a sí mismo—: aún no les ha llegado el momen t o de las preocupaciones. ¿Por qué o b l i g a r l e s a que las t e n -gan ahora? Ya l l e g a r á n más pronto de l o que suponen."
A las seis y d i e z minutos se a b r i ó l a puerta p r i n c i p a l , para luego c e r r a r s e . Less se puso en p i e con t a l p r e c i p i t a -c i ó n que vol-có un vaso v a -c í o .
— L e s s . . . , ¡por favor', —exclamó T e r r y .
Comprendió al i n s t a n t e que l a mujer t e n í a razón. A su padre no l e habría gustado nada v e r l e s a l i r c o r r i e n d o de l a cocina para h a c e r l e preguntas.
Se dejó caer de nuevo en l a s i l l a , con l a mirada f i j a en l a cena que apenas había tocado, mientras su corazón l a t í a apresuradamente. Al tomar de nuevo el tenedor con dedos cris^ pados, oyó cómo el anciano cruzaba el comedor y subía las es~ c a l e r a s . Miró a T e r r y , que tragó s a l i v a .
Less no pudo comer ni un solo bocado. Permaneció senta-do respiransenta-do pesadamente. Oyó cómo en el piso de a r r i b a se cerraba l a puerta de l a h a b i t a c i ó n de su padre.
Cuando T e r r y puso un pastel sobre l a mesa, Less s a l i ó con una excusa.
Se h a l l a b a ya al p i e de l a s escaleras cuando se a b r i ó l a puerta de l a c o c i n a .
—Less. —oyó d e c i r a su esposa con tono i m p e r a t i v o .
Guardó s i l e n c i o hasta que Terry se aproximó a é l .
—¿No es mejor que l o dejemos solo? —preguntó l a mujer.
—Pero, c a r i ñ o , y o . . .
—Less, s i hubiese aprobado el examen habría entrado en la cocina para d e c í r n o s l o .
— C a r i ñ o , papá no puede saber s i . - . .
—Lo sabría muy bien de haber aprobado. Así fue las dos últimas veces, ¿no t e acuerdas? Si hubiese a p r o b a d o . . .